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ANGELA CANABRAVA B e JU CANABRAVA

Esta imagem apresenta as metamorfoses de uma vida. Ao centro, a personagem surge como uma menina aos 16 anos, cheia de sonhos, delicada e frágil, protegida pelos pais e pelo colégio interno. À sua direita, o espelho mostra a jovem pronta para ser esposa e mãe Com coragem, enfrenta a sua jornada. Suas companheiras são a arte em cerâmica e a disposição de se doar por inteira. A imagemnoespelho,seuconstantecompanheiroe confidente, traz as marcas do tempo, impossíveis de evitar À esquerda, na maturidade, vê-se nela a fragilidade em que não se reconhece. Literalmente, perde a conexão com a realidade queacerca

O esquecimento das dores talvez a proteja das marcas do passado A composição do quadro remete assim aos fragmentos de um espelho quebrado, constituindo uma imagem que evoca o mosaico vivencial da existência Perante a inevitávelpassagemdotempo,astransformações físicas e psicológicas são inevitáveis. O conjunto evoca os versos “Em que espelho ficou perdida a minha face?”, de Cecília Meireles, que a mulher aqui simbolicamente retratada declamava sempre

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AngelaCanabravaB

«OEspelho»:UmRetratodaEfemeridadeeTransformação

A obra de arte intitulada "O Espelho" mergulha nas profundezas da efemeridade e das transformações que permeiam a existência humana. Mediante uma composição visual intrigante, somos convidados a contemplar a jornada de uma vida, capturando momentos marcantes e reflexivos.

No centro da obra, deparamo-nos com uma jovem aos 16 anos, radiante de sonhos e delicadeza. Ao seu lado, o espelho reflete a imagem dessa mesma jovem, porém pronta para enfrentar as responsabilidades da vida adulta, embarcando na jornada matrimonial e materna. É um retrato de coragemedeterminação,ondeapersonagemsepreparaparadesbravarnovoshorizontes.

Contudo, ao examinarmos a parte esquerda da composição, somos confrontados com a figura de uma mulher madura, que não se reconhece mais na vulnerabilidade que a envolve Ela parece desconectar-se da realidade ao seu redor, esquecendo as dores que a acompanharam ao longo da sua trajetória. A imagem evoca a fragilidade da memória e a inevitabilidade das transformações físicasepsicológicasqueotempoimpõe

A composição do quadroremete à fragmentação de um espelho, formando uma imagem que reflete omosaicovivencialdaexistência.Éumaobraquenosinstigaarefletirsobreafugacidadedavida,os estágios transitórios pelos quais passamos e as mudanças que moldam nossa identidade ao longo do tempo As artistas capturam a complexidade humana, convidando-nos a questionar a nossa própriajornadaeaconfrontarasdiferentesfacetasquenoscompõem.

Scartaris

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