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GJ;1 „ X _fiX [\ X^`i gam o que disserem, o PSD ficou vacinado por muitos e bons anos quanto a vĂĄrias das suas receitas ideolĂłgicas. Neste quadro emocional provou-se que quem nĂŁo ĂŠ de afetos e de memĂłria poucas saudades deixa na hora da saĂda. E que os de fora, nĂŁo conhecendo a verdade toda, sĂŁo os mais transparentes e coerentes. Mas, e agora? O que pode e deve acontecer? A bem de Portugal, dos portugueses e do PPD/PSD? Desde jĂĄ, o pior que pode acontecer ao PSD ĂŠ entrar na voragem de nĂŁo discutir o que correu mal. E iludir-se. E tecer loas ao que correu bem. A acontecer, serĂĄ enfiar a cabeça na areia. Essa discussĂŁo tem de ser feita. Doa a quem doer. O PSD nĂŁo pode seguir em frente sem a fazer. Constatando o Ăłbvio.
Todo o poder Ê uma conspiração permanente. ?fefi„ [\ 9XcqXZ
esde a noite do dia 1 de outubro, em consequĂŞncia das eleiçþes autĂĄrquicas, o paĂs polĂtico e o paĂs nĂŁo polĂtico ficaram a saber que o PSD iria ter de mudar de vida, a vĂĄrios nĂveis. A saber: liderança, estratĂŠgia e, muito provavelmente a curto e mĂŠdio prazo, prioridades internas e externas – que, no seu conjunto, implicam um novo ciclo polĂtico que permita a este partido polĂtico reganhar a confiança dos portugueses. Ao contrĂĄrio do esperado, o presidente do PSD e ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho (por coincidĂŞncia, um dos militantes que consecutivamente exerceram funçþes de liderança durante mais anos), decidiu nĂŁo se recandidatar Ă liderança, invocando razĂľes de ordem polĂtica derivadas dos resultados eleitorais.
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esde esse anĂşncio, propositadamente, muitos de nĂłs temos procurado nĂŁo intervir no espaço pĂşblico e mediĂĄtico. Por vĂĄrias razĂľes – e por respeito a essa decisĂŁo. E por entendermos que ĂŠ Ăştil, para o paĂs e para o PSD, nĂŁo haver precipitaçþes. É importante nĂŁo matar um debate que se impĂľe como urgente: saber o que, afinal, correu mal. Saber por que razĂŁo o PSD se divorciou tanto do paĂs real, depois de -- com grande esforço e impopularidade -ter salvo Portugal e os portugueses da bancarrota. Contrariando o vaticĂnio do PS e dos seus atuais parceiros de Governo, que apostavam num segundo resgate e (quase) numa saĂda do euro, com as consequĂŞncias negativas que daĂ adviriam para o paĂs nos planos polĂtico, social e econĂłmico.
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esde que Pedro Passos Coelho anunciou a sua nĂŁo recandidatura ao PSD, o que temos tido, apesar do nosso silĂŞncio
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atento? Algumas coisas que nos devem fazer refletir. Desde logo, com pouquĂssimas exceçþes (muito poucas, hĂĄ que registar), ninguĂŠm pediu a Passos Coelho para reconsiderar. NinguĂŠm pediu, organizou ou criou uma vaga de fundo para que reconsiderasse a sua decisĂŁo. NinguĂŠm procurou que repensasse continuar lĂder do PSD e, consequentemente, lĂder da oposição. Ao contrĂĄrio do que aconteceu no passado com lĂderes e lideranças carismĂĄticas – como, por exemplo, AnĂbal Cavaco Silva. Com iniciativas pĂşblicas e mediĂĄticas de nomeada. Com movimentos de milhares de militantes a pedir que nĂŁo saĂsse da liderança. E, neste tempo, ĂŠ o que temos de constatar. Para talvez mais tarde recordar. Porque muitos dos que na segunda metade da sua liderança ‘existiram’ politicamente Ă sua conta, nem uma palha mexeram para a sua continuidade.
ais curioso ainda ĂŠ verificar que quem lhe teceu mais elogios foram nĂŁo militantes do PSD – jornalistas nuns casos, analistas e comentadores noutros, que o reconheceram como um liberal coerente, um defensor dos mercados, da sociedade aberta, dos poderes regulatĂłrios, etc. Quase todos – justiça lhes seja feita – em coerĂŞncia, continuando a defender que o papel do PSD no paĂs deverĂĄ ser uma espĂŠcie de partido liberal, muito prĂł urbano, na tradição do Partido Liberal AlemĂŁo. NĂŁo sendo despiciendo destacar que muitos deles, embora nĂŁo sendo militantes do partido, muito influenciaram Pedro Passos Coelho, estratĂŠgica e programaticamente.
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oram, têm sido, na pråtica (com poucas outras exceçþes), os únicos a acusar a sua orfandade. AtÊ porque muitos deles, apesar de conhecerem apenas Portugal pela internet, jå perceberam o que aà vem. Ou seja, di-
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O Governo socialista da ‘geringonça’ parlamentar quer fazer alteraçþes ao regime jurĂdico para os residentes habituais. Dentre elas, destaca-se o fim da isenção fiscal para cidadĂŁos de outros paĂses. É um erro, que a acontecer se pagarĂĄ muito caro. Portugal tem ganho, e muito, com o regime jurĂdico em vigor. AlterĂĄ-lo a reboque de pressĂľes ou da extrema-esquerda – ou de alguns paĂses do norte da Europa – nĂŁo faz qualquer sentido.
O relatĂłrio ‘Tax Administrator 2017’, da autoria da OCDE, vem confirmar que o nosso paĂs (o nosso fisco) ĂŠ dos que mais perdem em matĂŠria de litigância fiscal. Ou seja: os tribunais portugueses tĂŞm vindo a dar cada vez mais razĂŁo aos contribuintes, em detrimento da Autoridade TributĂĄria. Parece assim nĂŁo fazer sentido o excesso de litigância que o fisco portuguĂŞs impĂľe aos cidadĂŁos.
s portugueses estĂŁo reconhecidos ao PSD por ter mandado embora a troika. Mas jĂĄ nĂŁo querem esse PSD. Querem outro. Diferente. Sobretudo na sua relação com vĂĄrios setores da sociedade portuguesa. DaĂ que faça sentido que, na definição do seu novo ciclo polĂtico, na sua relação com Portugal e com os portugueses, nĂŁo se deixe enredar em discussĂľes estĂŠreis, discutindo apenas o acessĂłrio e nĂŁo o essencial. Os que estiveram, como nĂłs, sempre em coerĂŞncia e com muita convicção, no tempo mais difĂcil que foi o da troika, exigem elevação, propondo um caminho diferente no tempo devido e de modo prĂłprio. O regresso Ă nossa matriz social-democrata, com um projeto mobilizador, esclarecido e aberto a todos os portugueses e a todas as portuguesas. Como disse, e bem, Rui Rio esta semana. É hora de agir! Por Portugal, pelos portugueses e pelo PSD, na tradição do PPD/PSD de Francisco SĂĄ Carneiro. Em tudo. E nĂŁo sĂł na apropriação indevida do folclore e nas controvĂŠrsias polĂticas.
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