Catálogo Virtual - 17.º Território da Arte de Araraquara

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AR AR AQUAR A S ÃO PAULO B R AS IL


Há na arte uma supra realidade. Uma dimensão concebida pelos artistas como expressão inventada para dar sentido à existência. Mas o que acontece com os artistas quando a existência está em risco? Eles se dilatam, tornam-se porosos, permeáveis, múltiplos, fluídos. Nos dias em que a realidade não suporta uma existência plena, a arte suporta. Ela traz o sentido em seus fluxos, em caminhos alternativos, em desvios ou atalhos que nós desenharemos em

um novo jorro de imagens, ideias e pensamentos que chamamos de 17º Território da Arte. Um fluxo de criação que se derrama pelos veios da virtualidade, carregado e dando vazão às suas nascentes incessantes de onde surgem os fios do afeto. Esses, por sua vez, vão tecendo a trama, adensando relações, inundam o espaço e o tempo, trazendo potência e alimentando o desejo de continuar a fluir. Rita Michelutti curadora


Um TerriTório diferenTe

neste ano de 2020, o Território da Arte de Araraquara completa seus 17 anos, já esbarrando na maioridade. Neste ano de 2020, pela primeira vez em sua história, o Território da Arte de Araraquara não será palco de exposições nos espaços culturais, não terá intervenções em praças e jardins, não terá instalações espalhadas pela cidade, enchendo os olhos dos transeuntes de surpresa e curiosidade. A pandemia e o isolamento têm exigido a adaptação, a reflexão, a reinvenção do viver em todos os seus aspectos. A ameaça permanente do inimigo invisível, o medo e a solidão, têm trazido à tona, emersos das águas turvas dos agrupamentos humanos, o melhor e o pior de cada um.

O 17º Território da Arte de Araraquara não se furta da adaptação às novas linguagens digitais – ao contrário, adentra corajoso ao mundo virtual, percorrendo bytes, interfaces, plataformas, simulações, compartilhamentos e todo um mundo intraduzível para os mais comuns dos viventes. O Território desbrava novas geografias também assim, neste tatear titubeante que assusta tanto quanto encanta. Agradecemos efusivamente aos artistas que aceitaram a proposta desta edição virtual e trouxeram suas obras e contribuições diversas, desafiando o medo e a dúvida, em nome da arte e da beleza! E aos visitantes, nosso desejo de que a viagem pelas obras traga prazer, renovação e vida. Teresa C. Telarolli Secretária de Cultura


LUCindA BenTo Fotos Jorge Lopes

A homenageada desta edição do Território da Arte é alguém que não se autodenominava artista e que teve o seu reconhecimento como tal já nos últimos anos de sua vida. Lucinda Bento ficou conhecida como tecelã, mas dividia-se entre o manejo dos fios e os afazeres da casa e do sítio de seus patrões. Nasceu em São Gonçalo do Sapucaí – MG, tendo passado a viver na cidade de Américo Brasiliense em 1984 onde também cuidava da criação de ovelhas e de todo o processo necessário para que se pudesse chegar ao material tecido. Dedicou-se ao ensino do ofício de tecelagem ao longo de anos, também esteve sempre engajada nas questões ligadas ao artesanato e às artes, tendo criado e encabeçado a União dos Artistas e

Artesãos de Américo Brasiliense, entre tantas outras atividades que lhe renderam a homenagem do título de cidadã deste município. Bem mais que artesã, Lucinda era uma artista inquieta e inventiva, estas características puderam ser apreciadas em trabalhos que só vieram a público ao final de sua trajetória. Sempre conectado com seu tempo e lugar, o fazer de Lucinda mobilizou, sensibilizou e inspirou milhares de pessoas. Suas tramas atravessaram o oceano, buscaram caminhos, encontraram formas inusitadas de existir. Sua contribuição para a comunidade artística da nossa região precisará sempre ser lembrada e enaltecida por todos aqueles que acreditam no poder da arte.


ATeLiÊ VirTUAL

o “Salão de Artes”, um dos segmentos previstos para o, inicialmente presencial, 17º Território da Arte de Araraquara, tinha por objetivo incentivar e dar visibilidade aos artistas das mais variadas modalidades, trazendo a público numa grande exposição, trabalhos em diversos formatos e linguagens. Com a chegada da pandemia o projeto precisou tomar uma outra forma e ocupar um novo espaço: o virtual. Foi da busca por novos caminhos para dar vazão à potência criativa dos participantes desta edição que nasceu o “Ateliê Virtual”, uma coletânea de vídeos publicados sistematicamente nas redes sociais do evento, na qual os 50 artistas participantes apresentavam seus ateliês, suas obras e processos criativos. Desta forma, o 17º Território da Arte de Araraquara foi se apropriando do formato digital e escrevendo este capítulo inusitado de sua história, com o apoio e a colaboração desses artistas aos quais deixamos aqui registrada toda nossa gratidão.


PA R T I C I P A N T E S Adriano Gambim - Guarulhos Alemberg Quindins - Crato Alex Flemming - Berlim Alexandre Heberte - Juazeiro do Norte Alexandre Liba - Araraquara Alexis Caballero - México Analu Prestes - Rio de Janeiro Anderson Gianetti - Araraquara Aracê - Araraquara Aristides Klafke - Nova York Augusto Sampaio - São Paulo Cezar Almeida - São Paulo Chico Silva - Matão Daniel Paschoalin - São Carlos Delson Uchoa - Maceió Diô Viana - França Edna Cordeiro - Araraquara Euzânia Andrade - Araraquara Evandro Nicolau - São Paulo Fábio Florentino - Sorocaba Felipe Góes - São Paulo Fernanda Eva - São Paulo Gerson Ipirajá Ipirajá - Ceará Giba Gomes - São Paulo Heliete Botelho - São Paulo

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A T E L I Ê VI R T U A L

Hudson Melo - Teresina Isa Duarte - Argentina Jeff Barbato - São Bernardo do Campo Lauro Monteiro - Araraquara e Paraty Lewis - Araraquara Liz Under - Araraquara Lucas A. R. Tannuri - Araraquara Luiz Lopreto e Maestro Rodrigo Vitta - São Paulo Maikon Rogério - Ubatuba Malola - Paraguai Marcelo Asth - Rio de Janeiro Martín Gonçalves - Uruguai Miguel Simão (dr simoncoast) - Brasília Murilo Perin - Araraquara Olga Neves - Portugal Paulo Lenço - Cuiabá Ricardo Lucchiari - Araraquara Rodrigo Martins - Maringá Ropre - Uberlândia Ruy César - Araraquara Silvia Ruiz - São Paulo Susana Delgado - Argentina Tânia Gomes Mendonça - Araraquara Vita Pereira - Araraquara e São Paulo Zaia - São Paulo

https://www.youtube.com/watch?v=vmN8eE7kQKg


ArTisTAs premiAdos Alexandre Silveira Augusto Sampaio Christophe Spoto dmp - Daniel Paschoalin Fรกbio Florentino Gu da Cei Gunga Guerra Jeff Barbato Juliana M R Vita Pereira


Depuração 2# Videoarte 2019 A videoarte é uma performance que foi acompanhada por um parceiro de trabalho de muitos anos, chamado Ticiano Monteiro. O trabalho chama Depuração 2#, e trata-se de ações sobre o impossível e a tentativa de sair de um lugar, no caso um lugar que era murado dos 4 lados, e um muro muito alto, de 4 metros.

Sem título Desenhos elaborados com caneta corretiva sobre papel quadriculado 2020 Os três desenhos integram uma série, e portanto caracterizam um trabalho. Isso indica que a ênfase está no procedimento, e rebaixa o super valor atribuído à obra única. Esses desenhos foram elaborados com materiais corriqueiros, encontrados em papelarias comuns: caneta corretiva e papel quadriculado. Essa escolha assinala que a qualidade de uma obra não está vinculada à materiais especiais, de alto custo e somente disponíveis em comércio especializados. Os procedimentos empreendidos na construção desses desenhos, não exigem habilidade específica, perícia

técnica, desteridade, talento ou dom. Cobrir linhas verticais e linhas horizontais com uma caneta corretiva, integra o vocabulário gestual de ações corriqueiras e familiares. Assim, esses desenhos geométricos e abstratos, não representam a experiência visível. Eles tematizam a realização do desenho, o próprio gesto de desenhar é o assunto dessas obras. E eles também afirmam que desenhar está ao alcance da mão, ou melhor ao alcance de todas as mãos.


Flamboiã Desenho em grafite e aquarela artesanal sobre papel. Pigmentos naturais históricos utilizados: malaquita e vermelhão (Monte Amiata, Itália); médium goma-arábica. 2020

Os Flamboiãs fizeram parte da minha infância. Tinham várias árvores no quintal da minha casa, elas eram pequenas e eu as vi crescer. Recentemente eu encontrei algumas num espaço urbano, em uma caminhada, então eu as desenhei. O equilíbrio cromático de minha obra se deve ao fato de eu usar pigmentos naturais, como o vermelhão e a malaquita por exemplo.

Multitudes Escultura / Assemblage, prendedores de roupa e madeira 2019 Esse trabalho é composto de mais de uma centena de pequenas esculturas, são assemblagens com prendedores de roupa. Eu uso 4 prendedores de roupa por cada figura, então deve ter mais de 1200 prendedores de roupa, todos usados. Eu troquei com as pessoas, comprei prendedores novos e troquei por prendedores usados, justamente para agregar na materialidade do trabalho, a passagem do tempo.

Cada prendedor é de um jeito, um pouco mais escuro, mais claro. Tem prendedores que ficaram no tempo há mais de 20 anos. É um material ultra resistente, o que traz para a dimensão do trabalho a questão de um corpo que realmente tem uma vida, um material que passa por um estresse e fica marcado. Isso pra mim é importante na representação da figura.


Motora a história Videoarte 2020 O trabalho Motora a história, é uma vídeo performance que fala sobre o sentimento de imobilidade em meio ao sistema de mobilidade urbana atual. Vigilância, relação com o divino e precariedade no trabalho de motoristas e cobradores são alguns dos temas que também atravessam a obra.

Silêncio Hidrográfico – In memoriam Técnica: Lápis grafite e sanguínea sobre papel Arches (tríptico) 2019 Esta obra foi um site specific e nela eu abordei os crimes ambientais ocorridos pelo rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho. Eu trabalhei com desenho expandido, utilizando giz de lousa sobre parede e também com desenhos em menor escala, utilizando lápis grafite e sanguínea sobre papel. Para o Território de Arte de Araraquara, eu selecionei

justamente esses desenhos feito sobre papel, que representam espécies de peixes, que habitavam os rios Doce e Paraopeba. Essas espécies são conhecidas popularmente como Dourado, Barrigudinho e o Acará Camaleão. Nessa mesma obra, eu evoco os metais que foram despejados nessas águas e trago as estruturas cristalinas do jumbo, do zinco e do manganês.


Um dia comum

Fragmento # 17

Acrílica sobre tela 2018

Escultura em madeira de demolição, cimento, laca e folhas de ouro sobre tela 2019

Eu uso com frequência animais nos meus trabalhos. Pra mim eles ultrapassam a representação da espécie e estão mais ligados a ideias e a sentimentos, que podem ser de medo, fúria, luta, deslocamento. Os animais africanos, além disso, estão profundamente ligados à minha origem, a uma identidade. Uma identidade de certa maneira perdida quando deixei Moçambique por causa da guerra. A obra “Um dia comum” está ambientada numa estação de metrô que pode ser em qualquer lugar do mundo, mas também é um lugar imaginário que existe

dentro de mim, e de repente, um estouro de gazelas acontece nesse cenário completamente deslocado do seu ambiente original. É uma representação do imigrante, da imigração, com esse sentimento de deslocamento, de fora de contexto. Um dos detalhes do quadro é uma criança que está encantada com uma das gazelas que salta por cima do grupo de policiais, que são uma representação de obstáculos. Acho que essa criança representa parte dessa identidade perdida na minha infância, por conta da imigração.

Fragmento #17 é uma obra que vem da série Cartografias do Imperfeito. Essa série é de uma pesquisa que venho fazendo desde o ano passado, 2019. A minha intenção plástica é justamente passar uma ideia de uma estrutura rígida, polida, que se rompe, que entra em colapso, mas que a partir dessa fissura ela esteja sujeita a novos movimentos, a novas possibilidades. Acho que este trabalho está muito vinculado a memórias pessoais, a questões relacionadas ao meu corpo, que também perpassam as memórias do coletivo. Nos meus trabalhos está muito presente a questão da minha relação com o espaço urbano, do meu transitar, do meu caminhar por esse espaço.


Encruzilhadas

Picumã

Bordado e costura em linho cru. 2020

Fotografias com colagens e vídeo performances 2020

Eu fiz esse trabalho depois de ler O corpo encantado das ruas, do Luiz Antonio Simas. Acredito que ele surgiu um pouco por conta do questionamento de como as coisas mundanas são capazes de dar sentido à vida, como a gente consegue contemplar o tempo a partir disso.

Picumã de Bajubá, da linguagem das travestis transexuais com Yorubá, significa cabelo, então como eu sou trans cis, cineasta, como eu sou múltiplas linguagens, como eu sou uma corpa em movimento, uma corpa estranha, essa exposição está muito relacionada a essa minha trajetória de vida, no sentido de que eu uso meu cabelo como uma armadura de guerra. O meu cabelo e minha corpa são as questões que falam sobre as armadilhas e as estrutura de opressões, mas

Uma definição bem simplista que me veio após essa leitura é que encruzilhadas são possibilidades que se abrem, geralmente como reação aos impactos, ao nosso corpo e esse corpo das ruas, por isso a junção em costura desses dois pedaços de tecido e o bordado nas pontas de cada um, que se conectam nesse fio flutuante e praticamente solto e quase invisível.

também um material e uma ferramenta de tecnologia travesti para conseguir passar por esse fim do mundo, passar por esses escombros. Picumã é nada mais nada menos do que uma tecnologia de vida preta, travesti, generi, periférica, macumbeira. Porque a partir do nosso cabelo, a partir da nossa corpa, que tudo começa e nada termina.


ArTisTAs seLeCionAdos Alex Dos Santos Alex Robert Allydi Amanda Rocha Baby Basseto Barbel Bi-lous Tri-lous Camillat Chico Silva Claudio Lara Ruiz Débora Censi Diego Pinotti Felipe Góes Gilio Mialichi HDomingues Iberê Romani

Kadi Larissa Camnev Leo Jiricó Maikon Rogério Marcelo Asth Márcia Rosemberguer Mazzon Gil Monaliza Vituci Paulo Rodrigo Vulcano Silva Ruiz Thiago Goya Wagner Mangueira Washington Pastore Willian Andrade


A LEX

DOS

S ANTOS

A LLYDI

O Casamento na Igreja e Festa

Negra sobre telas

Pintura em Tela 2020

Videoarte 2020

A LEX R ObERT

A MANDA R OChA

Modelos de percepção

O pássaro impensável

Quadro escultura sonora 2018

Fotografia 2020


b AbY b ASSETO

b I-LOUS T RI-LOUS

Portinhola

Velhas diferenças sob nova roupagem (tríptico / arte postal)

Pintura acrílica sobre objeto de madeira (pintura-objeto) 2019

Colagem digital 2020

b ARbEL

C AMILLAT

O Amor nos Tempos de CoVid 1 & 2

Auto-retrato do artista quando coisa

Fotografia Digital 2020

Fotografia 2020


C hICO S ILVA

D EbORA C ENSI

Contraste social

S / T – n 248

Mista sobre papelão 2020

Óleo sobre papel Figueras 290g 2020

C LAUDIO L ARA R UIZ

D IEGO P INOTTI

Olhar 45

Sem Título

Fotografia p&b 2015

Fotografia 2020


F ELIPE G óES

h D OMINGUES

Pintura 360

Alameda das Quaresmeiras

Acrílica e guache sobre tela 2020

Óleo sobre tela 2018

G ILIO M IALIChI

I bERê R OMANI

Da Série Paisagem Leite em Pó

Presença

Fotografia 2020

Óleo sobre tela 2019


k ADI

L EO J IRICó

Qual será a prova da minha existência se tudo acabar em nada

Aguarda

Carvão vegetal sobre árvore e fotografia 2018

Declamação de Poema em vídeo 2020

L ARISSA C AMNEV

M AIkON R OGéRIO

Ser paisagem

Autobiografia de uma faca

Fotografia 2020

Pastel oleoso 2020


M ARCELO A STh

M AZZON G IL

Viva!

HabitatEPI

Videoperformance 2018

Composições com objetos/fotografia 2020

M ARCIA R OSENbERGER

M ONALIZA V ITUCI

Rua Carlos Gomes, 130

Máscaras de uma Nação

Livro de artista [desenho, aquarela, colagem, caligrafia, datilografia, impressão manual com carimbo, impressão em jato de tinta] 2020

Látex e Colagem sobre Madeira 2020


P AULO

S ILVIA R UIZ

Fluido

S/ Título da série: Quase Paisagem

Fotografia 2019

Técnica mista sob papel (aquarela, xilogravura e colagem) 2020

R ODRIGO V ULCANO

T hIAGO G OYA

Quem corre atrás de quem?

Anatomia das trincheiras

Vídeo/celular 2020

Aquarela sobre papel, plástico, costura, espelhos em cacos 2019


WA G N E R M A N G U E I R A

W ILLIAN A NDRADE

Mais saúde

Isolado (Conrado sob Acetato)

Acrílica sobre tela 2020

Pastel seco e lápis de cor sobre papel Mi-Teintes 160g/m2 2020

WAS hI NG TON PAS TOR E Bandeira Naval e biscoito Acrílica sobre tela 2020


Com A pAL AVrA: o JÚri


minha participação no júri do 17º Território da Arte de Araraquara foi uma pequena tradução do tema deste ano: “Geografias do saber e do sentir”. Os integrantes, cada qual em sua cidade, em sua “geografia”, analisando, vibrando e sentindo cada trabalho recebido. Ver nomes importantes das artes visuais elogiando nossas ações, observar o trabalho intenso e brilhante da comissão organizadora, chegar ao resultado comum com todas as suas plenitudes, foi uma grande experiência. Só tenho a expressar gratidão e admiração. Que bom que Araraquara vive suas grandes artes! Carolina Guimarães gestora cultural

o 17 ° Território da Arte de Araraquara revela, mais uma vez, que a arte é um dos respiros do ser humano. 2020 será lembrado como um ano confuso, e é por isso que a arte é talvez a única que pode ressignificar o ser humano neste momento. Estes 85 artistas que participaram do presente edital são testemunhas desse olhar introspectivo dentro do atual panorama brasileiro de arte contemporânea. Características como diversidade e espontaneidade são elementos que mostram a qualidade desta edição do Território da Arte, além disso, linguagens como o vídeo ou a performance são destaques da mostra, evidenciando a alta qualidade do cenário artístico brasileiro. Parabéns à equipe pelo trabalho e aos artistas pela participação. Nunca desistam! Também a todos nós por continuarmos acreditando na arte. Agradeço a produção e ao artista Evandro Nicolau pela confiança. Carlos Jiménez Vázquez gestor cultural

Um dos grandes prazeres da existência, para mim, é ter a possibilidade de ver arte, nas suas mais diversas e variadas maneiras. Poder ver os 85 trabalhos inscritos no 17° Território da Arte de Araraquara foi uma dessas oportunidades de entrar em contato com a imaginação dos artistas frutificadas em obras de arte. Por isso, eu que sempre concebi a arte como algo que avança para além do juízo crítico de melhor ou pior, uma vez que observo muito a arte como função social, não me é tarefa fácil participar de um júri. Muitos jovens enviaram trabalhos e também muitos artistas que estão aí na luta há tempos, porém, o mais importante é fazer com que a arte exista, com que existam os artistas, ainda mais nestes tempos em que vivemos. Uma coisa muito legal nessa edição histórica, graças a uma pandemia e a um momento político alucinado no país, foram as manifestações dos artistas gravados em vídeo. Acho que a arte deve que ser vista, debatida, publicada, estimulada, aberta para a participação de muitos e diversos atores, e o Território da Arte de Araraquara tem esse belo e importante papel no interior de São Paulo.

A regra era escolher 40 artistas e premiar 10, então gostaria de dar os meus parabéns a cada artista premiado e a cada participante. Vocês merecem todo o apoio. E dizer, porque precisamos nos manter vivos e trabalhando, a todos os artistas que enviaram trabalhos a essa edição do Território, que foi muito bom poder ver suas obras. Obrigado por trabalharem e por mostrarem as suas expressões, muitas vezes com poucos recursos possíveis, transpondo os limites e as dificuldades que se tem para produzir, por fazerem arte. Continuem, acreditem no poder transformador da arte, no poder de tocar corações e mentes em busca de colocar no mundo novas formas de comunicação simbólica que possam contribuir com o desenvolvimento humano. Parabéns a todos os envolvidos nesse acontecimento das artes, obrigado mais uma vez por poder contribuir com a cultura de Araraquara. Parabéns a todos os artistas que se inscreveram nessa 17° edição, vocês demarcam mais uma vez o Território da Arte de Araraquara em 2020. Evandro Nicolau artista e educador


Equipe transforma Território da Arte em uma incrível exposição virtual http://www.araraquara.sp.gov.br/noticias/2020/setembro/11/equipe-transformaterritorio-da-arte-em-uma-incrivel-exposicao-virtual site pref municipal 11.09.2020 Território da Arte de Araraquara começa de forma digital neste domingo (13) http://www.araraquara.sp.gov.br/noticias/2020/setembro/10-1/territorio-da-arte-deararaquara-comeca-de-forma-digital-nestedomingo-13 site pref municipal 10.09.2020 http://folhacidade.net/noticias/ver/ 17-territorio-da-arte-de-araraquaradivulga-selecionados-e-premiados folha cidade 10.08.2020 17º Território da Arte de Araraquara recebe 85 inscrições https://jornaloimparcial.com.br/cultura-elazer/17o-territorio-da-arte-de-araraquararecebe-85-inscricoes/ jornal o imparcial 23.07.2020

https://rciararaquara.com.br/cultura-elazer/17o-territorio-da-arte-de araraquara-recebe85-inscricoes/ Portal RCIA 23.07.2020 O 17º Território das Artes de Araraquara ocorrerá em modalidade virtual http://www.cmararaquara.sp.gov.br/noticias/ter ritorio-das-artes,08-07-2020 site pref municipal 08.07.2020 17ª edição do Território da Arte está com inscrições abertas até 13 de julho em Araraquara https://g1.globo.com/sp/sao-carlosregiao/noticia/2020/07/06/17a-edicao-doterritorio-da-arte-esta-com-inscricoes-abertas-ate -13-de-julho-em-araraquara.ghtml Por G1 São Carlos e Araraquara 06.07.202 https://alvoradanoar.com.br/noticia2/128237/17-edicao-do-territorio-da-arteesta-com-inscricoes-abertas-ate-13-de-julho-emararaquara 06.07.2020

Araraquara abre inscrições para nova proposta do Território das Artes

17° edição do Território da Arte está com inscrições abertas em Araraquara

https://www.acidadeon.com/araraquara/la zerecultura/divirtase/NOT,0,0,1527768,ar araquara+abre+inscricoes+para+nova+proposta+do+territorio+das+artes.aspx Da reportagem | ACidadeON/Araraquara 1.7.2020

https://g1.globo.com/sp/sao-carlosregiao/noticia/2020/02/12/17-edicao-doterritorio-da-arte-esta-com-inscricoes-aber tas-em-araraquara.ghtml Por Bom Dia Cidade 12.02.2020

Território das Artes deste ano será virtual

Território da Arte de Araraquara abre inscrições

http://www.revistacidadeararaquara.com.br/cultural/territorio-das-artes-deste-ano-sera-virtual Revista da cidade 01.07.2020 Ateliê Virtual http://www.camara-arq.sp.gov.br/noticias/atelievirtual,16-04-2020 site pref municipal 16.04. 2020 Território da Arte tem ateliê virtual de artistas http://www.araraquara.sp.gov.br/noticias/2020/ abril/15/territorio-da-arte-tem-atelie-virtual-deartistas site pref municipal 15.04.2020 https://jornaloimparcial.com.br/cultura-e-lazer/ territorio-da-arte-tem-atelie-virtual-de-artistas/ o imparcial 15.04.2020

http://www.araraquara.sp.gov.br/noticias/2020/fevereiro/04/territorio-da-arteabre-inscricoes Prefeitura municipal de Araraquara 04.02.2020 Estão abertas as inscrições para a 17ª edição do Território da Arte de Araraquara, realizada pela Secretaria Municipal de Cultura de Araraquara e Fundação de Arte e Cultura do Município de Araraquara (Fundart). https://prosas.com.br/editais/7011-17edicao-do-territorio-da-arte-de-araraquara www.prosas.com.br 04.02.2020


Rita Michelutti curadoria

Equipe da Secretária Municipal de Cultura e Fundart

Denise Zakaib assistência de curadoria

Edinho Silva Prefeito de Araraquara

Murilo Rangel direção de arte, mídias sociais e expografia virtual

Tereza Telarolli Secretária Municipal de Cultura Presidente da FUNDART Araraquara

Julia Cheliz trilha sonora

Danielle Aquino Coordenadora de Cultura

Matheus Rangel mixagem de som e apoio técnico

Agradecimentos:

Carolina Guimarães Carlos Jiménez Evandro Nicolau

Ananda Guimarães Carolina Guimarães Carlos Jiménez Djaine Damiati Evandro Nicolau Fabiana A. Citelli Flávia Garcia Silva Gabriela Palombo Jorge Lopes Lílian Amaral Maria Moema Guimarães

Assessoria de Imprensa Tadeu Queiroz - Secretaria Municipal de Comunicação de Araraquara

e a todos que confluíram no desafio de realizar a edição virtual do Território da Arte de Araraquara

Jaqueline Franco assistência audiovisual Cezar Almeida logotipo e projeto gráfico Júri Técnico:

Secretaria Municipal De Cultura e Fundart


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