Produção Escrita a partir de Roda Literária

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PRODUÇÃO ESCRITA A PARTIR DE RODAS LITERÁRIAS


ESPAÇO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA APLICADA À SALA DE AULA



ARGUMENTO Construído a partir da crônica O NARIZ, de Luiz Fernando Veríssimo.

Ele era um menino lindo! Moreno. Alegre e falante. Cheio de amigos. Inteligente. Bom estudante. Praticava judô. Todo dia depois da escola, jogava futebol com os amigos. Mas um dia, chegou em casa com uma capa de mágico! Nesse dia, a mãe achou interessante mais não reclamou. Ele estava feliz e ela era um doce! Mãe carinhosa. Cuidadosa. Alegre. Vivia dançando. Fazia parte de um bloco lírico! Mas, ele não tirou a capa! Usava todo dia. O dia todo! Almoçava com ela! Dormia com ela! Esperava a mãe lavar a capa e, a capa secar, para usar de novo! A mãe perguntou: Meu filhinho, porque você está usando essa capa agora? Ele disse “Porque sim! Eu ganhei!” Ela aconselhou: “Você é um rapazinho! Não é mais criança! A capa vai desgraçar a vida! Mas ele sempre dava um jeito de explicar e não tinha quem convencesse! Chegou a tia. Se espantou. Conversou com a irmã: “O que deu nele?”


Ficaram tristes juntas, uma consolava a outra. A tia saiu preocupada. “Isso não é normal, não!” Outro dia foi o amigo do peito. Ia chamar para jogar futebol, mas com aquela capa, não! “Você tem que escolher. Para ser meu amigo tem que tirar a capa! Não vou passar vergonha com você! Quero ser igual a todo mundo!” Ele ficou triste. Quis dizer que era o mesmo! A capa não mudava nada nele! Era o amigo de sempre. Mas não tirou a capa. Não jogou mais o futebol, ninguém deixava... Ele ganhou a capa por um merecimento muito justo: foi o aluno que mais leu os livros na biblioteca da escola! Seu professor, muito atencioso, percebeu o interesse e o premiou. Era um professor desses que parece mais um artista de tão bom! Embora não fizesse sentido pra ninguém, pra ela a capa era um grande tesouro!!

Até que num dia, andando de bicicleta na rua de casa, a capa saiu voando e ele continuou o mesmo, feliz da vida, andando de bicicleta! O tesouro estava guardado agora em seu coração!


Roteiro “A Capa” Roteiro produzido com base na releitura da crônica O Nariz de Luiz Fernando Veríssimo, pela turma do 4ª ano C da Escola Emídio Dantas Barreto Anexo CETEC. Texto Construído a partir da roda de literária com Professora Giselle coordenadora da BiblioTec. CENA 1 - INT. ACADEMIA DE JUDÔ – DIA Menino treina judô no tatame CENA 2 – EXT. ESCOLA DO MENINO/PÁTIO – DIA Menino joga futebol com os colegas CENA 3 – INT. CASA DO MENINO/SALA DE JANTAR – DIA Menino sentado à mesa já posta, começa a comer(vestido com a capa) CENA 4 – INT. CASA DO MENINO/QUARTO – NOITE Menino dorme em sua cama (vestido com a capa) CENA 5 – INT. CASA DO MENINO/ÁREA DE SERVIÇO – DIA Menino espera enquanto a mãe lava a capa CENA 6 – EXT. CASA DO MENINO/QUINTAL - DIA Menino espera sentado num banco enquanto enxuga pendurada no varal.

a

capa

CENA 7 – INT. MENINO/QUARTO – DIA Menino estuda(vestido com a capa). Mãe chega vê a cena e fica carrancuda.


“Filhinho, agora?”

por

que

MÃE você está

usando

esta

capa

MENINO “Porque sim! Eu ganhei!” MÃE “Você é um rapazinho! Não é mais criança! A capa vai desgraçar sua vida!” FILHO Cruza os braços “Como se a capa é um prêmio?!” Chega a tia vê o menino emburrado. Faz cara de espanto. TIA “O que deu em você, menino?” Menino sai da cena com cara de raiva. Mãe e tia ficam com ar de tristeza, enquanto a tia consola a mãe do menino. TIA “Isto não é normal, não?!” CENA 8 – EXT. PRAÇA – DIA Menino brinca e chega seu amigo AMIGO “Vamos jogar futebol. Mas só se for sem essa capa. Você tem que escolher. Para ser meu amigo tem que tirar a capa! Não vou passar vergonha com você! Quero ser igual a todo mundo!” Menino se afasta do amigo com semblante triste, cabisbaixo, falando sozinho.


MENINO “Continuo sendo o mesmo! A capa não muda nada! Sou o amigo de sempre.” Menino ainda triste chama outros amigos para brincar, mas todos o rejeitam. Menino brinca sozinho com sua capa. Começam a aparecer cenas de como ele ganhou a capa CENA 9 – INT. ESCOLA/BIBLIOTECA - DIA Menino lê. NARRADOR “Ele ganhou a capa por merecimento muito justo”. Foi o aluno que mais leu os livros na biblioteca da escola. Professor entrega a capa ao menino. NARRADOR Seu professor muito atencioso percebeu o interesse e o premiou. É um professor desses que parece mais um artista de tão bom. Embora não fizesse sentido pra ninguém, pra ela a capa era um grande tesouro. CENA 10 – EXT. PRAÇA – DIA Menino corre. A capa cai de suas costas e sai voando. Menino sorrir feliz. NARRADOR O tesouro agora está guardado em seu coração!

FIM


Poemas produzidos pelos estudantes com o tema Revolução Pernambucana

PALAVRAS CHAVES: Para REVOLUÇÃO - IRMÃO Para MOMENTO- TENTO

Para PAZ –CARTAZ ou CAPAZ Para REAL- IGUAL Para SOCIEDADE - IRMANDADE

POEMA: Venha cá, meu irmão, Vou contar um pouco do que eu sinto que é uma Revolução Pra mim foi um forte momento De querer mudar e dizer: eu tento! É isso o que é revolucionar na real Não dá pra mudar e ficar tudo igual E quando é mudança na sociedade Só se faz se tiver mesmo muita irmandade Eu acredito nessa força que muda, com esperança E vejo que ainda tem muita coisa para mudar, mesmo pensando como uma criança!


PALAVRAS CHAVES: Para Revolução- IRMÃO Para MOMENTO - SENTIMENTO Para PAZ- JAMAIS Para REAL - IGUAL

Para SOCIEDADE- IRMANDADE Para ESPERANÇA – CRIANÇA ou MUDANÇA ou BALANÇA Vamos falar, falar da revolução Aqui em Pernambuco foi um rápido momento Eu vou te dizer do meu sentimento Todo mundo queria mesmo era viver em paz Mas do jeito que a coisa tava, não dava, jamais! E a sociedade Fez uma irmandade Eles não queriam mais isso de corte imperial Tinha que ser todo mundo tratado de igual para igual Essa esperança Pesou na balança E com a união Ser independente foi vivido, era vocação Gritaram nas ruas os seus ideais Todos cidadãos, todos iguais E essa pequena transformação Eu guardo até morrer como inspiração!


POEMA

PALAVRA CHAVE: Para Revolução- canção


REVOLUÇÃO não é só lutar sem noção faz toda diferença, re-virada traz transformação. REVOLUÇÃO nasce no coração faz crescer uma esperança re-novada traz transformação Respeite a liberdade você e eu somos iguais lutamos para ter felicidade Nossa ação. REVOLUÇÃO É a vocação de todo pernambucano Gente que luta todo dia para ganhar o pão Gente que quer ser mais gente, mais humano Gente que brilha e dança transformando a luta em frevo-canção.


ARGUMENTO Um Sopro de Liberdade

Produzido a partir do tema Revolução Pernambucana de 1817 No aeroporto, João aguarda a chegada de Guilherme. João pensa no que vai mostrar do Recife para Guilherme. Guilherme chega e se abraçam. João diz: -Guilherme, vamos conhecer Recife, temos muitos lugares para apreciar! Minha cidade é linda! -Êitah! Como você é convencido! Você acha que tua cidade é linda, o povo é maravilhoso! Só quero ver! Saem rindo, com as malas de Guilherme. No marco zero eles vêm um grupo de estudantes dançando o frevo, sendo fotografados e se aproximam. -Que legal!?


-Recife tem um ritmo maravilhoso! Vocês estão fazendo esse registro por quê? Um dos estudantes responde: -Para um filme sobre a Revolução Pernambucana! O frevo é uma revolução como dança, ele mexe com tudo! Ele tira a gente do lugar! Seu corpo não é o mesmo depois de dançar o frevo! -

Ô,

João,

que

história

é

essa

de

revolução

pernambucana? Nunca escutei nada sobre isso! - Ah! Meu amigo, pois é? Você não sabe nada sobre ideias revolucionárias mesmo.... Pernambuco foi a primeira região do Brasil a declarar independência da tirania da corte portuguesa!! O Brasil nasceu aqui, como ideia e realidade! Vamos seguir essas sombrinhas de frevo, parece que eles sabem tudo sobre essa história! Estudantes rodam as sombrinhas andando pelo Marco Zero. João e Guilherme os seguem apontando alguns pontos turísticos.


ROTEIRO "Um Sopro de Liberdade" CENA I - INT. AEROPORTO - DIA Pedro avista Francisco e acena alegremente. Francisco anda em direção a Pedro e o abraça. PEDRO Como foi a viagem? FRANCISCO Muito boa, mas eu estava ansioso para chegar logo. Rever meus parentes que eu não vejo faz tanto tempo. PEDRO Você foi embora muito novinho. FRANCISCO Pois é, não me lembro de nada da cidade. Espero que você me acompanhe nesta visita. PEDRO O Recife é uma cidade linda. Vou gostar muito de mostrar a você. CENA II - INT. CARRO - DIA Pedro e Francisco estão sentados no banco de trás do carro. Eles estão passando pelo Av. Cruz Cabugá. Francisco olha pela janela e aponta surpreso. CÂMERA MOSTRA A PAISAGEM DA JANELA


FRANCISCO Eu reconheço esse lugar! PEDRO É o Cemitério dos Ingleses. FRANCISCO E aquele painel com desenho de soldados? Podemos vê de perto? PEDRO Podemos sim. Esse painel representa uma história que merece ser contada. Ele mostra que o povo pernambucano tem garra e coragem. CENA III - EXT. EM FRENTE AO MONUMENTO - DIA Pedro e Francisco estão em frente ao monumento. FRANCISCO E então, primo. Que história é essa tão interessante. PEDRO Essa é uma história de revolta e luta por liberdade. Conta como padres, maçons, militares e comerciantes se uniram para proclamar uma república independente. FRANCISCO Que massa! Eu não conhecia essa história. PEDRO Pouca gente conhece. A Revolução pernambucana de 1817 não era bem vista até pouco tempo.


FRANCISCO Entendo... Ela inspira a luta por democracia, justiça e igualdade. Faz a gente pensar e não se acomodar. PEDRO Como diz a música: Quem sabe faz a hora... FRANCISCO Mas hoje o Brasil é uma democracia novamente. Temos liberdade de expressão. Então você pode contar essa história sem medo. CENA IV - EX. MARCO ZERO - DIA Pedro e Francisco estão sentados no batente observando o mar. Pedro aponta para o mar enquanto fala. PEDRO Tudo começou com a chegada da família real e sua corte ao Brasil. Eles vieram de Portugal fugidos de Napoleão. FRANCISCO Mas o que isso tem a ver com a Revolução? CORTA PARA Pedro e Francisco estão sentados nas letras do nome RECIFE PEDRO O Governo de Pernambuco e de outras capitanias eram obrigados a bancar o luxo da corte real, enquanto os nordestinos sofriam com a seca.


FRANCISCO Que absurdo!!! CENA V - EXT. EM FRENTE AO SEMINÁRIO DOS PADRES DIA Pedro e Francisco andam pela Rua Bispo Coutinho Sítio Histórico de Olinda. PLANO GERAL, TOMADA POR TRAZ DOS ATORES FRANCISCO Continue Pedro, estou cada vez mas curioso. Quero saber o final dessa história. CORTA PARA PLANO DETALHE NOS PÉS CORTA PARA Pedro e Francisco Seminário de Olinda

estão

sentados

próximo

ao

PEDRO Foi aqui no Seminário de Olinda que floresceu a revolta. Para você ter uma ideia ela ficou conhecida também como Revolução dos Padres. FRANCISCO Eles sabiam o que estava acontecendo no resto do mundo. A Revolução Francesa, A Independência dos estados Unidos...


PEDRO Eles queriam que os ventos da liberdade soprassem no Brasil CENA VI - EXT. PONTE 6 DE MARÇO(PONTE VELHA) DIA Pedro e Francisco estão em pé junto à placa com o nome da ponte PEDRO Os revolucionários estavam se preparando tomar o poder na Semana Santa. Mas um esquentadinho antecipou tudo.

para cara

FRANCISCO Como assim?! PEDRO O governador ficou sabendo da conspiração mandou prender os líderes. As prisões começaram

e

no dia 6 de março de 1817. Tudo corria bem para ele até que... FRANCISCO Desembucha, primo!!! O que aconteceu? CENA VII - FACHADA DO QUARTEL DO REGIMENTO DE ARTILHARIA (DESENHO)- 6 DE MARÇO DE 1817 - DIA NARRADOR(PEDRO) Era um domingo tranquilo em Recife. Uma pessoa anda até a frente do quartel e espera.


NARRADOR(PEDRO) Manoel Joaquim Barbosa de Castro, brigadeiro português mandado pelo governador para prender O capitão José de Barros Lima nunca poderia imaginar, mas em algumas horas estaria morto. Um homem se aproxima do primeiro que já estava esperando na calçada. O segundo homem bate continência. BARROS LIMA Mandou me chamar, senhor? BARBOSA DE CASTRO Sim, o senhor está preso. Acusado conspiração contra a coroa portuguesa.

de

Barbosa de Castro se aproxima e estende a mão para Barros Lima. BARBOSA DE CASTRO Dê-me sua espada agora. Você é a escória deste país miserável. Como se atreve a se erguer contra teu rei? Barros Lima desembainha sua espada e enfia em Barbosa de Castro. Ele cai no chão morto. Pessoas correm pela rua e gritam alegremente PESSOAS Viva a pátria!!!! CENA VII - FORTE DAS CINCO PONTAS Pedro e Francisco estão sentados na escada.


PEDRO O governador se refugia no Forte do Bum, depois foge para o Rio de Janeiro. Os revolucionários instalam o governo provisório que toma várias decisões para garantir os direitos de cidadania e liberdades. FRANCISCO Mas eles não conseguiram continuar. PEDRO Os revolucionários procuram apoio em outras províncias e até em outros países. Mas quando os aliados chegam já é tarde demais, tropas do rei haviam bloqueado o porto. Os revoltosos são derrotados e presos Pessoas passam em fila por Pedro e Francisco. Na frente pessoas cabisbaixas com as mãos amarradas para trás são seguidas de perto por soldados que as escoltam PEDRO Só aqui no Forte das Cinco Pontas 150 pessoas foram presas. Os líderes da revolta foram assassinados. FRANCISCO Uma pena que durou tão pouco! PEDRO Mas os ideais de liberdade não morreram com os revolucionários. Pelo contrário a Revolução pernambucana inspirou muitas outras revoltas. FRANCISCO Estas lutas fizeram do Brasil um país livre e se uma república democrática FIM


Textos construídos a partir de Rodas Literárias sob a orientação da professora Giselle Silva. Depois de lido o texto os estudantes teceram comentários articulando com contextos da realidade. Refletiram e criaram novas personagens,

descreveram

e

registram

suas

características na oficina de teatro, atuaram com improviso no jogo dramático com a orientação do professor

Plínio

Maciel.

Depois,

escreveram

o

argumento com a professora Giselle. Posteriormente a equipe de cinema estruturou o roteiro.


UM PROJETO


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