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VITÓRIA BARROS
Minhas pinturas em mista e óleo sobre tela são parte da série LABIRINTOS DA FAUNA, em que proponho falar pelos animais da mata ciliar. A minha vontade é atrair olhares sensíveis para esse berço de biodiversidade, mas que também é palco de acontecimentos dramáticos, o s q u a i s s e m p r e fi c a r a m f o r a d a percepção, docotidianoedosinteressesurbanos. Um assunto alheio para muitos e que padece da falta de zelo e de cuidados de cunho educativo em favor dos ambientes naturais. Portanto, carente de uma ampla perspectiva visual estruturada na delicadeza do olhar compassivo, amoroso e contemplativo do espectro de beleza nativa, nesse caso, especificamente, dentro d a es tét i c a To c a n t i n a /A m a z ô n i c a, no entendimento de que o habitat ciliar é insubstituível nessa zona de fronteira aquífera de floraedefauna.
Crieiformasecoresemumcontextoonírico,talvez curioso, para falar sobre a dramaticidade subjacente a esses labirintos de vidas silvestre, em contínua situação extintiva, sem, contudo, apelar para as imagens constatadas de destruição,esimmostraraconchegoebem-estar, propositalmente É fato a constante disputa por lugares entre o universo da natureza e a construção dos espaços da cultura social. Minha intenção é expressar nessas obras um apelo sim, porém sem enveredar pelo discurso tão em moda, sobre as questões ambientais, mas com base no meu testemunho ocular de dor sobre os dramas contemporâneos situados nesse trecho da mata ciliar ligada ao lugar onde moro há 37 anos (Guará).
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Aqui o objeto artístico está inserido no imponente e complexo sistema ecológico no seio da região Sudeste do Pará, na margem do Rio Tocantins, na confluência do Rio Itacaiúnas na cidade de Marabá.
«LabirintosdaFauna»:UmChamadoàSensibilidadeeProteçãodosAmbientesNaturais
A pintura da série "Labirintos da Fauna" revela a busca da artista em dar voz aos animais da mata ciliar, em uma narrativa que desperta olhares sensíveis para a riqueza da biodiversidade e para os desafios dramáticos que muitas vezes passam despercebidos no cotidiano e nos interesses urbanos. Através de uma rica composição repleta de elementos, a obra mergulha no contexto estéticodas regiões do Tocantins e Amazônia, explorando o delicado equilíbrio do habitatciliar, que é insubstituível nessa região de fronteira aquífera. Com um apelo visual que transmite aconchego e bem-estar, a artista não apela para imagens de destruição, mas sim expressa seu testemunho oculardedordiantedosdramascontemporâneospresentesnessestrechosdamataciliar.
É um convite à reflexão sobre a constante disputa entre a natureza e a construção dos espaços da culturasocial,comumapeloporproteçãoepreservaçãodosambientesnaturais.Aobra,inseridano complexo sistema ecológicoda região Sudeste do Pará, na margem dos rios Tocantins e Itacaiúnas, carrega consigo não apenas uma preocupação ambiental, mas também uma expressão artística que visa transmitir o testemunho visual e emocional da artista sobre esses desafios contemporâneos.