Souza T., Silva J., Lins A. (2020) Aging in the persons of old people from a university open to the third age, Journal of Aging & Innovation, 9 (2): 116 - 132 ARTIGO ORIGINAL: Souza T., Silva J., Lins A. (2020) Aging in the persons of old people from a university open to the third age, Journal of Aging & Innovation, 9 (2): 116 - 132
Artigo Original
O ENVELHECER NA PERCEPÇÃO DE IDOSOS DE UMA UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE Aging in the persons of old people from a university open to the third age Envejecimiento en la percepción de personas mayores de una universidad abierta a la tercera edad Thiago José Nascimento de Souza 1; José Júnior Bezerra da Silva 2, Ana Elizabeth Santos Lins3 1
RN, MsC; 2Terapeuta Ocupacional, MsC; 3 Terapeuta ocupacional, PhD, Docente da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal). Corresponding Author: josejuniorto@outlook.com
Resumo Este estudo teve como objetivo conhecer a percepção dos idosos participantes de uma Universidade Aberta à Terceira Idade sobre o envelhecimento. Trata-se de um estudo exploratório, de campo, com abordagem qualitativa, no qual os materiais coletados foram analisados sob à luz da análise de conteúdo na modalidade temática. A partir da análise de conteúdo emergiram quatro grandes categorias temáticas: Envelhecer na percepção do idoso/ Envelhecer com independência e autonomia/ As Nuances do envelhecimento: vantagens e desvantagens / Os desafios de envelhecer no mundo contemporâneo. Os resultados apresentaram que a percepção do idoso sobre o envelhecimento está relacionada com um momento de ganhos e perdas. Observou-se por meio do discurso dos sujeitos pesquisados a necessidade de estarem realizando suas atividades cotidianas de maneira independente, e que a oportunidade de escolha influencia diretamente na qualidade de vida. Observou-se ainda que os idosos percebem que são excluídos pelos jovens e essa atitude repercute de forma negativa em suas vidas. E ainda não se sentem contemplados com as políticas públicas. Palavras-chave: Envelhecimento, Idoso, Enfermagem.
Abstract This study aimed to know the perception of the elderly participants of a University Open to the Third Age about aging. This is an exploratory, field study, with a qualitative approach, in which the collected materials were analyzed under the light of content analysis in the thematic modality. From the analysis of content emerged four major thematic categories: Aging in the perception of the elderly / Aging with independence and autonomy / The nuances of aging: advantages and disadvantages / The challenges of aging in the contemporary world. The results showed that the elderly's perception about aging is related to a moment of gains and losses. It was observed through the discourse of the subjects studied the need to be performing their daily activities independently, and that the opportunity to choose directly influences the quality of life. It was also observed that the elderly perceive that they are excluded by the young people and this attitude has a negative impact on their lives. And still do not feel contemplated with public policies. Keywords: Aging, Elderly, Nursing.
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1. INTRODUÇÃO O envelhecimento da população mundial representa um trunfo para a humanidade, porém traz um desafio social e estrutural para atendimentos necessidades desse grupo, em especial o atendimento em saúde. A esse respeito Netto2 define o envelhecer como um agrupamento de diversas transformações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas que apontam perdas progressivas da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente. Compreendendo assim esse período um processo natural em que o idoso passa por diversas modificações, sejam elas fisiológicas com maior fragilidade e vulnerabilidade (fragilização de vínculos familiares e/ou comunitários) intercorrências patológicas, nos aspetos biológico, psicológico e social3. Existem também duas importantes definições utilizadas quando são analisados os processos de envelhecimento, a senescência e a senilidade. Sendo a senescência compreendida como um processo natural de diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos, em outras palavras, o processo natural de envelhecimento4. Já a senilidade, é o processo de envelhecimento em decorrência de uma condição patológica, que requer uma atenção e tratamento mais específico, tendo em vista que seu perfil se atribui a presença de doenças e/ou limitações, que possam surgir ao longo da vida, como osteoporose, câncer, e outras doenças5. Nesse sentido, as diferentes representações científicas a respeito das nuances do processo de envelhecimento, da perspetiva biopsicossocial, estão bem documentadas conceitualmente e despontam como significativos norteadores no campo da Gerontologia, instrumentalizando pesquisas e alicerçado na assistência em saúde 6. Diante disto, o Projeto de extensão universitário Universidade Aberta à Terceira IdadeUncisati da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas- Uncisal tem como objetivo o desenvolvimento de ações e práticas com foco na reintegração social, por meio de atividades de cultura, educação, desporto e lazer, a fim de contribuir para a melhoria da qualidade de vida de seus participantes, que deverão ter idade igual ou superior a 55 anos, no mesmo momento em que amplia as práticas de ensino pesquisa e extensão, contribuindo para novas oportunidades educacionais 7. Segundo Andrade8 a participação de idosos em grupos significa uma maneira de voltar para o convívio social, devido à maioria das vezes, enfrentarem diversos tipos de problemas. Este estudo teve como objetivo: Conhecer a perceção dos idosos de uma Universidade Aberta à Terceira Idade sobre o envelhecimento. Assim, é justificado pela importância de se
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conhecer como o idoso percebe e entende o seu envelhecimento, e torna-se relevante pelo conhecimento adquirido através da perceção desse grupo sobre suas necessidades. De tal maneira, a reflexão em torno do significado do envelhecimento por meio dos relatos dos idosos, certamente, também seja um caminho para a compreensão do significado real da velhice, o que pode trazer subsídios, podendo proporcionar aos profissionais de saúde, idealizar estratégias fundamentadas para esse público, considerando suas necessidades e realidade, com foco na manutenção de sua autonomia e independência 9.
2. METODOLOGIA
Trata-se de um estudo exploratório, de campo, com abordagem qualitativa que segundo Minayo10 (p. 21) esse tipo de estudo “trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes”. Este faz parte da pesquisa qualitativa denominada “O envelhecer na percepção de idosos de uma Universidade Aberta à Terceira Idade”, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o CAAE 79485717.2.0000.5011 com parecer número 2.408.495 de 30 de novembro de 2017. Como instrumento para coleta de dados foi utilizada uma entrevista semiestruturada que combina perguntas em que o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questão, sem se prender o foco do objetivo
10
.
Os sujeitos pesquisados foram os idosos regularmente matriculados no projeto de extensão Uncisati. O cenário da pesquisa foi a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas- Uncisal, onde são realizadas as oficinas do projeto de extensão. Foi realizada uma consulta prévia à Pró-reitoria de Extensão da Uncisal para conhecer o número de idosos participantes do projeto. A amostra determinada foi a não probabilística do tipo intencional, pois nesta o pesquisador está interessado na opinião (ação, intenção e outros) de determinados elementos da população, mas não representativos dela, sendo determinado pelo entrevistador o ponto de saturação. A escolha dos entrevistados foi determinada a partir de alguns critérios: pessoas com mais de 60 anos de idade, matriculadas regularmente no projeto de extensão Uncisati, consideradas aptas cognitivamente, através do teste de rastreio Mini Exame do Estado Mental (MEEM) que se trata de um instrumento de rastreio que pode ser utilizado para detectar déficits e perdas cognitivas 11. Não fizeram parte aqueles que apresentaram déficits cognitivos determinados pelo MEEM, ou que por algum motivo desistiram de participar após a assinatura do TCLE. Os participantes foram convidados de forma individual a participar do estudo, após todos os esclarecimentos sobre a sua participação foi assinado o Termo de Consentimento Livre e JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, AGOSTO, 2020, 9 (2) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v9i2-10
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Esclarecido (TCLE). Em seguida, foi aplicado o Mine Exame do Estado Mental. O MEEM original é composto por duas partes que medem funções cognitivas, na primeira seção contém itens que avaliam orientação, memória e atenção, que totalizam 21 pontos, a segunda mede a capacidade de nomeação, de obediência a um comando verbal simples e a um escrito, de redação livre de uma sentença e de cópia de um desenho complexo (polígonos). Ao final o escore é de 30 pontos baseados em itens dicotômicos considerando o nível escolar do indivíduo11. Após a identificação sobre a situação cognitiva do sujeito, foi realizado a entrevista, a qual foi gravada e posteriormente transcrita para a análise dos dados. O referencial metodológico utilizado para o tratamento dos dados coletados foi a Análise de Conteúdo sob a luz da modalidade temática, que são técnicas de análise das comunicações, que utiliza procedimentos objetivos e sistemáticos de descrição do conteúdo das mensagens. Em outras palavras, essa técnica consiste em identificar os núcleos dos sentidos presentes em comunicações, antes da análise propriamente dita, deve haver preparação do material reunido para eventual preparação formal, ou seja, os discursos feitos pelos participantes devem ser gravados e posteriormente transcritos 12. A entrevista utilizada foi dividida em duas partes, a primeira parte decorria sobre a caracterização dos participantes e a segunda sobre questões referentes à perceção do idoso sobre seu processo de envelhecimento.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES As entrevistas aconteceram de março à Abril de 2018, no mesmo momento que começaram as atividades do projeto de extensão Uncisati, sendo o número total de vinte e dois participantes voluntários, regularmente matriculados no projeto de extensão nas oficinas de: bordado, meditação, medicina natural e danças circulares. A média de tempo de participação no projeto foi de três anos. A maioria dos sujeitos voluntários é aposentada, além da aposentadoria alguns exercem atividades remuneradas, sem vínculo empregatício. Sobre o escore do MEEM, prevaleceu dificuldade no item de atenção e cálculo. Houve predominância significativa do sexo feminino, apenas dois dos participantes eram do sexo masculino com idade ente 60 e 75 anos, e a outra parte foi composta por mulheres com idades entre 60 e 79 anos. É importante lembrar que os idosos participantes deste estudo foram selecionados intencionalmente, logo os resultados refletem uma percepção sobre envelhecimento de idosos em um ambiente de desenvolvimento, diferentemente se este fosse realizado em outros locais. Como resultados da análise de conteúdo emergiram quatro grandes categorias temáticas: 1. Envelhecer na percepção do idoso; 2. Envelhecer com independência e autonomia; 3. As JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, AGOSTO, 2020, 9 (2) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v9i2-10
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Nuances do envelhecimento: vantagens e desvantagens; 4. Os desafios de envelhecer no mundo contemporâneo. 3.1. ENVELHECER NA PERCEPÇÃO DO IDOSO
A preocupação da população em tentar encontrar conceitos que expliquem o processo de envelhecimento é muito antiga e, por ser muito complexa, são diversas teorias que tentam explicá-lo13. Desse modo, a partir das falas dos participantes deste estudo foi percebido que algo característico do envelhecer são as diversas transformações biológicas e sociais que começam a ser visto não como algo incômodo, mas algo que faz parte do ciclo da vida, sendo também um momento onde se adquiriu muitas experiências com o tempo e que este deve ser passado para os mais jovens, conforme pode-se visualizar nas falas abaixo:
Para mim, envelhecer, é uma sequência de transformações, são transformações físicas, são transformações sociais (...). Envelhecer pra mim é simplesmente um processo de vida, que não é nenhum sacrifício, é uma rotina, quem não envelhece morre jovem (E1).
Em concordância a isto, aqui será adotado a perspetiva de que o processo de envelhecimento é uma etapa que provoca no organismo modificações biológicas, psicológicas e sociais, sendo nesse período que essas mudanças ficam mais evidentes 14. Os entrevistados enfatizaram a existência de diversas mudanças físicas, como a indisposição (cansaço) e ou limitação para realizarem atividades do dia a dia, segundo podese evidenciar:
É o tempo que passa, e a gente vai ficando mais cansado. Eu me sinto bem, mas não tenho o mesmo pique de antes né? Antes eu era mais ativa, fazia as coisas sem sentir nada. Hoje eu já fico mais cansada rápido, mas mesmo assim eu não me desanimo, eu corro atrás das coisas pra não ficar parada (E5).
Na perceção dos idosos o processo de envelhecimento deve ser encarado como um processo natural, que perpassa a vida de todo indivíduo, e mesmo que surjam dificuldades, limitações, essas não os impedem de estar realizando suas atividades prazerosas. Acreditam que:
Envelhecer é você ter força de vontade pra você fazer as coisas (E10).
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Envelhecer é você não se preocupar e viver. É você não ficar sentado em uma cadeira esperando a morte chegar, a morte é uma coisa natural que vai acontecer (E8).
Dessa maneira, compreende-se que nascer, crescer, e envelhecer são progressos naturais que se denotam com passar do tempo, todavia, como ocorrem vai depender de diversos fatores, sejam eles relacionados ao histórico de vida aliado as potencialidades genéticas de cada um15. A partir das falas dos participantes, observa-se que há também rejeição quanto à palavra envelhecer, causando desconforto, preferindo não ser associado a ela, pois esta refere a perdas e diminui o indivíduo em um ser com limitações e fragilidades. Algo semelhante foi encontrado no estudo de Murakami et al16 sobre as representações sobre o que é ser idoso, apresentou-se bastante ligada à saúde, aos aspectos físicos e relacionado aos aspectos emocionais. Essas mudanças físicas, sociais e emocionais acometem essa população com maior intensidade do que as demais faixas etárias. Como tal encontramos nas falas:
Não gosto dessa palavra envelhecer, eu gosto da palavra experiência, porque os cabelos brancos que dizer inteligência (E14).
Envelhecer é a pessoa se acomodar, ficar sem ânimo para a vida e se isolar (E17). Os atores desse estudo perceberam que existe diferença no seu envelhecer quando se comparam aos seus pais, em relação a ter hábitos saudáveis. Acreditam que se tivessem sido orientados de maneira adequada, talvez hoje a qualidade de vida fosse melhor. Somadose a isto deve ser compreendido, que o processo de envelhecimento é influenciado por uma somatória de diversas variáveis que determinam a qualidade do envelhecer, dentre elas, normas sociais, atitudes, valores e crenças17. Ainda em comparação aos seus genitores, referem uma superior qualidade de vida. Isso pode estar relacionado ao atual acesso aos serviços de saúde, que em suas juventudes não era tão fácil. Declaram que:
Hoje eu não tô envelhecendo da mesma forma que minha mãe envelheceu, ela sofreu muito, não tinha hospital, não tinha remédio. Hoje é tudo mais fácil (E2).
Porque é diferente de uma pessoa para outra. Minha mãe quando tinha minha idade, ela era uma pessoa assim, recatada, ficava em casa (E13).
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A promoção da saúde, que é mais importante que a prevenção, ainda que não a desconsidere, apareceria definida não em função de estratégias de prevenção de doenças, mas de iniciativas que facilitariam o desenvolvimento de um estado de equilíbrio harmonioso entre as pessoas, seus próximos e seu ambiente, contribuindo de forma significativa para que o idoso permaneça ativo na sociedade e tenha melhor qualidade de vida 18. Os cuidados com a saúde foram colocados como primordiais para um envelhecimento sem danos, compreendem que a condição atual de saúde está relacionada diretamente com as boas práticas de vida ativa, em outras palavras com ações preventivas.
Aí chega um momento que a gente vai envelhecendo, só que a gente precisa procurar nos cuidar cedo (E3).
Hoje eu procuro me cuidar, vou para a ginástica, faço minha caminhada. Não tenho medo de morrer, eu tenho medo de ficar doente (E4).
Eu acho que se a pessoa entendeu que é idoso, que precisar cuidar da saúde mais ainda do que era jovem, precisar procurar fazer exercícios físicos pra manter uma saúde corporal, então não vai ter o que reclamar da sua idade, entende? (E7). Nesse contexto, segundo a Organização Mundial da Saúde 19 o envelhecimento ativo é compreendido como o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança do indivíduo com o propósito de melhorar a qualidade de vida no decorrer do processo de envelhecimento populacional, sendo pressuposto que a independência é colocada como principal marcador de saúde.
O dia a dia foi mostrado o que é envelhecer, e eu luto e reluto por um envelhecimento ativo, um envelhecimento saudável para que eu não envelheça e fique ali parada, dependente (E11).
Ter uma preocupação com a alimentação, exercícios físicos se relacionar com pessoas agradáveis. Sou muito satisfeita em ser idosa, minha família vive em minha volta, me chamam para sair e tudo (E8).
Apesar de perceberem a importância e necessidade de hábitos saudáveis, alguns participantes reconhecem que existe a negligência por parte dos mesmos, que não realizam atividades que beneficiem a saúde e que isso pesa em suas vidas. JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, AGOSTO, 2020, 9 (2) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v9i2-10
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Rapaz, eu não tenho muita qualidade de vida não. Exercício eu não faço, porque sou preguiçoso. Desporto eu não gosto de fazer. A única coisa diferente que eu faço na minha vida e vir para aqui [Uncisati] (E15). Na conceção de Mari et al20 a perceção dos sujeitos sobre sua saúde representa um significativo dado sobre o processo de envelhecimento, sendo um determinante de um estilo de vida, logo, uma perceção negativa sobre a própria saúde pode ser proveniente de dores, desconfortos, mal-estar e estar relacionada com fatores sociais, culturais, psicológicos e ambientais que o indivíduo vivencia. Desse modo, o profissional de saúde tendo como base a abordagem sistêmica, abandona a velha tradição de dividir, segmentar e separar, substituindo por uma nova maneira de cuidar das pessoas. Efetua-se com êxito, uma nova ação no espaço interdisciplinar, norteada por princípios éticos e humanitários, desenvolvidos basicamente por meio do processo dialógico e reflexivo, uma vez que a ênfase agora está no trabalho conjunto, realizado por equipes multidisciplinares, ou seja, de modo holístico focando no todo 21. Ainda sobre o que influencia em um envelhecimento saudável, foram apontados os hábitos alimentares:
Esse negócio de comida também, a gente já vai evitando. Gordura lá em casa não entra, meu marido é que gosta de umas besteiras, mas eu vou cortando aos poucos, arrasto ele pra fazer caminhada. (E1).
Porque a gente cortou açúcar, o refrigerante, até fruta eu fico de olho nela. Porque ele [marido] gosta de comer muita fruta doce, mas aí eu pego no pé dele (E4).
3.2. ENVELHECER COM INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA
Esta categoria temática apresenta o processo de envelhecimento como um momento em que o idoso se sente “livre” para realizar suas vontades. Ferreira et al 22 coloca que preservar o idoso funcionalmente independente é o primeiro passo para se atingir uma melhor qualidade de vida. Dessa forma, é preciso a implementação de programas específicos de intervenção, visando a eliminação de diversos fatores de riscos (ambientais e internos), além de criação e elaboração de ações de promoção da saúde e prevenção de doenças.
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A capacidade de escolhas, o sentimento de liberdade, maior tempo para atividades de lazer aliada a hábitos de vida saudáveis, são relatadas nas falas dos idosos a ideia de independência e autonomia:
Eu quero envelhecer independente, com autonomia. Então pra isso eu busco condições, eu busco oportunidade pra que essa surpresa, esse algo novo que surgiu na minha vida que é a terceira idade, eu venha viver de forma prazerosa (E11).
Eu me sinto muito satisfeita em ser idosa, estou passado uma fase muito boa, com saúde, faço o que eu quero, na hora que eu quero (E12).
O sentimento de liberdade no idoso tem relação com características sociais diferentes e se distingue o ser livre do não ser, tal como mal e o bem, a percepção de ser livre implica na existência de uma forma de dependência da qual se espera fugir 23. O significado dado para a liberdade é fruto das relações sociais e depende das histórias vividas24.
Sou aposentada, é uma maneira de dizer, sou livre. Sou livre. Porque antes, nossa vida era cuidar de casa, coisas de filho, cuidar de marido, hoje não (E1).
A gente tem mais tempo para cuidar da gente. Tem dia que vou ao shopping 16:00hs e só volto pra casa umas 19h, 20h (E4).
Algumas participantes do sexo feminino apontam que realizavam poucas atividades de lazer, devido a responsabilidade de cuidar do lar, criar os filhos e exercer o papel de esposa:
Você é mais livre para sair, não tem mais aquela responsabilidade com filhos, de levar na escola, de se preocupar com os filhos (E2).
Com o processo do envelhecimento, os participantes apontam que com o passar do tempo começaram a perceber o que é bom e o que traz prejuízos a vida, apresentam o sentimento de satisfação em envelhecer.
Sou mais feliz agora, porque agora eu comecei a cuidar de mim mesma, a me respeitar, a olhar o que é bom e o que é ruim para mim. Me sinto muito bem em envelhecer, porque antes eu não tinha oportunidade em estudar (E14).
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A gente tem mais tempo de cuidar da saúde, de ir ao médico, quando tem, eu posso sair quando eu quiser com minhas filhas. Ser livre, não é? (E3).
Foi apontado pelos idosos que terem o conhecimento de tecnologias de comunicação traz diversos benefícios para suas vidas, configurando-se como um facilitador das relações sociais:
Ah, hoje eu sou mais animada principalmente com o celular. Antes eu não sabia mexer e hoje eu mexo no WhatsApp, falo com meus filhos. Nossa família tem um grupo e a gente se fala todos os dias, filhos, sobrinhos, todo mundo (E1).
Menino, foi à melhor coisa da minha vida, ajudou bastante. Porque no celular tem tudo, não é? Eu estudo, jogo, porque é bom para o cérebro, porque eu já fiz envelhecimento ativo aqui e sei que fazer essas coisas de joguinhos, costurar, bordar é bom pra o cérebro por causa do Alzheimer (E4).
3.3. AS NUANCES DO ENVELHECIMENTO: VANTAGENS E DESVANTAGENS
Questionados sobre a existência de vantagens no envelhecimento, apontam o fator econômico como algo positivo, aposentadoria é tida como meio em que o idoso pode usufruir dos bens sociais. Sob a ótica dos idosos:
Existe mais vantagem porque sou aposentada, é uma maneira de dizer sou livre (E1)
As vantagens é que eu tenho essa aposentadoria, eu tenho minha vida arrumada, já é uma renda para me manter, para me cuidar, fazer o que eu quero, entendeu? (E13).
Outra vantagem trazida pelo envelhecimento segundo os idosos participantes é o passe livre no transporte e a existência de prioridades em atendimentos (bancos, supermercados e outros) caracterizada como algo benéfico e útil para os mesmos. Enfatizam que:
A vantagem é você ter a carteirinha de ônibus, para andar de graça. Não enfrenta fila, tem mais tempo para você, não tenho problemas familiares, minha vida é centrada (E9)
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Na perceção dos sujeitos, com o envelhecimento e consequentemente a aposentadoria, o tempo torna-se mais livre, o que é visto como vantagem, devido poderem se dedicar as atividades prazerosas, aos cuidados com a saúde e outras. Demonstrado nas falas que:
Existem mais vantagens em envelhecer, a gente tem mais tempo pra a gente. Mais tempo pra fazer as coisas, para cuidar dos netos, de aproveitar a vida (E6).
Existem várias vantagens em ser idosa. Como ser aposentada e ficar cuidando dos netos, que é muita responsabilidade, sabe como é não é? (E3).
Além do medo de agravos à saúde, o que mais os preocupam é o abandono dos filhos e ficarem dependentes dos cuidados de seus familiares:
[...]Para quando ficar mais idoso ainda não está numa cama, com os filhos cuidando (E5).
Meu maior medo e ficar dependendo de filho numa cama, Deus me livre, não quero nunca dar trabalho a ninguém (E14).
Indagados sobre a existência de vantagens e desvantagens em envelhecer, os participantes apontam a existência de diversos fatores, como o preconceito por parte dos jovens e a falta de oportunidades para o mercado de trabalho, apontam nas falas:
Mais desvantagens, como o preconceito, a falta de oportunidades, a discriminação (E1).
É notória a existência de exclusão social do idoso por parte dos meios sociais, isso acontece em decorrência de um pensamento estereotipado e cheio de preconceitos absorvido pelos mais jovens e transmitidos aos idosos25. Nesse sentido, alguns participantes percebem que diante de diversas transformações, há também uma separação de população, entre os idosos e os mais jovens:
Desvantagem é o adolescente, assim os mais jovens não aceitam muito o idoso. Hoje a gente ver os mais jovens que não dão muito valor ao idoso, discrimina o idoso (E4).
A dificuldade maior de ser idoso é as pessoas que não se aceitam como idoso (E1). Se contrapondo a esse achado, no estudo de Feller, Teston e Marcon13 foi constatado que envelhecer está associado à decadência, à dependência e à incapacidade para as JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, AGOSTO, 2020, 9 (2) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v9i2-10
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atividades simples da vida diária, como, por exemplo, andar, vestir-se, cuidar da casa e dos netos. A presença de doenças leva os idosos a acreditarem que o envelhecimento vem carregado de perdas, levando-os a desmotivação. Nessa perspetiva, destaca-se a necessidade de medidas de intervenção que se propõem a identificar as causas preventivas e/ou tratáveis das doenças crônicas não transmissíveis, que por vez deveriam ser prioridade das ações governamentais de cunho coletivo, como meio adequado de alcance do envelhecimento saudável para a crescente população idosa do Brasil26.
Na minha vida aconteceram muitas mudanças, meu colesterol aumentou, minha glicose aumentou, fiquei mais cansada, desmotivada (E14)
Os aspetos motores estão relacionados diretamente à independência e autonomia dos idosos, e dessa maneira, seu déficit pode acarretar em diversas implicações a exemplo do contexto social27. Logo, as perdas, limitações funcionais e cansaço físico foram apontados como uma desvantagem do envelhecimento, revelado nas falas abaixo:
A desvantagem é que a gente hoje é mais cansada, por mais que a gente se esforce pra ter mais disposição, mas mesmo assim, a gente tem uma perda de atividade muscular, essas coisas (E11).
Os idosos gostam de fazer comparação de como estão atualmente em relação a sua capacidade funcional e como eram na juventude. O que pode justificar a perceção de um envelhecimento caracterizado por desvantagens para os sujeitos:
Acho que existe mais desvantagem, porque quando eu era jovem eu tinha mais vigor. Eu vivia sem me preocupar com minha idade, com a saúde (E14).
Nas falas dos participantes é clara a ideia de que quanto mais se envelhece, mais próximo está do processo de morte:
A desvantagem que eu sinto é que a gente está se aproximando do fim. Não me sinto triste não, a tristeza que eu sinto é que estou chegando ao fim (E17).
Mas é complicado a gente envelhecer, porque a gente vive sempre no limite (E13).
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Assim como, um conceito frequente no discurso dos idosos é que o envelhecimento está em sua maioria associado a doenças e improdutividade 28. Nesse âmbito o alcance de um bom envelhecimento está relacionado à condições financeiras que possibilita melhoria na qualidade de vida, o apoio familiar, os cuidado com a saúde e a manutenção dos relacionamentos ocorridos ao longo desse processo.
3.4. OS DESAFIOS DE ENVELHECER NO MUNDO COMTEMPORÂNEO Na percepção dos idosos, existem diversos desafios a serem enfrentados no processo de envelhecimento. Acreditam que as cidades não estão preparadas para receber o idoso, acessibilidade, tem desordem nas construções, barreiras arquitetônicas, dificuldades nos transportes públicos, dentre outras. Evidente nas falas abaixo:
Os desafios é a cidade que não está preparada para idoso, o transporte publico que não é adequado pra o idoso, os hospitais não são adequados para o idoso, as praças não são adaptadas para idoso, as repartições não são adequadas pra idoso (E1). Igualmente, Torres et al29 afirma que as pessoas idosas na maioria das vezes são vistas de forma muito negativa, ora pelas características psicológicas (depressão, perdas cognitivas), físicas (doença, dor, fragilidade) ou sociais (improdutividade, isolamento). Os idosos revelaram que, enfrentam desafios diariamente como exclusão, desrespeito e diversos tipos de violências:
Os desafios são que a gente ver pessoas que não respeita o idoso (E3)
Existem e muitos, nessa idade a gente tem muita dificuldade, tem bulling, tem preconceito (E14).
Ainda foi entrado que os idosos ressaltam em seus discursos, a descrença dos jovens sobre suas experiências e conhecimentos:
Principalmente os eventos organizados pela turma jovem, eles acham que a nossa experiência é inútil, a nossa presença é um atrapalho em vez de ser uma contribuição. (E1).
Ah, o desafio é a falta de compreensão dos mais novos na convivência familiar, mas aí é uma coisa que a gente aprende a conviver dentro dos limites né? (E2)
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É que você é desprezado pelos mais jovens, é muita falta de respeito (E10).
As ações de promoção da saúde devem ser orientadas para promover a qualidade de vida dos idosos que precisam ser mantidos de maneira efetiva possível, no seu lar, junto de seus familiares, primando promoção da máxima autonomia individual possível que tem sua base em um determinado grau de competência, ou capacidade funcional 30.
Eu sou mais excluso da sociedade, vivo só pra mim na minha casinha. Porque olhe só, as coisas hoje, tudo que você for fazer tem que ter dinheiro e o dinheiro do aposentado é escasso. (E15).
Eu gostaria que os idosos tivessem mais chance, porque a gente não está parada. A gente parou mais ainda temos energia pra trabalhar, fazer alguma coisa (E5).
A importância conhecer a perceção dos idosos sobre o processo de envelhecimento é necessário para que se visem propostas de atividades sociais a essa clientela, já que há influências culturais relativamente à forma como a saúde e o processo de envelhecimento são percebidos, pois é a partir de uma análise comparativa com demais sujeito que se delineia a condição de saúde e de velhice.
4. CONCLUSÃO
O presente estudo mostrou que a percepção do idoso sobre o envelhecimento está relacionada com ganhos e perdas. A independência e autonomia do idoso são tidas como algo primordial nesse momento de sua vida. Observou-se por meio dos discursos a necessidade primordial para os idosos é serem autônomos e capazes de realizarem suas atividades cotidianas de maneira independente, no qual influencia diretamente em sua qualidade de vida. Os idosos revelaram que o processo de envelhecimento é um desafio diário, devido enfrentarem preconceitos, exclusão, diversos tipos de violências e políticas sociais e de saúde ineficazes. A partir da busca bibliográfica ficou evidente que há escassez de trabalhos que se preocupam em investigar a percepção do idoso sobre seu processo de envelhecimento e de como eles vivenciam esse processo, considerando que isso implica diretamente ou JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, AGOSTO, 2020, 9 (2) ISSN: 2182-696X http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v9i2-10
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indiretamente na sociedade. Destaca-se assim, a necessidade de novos estudos referente à temática, bem como, a criação de estratégias que venham atender as necessidades desse público. Os benefícios que se espera com esse estudo é instigar a reflexão dos profissionais de saúde, em especial o enfermeiro, sobre diferentes necessidades da população idosa. É necessário destacar que o projeto de extensão Universidade Aberta à Terceira Idade contribui como momento de criação e ampliação de oportunidades para os idosos, ao mesmo tempo em que fortalece uma ponte entre idoso e o ambiente universitário no âmbito de ensino, pesquisa e extensão. Por fim, este estudo apresentou a percepção do idoso sobre o envelhecimento que por vez é caracterizado por um momento de perdas e ganhos. As perdas referem-se às questões biológicas, a vitalidade que com o processo natural do tempo começam a se desgastar, com a exclusão por parte dos mais novos e os ganhos estão relacionados com as experiências vividas e os benefícios socioeconômicos que por vez são apresentados como algo positivo.
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