O SEMEADOR - Junho de 2015 - Nº 97

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O SEMEADOR Informativo do Sínodo Espírito Santo a Belém - SESB Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB

Ano XXXV - Junho de 2015 - Nº 97

Editorial Inverno - tempo de aquecer corações página 2

Crônica A seca e o uso racional da água página 8

Crise é causa da falta de água num país de abundância hídrica página 9

Passando pelas Palmeiras... “Jesus passou por aqui...” página 9

Mensagem Convivendo em família – uma bênção! página 14

Reflexão Ação de Graças - Alegraivos sempre no Senhor página 14

OASE Notícias da OASE páginas 26, 27 e 28

Juventude Notícias da JE páginas 29. 30 e 31

Notícias Gerais Transferências de ministros

Campanha Vai e Vem Campanha Vai e Vem páginas 16, 17 e 18

página 10 facebook.com/sinodoluteranoesbelem


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O SEMEADOR

Edição de Junho de 2015

Editorial

Sínodo Espírito Santo a Belém EXPEDIENTE O Semeador é uma publicação trimestral informativa destinada às Comunidades, Paróquias, Uniões Paroquiais e Instituições do Sínodo Espírito Santo a Belém (SESB), da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).

Diretor Pastor Sinodal Joaninho Borchardt

Revisão Eduardo Borchardt

Diagramação Adriana Serrano

Conselho de Comunicação P. Joaninho Borchardt, P. Lourival Ernesto Felhberg, P. Nivaldo Geik Völz, P. Luciano Camuzi, P. Valdeci Foester, P. Erni Reinke, Jaqueline Kuster Silva Schultz, Nilza Buss.

Colaboradores Diác. Jianfranco Figer Berger, Herta Tonn, P. Rubens Stuhr, P. Edivaldo Binow, Hilquias Rossmann, P. Valdemar Gaede, Diác. Angela Lenke, Simone Reis, P. Em. Ido Port, Cat. Traudi Margarida Kraemer, Fábio Lahass, Pa. Rosane Pletsch, Rafael Pagung, P. Antônio Ottobelli da Luz, Irinéia Zumacke Koske, P. Edilson Tetzner, Gilmar Hollunder, Cláudia Siring, Luana Paula Plaster Braun, Joel Sandro Frederico, P. Valdeci Foester, Alex Reblim, P. Paulo Jahnke, Helga Lemke Petter, Solange Magdalena Petter Hell, P. Geraldo Grützmann, Celina Maria Pagung, P. Antônio Carlos Teles, Aline Neumann Erdmann, P. Scharles Roberto Beilke, P. Rodrigo André Seidel, P. Leomar Lauvers, Rodrigo Max Berger, Vaniuda Schreiber Butzlaff, P. Dr. Nestor Paulo Friedrich, Elcina Schwanz Milke, Dayane Walcher, Tiago Alves Abreu, Eduardo Borchardt, Diác. Janinha Gerke de Jesus, Diác. Sandra Helena Sperandio Cott.

Secretária/Administração Nilza Buss

Distribuição/Correspondências Sínodo Espírito Santo a Belém – IECLB Rua Engenheiro Fábio Ruschi, 161 Bento Ferreira CEP: 29050-670 Vitória-ES Telefone: 27 3325-3618 Fax: 27 3325-3618 Internet: http://www.luteranos.com.br/sinodo/espirito-santo-a-belem Facebook: facebook.com/sinodoluteranoesbelem E-mail: secretaria@sesb.org.br Os artigos assinados são de responsabilidade dos respectivos autores.

Tiragem 9.500 exemplares

Inverno - tempo de aquecer corações Querido leitor e querida leitora! Estamos nos aproximando de um período do ano estimado por muitos e detestado por tantos outros, por razões das mais diversas: o inverno, caracterizado principalmente pela sensível queda nas temperaturas. O clima frio traz sofrimento para muitas pessoas. Muitas sofrem com o frio porque lhes faltam roupa e agasalho. Outras têm roupas, mas passam frio porque lhes falta calor humano, carinho e aconchego. É o frio da solidão. O inverno se torna mais cinzento pela falta de flores e cores e mais frio pela falta de aconchego e carinho. Para contornar esta frieza, é necessário aquecer os corações das pessoas e isto somente Deus pode fazer, como nos lembra o profeta Ezequiel, em Ez 11.19-20: “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne; para que andem nos meus estatutos, ...” Deus quer dar também a nós um coração de carne, um coração que se sensibiliza com a realidade ao redor. Ele nos convida

a “aquecer os corações”, os nossos e os daqueles que nos cercam. Ele quer que tenhamos corações sensíveis e solidários para com a dor alheia. Nós somos criaturas de Deus e, por isso, devemos cumprir seus estatutos. São suas leis e seus ensinamentos que devem reger nossas vidas. O coração é o centro de nosso ser, é o motor. Nele Deus quer agir modificando-o. A fé

faz com que isto aconteça. Os corações petrificados são, então, transformados em corações meigos e amorosos. Nosso mundo está frio e feio porque faltam mais corações habitados por Deus. É por isso que em nossa sociedade muitas pessoas morrem: muitas por falta de agasalho e outras tantas por falta de carinho e amor. São as vítimas dos corações petrificados por estarem

afastados de Deus. Rogamos a Deus que venha sempre habitar em nossos corações, transformando-os em corações sensíveis e solidários. Certamente com esta transformação o inverno será mais quente e alegre para muitas pessoas, pois onde Deus está presente existe amor. O inverno está chegando e somos motivados à solidariedade. Não podemos evitar o frio, mas podemos ser calorosos e solidários. Que Deus aqueça nossos corações e mentes, tornando o inverno da vida mais suave e ameno! Neste mesmo intuito, trazemos até você mais uma edição de O Semeador, recheado de notícias de diversas comunidades e setores de trabalho do nosso sínodo, crônicas e mensagens. Elas não querem apenas servir de informação, mas, acima de tudo, querem servir de inspiração e motivação para o trabalho da Igreja, tão importante no “aquecer os corações” das pessoas. Desejamos a você uma ótima leitura e um “caloroso” inverno! Diác. Jianfranco F. Berger Paróquia em Rio Possmoser

Fechamento da próxima edição: 06 de agosto de 2015


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Carta do Leitor Olá Nilza, Olá Simone, do jornal O Semeador. FiOlá P. Sin. Joaninho. quei muito contente. Hoje, via correio, recebi Meus membros, sauuma considerável remessa dosistas do ES, vão ficar

felizes ao receber alguns exemplares... Quero agradecer por me incluir entre as pessoas

que recebe os jornais e os Obrigado! cadernos de estudo do Sínodo. O Caderno de QuaP. Marcelo Peter da Silva resma, foi muito útil... Alta Floresta D’ Oeste - RO

Notícias Gerais

Maio: mês da gratidão em Domingos Martins Durante o mês de maio a Paróquia de Domingos Martins celebrou o Mês da Gratidão. A idéia surgiu a partir dos resultados do seminário Planejamento de Qualidade, realizado por lideranças da paróquia em dezembro de 2012. O objetivo de celebrar o Mês da Gratidão é despertar nos membros sentimentos e atitudes de gratidão por tudo aquilo que Deus fez, faz e continua fazendo pelas pessoas e por toda a criação. Para isso foram programadas atividades especiais voltadas para a temática a partir de textos bíblicos do Antigo e Novo Testamento. Em cada celebração foi dado um destaque especial para o assunto com pregações e liturgias específicas. Nos cultos, as pregações foram baseadas nas ofertas de grati-

dão de Caim e Abel (Gn 4.1-7); o lugar da oferta de gratidão no culto (Dt 26.1-11); Jesus e o dinheiro (a partir da parábola da oferta da viúva pobre e a história de Zaqueu); e a teologia do apóstolo Paulo sobre as ofertas (2 Co 8 e 9). Destacou-se ainda na necessidade de mudanças práticas nas comunidades, tais como: 1) Mudança de vocabulário utilizado para designar as ofertas. A pessoa cristã não é chamada a pagar e sim, ofertar para a causa de Deus no mundo. 2) A oferta faz parte da liturgia. Ofertar é um ato de gratidão a Deus, por isso o lugar mais apropriado para o recolhimento das ofertas é durante o culto comunitário e conduzidas até ao altar. Quando as ofertas ou as contribuições são recolhidas

na secretaria da paróquia dá-se às mesmas um caráter de pagamento ou imposto. Ofertar nosso dinheiro é um ato

de adoração, tanto quanto o é nosso ato de orar ou cantar louvores da Deus. 3) A oferta de gratidão passa pelo traba-

lho com as diferentes idades: crianças, adolescentes, jovens, adultos, casais, idosos. Durante o mês de maio as crianças e as orientadoras do Culto Infantil da nossa paróquia receberam material específico para trabalhar a temática da oferta de gratidão, bem como no grupo de jovens e nos grupos da OASE. 4) Ajudar os membros a perceberem a diferença entre ofertar e contribuir. As ofertas não se destinam somente para os serviços da comunidade local, mas abrangem a ação diaconal de toda a Igreja. A contribuição é oferta regular e sistemática de cada membro para manter a missão da paróquia, sínodo e estrutura geral da IECLB. 5) A implantação das mudanças não é obra somente do ministro ou mi-

nistra local. O presbitério e as lideranças da comunidade também são chamados a se envolverem, buscando orientações que ajudam na compreensão bíblica libertadora da oferta. Do mês da gratidão também fizeram parte a celebração de gratidão pelas mães, pelos 149 anos do templo de Domingos Martins, investidura do grupo litúrgico da paróquia, culminando com o Dia Luterano da UP Jucu em Rio Ponte no último domingo de maio. Queremos a cada ano trabalhar essa temática a partir das orientações bíblicas e resgatar a prática das primeiras comunidades referentes aos assuntos da partilha e da solidariedade. P. Valdeci Foester Domingos Martins


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Notícias Gerais

Quando soarem os sinos Em 2014 a Comunidade de Alto Santa Rosa, pertencente à Paróquia de Barracão, completou 25 anos de história. Localizada no interior do município de Itarana, formada por agricultores, a pequena comunidade carregava um sonho: ter uma torre na igreja com sinos. Este sonho está prestes a ser realizado: no ano passado a comunidade decidiu fazer uma campanha entre os membros para construir a torre e comprar os sinos. Entrementes, os sinos já chegaram e

receberam o nome de José e Maria, que estão no altar do templo aguardando a finalização da construção da torre. Os sinos não são apenas uma vaidade da comunidade, mas uma espiritualidade: tem tudo a ver com a fé. Ao soar os sinos, soam os convites de Deus para o encontro de comunhão, em momentos de alegria e de tristeza. Entende-se que será sempre o chamado de Deus e a lembrança de que Ele está no meio de nós e quer ser ouvido. No

badalar dos sinos, a comunidade se reúne e se une. Pelos ecos nos vales, ela é lembrada a força penetrante e convidadora do Deus que quer reunir os seus, tal qual Jesus com seus discípulos em volta de uma mesa no partir do pão e do vinho. Agradecidos, a comunidade celebra, em dia festivo, a inauguração dos sinos, torre e reforma do templo, no dia 13 de setembro de 2015, com culto às 9h. Será um prazer tê-los conosco. “Venham todos, e louvemos a Deus, o Senhor! Cantemos com alegria a rocha que nos Salva. Vamos comparecer diante dele com ações de graças, cantando alegres hinos de louvor.” (Sl 5.1-2). Enquanto isso, ficamos na expectativa de quando soarem os sinos... P. Leomar Lauvers Barracão - Santa Maria de Jetibá

Nova igreja da comunidade Da Fé É com muita alegria e gratidão a Deus que estamos convidando a você irmão e irmã, sua família, sua comunidade, para participar conosco de um momento muito especial: a dedicação do novo templo de nossa comunidade ao serviço de Deus aqui em Caramuru, Paróquia Unida/ Santa Leopoldina. Depois de um bonito pro-

cesso de reflexão chegou-se a conclusão de que a melhor decisão seria demolir a antiga igreja e construir uma nova, maior e mais aconchegante. Sendo assim, no dia 04/05/2014 foi realizado o culto de despedida do templo com a presença do pastor sinodal Joaninho Borchardt. A demolição da igreja antiga foi feita no dia 12/05/2014, e no dia 19/05/2014 a Construtora Hiffner, contratada para a realização desta obra, deu início às atividades. No dia 03/08/2014 foi realizado o lançamento da pedra fundamental. Agora nos preparamos para a festa de inauguração. Será no dia 02 de agosto de 2015. Queremos fazer desta nova igreja um instrumento de anúncio da palavra de Deus. Somos gratos a todos que contribuíram para que pudéssemos, neste curto espaço de tem-

Fotos: Jacira L. Seidel/Erildo Plaster

po, realizar esta obra. Foram várias reuniões para encaminhar os assuntos pertinentes à construção. Agradecemos a equipe de construção que foi formada por alguns integrantes do presbitério da nossa comunidade, em especial ao Sr. Djalma Plaster – presidente – e ao Sr. Suilton Belard – tesoureiro – pois estes dois estiveram à frente de toda esta construção, não medindo esforços para que tudo fosse feito com o maior cuidado e da melhor forma possível.

Vale destacar a ajuda de todos: presbitério, os membros, em doações e sugestões. Também de pessoas não membros da IECLB. Agradecer a ajuda financeira das comunidades de nossa paróquia que foram parceiras neste momento. Foi tudo muito rápido, pois tínhamos firmado o compromisso de que a nova igreja estaria pronta para ser inaugurada no dia 02/08/2015, e assim será, com a bênção de nosso bondoso Deus. Venham celebrar conosco.

A programação inicia as 9h30 com o culto festivo, com a participação do pastor sinodal Joaninho Borchardt e demais colegas, e depois segue até a noite com várias atrações para você e sua família. A todos o nosso muito obrigado. Para maiores informações sobre a inauguração, ligue para (27) 3266 -1146 – Jacira Lemke Seidel ou (27) 9 99 72 4081- P. Rodrigo Seidel P. Rodrigo André Seidel Santa Leopoldina


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Notícias Gerais

A Faculdades EST recebe novos alunos A Igreja necessita de homens e mulheres com caráter e convicção de seu chamado e convencido da realidade da

existência de um Deus vivo em sua vida. Deus dá dons diversos às pessoas e estes precisam ser despertados.

Um desses dons é a vocação para o ministério eclesiástico. Vocação é um chamado de Deus para uma missão. A

pessoa que se sente chamada geralmente tem muitas objeções, cria resistências, sente medo, levanta dúvidas. Tudo isso faz parte do processo de discernimento antes de assumir a vocação. Com grande alegria, jovens encorajados de nosso Sínodo, assumem este compromisso valioso, e ingressaram na Faculdades EST. São eles: Gustavo Mundt Klug e Rony Marcos Adami, da Paróquia de São João de Laranja da Terra; Ivan Kiper, da Paróquia de Colatina; e Michael Kuhn Pothin, da Paróquia de Tijuco Preto, Domingos Martins. Atualmente, somos um total de 27 estudantes matri-

culados neste 1º semestre de 2015, oriundos do Sínodo Espírito Santo a Belém. É o Sínodo com maior número de estudantes em São Leopoldo. Bem-vindo aos novos estudantes e que, em nossa fragilidade, Deus possa nos conceder inspiração e estímulo, como fez também com o profeta Jeremias, dando-lhe coragem, estendendo-lhe a mão e tocando-lhe em seus lábios, enviando-o para a missão de profetizar entre as nações. Hilquias Rossmann Pelos estudantes de teologia da Faculdades EST

Lançamento da Pedra Fundamental da Comunidade de Alto Rio Ponte No domingo do Dia das Mães a Comunidade de Alto Rio Ponte realizou, em celebração festiva, o lançamento da Pedra Fundamental do novo templo. A história do surgimento desta comunidade é muito bonita. Até o ano de 1978 os luteranos de Alto Rio Ponte eram membros na Comunidade de Rio Ponte. No início daquele ano todas as noites os moradores juntavam-se na casa da família Kloss para ajudar a cuidar da Sra. Bertha Peter Kloss, que se encontrava acamada e muito doente. Enquanto os vizinhos cuidavam dela a família podia dormir e descansar. Durante

a noite conversavam sobre as dificuldades para participar dos cultos por causa das distâncias. Muitos moradores precisavam andar 10 km para chegar até a igreja. Assim sendo, enquanto cuidavam da Dona Bertha, sonhavam com a possibilidade de se construir um templo mais próximo dos membros, na própria localidade. Esta rotina se repetiu por mais de um mês, até que a Dona Bertha veio a falecer. Dias depois, foi convocada uma reunião com todos os interessados em fundar a comunidade de Alto Rio Ponte. Convidaram o pastor Inácio Felberg para

esta reunião. O pastor Inácio logo apoiou e assim o templo começou a ser construído com a participação de 14 famílias. Quando a igreja foi inaugurada, em 1979, já eram 21 famílias. Atualmente ela é formada 78 famílias, num total de 234 pessoas batizadas. O atual templo, além de ser pequeno, precisava de uma boa reforma. A comunidade, então, decidiu construir um novo e maior. Com engajamento e com generosas doações, o templo já foi erguido e coberto. Agora falta a parte de acabamentos. Neste dia 10 de maio tivemos a grata satisfação de contar com

a presença do pastor sinodal Joaninho Borchardt, o pastor Anivaldo Kuhn, o pastor local Scharles Roberto Beilke, o Sr. Ademiro Dettmann (vice-presidente do Sínodo), além da visita dos trombonistas, grupos de canto e membros das comunidades de Rio Lamego e Rio Ponte, para o ato do lançamento da pedra fundamental.

Rogamos que Deus continue conduzindo esta construção para que neste local seja pregado o evangelho, ministrados os sacramentos e que sirva para oração e louvor comunitários. Que as pessoas possam se sentir bem neste novo local e que sejam ricamente abençoadas. P. Scharles Beilke Rio Ponte


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Notícias Gerais

Inaugurado novo coreto da Comunidade de Santa Maria de Jetibá A celebração do dia 10.05.2015 foi duplamente especial para a Comunidade de Santa Maria de Jetibá, primeiramente pela homenagem ao Dia das Mães e também pela inauguração do coreto da comunidade. O coro de metais acolheu todos que chegavam entoando hinos que fazem parte da história do grupo, como o “Alma bendize” (246 HPD - 35 Kuhlo) e expressando a alegria pelo novo “coreto dos trombonistas”. Ao badalar dos sinos, a celebração iniciou do lado de fora do templo, ao lado do coreto, e o P. Edivaldo Binow saudou

destacada na torre da igreja, e outra, o novo coreto. A rosa de Lutero nos identifica mundialmente como igreja luterana, e o novo coreto expressa uma importante identidade na nossa comunidade. Nele sempre se apresentava o coro de trombones e serve de local central para os eventos e festividades da vida de uma comunidade. O coreto anterior havia sido inaugurado em 19 de janeiro de 1936. Em 07 de março de 2015, depois de 79 anos, foi desmontado e construído um novo coreto, ao lado do templo, para

a todos apontando para duas novidades que nos motivaram a expressar gratidão e louvor a Deus: uma é a rosa de Lutero, agora

que passasse a ser mais usado e cuidado. No ato de dedicação do coreto foram usadas a palavras do salmo do domingo,

o Sl 98.4-6, que coincidentemente foi o mesmo que o P. Hermann Roelke usou há 79 anos na inauguração do primeiro coreto. O coro de metais tocou o hino “A ti, Senhor, meu Deus, exalto” (HPD 128 - 08 Kuhlo). Em seguida, P. Edivaldo ressaltou que o trabalho com coros de metais nesta comunidade surge já antes de 1911. Mas o atual grupo está ativo desde 17 de julho de 1927 e em 2015 completa 88 anos de atividade comunitária. A persistência e união dessas pessoas que colocaram e colocam seu

dom a serviço, certamente contribuiu para o fortalecimento desta comunidade. Henrique Miertschink, o mais velho integrante do grupo e que por muitos anos foi coordenador do coro de metais, e Elmiro Haese, presidente da comunidade, descerraram a fita dando por inaugurado o coreto e colocando este local a serviço da comunidade. P. Edivaldo agradeceu o empenho de toda a diretoria da comunidade nesta importante e histórica obra. O coro de metais tocou o hino “Dai graças ao Senhor” (HPD

242 - versão 166 Kuhlo) e comunidade se dirigiu para dentro do templo onde continuou a celebração. Dentro da igreja, foi momento de celebrar e homenagear as mães, agradecendo a bênção do ser família e fortalecendo a motivação para cuidar da família. No exemplo do amor de Deus, o amor de mãe também expressa o servir, o cuidar, o dedicar-se aos filhos e filhas. As crianças do culto infantil apresentaram uma mensagem para as mães e entregaram uma lembrança. O coral infanto-juvenil, coordenado por Simone Vesper Binow, entoou canções homenageando as mães. Como presente da comunidade, cada mãe recebeu uma rosa vermelha, lembrando nosso respeito e carinho por todas elas. A bênção foi cantada pelo coral infanto-juvenil e encerrada a celebração. Reconhecemos o cuidado de Deus em nosso meio e os diversos motivos que temos para agradecer e louvar a Deus, como a vida em comunidade e em família. P. Edivaldo Binow Santa Maria de Jetibá


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História

Como surgiu a ACESA – Associação Central da Saúde Alternativa – em Vila Pavão Em 1973, diante da falta de atendimento na área da saúde foi instalado e inaugurado nas dependências da comunidade evangélica de confissão luterana em Vila Pavão um mini posto de saúde pública. A iniciativa foi do Pastor Rosalvo Dalla Barba, através de um convênio com a Secretaria do Estado da Saúde, ACARES na época. Neste mini posto eram realizados: vacinas, curativos, distribuição do material utilizado pelas parteiras e atendimentos médicos. Foi também oferecido às comunidades, cursos de Arte Culinária Natural (compotas, conservas, saladas, etc). Em 1977 o mini posto foi assumido pela prefeitura, transferido para o centro de Vila Pavão, onde permanece até hoje. Em 1988 realizou-se em Domingos Martins um Congresso Estadual da IECLB com o objetivo de trocar o remédio químico pelo remédio natural: voltar a fazer uso das plantas medicinais. Da comunidade de Vila Pavão participaram as irmãs Herta e Henrieta Thom, como representantes da OASE

(Ordem das Senhoras Evangélicas). As participantes do congresso foram desafiadas a levar mudas de ervas medicinais e no congresso compartilharam os conhecimentos sobre essas plantas. Com o passar do tempo, em 1992, surgiu o Projeto DENES (Distrito Eclesiástico Norte do Espírito Santo). Projeto este que visava ajudar os membros das comunidades, em sua maioria pequenos agricultores a lidar com a terra e descobrir técnicas para ajudar a melhorar a produtividade e enfrentar as secas. Foi introduzido o clone do café conilon, adubação verde, etc. No ano de 1994 a paróquia de Vila Pavão foi procurada pelo representante do Projeto DENES, Sr. Decimar Schultz. Ele queria incluir as comunidades da paróquia no projeto para melhorar o cultivo das lavouras. Conhecimentos de plantas medicinais, entre outras como: compotas, doces e conservas. E com isso iniciou-se o trabalho da horta medicinal no terreno da Comunidade de Vila Pavão. A horta ficou sob os cuidados do Sr. Teo-

doro Sönne Völz e sua esposa Henrieta Tonn. As plantas eram colhidas e levadas para a cozinha da comunidade onde eram transformadas em xaropes, pomadas, tinturas. E assim se formou um grupo de 15 pessoas para desenvolver este trabalho da horta medicinal. Como o tempo o trabalho foi crescendo e o Sr. Teodoro levou o trabalho de manipulação e atendimento público para a garagem de sua pró-

pria casa, onde funcionou por vários anos. Em 2001 fundou-se a ACESA, que acolheu o grupo oriundo do projeto DENES. Ela também ofereceu ao grupo o curso de Terapia Popular, enriquecendo ainda mais o trabalho com a saúde. Em 2005 o grupo retornou para as dependências da Comunidade, que cedeu dois cômodos onde se faz o atendimento ao público até a presente data. E assim a luta do grupo veio se mantendo com dificuldade e muito trabalho. Vendo-se que o trabalho voluntário estava cada vez mais difícil, discutiu-se junto a diretoria da comunidade e ACESA uma parceria junto a prefeitura de Vila Pavão para assim ampliar mais o trabalho. Era necessário ter uma sede própria. A comunidade de Vila Pavão, em uma reunião realizada no dia 25 de março de 2012, cedeu, através de um contrato de comodato um terreno para a construção de um espaço (casa) para atendimento. A prefeitura municipal fez a doação do material de construção. A construção teve inicio em junho de 2014. As despesas

com mão de obra foram assumidas pelo próprio grupo saúde e alegria, projeto missionário Vai e Vem da Paróquia de Vila Pavão, Coletas da comunidade de Vila Pavão, Paroquia católica São Pedro e doações particulares. A casa foi nomeada de Espaço Terapêutico da Saúde na IECLB. A casa foi oficialmente inaugurada no dia 08 de março de 2015, Dia Internacional da Mulher. Estiveram presentes na inauguração o pastor João Paulo Auler, representando o Sínodo; o pastor Rubens Stuhr, o pároco; o diácono Alecino Graunke; o pastor da IELB Emerson Linhause; o padre da paróquia São Pedro, Ângelo Salvador; o prefeito Municipal Eraldino Jann Tesch e o Secretário da Saúde. Assim mais um passo foi dado na concretização de um sonho de longa data: ter um local apropriado e projetado para o atendimento ao povo. Texto e pesquisa: Herta Tonn e Pastor Rubens Stuhr Vila Pavão


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Crônica

A seca e o uso racional da água Estamos diante de um fenômeno tão fora de nosso controle, que força a nos acostumar a novos jeitos de lidar com a água diante da iminente escassez que se vislumbra a cada novo dia. Espero que esta experiência nos leve a considerar com mais respeito o hábito de pessoas que ainda vivem e convivem com pouca água. Claro que o estilo de vida de tais “tribos” e ou pessoas está longe de fazer par ao sistema consumista ao que nós, na nossa míope visão cultural, estamos expostos e na qual oficialmente fomos e somos criados. Dou vazão aos meus sentimentos diante de observações captadas visual e auditivamente. Quando planejamos a construção de nossa casa estava incluída a colocação de calhas em todos os telhados para captação da água da chuva e seu imediato armazenamento em tanques especiais. Procurei orientação numa repartição pública de abrangência nacional na nossa cidade, onde após demora, obtive a lacônica informação com pinta de má vontade, que não dispunham material, já que na nossa região não era comum armazenar a água da chuva pois chovia muito. E isso é um fato de poucos anos atrás. Eu, em verdade, queria ter cooperado duas vezes com o poder público: primeiro, armazenar a água da chuva para inúmeros gastos na própria casa poupando água da Cesan e, segundo, evitar que a água pluvial da casa que inevitavelmente cai na rua estragasse a mesma. Surpreendi-me outro dia ao assistir uma explanação de um engenheiro na televisão sobre os recursos hídricos, enquanto falava rodava ao pé da tela uma fita na qual dizia: “Feche a torneira enquanto escova os

dentes, feche o registro do chuveiro enquanto se ensaboa, feche o registro da pia enquanto ensaboa a louça”. Comentei com meu vizinho que estas recomendações tínhamos aprendido em casa com os pais muito antes de conhecer Cesan ou coisa parecida, ao que ele acrescentou: “Todas as pessoas que aprenderam a se virar quando a água diminuía, quando a canaleta da bica entupia com folhas, quando o encanamento estourava... no devido tempo, passaram para seus filhos o cuidado que é preciso ter com a água. Não reclamavam, mas consertavam e tentavam melhorar a situação bem antes que a seca fazia seus estragos”. Lembrei-me então do encanamento construído pelo tio de minha mãe na sua primeira propriedade, que depois veio a ser o torrão onde nasci. O encanamento trazia por gravidade a água de uma jovem e frágil nascente lá do morro. A torneira não aprendi a conhecer, pois a ponta do cano já há muito fora comida pela ferrugem. A saída era tampada com um sabugo e as gotas que pingavam eram amparadas num grande balde, e de noite carregadas para a cozinha. Dei-me conta que faço parte de uma sociedade esbanjadora e quando se trata de um bem público comum arrogo-me o bestial direito de vandalizar. E não é só com a água que isso acontece, já reparou? Aceitamos tranquilamente o bombardeio de longas reportagens falando de caixa dois, de ônibus queimados, apedrejamento de propriedades públicas e privadas, o roubo da carga de caminhões acidentados em rodovias, pois é dos outros. Chegamos atrasados, atendemos de má vontade, desenvolvemos a cultura do “gato” para roubar

energia, água. Por outro lado, causa espécie quando a própria empresa informa pela mídia que só perde 33% da água tratada quando em outros estados a perda passa dos 60%. Vamo-nos então conformar, pois somos bonzinhos, enquanto um terço de um produto público que custou dinheiro vai simplesmente para o ralo. Continuando neste raciocínio é de se perguntar por que não somos capazes de copiar as saídas positivas de cidades dos EUA, quando estavam diante do

“Nossos avós viviam com muita água usando apenas gamelas para sobreviver e nós, seus descendentes, por que precisamos de tanta água?” colapso da falta de água em anos passados? EUA, o país tão adorado e admirado por nós brasileiros! A decisão da empresa americana foi: “Vamos primeiro fazer a nossa parte e depois pedir a parte ao consumidor”. E a empresa, num enorme esforço, começou a cuidar de suas redes para evitar desperdícios inúteis. E que lição poderíamos copiar do Japão cujo desperdício é mínimo e tem como meta alcançar o índice zero? Mas ainda lembro que dois terços da superfície do nosso Planeta são água e que seu volume é constante. Porém, como o uso da água aumentou devido ao crescimento populacional e a demanda nas indústrias e na agricultura, ela demora mais para completar seu ciclo e

daí chega a faltar em determinadas regiões. Acrescente-se a isso ainda o fato que muita água simplesmente torna-se imprópria para o uso devido à pesada contaminação química. Há poucos dias foi ventilada uma pesquisa nacional onde foi mostrada que a água de muitos rios importantes nos estados populosos nacionais não serve mais para consumo humano mesmo sendo tratada quimicamente. E o segundo aspecto é o fato de que grandes secas sempre existiram, assim também como grandes enchentes, é só interessar-se pela história e deixar os vovôs falarem. Quando em 1986 chegamos em Itarana, a última chuva de verão caiu em 12 de janeiro e daí em diante só chuvinhas leves até o mês de outubro. Mas os córregos fluíam normalmente. Na época, estava sendo manipulada uma propaganda na televisão que dizia: “Poupe energia, pois a luz está por um fio”. E aparecia na tela uma lâmpada pendurada num fio e piscando. Mas, simultaneamente, havia lugares transformados em currais eleitorais onde candidatos faziam propaganda prometendo rede elétrica fácil e mais barata do que cuidar dos geradores particulares obsoletos em funcionamento em muitas propriedades. Naquele tempo, mal se conhecia a utilidade dos canos azuis, hoje trazidos em enormes carretas. Quanta curiosidade causavam aquelas instalações azuis com aqueles canhões potentes derramando rios de água por cima dos morros vazando na estrada pública provocando acidentes! Com os canos azuis vieram as potentes e modernas moto bombas. Aumentou a produção, aumentou o con-

forto com inúmeros eletrodomésticos e ferramentas agrícolas. Gastamos mais energia que vem da água que desviamos de seus caminhos naturais para irrigar morros e hortas, abastecer açudes, lavar caminho, molhar poeiras. Já se cria leis para multar os esbanjamentos visíveis. Daí ocorre-me que posso comprar e instalar banheiras chiques para hidromassagem com água quente (elétrica) com capacidade de até 390 litros de água. O vendedor informou-me ainda que a loja já está vendendo estas banheiras há mais de sete anos e que no último mês vendeu cinco. Isto é uma loja numa única cidade. E quem controla o esbanjamento de água nestas banheiras escondidas em apartamentos chiques nas cidades e nos casarões do interior? E por favor, reflita: nossos avós viviam com muita água usando apenas gamelas para sobreviver e nós, seus descendentes, por que precisamos de tanta água? Fico na esperança de que um dia ainda aprendamos que a água é um dom divino, primordial e indispensável para a vida e por isso não nos pertence, mas precisa ser responsavelmente partilhada. E que na cidade e no campo teremos ajuda de técnicos para a instalação de depósitos práticos e econômicos para a captação das águas da chuva que desce de graça em enormes rolos nas ladeiras das gigantescas pedreiras, e que a cômoda resposta: “Moramos num lugar onde chove muito e não precisamos armazenar a água da chuva”, fique apenas na memória como uma lembrança triste do passado. P. Em. Ido Port

São Luís - Santa Maria de Jetibá


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Crônica

Crise é causa da falta de água num país de abundância hídrica Não é de hoje que ouvimos dizer que uma próxima guerra pode ser gerada por uma crise hídrica. Talvez isto seja verdade, mas a crise hídrica é muito mais uma crise política do que necessariamente falta de chuvas. A crise hídrica na região Sudeste é o reflexo da falta de planejamento e de políticas públicas, necessárias para ações de controle e de eficiência no trato com a água. Muito mais do que a falta de campanhas permanentes e realmente eficientes de educação ambiental sobre economia de água, faltam obras e ações que minimizem os efeitos da seca. Dentre eles, a remuneração por serviços ambientais a agricultores que têm cobertura vegetal em suas propriedades e que contribuem para a preservação das nascentes; a pavimentação asfáltica de estradas vicinais, evitando o as-

soreamento dos rios com partículas de cascalho; bem como o estabelecimento de regras e enquadramentos para fiscalização da irrigação agrícola, do desperdício e da falta de eficiência hídrica na indústria, no comércio e nas residências. Embora haja várias discussões em trâmite, sobretudo sobre as prioridades de investimento a curto e médio prazos, os projetos propostos são atrapalhados pela crise política e econômica que vivemos, o que nos faz pensar que se não houver chuva em proporções adequadas, o problema irá persistir. Esta é a pior seca dos últimos 40 anos. Só na agricultura,

os prejuízos são estimados em aproximadamente 1,8 bilhão de reais só no Espírito Santo. Os principais rios que abastecem mais da metade da população capixaba atingiram volume muito abaixo do limite crítico

no mês de janeiro. Esse panorama fez com que o governo determinasse que o fornecimento de água para o consumo humano fosse priorizado, exigindo também que as companhias de abastecimento

revisassem seus contratos com o setor industrial. No setor agrícola, foram proibidas novas instalações de irrigação, bem como a liberação de crédito para equipamentos de irrigação e a concessão de novas outorgas de uso d’água. Essa crise nos remete à reflexão de um passado recente de caos em nosso Estado. Em dezembro de 2013, o Espírito Santo passou pelo maior índice de chuvas da história, no fenômeno chamado “bolha oceânica”, espalhando o pânico e matando pessoas. Naquela ocasião, milhares de pessoas foram atingidas e houve solidariedade a tal ponto que o

poder público pediu para que cessassem as doações. Pouco mais de um ano depois, a situação é totalmente contrária, mas nem um pouco menos desafiadora. Talvez os desafios sejam ainda maiores. Iremos todos refletir nossas ações, admitir nossos erros e transformar nossos projetos em ações, para que não mais sejamos afetados pelos fenômenos climáticos que virão em escala ainda mais imprevisível. Afinal, as circunstâncias climáticas atuais não estão apenas relacionadas ao trato com o meio ambiente no Espírito Santo, mas em todas as regiões do planeta. Rodrigo Max Berger O autor é biólogo, especialista em Planejamento e Conservação Ambiental, Secretário Municipal de Meio Ambiente de Santa Maria de Jetibá/ES

Passando pelas Palmeiras... “Jesus passou por aqui...” “Tantos os que iam na frente como os que vinham atrás começaram a gritar: Hosana a Deus! Que Deus abençoe aquele que vem em nome do Senhor!” (Marcos 11.9). A semana santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, ocasião em que as pessoas cobriam a estrada com folhas de palmeira, para comemorar sua chegada. Mas, este comemorar é de forma humilde e sofrida, pois representa a meditação, o equilíbrio, chama para a oração. Tudo isto está associado à penitência - por isso, a cor violeta no Domingo de Ramos. Hoje as folhas de palmeiras são usadas na decoração das Igrejas durante as comemorações da Semana Santa. Na cultura pomerana, Domingo de Ramos é conhecido como “Palmsüntag”. Famílias e comunidades carregam ramos, galhos e flores e enfeitam os jardins em frente às casas e templos luteranos. Com esse

recurso natural é ornamentado “um caminho” da porta das igrejas e das casas em direção à estrada (na compreensão pomerana, significa: Jesus passou por aqui). Também, em algumas comunidades, o cemitério não fica de fora. É neste período, que geralmente as comunidades e paróquias do Sínodo Espírito Santo a Belém celebram o rito da confirmação, isto é, a aliança que Deus faz no batismo requer de nós uma resposta pessoal. É neste momento que dizemos o nosso sim, queremos viver em Tua comunidade e servir-Te com amor, compromisso e dedicação. Deus através de sua palavra confirma-nos sua aliança e nos fortalece e envia para a missão. Tudo isso me faz pensar

naquelas duas palmeiras (ou mais), que encontramos em frente a alguns templos luteranos. Penso agora, na Comunidade de Santa Maria de Jetibá, Comunidade de Belém, Comunidade de Domingos Martins, Comunidade de Jequitibá, Comunidade de Rio Ponte, Comunidade de São João do Garrafão,

Comunidade de Alto Jatibocas, Comunidade Vila de Laranja da Terra, Comunidade de Alto São Sebastião, e tantas outras. Podemos dizer que a palmeira é um símbolo, um recurso litúrgico, a qual define uma data especial para a celebração da fé e da história de Deus conosco.

Permita-me fazer algumas pontes: Na entrada de Jesus em Jerusalém muitas pessoas espalharam ramos de palmeiras pelo caminho para Jesus passar (Jo. 12.13). No dia da confirmação não é diferente: Jesus em sua simplicidade nos convida para caminhar com ele em meio aos ramos (caminho ornamentado pelos membros da comunidade). Por isso, aceitamos o convite para “passar em meio aos ramos”, expressando e aceitando a incumbência de Deus de servir com as irmãs e irmãos dentro e fora da comunidade. Confessamos publicamente nossa fé e, por meio do Espírito Santo, Deus deposita em nós sua confiança e nos valoriza como pessoas colaboradoras para a sua missão no mundo.

E, ao sair do templo, e “passando pelas palmeiras”, que possamos lembrar que não estamos sozinhos nesta árdua missão de Deus, pois ele nos envolve em sua graça e nos dá orientação para seguir o caminho com ele, enfrentando os problemas do dia a dia, com convicção e fé. Portanto, o caminho de ramos não termina em frente ao templo, mas, nos convida a ir além disso: é caminhar com Jesus, indo em direção: ao cemitério, onde o caminho de galhos, flores e ramos representa a vida e a esperança na ressureição; às casas, onde o caminho nos remete à diversidade, solidariedade, ajuda, proteção, amparo e conforto. É nesse caminho que Jesus nos convida à oração. É fazer missão. Hilquias Rossmann Estudante de Teologia da Faculdades EST


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Notícias Gerais

Instalação do pastor Simão Schreiber A igreja estava lotada. Não as pessoas que participaram. cabia mais ninguém. A celebra- Veio gente de várias comunição festiva emocionou a todas dades da paróquia e de outras

paróquias também. Isso foi no do como pastor da paróquia de Joaninho Borchardt e do vidia 12 de abril à noite, quando São João de Laranja da Terra. ce-sinodal, Lourival Felhberg, o P. Simão Schreiber foi instalaAlém do pastor sinodal estiveram presentes os pastores Lírio Drescher, Valdeci Foester, Paulo Jahnke, Jorge Dumer e Wonibaldo Rutzen; as diáconas Nilza Gums e Marcélia Klitzke, além do padre Miranda e do diácono Luciano Schultz, da igreja católica. Também participaram os corais de Itaguaçu e de São João de Laranja da Terra. Que Deus abençoe ricamente o trabalho pastoral do pastor Simão juntamente com todos presbíteros e demais membros da paróquia. Diretoria da Paróquia de São João de Laranja da Terra

Tranferências de ministros

A diácona Angela Lenke está se transferindo da Paróquia de Vitória para a Comunidade Evangélica de Joinville, Sínodo Norte Catarinense, a partir de 12 de julho de 2015.

O pastor André Martin Radinz assumiu o I Pastorado a Paróquia de Vila Pavão desde

O pastor Erni Reinke assumiu o I Pastorado da Paróquia de São João do Garrafão desde o dia 1º de fevereiro, transferido da Paróquia de Crisciúma,

o dia 1º de maio, transferido da Paróquia de Querência/MT. Ele é natural de Tancredinho, município

A pastora Franciele Vanessa Sander entrará de licença a partir de 1º de julho e deixará a Comunidade de São Luís/MA

para acompanhar o esposo, o músico Christoph Clemens Küstner, que fará o doutorado em Porto Alegre/RS.

O pastor Edivaldo Binow está se transferindo da Paróquia de Santa Maria de Jetibá para a Paróquia de Califórnia, município de

Domingos Martins a partir de 1º de julho. Ele é natural de Vila Pavão e casado com Simone Vesper e tem dois filhos: Eduarda e Ricardo.

município de Laranja da Terra. Ele é natural de Santa Maria de Jetibá e casado com a pastora Fernanda Pagung, que no momento está licenciada.

de São Roque do Canaã, e casado com Priscila Schullir. O casal tem dois filhos: Aghata e Arthur.


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Notícias Gerais

Mensagem de gratidão ao pastor Wonibaldo Rutzen Gratidão. Esta é a palavra coração por todos os trabaque nos vem à mente e no lhos realizados para cada

um de nós pelo pastor Wo- e deixou saudades porque nibaldo Rutzen. Ele passou deu o seu melhor: seus ensinamentos, solidariedade e amor ao próximo. Passou por nós, como a água tão plenamente passa por nossas mãos, circundando, envolvendo e percorrendo-as. Embora a água deixe algo de si nas mãos (assim você deixa algo de si com as pessoas e coisas que toca), as mãos não poderiam reter mais a água do que a água poderia reter as mãos. Aqueles que se esforçam continuamente para dirigir a sua consciência e se esforçam por fazer

aquilo que deve ser feito, tais pessoas conscientes, com total compreensão estão livres para um novo recomeço. Carinho, respeito, admiração e gratidão é o sentimento da comunidade de Sião de Alto Galo, Paróquia de Califórnia. “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibas como vos convém responder a cada um”. (Cl 4.6) Celina Maria Pagung Alto Galo – Domingos Martins

Paróquia de Crisciúma recebe novo pastor No dia 22 de março de 2015, na Comunidade de Jequitibá Pequeno, o pastor Wonibaldo Rutzen foi instalado oficialmente na Paróquia de Crisiciúma. A celebração contou com a presença de mais de 300 pessoas. A Instalação foi dirigida pelo pastor sinodal Joaninho Borchardt e teve como asistentes o pastor Edson Plaster e a diácona Nilza Abel Gumz. Também estiveram presentes os pastores da União Paroquial Guandu, Emerson Lauvrs,

Lírio Drescher, Paulo Marcos Jahnke, a diácona Marcélia Klitzke de Oliveira e a catequista Alzira Ratunde. Também estiveram presentes o pastor Valdeci Foester, da Paróquia de Domingos Martins, e o mestre em teologia, Éder Beling, da Paróquia de Califórnia. Foi um culto muito bonito com apresentações realizadas pelos integrantes dos quatro coros de metais da paróquia, pelo grupo de flautas da comunidade de Jequitibá Pequeno e

o seu coral “Vozes de Fé”, que deram as boas vindas ao pastor através da música. A pregação foi feita

pelo próprio P. Wonibaldo, que usou as palavras de Jo 12.20-33, que fala que o grão de trigo para dar fruto é preciso morrer primeiro na terra. O pastor Wonibaldo disse que o tempo de Quaresma é tempo que cada um pode e deve observar sua própria vida, fazer uma avaliação, traçar um novo rumo e recomeçar de um jeito diferente e muito melhor. O Domingo de Páscoa pode ser este marco: o dia de recomeço. Usou como exemplo duas maçãs: uma feia e uma bonita. Perguntada qual das duas seria a primeira escolhida, os presentes escolheram a mais bonita. O pastor Wonibaldo então falou que hoje vivemos demais

por aparências, sem perguntar se isso realmente é bom ou não. Se as maçãs são saudáveis ou cheias de veneno. Por quê? Porque é preciso cuidar da saúde do corpo e da alma e para isso nem sempre a aparência é a mais importante. Vamos então refletir sobre o que estamos fazendo e vivendo para mudar para melhor nesta Páscoa. Os membros da Paróquia de Crisciúma esperam que o pastor Wonibaldo e sua família se sintam bem acolhidos e deseja as mais ricas bênçãos de Deus sobre ele e sua família e em seu trabalho nessa nova etapa de sua vida. Diretoria da Paróquia de Crisciúma


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Notícias Gerais

Ato de fé e ecumenismo em Serra Pelada

O dia 19 de março ficará na memória da comunidade de Serra Pelada por muitos anos. Em um grande mutirão ecumênico, católicos e luteranos construíram uma enorme cruz para fixar no morro do Cruzeiro. Essa é a terceira cruz que é fixada naquele lugar. Em torno de mil pessoas participaram do ato de fé.

Antes da caminhada até o alto do morro e após a colocação da cruz, os pastores da igreja luterana Paulo Jahnke e Siegmund Berger, ao lado do padre Carlos Pinto Barbosa, da Paróquia São Sebastião, de Afonso Cláudio, dirigiram uma celebração. Durante os 1.200 metros de subida do morro, várias paradas foram realizadas para des-

canso e oração. Cânticos eram acompanhados pelo grupo de metais da ADL e Lagoa I, além da equipe de canto. Enfim, com o ato de fé e ecumenismo, mais uma vez ficou claro que é possível buscar a unidade na diversidade. Prof. Alex Reblim Braun Serra Pelada

XV Seminário da Região Missionária Luterana Nordeste e Belém Os ministros e ministras da Região Missionária, que abrange uma parte do Sínodo Brasil Central (área do sertão) e outra do Sínodo Espírito Santo a Belém (área do litoral), reuniram-se em São Luís/MA para um seminário de formação. Participaram também do encontro o Secretário de Missão,

pastor Mauro Schwalm, e os pastores sinodais Joaninho Borchardt e Dalcido Gaulke, dos Sínodos Espírito Santo a Belém e Brasil Central, respectivamente. Os temas, trabalhados em três momentos diferentes, discorreram sobre assuntos pertinentes ao trabalho pastoral e missio-

nário e expressaram claras inter-relações e complementariedade entre si. A secretária executiva da CNBB para o Nordeste, Marta Furtado Bispo, abordou o tema da exclusão e inclusão e como essa tensão perpassa a Igreja Católica em relação a grupos historicamente excluídos e seus

temas relacionados como religiões de matriz afro, homoafetividade, religiosidade indígena, etc. O pastor Antônio Carlos Teles da Silva, da Paróquia de Belém do Pará, compartilhou uma síntese de sua pesquisa de doutorado sobre a culturalidade e religiosidade amazônica e sua proposta de uma teologia amazônica como reflexão necessária para uma ação pastoral e missional na Amazônia. O pressuposto inicial é que as populações caboclas amazônicas são históricas e culturalmente invisibilizadas. Consequentemente, nutre-se a ideia de que cultura e civilização devam ser sempre endógenas, inclusive a fé. O pastor Lyndon de Araujo Santos, da Igreja Congregacional do Brasil, abordou de forma marcante os desafios da Igreja na atu-

alidade e destacou os princípios apresentados na parábola do Bom Pastor (João 10.1-18), como norteadores da missão da igreja cristã no mundo. Destacou também a grande inversão teológica e o equívoco histórico da Igreja em relação à sua missão e a necessidade de entender o desafio pastoral e missional como cuidado e não como conquista. O encontro também contou com momentos de descontração e passeio e também momento de avaliação em relação ao andamento das diferentes frentes de trabalho pastoral e missionário e sobre os problemas que necessitam ser equacionados, principalmente aqueles relacionados à estrutura organizacional e legal da IECLB. P. Antônio Carlos Teles Belém/PA


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Notícias Gerais

Luterano assume presidência do Incaper

Comunidade luterana a serviço da saúde Numa demonstração do seu compromisso social, a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em São Mateus, com muito carinho, cedeu o seu espaço físico para a Secretaria de Saúde de São Mateus, para realização de palestras so-

O empresário rural, produtor e exportador de gengibre, Wanderley Stuhr, de Santa Maria de Jetibá, foi convidado pelo governador Paulo Hartung para assumir a presidência do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper. Em entrevista ao programa Bom Dia ES, da TV Gazeta, Wanderley disse

bre prevenção e cuidados da saúde bucal para crianças até 6 anos. Também gestantes e agentes de saúde da ilha de Guriri foram convidadas para participar. Para a próxima rodada de palestras, está agendado um encontro

para idosos. Isso é IECLB, uma igreja que anuncia a palavra de Deus cumprindo, também, com seu compromisso educacional, diaconal e social. Cat. Traudi M. Kraemer Linhares

que o governo vai investir em pesquisa na agricultura e que medidas devem ser tomadas para que o estado não sofra com a estiagem, como aconteceu este ano. Veja entrevista completa em: http://g1.globo. com/espirito-santo/noticia/2015/04/produtor-rural-assume-presidencia-do-incaper-e-promete-investimentos.html

Espaço Jovem: sinal concreto da missão de Deus na cidade Alegria e gratidão tomaram conta da Paróquia de Vila Velha por ocasião da inauguração do “Espaço Jovem”, com culto festivo no dia 12 de abril de 2015. Esta iniciativa missionária teve inicio em 2012, quando a paróquia apresentou um projeto para a campanha Vai e Vem Sinodal. Consistia em construir uma quadra poliesportiva como um espaço de renovação da comunidade, visando à missão, especialmente com jovens, mas almejando ser “Comunidade Jovem, Igreja Viva”. O recurso financeiro, na ordem de R$ 11.183,31, recebido da Campanha Vai e Vem Sinodal, no final do ano de 2012, animou os membros de nossas comunidades a fazer doações de material de construção e mão de obra. Assim, a primeira etapa de constru-

ção da quadra foi concluída no final de 2013. O encantamento das lideranças e dos membros das comunidades com este projeto missionário foi tão grade que se deu continuidade à campanha de arrecadação para a cobertura da quadra esportiva. Mas a missão vai além! Com a cobertura desta quadra sentimo-nos desafiados a pensar também na sustentabilidade ambiental. Vivemos em uma cidade que, normalmente, no verão, sofre com inundações decorrentes de chuvas intensas. Refletiu-se que a chuva do telhado da quadra, do templo e da casa pastoral não poderia ser jogada simplesmente na rua. Para os membros, de forma geral, está muito claro que diante de constantes problemas ambientais, faz-se necessário

economizar a água da Cesan e aproveitar a água da chuva. Por essa razão, decidimos construir uma cisterna de 50 mil litros para utilização da água da chuva na limpeza e para molhar o jardim.

Nesse sentido, com o projeto Espaço Jovem e o recolhimento da água da chuva, a paróquia está colocando sinais concretos e visíveis de como viver a sua fé na cidade, criando espaços para convivência

de todas as pessoas que passarem por ali, visando buscar caminhos de sustentabilidade e transformação. P. Antônio Ottobelli da Luz Vila Velha


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Mensagem

Convivendo em família – uma bênção! “Ele é o nosso Deus; nós somos o povo que ele guia, somos o rebanho do qual ele cuida” (Sl 95.7). Passou-se uma geração desde que iniciei o meu trabalho no ministério pastoral. Já tive a oportunidade de batizar várias crianças cujo pai ou mãe eu também já havia batizado há cerca de 25 anos atrás. Durante meu tempo de ministério já tive a oportunidade de conhecer inúmeras famílias. Continuo aprendendo com as mais diferentes situações que se apresentam. Quantos exemplos bonitos de convivência, de ajuda mútua, de superação. Porém, exemplos de conflitos, desrespeito, fracassos, também não faltaram. Construir uma família continua sendo um desafio muito atual. Recentemente passei por uma experiência que ainda não havia vivenciado: celebrar o batismo de pai e filho no mesmo culto. Edmilson e seu filho Ernanes foram batizados

na Comunidade de Córrego Simão. Compartilho partes da história desta família, pois contém aspectos das transformações que vem acontecendo na sociedade brasileira. Na preparação para o batismo de adulto, Edmilson contou várias experiências de sua vida. Ele nasceu em Minas Gerais e cresceu numa família participante da Assembleia de Deus. Como menino, acompanhou os pais no caminho da igreja e o seu batismo seria realizado quando adulto. Porém quando jovem, afastou-se da sua família e seguiu os seus próprios caminhos. Edmilson mesmo conta: “Andei por esse Brasil afora e sempre me cortava o coração quando via crianças de rua pedindo esmola. Nessas an-

danças pensei muito sobre o significado de ter uma família. Nunca imaginei que iria parar aqui na Mata Fria e formar uma família com uma moça de origem pomerana”.

Nos primeiros encontros, Edmilson disse que estava muito feliz por ter encontrado a Elinete para ser a sua companheira e pelo nascimento do filho. Disse ainda que

estava sentindo a falta de convivência em uma comunidade e que desejava ser batizado. Após a preparação, respondeu com muita firmeza: “Sim, eu quero ser batizado na igreja luterana”. Após o batismo, comentou: “Estou muito feliz por ter sido batizado e o próximo passo será pedir a bênção matrimonial para a nossa união”. Na bíblia encontramos muitos textos que falam da convivência em família. Não são respostas prontas e nem receitas que funcionam em cada situação. A palavra de Deus nos fala de valores que ajudam para que a convivência familiar seja harmoniosa. Muitas pessoas já experimentaram que a fé no Deus da vida nos fortalece para enfrentar os desafios do dia a dia.

Quando sabemos que Deus nos acolhe como uma mãe, como um pai, certamente ficará mais fácil aceitar a nossa irmã e nosso irmão. Sabendo que Deus cuida de nós, também poderemos acolher e cuidar de outras pessoas. O pequeno Ernanes está crescendo e certamente a Elinete e o Edmilson vão precisar de apoio para transmitir ao seu filho os valores cristãos e assim lhe proporcionar uma boa educação. Numa sociedade que está em constantes transformações, é cada vez mais importante que as comunidades ofereçam ajuda para que o conviver em família seja realmente uma bênção. Foto: Elinete Tesch, Edmilson Moreira Ribeiro e Ernanes Tesch Ribeiro

P. Geraldo Grützmann Garrafão - Santa Maria de Jetibá

Reflexão

Ação de Graças - Alegrai-vos sempre no Senhor Render graças a Deus é um costume muito antigo do povo de Deus. Moisés, no livro de Deuteronômio (8.7-19) alerta para a finalidade da gratidão a Deus: não esquecer do Senhor. Nas comunidades luteranas, celebra-se culto em Ação de Graças a Deus pelas colheitas. As pessoas, além de agradecer a Deus, trazem o melhor das colheitas para o templo, trocam sementes, ovos, mudas de plantas e animais domésticos, para serem novamente plantados e criados nas propriedades. Neste ano temos ouvido muitas lamúrias sobre a colheita do café. A reclamação é de que a produção está sendo menor. É bom louvar a Deus pelos frutos da terra, pelos animais que nasceram, pelo emprego e salário que dá sustento para a família, pela saúde, pela vida, ou seja, por todas as bênçãos recebidas das mais diversas formas. O louvor, a gratidão a Deus nos coloca na condição de pessoas agradecidas por todas as circunstâncias que Ele, Deus, nos permite vivenciar. Vale lembrar que Deus se revela inclusive no sofrimento e nas adversidades da vida. Para muitos o louvor a Deus é esporádico. Num momento Deus é bom

e noutro deixa de ser e é visto com suspeitas. A razão disso é que o conceito do que é bênção e o que não é, é determinado por conceitos e percepções vagas e sem fundamento bíblico para a maioria dos cristãos. Daí, a alegria e gratidão deixam de ser uma virtude e passam a ser uma eventualidade “sentida” esporadicamente. O pastor da Igreja Presbiteriana, Ricardo Barbosa nos lembra que: “Quando vivemos a vida da fé por espasmos, procurando neuroticamente identificar o que é divino e o que não é, experimentando ocasionalmente os benefícios da graça e suspeitando de Deus nos demais eventos, sem reconhecer a bondade soberana de Deus sobre toda a vida, terminamos por não experimentar a virtude da alegria que depende, sobretudo, da capacidade de reconhecer a presença e o cuidado de Deus em todos os momentos e segmentos da vida e da história”. Certa vez uma senhora, que frequentava uma denominação neopentecostal muito radical me disse: “O crente, ou seja, aquele que é fiel a Deus, dá o seu dízimo direitinho, só pode receber bênçãos, saúde e prosperidade de Deus. Deus dá tudo o que ele quer em troca da sua fidelidade. Deus jamais deixará passar

por dificuldades”. Eu respondi que na bíblia há textos que nos chamam a louvar a Deus também nos momentos de adversidade. Um destes textos encontramos no livro do profeta Habacuque 3.17-18 onde lemos: Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimentos, as ove-

“Aquele que ama a Deus de fato e de verdade, o ama sem esperar nada em troca.” lhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. A senhora olhou para mim com um semblante cheio de espanto e disse: Preciso falar com o pastor da minha igreja. Ele nunca falou nada sobre este texto. A bíblia não estabelece condições ou restrições para a gratidão a Deus. Como filhos de Deus somos chamados a desenvolver uma re-

lação afetiva e incondicional com Deus. Nesta relação do cristão com Deus precisa ser regatado o caminho do amor e da amizade desinteressada por Deus. Surge, então, a gratidão como expressão de uma espiritualidade verdadeiramente cristã e fundamentada na bíblia. Aquele que ama a Deus de fato e de verdade, o ama sem esperar nada em troca. Ao contrário do que ouvimos diariamente nos discursos da teologia da prosperidade. Amar e ser grato a Deus com ou sem dinheiro. Louvar a Deus na alegria e na tristeza. Na verdade, a gratidão é a forma como vemos e reconhecemos o cuidado e a bondade de Deus sobre o mundo que ele criou. O maior exemplo de alegria e gratidão a Deus podemos encontrar na pessoa de Jesus Cristo. Jesus foi o “homem das dores”, experimentou os sofrimentos do mundo, mas jamais se viu separado do amor do Pai. A sua comunhão com o Pai nunca foi quebrada, apesar das dificuldades e dos sofrimentos. A nossa comunhão incondicional com Deus é a fonte da verdadeira gratidão e alegria e que nos fará ser sempre gratos a Deus. A gratidão que experimentamos vem do Senhor, que apesar das mazelas do mundo, permane-

ce cuidando, abençoando e nos salvando. A gratidão e a alegria pertencem ao reino de Deus e isto requer de nós uma opção pela luz, mesmo quando há muitas trevas. Uma opção pela vida, mesmo quando as forças da morte são fortes e assustadoras. Uma opção pela verdade mesmo quando a mentira parece reinar. Todos os dias podemos fazer a opção em dar graças a Deus, ou então, em não dar graças a Deus. A escolha pela gratidão é a nossa participação na ação redentora de Deus na história da humanidade. Agradecer é um sinal do reino de Deus entre nós. É um testemunho de que ele age e nos abençoa. Quem não agradece, dificilmente vai perceber o agir de Deus na sua vida. Vai fazer de Deus aquele que deve estar pronto a fazer tudo o que a sua vontade deseja. Jesus nos ensina, na oração do Pai Nosso, a pedirmos todos os dias o “pão nosso de cada dia nos dá hoje”. Isso significa ser grato a Deus todos os dias da vida. Por isso, mesmo que a colheita do café seja menor, isso não justifica que o nosso louvor e gratidão a Deus deva diminuir. P. Rubens Stuhr Vila Pavão


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Notícias Gerais

Pentecostes com belas apresentações A cidade de Laranja da Terra teve um belo culto de Pentecostes no dia 24 de maio, onde as três paróquias do município se reuniram, (Crisciúma, Laranja da Terra e São João

de Laranja da Terra), em louvor e gratidão a Deus. Tivemos a presença de aproximadamente 800 pessoas e várias apresentações, como trombonistas, grupo de canto, violei-

ros, corais, com destaque a apresentação do grupo de dança litúrgica em sua 1° apresentação. Foi algo novo para os jovens e também para a comunidade. O grupo expressou seu

louvor e gratidão em forma que se apresentaram. Tivede gesto e dança. Foi um mos um dia de pentecostes momento muito lindo e es- com belas apresentações. pecial, com muitos elogios Vaniuda Schreiber Butzlaff e incentivos para as próxiSão João de Laranja da Terra mas que virão. Parabéns à comunidade e aos grupos

Meu jeito camponês Quero o direito de permanecer aqui, no meu chão. Se não entendo essa linguagem teórica é porque contam coisas da cidade e ainda dizem que, por solidão, tenho a Lua por esmola que vem no meu quintal. Meu rincão não é o fim de mundo, não. Pelo contrário, sinto a vida a desabrochar a cada estação. Me sinto muito apaixonado quando vejo o chão sendo molhado. Saio pro terreiro e vejo pras bandas do Sul o Cruzeiro. Parece até que estudei astronomia, mas aprendi isso com os meus pais e eles com meus avós e por isso sinto muita alegria. Quero continuar ensinado isso para os meus. Agora ouço falar do tal Plano de Educação. Será que alguém co`a gente se importa e vão bater à nossa porta pra pedir nossa opinião? Ou vão deixar pra próxima geração resolver esta questão? Adiar não dá mais! O campo precisa de paz! Deixa de opinião dividida! Vamos pensar com a cabeça e sentir com a barriga, pois o campo e a cidade precisam de comida. Tenho orgulho de representar o primeiro ofício do Criador, a de ser roceiro, camponês, lavrador. Espia só quanto nome bonito! Não acho que falo errado,

nem feio nem esquisito. É o meu jeito simples, espontâneo, mas aflito. Chega de ser chamado de Jeca Tatu, Chico Bento e atrasado! Cansei de ver a cultura camponesa sendo tratada como folclore de festas juninas e outras mais. Desse jeito me sinto humilhado! Posso até ser Jeca, mas quando eu canto não tenho vontade de chorar. Vou continuar usando meu chapéu de palha onde quiser, mas se puder terei celular, tela plana e até carro importado vou comprar. Mas se, por alguma razão eu quiser andar simples, de chinelo e a pé, não quer dizer que sou pobrezinho e nem coitadinho. É minha opção! Então vamos por os “pé” no chão e vamos juntos elaborar o Plano Municipal de Educação. Só assim a cidade e o campo vão ter paz e tristeza nunca mais. Ninguém abandona o campo, ninguém abandona a terra. Filhos vão poder continuar morando perto dos pais. Para isso, precisamos de uma escola no campo e para o campo. Autoria: Gilmar Hollunder Educador Social da ADL

Está em andamento nos municípios, em todo o Brasil o Plano Municipal de Educação. Na perspectiva de acompanhar as etapas do “passo a passo”, uma equipe voluntária composta por membros do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, educadores e educadoras da rede pública, coordenadores de escolas, agente do CREIAS, pais de alunos, lideranças da comunidade, educador social e alunos e alunas da ADL no

município de Afonso Cláudio, decidiu se encontrar semanalmente para dar foco na Educação do Campo e para o Campo. O PME deve conter 20 metas que dão atenção de maneira geral à Educação no município, porém a equipe voluntária quer analisar o diagnóstico que está sendo feito. Se o mesmo está contemplando de maneira contextualizada a Educação do Campo no que tange a um

sistema que eduque a partir da ótica dos povos camponeses, e nela a cultura pomerana, com seu jeito peculiar de ser e de fazer sua cultura. No embalo deste ideal e luta, o núcleo “Semeando a Esperança” da ADL organizou uma mística para um encontro onde esteve presente uma funcionária da Secretaria de Educação do município para ouvir nossos clamores elaborado a partir da poesia ao lado.


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Campanha Vai e Vem

Mensagem da Presidência para a Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem 2015 Estimados membros da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil! Irmãs e irmãos em Cristo! O Tema da IECLB em 2015 aponta qual é o conteúdo central da nossa comunicação. Comunicamos a Palavra, Palavra com P maiúsculo. Comunicamos a Palavra de Deus. No Batismo, Deus comunica: tu és meu! Tu és minha! Na sua Ceia, o Senhor é perdão e recria comunhão. Essa comunicação de Deus é Evangelho, Boa Notícia. Esse é o conteúdo da nossa comunicação no nosso diálogo, na nossa comunhão, nas nossas decisões pessoais e profissionais, na nossa solidariedade para dentro e para fora da Comunidade. É com base na Palavra de Deus que desenvolvemos na nossa Igreja a Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem. É motivado pela Palavra de Deus que convidamos vocês para abraçarmos a Vai e Vem edição 2015.

Comunicação se faz com palavras. Comunicação também se faz com gestos, atitudes, ações. Ao afirmar que a fé responde com ações, o apóstolo Tiago aponta justamente para a relação entre essas duas grandezas fundamentais da comunicação: a comunicação de Deus torna-se comunicação entre pessoas que seguem a Jesus Cristo. A comunicação da Palavra nos alcança nas palavras de consolo, nas atitudes amorosas, no serviço e na solidariedade. É nesse sentido que a Vai e Vem é um chamado para que comuniquemos com dupla ênfase: as palavras faladas e as palavras que viram gestos! A Campanha de Missão da IECLB zela pelo cuidado interno e possibilita a prática de levar as cargas uns dos outros. Dessa forma, a Vai e Vem viabiliza a caminhada de comunidades na Missão de Deus. A Vai e Vem fortalece a comunhão de pessoas que podem ser

sal da terra e luz do mundo lá onde vivem e testemunham a Palavra de Deus. Quero convidar vocês, membros da IECLB, para que, neste ano, abracemos a Campanha Vai e Vem inspirados no Lema

que acompanha o Tema de 2015. Jesus perguntou aos discípulos: sobre o que vocês estão conversando pelo caminho? Essa pergunta desencadeou um diálogo significativo. Na conversa, os discípulos revelaram a sua decepção diante da crucificação de Jesus. Porém, para a sua surpresa, a conversa

e a comunhão de mesa revelaram que o crucificado havia ressuscitado. Estava ali, vivo! Que tal seguirmos mais esse exemplo de diálogo? Compartilhemos mais e mais na nossa vida comunitária o que está ardendo em nosso coração. Vamos conversar mais sobre a nossa vida em comunidade. Ali também podemos dialogar sobre a Vai e Vem. Por que a IECLB desenvolve essa Campanha de Missão? Procuremos perceber o quanto a Campanha Vai e Vem é Palavra de Deus falada e Palavra de Deus transformada em ação, em gesto de amor. A Vai e Vem é Campanha de gente nossa para nossa gente. A Vai e Vem é instrumento de cuidado para com os da própria casa – nos Sínodos, nas Paróquias, nas Comunidades, no Brasil. A Vai e Vem é a comunicação da Palavra de Deus com gestos. Lá onde a IECLB está presente ela comunica palavras e ações que levedam a

massa, que apontam sinais do Reino de Deus. Somos pessoas chamadas a comunicar a Palavra. Ao fazer isso, vamos dialogar acerca da Vai e Vem. Falemos sobre a Vai e Vem e nela nos engajemos em nome do amor de Deus por nós, em vista do testemunho da IECLB como Igreja de Jesus Cristo no Brasil, em nome da tarefa de pregar a Palavra de Deus, de celebrar os Sacramentos, de vivenciar a comunhão e a solidariedade. No centro da nossa comunicação está a Palavra de Deus. Essa Palavra é fala e é gesto, pois essa fala e esse gesto sustentam a Campanha de Missão Vai e Vem. Bem o diz uma canção que cantamos seguidamente: Palavra não foi feita para dividir ninguém, palavra é uma ponte onde o amor vai e vem, onde o amor vai e vem. Amém!

P. Dr. Nestor Paulo Friedrich Pastor Presidente da IECLB

Resultado da Campanha Vai e Vem 2014 - Âmbito Nacional


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Campanha Vai e Vem

Resultado da Campanha Vai e Vem 2014 - Âmbito Sinodal


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Campanha Vai e Vem

Metas para a Campanha Vai e Vem 2015

Projetos da Campanha Vai e Vem 2015 apoiados pelo Sínodo PROJETO COMUNICAÇÃO E MISSÃO

É projeto da União Paroquial Grande Vitória e visa reunir um conjunto de ações a fim de promover, num primeiro momento, uma campanha de marketing sob o slogan “Orgulho de ser luterano”, partindo do endomarketing-marketing de dentro da Igreja para fora dela. O intuito com essa abordagem é fazer com que o público externo ao ter contato com a igreja luterana possa ter a melhor experiência possível. O endomarketing será trabalhado por pessoas membros das paróquias em parceria com os ministros e ministras, em sintonia com o planejamento estratégico das mesmas. Num segundo momento, será focada a comunicação para fora dos muros da Igreja, que se dará por meio de mídias digitais, adesivos, bottons, panfletos, banners, outdoors, vídeos da campanha e uma ação social na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em parceria com a Federação Luterana de Diaconia – FLD, abordando a temática da violência contra a mulher. Esta ação está sendo planejada para outubro,

PROJETO MISSIONÁRIO VILA JETIBÁ

Trata-se da construção de um templo no bairro Vila Jetibá, em Santa Maria de Jetibá, onde cada vez mais famílias luteranas e não-luteranas se estabelecem, vindas do interior do município de outros municípios. A presença visível da IECLB naquela localidade é

sendo um marco preparativo para a celebração dos 500 anos da reforma luterana na Grande Vitória, contando com a cobertura das grandes mídias, tais como televisão e jornais, de forma gratuita. O objetivo é construir identidade e valor regional (na Grande Vitória) da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, revelando uma igreja visível, acolhedora, inclusiva, ecumênica, urbana, pluralmente étnica e inserida na realidade social, tornando-se com isso, uma igreja comunicativa e missionária. PROJETO ESPAÇO TERAPÊUTICO DA SAÚDE NA IECLB

Este é um projeto da Associação Central da Saúde Alternativa – ACESA, que foi construído ao lado da igrejona de Vila Pavão, e visa equipar o laboratório de acordo com as exigências da vigilância sanitária. Para isso será necessária a aquisição de novos equipamentos para atender a demanda do local e das pessoas, como armários por baixo de bancada de granito, purificador de água, macas, mesas nos consultórios, geladeira, fogão, móveis embutidos nos consultórios e vasilhames diversos

imprescindível para poder intensificar os trabalhos. É por isso que a comunidade se juntou, com apoio da paróquia, para construir uma igreja, que já está em fase de acabamento. O objetivo dos recursos da campanha Vai e Vem é auxiliar na aquisição e colocação de portas e janelas.


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Notícias Gerais

Valorizando os vovôs e as vovós Na Paróquia de Pancas tem várias pessoas idosas. Na época do Advento, todos os anos, a paróquia promove um encontro com eles para celebrar, conversar, comungar na Santa Ceia e confraternizar. O último encontro foi no dia 13 de dezembro na Casa de Retiros São Bento, sob a coordenação do Pastor Enio Luiz Fuchs e a OASE paroquial. É um gesto nosso de valorizar e reconhecer ao que deram de si enquanto podiam, pelas suas comunidades, pela sua Igreja, pelas suas famílias, pela nossa sociedade. É dever nosso despertar a consciência de todos, quando nossos idosos necessitam de quem lhes proporciona momentos felizes, valorizando as suas experiências e

dando-lhes a certeza de que são muito amados e respeitados por tudo aquilo que já viveram. Outro objetivo nosso é cultivar o otimismo e a alegria de viver, na certeza de que a velhice pode ser uma fase bela e feliz, esforçando-se para continuar crescendo espiritualmente na fé, na verdade e na justiça de Deus, ouvindo a sua palavra, orando, cantando hinos de louvor, participando da ceia do Senhor e vivendo em comunhão. E, finalmente, buscando o auxílio de Deus nas palavras do Salmo 71.9: “Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares quando se forem acabando as minhas forças”. Elcina Schwanz Milke Laginha do Pancas

Culto de Ascensão do Senhor e investidura de liturgos em Domingos Martins No dia 14 de maio de 2015 a Paróquia de Domingos Martins celebrou de forma muito especial o Dia da Ascensão do Senhor. Após pouco mais de um mês de curso de preparo, um grupo de 25 pessoas de todas as comunidades da paróquia foi investido para auxiliar nas atividades e celebrações. Oficiado pelo P. Valdeci Foester e pelo bacharel em teologia Joel Frederico, o culto contou com a presença de membros de todas as comunidades da paróquia de Domingos Martins. Um trecho da liturgia do culto exortava os liturgos investidos a se permitirem “ser à imagem e semelhança Daquele que não vem a nós para ser servido, mas que nos serve vida plena”. Toda liturgia seguiu à luz da humildade de Cristo que deve inspirar estas pessoas nas atividades que sempre desempenharam e que agora fazem com um chamado especial. Todos os liturgos receberam uma veste litúrgica simples. Por meio dela, simbolicamente o ministro ordenado convida estas pessoas a auxiliá-lo nesta

nobre tarefa de servir. Ou seja, sempre serão orientados pelo pároco local nas tarefas que irão desempenhar. O curso básico de liturgia Para preparar esta equipe, a Paróquia de Domingos Martins ofereceu um básico curso de liturgia com o qual as lideranças receberam uma melhor preparação sobre o que significa o culto cristão. O foco desta preparação foi a “ordem do culto” ou sua liturgia e o caráter de serviço que o culto cristão tem para a comunidade. Desde a história da liturgia até a nossa vivência cúltica hoje, buscou-se refletir sobre as sólidas bases que sustentam as celebrações cristãs, desde as primeiras comunidades. Começamos com a história da liturgia. Neste primeiro módulo, contamos com a ajuda do estudante de teologia Daniel Pagung Huwer que fez um retrospecto dos primeiros anos do culto cristão até a atual estrutura de liturgia na IECLB. Numa segunda etapa, estudamos a Liturgia Oficial da IECLB. Nesta etapa pude-

mos perceber a importância de cada parte dentro do todo da liturgia. Cada etapa, cada canto litúrgico, cada texto têm um porquê de estar ali. Conhecendo melhor a liturgia, as pessoas que têm uma função na celebração podem melhor auxiliar nas mesmas fazendo com que o culto torne-se um espaço sensível às necessidades das pessoas que nele buscam viver sua fé. Numa terceira etapa, estudamos os símbolos litúrgicos,

cores litúrgicas, o calendário eclesiástico e a importância das vestes litúrgicas para o culto cristão. Finalizamos o curso focando a música na liturgia. Nesta etapa pode-se concluir que a música tem um importante espaço no culto cristão. A música é um importante instrumento de sintonia entre Deus e sua comunidade. Após este período de preparação teórica, toda equipe auxiliou na elaboração da

liturgia do culto de investidura. Rogamos a Deus que inspire estas pessoas a servir na sua seara com muita humildade e fé e auxiliem no despertar de novos dons entre seus irmãos e irmãs. Que prevaleça sempre a boa vivência do Evangelho em todas as comunidades de nossa paróquia, também com a ajuda de nossos liturgos. P. Valdeci Foester Domingos Martins


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Falecimentos

Falecimento de Selma Holz Ratzke

“Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos”. - Rm 6.8. Na esperança da ressurreição, faleceu no dia 09 de dezembro de 2014, Selma Holz Ratzke, membro da comunidade de Praça Rica, Paróquia de Vila Pavão. Durante 22 anos Selma lutou contra o diabetes. Foram várias viagens para Vi-

tória, onde realizava os seus tratamentos de saúde (rins, visão e anemia). E sempre em todas as viagens o meu pai a acompanhava, pois por maior que eram suas dificuldades, ele sempre estava do lado de minha mãe. No dia 1º de outubro de 2014, Selma começou a fazer a hemodiálise no Hospital das Clínicas em Vitória. Em seguida, foi encaminhada para a Santa Casa em Colatina, onde fazia a hemodiálise três vezes por semana. No mês de novembro a sua saúde se complicou, ficando internada, devido a uma infecção do cateter. Recebeu alta, voltou para casa ainda fraca e debilitada e logo na semana seguinte voltou a ficar internada novamente, devido ao quadro de sua infecção ter se agravado. No dia 08 de dezembro de 2014, foi transferida para o Hospital Sílvio Avidos em Colati-

na, levada com urgência para a UTI. Minha mãe faleceu no dia 09 de dezembro de 2014, no hospital, tendo a causa de sua morte: morte séptica do quadril. Ela alcançou a idade de 54 anos, deixando enlutados o esposo Ervino, a filha Angela, o neto Henrique e demais parentes e amigos. Com todas as dificuldades que minha mãe passou com seus problemas de saúde, ela nunca desistiu de sua fé, era ativa em sua comunidade e nunca deixou de levar a sua bíblia para a igreja, que era sua base de fé. Agradecemos a todos pela solidariedade e pelo conforto nos momentos de tristeza e dor. Angela Ratzke - Filha

Falecimento de Janeta Bustlaff

No dia 25 de dezembro de 2014, a família Bustlaff e a comunidade de Cascatinha do Pancas, Paróquia de Colatina, sofreram a perda de Janeta Bustlaff Tesch. Ela era a pessoa mais idosa da comunidade, filha de Frederico Bustlaff e Augusta Krause Bus-

tlaff. Ela nasceu no dia 14/11/1918, em Laranja da Terra. Foi confirmada em 18/01/1938 e São João Pequeno – Colatina. No dia 11/09/1942 casou-se com Florêncio Tesch (in memorian). Alcançou a idade de 96 anos, 1 mês e 11 dias, vindo a falecer na Santa Casa de Misericórdia de Colatina. Deixou enlutados 1 filha adotiva, um irmão, 2 irmãs, 1 cunhada, sobrinhos e demais parentes e amigos. O seu sepultamento, feito pelo Pastor Ismar Schiefelbein, ocorreu no dia 26 de dezembro 2014, no cemitério de Cascatinha do Pancas. Micalina Loose Raasch

Falecimento de Cristina Ponath Erdmann

Cristina Ponath Erdmann nascida no dia 20 de abril de 1950 em Baixo Guandu, filha de Leopoldo Ponath e Ita Ebert Ponath. Foi batizada em 24 de maio de 1950 na comunidade de Jaó, onde também foi confirmada no dia 05 de maio de 2015. Sendo o versículo bíblico escolhido: “Todo aquele que nele crê não será

confundido.” Rm 10.11 Cristina casou-se com Daniel Erdmann no dia 09 de julho de 1971 na comunidade de Crisciúma. O casal foi abençoado com 04 filhos. Sua profissão era lavradora aposentada. Era membro da comunidade de Crisciúma. Em seu aniversário de 60 anos de idade, foi realizada uma celebração em sua casa com a presença da família, parentes e amigos. Cristina sempre lembrava das datas de aniversário de toda a família e gostava de fazer celebrações. A celebração em agradecimento pelos seus 60 anos de idade foi celebrada pela pastora Fernanda Pagung Reinke, onde sua meditação foi baseada no cuidado de Deus para com nós, sempre amparando

e protegendo, colocando sua mão e que nós somos como uma criança em suas mãos. A celebração foi encerrada com a Oração do Cuidado. Assim, também era Cristina, atenciosa e cuidadosa com a sua família. Uma de suas frases no hospital foi “que minha família fique bem, cuidem para que todos fiquem unidos e em paz.” No dia 07 de março de 2015, foi internada na Unidade Mista de Saúde de Laranja da Terra, com a diabetes alterada e após realizar alguns exames, foi constatado um AVC. Como conseguimos uma vaga na UTI do Hospital São José em Colatina, a UTI móvel veio buscá-la no dia 10 de março às 23h30. No hospital São José, passou por vários outros exames e novas etapas de tratamento. Sua fa-

mília sempre esteve presente a acompanhando e visitando nos dois horários de visitas disponíveis. Foram muitos esforços, tanto pelos familiares como da equipe médica. Na primeira semana, seu quadro de saúde melhorou bastante, porém na segunda semana o quadro se agravou, pois Cristina não tinha mais forças pra sobreviver e, infelizmente, veio a falecer no dia 30 de março de 2015, devido à pneumonia e infecção urinária. Cristina alcançou a idade de 64 anos, 11 meses e 10 dias. Deixa enlutados o esposo Daniel Erdmann, os filhos Irineu, Eliseu, Ascendino e Adilson; as noras Eleuza, Odete, Mirian e Sônia; os netos Mateus, Sarah, Lídia, Quézia e Ismar Isaque; dois irmãos, duas irmãs, cunha-

dos e cunhadas e toda uma grande comunidade de parentes e amigos. A cerimônia de despedida foi no dia 31 de março de 2015 às 8h em sua residência em Alto Crisciúma, celebrada pelo pastor Wonibaldo Rutzen. O seu corpo foi sepultado no Cemitério Santo Antônio em Alto Crisciúma, Laranja da Terra. A família de Cristina agradece a todos que puderam visitá-la e ajudaram no que lhes foi possível. Consolamo-nos com a palavra bíblica que o pastor Wonibaldo utilizou como saudação: “Deus é o nosso refúgio e a nossa força, socorro que não falta em tempos de aflição.” Sl 46.1 Família Erdmann


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Falecimentos

Falecimento de Alzira Berger Chafilla Passados menos de quatro meses da morte de nosso pai, no dia 17 de fevereiro de 2015, nossa querida mãe, avó, bisavó e amiga Alzira Berger Chafilla veio a falecer, deixando enlutados três filhas, três genros, sete netos, três bisnetos, um irmão, duas irmãs, sobrinhos,

demais familiares e amigos. Sua caminhada foi marcada por muita luta, trabalho árduo, dedicação, amor, fé e perseverança. Mesmo com sua saúde já fragilizada, aos 84 anos de idade, raramente faltava aos cultos na comunidade de Afonso Cláudio. Sua fé e confiança em Deus

a fazia forte e servia de referência para todos nós. Um exemplo de mulher, mãe, amiga cristã que semeou boas sementes por onde passou e todos que tiveram o privilégio de conhecê-la e conviver com ela foram abençoados com seu exemplo de vida.

Deixamos aqui nossos agradecimentos a todos que direta ou indiretamente nos ajudaram a tornar este momento menos doloroso.

Lucilena Chafilla Zambon filha

Anúncios Bodas de Prata de Vilson Strelhow e Regina Velten

No dia 07 de fevereiro de 2015, aconteceu na Comunidade do Córrego Chapéu, Paróquia de Colatina, a bênção de Bodas de Prata de Vilson Strelhow e Regina Velten. A celebração foi conduzida pelo pastor Leonardo

Ramlow, com orações, cantos e agradecimentos pelas bênçãos derramadas ao casal. A data foi comemorada de forma festiva com familiares, amigos e com os dois filhos, Douglas e Daiane, recebidos de Deus e por ele abençoados.

Vilson e Regina se casaram no dia 09 de fevereiro de 1990, na comunidade de Córrego do Espinho, atualmente filiada à Paróquia de Colatina. Unidos e empenhados no amor de Deus, durante todo o seu matrimônio, o casal tem compartilhado e desfrutado muitas conquistas. Desejamos que Deus possa continuar agindo no amor, na união e na vida do casal. Que a cada dia o sentimento entre eles seja motivo de gratidão e adoração ao Senhor da vida. São os votos de seus filhos: Douglas e Daine.

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Notícias Gerais

Trombonistas na Festa da ADL Os trombonistas da Paróquia Unida/Santa Leopoldina, participaram da Festa da ADL em Lagoa, Serra Pelada. Foi um final de semana muito divertido. No sábado à noite realizamos uma confraternização muito animada na casa do Sr. Alfredo Lemke – sogro do pastor Rodrigo. Depois participamos do baile da ADL. No domingo os trombonistas participaram do culto e logo após o almoço

Foto: Jacira Lemke Seidel

realizaram uma bonita apresentação com músicas folclóricas. A Paróquia Unida realizou uma campanha de material de limpeza para a ADL. Agradecemos a todos que contribuíram com esta importante instituição da nossa Igreja e Sínodo. São os trombonistas da Paróquia Unida rumo aos 500 anos da Reforma. P. Rodrigo André Seidel Santa Leopoldina

Encontro de presbíteros em Serra Pelada A Paróquia de Serra Pelada reuniu os seus presbíteros e lideranças para mais um seminário de formação, que aconteceu no dia 22 de fevereiro, com assessoria do pastor emérito Helmar Roelke. O seminário faz parte do planejamento sinodal de formação, uma parceria entre o Sínodo e o Centro de Formação Martim Lutero, com o foco em teologia luterana e planejamento de qualidade. P. Paulo Jahnke Serra Pelada

Música: pés no chão e compromisso com a vida É com alegria que nós, Fabio Lahass, músico, e Rosane Pletsch, pastora, compartilhamos o hino “Juntos a caminho”. Ele foi formulado no contexto do Lema do Ano “O que vocês estão conversando pelo caminho?” Nasceu como fruto de boas conversas e das utopias e desafios concretos que brotam da análise da cultura e da realidade social capixaba. O hino testemunha sonhos: de vermos a Igreja Evangélica de Confissão Luterana sempre a caminho, cruzando fronteiras, anunciando reconciliação, amor, inclusão, justiça; de vislumbramos o Estado do Espírito Santo mais justo e pacífico; de perceber a humanidade dando-se as mãos na busca pela paz mundial. Em seus versos transparecem as realidades sobre as

quais é preciso conversar e atuar. Neles ecoam vozes que chamam para o compromisso e para a transformação de mentalidades e modos de ser. É tarefa de cada pessoa, de cada grupo social, é tarefa da IECLB seguir os passos de Jesus de Nazaré, que não desviou do caminho das Samarias. Entre as linhas dos versos, como que num colorido perceptível somente por aqueles e aquelas que tem esperança e sonhos, transparece uma realidade transformada, esta, já livre de racismo, homofobia, violência contra as mulheres, pobreza. Convidamos todos a cantar e, em especial, atuar, pois o canto luterano vem sempre carregado da força transformadora e da liberdade de quem já se sabe salvo por graça e fé.

Juntos a caminho 1 - Andava Jesus pelo caminho, seguia-lhe a multidão Lhes pregava um Reino de Amor, de acolhida e de transformação. Somos nós o povo que caminha, em ação, louvor e adoração. Cada um com sua história e cultura, partilhando do vinho e do pão. Estr: Eis a Igreja da Palavra, o que está a conversar? Neste vasto caminho segue Cristo, com diferenças há de caminhar. 2 - As mulheres seguem o caminho convidando a dizer “não” à violência. E os negros são parte da família, do caminho da paz e convivência. As pessoas com deficiência, igualmente a Cristo vem seguir, E aqueles que seguem sem-

pre tristes, como estamos também a lhes ouvir? Estr: Eis a Igreja da Palavra, o que está a conversar? Neste vasto caminho segue Cristo, com diferenças há de caminhar. 3 - E a nossa própria Natureza, que exclama às pessoas: “Por favor”. E ainda as que são mortas por humanos: é o corpo de Cristo, o Senhor. Há os casos de homofobia. Até quando iremos nos calar? Onde está e se pratica diaconia, a amor ao próximo doar? Estr: Eis a Igreja da Palavra, o que está a conversar? Neste vasto caminho segue Cristo, com diferenças há de caminhar. 4 - Todos juntos com suas diferenças, vão andando pelo caminho:

Índios, negros, brancos e mulatos, semeando a paz e o carinho. Assim vamos ecumênicos seguindo, a caminho da libertação. Sempre juntos em comunidade, alcançando em Cristo a salvação. Estr: Eis a Igreja da Palavra, o que está a conversar? Neste vasto caminho segue Cristo, com diferenças há de caminhar. Fabio Lahass e Rosane Pletsch Paróquia de Vila Velha Contatos: fabiolahassf@gmail.com (027 995181317) rosanepletsch@hotmail.com (027 988568456)


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Notícias Gerais

Santa Maria de Jetibá se prepara para o VII Encontro Nacional de Coros de Metais Em 2015 a Obra Missionária Acordai vai promover mais um Encontro Nacional de Coros de Metais. Será o sétimo encontro nacional. Este evento acontece de quatro em quatro anos e reúne os diver-

sos grupos de metais que atuam na vida das comunidades luteranas em vários cantos do país. E este ano é um encontro especial, que marcam os 25 anos de encontros nacionais dos coros de metais.

Desta vez o encontro será realizado em Santa Maria de Jetibá, nos dias 21 a 23 de agosto. A expectativa é reunir 700 participantes. E, por este motivo, já é momento de se organizar. No dia 31 de janeiro tivemos nossa primeira reunião para tratar desde encontro, reunindo o presidente da Obra Missionária Acordai, P. Ari Käfer, representantes da Obra Acordai Capixaba e lideranças da Paróquia e Comunidade de Santa Maria de Jetibá. Nesta reunião foi pensada a estrutura e montada as comissões de trabalho. Nos dias 10 e 11 de março, a diretoria da Obra Acordai Capixaba, presidente da Obra Missionária Acordai, diretoria e lideranças da Paróquia de Santa Maria de Jetibá puderam refletir novamente, pla-

nejar e iniciar os encaminhamentos para a realização deste importante Encontro. São muitas as tarefas a serem realizadas e o custo é algo que nos desafia ao pensarmos na organização de evento desta magnitude. Assim, foi definido o valor de R$ 50,00 como inscrição por pessoa. Este valor razoável possibilita a participação de mais trombonistas. Entre as decisões tomadas temos o desafio de realizar uma rifa. Os blocos serão enviados para as paróquias onde atuam os coros de metais na IECLB em todo o Brasil. A venda da rifa significará o custeio de cada trombonista para o encontro. Mas se houver interesse, outras paróquias também podem entrar em contato com a Paróquia de Santa Maria de Jetibá (paroquiaieclbsmj@ gmail.com) para solicitar os

blocos. Também propomos que sínodos e paróquias e comunidades possam nos ajudar através de coletas locais, já que este trabalho não conta com uma oferta nacional. E você que está lendo este texto, saiba que necessitamos de toda a ajuda possível e, caso houver interesse, entre em contato para saber como pode ajudar. Neste encontro participam músicos que servem nos cultos de suas comunidades dos mais diversos níveis econômicos e das mais diversas idades. Que o bondoso Deus abençoe os preparativos e esperamos com muita alegria todos os coros de metais para o VII Encontro Nacional! P. Edivaldo Binow Santa Maria de Jetibá

Serra Pelada sedia 5° Encontro de Coros de Metais No dia 25 e 26 de abril de 2015 aconteceu o 5° Encontro de Coros de Metais da União Paroquial Guandu, em Serra Pelada, com a participação de mais de 60 músicos. Neste encontro, foram estudadas diversas músicas, incluindo músicas do novo caderno de partituras do VII Encontro Nacional de

Coros de Metais da IECLB que irá acontecer em agosto deste ano em Santa Maria de Jetibá. Novamente, tivemos a orientação dos regentes Isidoro Boldt e Orlando Lemke. O presidente da Obra Acordai Capixaba, Armindo Klitzke, mais uma vez se fez presente e trabalhou com

os trombonistas iniciantes. Depois de um dia exaustivo, de manhã à noite, ensaiando peças, os participantes se descontraíram no “tobolona” e no campo de futebol. O encerramento foi no domingo, no culto na Comunidade de Lagoa I, com a participação dos trombonistas que

se apresentaram e acompanharam o canto comunitário. Na ocasião foram apresentados perto de vinte iniciantes. Nós, trombonistas da UP Guandu, agradecemos a Paróquia de Serra Pelada, em nome do pastor Paulo Marcos Jahnke e ao grupo de trombonistas de Lagoa I, por ter

sediado este encontro. Agradecemos a todas as pessoas envolvidas que se dedicaram para que este evento acontecesse. O nosso obrigado pela dedicação dos regentes e pela participação de todos. Rafael Pagung Serra Pelada


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O SEMEADOR

Notícias Gerais

Confirmação: Por quê? Para quê? Este foi o tema do Retiro do 3º Ano do Ensino Confirmatório que aconteceu nos dias 20 a 22 de fevereiro de 2015 na Casa de

Retiros São Francisco Xavier, em Santa Isabel, Domingos Martins, ES. Este retiro já se tornou uma atividade muito esperada

pelos jovens que estão encerrando a caminhada no Ensino Confirmatório e chegando ao momento da confirmação.

Por este motivo, desta vez buscamos refletir o que motiva a realização da confirmação e por que cada um vai passar por este momen-

to; e palavras que se tornam marcantes nesta reflexão são: batismo, gratidão, testemunho e compromisso. Participaram 68 confirmandos. Tivemos o importante apoio de orientadores e do grupo de canto Sintonia. Agradecemos a todas as famílias que apoiaram esta atividade. Que a partir deste retiro cada confirmando reconheça o seu valor diante da comunidade e de sua família e anime para o testemunho e serviço na vida cristã. Que Deus abençoe estes confirmandos a se manterem firmes no caminho da fé. P. Edivaldo Binow Santa Maria de Jetibá

Apresentação de confirmandos em Santa Maria de Jetibá Após a realização do Retiro Paroquial de Confirmandos, cada grupo tem ainda a tarefa de realizar o tradicional Prüfung, que é a apresentação para a comunidade, do que aprenderam nos três anos de caminhada no ensino confirmatório. Antigamente esta atividade era realizada com muita exigência, tendo o confirmando a tarefa de falar sobre o que lhe era perguntado sobre o Catecismo Menor, a Bíblia, a Igreja ou outro tema, diante da comunidade. As perguntas eram feitas pelo pastor ou orientador. Atualmente não vivenciamos esta tarefa no sentido de apenas decorar, mas demonstrar a nossa responsabilidade e compromisso com o que são as bases da nossa fé cristã. Pais, mães, padrinhos e madrinhas, bem como

toda a comunidade, aproveitam este momento para também refletir sobre o andamento do compromisso assumido no batismo no sentido da educação cristã contínua Na Comunidade de

Santa Maria de Jetibá foi realizada a apresentação dos confirmandos/as no dia 08 de março, momento em que refletimos sobre os Dez Mandamentos, Credo Apostólico e Pai Nosso e firmamos o sentido de

nossa identidade como pessoas cristãs no compromisso de não buscarmos em primeiro lugar os nossos interesses, mas sim o reino de Deus. Que neste sentido, como comunidade cristã, venha-

mos a valorizar a tarefa de servir e fazer o melhor possível para espelhar o bem e a paz que vem de nosso Senhor Jesus Cristo. P. Edivaldo Binow Santa Maria de Jetibá


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O SEMEADOR

Notícias Gerais

Fé, gratidão e compromisso –

Confirmação em Vila Pavão

culto dos confirmandos na Serra No dia 1º de fevereiro aconteceu algo muito especial a três jovens do ensino confirmatório da pequena Comunidade da Serra. Com o objetivo de mostrar um pouquinho daquilo que aprenderam nos encontros, eles foram desafiados a preparar e

e essa, por sua vez, nos remete ao COMPROMISSO (semente da maçã) que gera novos frutos. Enfim, aprendemos que a FÉ alimentada pela leitura da palavra de Deus, pelo convívio com os irmãos e a participação nos cultos nos leva à Agradeço a Deus pelo trabalho que me foi confiado com a turma do 3° ano do ensino confirmatório. Foram 19 jovens com jeitos diferentes, desafiadores e ao mesmo tempo dedicados, ansiosos pelo dia da confirmação. Durante 3

anos se prepararam e agora confirmados desejo que desenvolvem os seus dons a serviço da Igreja de Jesus Cristo. Que vocês levem a sério o que aprenderam e o convite que os jovens fizeram a vocês no dia da confirmação. Que vocês se

lembrem do salmista que diz: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele e o mais Ele fará”. Irinéia Zumacke Koske Vila Pavão

Confirmações na Paróquia de Califórnia coordenar o culto deste dia, não só na sua comunidade, mas também em uma igreja vizinha. Não faltou dedicação e preparo. Ouvir os jovens falando sobre a teologia da graça e sobre como podemos contribuir para a obra de Deus com nossos dons, foi gratificante. A mensagem foi baseada nos textos de 2 Co 9.6-10 e Mc 12.41-44 e contou com a dinâmica da MAÇÃ para, de forma lúdica, mostrar a comunidade que a FÉ (representada pela casca da maçã, que envolve todo o fruto) nos leva à GRATIDÃO (poupa da fruta, maior parte dela),

GRATIDÃO; e o coração grato, tocado pelo Espírito Santo, é despertado para o COMPROMISSO de replicar a palavra e contribuir, tanto com nossos dons, quanto com nossa contribuição financeira para as obras do Senhor. Parabéns Natália, Hanna e Bruno. Que a fé de vocês continue sendo fortalecida a cada dia e que muitos outros frutos sejam gerados a partir do compromisso de vocês. Simone F. Reis Orientadora do Ensino Confirmatório Paróquia da Serra

Das cinco comunidades da Paróquia de Califórnia, em quatro teve confirmações em 2015. A preparação para este culto tão importante na vida dos jovens começou no retiro de confirmandos, feito em conjunto entre as paróquias de Califórnia e Domingos Martins. Durante a semana

santa foram realizados os cultos de confirmação: no Domingo de Ramos foram confirmados 13 jovens na Comunidade de Califórnia; na quinta-feira santa foram 07 jovens da Comunidade da Cruz de Melgaço de Baixo; no sábado de Aleluia um jovem da comunidade da Graça de Alto Rio

das Farinhas; e no Domingo de Páscoa, 04 jovens da Comunidade de Bethel de Rio das Pedras. Que nosso Senhor Jesus Cristo possa abençoar e orientar a vida de cada um deles. Dayane Walcher Califórnia Domingos Martins


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Notícias Gerais

Comunidade de Crisciúma celebra o Dia das Mães Aconteceu no dia 16 de maio. Foi um culto muito bonito em que as queridas mamães foram homenageadas pelo seu dia. As crianças do culto infantil, os adolescentes do ensino confirmatório e os jovens do grupo de juventude fizeram apresentações. O pastor Wonibaldo refletiu sobre o texto bíblico de Pv 1.8-9, onde está escrito: “Meu filho, escute o que o seu pai ensina e preste atenção no que a sua mãe diz. Os ensinamentos deles vão aperfeiçoar o seu caráter, assim como um belo turbante ou um colar melhoram a sua aparência”. A mensagem dizia que as mães são a principal referência religiosa dos filhos. Hoje em dia as famílias estão acentuando a individualidade. Não

se tem tempo para a família como um todo, devido ao uso inadequado dos aparelhos eletrônicos. Então, foi perguntado às mães e também aos pais presentes: Que tipo de exemplo estão sendo para os seus filhos? A partir dessa pergunta foi pedido aos pais que, em

primeiro lugar, ensinem os valores e princípios cristãos aos filhos. Em segundo lugar, que proporcionem uma boa educação, pois a maior herança que os filhos receberão não são os bens materiais e sim uma boa educação. Em terceiro lugar, que sejam exemplos,

imitando a Cristo. Como parte da reflexão, a comunidade cantou o hino adaptado: Graças dou por minha mãe (melodia do HPD 237). Ao final do culto, todas as mães presentes foram convidadas para o altar para receberem a bênção e uma

lembrancinha, carinhosamente feita pelo grupo de OASE Marta e Maria. Assim, pedimos a Deus que continue abençoando todas as mamães. Aline Neumann Erdmann Comunidade de Crisciúma

OASE

Mulheres luteranas: histórias de fé, perseverança e sabedoria Motivadas pela campanha da IECLB “Em Comunhão com as Vidas das Mulheres”, representantes dos diversos grupos se reuniram na Vila de Laranja da Terra, nos dias 21 e 22 de maio, para o Seminário Sinodal da OASE, sob o tema

“Em comunhão com as mulheres: Histórias de fé, perseverança e sabedoria”. O tema visava motivar as mulheres a contar a própria história e desafiá-las a ouvir e registrar a história de outras mulheres da comunidade. O apoio veio da Se-

cretaria de Gênero, Gerações e Etnias da Secretaria Geral da IECLB, em parceria com o Programa Gênero e Religião da Faculdades EST, e contou com a assessoria da pastora Dra. Marli Brun. As mulheres refletiram so-

bre as bases bíblicas para contar sua história e qual sabedorias, oriundas do cotidiano, podem ser compartilhadas. Além disso, as mulheres fazem parte da comemoração dos 500 anos da Reforma, afinal sempre estiveram presentes na Igreja, também como lideranças. É importante que também as mulheres pomeranas possam contar sua história e como ajudaram a construir igreja e como se ajudaram mutuamente em tempos de grandes dificuldades. Foi bonito descobrir a multiplicidade de saberes teológicos que perfazem as histórias dessas mulheres. A palestrante nos desafiou a respeitar e promover a garantia dos direitos humanos, como condição para uma vida mais justa e mais digna para todas as pessoas e amar a nós mesmas como ao próximo. Depois do seminário aconteceram oficinas de artesanato, como pet aplique, feitio

de velas, macramê, chinelos, fuxicos e bijuterias. Além disso, foi realizada a assembleia com prestação de relatórios, entrega do caderno de estudos sobre Mulheres da Bíblia e da História Geral para subsídio no trabalho com mulheres, e entrega de lembranças. O encerramento foi com culto celebrado por mim, diácona Angela, e pelo pastor sinodal Joaninho Borchardt. Agradecemos o apoio das mulheres da Paróquia de Vila de Laranja da Terra; as oficineiras; a assessora Pa. Dra. Marli Brun; a Secretaria de Gênero, Gerações e Etnias; e a diretoria da OASE Sinodal, especialmente a presidente Maria Felhberg Braun. Agradecemos a ADL e seus alunos talentosos que conduziram a música nos dois dias do encontro. Muito obrigada a todos e todas que colaboraram! Diác. Angela Lenke Paróquia de Vitória


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OASE

Grupo de OASE Beira Rio 35 anos de caminhada Estamos alegres, completamos trinta e cinco anos de caminhada. Caminhada de fé, otimismo, louvor e agradecimento a Deus. Caminhada que nem sempre foi suave, tivemos obstáculos, dificuldades, tempestades, atritos. Mas até aqui nos trouxe Deus. Aconteceu no dia 10 de maio de 1980: eis que alguém lança a semente e ela caiu em terra fértil. Tímida, aos poucos foi crescendo e se enraizando, produzindo flores, frutos e sementes. A natureza sempre nos oferece grandes e belos ensinamentos. Podemos aqui fazer uma analogia comparando a OASE com uma árvore. Sim, com uma árvore frondosa. Imagine: a OASE como uma árvore frondosa! Ao refletir sobre a expressão “árvore frondosa” logo nos vem a cabeça a imagem de galhos gigantescos se abrindo sobre nós repletos de mil folhas, não é mesmo? E as raízes? Quão fortes e profundas devem ser para sustentar todo esse esplendor. E como num relâmpago, nos vem a associação do Deus Criador, que nos acolhe, nos supre, nos sustenta. Pensemos na árvore e no Criador, cada folha como uma dádiva, um suprimento, e as raízes grandes e pro-

fundas só aparecendo um pouco, sendo a grande parte subterrânea. E é naquilo que estamos arraigados que Deus quer nos encontrar. Naquilo que nos sustenta, quando todas as folhas caírem, quando o tronco se torcer e encher de nós pelo tempo e a árvore crescer tanto que não mais lhe alcançarmos a copa. Árvores são seres misteriosos. Boa parte delas nasce de sementes minúsculas e com o tempo se transformam em seres gigantescos que chegam a viver milhares de anos. Possuem formas próprias de comunicação, as mais antigas, por exemplo, se revelam através de cicatrizes, tempestades sofridas, nevascas, incêndios, enchentes, secas e outros fatores climáticos. Como árvores frondosas, devemos ser firmes na fé, plantar alegrias e sorrisos, deixar que os ventos da vida nos despojem de galhos secos para que novos brotos vicejem e bons frutos possam ser produzidos. Essa é a vontade de Deus, que possamos produzir bons frutos, não nos deixar levar por falsas ideologias, falsos profetas. Mas quais são os frutos que devemos produzir no dia a dia em nossas famílias, em nossa comunidade, em nossos grupos

de OASE? As respostas para essas perguntas encontram em Gl 5.22-23: “Mas o espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade, e o domínio próprio. E contra essas coisas não existe lei”. Vejamos com mais detalhes cada um desses

PAZ - produz ânimo e disposição da mente e do coração, vem da certeza de termos sido perdoados por Deus, em Jesus seu filho. PACIÊNCIA - qualidade de toda pessoa cristã que vive sua vida com alegria, perseverança, constância e domínio próprio.

mos aprender com as árvores? - A terra não guarda nenhuma semente em seu seio: todas as sementes lançadas produzirão respectivos frutos. - Deixemos cair nossas folhas secas para que adubem o solo onde as raízes preparam o futuro.

frutos, necessários que cada cristão produza. AMOR - primeira e principal virtude que devemos ter, pois o fruto produzido sem amor nada é, não é fruto. Esse amor não é para ser expresso somente em palavras, mas também em ações. ALEGRIA - devemos ter a alegria no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus.

DELICADEZA - revela- se em nós, filhos e filhas de Deus, através da ternura e da gentileza, para com o nosso próximo, não querendo magoá-lo ou causar-lhe dor. BONDADE - é fazer o bem a todos por amor e não por obrigação. FIDELIDADE - devemos ser fiéis unicamente a Deus. A nossa fidelidade a Deus e aos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus demonstra como estamos conduzindo nossa vida cristã. HUMILDADE - pessoa moderada, mansa diante de Deus e de seus semelhantes. DOMÍNIO PRÓPRIO ter controle ou domínio sobre os próprios desejos do corpo: vícios, brigas, inveja, ganância, fofoca, adultério e tantos outros mais. Quais lições podemos tirar dessa mensagem, o que pode-

- Que não façamos do inverno um tempo de tristeza e de morte, mas um tempo de esperança para enraizarmos melhor e revigorarmos alegres com a chegada da primavera. - Busquemos em nossa vida produzir bons frutos que agradem a Deus, pois esse deve ser o maior propósito de toda pessoa cristã. Através desses frutos, Deus em Jesus Cristo nos conhecerá, assim como lemos em Mateus 7-20: “Assim pelos frutos os conhecereis”. Essa é a mensagem que o grupo de OASE de Beira Rio quer deixar a toda comunidade e aos demais grupos de OASE da Paróquia de Palmeira de Santa Joana. Helga Lemke Petter Solange Magdalena Petter Hell Palmeira de Santa Joana


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OASE

Encontro da OASE em Córrego da Peneira Sob o tema A caminho de 24, onde Jesus pergunta aos Emaús, do evangelho de Lc discípulos o que eles estão

conversando pelo caminho, as mulheres da OASE

de Córrego da Peneira e Praça Rica se reuniram em Córrego da Peneira no dia 14 de março. A pergunta Jesus continua até hoje: O que vocês estão conversando? Qual é a nossa conversa na roda de amigos? É uma conversa construtiva, que anima e que vai ao encontro dos ensinamentos de Jesus e do nosso próximo? Estes são os ensinamentos das sagradas escrituras, e mais, Jesus ainda nos chama atenção dizendo: como vocês demoram a entender os ensinamentos. E nós, estamos dispostos a estudar mais a bíblia? Fazendo uso

dela no nosso dia a dia, e assim muitos problemas podem ser resolvidos por meio da orientação das palavras do evangelho. Participar do grupo da OASE é algo agradável e terapêutico. Convido todas as mulheres a participar dos encontros. Animem-se. No grupo nós encontramos o tripé COMUNHÃO, TESTEMUNHO E SERVIÇO, que são as bases de fé dos nossos grupos. Irinéia Zumacke Koske Coordenadora Paroquial

Encontro paroquial da OASE em Vila Pavão No dia 13 de dezembro de 2014 aconteceu em Vila Pavão o encontro paroquial da OASE na igrejona. O pastor Rubens nos trouxe a mensagem de 1° Ts 5.16-24. O texto nos fala da alegria, de orar sempre e ser agradecidos a Deus em todas as ocasiões. Nós, mulheres da OASE, somos muito gratas a Deus por tudo que nós já aprendemos, ensinamos, vivenciamos, ajudamos. Na participação nos grupos, fortalecemos a fé por meio das mensagens, dos hinos e orações. A OASE é um grupo terapêutico onde elas compartilham

momentos vividos, gostam de participar das palestras. Neste encontro tivemos a presença de 65 mulheres, dentre elas, destacamos as cinco participantes mais idosas que não perdem um encontro. São elas da esquerda pra direita; Clara Weber, Joana Brand, Alvina Plaster, Mathilde Wutke (que agora depende da cadeira de rodas, mas nem por isso deixou de participar), e Justina Felbert. Elas participam desde o início da OASE aqui na paróquia. Agradecemos a todas pela dedicação e pelo testemunho de toda a vivência na nos-

sa OASE. É muito bom fazer parte de uma história que nos mostra o caminho que Jesus ensinou. Queremos continuar neste trabalho e buscar novas participantes. Deixem algumas horas de trabalho e venham participar, com certeza a sua vida terá resultados inesquecíveis: alimentar a fé é o principal. A fé vem pelo ouvir e meditar na palavra de Deus. Precisamos tirar esse tempo para nós. Por isso te convidamos a fazer parte do nosso grupo, não importa a idade e sim a sua participação. Viver com Jesus é cantar, diz um hino do nosso hinário, e é

isso que as nossas participantes gostam de fazer: cantar e louvar ao nosso Deus.

Irinéia Zumacke Koske Coordenadora paroquial Vila Pavão


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Juventude

Mais de 200 jovens da UP Jucu se reúnem em Alto Biriricas Em espírito de unidade, os grupos de juventude da União Paroquial Jucu realizaram o Passa-Dia da JE, comemorando, assim, o Dia Nacional da Juventude em 21 de abril de 2015. A Comunidade de Alto Biriricas, da Paróquia de Domingos Martins, sediou o evento. Membros da comunidade e diretoria não mediram esforços para que o evento acontecesse e transcorresse com sucesso. Doações, organização do espaço, con-

tatos, logística, motivação e divulgação foram possíveis graças à colaboração da comunidade local, com apoio da coordenação da JE da UP Jucu. Contamos, também, com a colaboração de outras pessoas. Além do pastor Valdeci Foester, da paróquia de Do-

mingos Martins, estiveram presentes ministros de outras paróquias, suas famílias, além do mestre em teologia Eder Beling, que ministrou a temática do encontro a qual teve por base no tema do ano da IECLB, “Igreja da Palavra – Chamad@s para comunicar”. O “pontapé” inicial foi com um delicioso café da manhã oferecido pela comunidade local. Já ali os mais de 200 jovens inscritos puderam ter um momento

de comunhão fraterna, de diálogo e entrosamento. Após o café, todos se reuniram dentro do templo, onde o pastor Scharles Beilke, pastor coordenador da JE, conduziu um momento de meditação inicial. Nesta oportunidade, os grupos de jovens foram calorosamen-

te acolhidos, tanto dentro da meditação em si quanto pela diretoria da comunidade, representada pelo seu presidente, Arvelino Lutzke. Após a meditação, Me. Eder Beling iniciou sua palestra de forma bem descontraída, bem na linguagem dos jovens que foram motivados a participar em todos os momentos com perguntas e abertura para diálogo. Eder apresentou alguns vídeos buscando, assim, trazer a temática para mais perto da realidade de todos que ali estavam. Ao final de sua apresentação, foi lançada uma pergunta para os jovens: Como nós comunicamos a Palavra como Juventude Evangélica hoje? O evento seguiu pela tarde com uma alegre gincana organizada pela coordenação da JE. Os jovens foram divididos em grupos por cores, que disputaram por um ideal em comum: a alegria deveria ser de todos, sem rivalidade, mas em profundo respeito mútuo. Vôlei de balão, futebol de macaco, salto em distância e rodobaca, foram algumas das brincadeiras que proporcionaram muitas risadas, marcando assim o en-

cerramento das atividades da tarde. Encerramos o evento com uma meditação de envio. Nesta, o P. Scharles destacou a mesma pergunta feita na temática da manhã: Como queremos comunicar a Palavra como jovens luteranos? Um fato a ser destacado e que ajudará a deixar este dia na memória de todos foi a chuva. Como em todo o nosso estado, a região de Alto Biriricas vinha passando por um longo período de seca. Nos dias que antecederam o evento, houve pouca chuva. Durante o evento, Deus nos abençoou com um lindo dia de sol. Mas logo após a bênção final na meditação de encerramento, veio a chuva que predomina até os dias de hoje, trazendo alento e esperanças ao nosso povo.

Isto nos faz concluir que Deus nos tem em seu cuidado e, de fato, abençoou nosso Dia da JE em Alto Biriricas. O presidente da paróquia de Domingos Martins e vice-presidente do Sínodo, Sr. Ademiro Dettmann, que auxiliou na retaguarda do evento, motivou os jovens a continuar esta caminhada, comunicando Igreja em todos os lugares onde eles estiverem. Agradecemos a Deus pela sua providência neste dia. Que Ele derrame sobre nossos grupos de JE muitas bênçãos para que, assim, comuniquemos Igreja com os diversos dons que Deus nos deu. Luana Paula Plaster Braun e Joel Frederico Em nome da JE da UP Jucu


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Juventude

Dia da Juventude na Comunidade de Crisciúma O Dia Nacional da Juventu- carinhosamente um lanche de Evangélica foi comemora- bem gostoso. do em Crisciúma no dia 21 de Além do estudo do tema abril, quando os jovens desta participamos de algumas paróquia se reuniram, sob o tema: Sobre o que vocês JOVENS estão conversando pelo caminho? O pastor Wonibaldo abordou o assunto a partir do texto bíblico dos discípulos de Emaús. Contamos com a presença de cerca de 40 jovens. A partir da reflexão os jovens puderam expor suas opiniões e experiências já vividas com base no tema do encontro. As mulheres do grupo da OASE Marta e Maria nos apoiaram preparando

dinâmicas e brincadeiras, como a corrida do ovo e guerra com bexigas d’água. Também tivemos o desfile

dos Mais Mais, que deixou e especial. Estamos ansiosos muita gente rouca no dia se- para o próximo encontro. guinte de tanta algazarra. Foi um dia muito divertido Equipe coordenadora

Jovens do Norte do ES se reúnem em Jacarandá O dia 21 de abril é o Dia Nacional da Juventude Evangélica de Confissão Luterana. Todos os anos, em várias regiões do Brasil, esta data é celebrada pela juventude. Na UP Norte, Sínodo Espírito Santo a Belém, em 2015, este dia foi comemorado na Comunidade de Jacarandá, Paróquia de Vila Valério, no domingo, dia 19 de abril. Ao todo, 282 jovens estiveram reunidos para enfatizar a importância da Juventude Evangélica. O encontro foi preparado com teatros, palestras, gincana caipira e muitas brinca-

deiras, além de uma palestra sobre tema e o lema do ano: Igreja da Palavra - chamad@s para comunicar. Então, Jesus perguntou: sobre o que vocês estão conversando pelo caminho? (Lucas 24.17). Ressaltou-se que o tema do ano é uma das ações de maior abrangência na IECLB. Ele nos une como membros de uma mesma Igreja. A sua apropriação, o seu estudo e as ações que dele decorrem certamente ajudam a manter e a fortalecer a unidade e a confessionalidade da Igreja. Destacou-se, ainda, que

o extrato bíblico da IECLB, Igreja da Palavra, é a mensagem da salvação e da justificação pela graça mediante a fé em Jesus Cristo. O pastor Ismar Schiefelbein nos trouxe a reflexão sobre o lema bíblico. Disse que o Evangelho de Lucas 24.17 nos convida a refletir sobre o agir de Deus. O diálogo de Jesus com os discípulos a caminho de Emaús não começa com a pergunta sobre o que eles estão conversando. O diálogo se inicia quando Jesus se coloca ao lado desses discípulos e caminha

com eles. Ao fazer a pergunta sobre o que eles conversam, Jesus permite que cada um deles abra o seu coração e mostra que se preocupa com eles. Pacientemente, partindo das Sagradas Escrituras, Jesus explica novamente que o projeto de salvação de Deus para a humanidade passa pela morte na cruz e a ressurreição ao terceiro dia, e ensina que Deus não desiste de seu povo. Ao partir o pão, Jesus ensina, mais uma vez que a fé é fortalecida e se concretiza na comunhão e na partilha. Pastor Ismar falou,

ainda, que os jovens luteranos fazem parte de uma igreja que tem as Sagradas Escrituras como fundamento da fé. Uma igreja séria que tem uma mensagem maravilhosa que deve ser anunciada. As reflexões serviram como desafios aos jovens para que permaneçam fiéis a Cristo e, ao mesmo tempo, sejam anunciadores da Boa-Nova do amor de Deus. Durante o encontro os teatros que os grupos JE de cada paróquia apresentaram também estavam relacionados ao tema e ao lema do ano. Foi um dia de muito aprendizado, onde não faltou espaço para abraços e sorrisos. Enfim, foi um dia de encantos e encontros, onde também se aprendeu um pouco mais sobre o tema e o lema do ano. Agradecemos aos jovens da velha guarda que prepararam e conduziram a gincana caipira. Agradecemos a participação de cada jovem, a acolhida e os preparativos dos jovens da paróquia de Vila Valério, Jacarandá e da coordenação da UP Norte que unidos no mesmo Espírito colaboraram para que o encontro fosse bacana. P. Edilson Tetzner Vila Valério


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Juventude

Encontro de jovens na Paróquia de Barra de São Francisco O dia 17 de maio foi um dia especial para a Paróquia de Barra de São Francisco, pois foi realizado mais um encontro paroquial de jovens, com a assessoria do pastor Arlindo Krause, que trouxe a mensagem. Além da participação do pastor Arlindo, tivemos dinâmicas e brincadeiras, como futebol, vôlei, dama, realizadas pelos próprios jovens durante o encontro. Apesar do frio que fazia no dia, os jovens caíram na piscina. Foi muito gratificante ter tido a participação de 62 jovens neste nosso encontro. Tiago Alves Abreu Pela coordenação da JE

O que cantamos pelo caminho? Em 14 de março, 50 jovens, Ministros e Ministras se reuniram na Comunidade Bom Pastor, em Vila Velha/ES, por ocasião da Quarta Tarde Temática da Juventude da Grande Vitória, para refletirem sobre o tema: O que cantamos pelo caminho? A música na IECLB! As tardes temáticas são eventos da Juventude Evangélica da União Paroquial Grande Vitória, realizados com o intuito de promover a educação cristã e a inte-

gração de jovens das quatro Paróquias da região metropolitana capixaba. Motivados e motivadas pelo convite à reflexão que o Lema bíblico da IECLB para 2015 nos faz, a ideia do último encontro não foi voltada para a formação de Músic@s, mas, sim, para o papel da música na Igreja e na espiritualidade cristã dentro da confessionalidade luterana. A música teve papel importante na Reforma Luterana, tornando-se uma carac-

terística distinta de outros movimentos protestantes, que chegaram a eliminar a música do culto. Lutero, por outro lado, buscou aproximar a música da vida comunitária, ressaltando que a música é dom e dádiva de Deus e deve estar a serviço dele. A partir desse entendimento, a música torna-se parte fundamental da liturgia e tod@s são convidad@s a participarem dela. Com isso, as pessoas jovens aprenderam a distin-

guir elementos presentes na música da nossa Igreja em comparação a outras denominações, em especial com relação ao estilo gospel dominante entre as Igrejas cristãs. Os principais aspectos ressaltados foram: 1) a importância do canto comunitário em contraposição à apresentação individual ou em formato de show, 2) o uso da música em diversos momentos litúrgicos e de forma apropriada, em vez de momentos puramente de louvor, 3) a

mensagem ser coerente com a nossa Teologia, evitando a exacerbação do sucesso individual e a segregação social e 4) a valorização da hinologia luterana brasileira como parte da nossa identidade. Esperamos que, assim, cada vez mais jovens da IECLB também percebam a importância da forma e do conteúdo do que temos, fazemos e cantamos pelo caminho! Eduardo Borchardt Vitória


A Sementinha Olá amigos (as) e amiguinhos (as) do Semeador! Nesta edição do Jornal O Semeador que se aproxima das comemorações do Meio Ambiente, nós queremos refletir sobre uma planta em especial: o Girassol. Quem

nunca viu um girassol? O girassol é uma flor bem comum. De caule verde, folhas grandes e flores amarelas. Uma bela flor que em seu centro abriga centenas de sementes, essas servem de alimento aos pássaros e também

aos humanos. Há importantes propriedades medicinais nas suas sementes. O Girassol é uma flor que resiste ao sol quente, a terra nem sempre úmida e ao vento forte, por isso é uma flor considerada símbolo da re-

sistência. Alguns movimentos sociais adotam a Flor do Girassol como símbolo da sua luta, é o exemplo da Educação do Campo. Há quem diga também que pessoas que presenteiam com flores de girassol, ou

usam em vasos, buquês e arranjos florais, são pessoas fortes, decididas e quem tem dentro de si uma alegria pela vida, que renasce como girassol que brilha todos os dias. Pensando nisso receba este presente.

E você gosta do girassol? Já parou para admirar esta bela flor? A quem você daria uma flor de girassol como símbolo da resistência, da vida e da luz? Escreva nas pétalas do girassol.

Que tal você colorir esses girassóis, recortar e confeccionar um mural com girassóis para a salinha do culto infantil? Boas produções!

Você está sendo desafiado a encontrar as seguintes palavras: Girassol, Sol, Flor, Terra, Vida, Luz.

Um grande, forte e fraterno abraço! Diác. Janinha Gerke de Jesus Diác. Sandra Helena Hoffmann Sperandio Cott


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