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Índice
Dezembro de 2017 I Número 1
CAPA 1
Ozzy Osbourne - Scream
SHOWS 6
Agenda paranoid!: Shows confirmados para dezembro de 2017 a 2018
LIÇÃO
32 paranoid! Cifras: Stairway to Heaven (Led Zeppelin)
CURIOSIDADES
30 Shows cancelados em Fortaleza
ARQUIVO
8 Arquivo paranoid!: Grandes bandas e artistas que já tocaram em Fortaleza 26 Arquivo paranoid!: Iron Maiden em Fortaleza/Entrevista com o fã Renan Saraiva
PERFIL
10 Desafio de um músico de Rock na Terra da Luz: Entrevista com Vinícius de Abreu
ESPECIAL
19 Show de David Gilmour em São Paulo O relato de um fã incondicional
DESAFIO
28 Desafio da PlayList com Amanda Rotta
LANÇAMENTOS 9
Rock & Metal 2017 - Os melhores lançamentos do ano
EVENTOS 7
Festival Ponto.CE - História e arquivo de programações
LISTAS
12 Os 10 guitarristas mais subestimados da história do Rock 16 10 álbuns de rock/metal que você deveria ouvir antes de morrer
DEPARTAMENTOS 4 5
Editorial Equipe, Comunidade & Contato
editorial
paranoid!
Rock in Fortaleza! É
com imenso prazer e satisfação que escrevo o Editorial da primeira edição da paranoid! Magazine, a revista especializada em Classic Rock e Heavy Metal feita para você, roqueiro(a) fortalezense. A paranoid! nasceu a partir de um desejo de atender o público apreciador de rock e heavy metal na cidade de Fortaleza. Visando este seleto grupo com preferências para determinado estilo musical, a revista se propõe a contribuir com o cenário artístico e cultural da capital cearense, fornecendo conteúdo referente ao universo do rock local, nacional e internacional. Vejo em Fortaleza um potencial dentro do cenário do rock: Desde seu público apreciador, à bandas e artistas autorais, que seguem na luta e expectativa de conseguirem oportunidades e uma maior valorização não apenas da mídia local, como também das gravadoras e empresários do ramo musical. O que falar, então, das diversas bandas e artistas internacionais que já tocaram aqui? Ou de eventos locais que fazem pulsar o movimento rock na Terra da Luz? Ah, e a comoção generalizada dos fãs ao assistirem sua banda favorita em casa? Pois é, isso tudo acontece por aqui, mas ainda enxergo tudo de
Raphael Saraiva Evangelista Redator e editor-chefe 4
forma nebulosa. Por conta disso, resolvi criar este veículo midiático para que o público roqueiro de Fortaleza possa estar por dentro do que acontece no universo de seu estilo musical preferido. A paranoid! magazine leva para você notícias, entrevistas, reportagens especiais, análise e desafios, principais lançamentos, agenda de shows dentro e fora de Fortaleza, e muito mais! Nesta primeira edição, a paranoid! traz os os melhores lançamentos de rock de 2017, uma reportagem especial sobre o show de David Gilmour em São Paulo, o “Desafio da Playlist”, entrevista com o músico e jornalista Vinícius de Abreu, uma matéria de arquivo sobre o grande show do Iron Maiden em Fortaleza, listas, curiosidades, agenda atualizada de shows e 2 pôsteres fantásticos de David Bowie e Pink Floyd! Nosso compromisso, mais uma vez, é manter você informado acerca do mundo do rock e poder contribuir, da nossa forma, com o cenário artístico da capital cearense. Boa leitura!
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paranoid!
paranoid! Magazine: Equipe, Comunidade & Contato REDAÇÃO Editor: Raphael Saraiva Repórter: Raphael Saraiva Revisão de Texto: Raphael Saraiva Capa: Amanda Rotta FOTOGRAFIA Raphael Saraiva ADMINISTRAÇÃO Raphael Saraiva EDITORA Opus Rock Editora EQUIPE DE PUBLICIDADE Coordenação: Raphael Saraiva Arte: Amanda Rotta EDITOR E DIRETOR RESPONSÁVEL Raphael Saraiva DIAGRAMAÇÃO E IMPRESSÃO FINAL Expressão Gráfica: R. João Cordeiro, 1285 - Aldeota, Fortaleza-CE / Tel (85) 3464-2222 A paranoid! Magazine é uma publicação da Opus Rock Editora. A Opus Rock não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios de terceiros.
ENTRE EM CONTATO COM A PARANOID! MAGAZINE PUBLICIDADE Para anunciar na revista: E-mail: paranoid@anuncioparanoid@.com.br / Tel: (85) 31234567 ASSINATURA Serviço de venda/atendimento ao cliente: www.paranoidmagazine.com.br / Tel: (85) 31234567 Horário de atendimento Seg a Sex - 9h00 às 18h00 Sugestões, opiniões e críticas Editor-chefe: raphaelsaraiva@paranoidmagazine.com.br Site Oficial www.paranoidmagazine.com.br Correspondência Av Santos Dumont, 1111 - Bairro Papicu - 1000 - Fortaleza-CE 5
agenda
paranoid! Confira aqui os shows e eventos confirmados no Brasil para dezembro deste ano até maio de 2018
FESTIVAL SOLID ROCK - Deep Purple, Lynyrd Skynyrd
O evento Solid Rock, que chega ao país em dezembro desse ano, traz dois grandes nomes do rock internacional: Deep Purple e Lynyrd Skynyrd. As bandas fazem show em Curitiba (12), em São Paulo (13) e no Rio de Janeiro (15).
Para mais informações:
premier.ticketsforfun.com.br/shows/show.aspx?sh=SOLIRUMB
FOO FIGHTERS E QUEENS OF THE STONE AGE
O evento Solid Rock, que chega ao país em dezembro desse ano, traz dois grandes nomes do rock internacional: Deep Purple e Lynyrd Skynyrd. As bandas fazem show em Curitiba (12), em São Paulo (13) e no Rio de Janeiro (15).
Para mais informações:
ingressoscomprar.com/bilhetes-foo-fighters?gclid=EAIaIQobChMI0__wkIij1wIVFweRCh12xg-vEAAYAiAAEgJvYPD_BwE
LOLLAPALOOZA 2018
A edição 2018 do Lollapalooza Brasil está marcada para os dias 23, 24 e 25 de março, no Autódromo de Interlagos, com um lineup com mais de 100 atrações, entre eles Pearl Jam, Red Hot Chili Peppers e Imagine Dragons.
Para mais informações: www.lollapaloozabr.com/
STEVEN WILSON
Um dos principais nomes do rock progressivo atual, Steven Wilson, fará uma apresentação única no Brasil no dia 27 de maio, em São Paulo. A turnê de divulgação de seu último álbum To The Bone traz um apanhado generoso de toda sua carreira solo.
Para mais informações:
stevenwilsonhq.com/sw/tour-dates/
SHOWS EM FORTALEZA-CE HAMMERFALL
A banda sueca Hammerfall, uma das mais respeitadas do power metal, faz show pela primeira vez na capital cearense. O show está marcado para o dia 3 de dezembro deste ano, na casa de eventos Armazém.
HammerFall – Built to Tour 2017 3 de dezembro - Armazém Abertura dos portões: 18 horas
A venda dos bilhetes acontecerá no site Ingressando e nas lojas Pranchão, Kangaço e Jazigo. Os valores são R$ 100 (meia), R$ 200 (inteira) e R$ 130 (inteira social) para Arena; e R$ 130 (meia), R$ 260 inteira) e R$ 150 (inteira social), Camarote, que dá direito a 2 horas de catuaba e Syn Ice liberadas.
EDU FALASCHI
Um dos principais nomes do heavy metal nacional, Edu Falaschi (ex Angra), está de volta a Fortaleza em sua primeira turnê solo intitulada Rebirth of Shadows Tour. A turnê, uma celebração a sua carreira, traz um repertório dos álbuns Rebirth, Hunters and Prey, Temple of Shadows, Aurora Consurgens e Aqua.
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Edu Falaschi - Rebirth of Shadows Tour 2018 12 de janeiro - Complexo Armazém Para mais informações: http://www.edufalaschi.com.br/site/
eVenTOS
paranoid!
Uma celebração à arte na capital cearense
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cidade de Fortaleza, atualmente a 5ª maior capital do país, conhecida como Terra da Luz e também do Forró, é muitas vezes estereotipada dentro de uma ligação direta à praia e ao forró eletrônico. Claramente, um fato. Porém, ela também abriga diferentes tribos, culturas e estilos, resultando em eventos voltados para este público, em sua maior parte formada de jovens que curtem diferentes vertentes do Rock e arte de modo geral. Um grande exemplo disso é o consagrado festival Ponto.CE, que chegou este ano a sua 11ª edição trazendo grandes nomes da música nacional e até internacional.
De acordo com os próprios organizadores, o Ponto. CE é hoje “o maior festival de Artes Integradas do Ceará”. Contemplando a música, a dança e o audiovisual, o evento tem como objetivo derrubar as fronteiras e aproximar os públicos, criando, com isso, conexões.O festival Ponto.CE aos poucos foi se consolidando no cenário nacional, devido ao relevante número de apresentações de bandas de diferentes lugares, além da exibição de dança e de um diversificado conteúdo audiovisual, como curtas, filmes e documentários.
Confira aqui uma lista com bandas e artistas que já passaram pelo Ponto.CE: Bad Religion (EUA) Marky Ramone (EUA) The Exploited (UK)
Ludov (SP) Nação Zumbi (PE) Montage (CE)
Mombojó (PE) Edisca (CE) Vanguart (MT) Leonardo Amaral (MG) Cachorro Grande (RS) Andre Matos (SP)
Este ano, o festival Ponto.CE trouxe as seguintes atrações:
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ARQUiVO
paranoid!
Grandes bandas e artistas que já tocaram em Fortaleza P
or muito tempo os fortalezenses ficaram carentes de grandes shows de rock na cidade. Parecia um sonho distante poder ver, algum dia, artistas como Paul McCartney ou Iron Maiden na Terra da Luz. Com o passar dos anos, a cultura do rock foi ganhando mais espaço na capital cearense, devido, principalmente, a pedidos e mais pedidos de fãs e tentativas de acordo com empresários. Hoje, o que parecia impossível virou realidade, e com isso veio a realização de um sonho da comunidade "roqueira" cearense.
Confira aqui a lista de algumas bandas e artistas que já marcaram presença em Fortaleza: IRON MAIDEN
MEGADETH
PAUL MCCARTNEY
ELTON JOHN
SCORPIONS
BLIND GUARDIAN
DEEP PURPLE
NIGHTWISH
MOTÖRHEAD
HELLOWEEN & GAMMA RAY
GUNS N' ROSES
CRAMBERRIES
DREAM THEATER
A-HA
24 de março de 2016 - Arena Castelão
13 de agosto de 2016 - Siará Hall
9 de maio de 2013 - Arena Castelão
26 de fevereiro de 2013 - Arena Castelão
8 de setembro de 2016 - Centro de Formação Olímpica
2 de outubro de 2015 - Siará Hall
6 de outubro de 2011 - Barraca Biruta (Praia do Futuro)
23 de setembro de 2015 - Dragão do Mar
15 de abril de 2009 - Siará Hall
26 de abril de 2008 - Arena Shows
17 de abril de 2014 - Centro de Eventos
23 de outubro de 2010 - Siará Hall
11 de outubro de 2014 - Siará Hall
10 de outubro de 2015 - Aquaville Resort
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lançamento
paranoid!
Rock & Metal 2017: Os melhores lançamentos do ano
Steven Wilson - To the Bone O ano de 2017 resolveu presentar os fãs de rock e metal com algumas excelentes obras, que vão desde Roger Waters a Sepultura. Confira aqui uma seleção da paranoid! com os melhores álbuns lançados este ano:
Anathema - The Optimist
Roger Waters Is This the Life We Really Want?
Steve Hackett - The Night Siren
Mastodon - Emperor of Sand
Deep Purple - Infinite
Queens of the Stone Age - Villains
Foo Fighters - Concrete and Gold
Liam Gallagher - As You Were
Robert Plant - Carry Fire
Pain of Salvation In the Passing Light of Day
Sepultura - Machine Messiah
Blackfield - Blackfield V
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PERFIL paranoid!
Desafios de um Músico de Rock na Terra da Luz. Entrevista com Vinícius de Abreu O estudante de Jornalismo, músico e adorador de rock/metal Vinícius de Abreu contou para a paranoid! um pouco da sua história, além de suas maiores influências musicais, o cenário “roqueiro” na capital cearense e os desafios enfrentados por um músico de rock na famosa Terra da Luz. Confira aqui a entrevista!
P! - Quando e como entrou nesse “universo” do Rock/Heavy Metal? V - Aos quatro anos de idade estava vasculhando alguns cd’s da minha mãe, quando me deparei com o álbum “Money for Nothing” do Dire Straits, que era algo completamente particular. Na curiosidade dei o play e fiquei maravilhado com as músicas. Nenhum dos meus familiares tem o rock como preferência e esse disco foi um achado que depois descobri que era do meu pai (eles são divorciados). Como na época a internet era algo praticamente inalcançável para me aprofundar nas bandas eu fui atrás de amigos que tinham materiais do estilo em questão. P! - Qual(ais) intrumento(s) você domina e há quanto tempo toca? V - Iniciei meus estudos de violão aos onze anos, muito influenciado pelo game “Guitar Hero”, que foi o meio onde pude conhecer novas bandas e músicas que me identificava. Aos treze iniciei os estudos da guitarra elétrica. Por dois anos tive aulas com professores onde me aprofundei em técnicas e abordagens particulares do estilo Blues/rock e metal, e de lá pra cá sigo os meus estudos de maneira autodidata. P! - Quais suas maiores inspirações, dentro e fora da música? V - No meio musical posso dizer que as minhas principais influências são: Carlos Santana, Mark Knopler (Dire Straits), Pink Floyd e etc. Fora da música minha inspiração é Zigmunt Bauman, filósofo de abordagem pós contemporânea, que para mim tem uma influência enorme na sociedade atual.
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Vinícius de Abreu (Foto: Arquivo pessoal do entrevistado)
P! - Tem ou já teve banda? V - Atualmente estou voltado para os estudos de luthieria, que se trata de conserto, manutenção e customização de instrumentos de cordas, mas já toquei em bandas de igreja, metal e blues/rock instrumental.
P! - Quais as grandes dificuldades em fazer Rock e (ou) Heavy Metal numa cidade como Fortaleza? V - A maior dificuldade está na questão de divulgação e impulso dos consumidores em sustentar um projeto autoral. Nesses aspectos vou citar um exemplo: Você consegue juntar uns amigos que tocam bem, cada um com seus instrumentos e equipamentos, pagam a manutenção (cordas, baquetas, etc), pagam para ensaiar em um estúdio bem equipado, depois de um tempo em que consideram que estão aptos para se apresentar conseguem um lugar que dê a oportunidade, para, com sorte, conseguir 20 pagantes e sair com um lucro mínimo. É uma luta árdua conseguir trazer um público que possa dar respaldo financeiro.
P! - Fortaleza tem recebido, nos últimos anos, shows de grandes bandas e artistas. Tem alguma banda ou artista específico que gostaria de ver por aqui?
P! - Como você enxerga hoje o cenário rock na capital cearense? V - Eu vejo que é uma cidade que tem muito potencial, mas que é marcada pelo preconceito da cena. Existem exemplos de bandas como “Selvagens a Procura de Lei”, que conseguiram respaldo no mercado audiofônico e se projetaram no sudeste do país, mas em geral bandas autorais sofrem muito com a falta de apoio da própria cena musical.
P! - O que tem ouvido ultimamente e o que recomenda?
V - Sim, bandas como Black Country Communion, Blues Pills e Galneryus são bandas que eu particularmente sonho em ver se apresentar em Fortaleza, porém fico só na expectativa mesmo. P! - Estilo, banda e álbum favoritos? V - Estilo: Blues, Metal e Rock Clássico / Bandas e artistas: BB King; Steve Ray Vaughan; Pink Floyd; Cream; Jimi Hendrix; Rush; Deep Purple; Judas Priest; Galneryus; Angra; Madame Satan; Dr.Sin / Álbuns: Holy Diver (DIO); Advance to the Fall (Galneryus); Axis Bold as Love (Jimi Hendrix).
V - Ultimamente tenho ouvido rock cristão, mais precisamente uma banda chamada “Flyleaf”. Além disso tenho retornado à minha fase nostálgica e escutado artistas como Jimi Hendrix, Pearl Jam e Alice in Chains. É isso que recomendo.
P! - O que acha da Galeria do Rock de Fortaleza? V - Acho um point bacana para comprar apetrechos que tem a ver com o estilo musical em questão, fazer tattos, colocar piercings, mas só isso. Infelizmente é um lugar que se tornou banal para quem procura algo interessante no sentido de expansão musical.
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top 10 Guitarristas
paranoid!
OS 10 GUITARRISTAS MAIS SUBESTIMADOS DA HISTÓRIA DO ROCK Certamente você já escutou Hendrix, Page, Clapton e Slash. E não só isso, como os idolatra. Não tem nada de errado com isso, pois, de fato, são grandes mestres em seus respectivos instrumentos. O problema é que, consequentemente,
outros vários músicos acabam sendo ofuscados por esse “endeusamento” excessivo referente a determinados guitarristas. O rock gerou i n ú m e ro s t a l e n t o s d a guitarra, muitos até mesmo i n ov a d o r e s , m a s q u e
infelizmente não recebem o devido reconhecimento que merecem da mídia e do público. Com base nisso, a paranoid! preparou para você uma lista com alguns dos guitarristas mais subestimados do Rock.
Martin Barre (Jethro Tull) Mesmo tendo influenciado grandes nomes da guitarra como Steve Vai, Joe Bonamassa, Eric Johnson e Joe Satriani, o guitarrista do Jethro Tull raramente está presente em listas dos melhores de sua época. Dono de riffs e solos memoráveis como os de Aqualung, Thick as a Brick, Baker St. Muse e Budapest, Barre é, sem dúvidas, um dos grandes guitarristas de todos os tempos.
Alex Lifeson (Rush) Quando se fala em Rush, logo vem a mente a incrível “cozinha” da banda, formada por Geddy Lee no baixo e Neil Peart na bateria. Ambos estão sempre figurando entre os melhores músicos em seus respectivos instrumentos, ofuscando o terceiro membro e guitarrista da banda, Alex Lifeson. Fã de Led Zeppelin e bandas como Yes e Genesis, Alex conseguiu mesclar a agressividade do hard setentista com a criatividade e notas quebradas do rock progressivo, resultando numa sonoridade única que encaixou perfeitamente com a virtuosidade dos outros membros. Entre alguns dos riffs e solos marcantes do guitarrista, estão Working Man, By-Tor and the Snowdog, 2112, Xanadu, La Villa Strangiato, The Spirit of Radio, Tom Sawyer, Limelight.
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Brad Whitford (Aerosmith) O Aerosmith é uma daquelas bandas famosas pelo foco na dupla vocalista e guitarrista. Assim como nos Stones temos Mick Jagger/Keith Richards, ou no Zeppelin com Robert Plant e Jimmy Page, o mesmo acontece na parceria Steven Tyler/Joe Perry. No caso do Aerosmith, quem não é fã nem percebe que ali no canto do palco tem um segundo guitarrista que, apesar de discreto, é um dos responsáveis por grandes solos e composições da banda: Brad Whitford. Entre suas principais criações estão The Hand That Feeds, Kings and Queens, Round and Round, Last Child e Nobody’s Fault, uma das melhores e mais injustiçadas músicas do Aerosmith.
Robert Fripp (King Crimson) Líder do King Crimson, uma das bandas mais influentes do rock progressivo e uma das pioneiras do Heavy Metal, Fripp é tido para seus fãs como um verdadeiro gênio da música. O guitarrista é famoso pela inovação e execução de técnicas experimentais em seu instrumento. Um exemplo disso é o Frippertronics, aparelho que dá a guitarra a capacidade de gerar sons de sintetizadores e tocar notas em sequências invertidas. Faixas como 21st Century Schizoid Man, In the Court of the Crimson King, Larks’ Tongues in Aspic, Red, Starless e Level Five estão entre as criações icônicas do músico inglês.
Andrew Latimer (Camel) Na sua primeira audição, talvez você possa achar que está ouvindo David Gilmour, até se dar conta que está um pouco mais veloz que o normal... é porque se trata de Andrew Latimer, provavelmente o guitarrista mais subestimado dessa lista. Líder do Camel, ícone do rock progressivo dos anos 70, Latimer apresenta um estilo único de tocar, mesclando técnicas, tremenda criatividade e um feeling absurdo. Músicas como Lady Fantasy, Song Within a Song, Ice, Never Let Go, For Today, além das íncriveis sessões instrumentais no álbum The Snow Goose fazem de Andrew Latimer uma pedra preciosa na história do rock.
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Mick Box (Uriah Heep) Ele ficou conhecido como o Rei do Wah Wah e é o guitarrista de uma das bandas precursoras do Heavy Metal, mas mesmo com esse currículo, é um dos músicos mais injustiçados do rock. Único membro original restante do Uriah Heep, banda formada no final dos anos 60, Mick Box trouxe um estilo ácido e agressivo, com solos e riffs dignos de uma banda de Metal. Bird of Prey, Salisbury, Easy Livin’, The Magician’s Birthday e Stealin mostram bem a personalidade do guitarrista.
Alvin Lee (Ten Years After) A década de 60 foi responsável por revelar grandes “guitar heroes”, como por exemplo Clapton, Page, Beck, Santana e, claro, Hendrix. Alguns deles tocaram no consagrado Woodstock, festival de música realizado em 1969, e ali se apresentou um artista que não é devidamente lembrado junto aos demais: Alvin Lee. Líder do Ten Years After, banda de blues-rock formada em 1967, Lee ficou conhecido por longas jams com explosivos solos de guitarra.
Tommy Bolin (Deep Purple) Conhecido por ter substituído ninguém menos que Ritchie Blackmore no Deep Purple, Tommy Bolin teve uma carreira curta, porém de muito valor para o rock. Em 1975, gravou um dos álbuns mais injustiçados da banda inglesa: Come Taste the Band. Nesse trabalho, ficou nítida a diferença no som do Deep Purple devido a forte influência do soul e do funk, aliado a um som mais hard e direto vindo do novo guitarrista. Infelizmente, em 1976, Bolin faleceu devido a uma overdose, o que levou o Deep Purple a encerrar suas atividades, retornando apenas em 1984 com o famigerado Perfect Strangers.
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Dave Navarro (Jane’s Addiction/Red Hot Chili Peppers) Influenciado por nomes como Hendrix, Page e Gilmour, Dave Navarro inovou o cenário musical ao fazer uma fusão entre heavy metal, psicodelia e rock alternativo, se tornando rapidamente um guitar hero da nova geração. No fim da década de 80, Navarro começou sua carreira profissional como guitarrista do Jane’s Addiction, banda da cena alternativa com influências de hardcore, metal, funk e jazz. Além disso, ganhou destaque por ter substituído John Frusciante no Red Hot Chili Peppers, gravando o incrível e subestimado One Hot Minute, em 1995.
Jan Akkerman (Focus)
O virtuoso músico do Focus, banda de rock progressivo formada em Amsterdam, é um dos guitarristas mais inovadores de sua época, tendo criado ondas de volume que produzem notas sustentadas, lisas e aflautadas, além de tocar em alta velocidade alternando a palheta. Vale lembrar que Akkerman é o responsável pelo famoso riff na frenética faixa instrumental Hocus Pocus, conhecida por muitos apreciadores do rock.
Menções honrosas: Gary Green (Gentle Giant), Steve Hillage, Adrian Belew (King Crimson),
Steve Howe (Yes), Steve Hackett (Genesis), Jerry Cantrell (Alice in Chains), Adrian Smith (Iron Maiden), Dave Murray (Iron Maiden), Andre Olbrich (Blind Guardian), Nuno Bettencourt (Extreme), George Harrison (The Beatles), Jonny Greenwood (Radiohead) 15
top 10 álbuns
paranoid!
10 ÁLBUNS DO ROCK/ METAL QUE VOCÊ DEVERIA OUVIR ANTES DE MORRER A paranoid! fez uma lista com 10 álbuns obrigatórios que você deveria ouvir antes de morrer. Confira aqui!
Pink Floyd - The Dark Side of the Moon (1973) Considerado um dos maiores álbuns de todos os tempos e uma verdadeira obra-prima, The Dark Side of the Moon, oitavo álbum de estúdio do Pink Floyd, explora temas variados e pessoais, incluindo cobiça, doença mental, solidão e velhice. O disco de 1973 da banda inglesa ficou por quase 14 anos consecutivos entre os mais vendidos do mundo. Vendeu 30 milhões de cópias e, até hoje, vende 250 mil exemplares a cada ano.
Led Zeppelin - Led Zeppelin IV (1971) Lançado em 1971, o quarto álbum de estúdio do lendário Led Zeppelin pode ser facilmente considerado o grande marco da história do rock. O disco revelou alguns dos maiores sucessos da banda, como Black Dog, Rock and Roll, Going to California e, claro, Stairway to Heaven, considerada uma das melhores músicas de todos os tempos.
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Black Sabbath - Paranoid (1970) Aqui, o Black Sabbath conseguiu definir um estilo musical que haviam dado início no disco anterior: o Heavy Metal. É praticamente impossível imaginar a existência de bandas como Judas Priest, Iron Maiden ou Metallica sem a veia inovadora da banda inglesa no início dos anos 70. O álbum Paranoid traz alguns dos riffs mais poderosos já criados, como War Pigs e Iron Man.
Queen - A Night at the Opera (1975) O álbum de 1975 do Queen foi o responsável por trazer uma das músicas mais icônicas da história do rock: Bohemian Rhapsody. Só por esse fato, já dá pra perceber a importância de A Night at the Opera. Nessa fase, a banda passou a experimentar sons e estilos nunca usados, resultando num conjunto de canções ricas e poderosas. O disco vendeu mais de 5 milhões de cópias nos anos 70 e é considerado um marco até os dias de hoje.
Deep Purple - Machine Head (1972) Juntamente com Led Zeppelin e Black Sabbath, o Deep Purple é um dos grandes precursores do que viria a ser o Heavy Metal. E em Machine Head, álbum de 1972, isso ficou bem mais claro. Já na introdução podemos conferir a poderosa Highway Star, um dos épicos do quinteto inglês. Além disso, o disco apresenta o riff mais famoso de todos os tempos, criado pelo guitarrista Ritchie Blackmore: Smoke on the Water.
Rush - Moving Pictures (1981) Poucas são as bandas que reúnem tantos clássicos numa mesma obra. Esse é o caso da banda canadense Rush que, em 1981, lançou um dos maiores discos de todos os tempos. Moving Pictures mostra o power trio numa fase divisora de águas, na qual mesclam o que possuíam de melhor dentro do rock progressivo com influências de new wave, estilo vindo do final dos anos 70. Entre as músicas mais marcantes do álbum estão Tom Sawyer, YYZ e Limelight.
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Metallica - Master of Puppets (1986) Considerado um dos pioneiros do Thrash Metal, ao lado de bandas como Megadeth, Slayer e Anthrax, o Metallica lançou em 1986 o álbum que viria a ser a principal obra da banda e um dos trabalhos mais importantes da história do metal: Master of Puppets. O trabalho uniu o peso e agressividade dos discos anteriores com um som mais elaborado e complexo, resultando em clássicos como Battery, Welcome Home e a faixa título Master of Puppets.
Rainbow - Rising (1976) Imagine um supergrupo com Cozy Powel na bateria, Ritchie Blackmore na guitarra e ninguém menos que Ronnie James Dio nos vocais. Pois bem, ele existiu. Essa foi a segunda grande formação do Rainbow, banda formada por Blackmore, ex membro do Deep Purple. O segundo álbum do grupo, intitulado Rising, é considerado uma obra prima subestimada do rock, além de ser um dos precursores do metal melódico.
Iron Maiden - The Number of the Beast (1982) Esse foi o álbum que marcou a estreia de Bruce Dickinson no Iron Maiden, substituindo o vocalista Paul Di’Anno. Lançado em 1982, o terceiro trabalho da banda foi um sucesso de venda e crítica, sendo apontado por muitos, até hoje, como uma das maiores obras do Heavy Metal. A entrada de Bruce permitiu composições mais ousadas e complexas, como Children of the Damned, The Number of the Beast, Run to the Hills e a clássica Hallowed Be Thy Name, apontada por muitos como a melhor música da banda.
The Beatles - Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967) Os Beatles foram, muito provavelmente, a banda que mais inovou e influenciou centenas de grupos de rock pelo mundo. Em 1967, no auge de sua criatividade, os quatro membros da banda inglesa criaram uma das obras mais icônicas da história da música: o famigerado Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. O oitavo álbum do quarteto britânico foi um grande sucesso de vendas e crítica, conquistando até mesmo quatro prêmios Grammy. Entre os clássicos do disco, estão presentes Lucy in the Sky with Diamonds e A Day in the Life.
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especial
paranoid!
(Foto: Raphael Saraiva)
David Gilmour em São Paulo: Relato de um fã incondicional
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ra 12 de Dezembro de 2015. Ainda fazia calor e estava escuro quando, já acordado, sou surpreendido com o despertador do celular. Apanho o aparelho e noto que nele marcava 3h da manhã. Não havia caído a ficha que naquele mesmo dia, dentro de algumas horas, minha namorada e eu estaríamos pegando um voo para São Paulo para realizar um sonho de mais de uma década: iríamos assistir o show de David Gilmour, o vocalista e guitarrista da lendária banda inglesa Pink Floyd. Esse será um relato que irei compartilhar mais a frente. De volta ao quarto escuro que emanava sentimentos com uma mis-
tura de alegria, ansiedade e “pré-realização”, me levantei da cama rapidamente e fui me trocar após ter conferido umas 10 vezes a documentação para a viagem e, claro, os 2 ingressos para o show. Nesse tempo a Amanda, minha namorada, já havia acordado e estava quase pronta para que finalmente pudéssemos partir para o aeroporto de Fortaleza. Depois de muita checagem e de um pão com café, entramos no carro do meu pai que nos deu carona até nosso primeiro destino. No caminho, fomos conversando ansiosamente sobre a viagem, música e, claro, o aguardado show de rock. Chegando no aeroporto, meu 19
pai estacionou o carro em frente a entrada principal, desceu e nos deu um abraço, pedindo que a gente tomasse cuidado e que aproveitasse ao máximo. Ah, e como um fã de Pink Floyd, pediu que eu ligasse para ele no momento de algum solo épico de guitarra. Falei que sim e finalmente nos despedimos. Nós não havíamos levado mala, apenas uma mochila que portava comida, documentos, câmera fotográfica e algum dinheiro, portanto não foi necessário despachar nada, fato que nos levou diretamente para a sala de embarque. Portão B, voo 1517. Esse era o local. Sentamos e só nos restava aguardar a chamada para o voo, que sairia
às 6 hrs. O relógio ainda marcava 5 hrs e a ansiedade só tomava conta da gente. As pessoas iam e vinham , voos eram chamados, e o nosso parecia cada vez mais distante. Enfim, as 5h20 , uma voz chiada e abafada anunciou a numeração que queríamos ouvir. Aos poucos, uma fila foi tomando forma e ficamos de pé. Lentamente fomos andando em direção à moça do balcão que verificava a documentação de todos ali presentes. Chegou nossa vez e mais uma etapa daquela viagem havia terminado. Seguimos felizes para o avião e cuidadosamente verificamos quais eram nossos assentos. Em mais ou menos 40 min o avião decolou. No tempo em que ficamos viajando, não conseguia pensar em nada além do show. Peguei os fones de ouvido, conectei ao celular e fiquei ouvindo Pink Floyd até quase a hora de chegar em São Paulo. Num certo momento, um rapaz uniformizado se aproximou oferecendo alguns petiscos, entre eles tinha biscoito, batata e a opção de suco, café ou refrigerante. Aproveitamos para comer e após isso retornamos ao breve descanso.
Aeroporto de Guarulhos-SP (Foto: Raphael Saraiva)
Finalmente, aquela viagem de 4 horas, que pareceu mais de 8, tinha chegado ao fim quando anunciaram o pouso da aeronave. Amanda e eu nos organizamos e rapidamente recolhemos tudo para guardar de volta na mochila. Outra fila foi se formando, dessa vez para que todos saíssem do avião. Entramos nela e logo estávamos no aero-
porto de Guarulhos. Imediatamente, sem perder tempo, fomos em busca de algum táxi que nos levasse rapidamente ao estádio Allianz Parque, afinal nossa intenção era chegar cedo suficiente para conseguir ficar na grade, mesmo que da pista normal. Conseguimos um. O motorista foi super educado e fechou um preço bacana para a gente. São Paulo é gigantesca, mas para nossa sorte, o estádio não ficava tão distante dali, e para ajudar, o motorista, o qual não me recordo o nome, foi respeitosamente veloz. Dentro de 30 min já era possível avistar uma fila colossal, formada, em sua maioria, por gente com camisetas do Pink Floyd. A ficha começava a cair: estávamos ali, no local certo, prestes a assistir ao show da nossa vida. Bom, não tão próximo assim. Eram 11h naquele momento, sendo que os portões só iriam abrir as 4, e o show só começaria 8h. É, haja paciência. E o pior é que naquele dia fazia um calor do inferno e não tinha cobertura onde a gente estava. Compramos água bem gelada de um dos vendedores que passava por ali. Aliás, vendedores e cambistas é o que não faltava naquela situação. Ingressos custando uma fortuna, ítens do Pink Floyd como camisetas, broches e outras coisas não oficiais. Por enquanto, nos contentamos com a água e uma coca-cola. Era impossível não reparar nas pessoas, nas conversas. Todos aparentemente muito ansiosos e falando sobre a música de David Gilmour. De vez em quando, um rapaz ao lado puxava assunto com a gente. Incrivelvemente ele era nordestino, apesar de morar em SP já a algum tempo. Conversamos sobre nossa aventura, Pink Floyd e as músicas que mais queríamos ouvir mais tarde. O tempo foi passando e a ansiedade aumentando. Notei então que a fila começava a se movimentar. O relógio marcava 4h e os portões se abriam. 20
Fomos, então, andando e seguindo a linha em direção à entrada principal. Quando menos esperava, lá estava a gente mostrando nossa identidade e os ingressos. Rapidamente, após o processo de verificação, saímos correndo como loucos para dentro do Allianz Parque na tentativa de, como havia dito anteriormente, poder ficar na grade. Dito e feito. Lá estávamos nós, colados na grade da pista comum, não muito distante do palco, quase centralizados. Felizmente, a visão era perfeita e já dava pra ver o famigerado e gigantesco telão circular, este que fez parte dos espetáculos do Pink Floyd dos anos 70 até 1995. A emoção tomava conta e a ficha estava quase caindo por completo. Não dava para acreditar que tinhamos saído de outro estado e de repente estávamos ali num lugar relativamente privilegiado para assistir a uma das maiores lendas do Rock. Era surreal e, consequentemente, foi impossível conter um sorriso de ponta a ponta. Mas apesar de toda a euforia e felicidade, estávamos mortos de fome e sede. Pegamos um pouco de dinheiro e, como uma facada no peito, compramos um cachorro quente de 10 reais que era vendido ali dentro, além de uma garrafa de água. Matamos o que nos matava e continuamos ali de pé, esperando o início do evento. O dia estava estranho e ameaçava chover o tempo inteiro. Não deu outra: caiu uma chuva fortíssima e mil coisas passavam por minha cabeça: “será que vai atrasar”; “espero que não cancelem o show se continuar assim até a noite...”. Felizmente, apesar de ter sido longa, a chuva foi parando aos poucos justamente quando estava próximo do show ser iniciado. Agora restavam apenas alguns minutos para o grande momento. Eis que, na exata hora marcada, as luzes se apagam e a euforia toma conta do estádio que comportava cerca de 50 mil pessoas. Aos poucos uma luz roxa, com um efeito de
fumaça adentra o palco. De repente, o inconfundível e maravilhoso timbre da guitarra de David Gilmour ecoa pelo estádio. Naquele momento, a ficha caiu completamente e foi impossível conter a emoção. Estava ali na nossa frente um dos nossos ídolos, a lenda viva da nossa banda favorita de todos os tempos.
(Foto: Raphael Saraiva)
O show se iniciou com a belíssima faixa instrumental 5 A.M., seguida por Rattle that Lock e Faces of Stone, ambas músicas do seu recém lançado álbum solo. Mas foi a partir da 4ª canção que todo o local se comoveu e cantou junto: Wish You Were Here. O refrão, cantado por 50 mil pessoas, foi de arrepiar a alma. O músico inglês, visto no enorme telão, parecia não acreditar naquela reação generalizada. O show foi seguindo. Clássicos como Money, Us and Them e a fantástica High Hopes foram tocadas, acompanhadas de imagens maravilhosas no telão circular.
(Foto: Raphael Saraiva)
As luzes se apagaram novamente: tinha começado a segunda parte do show. Astronomy Domine, música de 1967, deu início a sequência. Nessa parte, o show de psicodelia cheio de efeitos com luzes e fogos foi de cair o queixo. Em seguida, um tom peculiar de teclado é ouvido pelo público. Se tratava da introdução da épica Shine on You Crazy Diamond, clássico absoluto do Pink Floyd. Os solos de Gilmour arrancavam lágrimas do público que não parecia acreditar estar ali. Mais clássicos foram tocados, como a belíssima Fat Old Sun, a marcante Sorrow Run Like Hell, além de outras faixas solo do músico.
Gilmour no telão (Foto: Raphael Saraiva)
Money (Foto: Raphael Saraiva)
A primeira parte do espetáculo havia termiado, dando espaço para um breve intervalo que nos proporcionou uma recuperada no fôlego. Nesse tempo, olhamos um para a cara do outro, e nenhum de nós parecia acreditar que estava vivendo aquilo. Fomos comentando alegremente sobre algumas das músicas tocadas, qual parte cada um gostou mais, etc.
A essa altura, já completamente eufóricos e realizados, como se não bastasse, começa a magnífica introdução de Time com seus relógios ensurdecedores. A música do clássico álbum Dark Side of the Moon foi um presente para os fãs da banda.
Time (Foto: Raphael Saraiva)
21
Para finalizar, é tocada a mais aguardada canção do Pink Floyd, considerada uma das melhores do rock de todos os tempos: Comfortably Numb. Se alguém ali achava que o show não podia melhorar, estava completamente enganado. O clima nostálgico, o refrão arrasador e o maior solo de guitarra do rock foram suficiente para realizar o sonho de qualquer amante não apenas do Pink Floyd, mas do rock de modo geral. Mesmo já tendo ouvido a música milhares de vezes, além de assistir vídeos e mais vídeos, dvds e etc, nada se compara a presenciar aquilo ao vivo, e sendo executada pelo próprio criador.
Solo final em Comfortably Numb (Foto: Raphael Saraiva)
Após 5 minutos arrasadores do solo final, o estádio é completamente iluminado. O músico inglês de 70 anos, junto a incrível banda, se despede do público com muitos agradecimentos e o famoso “thank you very much indeed”.
Efeitos especiais no encerramento (Foto: Raphael Saraiva)
Encerrado o show, minha namorada e eu olhamos um para o outro, mais uma vez, e lembro de termos falado algo do tipo: “zeramos a vida”. Enfim, como havia falado no início do relato, conseguimos realizar um sonho de mais de uma década. O que parecia impossível, tinha se concretizado, e da melhor forma possível.
22
23
24
25
ARQUiVO
paranoid!
(Foto: Bruno Gomes)
EM FORTALEZA
E
ra uma quarta feira, dia 23 de março de 2016, quando um avião um tanto incomum e maior que o normal pousou em solo cearense por volta das 16h30min. Se tratava do famigerado Ed Force One, boeing 747 da banda de Heavy Metal Iron Maiden, pilotado por ninguém menos que o vocalista Bruce Dickinson. O Aeroporto Internacional de Fortaleza rapidamente se transformou num palco que mais pareceu uma prévia do show que estava por vir. Ali, cerca de 3 mil fãs do sexteto inglês que haviam se mobilizado nas redes sociais se uniram para aguardar e prestigiar a chegada da banda. Este evento tomou proporções tão grandes que até mesmo algumas equipes locais de Rádio e TV se fizeram presentes no aeroporto para realizar cobertura.
(Foto: Arte Produções/Divulgação) (Fotos: Fernanda Moura)
Passada a euforia inicial, só restava aos fãs aguardarem ansiosamente a chegada do dia seguinte (24), onde o Iron Maiden iria, pela primeira vez na história, se apresentar na capital cearense. A banda trazia, no momento, a turnê de divulgação do seu mais recente álbum “The Book of Souls” (2015), que além das novas músicas, contava também com um apanhado generoso de clássicos como The Trooper, The Number of the Beast, Wasted Years e Fear of the Dark. 26
Na noite de 24 de março de 2016, o que antes parecia algo inviável e até impossível, aconteceu: o Iron Maiden realizou o sonho de mais de 25 mil pessoas presentes na Arena Castelão em Fortaleza.
Dave Murray, Steve Harris e Adrian Smith (Foto: Fabio Lima/O Povo)
Passados quase 2 anos do grande evento, o estudante de direito Renan Saraiva, fanático pela banda, contou para a paranoid! como foi a experiência de assistir ao show da banda favorita em “casa”. Confira nosso papo logo abaixo: P! - Há quanto tempo é fã da banda e como
ainda maior pela banda e a comoção dos fãs no
fixo, alguma música te surpreendeu?
começou a ouvir?
aeroporto reflete justamente a sensação de
R - The Red And The Black, do último disco,
R - Ouvi Iron Maiden pela primeira vez aos 6
assistir pela primeira vez algo que jamais poderiam
me surpreendeu. Uma banda como o Iron
anos de idade, em 2001, com o lançamento do
imaginar que aconteceria: ver o Iron Maiden pela
Maiden em que os integrantes estão na faixa
DVD Rock In Rio. Lembro que meu pai gostava
primeira vez em sua cidade natal ou em seu Estado.
dos 60 anos, executar essa música com tanta
bastante da banda e comprou este DVD.
P! - Por que acha que demorou tanto para que
precisão foi algo positivamente surpreendente.
P! - Quando soube que Fortaleza havia sido
a banda tocasse na capital cearense?
P! - Sentiu falta de algum clássico que deixaram
confirmada na rota da turnê, qual foi sua reação?
R - O medo que as produtoras têm de não
de lado?
R - No momento fiquei sem reação, pois era
obter o lucro desejado ainda é grande, pois
R - O Iron Maiden tem vários clássicos, então
um sonho desde criança poder vê-los ao vivo,
há um grande preconceito quando se fala de
sempre faltará muitos deles. Mas o set-list
independente da cidade. Mas quando a ficha
Heavy Metal em nossa região.
escolhido para a turnê foi de muito bom gosto
caiu de que Fortaleza estava na rota da turnê,
P! - Qual sua maior lembrança daquele dia?
pois agrada tanto os fãs mais novos quanto os
me envolvi em um sentimento inexplicável,
R - Minha maior lembrança daquele dia foi na
mais velhos.
pois foi em Fortaleza onde toda a minha
hora da abertura do show. Era impossível não
P! - Em relação ao local e à estrutura fornecida
paixão pela banda começou.
se emocionar com o suspense que a banda cria
para a realização do show, qual sua opinião?
P! - A chegada da banda no aeroporto causou
e com o sentimento das pessoas que estavam
R - A Arena Castelão foi o melhor local para
uma nítida comoção entre as milhares de
ao redor, afinal, elas iriam ver o Iron Maiden
a realização do show, sem dúvidas. Quanto
pessoas que foram prestigiar o acontecimento.
de perto e, para muitos, pela primeira vez.
a estrutura do show, estava impecável, mas
Qual sua visão em relação aos fãs do Iron
P! - No show, alguma parte/canção te marcou mais?
a organização na fila para entrar no estádio
Maiden em Fortaleza?
R - Vários momentos do show foram
ainda é um problema recorrente dos shows
R - Acredito que os fãs brasileiros, no geral, são os
marcantes, mas lembro que no solo da canção
aqui em Fortaleza.
melhores fãs que qualquer banda de Metal poderia
“Blood Brothers” me faltou chão.
P! - Uma palavra para descrever o dia
ter. Os fãs de Fortaleza, mais especificamente,
P! - Qual sua música favorita do Iron Maiden?
24/03/2016?
pouco tiveram contato com bandas internacionais,
R - É difícil escolher uma, mas acho que Aces
R - Perfeito.
pois os show em nossa cidade são difíceis de
High é a música que mais gosto da banda.
acontecer. Por isso acredito que há uma paixão
P! - Mesmo com um set list já praticamente
CONFIRA AQUI O SET LIST COMPLETO DO SHOW EM FORTALEZA: INTRODUÇÃO: DOCTOR, DOCTOR 1. IF ETERNITY SHOULD FAIL 2. SPEED OF LIGHT 3. CHILDREN OF THE DAMNED 4. TEARS OF A CLOWN 5. THE RED AND THE BLACK 6. THE TROOPER 7. POWERSLAVE 8. DEATH OR GLORY 9. THE BOOK OF SOULS 10. HALLOWED BE THY NAME 11. FEAR OF THE DARK 12. IRON MAIDEN BIS 13. THE NUMBER OF THE BEAST 14. BLOOD BROTHERS 15. WASTED YEARS
Renan, fã do Iron Maiden. (Foto: Raphael Saraiva) 27
deSAFiO
paranoid!
Desafio da
Playlist
A estudante de Design, fotógrafa e amante do rock Amanda Rotta foi desafiada pela paranoid! a participar do Desafio da Playlist, que consite em adivinhar qual faixa e artista está tocando dentro de uma seleção musical feita pela equipe. Confira abaixo a matéria: 1. FLIP THE SWITCH “Ah! Essa eu conheço (risos). É Flip the Switch, dos Rolling Stones! Lembro dessa música no DVD Bridges to Babylon Tour, que já assisti bastante. Excelente música de uma grande banda.”
The Rolling Stones - Bridges to Babylon (1997)
2. RITUAL (NOUS SOMMES DU SOLEIL) “Humm, eu conheço bem, é do Yes. Essa é do álbum... Relayer... não! Close to the Edge! (risos) Ah, não! É do Tales from Topographic Oceans, caramba (risos)! Me confundi agora, mas o nome da música é Ritual. Gosto demais dela, e o disco é um dos meus favoritos da banda.”
Yes - Tales from Topographic Oceans (1973)
3. 29 PALMS “(risos) Eu já sei qual é, e de qual disco também. Adoro o álbum e já ouvi muito em viagens de carro. Se não me engano é do início dos anos 90... que é o Fate of Nations. E a música, que aliás gosto muito, é... 29 Palms? Oba, acertei (risos)! Adoro a carreira solo do Plant, e o Led Zeppelin é uma das minhas bandas preferidas de todos os tempos.”
Robert Plant Fate of Nations (1993)
4. ALAN’S PSYCHEDELIC BREAKFAST “Tá parecendo música do... Pink Floyd, esses sons na introdução... (risos). Tá me lembrando muito o começo de Alan’s Psychedelic Breakfast. Não to dizendo que é, mas lembra muito... ah, é essa mesma, acertei?! (risos). Floyd é minha banda favorita.
28
Pink Floyd Atom Heart Mother (1970)
5. MEGALOMANIA “Eu conheço. É Black Sabbath, não é? (risos). Deixa eu ouvir um pouco mais. É Planet Caravan? Não? Humm... ah, ok, Planet é diferente. Vou tentar pensar. Eu gosto bastante das músicas do Black Sabbath na fase clássica, com o Ozzy nos vocais. Principalmente essas com um “ar” mais diferente. Espera, é do álbum Sabbath Bloody Sabbath? Não? Nossa, eu conheço a música, mas não me recordo mesmo do nome (risos).
6. HOLY LAND
“Conheço bem essa, e não vou errar o disco dessa vez (risos). Esse não foi o primeiro disco do Angra que eu ouvi, nem é das primeiras músicas... mas acabou se tornando meu favorito da banda, o Holy Land, e a música é a própria faixa título. É da fase com o Andre Matos nos vocais e é a que mais gosto. Adoro a forma como a banda explora e mescla a música brasileira com um som pesado. Definitivamente uma das melhores obras do metal nacional.”
Black Sabbath Sabotage (1975)
Angra - Holy Land (1996)
7. FROM THE BEGINNING “Ah, achei que ia ser mais difícil! (risos). Conheço essa. É From the Beginning, do Emerson, Lake & Palmer! Lembro de ter conhecido em...2006. É uma banda excelente com músicos extremamente talentosos. Acredito que foi uma das bandas mais criativas e inovadoras do rock progressivo, e de bastante fama nos anos 70.”
Emerson, Lake & Palmer - Trilogy (1972)
8. FAMILIAR TASTE OF POISON “Ah, essa música é do Halestorm! Banda da vocalista Lzzy Hale, que tenho ouvido bastante recentemente. Aliás, essa foi uma das primeiras músicas da banda que ouvi. Eu gostei de cara por conta do potencial vocal da Lzzy Hale, além da força nas músicas, com uma pegada bem rock n roll, muitas vezes soando como metal. Enfim, uma excelente banda. A música é Familiar Taste of Poison, do primeiro álbum!”
Halestorm - Halestorm (2009)
9. ONLY THE GOOD DIE YOUNG “Eu sei o nome dessa! É The Evil that Men Do! Ahn? Não? (risos). Vou ouvir um pouco mais, mas eu sei que é Iron Maiden. Não é uma banda que ouvi tanto. Conheci de forma mais aleatória, por outras pessoas, como meu cunhado e meu namorado, mas que passei a admirar bastante. Os músicos são excelentes, com uma baita presença de palco, e são bem importantes no cenário do Heavy Metal. E ainda estou tentando lembrar o nome da música... (risos). Ah, Only the Good Die Young! Não me recordo o álbum, mas é essa música (risos).”
Iron Maiden Seventh Son of a Seventh Son (1988)
10. CRAZY ON YOU “Conheço, e adoro a música! Vou tentar lembrar o nome, mas sei que é do Heart (risos). Foi uma das primeiras bandas que ouvi onde as principais integrantes eram mulheres. Gosto muito do fato de que tem um vocal feminino, além da irmã da vocalista tocando violão, que aliás toca muito bem. Espera... ah, lembrei. É Crazy on You. Muito boa!”
29
Heart Dreamboat Annie (1975)
Alegria de fã dura pouco: Shows cancelados em Fortaleza: Bryan Adams / Black Label Society
(Foto: Divulgação)
Bryan Adams e suas “prioridades” Surpreendendo negativamente seus fãs cearenses, com menos de uma semana após ter anunciado show em Fortaleza, o músico canadense Bryan Adams cancelou a apresentação que seria realizada no dia 3 de maio deste ano, no Centro de Formação Olímpica. De acordo com a Multi Produções, produtora responsável, o cancelamento foi uma decisão que partiu do próprio artista. Em nota, a T4F comprovou o fato informando que se deu em razão à “agenda pessoal do cantor”. Sua nova turnê, intitulada Get Up, chegou ao Brasil em 25 de abril deste ano. Começando por Porto Alegre, os shows seguem no Rio de Janeiro e em seguida mais 3 datas em São Paulo. A apresentação em Belo Horizonte, que seria realizada no dia 1º de maio, também foi cancelada.
O polêmico cancelamento do show da banda Black Label Society
(Foto: Divulgação)
(Banda Black Label)
Em 2012, o show da banda americana Black Label Society, liderada pelo vocalista e guitarrista Zakk Wylde, estava devidamente marcado para acontecer no dia 23 de novembro. Além disso, não apenas tinha sido anunciado, como já havia uma relevante quantidade de ingressos vendidos para o evento. No dia 20, faltando apenas 3 dias para o show, é anunciado aos fãs o repentino cancelamento. 30
(Cartaz promocional: Diário do Nordeste) De acordo com a Top Link, produtora responsável pela vinda da banda ao Brasil, o show não aconteceu pois o acordo com o produtor local havia quebrado. Por outro lado, a produtora local Panela Rock lançou a seguinte nota referente ao cancelamento do show: “Pessoal, é com muito pesar que informamos que o show do BLS em Fortaleza realmente foi cancelado. Lamentamos profundamente o ocorrido e agora à tarde faremos um pronunciamento oficial. Pedimos apenas que não se preocupem, pois TODOS OS INGRESSOS SERÃO DEVOLVIDOS pela Awake Media! Em breve daremos mais informações sobre como o processo se dará.” Porém, a devolução do dinheiro dos pagantes nunca aconteceu, o que causou preocupação e revolta dos fãs cearenses.
31
cifra
paranoid!
Led Zeppelin - Stairway To Heaven
INTRO - PRIMEIRA PARTE 2X: Am
C7M(#5) C/G
D/F#
E|-------5--7-----7--8-----8--2-----2-------| B|-----5------5--------5--------3-----------| G|---5----------5--------5--------2---------| D|-7--------6--------5--------4-------------| A|------------------------------------------| E|------------------------------------------|
F7M
G/B Am
C7M(#5) C/G
D/F#
E|----------7-----7--8-----8--2-----2-------| B|-------5----5--------5--------3-----------| G|-----5--------5--------5--------2---------| D|---7------6--------5--------4-------------| A|-0----------------------------------------| E|------------------------------------------|
F7M
C7M(#5)
E|------------------------------------------|
C/G
[Terceira Parte]
D/F#
Am7 D5(9) D
All that glitters is gold
F7M
G/B Am
And she’s buying the stairway to hea__ven
E|-0-------0--------------------------------| B|---1---1---1----0---1--1------------------| G|-----2-------2--0---2--2------------------| D|-3--------------0---2--2------------------| A|----------------2---0--0--0-2/8-7---------| E|------------------------------------------|
Am
Am
There’s a lady who’s sure
Am
C7M(#5) D/F# G/B Am
With a word she can get what she came for
[Segunda Parte] C D F7M Am Uuuhh...
C
G
Oh,
it makes me wonder
[Quarta Parte]
If the stores are all closed
F7M
Am7 D5(9) D ( Am7 D5(9) D D4 D )
When she gets there she knows
C/G
D4 D
(Violão) C
E|-0-------0--------------------------------| B|---1---1---1----0---1---1-----------------| G|-----2-------2--0---2---2-----------------| D|-3--------------0---2---2-----------------| A|----------------2---0---0-----------------| E|------------------------------------------|
C
D
There’s a sign on the wall
F7M
Am
But she wants to be sure
C
D
F7M
C
D
F7M
[Primeira Parte - Variação na letra] Am
E|-----------0--2-----2--0-----0------------| B|----------------3--------1------0h1-------| G|---------0--------2--------2--------2-----| D|-------2------0--------3------------------| A|-0-2-3--------------------------0---------| E|------------------------------------------|
C
G
D
F7M
Am
E|--------------2-----2--0-----0------------| B|-----------1----3--------1------0h1-------| G|---------0--------2--------2--------2-----| D|-------2------0--------3------------------| A|-0-2-3--------------------------0---------| E|------------------------------------------|
C
D
C7M(#5)
C
C/G
D/F#
F7M
C
F7M
E|--------------------2--0-0-0--------------| B|-----------1------3----1-1-1--------------| G|---------0------2------2-2-2--------------| D|-------2------0--------3-3-3--------------| A|-0-2-3------------------------------------| E|------------------------------------------| [Primeira Parte]
C7M(#5)
E|-------5--7-------7-----------------------| B|------------5---5---5---------------------| G|-----5--------5-------5-------------------| D|---7------6-------------6-----------------| A|-0----------------------------------------| E|------------------------------------------|
C/G
D/F#
E|-------8--------------2-------------------| B|-----8---8----------3---3-----------------| G|---8-------8------2-------2---------------| D|-5-----------5--4-----------4-------------| A|------------------------------------------| E|------------------------------------------|
F7M
G/B Am G/B
E|-------0-------------0--------------------| B|-----1---1---------1---1-----0---1--1--3--| G|---2-------2-----2-------2---0---2--2--0--| D|-3-----------3-3-----------3-0---2--2--0--| A|-----------------------------2---0--0--2--|
32
G/B
C G/B Am
( Am C7M(#5) C/G D/F# F7M G/B Am G/B ) Am
F7M Am
Am
E|------------------------------------------| B|-----------1-------3--0h1---------1-------| G|---------0-------0--------2-----2---------| D|-------2-------0--------------2-----------| A|-0-2-3-------2--------0-----0-------------| E|------------------------------------------|
There’s a songbird who sings Sometimes all of our thoughts are misgi___ven
D4 D
E|--------------3-----3--3p2-2-2------------| B|-----1-----1----0------3---3-3------------| G|-------0----------0----2---2-2------------| D|---------2-------------0-----0------------| A|-0-2-3------------------------------------| E|--------------3---------------------------|
C
Am
In a tree by the brook
Am
E|--------------------0----0----------------| B|-----------1--------1----1----------------| G|---------0-------0--2----2----------------| D|-------2-------0----2----2----------------| A|-0-2-3-------2-----------0----------------| E|--------------------1---------------------|
‘Cause you know sometimes words have two meanings
Intro - Segunda Parte:
G/B
E|------------------------------------------| B|---------1-------3--0h1---------1---------| G|-------0-------0--------2-----2-----------| D|-----2-------0--------------2-------------| A|-0-3-------2--------0-----0---------------| E|------------------------------------------|
And she’s buying a stairway to hea__ven
G/B Am
Am7 D5(9) D D4 D
Oh, it makes me wonder
F7M Am
E|--------------------0----0----------------| B|-----------1--------1----1----------------| G|---------0-------0--2----2----------------| D|-------2-------0----2----2----------------| A|-0-2-3-------2-----------0----------------| E|--------------------1---------------------|
C
G/B
E|------------------------------------------| B|-----------1-------0----------------------| G|---------0-------0------------------------| D|-------2-------0--------------------------| A|-0-2-3-------2----------------------------| E|------------------------------------------|
(Guitarra 1) C
G/B
Am
E|------------------------------------------| B|-------1-------3-0h1---------1------------| G|-----0-------0-------2-----2--------------| D|---2-------0-------------2----------------| A|-3-------2-------------0-------0-2--------| E|------------------------------------------|
C
G/B F7M
E|--------------------0---------------------| B|-------1-------1----1---------------------| G|-----0-------0-2----2---------------------| D|---2-------0---2----2---------------------| A|-3-------2----------0----------0-2--------| E|---------------1--------------------------|
C
G/B
G/B F7M
E|--------------------0---------------------| B|-------1-------1----1---------------------| G|-----0-------0-2----2---------------------| D|---2-------0---2----2---------------------| A|-3-------2----------0----------0-2--------| E|---------------1--------------------------|
C
G/B
E|------------------------------------------| B|-------1-------0--------------------------| G|-----0-------0----------------------------| D|---2-------0------------------------------| A|-3-------2--------------------------------| E|------------------------------------------|
G|-2----2--2--2----2--2--3----2--2--2--2--2-| D|-0----0--0--0----0--0--0----0--0--0--0--0-| A|------------------------------------------| E|------------------------------------------|
C
G/B
Am C
G/B
F7M Am C G/B
And the forests will echo with laughter
Terceira parte 2x: Am7 D5(9) D Am7 D5(9) D D4 D (Entrada da Bateria)
[Quarta Parte - variação na letra] C
G/B
If there’s a bustle in your hedgerow Don’t be alarmed now
C
G/B
F7M Am
It’s just a spring clean for the may queen
C
G/B
F7M
E|------------------------------------------| B|-----------1-------0----------------------| G|---------0-------0---2--------------------| D|-------2-------0--------------------------| A|-0-2-3-------2----------------------------| E|------------------------------------------|
(Parte 1) Am
( C G/B )
Am7 D5(9) D D4 D
G/B
Am7 D5(9) D
( Am7 D5(9) D Am7 D5(9) D D4 D )
Am When I look to the west
C
G/B
F7M Am
And my spirit is crying for lea__ving
C
G/B
In my thoughts I have seen
C
C
G/B
G/B
F7M Am C G/B
G/B
C
G/B
Am
And the voices of those who stand loo__king
[Terceira Parte]
C Am7 Em D C D
Oh, it makes me wonder
Am7 D4 D Oh,
E|-----5----------------------------------------------| B|-------8p5------------------------------------------| G|-7b9-------7p5---7p5-----------5---5--5~--0---------| D|---------------7-----7p5---5-7---7------------------| A|-------------------------7--------------------------| E|----------------------------------------------------|
F7M Am
Dear lady can you hear the wind blow And did you know
Am7 D4 D
it makes me wonder
(Parte 4)
[Passagem Solo]
E|-5--------------------------------------------------| B|---8-5----------------------------------------------| G|-------7p5---7p5------------------------------------| D|-----------7-----7-5-7p5-3--------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------|
Violão:
(Parte 5)
G/B
F7M Am
C G/B
Your stairway lies on the whispering wind
( Am7 D5(9) D D4 D )
D D5(9) D D4 D5(9) D D4 D5(9) D D4 D C
[Quarta Parte - variação na letra]
D5(9) D D4 D5(9) D D4 D5(9) D D4 D
C
G/B
And it’s whispered that soon
Am If we all call the tune
E|------8--8--8b10--8--5---------8~--10p8-------------| B|-8b10------------------10-/10~----------10p8---8h10~| G|---------------------------------------------9------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------|
(Parte 3)
Am
Your head is humming and it won’t go In case you don’t know The piper’s calling you to join him
Rings of smoke through the trees
(Parte 2)
[Quarta Parte - variação na letra]
C
Am
E|--------5-------------------------------------------| B|----------8p5---------------------------------------| G|-7b9~---------7p5---7p5-----------------------------| D|------------------7-----7p5-------------------------| A|----------------------------8~----------------------| E|----------------------------------------------------|
[Terceira Parte]
And it makes me wonder
There’s a feeling I get
E|-0--2--3----0--2--3----0--2--3--3--2------| B|-3--3--3----3--3--2----3--3--3--2--3------| G|-2--2--2----2--2--3----2--2--2--2--2------| D|-0--0--0----0--0--0----0--0--0--0--0------| A|------------------------------------------| E|------------------------------------------|
Solo: Am G F
Am
Yes there are two paths you can go by But in the long run
G/B
E|-0----2--2-0--------2--2-0----------------| B|-3----3------3------3------3--------------| G|-0--0----------0--0----------0------------| D|-x--x----------x--x-----------------------| A|-3--3----------3--3-----------------------| E|------------------------------------------|
E|-0----2--2-2-0-----------2--2-2-0---------| B|-3----3--------3----3----3--------3-------| G|-0--0------------0--0--0------------0-----| D|-x--x---------------0--0------------------| A|-3--3---------------2--2------------------| E|------------------------------------------|
Am
There’s still time to change the road you’re on
G/B
C
F7M Am
And a new day will dawn
C
(Guitarra 2 - final) C
G/B
For those who stand long
Am
E|------------------------------------------| B|-------1-------3-0h1---------1------------| G|-----0-------0-------2-----2--------------| D|---2-------0-------------2----------------| A|-3-------2-------------0-------0-2--------| E|------------------------------------------|
C
C
Then the piper will lead us to rea__son
C G/B
(Guitarra 2) E|-2----0--2--3----0--2--3----0--2--3--3--2-| B|-3----3--3--3----3--3--2----3--3--3--2--3-|
33
E|----------------------------------------------------| B|-------6---------------------------13--15b17-b17r15-| G|-----5---7p5---5-------12----12h14------------------| D|-/7----------7---7/14-----14------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| E|-------------15b17~-b17r15-12-----------------------| B|-13-15-13---------------------15b17-15-13----13-----| G|----------14------------------------------14--------| D|----------------------------------------------------|
A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------|
(Parte 6) E|----------------------------------------------------| B | - 1 5 b 17 r1 5 p 13 - - - - 13 - 1 5 b 17 r1 5 p 13 - - - - 13 15b17r15p13----| G|-------------14----------------14----------------14-| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| B | -13 -15 b17r15 p13 - - - -13 -15 b17r15 p13 - - - -13 15b17r15p13-| G|----------------14----------------14----------------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| B|----13-15b17r15p13----13-15b17r15p13----13----------| G|-14----------------14----------------14-------------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| E|-------------------------------------15b17~~--------| B|-15b17r15p13----13-15b17r15p13----13----------------| G|-------------14----------------14-------------------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------|
(Parte 7) E|-----15----------------------------------15---------| B|-/17----17-15-13----13-15p13----13-15b17------------| G|-----------------14----------14---------------------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| B|-b17r15p13------------------------------------------| G|-----------14~--------------------------------------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------|
(Parte 8) E|-----15--17--15~------------------------------------| B|-/17-------------17\15p13----15p13----13-15b17~-----| G|--------------------------14-------14---------------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------|
(Parte 9) E|----------------------------------------------------| B|-11b13---11b13-10------10---------------------------| G|-------------------12-----12b14~--------------------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------|
(Parte 10) E|----------------------------------------------------| B|----------------------------------------------------| G|-10b14--10-9p7\5h7p5-7h9p7p5------------------------| D|-----------------------------7~---------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------|
(Parte 11) E|----20p17----20p17----20p17----20p17----20p17-------|
B|-17-------17-------17-------17-------17-------17----| G|----------------------------------------------------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| E|-20b22~---------------------------------------------| B|----------------------------------------------------| G|----------------------------------------------------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| (Guitarra 3 - com slide) E|----------------------------------------------------| B|-13\12---13\10~-------------------------------------| G|----------------------------------------------------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------|
[Quinta Parte] (Guitarra 2) A5 G5 F5
G5
E|------------------------------------------| B|------------------------------------------| G|------------------------------------------| (3x) D|-7-7--5-5--3---3---3---3---3-5------------| A|-7-7--5-5--3---3---3---3---3-5------------| E|-5-5--3-3--1-0-1-0-1-0-1-0-1-3------------|
Am
G G
F G
Our shadows taller than our soul
Am
G
F G
There walks a lady we all know
(Guitarra 2) A5 G5 F5
A5
E|------------------------------------------| B|------------------------------------------| G|------------------------------------------| D|-7-7--5-5--3------------------------------| A|-7-7--5-5--3-------3--5/7--5-3------------| E|-5-5--3-3--1--3/5--------------5----------| A5 G5 F5 E|------------------------------------------| B|------------------------------------------| G|------------------------------------------| (3x) D|-7--5-5--3--------------------------------| A|-7--5-5--3-------3--5/7--5-3--------------| E|-5--3-3--1--3/5--------------5------------|
Am
G
F G
Who shines white light and wants to show
Am
G
F G
How everything still turns to gold
Am
G
F G
And if you listen very hard
Am
G
F G
The tune will come to you at last
Am
G
F
G
When all are one and one is all, yeah
Am
G
F
To be a rock and not to roll
34
E|----------------------------------------------------| B|--------------8h10~---------------------------------| G|------5--7/9----------------------------------------| D|-5/7------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| B|-3----5------8------10-----13-----------------------| G|-5b7--7b9~---10b12--12b14--15b17~-------------------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| B|-12-----13----13------------------------------------| G|-14b16--15b17-15b17~--------------------------------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| B|-12-----13----13------------------------------------| G|-14b16--15b17-15b17~--------------------------------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| B|-12-----13------------------------------------------| G|-14b16--15b17~--------------------------------------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------|
F G
And as we wind on down the road
Am
( Am G F ) (4x)
E|----------------------------------------------------| B|-15-----13-----12-----15-----13---------------------| G|-17b19--15b17--14b16--17b19--15b17~-----------------| D|----------------------------------------------------| A|----------------------------------------------------| E|----------------------------------------------------| And she’s buying a stairway to heaven ----------------- Acordes ----------------A5 = X 0 2 2 X X Am = X 0 2 2 1 0 Am7 = X 0 2 0 1 0 C=X32010 C/G = 3 3 2 X 1 X C7M(#5) = X 3 2 1 0 0 D=XX0232 D/F# = 2 X 0 2 3 2 D4 = X X 0 2 3 3 D5(9) = X 5 7 9 X X Em = 0 2 2 0 0 0 F=133211 F5 = 1 3 3 X X X F7M = 1 X 2 2 1 X G=320003 G/B = X 2 0 0 3 3 G5 = 3 5 5 X X X
35
36