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ADRIANA GAMBARINNI

Entre paredes de madeira desgastadas pelo tempo, encontro o abraço acolhedor das memórias que se entrelaçam com o aroma do café coado e o tilintar dos talheres na mesa farta. Na "Casa da Vó", a purezadainfânciasemisturacomashistóriassussurradaspelasparedeseossorrisosguardadosnas fotografias antigas. Cada canto é um portal para o passado, onde os sons dos passarinhos e a brisa suavemelevamdevoltaaumtempoemqueasimplicidadeerasinônimodefelicidade

ADoceMorada:UmaJanelaparaaNostalgia

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A obra “Casa da Vó” é um convite para adentrar nas profundezas da memória, onde os tons quentes se entrelaçam em uma sinfonia de afeto e lembranças. No centro do quadro, a figura da avó, serena eenvoltaemluz,ocupaseulugaràfrentedeumajanelaqueseabreparaodeslumbrantepôrdosol. É como se a própria natureza pintasse a moldura dessa cena, realçando a harmonia entre o ser humanoeoambientequeocerca.

Ao lado da janela, um guarda-louças com cristaleira guarda segredos e tesouros de uma vida inteira. Cada peça, cada objeto, carrega consigo a história de gerações, transmitindo a herança cultural e afetiva que moldou a trajetória familiar. É um convite a explorar a riqueza contida nas pequenas coisas, nos detalhes que permeiam nosso cotidiano e que ganham significado especial dentrodasparedesdessacasadopassado.

O vaso com plantas, símbolo da vida que pulsa, traz um frescor à composição e estabelece uma conexão profunda com a natureza. As plantas, como guardiãs silenciosas, testemunharam momentosdealegria,tristeza,crescimentoerenovação,fazendopartedateiadeexperiênciasque moldaram a existência daquele lar. Elas nos lembram da importância de cultivar e preservar nossa relaçãocomomundonatural,fonteinesgotáveldeinspiraçãoeequilíbrio.

“Casa da Vó” é um convite para mergulhar nas memórias afetivas, para reencontrar a inocência e a simplicidade que permeavam aqueles espaços. É uma ode à figura da avó, guardiã dos laços familiares e depositária de sabedoria ancestral. Por meio dos tons quentes que envolvem a composição, somos levados a sentir o calor humano que preenchia cada cômodo daquela morada, onde a felicidade se manifestava nos detalhes e o tempo parecia transcorrer em harmonia. Essa obra é um testemunho visual da força dos laços familiares, do legado que carregamos e da eternidadedasmemóriasquenosmoldamcomosereshumanoseconstroemanossaidentidade.

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