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INFEÇÕES VAGINAIS
from Revista D+Vida Verão
by GRUPO PRAXIS
CANDIDÍASE: UMA DAS VULVOVAGINITES MAIS FREQUENTES
As queixas vulvovaginais são uma causa muito comum da procura de cuidados de saúde pelas mulheres. Sintomas como corrimento vaginal, prurido, ardor vulvar, mau cheiro e dor nas relações sexuais são muito frequentes, no entanto, pouco específicos. Estes podem corresponder ao quadro clínico de uma vulvovaginite, mas também podem ser provocados por outras patologias vulvares e vaginais, em particular nas crianças, na mulher menopáusica e nas situações arrastadas e resistentes a vários tratamentos prévios. Desta forma, é crucial o profissional de saúde estar alerta para aconselhar corretamente a paciente e, especialmente nestes casos, recomendar a ida a um ginecologista para realizar um exame ginecológico e exames complementares.
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As vulvovaginites são quadros de inflamação, irritação ou infeção da vulva e vagina. Apesar de não serem situações letais, as vulvovaginites podem ter um impacto muito negativo na qualidade de vida da mulher, na sua função sexual, além de poderem aumentar o risco de parto pré-termo, baixo peso à nascença, infeção por VIH, entre outras situações.
A candidíase vulvovaginal, que se trata de uma infeção da vagina por fungos do género Candida, com sintomas habitualmente vulvares, é a segunda causa mais frequente de vulvovaginite, a seguir à vaginose bacteriana, infeção habitualmente provocada por diferentes estirpes de bactérias. A candidíase é a responsável por mais de 30% dos casos de vulvovaginite.
A Candida albicans é responsável por cerca de 90% de todas as candidíases vulvovaginais e 10% são causadas por outras espécies, nomeadamente a C. glabrata e a C. krusei. A candidíase é uma infeção muito frequente, sendo que mais de 75% das mulheres têm pelo menos um episódio sintomático de candidíase vulvovaginal ao longo da vida e, destas, 35% têm mais do que um episódio. Entre 5% e 10% das mulheres sofre de candidíase vulvovaginal recorrente. são classificadas como complicadas, nas situações de candidíases recorrentes, causadas por espécies não albicans, em mulheres com imunodepressão, diabetes ou grávidas.
Relativamente aos fatores de risco, há vários identificados. Eles podem ser hormonais, num ambiente de aumento de estrogénios, como o caso de uma gravidez ou de uma mulher menopáusica a fazer tratamento hormonal; farmacológicos, nomeadamente o uso de antibióticos betalactâmicos ou macrólidos que destroem os lactobacilos da flora vaginal normal, assim como o uso de corticóides, imunossupressores e quimioterápicos. Estes últimos diminuem a resposta imunológica do hospedeiro, tal como a imunodepressão ou até mesmo o stress. Também existem os fatores comportamentais, com mecanismos mais complexos de entender e resultados dos estudos menos consistentes, mas evidentes na experiência médica. Todas as situações que aumentem a temperatura e a humidade na zona genital favorecem o aparecimento de candidíase, nomeadamente nas mulheres obesas, que usem roupas justas, tecidos sintéticos e pensos diários. Também o hábito de duches vaginais e a frequência de piscinas com cloro vão destruir a flora vaginal normal e favorecer a proliferação fúngica. O consumo de açúcar, ao aumentar o glicogénio na vagina, vai servir de substrato para a candida. Apesar da longa lista de fatores de risco e associações identificadas, a maior parte das vezes não é possível identificar o fator precipitante desta infeção.
Embora não seja considerada uma doença sexualmente transmissível e, como tal, sem necessidade de tratamento do parceiro, a atividade sexual vai favorecer o aparecimento de candidíase. O depósito de sémen na vagina al tera o microbioma vaginal, o seu pH e expõe o ambiente vaginal a fatores pró-inflamatórios que vão contribuir para a proliferação da candida.
O seu diagnóstico é essencialmente clínico, baseado nas queixas da doente, exame objetivo e microscopia a fresco. Os exames culturais não são rotina e o papel dos probióticos ainda é muito limitado. Além disso, é de ter em atenção as situações de ardor e prurido recorrente que podem ser sinónimo de situações mais graves, em especial nas mulheres mais idosas.
O tratamento da candidíase consiste na administração de um antifúngico. Devem ser tratadas apenas as mulheres sintomáticas, isto é, não deverão ser tratados os casos de colonização, sem qualquer queixa associada. Existem diferentes antifúngicos, com diferentes vias de administração e formulações. Os tratamentos oral e tópico apresentam eficácia semelhante na resolução de uma candidíase vulvovaginal não complicada, ambos com taxas de sucesso acima de 80%. Apesar desta eficácia semelhante, as mulheres que aplicam o creme vaginal têm, por vezes, um alívio mais rápido dos sintomas, pois este vai aumentar o pH vaginal, desfavorável ao crescimento dos fungos. Estão disponíveis no mercado formulações com diferentes dosagens e posologias e algumas delas exigem menos dias de tratamento, aumentado assim a adesão da paciente ao mesmo. Sabe-se que há uma tendência para o abandono precoce da terapêutica quando há remissão dos sintomas, atitude favorecedora de recidivas e complicações. Como tal, deve ser reforçada a importância do cumprimento da terapêutica até ao final do número de dias preconizado para cada fármaco.
Nas candidíases recorrentes, para além do tratamento antifúngico, deve haver uma tentativa de correção de potenciais fatores de risco associados, nomeadamente suspensão de contraceptivos orais, redução do consumo de açúcar, evitar roupas justas, lavagem genital excessiva e fazer esquemas profiláticos com antifúngicos.
Maria Geraldina Castro
Assistente Hospitalar de Ginecologia do Centro Hospitalar e Universitário de CoimbraSociedade Portuguesa de Ginecologia – secção de Uroginecologia Secretária Geral da Associação Portuguesa de Neurourologia e Uroginecologia
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