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ALIXA
S R I E C O R P U S S E N S O R I U N S
Sob o conceito de corpus sensoriuns, sigo a iconologiadosfatosamazonianosquemerevelam, nos corpus dos nativos amazônicos, as correspondênciassimbólicasquesemesclamcom a floresta Dessa metamorfosse cultural surgem a fé nos mitos, a força, os poderes que estão presentes nos nomes das pessoas que habitam a floresta. Elas pintam seus corpos para empunhar uma crença, estabelecer elo com os tipos de alimentos que consomem, fazem das festas a brincadeira e o sustento espiritual, que os rituais são essencialmente coerentes com o seu modo de vida e tantas outras coisas importantes.
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Pinto com o filtro conceitual e ideológico, isso me permite alcançar um grau de abstração que mexe com meus sentimentos, faz eu escolher uma paleta de cores que se aproxima com o espírito da floresta Esse desejo de manter a linha coerente com o discurso pictórico é o desafio da minha poesis, nesse caso de conseguir p i n t a r o s c o r p o s s e m t o c a r n e l e s .
«Xingú»: As TramasCulturaisAmazônicas
Esta coleção é presente e se desenvolve na perspectiva de promover o invisível na superfície do sensível na tela. Não vejo outro modo de fazer isso sem a força viva; preciso ao mesmo tempo me distanciar, para não ser parte do clichê iconográfico, e me aproximar para poder ter certeza de que estou conseguindo entender o desafio do corpo ecológico incoporado na ideia central do conceito pressuposto
Para o público isso toma duas trilhas estéticas: uma que vai exigir que pense mais do que o habitual; e a outra é o encontro com a visualidade que encanta É um propósito e ao mesmo tempo uma armadilha Posto que, o público ao se entregar, domesticamente,à visualidade se trai pelo prazer e apenas o ser não é suficiente para conseguir ir além da superfície revelada, ler é a de tudo ter; o outro aspecto é que sem nenhum entendimentopode-semorrerdetédioou euforia, por não se saber o porquê de tudo isso.
A obra intitulada "Xingu" nos transporta para um mergulho profundo nos fatos amazônicos, revelando uma iconologia simbólica que se entrelaça harmoniosamente com a floresta. Através de rituais, mitos e pinturas corporais, o artista constrói uma narrativa de constante metamorfose cultural, convidando-nos a refletir sobre a força das crenças e dos nomes. Com uma paleta de cores cuidadosamente escolhida, a obra desafia-nos a ir além do prazer estético, promovendo a contemplação do invisível no visível, e nos envolvendo em uma experiência que revela camadas profundasdesignificado
"Xingu" é um convite à imersão na essência amazônica. Ao explorar as trilhas estéticas entre o encanto visual e a reflexão profunda, a obra desafia-nos a decifrar seus enigmas, indo além das superfícies reveladas. É um convite para transcender o mero prazer e buscar compreender os fundamentos subjacentes, desvendando os segredos ocultos da cultura amazônica. Nessa dança entre o visível e o invisível, "Xingu" nos conduz a uma jornada enriquecedora, conectando-nos com a forçalatenteeosmistériosencantadoresdessajornada.
Adriana Scartaris