CAMERATE ENSEMBLE DA BANDA SINFÓNICA PORTUGUESA Domingo, 6 de outubro | 15h30 | Praça das Cardosas
PROGRAMA Felix Mendelssohn: Overture for Winds Op. 24 arr. John Boyd (C. 9) Felix Mendelssohn nasceu na cidade de Hamburgo, Alemanha, a 3 de fevereiro de 1809. Foi compositor, pianista e maestro alemão, pertencendo ao início do período romântico. Algumas das suas mais conhecidas obras são a suíte Sonho de uma Noite de Verão (que inclui a famosa marcha nupcial), dois concertos para piano, o concerto para violino, cerca de 100 canções, e os oratórias São Paulo e Elijah, entre outras. Esta obra “Overture for winds” op. 24 de Felix Mendelssohn-Bartholdy, foi composta em julho de 1824 para a orquestra da Corte de Bad Doberan. Após a perda da partitura original, Mendelssohn reescreveu esta abertura em 1826.
Florent Schmitt: Lied et Scherzo op. 54 (C. 10) Florent Schmitt nasceu a 29 de setembro de 1870 em Blâmont, Meurthe-et-Moselle, França. Ingressou no Conservatório de Paris em 1889, onde estudou com Albert Lavignac, Theodore Dubois, Jules Massenet, Gustave Sandre e Gabriel Fauré. Foi um prestigiado compositor francês e o seu trabalho é composto por 138 obras. Florent Schmitt tinha um estilo próprio, lembrando o impressionismo. Seguiu exemplos de Debussy, Richard Strauss e Richard Wagner. Nesta obra “Lied et Scherzo” Schmitt demonstra-nos uma mistura harmónica do romantismo tardio alemão e as harmonias frias do impressionismo francês, resultando num efeito suave e colorido. Como o título nos indica, esta obra é dividida em duas partes, uma lírica, melódica e uma parte alegre, como o andamento scherzo de uma sinfonia ou sonata. O efeito total da obra sintetiza o som francês e a qualidade de minuciosidade e bom gosto, características do estilo musical daquele país.
Willem Van Otterloo: Symphonietta (C. 18) Willem Van Otterloo nasceu em Winterswijk, Gelderland, na Holanda, a 27 de dezembro de 1907. Estudou violoncelo e composição no Conservatório de Música de Amesterdão. É conhecido internacionalmente como um distinto e renomado maestro, compositor. Em 1949, Van Otterloo foi nomeado regente da Residentie-Orkest em Haia, onde desenvolveu um trabalho de grande mérito, tornando este agrupamento com reconhecido mérito do panorama musical internacional. Esta obra, Symphonietta, foi composta em 1943 e é reconhecida tanto pelo público como pelos artistas como uma das suas mais bem sucedidas obras. É considerada uma das obras primas do século XX para ensemble de sopros. Em 2005 a reconhecida organização WASBE (World Association for Symphonic Bands and Ensembles) colocou-a na lista das "composições recomendadas". Atualmente continua a ser, após mais de 60 anos, uma obra grande interesse para o reportório camerístico de sopros.
Claude Debussy ( arr: Stefan Brakkee): Petite Suite (C. 11) Claude-Achille Debussy, nasceu em 1862 em Saint-Germain-en-Laye, França. A música inovadora de Debussy agiu como um fenómeno catalisador de diversos movimentos musicais em outros países. Toda a arte de Debussy foi uma lição de inconformismo. A Petite Suite de Claude Debussy remete-nos para o universo do Barroco, quer pelo género da Suite, quer pela própria seleção de ritmos de danças palacianas e da corte. Foi originalmente escrita para piano a quatro mãos em 1889, sendo igualmente muito conhecida na versão para orquestra de Henri Büsser, de 1909. Os quatro andamentos são muito contrastantes mas todos eles tipicamente franceses, como é o caso do “Menuet” que se mantém fiel ao espírito do estilo Galante.
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BANDA SINFÓNICA PORTUGUESA Sediada no Porto, a Banda Sinfónica Portuguesa foi criada em Novembro de 2004 por um grupo de cerca de 70 jovens instrumentistas. A BSP teve o seu concerto de apresentação no dia 1 Janeiro de 2005 no grande auditório do Teatro Rivoli do Porto onde também gravou o seu primeiro CD, tendo entretanto recebido um importante apoio por parte da Culturporto e mais tarde da PortoLazer na divulgação e expansão do seu projeto. Em Abril de 2010, lançou o seu álbum “A Portuguesa” com obras exclusivamente de compositores portugueses, tendo ainda gravado os cd's "Traveler" e "Hamlet" para as editoras holandesas Mirasound e Molenaar respetivamente. A partir de Janeiro de 2007, a BSP é convidada pela Fundação Casa da Música a apresentar-se regularmente na Sala Guilhermina Suggia, onde tem vindo a interpretar regularmente um conjunto de obras originais de compositores de renome mundial, algumas delas em primeira audição. A BSP tem proporcionado, na maioria dos seus concertos, a apresentação de talentosos solistas nacionais e internacionais. Algumas apresentações contaram com a participação de vários coros de instituições da cidade do Porto. Outros objetivos passam pela iniciativa pedagógica de levar a cabo Cursos de Direção de Orquestra bem como masterclasses de instrumento com professores de reconhecido mérito artístico. Maestros internacionalmente reputados como Jan Cober, Douglas Bostock, José Rafael Vilaplana, Alex Schillings e Eugene Corporon dirigiram a BSP com enorme sucesso, tendo considerado este projeto como extraordinário e de uma riqueza cultural enorme para Portugal. Aliás, a BSP tem vindo a receber até ao momento as melhores críticas, não só do público em geral, como também de prestigiados músicos nacionais e estrangeiros. Maestros portugueses como Fernando Marinho, Luís Carvalho, Avelino Ramos, António Costa, Alberto Roque e Hélder Tavares dirigiram também esta orquestra. Destacam-se a realização de concertos nos principais teatros de norte a sul do país, Teatro Monumental de Madrid (RTVE) Teatro Principal de Pontevedra (Galiza) e Rosalia de Castro (Corunha) e participações nos Certames Internacionais de Boqueixón e Vila de Cruces (Espanha). A BSP obteve em Abril de 2008 o 1º prémio no II Concurso Internacional de Bandas de La Sénia na Catalunha (Espanha) na 1ª secção e igualmente o 1º prémio na categoria superior (Concert Division) do 60º aniversário do World Music Contest em kerkrade na Holanda em Outubro de 2011, com a mais alta classificação alguma vez atribuída em todas as edições deste concurso que é considerado o “campeonato do mundo de bandas”. A Banda Sinfónica Portuguesa é uma Associação cultural, sem fins lucrativos, apoiada pelas escolas de ensino artístico especializado da música Academia de Música de Costa Cabral – Porto e Conservatório de Música do Porto, sendo ainda financiada pela Direção Geral das Artes. A direção artística está a cargo do Maestro Francisco Ferreira.
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MAESTRO JOSÉ EDUARDO GOMES O maestro José Eduardo Gomes nasceu em 1983. Músico e instrumentista versátil estudou clarinete na ESMAE - Porto, onde se licenciou na classe de António Saiote, prosseguindo estudos de Direção de Orquestra na Haute École de Musique de Genève (Suíça) na classe de Laurent Gay e Direção Coral na classe de Celso Antunes. Foi premiado em concursos nacionais e internacionais, onde se destacam: “Prémio Jovens Músicos”, “Concurso Marcos Romão” e “Concurso Internacional Villa de Montroy, Valencia”. Como instrumentista tem-se dedicado à música de câmara e apresenta-se regularmente com diversas formações em Portugal, Itália, Bélgica, Suíça, Japão e Canadá. Participou em masterclasses de Direção de Orquestra com Jorma Panula, António Saiote, Cesário Costa, Jan Cober, Gianluigi Gelmetti, Jésus López Cobos, Alexander Polishuk, Ernst Schelle, Luiz Gustavo Petri, Douglas Bostock e Jose Rafael Vilaplana, tendo oportunidade de dirigir a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Musica, a Orquestra de Sofia (Bulgária), a Orquestra do Algarve, a Orchestre de la Haute École de Musique de Genève e Zurique (Suíça), a Orquestra Filarmonia das Beiras, a Orquestra Clássica do Centro, entre outras. Em 2009 foi assistente de Martin André na Orquestra Momentum Perpetuum, e em 2010 foi assistente do maestro Kazushi Ono na Opera National de Lyon. É membro fundador do Quarteto Vintage e maestro titular do Coro do Círculo Portuense de Ópera. Recentemente dirigiu a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Sinfónica de Kaposvár (Hungria), a Orquestra do Algarve e a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música. Na sua vertente mais pedagógica, o maestro José Eduardo Gomes dirige regulamente orquestras de jovens com as quais realiza um trabalho de formação de músicos muito importante. Colabora regulamente com o projecto Orquestra Geração e com várias escolas um pouco por todo o país, como por exemplo, Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, Escola ARTAVE, Academia de Música de Costa Cabral e EPABI. Para a próxima temporada 2013/2014 tem já agendados concertos com a Orquestra Sinfónica Portuguesa e a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música.
CAMERATA ENSEMBLE DA BANDA SINFÓNICA PORTUGUESA Flautim: David Leão. Flautas: Herlander Sousa e Tiago Silva. Oboés: Sofia Brito e Telma Mota. Corne Inglês: Juliana Félix. Fagotes: Lurdes Carneiro e Gabriel Fonseca. Clarinetes: Crispim Luz e João Ramos. Clarinete Baixo: Hugo Folgar. Trompas: Flávio Barbosa, Nelson Silva, Pedro Fernandes e Nuno Silva. Trompete: Telmo Barbosa. Contrabaixo: Vanessa Lima.