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Guerra, M., Azeredo, Z., Ferreira, M., Sousa, I. (2018) O idoso no serviço de urgência: uma revisão integrativa, Journal of Aging & Innovation, 7 (3): 80 - 90

REVISÃO iNTEGRATIVA: Guerra, M., Azeredo, Z., Ferreira, M., Sousa, I. (2018) O idoso no serviço de urgência: uma revisão integrativa, Journal of Aging & Innovation, 7 (3): 80 - 90

 Revisão Integrativa

O idoso no serviço de urgência: uma revisão integrativa The elderly in the emergency department: an integrative review El anciano en el servicio de urgencia: una revisión integrativa Magda Guerra1, Zaida Azeredo2, Marta Ferreira3, Joana Lopes3, Inês Sousa3 1

Enfermeira, Docente da ESS Jean Piaget Viseu, membro da RECI, 2Médica, Doutorada em Saúde Comunitária, Coordenadora da RECI/ IPIAGET, 3Alunas de Enfermagem da ESS Jean Piaget Viseu

Corresponding Author: magdasantosguerra@gmail.com RESUMO O presente artigo de revisão tem por objetivo abordar o tema envelhecimento e, tendo como componente diferencial para a investigação as modificações morfofuncionais decorrente do treinamento de força com peso.Mostrar através de resultados encontrados na literatura os principais benefícios com programas e metodologias distintas aplicadas ao público idoso. Nesta perspectiva, investigar as variáveis biológicas (força e composição corporal) envolvidas durante o processo de envelhecimento. A metodologia utilizada buscou pesquisar em periódicos os artigos científicos que demonstraram os resultados, sejam eles benéficos ou não, e, através dos achados sugerir qual seria os melhores programas para esta população em questão. Palavras-Chave: Treinamento de força; idosos; funcionalidade.

ABSTRACT The aim of this study was to review the issue and aging, with the differential component for research morphofunctional changes resulting from strength training with weights. Show results found through the literature the main benefits and programs with different methodologies applied to the elderly population. In this perspective, investigating the biological variables (strength, flexibility, body composition and cardiopulmonary) engaging during the aging process. The methodology sought to find scientific articles in journals that demonstrate the results, be they beneficial or not and through the findings suggest what would be the best programs for this population in question. Keywords: Strength training.Seniors.Morphofunctional modifications. Keywords: Strength training; seniors; functionality.

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INTRODUÇÃO O envelhecimento demográfico, o aumento de idosos e grandes idosos a viver sós ou com o conjugue também idoso, ou com cuidadores sem qualquer formação específica podem conduzir a uma maior afluência de idosos aos serviços de urgência hospitalares. Com efeito sofrendo grande parte destes idosos de grande multimorbilidade e de uma alta comorbilidade é natural que surja na sua rede social mais próxima uma grande ansiedade quando observam qualquer alteração na pessoa idosa, tanto mais que patologias facilmente tratáveis podem apresentar quadros clínicos exuberantes que apontam para outras patologias mais graves. O surgimento recente da figura do idoso fragilizado como um idoso que embora possa ou não padecer de patologias, tem as suas capacidades de adaptação seriamente comprometidas apresentando também uma grande redução da capacidade de resposta a fatores stressantes, ainda que estes sejam mínimos, podem também ser uma causa de aumento no recurso a um serviço de urgência hospitalar. Estas situações, bem como o equilíbrio instável que o idoso vivencia com o meio, conduzem muitas vezes a que ele ou alguém da sua rede social considere determinado acontecimento como uma urgência que o profissional de saúde, com a sua longa experiência, se apercebe que pode não o ser. No entanto dada a fragilidade do idoso uma situação que à entrada não era urgente pode transformar-se em pouco tempo numa situação mais grave. Quer por este motivo quer para sossego de quem traz o idoso à urgência, quer ainda pela atipia com que algumas doenças se apresentam há necessidade de observar neste local, cuidadosamente o idoso e se necessário pedir exames complementares, obrigando o idoso a permanecer algum tempo neste serviço Como Azeredo (2014) afirma o serviço de urgência pelas suas caraterísticas intrínsecas, a intensidade e frequência de emoções vivenciadas (em que há um contacto permanente com situações emergentes e morte), bem como a mobilidade de profissionais, doentes e familiares é por si só indutor de despersonalização e de desumanização dos cuidados prestados, podendo gerar no idoso desconforto, insegurança e confusão, com consequente agravamento do seu estado físico e mental, já de si fragilizado pela situação clínica.

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Assim, há necessidade de conhecer melhor quais os motivos que levam um idoso a recorrer a um serviço de urgência. Sem declinar a necessidade de uma investigação de foro qualitativo, optou-se por numa primeira fase fazer uma revisão integrativa sobre este tema. Partindo da questão de investigação:Quais os fatores que influenciam a procura dos serviços de urgência pelos idosos? elaborou-se o processo de investigação cujos aspetos metodológicos e resultados se apresentam seguidamente.

Metodologia Para a definição de critérios de inclusão e seleção da amostra, recorreu-se ao método denominado de PI[C]OD: Participantes (e situação clínica), Intervenções, Resultados (Outcomes) e Tipo de Estudo (Study).

Para a pesquisa escolheram-se as palavras chave abaixo mencionadas:

a) Descritores/ Mesh: De acordo com a temática foram selecionados os seguintes descritores: Elderly and Emergency service and Emergencies

b) Critérios

Critérios de inclusão: • Artigos apresentados em texto integral (Full text); • Artigos em língua inglesa; • Data de publicação de 2014 a 2018;

Critérios de exclusão: • Artigos anteriores a 2014; • Não abordem a temática; • Resumo que não vai de acordo com a temática; • Artigos não gratuitos.

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Em seguida, procedeu-se á busca nas várias bases de dados eletrónicas, aplicando os critérios de inclusão e exclusão para definir o final corpus amostral.

c) Bases de Dados consultadas: • Medline (136 artigos) • PubMed (157 artigos) • Psychology and behavioral sciences collection (27 artigos) Total: 376 artigos

Excluídos 10 artigos repetidos Excluídos 355 artigos pela análise dos títulos e resumos rereredos resumos

Excluídos 4 artigos pela análise total dos mesmos

7 artigos

Resultados A maior parte dos artigos era referente a estudos feitos nos EUA. Dos restantes um foi feito na Alemanha outro em França, outro na Coreia do Sul e um em Hong Kong Todos os estudos foram de cariz quantitativo, porém identificaram motivos diferentes para recorrer a um serviço de urgência sendo que grande parte se devia a “doença” (80,7% no estudo Sul-Coreano), no entanto os acidentes nos quais se incluem as quedas são outro motivo.

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. Título

Autor

Visitas ao departamento de emergência por adultos mais velhos com doença mental na Carolina do Norte.

Hakenewerth AM Tintinalli JE Waller AE Ising A

Impacto da onda de calor de 2011 na mortalidade e nas visitas ao departamento de emergência. Houston, Texas

Zhang K.; Hsuan T.; Begley . .; (2015)

Validade Preditiva da Identificação de idosos em ferramenta de triagem de risco em um Departamento de Emergência Alemã.

Estudo de Intervenção com Algoplus: Uma Escala de Dor Comportamental para Pacientes Idosos no Departamento de emergência.

Tipo de estudo Quantitativo

Métodos

Resultados

Conclusões

Extraímos os dados da visita ao DE da North Carolina Disease Event Tracking e Epidemiologic Collection Tool (NC DETECT).

Pessoas com idade igual ou superior a 65, que apresentam MHD deram entrada no DE corresponde a uma percentagem de 27.3% sendo que 51.2% foram admitidos. Os diagnósticos mais comuns de MHD para essa faixa etária foram psicose e stresse / ansiedade / depressão.

Os idosos com MHDS representam mais de um quarto dos pacientes do DE e os números continuarão a aumentar à medida que a população envelhece. Precisamos de nos antecipar e preparar para as necessidades dos idosos com MHDS.

Quantitativo

Foram usados modelos de desfasamento distribuídos para calcular associações entre a onda de calor de 2011 e todas as causas de mortalidade que ocorrem no departamento de emergência (DE), de 1º de maio a 30 de setembro para o período de cinco anos 2007-2011.

A onda de calor de 2011 em Houston foi associada a um risco excessivo de 3,6% em consultas de emergência (95% CI: 0,6%, 6,6%) e aumento de 0,6% no risco de mortalidade (IC 95%: 5,5%, 7,1%). Idosos acima de 65 anos de idade foram os maiores riscos em visitas de emergência.

A onda de calor de 2011 em Houston teve um impacto substancial nas visitas ao DE e não houve impacto na mortalidade.

Singler K.; Jürgen H.; Heppner; Andreas; Skutetzky; Sieber .; Christ M; Thiem U; (2013)

Observacional

Durante um período de 8 meses (abril a novembro de 2010), uma enfermeira do estudo treinada aplicou o ISAR a pacientes consecutivos com idade ≥ 75 anos para o DE.

A idade média ± DP foi de 82,8 ± 5,0 anos. Segundo ISAR, 425 pacientes (81,7%) pontuaram ≥ 2 pontos, e 315 pacientes (60,5%) obtiveram ≥ 3 pontos. (48,1%) no dia 28 e em 260 pacientes (50,0%) no dia 180. Usando uma pontuação ISAR contínua, a área sob a curva o dia 28 foi de 0,621 (intervalo de confiança de 95%, IC 0,573 a 0,669) e 0,661 (IC 95% 0,615-0,708) no dia 180, respetivamente.

A versão alemã da ferramenta de rastreio ISAR identificou de forma correta os doentes idosos na emergência com risco aumentado de um resultado negativo. Usando o ponto de corte maior ou igual 3 pontos em vez de maior ou igual que dois pontos obteve melhores resultados globais.

Moustafa F.; MD; Macian N; MSc; Giron F; BSc; Schmidt Je; MD; (2017)

Quantitativo

O estudo de intervenção (NCT 02258503) foi realizado em 4 etapas no DE,Hospital Universitário Clermont-Ferrand, França. A avaliação da dor e a prescrição de analgésicos foram prescrições médicas por 3 meses.

A intervenção levou à avaliação sistemática da dor com Algoplus em 100% dos pacientes (≥ 75 anos, n = 434) e foi completado pela escala de classificação numérica (NRS) entre outras avaliações. A correlação de Pearson entre NRS ≥ 3 e Algoplus <2 foi 0,61. A prescrição de analgésicos (+ 6%) especialmente os opióides aumentaram de forma não significativa,

A introdução sistemática de Algoplus no DE, permitiu uma mudança na pratica, melhorando a avaliação e gestão da dor em pacientes com idades igual ou superior a 75anos, especialmente quando difíceis de serem avaliados. A Algoplus permitiu um nivelamento objetivo da prescrição de

(2011)

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mas foram semelhantes para todos os pacientes, seja qual for a avaliação.

As principais queixas de Indivíduos Idosos em Apresentação ao Departamento de Emergência: Uma Análise Retrospetiva dos Dados Nacionais Sul-Coreanos 2014.

Song M; Jin X; Ko HN; Tak SH; (2014)

Quantitativo

Identificação de visitas ao departamento de emergência potencialmente evitáveis pelo lar de idosos Residentes nos Estados Unidos.

Burke RE.; Rooks SP.; Levy C.; Schwartz R.; Ginde A (2015)

Quantitativo

A influência do clima frio no uso de ligações de emergência: um estudo de caso em Hong Kong.

Chen F.;

Qualitativo

Yip PS. (2015)

O banco de dados de registros de 2014 do Sistema Nacional de Informações do Departamento de Emergência na Coréia do Sul, que incluiu dados sobre 908.761 visitas de emergência por indivíduos com 65 anos ou mais, foi revisado. Dados demográficos do paciente, informações sobre a visita ao prontosocorro, incluindo testes realizados, intervenções (tanto procedimentos quanto medicamentos) fornecidas e diagnósticos tratados.

Quaisquer temperaturas críticas são identificadas inspecionando visualmente o gráfico da função de efeito da temperatura.

Descobrimos que 80,7% das consultas de emergência estavam relacionadas com a doença, enquanto que as visitas restantes estavam relacionadas com a lesão.

Residentes mais velhos do NH foram responsáveis por 3857 de 208.956 visitas ao DE durante o período de interesse (1,8%).

Os efeitos dos dias da semana e do mês são significativos, com a segunda-feira vendo mais chamadas do PE Link do que os de domingo e junho, com menos de janeiro. A temperatura tem um efeito significativo na taxa de chamadas do PE Link, com o efeito altamente não linear. Uma temperatura crítica, abaixo da qual o aumento excessivo das ligações do PE que levam à hospitalização, é identificado como sendo de cerca de 15 ° C.

analgésicos em todos os pacientes admitidos. Também promoveu ações de campo para melhorar o manejo da dor em disfunção erétil. Esses achados podem ser usados para estabelecer um currículo de treinamento em DE para estudantes de enfermagem e enfermeiros de emergência, particularmente para a triagem de DE em idosos Esta amostra nacionalmente representativa de residentes de NH mais antigos sugere que as visitas a DE por lesão, aquelas que estão associadas a sinais vitais de triagem normais e aquelas que não estão associadas a qualquer teste de diagnóstico são potencialmente evitáveis. A identificação de uma temperatura limiar que gera um aumento excessivo no número esperado de ligações PE-Link seria útil no planejamento da provisão de serviços e no apoio aos idosos que necessitam de internamento hospitalar.

No estudo da Carolina do Norte os motivos foram sobretudo de stress, ansiedade/ depressão e psicoses. Já o estudo do Texas cujo período abrangeu uma onda de calor observou-se um maior número de consultas de idosos no serviço de urgência relacionados precisamente com a onda de calor. Este estudo é corroborado pelo estudo realizado em Hong Kong que chega à mesma conclusão, que a temperatura ambiente, quando excessiva influencia a ida dos idosos a um serviço de urgência.

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Discussão de resultados As pessoas idosas que recorrem ao serviço de urgência (SU) têm uma apresentação clínica complexa e muitas vezes manifestam resultados adversos após a vinda ao SU. Intervenções específicas podem ser empreendidas no sentido de identificar as pessoas idosas em risco. Segundo o estudo “Visitas ao departamento de emergência por adultos mais velhos com doença mental na Carolina do Norte.”, as pessoas mais velhas apresentam um risco acrescido para as perturbações de ansiedade e para isso contribuem a fragilidade crescente, a presença de doenças orgânicas e as perdas globais que contribuem para um sentimento de vulnerabilidade e medo. Para Ferreti (2011), cerca de 90% das doenças mentais apresentadas pelos idosos são constituídas quer pela perturbação da ansiedade generalizada, quer pelas fobias específicas, representando ansiedade generalizada cerca de 50%, tendo usualmente tido início numa idade mais precoce, com exacerbações na idade avançada (50-97%). Os estudos “Impacto da onda de calor de 2011 na mortalidade e nas visitas ao departamento de emergência. Houston, Texas” e “A influência do clima frio no uso de ligações de emergência: um caso em Hong Kong” a temperatura ambiente exibe grande influência sob a recorrência do idoso ao serviço de urgência. Assim, o processo de envelhecimento associado à onda de calor, aumenta o risco de desidratação sendo esta uma das causas mais frequentes de hospitalização entre os 65 e os 75 anos. Com o envelhecimento, a proporção de água no corpo humano reduz de 70% do peso corporal. À medida que esta percentagem de água vai decrescendo, a capacidade do organismo de responder à desidratação fica comprometida. A desidratação está associada ao aumento de quedas, fraturas, confusão, delirium,

úlceras

de

pressão,

dificuldades

na

cicatrização,

obstipação,

infeções

(principalmente as urinárias), nefrolitíase, insuficiência renal, toxicidade medicamentosa, má tolerância ao calor, acidente vascular cerebral, tromboses venosas e enfarte agudo do miocárdio, que levam os idosos a recorrer ao serviço de urgência (Costa, 2015). Contrariamente ao calor, o frio está associado a uma menor taxa metabólica e a uma disfunção da regulação da temperatura corporal. Com a diminuição da temperatura, ocorre a vasoconstrição relacionada com o frio, logo o idoso tem maior dificuldade em reter calor. Além disso, em situação de hipotermia (temperatura corporal inferior a 35º C), os tremores que um idoso apresenta são menos intensos, limitando por sua vez a capacidade de gerar calor.

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Ocorre também, uma redução da sensibilidade térmica da pele. Em suma, o que ocorre para se chegar a uma condição de hipotermia, é um somatório da perda excessiva de calor (por fatores ambientais), assim como a proteção inadequada ao frio, não somente a física como cobertores e aquecedores, mas a intrínseca, relacionada à própria fragilidade do idoso e à diminuição da sua capacidade de regulação térmica (envelhecimento fisiológico) (Azeredo, 2011). Após a análise do estudo “Estudo de Intervenção com Algoplus: uma escala de dor comportamental para paciente idosos no Departamento de Emergência” e tendo em conta a Associação Internacional para o Estudo da Dor, a IASP, que caracteriza a dor como uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a lesão tecidular real ou potencial, ou descrita em termos dessa lesão (adaptado de Merkey & Bogduk, 1994, citados por Willens, 2003), podemos concluir que a dor é subjetiva, o que pode ser urgente para o idoso/cuidador, pode não ser para o profissional de saúde. Assim, a dor é de facto uma experiência biopsicossocial e a cultura desempenha um papel importante, em determinar como interpretamos e expressamos a dor. Os principais motivos dos idosos recorrerem a um serviço de urgência têm por base a doença ou quedas, de acordo com o estudo “As principais queixas de indivíduos idosos em apresentação ao departamento de emergência: uma análise retrospetiva dos dados Nacionais Sul-Coreanos 2014”. Sendo que o processo de envelhecimento é pautado por alterações biológicas progressivas (físicas, sensitivas, cognitivas, de coordenação), torna a população geriátrica mais propensa a sofrer quedas e lesões através deste mecanismo, risco este que aumenta com a idade e em indivíduos institucionalizados. O acesso ao departamento de emergência (DE) é potencialmente evitável pelos idosos residentes em lares (segundo um estudo da tabela de evidências realizado nos EUA). É importante recorrer a este tipo de serviços, no entanto estes levam à hospitalização e podem estar associadas a custos significativos para o paciente e para o sistema de saúde. De acordo com os resultados obtidos e após a análise dos mesmos, o idoso cada vez mais é uma pessoa solitária e, à medida que a idade avança, mais fragilizada, recorrendo por estas razões mais ao serviço de urgência (Azeredo, 2014). O medo da proximidade da morte e de complicações frequentes em patologias préexistentes, o cansaço ou a insegurança do cuidador, bem como a baixa literacia em saúde e por vezes, a conjugação de fatores ambientais fazem com que o idoso recorra mais a um serviço de urgência do que a população em geral.

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Conclusão O processo de envelhecimento assume, cada vez mais, maior relevância em todos os países, sobretudo nos mais desenvolvidos, pela sua dimensão e pelos problemas que levanta em termos epidemiológicos, assistenciais e de saúde. A nível individual, vários problemas poderão influenciar o envelhecimento, como problemas físicos, psicológicos ou cognitivos, não descurando a influência de fatores externos, ambientais, socioeconómicos e profissionais. Com o aumento da esperança de vida que se verifica atualmente temos de nos esforçar para que esse prolongamento corresponda a um envelhecimento saudável, de modo a que o idoso continue disponível para viver cada dia de um modo independente. Após pesquisa nas bases de dados citadas nos métodos, a evidência disponível permite que tenhamos acesso a uma nova perspetiva sobre esta temática, que sirva de alerta para a adequação dos cuidados de saúde. O recurso a um serviço de urgência não é isento de riscos sobretudo para pessoas fragilizadas quer biologicamente quer psiquicamente como são muitos dos idosos e grandes idosos. Por isso estudos feitos na comunidade, bem como uma melhor formação / informação dos cuidadores no sentido de conhecerem melhor sinais de alerta em idosos torna-se fundamental, bem como uma melhor vigilância dos idosos a viver na Comunidade, por parte dos profissionais de Cuidados de Saúde Primários A proporção de idosos e centenários na sociedade vai continuar a aumentar exigindo dos serviços de saúde e sociais mudanças, de forma a adaptarem-se a esta nova realidade (Azeredo, 2016).

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