Revista 2001 Video - Janeiro 2011

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índice ao cliente A equipe da 2001 se esforça o ano inteiro para fazer com que nossa revista seja especial, trazendo entrevistas, informações e novidades sobre os mais recentes lançamentos em DVD e BluRay. Mas este mês é particularmente especial, pois chegamos ao marco histórico da 100a edição! Para celebrar, decidimos presentear os clientes com nova programação visual, que proporciona leitura ainda mais agradável. E a comemoração inclui nada menos do que três entrevistas com realizadores de prestígio do cinema nacional: Ana Luiza Azevedo, diretora de Antes que o Mundo Acabe; Wagner de Assis, diretor de Nosso Lar; e Tatiana Issa e Raphael Alvarez, diretores do documentário sobre o icônico grupo teatral Dzi Croquettes. Além desses presentes, oferecemos a já tradicional seleção de títulos. Neste mês, trazemos como destaque a produção argentina Desejo de ser Mãe, que aborda de forma contundente o instinto materno. Apresentamos também filmes que brilharam no circuito restrito -- Coco Chanel e Igor Stravinsky, Pecados da Carne -- e um especial com Giuseppe Tornatore, diretor de Baaria - O Portal do Vento. Temos ainda o sucesso de bilheteria O Último Mestre do Ar, de M. Night Shyamalan, e diversos filmes de terror para deixar suas noites com mais adrenalina. Que venha agora o número 200!

expediente A 2001 Vídeo é uma publicação mensal realizada pela equipe 2001, distribuida gratuitamente a clientes. Coordenação geral: Fred Botelho Planejamento: Roberta Valença Pesquisa e texto: Bruno Rosa Capa: Ezio Tristão Projeto gráfico: Ezio Tristão Assistente de arte: Thiago Diniz Revisão técnica: Sérgio Rizzo (jornalista responsável, MtB 17.873)

observações • Todos os títulos podem sofrer alterações nas datas de entrega ou ser cancelados em definitivo pelas distribuidoras. • Estoque limitado e sujeito a alterações em nossas lojas. • A disponibilidade de um título pode variar entre as lojas da rede. • O conteúdo dos DVDs (extras, legendas, áudio, tela etc) é fornecido pelas distribuidoras e pode sofrer alterações.

sugestões e críticas 2001@2001video.com.br

lançamentos para locação e venda

lançamentos para locação Aventura 13• 2019 - O Ano da Extinção 12• Centurião Cinema Asiático 10• Pecado da Carne Cinema Europeu 5• Baaria - A Porta do Vento 9• Coco Chanel e Igor Stravinsky 3• Louco Amor 9• O Refúgio 10• Um Novo Caminho Cinema LatinoAmericano 13• Desejo de Ser Mãe 13• O Estudante Cinema Nacional 15• Antes que o Mundo Acabe 7• Nosso Lar comédia 12• Escola para Garotas Bonitas e Piradas 4• Stan Helsing Comédia Romântica 10• Amor à Distância Documentário 16• O Rei da Muganga Drama 4• Coincidências do Amor 4• O Grande Desafio (2007) 11• Um Caminho para Recomeçar Fantasia 3• Nanny McPhee e as Lições Mágicas 3• O Último Mestre do Ar Guerra 12• O Barão Vermelho Infantil 17• Como Cães e Gatos 2 17• O Bicho Vai Pegar 3 17• Tô de Férias 2 Romance 12• Ondine Terror 8• Halloween II 8• O Último Exorcismo 8• Piranha 3D 8• Resident Evil 4: O Recomeço

Animação 12 • Batalha por T.E.R.A. 23 • Box Trilogia Star Wars - Uma Família da Pesada 22 • O Mundo Estranho de Kihachiro Kawamoto Arte 22 • O Rio e a Morte 23 • Ronda da Noite Cinema Europeu 11 • A Mãe e a Puta 22 • Celine e Julie Vão de Barco

22 • L’Eau à la Bouche - Amor Livre 22 • Prisão de Cristal 22 • Salmo Vermelho

11 • O Homem das Flores Épico/ Religioso 22 • O Filho de Spartacus Infantil 17 • A Bela e a Fera - O Mundo Encantado de Bela 17 • Cocoricó - Júlio na Cidade 2 17 • Hannah Montana - 3ª Temporada Séries de TV/Cinema 16 • Community - 1ª Temporada 16 • CSI Miami - 3ª Temporada Vol. 3 16 • The Middle - 1ª Temporada Terror 23 • Box Trilogia Predador 22 • O Gato Negro 23 • Predadores

Cinema Nacional 22 • Curta Brasília vol. 2 23 • Do Começo ao Fim 10 • Os Inquilinos Clássico 9 • M (1951) 22 • O Espião Negro 10 • Servidão Humana 22 • Suave É a Noite

5 • Tarde Demais 22 • Tempestada sobre Washingnton Documentário 19 • Dzi Croquettes 23 • Elvis ao Longo do Tempo 22 • Maria Bethânia - Amor, Festa e Devoção 22 • O Ativista Quântico 16 • Pampulha ou a Invenção do Mar de Minas 23 • The Beatles Explosão Drama 22 • A Última Música 23 • Criação 22 • Na Época do Ragtime

FSC


1a semana jan

2 a 8/01 O últiMO MestRe dO aR

DO MESMO DIRETOR

VEJA TAMBÉM

R$ 89,90

(The Last Airbender, EUA, 2010, Cor, 103’) Paramount – Fantasia – 10 anos De: M. Night Shyamalan Com: Noah Ringer, Dev Patel, Nicola Peltz, Jackson Rathbone Aang, um menino extraordinário com incríveis poderes, parte em jornada por uma terra exótica, com criaturas mágicas e poderosos amigos. Como um Avatar, ele é o único que pode acabar com o antigo conflito entre as quatro nações: Ar, Água, Terra e Fogo. Comentário: Celebrado por êxitos como O Sexto Sentido, Sinais e A Vila, o indiano M. Night Shyamalan escreveu e dirigiu esse longa, que tem fortes influências do pensamento oriental e budista. Shyamalan faz aqui o seu primeiro filme de ação, baseado no desenho Avatar – A Lenda de Aang, nome que não pode ser utilizado devido ao Avatar de James Cameron, que já o havia registrado. Com várias cenas de lutas, em que os dominadores dos elementos utilizam os movimentos originais do kung fu para manipulá-los, traz mensagem de abnegação e de responsabilidade.

FIM DOS TEMPOS (2008)

A DAMA NA ÁGUA (2006)

A VILA (2004)

SINAIS (2002)

CORPO FECHADO (2000)

AVATAR – A LENDA DE AANG – LIVRO 3 FOGO – VOL. 1

O SEXTO SENTIDO (1999)

nanny MCPhee e as liçÕes MÁgiCas

lOuCO aMOR

(Nanny McPhee and the Big Bang, GBR/ FRA/ EUA, 2010, Cor, 110’) Universal – Fantasia – Livre De: Susanna White Com: Emma Thompson, Maggie Gyllenhaal, Ewan McGregor, Ralph Fiennes Desta vez, Nanny McPhee vai trabalhar para uma jovem mãe perturbada que tenta desesperadamente criar os filhos numa fazendo enquanto o marido está servindo o exército durante a guerra. Com a chegada dos sobrinhos londrinos, a babá evoca a fórmula correta para educar essas crianças em cinco lições mágicas. Comentário: Emma Thompson volta a viver Nanny McPhee, com algumas pequenas mudanças na ambientação do enredo; aqui, temos um claro posicionamento temporal, o que não ocorreu em A Babá Encantada. Além de atuar, Thompson assinou também o roteiro e produziu o filme.

(Legaturi Bolnavicioase, ROM/FRA, 2006, Cor, 103’) California – Cinema Europeu – 14 anos De: Tudor Giurgiu Com: Maria Popistasu, Ioana Barbu, Tudor Chirila Kiki e Alex se conhecem na faculdade e gradualmente sua grande amizade se transforma em amor, mas, para aqueles ao seu redor, são apenas duas boas amigas. Sandu, irmão de Kiki, vive atormentado pelo ciúme que sente da irmã e sua nova relação com Alex. Comentário: Inédito no circuito comercial brasileiro, Louco Amor investiga dois tabus da sociedade contemporânea: as relações amorosas entre mulheres e o incesto. A abordagem opta por caminho sem muito estardalhaço, que não cai na vulgaridade ou na superexposição. Além dos temas inusitados, a fotografia que ressalta o lado rural da Romênia merece destaque.

serviço

locação

venda

Janeiro | 2010 |

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1a semana jan

2 a 08/1

O gRande desaFiO (The Great Debaters, EUA, 2007, Cor,) California – Drama – 12 anos De: Denzel Washington Com: Denzel Washington, Forest Whitaker, Nate Parker, Jurnee Smollett, Denzel Whitaker Um brilhante professor motiva, utilizando métodos pouco convencionais, visão política radical e o poder da palavra, o time de debates de uma faculdade texana a participar de um campeonato nacional na Universidade de Harvard. Comentário: Drama baseado em fatos reais que se passa durante a Grande Depressão e narra história com belas mensagens, como a de que a educação nos leva a um futuro melhor, e a de que o talento e o trabalho duro superam as dificuldades sociais encontradas. * Indicado ao Globo de Ouro de melhor filme dramático em 2008.

COinCidÊnCias dO aMOR

(The Switch, EUA, 2010, Cor, 101’) Imagem – Drama – 12 anos De: Josh Gordon, Will Speck Com: Jason Bateman, Jennifer Aniston, Patrick Wilson Kassie é uma mulher madura e bem-sucedida que sempre sonhou ser mãe. Infelizmente, o homem certo ainda não cruzou o seu caminho. A vida segue até que ela, enfim, decide fazer uma produção independente. Seu melhor amigo, Wally, é extremamente neurótico e não concorda com a escolha, mas, por gostar demais dela, opta por atrapalhar seus planos. Comentário: Livremente baseado em conto publicado no ano 2000 por Jeffrey Eugenides (autor de As Virgens Suicidas, adaptado para o cinema por Sofia Coppola em 1999), o filme tem como pontos altos as interpretações de Jason Bateman e Thomas Robinson, nos papéis de Wally e de Sebastian, filho da personagem vivida por Jennifer Aniston. A química da dupla de atores, principal vetor da história, é memorável. O elenco ainda conta com participações de Juliette Lewis (Assassinos por Natureza), Patrick Wilson (Watchmen) e Jeff Goldblum (A Mosca). A direção fica por conta da dupla Josh Gordon e Will Speck, responsável por dirigir Will Farell em Escorregando para Glória.

stan helsing (Stan Helsing, CAN/EUA, 2009, Cor, 86’) California – Comédia – 14 anos De: Bo Zenga Com: Steve Howey, Diora Baird, Kenan Thompson, Leslie Nielsen Stan Helsing, um atendente de videolocadora, precisa proteger sua cidade dos seis mais temidos monstros da história dos filmes de terror. E tudo isso em uma noite de Halloween... Comentário: Escrita, dirigida e produzida por Bo Zenga, produtor de Turistas e Todo Mundo em Pânico, esta sátira aos vilões e clichês dos filmes de terror inclui brincadeiras com Psicose, Hellraiser, Sexta-Feira 13, O Massacre da Serra Elétrica, Brinquedo Assassino e Halloween.


2 a 08/1

1a semana jan

taRde deMais

BaaRÌa – a PORta dO ventO

(Baarìa, ITA/FRA, 2009, Cor, 154’) Europa – Cinema Europeu – 14 anos De: Giuseppe Tornatore Com: Francesco Scianna, Margareth Madè Durante o período fascista , Cicco é um humilde pastor, mas seu filho Peppino, que testemunha as injustiças da Segunda Guerra, se torna político comunista após o conflito e encontra a mulher de sua vida. Comentário: Com cenas rodadas na Tunísia e grande orçamento, Giuseppe Tornatore escreveu e dirigiu um de seus filmes com mais referências autobiográficas. Baarìa, no dialeto siciliano, é o nome da cidade de Bagheria, onde Tornatore nasceu. Percorrendo três gerações de uma família, os Torrenuova, o filme faz um panorama épico da história sociopolítica italiana, indo da ascensão e queda do fascismo até o começo da década de 1980 e a desilusão com as militâncias marxistas. É a nona colaboração entre o diretor e o compositor Ennio Morricone, que obteve indicação ao Oscar por Malèna (sua única indicação por uma produção italiana). Escolhido para a abertura do Festival de Veneza de 2009, foi indicado ao Globo de Ouro de filme estrangeiro e representou a Itália na mesma categoria do Oscar.

VEJA MAIS GIUSEPPE TORNATORE

R$ 37,50

(The Heiress, EUA, 1949, P&B, 116’) Versátil – Clássico – 14 anos De: William Wyler Com: Montgomery Clift, Olivia de Havilland Estados Unidos, meados do século XIX. A jovem e tímida aristocrata Catherine vive sob o rígido controle do pai, Dr. Austin. Quando Morris, um rapaz bonito e pobre, a pede em casamento, seu pai não autoriza o matrimônio, afirmando que o moço só está interessado na herança da filha. Comentário: William Wyler dirige a primeira adaptação da peça The Heiress, do casal Augustus e Ruth Goetz, que por sua vez é baseada no romance Washington Square, de Henry James. Em 1997, a polonesa Agnieszka Holland dirigiu Jennifer Jason Leigh, Ben Chaplin e Albert Finney em outra versão, A Herdeira (inédito em DVD no Brasil). O filme consagrou Olivia de Havilland com seu segundo Oscar; o primeiro ele recebera por sua atuação em Só Resta uma Lágrima (de 1946, inédito em DVD no Brasil). * Oscar de melhor atriz (Olivia de Havilland), direção de arte – preto e branco, figurino – preto e branco e melhor trilha sonora; indicado em outras quatro categorias, entre elas melhor filme e melhor diretor. Globo de Ouro de melhor atriz (Olivia de Havilland)

A DESCONHECIDA (2006)

MALÈNA (2000)

CINEMA PARADISO (1988)

giusePPe tORnatORe

Um cinema feito com nostalgia e melancolia Nascido na cidade siciliana de Bagheria, na província de Palermo, em 27 de maio de 1956, Giuseppe Tornatore iniciou sua carreira como diretor de documentários produzidos pela RAI, a rede pública italiana. O primeiro longa filmado no qual trabalhou como roteirista foi Morte a Dalla Chiesa (1984), de Giuseppe Ferrara, em que também foi creditado como assistente de direção. Com O Professor do Crime (de 1986, inédito em DVD no Brasil), estreou na direção de longas. Entre o seus muitos sucessos estão Cinema Paradiso (1988), A Lenda do Pianista do Mar (1998) e Malèna (2000). Já dirigiu grandes nomes e astros do cinema europeu, como Ben Gazzara, Gérard Depardieu, Roman Polanski e Monica Bellucci. Dono de um estilo muito pessoal e melancólico, Tornatore geralmente envolve em suas histórias uma Itália que não existe mais, além de uma forte paixão pelo cinema, tanto pelos filmes quanto pelo ofício de ser cineasta.


Entrevista exclusiva I

Wagner de Assis

UMA FORTE

MENSAGEM ESPIRITUAL Direto do Rio de Janeiro, o diretor Wagner de Assis, de Nosso Lar, concedeu entrevista exclusiva para a revista da 2001 Vídeo, e falou sobre filmes espíritas, efeitos especiais, orçamentos e Philip Glass, entre outros assuntos.

Como foi encarar o desafio de adaptar para o cinema um livro tão lido quanto Nosso Lar? Como uma grande responsabilidade, reconhecendo e entendendo o quão importante seria esse trabalho, tentando fazer jus no cinema ao sucesso na literatura, e tentando fazer um filme que atendesse à grande diversidade do público que vai ao cinema, ou das pessoas que gostam de ver histórias legais. E que também atendesse às regrinhas de cinema: que não deixasse de emocionar e de ser interessante, de provocar pensamentos. Quais foram as maiores dificuldades encontradas pela produção? Posso dizer que todos os dias nós tínhamos dificuldades novas, umas maiores que as outras. Navegamos em um universo em que tínhamos quase nenhum conhecimento técnico, que é o mundo dos efeitos visuais. Tínhamos uma equipe grande dos EUA e do Canadá que acompanhou as filmagens justamente para nos ajudar a resolver as questões técnicas que apareceram. O tempo todo estávamos lidando com uma cidade que não existe, só existia dentro do computador; o tempo todo estávamos lidando com cenários que estavam incompletos e que seriam acrescidos digitalmente; o tempo todo os atores estavam lidando com o pano azul do “chroma key”. Tudo era um grande desafio, uma grande aventura de desafios. Nosso Lar tem uma forte mensagem espírita em seu enredo. Você acredita que seguidores de outras religiões possam assimilar e compreender essa mensagem? Na verdade, trabalhamos com o conceito de que o filme

tem uma mensagem universal. Essa mensagem tem ressonância na temática espírita, fala sobre ação e reação, lei de causa e efeito; fala sobre saudade e sobre a possibilidade de vida após a morte; fala sobre uma idéia de como seria a vida após a morte; fala sobre quanto uma atitude positiva pode gerar coisas positivas no futuro. Isso tem ressonância muito grande na doutrina espírita, mas eu fiquei muito feliz de ver que os judeus, os católicos, os evangélicos, os mórmons, os hindus, os budistas e mesmo os ateus, os agnósticos, muitas pessoas que trabalham e vivenciam outras religiões, entenderam esse aspecto universal da mensagem. A ideia da vida após a morte ficou muito marcada na doutrina espírita, mas todas as religiões falam alguma coisa da existência após a morte do corpo físico. Todas. Então, eu diria que o filme tem uma respiração espiritualista, uma ressonância muito grande na doutrina espírita, mas que ele é universal. Os temas dizem respeito a toda a condição humana. Depois do sucesso do seu filme e de Chico Xavier, de Daniel Filho, você acredita que há um novo gênero no cinema nacional, o “filme espírita”? Acho que não. Acredito que um dia possa existir um gênero chamado espírita. Talvez esses dois filmes tenham ressonância na temática espírita; o Nosso Lar muito mais, pois vem de um livro que faz parte do movimento espírita. Mas Chico Xavier é uma cinebiografia e o meu filme é um drama. Enquanto gêneros cinematográficos, eles são muito bem definidos. Você acha que você possa ter fomentado o surgimento de um novo gênero? Eu adoraria saber como seria esse gênero. Posso dizer que sim, mas eu estaria só supondo. Como seria esse novo gênero? Quais seriam as bases dramáticas desse gênero? Eu não teria nada contra. Se ele existir, eu trabalharia feliz da vida, e de repente tentaria contar histórias através desse gênero. Mas eu não saberia dizer como seria esse gênero de filme espírita. É igual as pessoas falarem de “favela movie”, porque se passa em um lugar pobre. Mas, no fundo, são dramas, aventuras. É uma forma de minimizar e de não abordar de maneira mais correta o gênero cinematográfico. Para os padrões da nossa indústria, o orçamento [aproximadamente R$ 20 milhões] de Nosso Lar foi alto. Como foi lidar com esse orçamento? Gastando cada centavo nos efeitos visuais, nos cenários grandiosos.


Na verdade, não planejamos fazer o filme mais caro do cinema nacional. Fomos descobrindo que era necessário mais dinheiro porque fazer efeito visual é caro. Por mais que seja viável hoje em dia, ainda é caro. O limite do efeito visual e da imaginação no efeito visual é o dinheiro. Esse filme poderia certamente custar três vezes mais, facilmente. Então, as escolhas que fizemos foram em função de orçamento, sim. Podemos dizer que é um orçamento pequeno para um padrão de filme de efeitos visuais que estamos apresentando. Um dos fortes apelos do filme é o seu elenco. Como se deu o processo de seleção e preparação? Foi bem tranqüilo. Fizemos testes para alguns personagens. A Renata Pietro foi depois de um tempo percebendo, fazendo testes de maquiagem, a possibilidade de apostar em um homem que trabalhava há mais de cinco anos no teatro em peças de mesmo gênero. Enfim, nenhum critério predefinido para escolher o ator. Era sempre aquele momento mágico de você ver o ator e ver que ele pode fazer o personagem. É um momento muito difícil, devo confessar; é um momento em que você erra muito no cinema e no qual esperamos muito ter acertado. Como foi trabalhar com a Intelligent Creatures [empresa canadense responsável pelos efeitos especiais deWatchmen – O Filme e A Loja Mágica de Brinquedos, entre outros filmes]? Eles têm experiência em filmes de estúdio hollywoodianos, mas ao mesmo tempo têm experiência em filmes de arte e independentes, ou seja, os profissionais de lá sabem lidar com as carências do produtor independente e o ajudam a resolver problemas de computação gráfica. Nós tivemos

um supervisor de efeitos visuais no set. Logo depois das filmagens, transferimos tudo para o Canadá, onde, ao longo de nove meses, foram feitas mais de 300 imagens com algum tipo de inserção visual. Outro nome estrangeiro que chama a atenção é o de Philip Glass [músico minimalista, compositor da trilha da trilogia Qatsi, entre outros filmes]. Como surgiu essa idéia? E como a produção chegou até ele? Achei que era o compositor ideal para fazer uma música que tinha toda essa inspiração do tema espiritualista. Falei isso para Iafa Britz [produtora do filme] e aí ela disse “não custa nada tentar”. O Philip já esteve no Brasil, trabalhou com a Monique Gardenberg; ele tinha feito uma música para o filme Jenipapo [de 1995, inédito em DVD]. Ela conseguiu um contato e falou inicialmente sobre o que era, mandou um roteiro para ele. Ele gostou. Então, a gente foi lá e os procedimentos começaram. Ele tinha um tempo na agenda, absolutamente tomada, e foi maravilhoso. Nós gravamos pela primeira vez com a Orquestra Sinfônica Brasileira. Fizemos uma trilha que ficou tão bonita que hoje foi virou um CD e foi vendida à beça pela Biscoito Fino. Como você analisa este ano em que três filmes brasileiros chegaram, até o momento, entre as dez maiores bilheterias? É um ano feliz, que tem dois filmes muito fortes, um sobre o homem e outro sobre sua obra mais importante, Chico Xavier e Nosso Lar, e que tem um fenômeno, Tropa de Elite 2. É um ano que unifica de uma vez por todas o cinema brasileiro do passado e do presente. Deveria ser um ano em que o termo Retomada acabaria, e a gente teria um cinema só, sem precisar mais fazer comparações com o passado, ou seja, o cinema é um só e os filmes brasileiros entram cada vez mais na pauta cultural do povo brasileiro. Isso é bacana, é muito feliz; é o resultado de muito trabalho de muita gente competente que está no mercado há muitos anos.

nOssO laR (BRA, 2010, Cor, 109’) Fox – Cinema Nacional – 10 anos De: Wagner de Assis Com: Renato Prieto, Fernando Alves Pinto, Rosanne Mulholland, Othon Bastos André Luiz, um médico bem-sucedido, após sua morte acorda no mundo espiritual. Lá começa sua nova jornada, de autoconhecimento e transformação, desde os primeiros dias numa dimensão de dor e sofrimento, até ser resgatado e levado para a cidade espiritual Nosso Lar. Comentário: Um dos grandes sucessos de bilheteria do ano, foi visto por mais de 4 milhões de espectadores e teve o maior orçamento na história do cinema brasileiro, aproximadamente R$ 20 milhões. Nosso Lar é baseado no romance homônimo psicografado pelo médium mineiro Chico Xavier, cuja adaptação ficou a cargo do diretor Wagner de Assis, que obteve permissão da Federação Espírita Brasileira, detentora dos diretos autorais. O filme traz uma forte mensagem espírita em seu enredo, porém não envereda pelo tom da pregação religiosa ou doutrinária, e sim pela universalidade dessa mensagem. Com grande participação internacional na produção, como a do diretor de fotografia alemão Ueli Steiger e a do compositor norte-americano Philip Glass, tem várias cenas com inserções R$ 79,90 de efeitos especiais, como os cenários e outros elementos imagéticos, a cargo da canadense Intelligent Creatures.


O últiMO exORCisMO (The Last Exorcism, EUA/FRA, 2010, Cor, 87’) Playarte – Terror – 14 anos De: Daniel Stamm Com: Patrick Fabian, Ashley Bell, Louis Herthum, Caleb Landry Jones Quando o reverendo Cotton Marcus chega à fazenda da família Sweetzer, ele espera realizar um exorcismo de rotina. Mas o que ele encontra é mais assustador do que poderia imaginar. Comentário: Produzido por Eli Roth (O Albergue e O Albergue 2), O Último Exorcismo teve orçamento baixíssimo para os padrões da indústria cinematográfica norte-americana, em torno de U$ 2 milhões. Utilizando-se da técnica do falso documentário com toques de “reality show”, em que os eventos mostrados e toda a história levam o espectador a crer na veracidade dos fatos, o filme acompanha um pastor em crise com sua fé verdadeira, mas que ainda pratica (falsos) exorcismos para sustentar a família. A inspiração é o documentário cult Marjoe (inédito em DVD no Brasil), que também mostrava um exorcista charlatão e seus truques para exorcizar pessoas possuídas. Um dos panos de fundo é a discussão sobre o fanatismo religioso, principalmente entre os cristãos ortodoxos, no interior dos EUA. Os Sweetzer são todos cristãos ortodoxos, e vêem na suposta possessão da filha o mal de certas liberdades religiosas. Um dos destaques é a atuação de Ashley Bell, que faz todos os contorcionismos do longa, em que não são utilizados efeitos especiais.

Resident evil 4 – O ReCOMeçO

(Resident Evil: Afterlife, ALE/FRA/ GBR, 2010,Cor, 92’) Sony – Terror – 16 anos De: Paul W.S. Anderson Com: Milla Jovovich, Ali Larter, Wentworth Miller Alice continua sua busca por sobreviventes e sua batalha com a Umbrella fica mais dura, mas ela recebe a inesperada ajuda de uma amiga e uma pista que promete refúgio para se proteger dos mortos-vivos. Comentário: Primeiro filme da franquia Resident Evil rodado em IMAX, O Recomeço traz várias atrações para os fãs de uma das mais bem-sucedidas séries de filmes baseados em videogames.

hallOWeen ii

(Halloween II, EUA, 2009, Cor, 105’) Playarte – Terror – 18 anos De: Rob Zombie Com:Scout Taylor-Compton, Tyler Mane, O mal permanece vivo e toda a crueldade não é o bastante para Mike Myers. Ele continua com sede por sangue e não descansará enquanto sua irmã não o aceitar como membro da família. Comentário: Segundo filme da série Halloween dirigido por Rob Zombie, traz um estilo mais original, brutal e direto, do que o seu antecessor de 2007. Os eventos da trama se passam um ano após o massacre, e mostram Mike Myers em sua busca pela família ideal.

PiRanha (2010)

(Piranha, EUA, 2010, Cor, 88’) Swen – Terror – 16 anos De: Alexandre Aja Com:Elisabeth Shue, Christopher Lloyd, Ving Rhames Sol, música, cerveja e mulheres de biquíni. A combinação parece perfeita para o feriado em um lago, até que um terremoto submarino liberta um cardume de piranhas famintas. Comentário: Alexandre Aja conduz a refilmagem assumidamente trash do longa homônimo de 1978, dirigido por Joe Dante. Aja esvazia o contexto político do roteiro original e se apóia principalmente nas imagens chocantes e amedrontadoras, típicas do cinema explotation dos anos 1970.


2a semana jan

9 a 15/1 COCO Chanel e igOR stRavinsKy

O ReFúgiO (Le Refuge, FRA, 2009, Cor, 90’) Imovision – Cinema Europeu – 16 anos De: François Ozon Com: Isabelle Carré, Melvil Poupaud, Louis-Ronan Choisy Mousse e Louis são jovens, bonitos, ricos e apaixonados. Em uma noite, Louis morre de overdose. Logo depois, Mousse descobre que está grávida e parte para um retiro em uma casa de praia, onde mais tarde o seu cunhado se juntará a ela. Comentário: Conhecido por suas investigações sobre a família contemporânea, François Ozon se debruça em O Refúgio sobre o desejo feminino da maternidade. A atriz que vive a protagonista, Isabelle Carré, estava com aproximadamente seis meses de gestação quando se deram as filmagens. Ela exigiu, entre outras coisas, que as locações fossem perto do País Basco francês, para que ela pudesse ficar perto da família.

VEJA MAIS COCO CHANEL

(Coco Chanel & Igor Stravinsky, ALE/ JAP/ SUI, 2009, Cor, 118’) Imovision – Cinema Europeu – 16 anos De: Jan Kounen Com: Mads Mikkelsen, Anna Mouglalis Em 1913, Coco Chanel começa a se destacar no mundo da moda. Ao mesmo tempo, o compositor russo Igor Stravinsky desponta no cenário artístico europeu. A estreia de A Sagração da Primavera arrebata a jovem estilista enquanto causa revolta no público por sua ousadia. Anos mais tarde, já célebre, Coco está de luto pela morte de seu amante quando conhece Stravinsky, recém-chegado a Paris como exilado da União Soviética. A estilista oferece sua casa de campo para abrigar o músico e sua família, e os dois começam uma relação proibida e intensa. Comentário: Livremente adaptado do romance Coco & Igor, do britânico Chris Greenhalgh (que também é creditado como um dos roteiristas), o filme encerrou o Festival de Cannes de 2009. A trama narra o suposto envolvimento amoroso entre dois dos mais influentes nomes do século 20: o compositor russo Igor Stravinsky e a estilista francesa Coco Chanel. O casal revolucionou, cada qual em sua área, a música e moda, propondo novos paradigmas de gosto, muito à frente do tempo em que viveram. O longa de Jan Kounen capta a aura vanguardista de Chanel e Stravinsky, revelando a influência que (supostamente) um teve para o outro. A direção de arte e os figurinos são deslumbrantes.

COCO ANTES DE CHANEL (2009)

COCO CHANEL (2008)

M

R$ 29,90

(M, EUA, 1951, P&B, 86’) Cult Classic – Clássico – 14 anos De: Joseph Losey Com: David Wayne, Howard da Silva, Martin Gabel Alguém está assassinando crianças em uma grande cidade norte-americana. A intensa procura policial perturba os criminosos “normais”, que decidem ajudar a encontrar o assassino o mais rápido possível. Comentário: Pouco antes de se exilar na Inglaterra, devido ao macarthismo dos anos 1950, Joseph Losey conduziu esa refilmagem norte-americana do clássico M – O Vampiro de Dusseldorf (1931), dirigido por Fritz Lang. Além de Losey, outros membros da equipe, como os atores Howard da Silva, Luther Adler e Karen Morley, também foram vítimas da caça às bruxas anticomunista em Hollywood.


2a semana jan

09 a 15/1

uM nOvO CaMinhO

aMOR a distÂnCia

(Le Dernier pour la Route, FRA, 2009, Cor, 102’) Imovision – Cinema Europeu – 14 anos De: Philippe Godeau Com: François Cluzet, Mélanie Thierry Poucos sabem que Hervé é alcoólatra. Por causa dos problemas que o vício causa na família, ele se interna em clínica de reabilitação, onde conhece Magali, muito mais jovem, e que lhe provoca diferentes emoções. Comentário: Estreia na direção do produtor Philippe Godeau (Monique), é baseado na autobiografia de Hervé Chabalier, jornalista francês que dirige a agência de notícias Capa.

(Going the Distance, EUA, 2010, Cor, 109’) Warner – Comédia Romântica – 14 anos De: Nanette Burstein Com: Drew Barrymore, Justin Long Alguém está assassinando crianças em uma grande cidade norte-americana. A intensa procura policial perturba os criminosos “normais”, que decidem ajudar a encontrar o assassino o mais rápido possível. Comentário: Namorados na vida real, Drew Barrymore e Justin Long interpretam um casal que decide viver as dificuldades de um relacionamento a distância. Estreia da documentarista Nanette Burstein na direção de longas ficcionais, essa comédia romântica faz uma abordagem mais realista de um filme de amor, tentando retirar os exageros comuns ao gênero.

3a semana jan

16 a 22/1

PeCadO da CaRne

(Einayim Petukhoth, ISR/ ALE/ FRA, 2009, Cor, 92’) Paris – Cinema Asiático – 14 anos De: Haim Tabakman Com: Zohar Shtrauss, Ran Danker Aaron, um respeitável açougueiro da comunidade ultra-ortodoxa judaica de Jerusalém, é casado com Rivka e dedicado pai de quatro filhos. Um dia, ele encontra Ezri, bonito estudante de 22 anos, e logo se apaixona por ele. Mas a culpa e a pressão dos religiosos irão atormentá-lo, levando-o a tomar uma decisão radical. Comentário: Estreante na direção de longas, Haim Tabakman aborda tema muito delicado: a homossexualidade e a doutrina ultra-ortodoxa judaica, que não reconhece nem sequer a sua existência, tanto que não há palavra que a defina. Tabakman utiliza ritmo lento, com pouca movimentação de câmera e muitos momentos de silêncio, para narrar a história de Aaron e Ezri, e revelar com essas escolhas estéticas a dureza das leis judaicas sobre todos os personagens. A história, segundo o realizador, não é um levante de bandeiras; trata da dignidade e da humanidade de seus personagens. Pecado da Carne foi exibido na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes de 2009, e obteve excelentes críticas da mídia internacional.

Os inQuilinOs

seRvidãO huMana

(BRA, 2009, Cor, 103’) Lume – Cinema Nacional – 14 anos De: Sergio Bianchi Com: Marat Descartes, Zezeh Barbosa, Caio Blat, Lennon Campos, Fernando Alves Pinto Comentário: Considerado pela crítica como o longa mais maduro de Sergio Bianchi, Os Inquilinos se passa na periferia de São Paulo, na época dos ataques do PCC. Uma família precisa aprender a viver com os novos vizinhos, supostamente envolvidos com o crime organizado, e que acabam por deslocar o equilíbrio doméstico, principalmente na figura de Valter, o pai. R$ 39,90

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I Janeiro | 2010 | wwww.2001video.com.br

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(Of Human Bondage, GBR, 1964, P&B, 100’) Lume – Clássico – Livre De: Ken Hughes Com: Kim Novak, Laurence Harvey Philip vai estudar medicina e conhece a garçonete Mildred, por quem se apaixona. Porém, ela decide se casar com outro homem. Ao retornar grávida, ele a aceita de volta. Mildred tem um lado amoral difícil de ser controlado, o que cria novas complicações. Comentário: Terceira adaptação cinematográfica do romance homônimo de W. Somerset Maugham, publicado em 1915 e considerado um dos 100 maiores romances em língua inglesa do século 20. A primeira foi lançada em 1934, dirigida por John Cromwell e estrelada por Leslie Howard e Bette Davis; a segunda, de 1946, foi dirigida por Edmund Goulding, com Paul Henreid e Eleanor Parker no elenco. * Participou da mostra competitiva do Festival de Berlim de 1964.


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uM CaMinhO PaRa ReCOMeçaR

(The Open Road, EUA, 2009, Cor, 90’) Paris – Drama – Verifique classificação indicativa De: Michael Meredith Com: Jeff Bridges, Justin Timberlake, Mary Steenburgen Carlton é filho da lenda de beisebol Kyle Garret, que sempre viveu para sua carreira e nunca teve tempo para a família. Ao descobrir que sua mãe está doente, Carlton tenta cumprir a promessa de trazer seu pai, ausente há anos, para tomar conta dela. Comentário: Segundo longa-metragem dirigido pelo roteirista de Medo e Obsessão (2004), do alemão Wim Wenders, que é um dos produtores. Jeff Bridges, recentemente nos cinemas em Tron – O Legado, faz o papel de Kyle com todo o seu reconhecido talento, além de certo charme sulista, dando ao filme os seus pontos altos, principalmente na parte final.

a Mãe e a Puta

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(La Maman et La Putain, FRA, 1973, Cor, 217’) Lume – Cinema Europeu – 18 anos De: Jean Eustache Com: Bernadette Lafont, Jean-Pierre Léaud, Françoise Lebrun Um parisiense aparenta manter relacionamento aberto ideal com sua namorada, mas acaba se apaixonando por uma enfermeira, que se orgulha de sua vida casual. Um triângulo amoroso se estabelece. Comentário: Considerado pela crítica internacional o melhor filme de Jean Eustache e um dos principais longas franceses dos anos 1970, A Mãe e a Puta foi totalmente roteirizado por Eustache: nos diálogos, retirados da vida comum das pessoas, não há improvisações. * Prêmio da Crítica Internacional e do Grande Júri no Festival de Cannes de 1973

O hOMeM das FlORes

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(Man of Flowers, AUS, 1983, Cor, 91’) Lume – Drama – 14 anos De: Paul Cox Com: Norman Kaye, Alyson Best, Chris Haywood Charles Bremer é um recluso homem rico que, por razão desconhecida, não consegue fazer amor. Em vez disso, encontra satisfação erótica na beleza da arte, das flores e de uma mulher. Comentário: Filme australiano independente e de baixo orçamento que, apesar do enredo e das primeiras cenas, não trata em nenhum momento de obsessão sexual; o foca está na incapacidade de o protagonista se emocionar ou se envolver sexualmente com alguém. Werner Herzog faz uma pequena participação como o pai do personagem, visto em flashbacks.


3a semana jan

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esCOla PaRa gaROtas BOnitas e PiRadas (St. Trinian’s, GBR, 2007, Cor, 100’) Paramount – Comédia – 16 anos De: Oliver Parker, Barnaby Thompson Com: Rupert Everett, Talulah Riley, Gemma Arterton A escola St. Trinian’s enfrenta uma tremenda crise financeira, mas as alunas não vão desistir facilmente de salvá-la. As anárquicas garotas arregimentam um bando de professores e bagunceiros ingovernáveis, que, usando esperteza, ousadia e imaginação, tentam armar o golpe do século para evitar a ruína. Comentário: Baseado nas tirinhas criadas por Ronald Searle, Escola para Garotas Bonitas e Piradas é uma refilmagem da comédia de humor negro The Belles of St. Trinian’s (1954), origem de uma série de longas que desde 1980 não era levada ao cinema.

CentuRiãO (Centurion, GBR, 2010, Cor, 97’) Playarte – Aventura – 16 anos De: Neil Marshall Com: Michael Fassbender, Dominic West, Olga Kurylenko Pequeno grupo de soldados romanos luta por suas vidas atrás das linhas inimigas, depois da sua legião ter sido dizimada em ataque devastador. Comentário: Especializado em filmes de horror como Abismo do Medo, Neil Marshall dirige esse longa sobre a Nona Legião do exército romano, que participou da conquista da Gália e depois acabou exilada nas terras distantes da Bretanha. Marshall conduz o filme de forma muito precisa, sabendo utilizar-se de imagens mais fortes e violentas quando necessárias para o desenrolar da trama.

Batalha POR t.e.R.a.

R$ 29,90

(Battle for T.E.R.R.A., EUA, 2007, Cor, 79’) Playarte – Animação – 10 anos De: Aristomenis Tsirbas Com: Evan Rachel Wood, Luke Wilson, Justin Long Maia mora no belo planeta T.E.R.A., onde a paz e a tolerância são celebradas. Mas, sem que ela e seus conterrâneos saibam, os últimos habitantes da Terra procuram uma nova casa. Comentário: Com várias mensagens de preservação ambiental e respeito ao próximo, Batalha por T.E.R.A. leva o espectador a um mundo fantástico, com baleias capazes de voar e plantas de tamanhos enormes, muito além das fronteiras do nosso sistema solar. Entre os assuntos abordados, estão a intolerância e a confiança plena e absoluta nos líderes, nos dois lados da batalha, mesmo quando eles estão errados.

Ondine (Ondine, IRL/ EUA, 2009, Cor, 103’) Swen – Romance – 12 anos De: Neil Jordan Com: Colin Farrell, Alicja Bachleda Um pescador tem sua vida transformada quando encontra uma mulher linda e misteriosa em sua rede de pesca. Sua filha passa a acreditar que se trata de criatura mágica, enquanto ele se apaixona desesperadamente por ela. Comentário: Baseado em histórias das mitologias irlandesa e celta, Ondine tem locações na costa sudeste irlandesa, fotografada com muita graça e precisão por Christopher Doyle, responsável por filmes como Heroi e Amor à Flor da Pele. Neil Jordan volta a abordar a influência do sobrenatural na vida comum das pessoas, um de seus temas prediletos. Outro ponto alto fica por conta do elenco, como a química entre Colin Farrell e a estreante Alicja Bachleda, e a surpreendente novata Alison Barry.

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O BaRãO veRMelhO (Der Rote Baron, ALE/GBR, 2008, Cor, 106’) Swen – Guerra – 14 anos De: Nikolai Müllerschön Com: Matthias Schweighöfer, Til Schweiger, Lena Headey O jovem barão Manfred von Richthofen é convocado pela força área alemã. Suas inúmeras conquistas ao lado do esquadrão “Circo Voador” o tornam um herói nacional. Manipulado pelo alto comando, ele não enxerga a real face da guerra. Mas, ferido, presencia os horrores das batalhas em um hospital e começa a perceber seu efeito devastador. Embora desiludido, Manfred sabe que não pode parar de voar e, mesmo para o mais destemido, cada nova missão pode ser a última.


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deseJO de seR Mãe

(Nordeste, ARG/FRA/ESP/BEL, 2005, Cor, 104’) Europa – Cinema Latino-Americano – Verifique classificação indicativa De: Juan Diego Solanas Com: Carole Bouquet, Aymará Rovero, Ignacio Jiménez Depois de sacrificar quase tudo para alcançar seus objetivos na carreira, Hélène, uma linda e poderosa francesa, decide mudar o rumo de sua história. O desejo de ser mãe a leva à parte mais remota Argentina, à procura de uma criança para adotar. Lá, ela descobre o Nordeste, região deserta onde a beleza do campo contrasta com a miséria, a violência e a corrupção, mas descobre também a amizade e as carências de um povo. Hélène encara uma realidade que desconhecia, mas está determinada a realizar seu grande desejo. Comentário: Inédito no circuito comercial brasileiro, o longa de estreia do diretor argentino Juan Diego Solanas, filho do cineasta Fernando E. Solanas (Sur, ainda inédito em DVD no Brasil) e radicado na França desde 1977, faz abordagem muito sensível da maternidade, principalmente quando ela chega com a maturidade. Há duas reações ao tema principal: Hélène, que busca ser mãe de qualquer forma, passando até pela ilegalidade do tráfico de crianças; e outra personagem, Juana, que está grávida de um homem com quem não é casada e pretende fazer aborto. Hélène se aproxima de Juana por meio do seu filho, Martin, que está entrando na puberdade e começa a se envolver com pequenos crimes. Hélène o conhece casualmente e pretende adotá-lo.

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UE TA Q

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2019 – O anO da extinçãO

O estudante

(Daybreakers, AUS/EUA, 2009, Cor, 92’) Imagem – Aventura – 12 anos De: Ethan Hawke, Willem Dafoe, Sam Neill Com: Um misterioso vírus se espalha pela Terra, transformando quase toda a população em vampiros. Os humanos remanescentes formam uma aliança para resistir à extinção e para procurar a cura. Comentário: Ambientado em futuro distópico e com um visual cyberpunk, o longa mistura duas figuras clássicas dos filmes de terror: vampiros e zumbis.

(El Estudiante, MEX, 2009, Cor, 96’) California – Cinema Latino-Americano – 16 anos De: Roberto Girault Com: Jeannine Derbez, Cuauhtémoc Duque, Pablo Cruz Guerrero O septuagenário Chano acaba de entrar na faculdade de letras, e com isso se encontra em um mundo de jovens com costumes e tradições diferentes das suas. Chano atravessa a barreira das gerações, faz novos amigos, torna-se um guia e ajuda a resolver problemas.


Entrevista exclusiva I

Ana Luiza Azevedo

ENCONTROS, DESENCONTROS, REENCONTROS A diretora gaúcha Ana Luiza Azevedo concedeu entrevista exclusiva para a equipe da Revista 2001, via telefone, de Porto Alegre. Falou sobre cinema gaúcho, influências e adolescentes, entre outros temas. Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul vem se destacando na produção de cinema no Brasil, sem perder o gosto pelo regional. Diante desse quadro, por que a espera em estrear na direção de longas? Eu trabalho muito com cinema e televisão. Na verdade, eu tenho feito vários longas e trabalhos para a televisão, tanto em direção quanto como diretora-assistente da Casa de Cinema [produtora gaúcha, responsável pelas produções dos filmes de Jorge Furtado, Ana Luiza Azevedo, Giba Assis Brasil e Carlos Gerbase]. Antes que o Mundo Acabe demorou um pouco para ser realizado porque foi difícil captar recursos. A dificuldade de fazer filmes é que o cinema é mais demorado, mais caro. E acabava também que outros trabalhos para televisão se realizavam antes. Então, foi por isso, e por estar sempre envolvida em vários trabalhos do Jorge Furtado e do Carlos Gerbase, que acabei por deixar o meu projeto para ser desenvolvido mais tarde. Como é ser independente na indústria cinematográfica brasileira? Não tem ninguém que seja totalmente independente no Brasil, pois para fazer cinema você precisa de editais públicos e não tem outra forma de fazer. A gente procurou desde o início viabilizar fazer cinema e continuar morando aqui no Rio Grande do Sul, o que é um desafio. Fazer uma atividade fora do pólo, por um lado, é difícil, você está longe de onde tem mais recursos; porém aqui a gente tem menos concorrência, digamos assim. Esse era um desafio que a gente tinha, e hoje eu acho que é bacana, porque se faz cinema em todos os cantos do Brasil: se faz cinema na Paraíba, em Recife, que tem um pólo grande de cinema, em Minas Gerais. Você tem como ter uma produção cinematográfica com muitos olhares, com muitos sotaques, e isso é fundamental. O Brasil é um país muito grande, com culturas e sotaques bem distintos. Acho fundamental que dentro da nossa cinematografia apareçam essas culturas e esses sotaques, e isso está acontecendo agora. Quais foram as suas principais influências para escrever o roteiro?

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Paulo Halm começou a fazer a primeira adaptação enquanto a gente estava trabalhando em outro filme aqui. Depois, trabalhei bastante com ele, então fiquei um tempo trabalhando sozinha. E depois o Jorge [Furtado] e o Giba [Assis Brasil] trabalharam comigo na finalização do roteiro, dando assim um olhar mais crítico para o final. Não sei dizer quem me influenciou; sou bastante incutida na forma de trabalhar o roteiro, e a história vai te puxando, parece que ela exige algumas coisas e a gente tem que ficar atento a ela, o que é preciso para contar aquela história, quais são os elementos necessários. Isso me instigava a escolher essa história, que é adaptação de um livro, no qual 90% são as trocas de cartas entre o menino e o pai dele, troca de cartas e fotos, dois elementos nada cinematográficos. Mas, ao mesmo tempo, elementos que me davam a possibilidade de brincar com a linguagem cinematográfica. Então, além de a história ter um excelente argumento, tinha elementos que me instigavam a brincar com a forma de fazer cinema, e isso era algo que eu queria. Todos os meu curtas e trabalhos para televisão sempre têm esses elementos muito fortes, uma pesquisa de linguagem. Essa história tinha esses elementos. Agora, quem são e quem me influenciou a contar essas histórias, tem alguns cineastas que têm esse olhar, vários que eu poderia dizer, mas agora não me lembro. Qual a sua opinião sobre a comparação que alguns críticos fizeram entre o seu filme e Jules e Jim? Acho que qualquer história que tenha esse triângulo amoroso, e um pouco juvenil, tem muito do Jules e Jim, mas eu vejo que tem outras coisas ali também. Tem um pouco de A Última Sessão de Cinema, que conta a história de dois meninos que moram numa cidade muito pequena e querem ir embora, então um vai e o outro não vai. E vários outros filmes, como Conta Comigo, que também tem uma relação entre os meninos de como vai ser o futuro. Acho que tem referência a vários filmes, se a gente pensar no que a história tem, mas eu concordo que tem um pouco do Jules e Jim. Como foi a preparação dos atores jovens com pouca ou nenhuma experiência de cinema? Quando tu trabalhas com adolescentes, é muito fácil quando trabalha com atores profissionais, mas esses adolescentes não são atores profissionais. Então, tem que buscar nesses meninos um pouco dos próprios personagens, e a gente fez um trabalho de preparação que era deixá-los mais à vontade nas situações que o filme traz, nas relações com a câmera, para que eles pudessem ter o


frescor do adolescente e trazer isso para dentro do filme. Acho que a gente conseguiu. A gente trabalhou em uma oficina com a Ângela Gonzaga, que era atriz e preparou o elenco, e a Mina Spritzer. Fizemos com que eles se sentissem suficientemente à vontade para enxergarmos neles adolescentes de verdade, e acho que esse era o maior desafio. A descoberta do pai biológico poderia representar, para Daniel, um rito de passagem para uma nova consciência do mundo? Exatamente. O pai é o agente que traz para ele o outro mundo, através das cartas, através das fotos, através da vivência dele. É a busca desse pai, e a descoberta desse pai, e as fotos do pai, que fazem esse rito de passagem para que ele descubra o mundo maior que aquela pequena cidade de Pedra Grande. E é num rito de passagem através do olhar, através das fotos do pai, que ele começa a conhecer outras culturas e a fazer a relação dessas culturas com a cultura dele. Começa a olhar as coisas de uma forma diferente, olhar a cidade dele de uma forma diferente. Aquilo tudo por que ele passava todo dia, ele passa a olhar de verdade, ver aquelas casas, aquela escola, aquele lugar onde ele consertava a bicicleta, mas olhar de uma forma diferente, olhar de verdade. Isso o faz enxergar o mundo diferente.

Você acredita que os problemas enfrentados pelos seus personagens são comuns a toda essa geração? Acredito que eles são comuns a todos os adolescentes de qualquer época. Eu tenho tido a experiência de levar o filme a vários lugares. Tive uma discussão com vários jovens em Paris. Foi bárbara, porque eu estou contando uma história que se passa numa pequena cidade do Rio Grande do Sul e o sentimento que move o adolescente, apesar de as histórias serem diferentes, é o mesmo. Em conversas com adultos, acho que o filme também os pega, tanto por essa relação de reconstrução com o pai, mas também porque eles já foram adolescentes, já passaram por aquilo, já sentiram aquil. O adulto tem uma certa nostalgia. O adolescente de hoje identifica ali muitos sentimentos, o adolescente de cidade grande vai ter vivências diferentes, mas algumas das inquietações são as mesmas. E isso é muito bacana quando você trabalha um universo que transcende a épocas, gerações e lugares. Quais são seus planos? Tenho dois projetos de longas que estou querendo desenvolver. Ainda não consegui ter tempo, pois neste ano fiquei muito envolvida com o lançamento do Antes que o Mundo Acabe e com a realização de Mulher de Fases [série produzida pela HBO que será lançada em 2011]. Tenho outros projetos para televisão e cinema. Acho que vou ter bastante trabalho nos próximos meses. E acho que 2011 será um bom ano para o audiovisual brasileiro.

antes Que O MundO aCaBe (BRA, Cor, 2009, 102’) Imagem – Cinema Nacional – 10 anos De: Ana Luiza Azevedo Com: Eduardo Cardoso, Murilo Grossi, Caroline Guedes Daniel, de 15 anos, está mergulhado em seu pequeno mundo, com problemas que parecem insolúveis: uma namorada que não sabe o que quer, um amigo que está sendo acusado de ladrão. Por meio de cartas e fotos enviadas pelo pai, que nunca conheceu e já nem lembrava que existia, Daniel descobre que o mundo é bem maior do que até então imaginava. Comentário: Baseado no livro homônimo de Marcelo Carneiro da Cunha, Antes que o Mundo Acabe acumula vários ritos de passagem em seu enredo: a primeira desilusão amorosa, a entrada para a vida adulta, a descoberta da sexualidade. Ana Luiza Azevedo estreia na direção de longas metragens – ela já havia trabalhado como roteirista e diretora-assistente em diversos projetos da Casa de Cinema de Porto Alegre – com uma história delicada e emocionante, que faz referência a vários filmes sobre juventude em transformação. A diretora se utilizou de atores estreantes, que haviam participado de oficinas de atuação ministradas por Ângela Gonzaga, o que traz um ar de inocência e frescor. Sem perder o toque regionalista (há várias referências ao Rio Grande do Sul, como as paisagens, o sotaque e a cultura), ela consegue narrar uma história universal.

serviço

locação

venda

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DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á além de apresentar DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á importantes DOCUMENTÁRIO OC centros doÁNordeste, OCU O DOCUMENTÁRIO Á Trabalhar na DOCUMENTÁRIO Pedra, de 1972, Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO ÁExtras: Documentário DOCUMENTÁRIO Á depoimentos de personalidades da cultura popular DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á Campos e Oswaldo OCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO OCU Á deODileny DOCUMENTÁRIO Á Caldeira. nordestina, como e Elba Ramalho. DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á Dominguinhos DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO OC OCU Á O DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO OCU Á O DOCUMENTÁRIO Á OCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á 1ª semana DOCUMENTÁRIO OC OCU Á O CUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO OC Á O DOCUMENTÁRIO DOCUMENTÁR Á IDOC OOC DOCUMENTÁRIO DOCUMENTÁR N Á ÁRI RI IO OOCDOCUMENTÁR O OCUMENTÁRIO CUMENTÁRIO DOCUMENTÁRIO OCUMENTÁR OCU ÁRI Á RI IO OOCU DOCUMENTÁRIO DOCUMENTÁRIO ÁORI IO DOC DOCUMENTÁRIO EN Á ÁRIO RIO RI IO DOCUMENTÁRIO OCDOCUMENTÁR DOCUMENTÁRIO DOCUMENTÁ ÁRIO DOCUMENTÁRIO DOC OCDOCUMENTÁR DOCUMENTÁRIO E Á ÁRIO RIO DOCUMENTÁRIO OCDOCUMENTÁR DOCUMENTÁRIO OCDOCUMENTÁ OCUMENTÁRIO OC CUMENTÁRIO Á I RIDO DOCUMENTÁRIO D OC OCUMENTÁRIO Á RIDO DOCUMENTÁRI DOCUMENTÁRIO DOCUMENTÁRIO D OC OCUMENTÁRIO Á I RIDO DOCUMENTÁRIO DO OCUMENTÁRIO OC C CUMENTÁRIO CU Á O DOCUMENTÁRIO DOCUMENTÁRI DOCUMENTÁRIO D OC OCUMENTÁRIO Á RIDO DOCUMENTÁRIO RIDO DOC OCUMENTÁRIO Á I RID DOCUMENTÁRIO DOCUMENTÁRI DO OCUMENTÁRIO OC O CU CUMENTÁRIO Á O DOCUMENTÁRI DOCUMENTÁRIO DOCUMENTÁRIO RIO OCU OCUMENTÁRIO Á O DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO OC Á O DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO OCU Á O um Sopro DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO ÁA Vida deDOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á (2007) DOCUMENTÁRIO OC OCU Á O DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO OCU Á O DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO OC Á O DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO OCU Á O DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO OC OCU Á O DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO Á DOCUMENTÁRIO OCU Á O VEJA MAIS oscar niemeyer

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CSI Miami 3ª Temporada Vol. 3

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A Bela e a Fera – O Mundo Encantado da Bela

Tô de Férias 2

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(Beauty and the Beast: Belle’s Magical World, EUA, 1998, 92’) Walt Disney – Livre De: Cullen Blaine, Dale Case, Daniel de La Vega, Barbara Dourmashkin, Bob Kline, Burt Medall, Mitch Rochon Com: Jeff Bennett, Robby Benson, Jim Cummings (vozes)

2ª semana

Hannah Montana 3ª temporada

Cocoricó – Júlio na Cidade 2

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Como Cães e Gatos 2

(Cats & Dogs: The Revenge of Kitty Galore, EUA/AUS, 2010, Cor, 82’) Warner – Livre De: Brad Peyton Com: James Marsden, Nick Nolte, Christina Applegate, Bette Midler (vozes) 4ª semana

O Bicho Vai Pegar 3

(Open Season 3, EUA, 2010, Cor, 90) Sony – Livre De: Cody Cameron Com: : Ciara Bravo, Charlie Bright, Cody Cameron (vozes) 4ª semana


Entrevista exclusiva I

Tatiana Issa e Raphael Alvarez

DESBUNDE!!!

Direto de Nova York, onde moram há quase 10 anos, os diretores Tatiana Issa e Raphael Alvarez concederam uma longa entrevista para a Revista 2001. Veja a versão completa dessa entrevista no nosso site: www.2001video.com.br Vocês dois moram em Nova York. Ambos já haviam trabalhado como atores no Brasil. De onde surgiu a ideia de fazer um documentário sobre um assunto tão específico da cultura brasileira? Tatiana Issa – Fomos atores por muitos anos no Brasil. Começamos a carreira muito cedo, e moramos em Nova York há muito tempo: o Raphael, há 18 anos; eu, há oito. Nós somos muito amigos há anos, trabalhamos juntos no teatro, e nos conhecemos em bastidores de novela. Aí, vim visitar o Raphael aqui em Nova York e decidimos abrir uma produtora para filmes, documentários, que levassem para o exterior outra imagem do Brasil que não estivesse ligada a Carnaval, violência, futebol; que mostrasse outros lados da cultura brasileira e o quão rica ela é. Eu falava com pessoas da minha idade e ninguém conhecia o grupo, ninguém tinha ouvido falar deles. Isso sempre me incomodou. E já era um plano nosso, da produtora, fazer um filme sobre o grupo, mas estávamos em outro projeto na Amazônia e sempre adiamos e adiamos. Raphael Alvarez – A imagem da cultura brasileira ainda era muito ruim no exterior. Foi uma sorte ter essa história para ser contada, essa memória de criança da Tatiana e poder resgatar isso. Desde pequena ela falava sobre o Dzi Croquettes, mas ninguém conhecia, pelo menos da nossa idade. Então, fomos para o Rio de Janeiro filmar cinco entrevistas, só com os Dzi originais e que estavam vivos. Uma coisa levou a outra, uma pessoa falou para outra, e a gente acabou se vendo com 40 depoimentos em dez dias. Tudo aconteceu muito rápido. Vocês tiveram um grande trabalho de pesquisa? Como se deu o processo de resgatar imagens de arquivo do grupo? RA – Pesquisamos no Rio de Janeiro, no Arquivo Nacional, no Arquivo Estadual, e não tinha nada. Encontramos algumas fotos, mas nada do grupo atuando. Conseguimos alguns vídeos em preto-e-branco com a Norma Bengell, que eram muito poucos, e que não eram deles em cena; eram cenas de bastidores, de um hotel da época. Também achamos imagens dos anos 1980 com o Marcos Bonisson, que fez entrevistas com os Dzi depois que alguns deles já haviam falecido. Isso foi muito bom para mostrá-los no dia-a-dia, mas não tinha nada deles no palco. Tudo o que você vê no filme, das imagens deles no palco, é de uma fita só; conseguimos de uma televisão alemã que os filmou em 1975, em Paris, durante uma semana. TI – Estávamos lidando com uma história em que todos os 45 entrevistados tinham uma memória perfeita. Eles lembravam todos os detalhes da história, do grupo

musical, da roupa, da música, do texto que era dito. Nós nos víamos com entrevistas muito ricas, mas sem imagens para poder ilustrálas. Conseguimos muito material com os remanescentes. Fomos procurar no Brasil e ficamos chocados ao perceber que não havia nenhuma imagem de arquivo do Dzi Croquettes. Não sabemos se foi tudo apagado ou se não era permitido filmar o espetáculo, porque a Ditadura considerava o grupo subversivo. Qual foi o critério escolhido para selecionar os entrevistados? TI – Não teve muito critério, para ser honesta. Íamos entrevistar somente os cinco Dzi Croquettes remanescentes, para o desenvolvimento futuro do documentário, para guardar. Mas virou uma bola de neve. Quando chegamos ao Brasil e vimos que tinha começado o boca-aboca, as pessoas nos procuravam e procurávamos outras pessoas que iam sendo citadas. Então, algumas pessoas começaram com “eu quero dar o meu depoimento”, e indicaram outros. RA – Tínhamos uma relação de perguntas para fazer para cada entrevistado, sobre o espetáculo em si, sobre cada um deles. Já que não havia um trabalho de pesquisa perfeito antes, íamos apresentar isso por meio das entrevistas, fazendo um balanço de cada um dos Dzi, quem era mais próximo de quem, quem era mais amigo de quem, para pegar a descrição de cada membro. TI – O que nos ajudou muito foi já ter uma espinha dorsal pronta. Fizemos um roteiro muito preciso, de como queríamos contar aquela história e por onde contá-la. Queríamos falar do momento histórico brasileiro, da importância deles para o movimento gay, para a música, para a dança, para o teatro, a importância do Lennie Dale. Isso nos ajudou a organizar as entrevistas e também os entrevistados, para explicar partes importantes do roteiro. Como vocês veem os prêmios recebidos tanto no Festival do Rio quanto na Mostra de São Paulo, em 2009? TI – Foi uma surpresa absurda. É importante dizer que fizemos esse filme sem patrocínio, por vários fatores: fizemos correndo, uma coisa totalmente por acaso, um projeto que atropelou outro projeto que estávamos fazendo, então o tempo de planejamento foi muito curto; e também pelo fato de o documentário permear assuntos delicados. Precisamos carregar equipamento em ônibus, com uma galera jovem que topou fazer o filme nesses moldes. Fora isso, eu e o Raphael fizemos praticamente tudo sozinhos. Com as filmagens prontas, não sabíamos quais rumos dar ao documentário. Enviamos um DVD para o Paulo Mendonça [diretor do Canal Brasil], esperando que ele apontasse um caminho e desse uma opinião positiva. Ele amou o filme, e o Canal Brasil entrou como coprodutor, nos possibilitando a finalização técnica para que ele pudesse ser exibido em tela de cinema. Vimos inteiro pela primeira vez na sessão da noite no festival, como todo mundo. Uma sessão linda, uma choradeira impressionante, o Cine Odeon [tradicional sala de cinema carioca onde ocorrem as


principais exibições do Festival do Rio] lotado, com várias pessoas emocionadas. A nossa surpresa ao ganhar os dois prêmios, do voto popular e do júri oficial, no Festival do Rio, com a mesma coisa se repetindo na Mostra de São Paulo [onde o longa recebeu o prêmio Itamaraty, o que proporcionou sua carreira internacional], foi muito mais do que a gente podia esperar, e começou a se repetir. O documentário tem um tom muito pessoal e didático. O propósito de vocês era atingir o público que já conhecia o Dzi, ou aqueles que não haviam tido contato com eles? RA – Nossa meta era contar a história deles. Não tínhamos a pretensão de emocionar, ou de fazer o filme para um público específico. Nossa pretensão era contar essa história da melhor maneira possível. A grande recompensa foi ter atingido o maior número de pessoas possível. Sabíamos que quem tinha conhecido o grupo iria se emocionar ao revêlo no cinema, com eles falando, com as imagens deles dançando. Ao mesmo tempo, as gerações mais jovens também entenderam a história deles, a importância do grupo; foi criado quase que um movimento nas redes sociais por causa do filme. Soubemos que estão ensinando o Dzi Croquettes, a importância e o legado deles para a cultura brasileira, em algumas faculdades. Ter atingido um público tão grande foi o grande prêmio para nós dois. TI – Hamburgo foi emocionante. RA – Realmente, naquela cidade é onde estavam as fitas com as imagens de arquivo. A reação foi muito impressionante, a platéia foi ao delírio. Umas cinco pessoas com amigos no Brasil, e que contaram sobre o filme, apareceram maquiadas no meio da Alemanha, fizeram camisetas do filme. É muito interessante perceber que o documentário gerou esse movimento em volta dele. As pessoas saem da projeção com uma

nostalgia incrível, de uma coisa que a maioria deles não viveu. TI – O filme tem emocionado de uma forma que vai além do que esperávamos. Não sabíamos que a platéia jovem iria se emocionar dessa maneira, em países diferentes, e platéias que não têm a menor ligação. Exibimos o filme recentemente em Bangcoc, e a platéia foi à loucura. Assim como na Sicília, em uma ilha com uma cultura totalmente diferente da nossa, de repente, o filme emocionou todos aqueles sicilianos de um aspecto que não podíamos imaginar. Achávamos que eles nem mesmo iriam entender aquilo, muito menos se relacionar. Tem sido uma surpresa enorme que sentimos ao longo desse ano por onde levamos o filme.

dZi CROQuettes

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(BRA, 2009, Cor e P&B, 110’) Imovision – 3ª Semana – 10 anos De: Tatiana Issa, Raphael Alvarez A trajetória do irreverente grupo carioca Dzi Croquettes, que marcou o cenário artístico brasileiro nos anos 1970. O conjunto contestava a ditadura por meio do deboche e da ironia, e defendia a quebra de tabus sociais e sexuais. Comentário: Narrado por meio de imagens de época, comentários de artistas (entre eles Marília Pêra, Betty Faria, Liza Minelli, Mielé e Elke Maravilha) e depoimentos de integrantes ainda vivos da trupe, o documentário conta a história de um dos marcos artísticos brasileiros dos últimos 40 anos. O Dzi Croquettes foi um grupo teatral formado por Leannie Deale e Wagner Ribeiro, no Rio de Janeiro, que ajudou a formar o teatro “besteirol”. O Dzi, como o grupo era conhecido, chegou a fazer apresentações em Paris, e acabou por influenciar toda uma geração de artistas ligada ao teatro brasileiro. Tatiana Issa, co-diretora do longa, é filha de Américo Issa, que foi cenógrafo do Dzi. No mesmo ano, ganhou os prêmios de melhor documentário pelo júri popular e especial do júri no Festival do Rio, e os prêmios do público e do júri de documentários na Mostra Internacional de São Paulo.



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MaRia BethÂnia – aMOR, Festa e devOçãO Biscoito Fino - 2010 De: Andre Horta, Lizanne Paulo Com: Marla Bethânia Já disponível

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Platina - 1974 De: Jacques Rivette Com: Juliet Berto, Dominique Labourier, Bulle Ogler

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Imovision - 1960 De: Jacques Donlol-Vacroze Com: Bernadette Lafont, Françoise Brion, Alexandra Stewart

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