29 de Janeiro 2010 - nº 101
[p. 12 & 13]
A AAUAv já tem nova direcção Homenagem Carlos Candal é Sócio Honorário, a título póstumo, da AAUAv [p. 10]
Investigação: nova espécie animal descoberta na ria de Aveiro [p.4]
Cá em casa: a AAUAv atribui bolsas de mérito e títulos honoríficos [p.10 & 11]
Financiamento: mais verbas para o Ensino Superior e Acção Social [p.5]
Sapo Campus: UA cria nova plataforma digital
Lifecycle: o projecto que vai pôr Aveiro a pedalar!
Manuel Assunção é o novo Reitor [p.20]
[p.8]
Este suplemento faz parte da edição de 29 deJaneiro do Diário de Aveiro, não podendo ser vendida em separado.
[p.14 & 15]
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aveiro ĂŠ nosso
Editorial
Editorial Tiago Alves Presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro
Este mês fica também marcado por outras mudanças importantes na nossa vida universitária. A eleição de um novo reitor não nos pode passar ao lado, e é com grande satisfação e expectativa que vou acompanhar este seu primeiro ano em funções. Aproveito ainda esta oportunidade para expressar publicamente os meus sinceros parabéns e votos de um bom trabalho ao Professor Manuel Assunção. Hoje sinto uma responsabilidade tremenda, mas uma satisfação e um orgulho ainda maiores por escrever o meu primeiro editorial, neste virar de página da grande instituição que é a AAUAv. No passado dia 26 de Janeiro de 2010 teve início um novo ciclo de vida da AAUAv, um ciclo marcado por uma enorme vontade de mudança, que deverá ser gradual e responsável. Assim, não posso deixar de agradecer a todos os estudantes que no dia 16 de Dezembro de 2009 se deslocaram às urnas para exercer o direito de voto, fazendo-se ouvir mais do que nunca, com um total de 4109 votos. Agora, resta-me apelar à união de todos nós, estudantes, em torno deste projecto, para que possamos juntos atingir os objectivos comuns a todos nós, crescer não só pedagogicamente, mas também cultural e socialmente.
A nível nacional também há boas notícias. É com agrado que vos transmito que foram aprovadas novas verbas para a acção social e ensino superior, esperandose assim um aumento do investimento na qualidade do ensino e no apoio financeiro a todos aqueles que, de outra forma, se poderiam ver afastados do direito à educação. Resta-me despedir-me de todos vós com um abraço e a esperança de que nos acompanhem nesta caminhada que se poderá revelar, por vezes, dura mas que será, com certeza, gratificante. Não se afastem! Procurem-nos, interroguem-nos, não deixem nada por esclarecer, estaremos cá, no vosso campus, na vossa AAUAv, na vossa Casa. Saudações Académicas
ficha técnica propriedade Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) Campus Universitário de Santiago 3810-193 Aveiro tel: 234 372 320 / fax: 234 372 329 www.aauav.pt coordenação SIM (Sector Informativo e Multimédia) assessoria de imprensa Soraia Amaro equipa editorial Andreia Peixoto
ainda colaboraram Mariana Bessa Eduardo Marques Catarina Santos Rui Silva Sara Gaspar Sara Costa Pedro Martins design e paginação Plural Design tiragem 10.000 exemplares produção com o apoio do
colaboradores Direcção da AAUAv Serviços de relações externas da UA 1. A Direcção da Associação Académica da Universidade de Aveiro não é responsável pelas ideias expressas em artigos assinados, sendo que os que não se encontram assinados são da autoria da Equipa Editorial. 2. A colaboração no Jornal UniverCidade está aberta a toda a Comunidade Académica.
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Notícias UA
Nova espécie animal descoberta na UA Um novo verme marinho foi descoberto pelos investigadores Ana Rodrigues, Vítor Quintino e Adília Pires. A nova espécie, que habita na Ria de Aveiro e já foi baptizada de «Diopatra micrura», é semelhante ao «casulo Diopatra neapolitana», bem conhecido na Ria e noutros estuários e lagoas, pela sua qualidade como isco para a pesca. A nova espécie foi descoberta na zona entre marés, junto à Barra, no Canal de Mira da Ria de Aveiro, onde já anteriormente os mesmos investigadores tinham encontrado uma outra espécie, Diopatra marocensis, até então apenas conhecida para a costa de Marrocos. Através da análise do material biológico dos vários projectos em que estes investigadores estão envolvidos, foi possível referenciar Diopatra micrura também na região costeira ao largo de Aveiro, da
DeCA está de portas abertas
Nazaré e da Baía de Cascais, na costa Oeste e ao largo de Vila Real de Santo António, na costa Sul. Com este contributo, estes investigadores do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro e laboratório associado CESAM elevam de uma para três as espécies de Diopatra conhecidas em Portugal e na Europa.
O Departamento de Comunicação e Arte da UA (DeCA) está de portas abertas para dar a conhecer os seus cursos de música. Hoje, amanhã e nos dias 5, 6, 8, 12 e 19 de Fevereiro, professores e estudantes da UA estão convidados e aparecer e ficar a conhecer as diferentes áreas vocacionais e participar em aulas abertas. Estão disponíveis aulas de percussão, piano, órgão, guitarra, violoncelo, direcção, tuba, canto, clarinete, musicologia, acordeão, viola, saxofone, oboé, fagote e composição, tudo de forma gratuita. Para
Diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer pode nascer na UA Uma investigadora do Centro de Biologia Celular do Departamento de Biologia da UA tem vindo a obter resultados promissores na descoberta de um potencial biomarcador da Doença de Alzheimer. Apesar dos avanços científicos o diagnóstico da Doença de Alzheimer é feito essencialmente com base em testes cognitivos e por exclusão de outras demências, identificando esta doença irreversível apenas numa fase moderada ou já avançada. A investigadora Ana Gabriela Henriques tem vindo a desenvolver um estudo com o objectivo principal de compreender os mecanismos moleculares induzidos por um pequeno fragmento amilóide deno-
minado «Abeta», que é tóxico para os neurónios quando presente em excesso nos cérebros dos doentes de Alzheimer.
Este pequeno avanço para o conhecimento da doença, que afecta actualmente cerca de 90 mil portugueses, pode permitir, a longo prazo, o seu diagnóstico precoce e uma intervenção terapêutica mais célere.
“Actualmente, o diagnóstico conclusivo da Doença de Alzheimer só é possível após a morte, com a análise do cérebro dos pacientes. Não há nenhum exame que permita diagnosticar, de modo inquestionável, a doença, sobretudo numa fase precoce. A identificação de um novo biomarcador para o diagnóstico precoce ou para o seu prognóstico pode possibilitar, a longo prazo, uma intervenção farmacológica atempada e eficaz no alívio dos sintomas e na preservação das capacidades, com ganhos efectivos na qualidade de vida”, explicou a docente, que adianta que os resultados obtidos em laboratório são promissores.
além disso, se apareceres no DeCA nestes dias vais poder experimentar diversos instrumentos musicais, trabalhar um pouco com diferentes docentes e conhecer as áreas de formação do departamento. Podes consulta as aulas disponíveis e os respectivos horários em www.uaonline.ua.pt. Para participar, basta enviares um e-mail a inscrever-te nas aulas que pretendes, para dulce@ua.pt.
Murteira Nabo preside ao Conselho de Curadores da UA O Conselho de Curadores da UA, constituído por cinco personalidades de elevado mérito e experiência profissional, vai ser presidido por Francisco Murteira Nabo, presidente da Galp e bastonário da Ordem dos Economistas. A decisão foi tornada pública a 12 de Janeiro, no final da primeira reunião daquele órgão que determinou, também, os mandatos de cada um dos Curadores, como determinam os novos estatutos da Fundação Universidade de Aveiro. Por sorteio realizado no decorrer desta Assembleia, os mandatos dos Curadores ficariam atribuídos da seguinte forma: cumprem mandato de cinco anos Francisco Murteira
Nabo, Isabel Jonet e Ricardo Espíri-
to Santo Salgado, e mandato de três anos Joaquim Renato Araújo e José Silva Lopes.
De acordo com os estatutos da Fundação, os Curadores têm um mandato de três ou cinco anos, renovável uma única vez, não podendo ser destituídos sem motivo justificado. Este órgão reúne ordinariamente quatro vezes por ano, podendo juntar-se, extraordinariamente, desde que requerido por qualquer dos seus membros. O Conselho de Curadores da UA tem, entre outras atribuições, competência para homologar algumas das deliberações do Conselho Geral e propor ou autorizar a aquisição ou alienação de património imobiliário da instituição.
29 de Janeiro de 2010
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Mais 16 milhões para a Acção Social Escolar O Governo anunciou, a 15 de Janeiro, o reforço das verbas para a Acção Social Escolar em 16 milhões de euros, depois de, no início da semana, ter contratualizado com as instituições de Ensino Superior e Politécnico um reforço de financiamento para o sector, que receberá, durante os anos desta legislatura, uma verba anual de 100 milhões José Sócrates anunciou o aumento em 16 milhões de euros da dotação orçamental para as bolsas de acção social escolar no ensino superior, já este ano. A medida, expli-
cou na sua intervenção no debate quinzenal na Assembleia da República, visa reforçar as “oportunidades para a frequência do ensino superior por parte de todos os estudantes, qualquer que seja a sua condição económica”. “Esta dotação permitirá manter o aumento extraordinário decidido em Julho do ano passado, garantindo o aumento do valor das bolsas em 10 por cento para todos os bolseiros e em 15 por cento para os bolseiros deslocados e alargando a cobertura da Acção Social Escolar a imigrantes. Tal como permitirá ainda aumentar o número de bolsas Erasmus de modo a duplicar o número de estudantes em mobilidade até ao final da legislatura”, disse. Na mesma intervenção, José Sócrates anunciou ainda que as metas acordadas entre o Governo e as ins-
tituições de ensino superior no designado “Contrato de Confiança”, assinado segunda-feira, serão objecto de uma “rigorosa avaliação externa anual”. “Os programas de desenvolvimento de todas as instituições serão validados e objecto de rigorosa avaliação externa anual pela Agência Nacional de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior. Desta forma garantir-se-á transparência e conhecimento público sobre o cumprimento dos objectivos estabelecidos”, afirmou. As duas “medidas adicionais” a serem adoptadas “de imediato” visam “a responsabilização das instituições de ensino superior e a sua abertura social”. SASUA vão ajudar mais alunos
Na UA existem cerca de cinco mil candidatos a bolsa de estudo e cerca de quatro mil estudantes bolseiros, entre os cerca de 13 mil alunos desta Academia. O administrador para a Acção
Mais 325 novos ciclos de estudos em 2011 As instituições de Ensino Superior públicas e privadas pediram a acreditação de 325 novos ciclos de estudos para entrarem em funcionamento no próximo ano lectivo, dos quais quase 70 por cento correspondem ao grau de mestre. De acordo com dados da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), divulgados recentemente pela agência Lusa, destes 325 pedidos
Social da UA saudou este aumento da dotação orçamental para bolsas no ensino superior, considerando que permite ajudar mais alunos. "As verbas anunciadas, não sendo integralmente traduzíveis no reforço de todas as bolsas atribuídas no âmbito da Acção Social, representam um acréscimo de alunos apoiados pelo sistema", disse Hélder Castanheira. "Isto significa que a Acção Social assume, no contexto das políticas públicas, uma opção estadual, o que representa uma relevância acrescida naquilo que é conferido, neste momento, ao apoio aos estudantes do ensino superior", acrescentou. Hélder Castanheira esclareceu que esta verba comportará não só o aumento de encargos com bolsas de estudo, mas outras despesas inerentes ao funcionamento do próprio sistema, como o fundo de garantia para os empréstimos bancários e outras despesas correntes com o processo de financiamento e de atribuição de bolsas de estudo.
de acreditação prévia, 224 (68,9 por cento) correspondem ao grau de mestre, 57 (17,5 por cento) ao de doutor e 44 (13,5 por cento) conduzem a uma licenciatura. Segundo o presidente da A3ES, Alberto Amaral, desceu o número de pedidos em comparação com os últimos anos (cerca de mil/ano). Esta tendência é "compreensível", diz o responsável, tendo em conta a fase final de adaptação a Bolonha. "Estamos a apanhar o fim do processo com o primeiro ciclo [licenciaturas] já estabilizado. O que aconteceu é que a adequação dos mestrados começou mais tarde", afirmou, estimando que durante o mês de Abril a Agência já tenha dado resposta a todos os pedidos. Em relação aos mestrados, as instituições públicas fizeram 142 pedidos e as privadas 79. Relativa-
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Esta tendência é "compreensível", diz o responsável, tendo em conta a fase final de adaptação a Bolonha.
mente aos 57 pedidos de acreditação prévia de doutoramentos, 80 por cento são provenientes do ensino universitário público. Por instituições, 202 pedidos (62 por cento) são provenientes do Ensino Universitário e os restantes 123 (38 por cento) do Ensino Politécnico. Relativamente às Universidades, 121 pedidos são de instituições públicas e 80 de privadas, dos quais 14 resultam de associações entre as instituições. Os Institutos Politécnicos públicos fizeram 86 pedidos, os privados 34 e três resultam de parcerias. Os pedidos de acreditação prévia de novos ciclos de estudos têm três prossibilidades de resposta: acreditado, não acreditado ou acreditado com condições. Neste último caso, podem começar a funcionar mas têm um prazo para procederem a algumas alterações.
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Cidade
Aveiro entra na
RotadoSal
A Câmara de integra o projecto transnacional Ecosal Atlantis, recentemente aprovado pela União Europeia. O principal objectivo é o desenvolvimento integrado do turismo cultural dos espaços salineiros
Aveiro integra o projecto transnacional recentemente aprovado pela União Europeia. O projecto envolve quatro países – Portugal, Espanha, França e Reino Unido -, num total de 13 entidades parceiras. No nosso país, integram esta lista a Câmara de Aveiro e a UA, a Câmara da Figueira da Foz e a Câmara de Rio Maior. O projecto visa obter um desenvolvimento conjunto, integrado e sustentável do turismo baseado no património cultural e natural dos espaços salineiros do Atlântico e está orçado em três milhões de euros, com uma duração estimada de 36 meses. Todo o projecto funciona numa lógica de intercâmbio de experiências e conhecimentos que permitam a identificação de boas práticas na área da gestão técnica patrimonial, produção orientada ao turismo, interpretação de salinas. Para além de pretender estabelecer directrizes para a gestão do património destes espaços salineiros, tendo como ponto de partida uma base conjunta de dados patrimoniais, o projecto a que Aveiro se juntou pretende ainda avaliar, valorizar e promover os espa-
EcoSal Atlantis,
ços salineiros do Atlântico através de uma rede de agentes e de acções conjuntas e transnacionais, bem como manter ou, quando necessário, recuperar os habitats próprios dos espaços salineiros num contexto de turismo de natureza. Entre os vários objectivos a atingir pelos quatro países até ao final de 2012 está a implementação da Rota Sal Tradicional, um circuito que vai passar por sete ecomuseus espalhados pelos quatro países e que pretende dar resposta a um segmento turístico interessado em explorar esta vertente da cultura local. Numa primeira fase, foi delineada uma rota turística com visitas às diferentes marinhas dos quatro países envolvidos. O grande objectivo agora é implementar este circuito e obter o reconhecimento do Instituto Europeu das Rotas Culturais, como explica a autarquia aveirense. Através da visita a estes pontos, o visitante terá um contacto com a produção do sal artesanal e com as mais diversas especificidades de cada região.
Eco-museu da Troncalhada Aqui funciona uma marinha de sal, sendo possível observar os antigos métodos de salinicultura da região aveirense. Actividade já conhecida, nesta região, no ano 959, como comprova o testamento da Condessa Mumadona Dias. O Ecomuseu da Marinha da Troncalhada visa, essencialmente, a valorização do património natural e cultural, enquanto recurso do desenvolvimento sustentável, suporte das entidades locais, bens colectivos, testemunhos vitais da memória de um povo e da evolução de um território.
O que faz Aveiro?
A Câmara de Aveiro assume um papel relevante no âmbito do projecto Ecosal Atlantis, já que é coordenadora de três acções centradas no desenvolvimento de instrumentos de gestão museológica de espaços salineiros e de dinamização das comunidades e agentes que lhe estão associados, proporcionando formação e iniciativas que promovam a troca de experiência e de saberes. Aveiro assume ainda a coordenação de uma outra acção, em colaboração com o Ecomusée Le Daviaud, em França, que tem com objectivo a concretização de um inventário do património associado a estes espaços. Para além disso, esta parceria vai permitir ao município colocar a Marinha da Troncalhada no mapa europeu do sal. O eco-museu, dedicado inteiramente à produção do sal na Ria de Aveiro, recebeu no último ano cerca de 12 mil visitantes, o que significa mais 10 por cento em relação aos últimos três anos. Os números agradam à autarquia aveirense, que destaca a presença de turistas espanhóis e holandeses.
Cultura
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Gente Sentada ouve boa música Santa Maria da Feira
O Festival para Gente Sentada, que se repete há já alguns anos em Santa Maria da Feira, já tem o cartaz fechada para este ano. Os cabeças de cartaz, escolhidos para subir ao palco do Cine-Teatro António Lamoso nas noites de 26 e 27 de Fevereiro, são Bill Callahan e os Dakota Suite. Assim, a 26 de Fevereiro, actuam Perry Blake, a dupla Matt Valentine & Erika Elder e, por fim, Callahan. Com 20 anos de ligação aos Smog, lançou-se em nome próprio em 2007 com o belíssimo “Whoke on a Whale Heart”. Em 2009 regressa com “I Wish We Were An Eagle”, outro compêndio de belas canções indie-folk e que foi, por muito boa gente, considerado um dos álbuns do ano. As suas canções evocam o amor, a natureza, as pessoas e a religião, temas queridos a um songwriter que se preze, contadas com uma boa dose de humor negro à mistura. Admirado por gente como Joanna Newsom
ou Cat Power, Bill Callahan assume-se como um mestre na arte de compor temas simples e de uma beleza extraordinária, para ouvirmos aconchegados. Ana noite de 27, o palco cabe aos Noiserv, Camera Obscura e Dakota Suite, os britânicos de Chris Hooson. A par com nomes como Red House Painters, Low e American Music Club, os Dakote Suite lideram o movimento sadcore. As suas canções envoltas em melancolia, falam das tragédias pessoais de Chris e, imagine-se, das glórias e infortúnios do seu clube de coração, o Everton FC. Com uma carreira que já conta com nove álbuns editados, os Dakota Suite prometem um concerto onde serão cantadas histórias de vida em ambiente intimista, na primeira pessoa. Para reservas de bilhetes e mais informações sobre o festival, liga 256 330 902 ou envia um e-mail para animacao@feiraviva.com.
A fadista Carminho
Tindersticks de volta com novo álbum
Carmo Rebelo de Andrade nasceu e cresceu no Fado, que por isso lhe é tão espontâneo como respirar. “Nunca vi a Música como uma coisa especial, sempre esteve tão presente na minha vida que seria como querer distinguir um braço mais importante do que o outro” afirma Carminho. Poucas palavras podem descrever tamanha naturalidade, salvo a emoção que sentimos ao ouvi-la cantar. Foi distinguida com o Prémio “Revelação Feminina” pela Fundação
É o regresso a Portugal da banda inglesa, da cidade de Nottingham, liderada por Stuart Stapples. Os Tindersticks vão passar por cinco salas portuguesas, entre elas o Cineteatro de Estarreja, a7 de Fevereiro. Os britânicos são um dos grupos de maior culto dos últimos anos em Portugal, um daqueles casos raros de amor incondicional do público português. Desde que editaram os seus dois primeiros álbuns que os Tindersticks têm vindo a arrastar atrás de si uma legião crescente de admiradores.
Amália Rodrigues (2005) e entre colaborações e participações especiais já se apresentou ao vivo em países como Espanha, Argentina, Malta ou Suíça e em nome próprio na Casa da Música ou Expo da Zaragoza. “Fado” o album estreia editado no passado dia 1 de Junho, tem merecido os mais rasgados elogios, e mereceu entrada directa para o 2º lugar do top de vendas nacional. 12€ - Normal; 10€ - Menores de 25, Estudantes, Maiores de 65
Eunice Muñoz em “O Ano do Pensamento Mágico” O Centro Cultural de Ílhavo recebe, a 13 de Fevereiro, um dos nomes gigantes do teatro português. Eunice Muñoz sobe ao palco em “O Ano do Pensamento Mágico”, uma peça de Joan Didion baseada nas suas memórias, com encenação de Diogo Infante. “Sentam-se para jantar e a vida como a conhecem termina”. Na noite de 30 de Dezembro de 2003, Joan Didion e o seu marido, John, entram em casa depois de visitar a filha, Quintana, internada com uma infecção generalizada. Joan e John sentam-se para jantar e, quando o silêncio se torna mais pesado, é quando John morre de ataque cardíaco. A peça baseia-se no livro homónimo de Joan Didion, com o qual a jornalista e argu-
mentista tentou lidar com a morte súbita do marido, de paragem cardíaca, quando se sentavam para jantar. Uma história sobre as grandes relações, sobre a doença e a morte, a probabilidade e o acaso, a saudade e o amor. Publicado em 2005, o livro tornou-se texto dramático pela mão da própria autora. A versão portuguesa estreia pela mão de uma dupla de peso: Diogo Infante na encenação e Eunice Muñoz como a actriz que tem de conduzir o texto, como uma espécie de narradora, um alter-ego da autora que relata as experiências de vida e de morte num ambiente de grande exposição e intimidade. No CCI a 13 de Fevereiro, sábado, às 21.30h. Bilhetes à venda a 15 euros.
O grupo de Stapples traz consigo um novo álbum de originais. O registo que sucede a “The Hungry Saw”, de 2008, intitula-se “Falling Down a Mountain” e saiu para as lojas no passado dia 25, numa edição da 4AD. A 7 de Fevereiro, às 21.30h, no CTE. Bilhetes à venda a partir de 20 euros.
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Cidade
Num universo de cerca de 12 mil alunos, a que se juntam ainda alguns milhares de docentes e funcionários, a equipa do projecto “Lifecycle – Um curso com pedalada” identificou 100 utilizadores da bicicleta enquanto meio de transporte. Afinal, porque é que em Aveiro não se pedala? Esta equipa identificou alguns dos problemas
O que é o Projecto Lifecycle?
O projecto Lifecycle (http://www.lifecycle. cc/) é um projecto europeu, no qual participa a Câmara Municipal de Aveiro (CMA), e que visa promover comportamentos saudáveis de mobilidade, a partir do uso da bicicleta, nomeadamente para efectuar pequenas distâncias e também como complemento a outros modos de transporte (em particular o comboio ou autocarro). O objectivo geral é o de promover alterações aos crescentes estilos de vida sedentários e consequentes problemas de saúde, conjugando a actividade física com as rotinas diárias dos cidadãos. E o “Lifecycle – Um curso com pedalada”?
Este projecto surge no mesmo âmbito, com o objectivo de desenvolver um conjunto de acções com o intuito de alertar os alunos, funcionários e docentes da UA para a importância da utilização da bicicleta. A campanha foi lançada a 21 de Setembro, dia da
recepção dos novos alunos, e constou de uma acção de informação e sensibilização aos alunos para a importância do uso da bicicleta numa cidade plana e de média dimensão, como é Aveiro, e também para a necessidade de termos práticas de condução adequadas. No mesmo dia, e para além da 1ª Festa da Bicicleta, onde maçaram presença de fabricantes e vendedores da região, realizou-se um passeio de bicicleta pela cidade onde participaram cerca de quarenta pessoas. Na mesma oportunidade, foi lançado o concurso para selecção de três alunos para trabalhar na campanha, ao longo do presente ano lectivo, desenvolvendo actividades de promoção do uso da bicicleta na UA e na cidade. As alunas, entretanto seleccionadas, são a Joana Martins, a Mariana Pedro e a Raquel Faria. O projecto é desenvolvido, conjuntamente, pelas três entidades.
Quais são as principais linhas de actuação?
Em primeiro lugar, trata-se de mobilizar os alunos, docentes, funcionários da UA para a mobilidade em bicicleta, através da realização de um conjunto de actividades de experimentação que incentivem ao uso continuado dos modos suaves de deslocação (andar a pé e de bicicleta), em particular nas curtas distâncias, como os percursos entre Estação de Caminhos de Ferro e a UA, entre os bairros da cidade e o Campus e dentro do próprio Campus. A filosofia do projecto passa por levar as pessoas a experimentarem andar de bicicleta, com recomendações e cuidados para uma condução defensiva. No decorrer da vossa observação, quais são as principais dificuldades identificadas no uso da bicicleta em Aveiro?
Existem dificuldades de dois tipos: a primeira relacionada com as infra-estruturas, o estado das ciclovias e as debilidades e insufi-
29 de Janeiro de 2010
Nascida de uma parceria entre a Câmara de Aveiro, que aderiu ao Projecto Lifecycle no ano passado, a Universidade de Aveiro e a Associação Académica da Universidade de Aveiro, a iniciativa “Um curso com pedalada” tem vindo a desenvolver um conjunto de acções com o intuito de alertar os alunos, funcionários e docentes da UA para a importância da utilização da bicicleta.
O projecto foi lançado oficialmente no início deste ano lectivo, e é coordenado por uma equipa composta por José Carlos Mota, docente de Planeamento Regional e Urbano na UA, Sara Marques, investigadora da UA e Arminda Soares, do departamento de Mobilidade da Câmara de Aveiro, e que conta ainda com a participação das alunas Raquel Faria, Joana Martins e Mariana Pedro. O UniverCidade falou com a equipa, que nos explicou um pouco mais sobre o trabalho que tem vindo a desenvolver...
ciências dos parques de estacionamento; a segunda, talvez mais reflexiva, que tem a ver a percepção de insegurança que as nossas ruas oferecem, quer por via da prioridade que tem vinda a ser dada aos automóveis no desenho do espaço público e das nossas ruas e pela falta de civismo de muitos dos condutores. Como justifica que os portugueses, sobretudo em comparação com países como a Holanda, usem tão pouco a bicicleta? É uma questão de mentalidade?
A região de Aveiro tem uma forte tradição no uso da bicicleta, que se tem vindo a perder, sobretudo nos meios mais urbanos, pelas razões anteriormente apontadas. Mas existem, também, razões de natureza mais profunda, que têm a ver com a identificação da bicicleta como um meio de transporte socialmente desvalorizado em detrimento do automóvel. O automóvel é, porventura, um dos principais símbolos de ascensão social, e um
dos bens mais desejados por um jovem com mais de 18 anos. Finalmente, não tem havido por parte dos responsáveis governativos uma atenção à temática, que envolva planear as cidades para andar a pé e de bicicleta (sobretudo em contextos planos e de pequena e média dimensão), estimular deslocações para a escola em modo suave, promover práticas educativas que estimulem hábitos saudáveis de vida e mobilidade. Uma das questões que mais tem sido levantada em Aveiro diz respeito à falta de via dedicadas para ciclistas. Neste ponto, com estamos?
Esta campanha é uma iniciativa que procura estimular a experiência de andar de bicicleta, com as infra-estruturas existentes e os cuidados adequados, para uma condução defensiva e segura. Pretendemos, no desenvolvimento do projecto e com a aprendizagem
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Acções de dinamização do projecto Lifecycle >> Vamos lançar, brevemente, duas campanhas – da Estação para a UA, e dos Bairros para a UA -, que estimulem a circulação em grupo, pois existem estudos que confirmam que é o modo mais seguro de circulação. Estas campanhas irão durar três meses (Março a Maio) e irão convidar as pessoas a virem de bicicleta um dia por semana, no primeiro mês, aumentando gradualmente até chegar aos três dias por semana. >> Para além disso, por se tratar de um projecto que se insere numa área de interesse de investigação da Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas ( SACJSP/UA), temos vindo a desenvolver alguns levantamentos das infra-estruturas de apoio existentes deste modo de transporte, tanto no campus como na cidade - ciclovias existentes e seu estado de conservação, parques para bicicletas e apreciação da sua adequação em termos de localização e quantidade da oferta -, assim como análise da procura deste modo de transporte através da contagem do número de bicicletas parqueadas no campus. >> Brevemente, iremos ainda lançar um inquérito para avaliar os obstáculos, tanto físicos como psicológicos (comportamentais) que a população universitária tem à utilização da bicicleta, na cidade e no campus. >> Importa referir que se trata, ainda, de um projecto com uma metodologia colaborativa, pretendendo motivar a participação da comunidade académica nesta reflexão. Temos por isso um blogue (http://uaciclavel.blogs.sapo.pt/), onde vamos dando conta do desenvolvimento do projecto. É nosso objectivo criar, igualmente, uma rede social dos utilizadores da bicicleta na UA, tendo sido criado uma rede no Facebook (Campanha 'Lifecycle / UA - Um curso com pedalada'), que já conta com mais de 75 elementos. >> Estas campanhas irão terminar no mês de Abril/Maio, com a realização de uma Venda Solidária de Bicicletas em segunda mão, para a qual vamos mobilizar a comunidade aveirense, convidando a doarem as bicicletas que já não têm utilização, ou estão estragadas, mobilizando as oficinas de reparação para participarem com o seu know-how na recuperação das bicicletas. As vendas desta actividade reverterão para uma instituição de solidariedade social de Aveiro. >> O projecto irá concluir-se com a realização de um passeio de bicicleta na cidade, que pretende constituir um desafio para de mobilização para poder figurar no ‘Guiness Book of Records’ – o maior passeio de bicicletas de estudantes, funcionários e docentes (universitários, do ensino secundário e básico de Aveiro), com data a definir.
que vamos fazer, propor algumas medidas de melhoria da mobilidade em bicicleta na cidade e no campus. Uma das acções do projecto passava por fazer um levantamento do número de utilizadores de bicicleta no campus. Já sabemos quantas pessoas pedalam na UA?
Estamos na primeira etapa do projecto, tendo sido concluído o levantamento preliminar do número de bicicletas e do estado de conservação das infra-estruturas. Numa primeira contagem, realizada no mês de Novembro, foram identificados cerca de 100 utilizadores, o que é um número muito reduzido, tendo em conta a população escolar do campus. Seria interessante que este número pudesse aumentar significativamente, mas temos consciência que este é um pequeno estímulo e que os hábitos de mobilidade são extremamente difíceis de modificar.
Dentro da UA, existem alterações previstas com vista a fomentar o uso da bicicleta? Por exemplo, um maior rigor no estacionamento que, muitas vezes, ocupa as ciclovias existentes...
Convém referir que este não é um projecto de investigação, é uma campanha de promoção da bicicleta que se preocupou em estudar a situação, perceber o seu contexto e que irá, em breve, enviar a informação recolhida aos órgãos de gestão da UA e da CMA, para os sensibilizar para o desenvolvimento de abordagens mais profundas e consequentes sobre esta temática. Aveiro, e a sua Universidade, têm condições para se afirmarem, nesta matéria, como uma referência a nível nacional. Resta saber se nos conseguimos organizar para atingir esse patamar.
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Tomada de Posse: Corpos Sociais AAUAv
Carlos Candal é sócio honorário da AAUAv O “espírito indomável” deste ilustre aveirense foi lembrado no auditório da Casa do Estudante, local onde Carlos Candal proferiu a sua última intervenção pública
A Associação Académica da Universidade de Aveiro homenageou, no passado dia 19 de Janeiro, o percurso de Carlos Candal, atribuindo a este ilustre aveirense o título póstumo de Sócio Honorário. O galardão mais nobre que esta Academia pode conceder foi entregue, simbolicamente, ao seu filho, o deputado socialista Afonso Candal, perante um auditório onde marcaram presença várias figuras ligadas aos vários quadrantes da sua vida. Afonso Candal chamou a tenção para o percurso do pai, lembrando que este “viveu a vida que quis viver, uma vida plena”. Numa intervenção comovida, falou sobre o “espírito
indomável” do pai, e das inúmeras batalhas que travou, “sempre nas linhas da frente”. “O meu pai ficaria contente com esta homenagem, porque também ele teve uma vida académica cheia”, garantiu Afonso Candal. Carlos Candal foi presidente da Associação Académica de Coimbra em 1961, ficando conhecido pelas suas intervenções durante esses anos de luta contra o regime de Salazar e a guerra colonial. Também comovida foi a intervenção de Hélder Castanheira, amigo de longa data do homenageado. “Carlos Candal ensinou-nos que vale a pena correr riscos, que a essência humana é participar politicamente na vida das sociedades e que o segredo dos homens é sermos únicos e irrepetíveis no nosso caminho individual e colectivo”, disse o Administrador para a Acção Social da Universidade de Aveiro. “É assim, meus Amigos, repetia Candal com certa ternura. Temos de lutar por um país decente e livre. Esse espírito de missão define-se em três pontos pelos quais vale a pena lutar até ao extremo limite das nossas forças: prestar culto à verdade, doa a quem doer; promover a justiça, distribuída por todos sem excepção; e defender intransigentemente a liberdade”, concluiu.
“O meu pai ficaria contente com esta homenagem, porque também ele teve uma vida académica cheia”, garantiu Afonso Candal.
AAUAv distingue seis alunos com bolsas de mérito A AAUAv distinguiu, a 19 de Janeiro, seis alunos bolseiros da UA, que receberam um prémio no valor da propina para o ano lectivo 2008/2009. Estas bolsas resultam de uma parceria mantida com a TMN e a Unicer, empresas com quem esta Academia, ao assinar protocolos de cooperação com fins comerciais, assegurou uma vertente de apoio ao estudante. As bolsas foram atribuídas com base no aproveitamento escolar, tendo recebido estes prémios os melhores alunos bolseiros no ano referido. Assim, as três bolsas TMN foram entregues a Rita Guerra, Sofia Leandro e Catarina Pinto, e as três bolsas Unicer a André Bastos, Fátima Rodrigues e Susana Soares. O Administrador para a Acção Social da UA, Hélder Castanheira, considerou tratarse de um acto que revela a “responsabilidade social da associação académica”, que conseguiu “assumir um papel de relevância propondo um apoio para os mais carenciados”. Hélder Castanheira sublinhou ainda que esta iniciativa deverá constituir um “sinal para os próximos trilhos da AAUAv”.
A AAUAv distinguiu seis alunos bolseiros com um prémio no valor da propina do ano lectivo passado
29 de Janeiro de 2010
Maria Helena Nazaré e Hélder Castanheira: sócios honorários da AAUAv Antes de passar o testemunho à nova direcção da AAUAv, os anteriores dirigentes decidiram prestar homenagem a duas figuras que marcaram o seu percurso enquanto dirigentes associativos. A AAUAv decidiu, assim, atribuir o título de sócio honorário à Reitora da UA, Maria Helena Nazaré, e ao Administrador para a Acção Social, Hélder Castanheira.
A homenagem foi feita imediatamente antes da tomada de posse dos novos órgãos sociais, para uma sala cheia. O futuro Reitor, Manuel Assunção, representou Maria Helena Nazaré nesta cerimónia, já que a Reitora se encontrava fora do país. Maria Helena Nazaré tomou posse como Reitora da Universidade de Aveiro a 9 de Janeiro de 2002 e foi reeleita para um segundo mandato de quatro anos, que teve início a 15 de Dezembro de 2005. Do seu longo historial, destaca-se a eleição para o cargo de membro da Direcção da Associação Europeia de Universidades, tendo assim Portugal pela primeira vez, um representante neste órgão. Com este distinção, a AAUAv pretendeu homenagear alguém cuja prestação ao longo dos anos foi sinónimo de empenho, dedicação e mérito na condução de uma luta incansável por uma universidade forte, coesa e socialmente responsável. Hélder Castanheira ao serviço dos alunos
“A minha causa são os estudantes”, disse Hélder Castanheira, ao agradecer a homenagem. “Estou aqui de coração aberto, ao serviço da UA e dos estudantes”, terminou o Administrador para a Acção Social. Hélder Castanheira, licenciado e mestre em Administração e Planeamento e Mestre em Políticas Educativas e Ensino Superior. Encontra-se a finalizar o Doutoramento em Políticas Educativas e Ensino Superior, com uma tese subordinada ao tema “A acção social como política pública: uma oportunidade de cidadania democrática”, na Universidade do Porto. A sua investigação é desenvolvida no âmbito do Centro de Investigação em Políticas de Ensino Superior e no Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Universidade do Porto. É Administrador para a Acção Social da UA desde 1 de Abril de 1996. Foi membro da Assembleia da Universidade, do Senado e do Conselho da Universidade, integrando ainda a Comissão Cultural, a Comissão de Saúde e a Comissão de Cooperação da UA. É membro honorário do Núcleo de Basebol da AAUAv, da Magna Tuna Cartola e da Tuna Universitária de Aveiro. É ainda Guardião Cultural da Magna Tuna Cartola da UA. Entre outras presenças, é membro fundador e dirigente do Fórum Internacional de investigadores Portugueses, da Associação Portuguesa de Administração e Políticas Públicas, da Associação Portuguesa de Educação e Cultura Permanentes, da Associação Internacional de Professores, da Associação para o Desenvolvimento da Administração Educacional, da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação, da RAUI – Rede de Administradores de Universidades Ibero-Americanas, da Rede SudCom e é ainda membro do European Council for Student Affairs.
A AAUAv distinguiu seis alunos bolseiros com um prémio no valor da propina do ano lectivo passado
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Tomada de Posse: Corpos Sociais AAUAv
Tiago Alves já é o presidente da AAUAv “Estamos aqui. Concorremos às eleições e ganhámos”. O novo presidente tomou posse a 26 de Janeiro, e promete manter um diálogo aberto com a Reitoria, a Acção Social e o município
“Estamos aqui. Concorremos às eleições e ganhámos”. Tiago Alves tomou posse, no passado dia 26 de Janeiro, sucedendo a Negesse Pina na presidência da Direcção da AAUAv. No discurso que marcou o início do exercício das suas funções, o novo dirigente manifestouse “honrado pela confiança demonstrada” em si e na sua equipa. Entre outros pontos, Tiago Alves lembrou que, para um funcionamento cada vez mais activo da Academia, “reveste-se de extrema importância o envolvimento mais vincado dos núcleos no quotidiano da instituição”. E por isso mesmo “exige-se um investimento na formação contínua dos seus dirigentes, tornando-os mais aptos para enfrentar desafios e dificuldades”, defendeu. O novo presidente considera ainda necessário “impulsionar a criação de novos núcleos, visto estes serem a
principal ponte na aproximação à comunidade académica”. A intervenção de Tiago Alves ficou marcada também pela manifesta vontade em manter o diálogo com a Reitoria da UA e com os Serviços de Acção Social (SASUA). “Depois de configurada toda a estrutura de governo da UA, será missão da Associação Académica manter o diálogo construtivo e apresentar propostas que espelhem a visão dos estudantes para o futuro da UA”, sublinhou. “Não nos podemos demitir da colaboração intensa que deve existir entre nós e a Equipa Reitoral, de forma a assegurarmos a coesão do projecto educativo da nossa Universidade, perspectivando em conjunto um futuro auspicioso, e contribuindo para que esta se assuma cada vez mais como a melhor universidade do país”,, acrescentou o novo presidente.
Colaboração com a Câmara de Aveiro é “necessária e urgente”
Diálogo para a acção social
É com “sentido de responsabilidade” que a nova equipa se assume como “o futuro desta Academia”. Tiago Alves recordou que a equipa agora em funções concorreu e ganhou, assegurando para si a maioria dos votos dos estudantes e representando agora os cerca de 13 mil estudantes espalhados pelo distrito de Aveiro.
Tiago Alves pretende também manter “laços estreitos” com os SASUA. “No capítulo da Acção Social, estamos convictos de que os laços entre a Associação Académica e os SASUA devem ser cada vez mais estreitos, possibilitando a discussão construtiva sobre o modelo de apoio social na Universidade de Aveiro, bem como aspectos centrais da Acção Social no Ensino Superior Português”, afirmou.
O dirigente reconhece ter, por isso, “responsabilidades acrescidas” na política de desenvolvimento desta região. “É assente neste princípio que entendemos ser necessária e urgente uma colaboração estreita com a Câmara de Aveiro. Acreditamos assim que deverá ser repensado o enquadramento da Associação Académica na política do Município Aveirense, pois só com um papel proactivo conseguiremos alcançar a confiança da cidade que nos acolhe”, defendeu, para uma sala cheia, onde também marcou presença a vereadora da Cultura da autarquia aveirense. Para estreitar ligações com o município, a principal aposta da nova direcção passa pela Cultura. “Entendemos ser necessário apostar fortemente na cultura, reforçando o leque de actividades desenvolvidas em prol do crescimento pessoal dos estudantes. Será desta forma que estabeleceremos a ponte entre a comunidade académica e a Cidade de Aveiro, através da dinamização de actividades em conjunto que possibilitarão um intercâmbio de experiências entre os intervenientes dos dois meios”, concluiu Tiago Alves.
Este diálogo cai estender-se às “demais estruturas representativas dos estudantes a nível nacional”, garantiu o presidente, que pretende “encontrar uma acção social mais justa, impedindo o abandono escolar dos estudantes por dificuldades financeiras e possibilitando o ingresso de mais estudantes no ensino superior”. A par com as restantes estruturas nacionais, Tiago Alves quer fazer o acompanhamento da problemática do financiamento das instituições de ensino superior. “É decisivo um maior investimento no Ensino Superior Português, pois só promovendo melhorias e qualificando mais pessoas se consegue ultrapassar este momento de crise que o país atravessa”, defendeu, acrescentando que, “apesar da boa iniciativa por parte do Governo na assinatura do contrato-programa, este não vem resolver todos os problemas”.
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Quem integra a tua Associação? Uma nova direcção está, desde o passado dia 26 de Janeiro, à frente dos destinos da AAUAv. Aqui ficam os novos rostos da tua Academia, e as suas funções, para ficares a conhecer os novos dirigentes da AAUAv
Direcção
Tiago Alves – Presidente Pedro Lages – Vice-presidente adjunto Luís Lemos – Vice-presidente para as Finanças e Património
Vice-Presidência
Telmo Monteiro Maria Silva Rita Moniz João Marques
CF - Conselho Fiscal e Jurisdição
AG - Mesa da Assembleia Geral
SP - O Sector da Política Educativa surge como a ligação da AAUAv aos estudantes e aos órgãos máximos da UA. Este sector divide-se em três ramos: acção social e politécnicos, pedagógico e saídas profissionais que auxiliam os estudantes em todos os seus problemas. Este sector irá procurar contribuir para todo o sistema de ensino da UA através da dinamização dos programas de mobilidade, da procura de soluções para os problemas sentidos com a transição imposta por Bolonha e na promoção das saídas profissionais.
SI - O Sector Informativo e Multimédia é o responsável por toda a divulgação, informação e imagem da AAUAv. Tem a seu cargo o Jornal UniverCidade, no qual tem o apoio da equipa editorial, o site da AAUAv, as redes sociais, a newsletter e a divulgação de actividades esporádicas utilizando diversos meios para o conseguir, sempre em conjunto com o Gabinete de Imagem da AAUAv. Este sector é o responsável por uma AAUAv mais divulgadora, atenta e informativa.
SC - O Sector Cultural tem como objectivo dinamizar a Academia realizando actividades e eventos culturais nos quais os estudantes podem participar activamente, demonstrando as suas capacidades e enriquecendo-se ao nível pessoal, cultural e social. É ainda responsável pela dinamização do BE e do auditório da Casa do Estudante, procurando promover o espírito e o convívio académico.
SD - O Sector Desportivo pretende dar continuidade ao trabalho realizado, melhorando as condições para a prática desportiva e desenvolvendo variadas actividades. Todo este esforço é necessário de modo a conseguir cada vez mais adesão por parte da comunidade académica, tanto na prática das ACD’s como no desporto federado, no qual depositaremos todos os nossos esforços e toda a nossa dedicação. Para atingir estes objectivos nunca poderemos pôr de lado o papel fulcral que os núcleos desportivos e os SASUA representam.
SA - O Sector Administrativo é essencial por ser o responsável pela gestão e correcto funcionamento da Casa do Estudante, de toda a estrutura da AAUAv e, ainda, pela gestão da frota automóvel. Para além disto colabora com os outros sectores, principalmente nas actividades multisectoriais, e com todos os núcleos através do apoio ao nível dos transportes e da central de compras. Este sector presta também apoio aos funcionários da Loja da AAUAv e do Bar do Estudante.
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Cá em casa
A Universidade de Aveiro é a primeira a fazer uso do Sapo Campus, uma plataforma integrada de serviços Web desenhada especificamente para o público académico. O projecto,
transversal a várias áreas disciplinares, está a ser desenvolvido na UA no âmbito do labs. sapo/ua e oferece um conjunto de serviços de partilha de conteúdos multimédia, com a
vantagem de fazer uso de um só login. O UniverCidade falou com a equipa dinamizadora do Sapo Campus, para ficar a saber mais sobre o projecto
Universidade de Aveiro desenvolve nova plataforma digital
Sapo Campus dá vida nova às velhas ferramentas O que é o Sapo Campus?
O Sapo Campus é uma plataforma integrada de serviços Web 2.0 desenhada especificamente para o contexto do Ensino Superior. Baseada nos conceitos-chave de abertura, partilha e comunicação, pretende desafiar as comunidades universitárias (alunos, professores, investigadores, serviços,...) a partilharem com o exterior aquilo que são capazes de construir e, ao mesmo tempo, fornecer uma ferramenta que permita, a cada membro, construir o seu ambiente de aprendizagem pessoal. Actualmente, o SAPO Campus encontrase disponível na Universidade de Aveiro e pode ser consultado em http://campus.ua.sapo.pt. Todos os membros da comunidade desta instituição, aqueles que possuem um acesso através do Utilizador Universal, podem registar-se e passar a usufruir de todos os serviços disponibilizados. Quem não é membro da comunidade pode consultar toda a informação partilhada e participar com os seus comentários. Quem apoia este projecto?
O projecto é desenvolvido na Universidade de Aveiro, no âmbito do labs.sapo/ua, com o apoio do SAPO e da TMN. Neste momento o Sapo Campus apenas está disponível para a comunidade da Universidade de Aveiro, mas em breve começará a ser disponibilizada a possibilidade de adesão para outras instituições! O SAPO Campus vai fornecer mecanismos que permitem uma integração com alguns sistemas de informação das diferentes instituições de ensino e permitirá uma configuração adequada a cada cenário de utilização. O desenvolvimento da plataforma é suportado por uma equipa multidisciplinar que envolve docentes, investigadores e alunos (1º, 2º e 3º ciclos) da Universidade de Aveiro, contando com o apoio de vários programadores profissionais do SAPO.
Toda a infra-estrutura tecnológica é fornecida e suportada pelo SAPO de modo a garantir excelentes níveis de performance e segurança da informação. Que novidades oferece o Sapo Campus?
A plataforma Sapo Campus oferece serviços de partilha de conteúdos multimédia semelhantes aos principais serviços actualmente existentes na Web 2.0 (blogs, wiki, partilha de fotos, partilha de vídeos e partilha de links), baseados nos serviços que o SAPO actualmente disponibiliza a toda a comunidade de língua Portuguesa. Uma das vantagens da utilização destes serviços nesta plataforma é a integração com um único login de acesso fornecido pela instituição, que no caso da Universidade de Aveiro corresponde ao Utilizador Universal. A integração dos dados de autenticação é assegurada por um mecanismo de federação que garante que esses dados apenas são validados ao nível da tua instituição. Dentro do Sapo Campus, todos os utilizadores registados têm os mesmos direitos e responsabilidades, garantindo que todos podem usufruir livremente dos serviços disponibilizados. Os conteúdos publicados são disponibilizados para toda a Web segundo o modelo de uma licença Creative Commons que é apresentada no momento do registo. Para os seus utilizadores registados, o Sapo Campus também oferece um espaço pessoal de aprendizagem - o Campus My.UA. Este espaço é baseado numa plataforma de widgets (semelhante ao Netvibes), mas que conta com novas funcionalidades adequadas às necessidades dos diferentes públicos de uma instituição de Ensino Superior. As principais funcionalidades estão organizadas em espaços virtuais do Campus My.UA: My Home, Perfil, Portefólio, Presenças, Disciplinas, Avaliação.
My Home: O My Home é o espaço onde é possível organizar os feeds de RSS das fontes de informação mais relevantes para cada utilizador e adicionar Widgets que permitem abrir o Sapo Campus a ferramentas e serviços disponibilizados externamente. É já possível adicionar widgets para alguns dos serviços mais relevantes na Web (Twitter, Facebook, Google Calendar, Mail,…), serviços da UA (notícias, propostas de emprego, lista de espera dos SAC, vídeos do SRE,…) e serviços do SAPO (mapas, itinerários, tempo, farmácias, tek, cinema, desporto, bookworms,…). Não esquecemos a componente de diversão e adicionámos alguns jogos clássicos e recursos humorísticos! Perfil: Na área de perfil estão disponíveis e podem ser alterados os dados pessoais de cada utilizador. Existe uma componente pública onde é apresentada a actividade de cada utilizador na plataforma Sapo Campus. Brevemente, cada utilizador poderá adicionar ao seu perfil a sua actividade noutras plataformas sociais. Também é possível gerir a lista de contactos/amigos e, no futuro, consultar a actividade mais recente dos contactos/amigos, colegas de turma, colegas de curso, colegas de departamento,… Portefólio: Na ferramenta de Portefólio, o utilizador tem a possibilidade de seleccionar, organizar e apresentar os seus principais contributos, partilhados durante o percurso académico e pessoal. As diferentes páginas de portefólio são integradas com o perfil do utilizador de modo a construir um espaço focado na identidade digital dos membros da comunidade. Os conteúdos partilhados no Sapo Campus são facilmente integrados no contexto do portefólio através de widgets desenvolvidas com essa finalidade. Outras widgets permitem também incluir conteúdos partilhados em serviços de referência: youtube, flickr, slideshare,...
Presenças, Disciplinas e Avaliação: Estas são ainda áreas em desenvolvimento onde se pretende disponibilizar um conjunto de funcionalidades que permitam construir páginas de agregação públicas que podem constituir espaços dedicados a projectos, unidades curriculares, serviços, grupos ou mesmo espaços pessoais. No caso das presenças correspondentes a unidades curriculares é garantida uma integração com os serviços académicos da instituição. Desta forma, o professor tem a possibilidade de fornecer, aos seus alunos, espaços devidamente organizados com os conteúdos e as ferramentas adequadas ao arranque da unidade curricular. O que já está disponível?
Em http://campus.sapo.pt encontra-se disponível a página de topo de toda a plataforma de serviços onde o projecto é apresentado ao público e às diferentes instituições de ensino. Em http://campus.ua.sapo.pt encontra-se a página do Sapo Campus na Universidade de Aveiro onde é possível aceder ao serviços já disponíveis (blogs, fotos e vídeos) e entrar na área pessoal do Campus My UA. Para breve estará disponível os serviços de Wikis, a área de Portefólio e o novo Perfil com a indicação dos teus contactos/amigos e a funcionalidade de integração de conteúdos partilhados noutras redes sociais. Onde podemos saber mais sobre o Projecto?
Para seguir os últimos desenvolvimentos do Sapo Campus recomendamos que sigam a nossa conta no twitter (http://twitter.com/ sapocampus) e o blog da equipa de desenvolvimento (http://labs.sapo.pt/ua/sapocampus/). Brevemente irá surgir o blog do Sapo Campus dentro da plataforma e dessa maneira tentaremos estabelecer um contacto mais próximo com todos os nossos utilizadores. Participem!
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Entrevista
nos Serviços de Relações Externas da UA (edifício da Reitoria). A versão integral também pode ser lida em www.uaonline.pt.
NOTA: Esta entrevista foi concedida à «Linhas - revista da Universidade de Aveiro», edição nº 12, Dezembro de 2009. A publicação pode ser adquirida
Entrevista a Maria Helena Nazaré Depois de oito anos à frente dos destinos da Universidade de Aveiro, Maria Helena Nazaré está de saída. Em entrevista à Revista Linhas, a reitora faz um balanço de alguns dos principais momentos que marcaram os seus dois mandatos à frente desta instituição, como a adaptação a Bolonha: “É agora necessário continuar este processo de transformação, com um foco no próprio modelo de ensinoaprendizagem e nos processos de qualidade. Estou convicta de que a reestruturação realizada ainda precisa de mais uma fase de trabalho”, diz.
A UA tem, actualmente, todos os cursos adaptados a Bolonha – plano de reforma que visa uniformizar a estrutura dos currículos nos países europeus participantes – objectivo cumprido no decorrer deste mandato. Como decorreu este processo de transição para o novo modelo?
Este tem sido um processo particularmente exigente, uma vez que implicou a transformação de toda a oferta formativa de 1º, 2º e 3º ciclos, e a base matricial da UA obriga a uma grande interacção entre todas as unidades envolvidas em cada programa de formação. Uma primeira fase, que consistiu na redefinição dos objectivos, dos conteúdos e da duração dos programas existentes decorreu bem. É agora necessário continuar este processo de transformação, com um foco no próprio modelo de ensino-aprendizagem e nos processos de qualidade. Estou convicta de que a reestruturação realizada ainda precisa de mais uma fase de trabalho. Falta avançarmos para uma nova reforma curricular, que venha reduzir tanto o número de horas de
FUNDAÇÃO “A Assembleia Estatutária Docente, investigadora, vice-reitora, vogal no Conselho de Administração no Porto de Aveiro, Directora da Escola de Saúde da UA e Reitora. Qual dos cargos lhe deu maior satisfação?
Gostei e senti-me realizada enquanto fui docente e investigadora da Universidade e, obviamente, no cargo de Reitora. Foram actividades exercidas em alturas diferentes da minha vida, com exigências também distintas. Em todo o caso, o cargo de Reitora foi o que apresentou um conjunto maior de desafios. É certo que estes anos foram particularmente difíceis mas confesso que não fiquei surpreendida com o volume de trabalho, mas sim com o nível de ansiedade constante que representa exercer este cargo. E enquanto Reitora, qual considera ter sido o maior desafio?
Foram imensos mas, desde logo, o grande desafio, permanente e constante, passa por avaliar correctamente e tomar a decisão certa, no sentido de ser aquela que melhor responde às necessidades da Universidade. Temos enfrentado nos últimos anos questões e conjunturas diversas, nomeadamente a mudança do enquadramento jurídico da Universidade. Esta decisão, tomada por unanimidade na Assembleia Estatutária, foi uma decisão preparada que envolveu uma tomada de posição por parte da Reitoria. Ninguém sabe exactamente o que esta opção envolve em termos jurídicos. Não foi fácil assumi-la mas estou convencida de que foi a opção correcta, que precisa, agora, de ser cuidadosamente acompanhada, especialmente porque é um assunto que nos obrigará, a todos, a aprender ao longo do tempo.
procurou reunir o máximo de informação disponível, aprender com experiências existentes noutros países e pesar o contributo e as dificuldades que cada modelo apresentava para o projecto da UA. O resultado final, de longas e construtivas discussões, foi uma opção adoptada por unanimidade. Estou convencida de que tomámos a opção certa.”
contacto como de unidades curriculares por semestre, assim como verificar que conhecimentos deverão os alunos adquirir no 1º e no 2º ciclos. Considero ainda que falta adequarmos melhor a relação entre as competências necessárias e as unidades curriculares que os alunos têm que frequentar. É, portanto, necessário, mais uma vez, fazer uma reorganização curricular. Bolonha preconiza um modelo de ensinoaprendizagem baseado no desenvolvimento das competências dos alunos. De que modo podem ser rentabilizadas essas competências?
Uma sociedade baseada no conhecimento, globalizada e em permanente transformação requer uma maior capacidade de aprendizagem, de utilização dos conhecimentos em diferentes situações, de autonomia e de comunicação com uma grande diversidade de interlocutores. O desenvolvimento destas capacidades inicia-se muito antes do ingresso no ensino superior e continua ao longo da vida. A etapa que decorre num ambiente universitário tem, contudo, características próprias, devendo estimular em especial a autonomia na aprendizagem, o aprofundamento e a integração de conhecimentos. Estes são alguns dos ingredientes para uma plena utilização dos saberes na transição para a vida activa.
Este modelo dita, também, uma maior disponibilidade do corpo docente. É esta a realidade na academia aveirense?
A grande proximidade e facilidade de comunicação entre docentes e alunos é, tenho orgulho em dizê-lo, uma característica da nossa Universidade. É importante realçar que este modelo impõe novas responsabilidades não só aos docentes, mas também, e de modo claro, aos alunos. Trata-se de um percurso que tem que ser percorrido em conjunto.
No que respeita ao ensino, quais foram as grandes apostas da UA? A criação e/ou extinção de novos cursos respondeu às necessidades do mercado de trabalho?
A UA tem efectuado, sempre, um acompanhamento dos seus cursos e um ajuste sistemático da sua oferta, quer em termos de programas quer em número de vagas oferecidas. Um exemplo particularmente notável foi a completa reformulação das ofertas do Departamento de Línguas e Culturas, que estavam direccionadas em exclusivo para a componente de ensino. A saturação que se verificava no mercado de professores reduziu as perspectivas de emprego dos alunos nessa área, o que
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«Falta avançarmos para uma nova reforma curricular»
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“Os actuais alunos serão futuros trabalhadores” Que medidas devem ser adoptadas para atacar a falta de emprego com que os recém-graduados se deparam actualmente?
se traduziu numa procura cada vez mais escassa destes cursos. O Departamento conseguiu, com êxito, reconverter a sua oferta de formação, tendo em conta novas necessidades que careciam de resposta e a capacidade de resposta existente, intervindo hoje em áreas como Línguas e Relações Empresariais ou Tradução, entre outras. A UA tem sabido responder a desafios e detectar oportunidades, reinventando-se continuamente. Paralelamente, o repensar da oferta da UA conduziu também à elaboração de novas propostas, já de acordo com o novo modelo de organização e oferta de graus conjunto ao nível do 2º e 3º ciclos. A intervenção na área da saúde, a criação de uma licenciatura em Técnico Superior de Justiça e a nossa oferta na área das políticas públicas, a nível da formação inicial com a Administração Pública; a nível de 2º ciclo com a reformulação do mestrado em Gestão Pública e Autárquica, são apenas alguns exemplos que posso citar. A UA foi uma das três instituições de ensino superior nacionais (as outras foram a UP e o ISCTE) a optar pelo regime fundacional. Foi uma decisão difícil?
Foi uma decisão longamente ponderada, em particular no seio da Assembleia Estatutária, órgão com competência para o efeito, mas que culminou num processo ao longo do qual procurei manter informada toda a co-
BOLONHA “É importante realçar que este modelo impõe novas responsabilidades não só aos docentes, mas também, e de modo claro, aos alunos. Trata-se de um percurso que tem que ser percorrido em conjunto.”
munidade, designadamente através de reuniões com todas as unidades e serviços. A dificuldade de uma tomada de decisão desta natureza revestiu-se, em particular, com a incerteza associada a um enquadramento novo, ainda não testado entre nós. A Assembleia procurou reunir o máximo de informação disponível, aprender com experiências existentes noutros países e pesar o contributo e as dificuldades que cada modelo apresentava para o projecto da UA. O resultado final, de longas e construtivas discussões, foi uma opção adoptada por unanimidade, por essa Assembleia, que incluía docentes, alunos e membros externos à UA. Como já referi, estou convencida de que tomámos a opção certa. A UA é uma Universidade com ênfase na ciência e na tecnologia e muito do seu reconhecimento provém da investigação. A FCT avaliou com Muito Bom e Excelente 82% das unidades de investigação da UA. Qual vai ser o posicionamento da Fundação Universidade de Aveiro nesta matéria?
A UA tem, é verdade, uma matriz com uma componente predominante em ciências e engenharia. Mas é uma matriz muito mais lata, que inclui, de forma integrada uma maior diversidade de áreas, como as ciências sociais e humanas e as artes, que têm também merecido reconhecimento externo, por exemplo em termos de avaliação das unidades de investigação. O convívio entre todos estes domínios é, aliás, uma imagem de marca da UA, referida e elogiada, na avaliação institucional conduzida pela Associação Europeia de Universidades. A passagem a fundação não altera, de forma substancial, a centralidade que a investigação de excelência assume no projecto da UA. Haverá que ter uma maior atenção ao prosseguimento dos objectivos definidos no contrato-programa, mas que foram definidos tendo em conta esse mesmo projecto.
Ensino, investigação e cooperação são os princípios basilares da estratégia da UA. Que tipo de acções foram desenvolvidas para cumprir a missão de cooperação com a sociedade civil?
A actuação da UA para além das missões de ensino e de investigação tem desempenhado um papel fundamental no relacionamento com as comunidades e, em particular, com a região em que nos integramos. Das várias iniciativas encetadas, uma das mais importantes apostas para os próximos anos é, sem dúvida, o Parque de Ciência e Inovação. Este parque será um espaço privilegiado de
inovação onde os produtores – normalmente as pessoas que trabalham na Universidade ou nos Centros de investigação – e os utilizadores de conhecimento podem trabalhar em conjunto para desenvolverem novas aplicações para o conhecimento que foi produzido ou encontrarem, através desse conhecimento, respostas para problemas. O parque terá espaços físicos infra-estruturados, com conjuntos de serviços (de gestão, de marketing, de catering, de espaços comuns para conferências, laboratórios e outros) que serão disponibilizados às empresas que se quiserem lá instalar a troco de uma renda. Para já as áreas representadas serão as áreas fortes da UA, isto é, as tecnologias da informação e comunicação, os materiais, a área do agro-industrial, a energia e o mar. Além desta iniciativa, posso destacar também a instalação da unidade de investigação da Siemens nas instalações contíguas à Fábrica – Centro Ciência Viva, a colaboração com a Martifer e a cooperação com as escolas.
ENSINO “A intervenção na área da saúde, a criação de uma licenciatura em Técnico Superior de Justiça e a nossa oferta na área das políticas públicas, a nível da formação inicial com a Administração Pública; a nível de 2º ciclo com a reformulação do mestrado em Gestão Pública e Autárquica, são apenas alguns exemplos que posso citar [de oportunidades identificadas].”
É importante realçar que os elevados níveis de desemprego que Portugal tem actualmente, e que afectam também licenciados e pessoas com pós-graduação não pode, nunca, ter uma resposta apenas do lado da formação. A criação, e mais do que isso, a manutenção de empregos, depende em primeiro lugar da capacidade económica do País e das empresas. As universidades e os restantes parceiros do sistema de ensino têm o seu papel a desempenhar, que se desenrola em vários domínios. Parte será, como já referi, a adequação em qualidade e quantidade das ofertas de formação, havendo aqui um caminho a percorrer, em especial em termos de articulação entre as várias instituições. Mas o mais estruturante é, sem dúvida, o seu contributo para a formação das pessoas: os actuais alunos serão futuros trabalhadores, por conta de outrem, por conta própria, ou futuros empregadores. A sua competência, capacidade e conduta ética serão determinantes para a saúde da economia e para a qualidade do mundo laboral e social. Esta é uma enorme responsabilidade de todos os agentes educativos e formativos. A esta vertente junta-se, nas universidades, a responsabilidade de criar conhecimento, através da investigação, e de contribuir para a sua apropriação pela sociedade, aumentando a competitividade das instituições nacionais num mundo cada vez mais aberto. É ainda fundamental que os nossos graduados saiam da Universidade com competências para criar o seu próprio emprego.
Núcleos
Manuel Assunção é o novo reitor da UA O antigo vice-reitor foi eleito com 10 dos 18 votos, sucedendo assim a Maria Helena Nazaré. Manuel Assunção deverá tomar posse a 22 de Fevereiro
biografia
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No passado dia 18 de Janeiro, Manuel António Cotão de Assunção, 57 anos, foi eleito reitor da Universidade de Aveiro, sucedendo a Maria Helena Nazaré, à frente dos destinos da UA há oito anos. O novo reitor que, até Julho de 2009 foi vice-reitor de Maria Helena Nazaré, recebeu o voto de dez das 18 entidades que compõem o colégio eleitoral, derrotando o professor Fernando Marques (oito votos) e o actual presidente do conselho directivo do departamento de Biologia da UA, Amadeu Soares (zero votos). A votação, que se seguiu à apresentação e discussão dos programas de acção dos três candidatos, foi tornada pública ao final da tarde, por comunicado do Conselho Geral, presidido pelo empresário Alexandre Soares dos Santos, que salientou o facto de não ter havido votos em branco nem nulos. O Colégio Eleitoral é composto por 14 representantes da comunidade universitária (docentes, alunos e funcionários) e cinco exteriores, entre os quais Alexandre Soares (chairman da Jerónimo Martins), Carlos Solá (reitor da Universidade de Barcelona), João Picoito (CEO da Siemens Communications Portugal), Lusitana da Fonseca (responsável pelo programa Aveiro Digital) e Eugénio Lisboa (ensaísta e crítico literário).
Linhas de actuação
Assunção foi o primeiro candidato à eleição de reitor da UA a expor (por sorteio) o seu programa eleitoral e defendeu a necessidade de realizar "um verdadeiro plano estratégico a médio prazo" e de efectuar dentro de dois anos "uma auditoria externa ao processo de Bolonha". No mesmo período de tempo, Assunção defendeu "uma avaliação do desempenho organizacional da Fundação", sistema de gestão em que actualmente funciona a UA. Assumiu ainda como pontos essenciais a internacionalização da UA através do recrutamento de "reputados investigadores e professores estrangeiros" e do aumento "do número de projectos europeus"; a criação de uma rede de "universidades para o espaço das línguas portuguesa e castelhana" e, ainda, a aposta prioritária "de uma escola doutoral de qualidade única". No que toca ao domínio da Saúde, Manuel Assunção defendeu a criação de "uma unidade de investigação na área, com o apoio de todas as já existentes na Universidade" e também o surgimento "de um centro de saúde-piloto, destinado aos funcionários e alunos". Na sua intervenção, o candidato Fernando Marques defendeu uma formação de qualidade e mostrou-
Com 18 anos de experiência em gestão universitária, Manuel Assunção é professor catedrático e investigador. Foi presidente eleito do Conselho Pedagógico da UA durante dois mandatos e fez parte das equipas dos reitores Júlio Pedrosa (dois mandatos), Isabel Alarcão e Helena Nazaré (também dois mandatos) onde lhe foram atribuídas delegações de competências muito diversas. Acompanhou por dentro e foi actor de decisões determinantes da evolução desta Universidade. Docente do Departamento de Física da UA, Assunção integra, enquanto investigador, o Laboratório Associado I3N e o seu percurso profissional inclui uma presença de vários anos no Laboratório de Glass Ceramics da Universidade de Warwick. A este capital de experiência de gestão universitária e conhecimento da UA juntou uma vasta experiência internacional, tendo sido presidente eleito da EUCEN
se preocupado com a taxa elevada de insucesso admitindo fazer regressar "o chamado semestre de Verão", permitindo aos alunos "ter mais uma hipótese de exame". Marques alertou também para o facto de muitos dos professores da UA "terem feito toda a sua formação na UA", não tendo, por isso, "experiência no estrangeiro". Amadeu Soares chamou a atenção para a necessidade de "implementar a sério o ensino à distância onde já estão presentes as grandes universidades internacionais", e considerou que a implementação do curso de Medicina na UA deve ter uma aposta tecnológica e humanista. Novo reitor toma posse a 22 de Fevereiro
O novo reitor da UA assumiu o cargo com honra e responsabilidade e espera corresponder às expectativas que lhe foram depositadas. Manuel Assunção acredita que a coesão institucional da UA sairá reforçada com um processo organizado pela primeira vez no novo quadro organizativo da instituição: “Sinto uma grande honra por ter sido escolhido e uma enorme responsabilidade que é ainda maior pela herança de grande qualidade dos reitores que me precederam. Espero ser digno da escolha e garantir
essa continuidade. A UA sempre teve a capacidade de proceder da melhor maneira a favor de si próprio e esse é um dos seus grandes atributos. Tenho a certeza que a coesão institucional sairá reforçada deste processo que é um processo de tipologia novo. Temos, pela primeira vez, eleição no novo quadro executivo e com outro enquadramento jurídico”, disse, aos órgãos de comunicação social. O novo reitor aproveitou, também, para felicitar os outros dois candidatos ao cargo e a forma como encararam os resultados. “Eu gostava de dar uma palavra aos outros candidatos porque tiveram uma prestação de alto nível, mostrando a força da instituição da UA. Também tiveram uma grande dignidade aquando o conhecimento dos resultados da eleição”, afirmou. Quanto a projectos a concretizar, Manuel Assunção acredita que ainda é cedo para falar neles e que só o fará após tomar posse. “Eu tenho alguns projectos, mas ainda não me vou pronunciar sobre eles. Neste momento, há uma reitoria em funções, com um mandato legítimo e, portanto, não me pronuncio ainda sobre acções porque não é o momento certo para o fazer”. A cerimónia de tomada de posse encontra-se agendada para o dia 22 de Fevereiro.
- European University Continuing Education Network, uma organização com cerca de 200 instituições do ensino superior registada na Bélgica, durante seis anos (três mandatos, máximo permitido estatutariamente); e participou em inúmeros projectos e acções internacionais. A natureza das actividades internacionais em que se envolveu permitiu-lhe, além disso, acumular conhecimentos, designadamente, nas áreas do desenvolvimento institucional e da gestão estratégica das universidades, da avaliação e garantia da qualidade e da aprendizagem ao longo da vida. Mais recentemente esteve ligado às questões da relação com a região e com as empresas, actuando também como perito no âmbito do QREN; e sublinhando o seu intenso envolvimento, desde sempre, com a cultura é presidente eleito (segundo mandato) da Orquestra Filarmónica das Beiras.
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Diz-se por aí...
(1) “Parecem enamorados. O modo como ela o olha, como ele a reflecte, se eu não soubesse o que sei, diria que estavam enamorados. Sei-o, no entanto, e talvez não o saiba ao todo, Onde estou, Porque estou, pergunto-lhes mas ignoram-me, mantêm a solenidade que os faz, que os une. Chove, também aqui, não a sinto mas ouço, que será este lugar, pondero milhentas respostas, quiçá uma estará correcta. Fizeram-me preso, por mais que ande no mesmo sítio fico, por mais que grite uma resposta não obtenho, estarei condenado para o resto da minha vida a presenciar tal alucinada paixão? Não… não pode, tem que haver uma razão, será destino, será vontade de Deus, será sei lá quê, resido agora no cimo de um oceano de vidro não por feitiço ou maldição, isso o sinto, mas por algo diferente, sei-o porque não temo, e se ao estar entre um casal de fingidos amantes não me chega o medo, é sinal que ele aqui não tem lugar. E o que terá, tirando nós os três, ou simplesmente eu, que parecem eles paisagem? Já não espero por respostas às minhas perguntas, faço-as simplesmente por fazer, porque não consigo evitar, porque me consolam de certa forma, e como me consolam, se não fizer perguntas o que farei, neste infinito fim, o que farei? A chuva piorou, noto-o pelo som dela a bater em algo familiar, veio acompanhada de algo diferente desta vez, uma voz, duas aliás, repetem-se sem parar, as suas palavras ecoam nas invisíveis paredes que me rodeiam, melodias hipnotizantes deste meu sonho. Vejo-te, Lua
Cá em casa
Vejo-te, Mar
Abertos os olhos, estranho a enorme clarabóia que me cumprimenta logo de madrugada, lá fora chove torrencialmente, Onde é que estou, recordo-me vagamente do que me trouxe aqui, carrego-me até às portas envidraçadas que dão para a varanda do quarto, é mesmo verdade, afogo os olhos em azul, claro indício de que não estou onde estive toda a minha vida, claro indício de que a minha realidade mudou. Esperei tanto tempo pelo dia de ontem, pelo dia em que pudesse deixar para trás tudo o que tomei como certo durante tantos anos, parte de mim ainda não acredita no que aconteceu. Mas é verdade, tudo o que abandonei, tudo o que senti ao o fazer, nada disso pode ser falso, nunca me conseguiria iludir tanto, e se conseguisse, certamente que terias vindo comigo.” João Abreu
http://voaremterra.wordpress.com/
Assunto: Artigo publicado na página 21 da Vª edição de 11 de Dezembro de 2009 “A Saga nos SAC” Cara Srª Responsável editorial, Dirijo-me a Vª Exª, para no que concerne ao artigo supra mencionado e em virtude de o mesmo ser susceptível de por em causa a reputação destes Serviços, solicitar a Vª Exª o favor de mandar publicar o presente esclarecimento
4. Deve aliás dizer-se que todo o artigo é perpassado pelo desejo de denegrir e ofender os Serviços e os seus trabalhadores (generalizadamente apelidados de “incompetentes”), desde os mais experientes aos recém-chegados.
1. Os Serviços de Gestão Académica (SGA) promovem e conferem a maior importância à liberdade de opinião e ao sentido crítico dos alunos da Universidade de Aveiro. Por essa razão os mecanismos de audição dos seus utentes são diversos, desde caixas de sugestões, a moradas de e-mail próprias para esse efeito, passando por inquéritos de qualidade. Recentemente propusemos, e foi superiormente aprovada, a criação do Conselho de Utilizadores dos nossos Serviços. A esse propósito endereçámos já um convite ao Sr. Presidente da Associação Académica para que se dignasse indigitar um elemento da sua Direcção para integrar este novo órgão, o primeiro desta natureza na Universidade de Aveiro;
5. Os Serviços de Gestão Académica, porém, estão bem conscientes do seu próprio desempenho, e que tal opinião não reflecte a ideia da esmagadora maioria dos alunos desta Universidade;
2. A veiculação de opiniões sobre o desempenho dos Serviços, sobretudo aquelas que são feitas de boa-fé e orientadas para a melhoria dos Serviços, merecem a nossa melhor atenção e têm sido objecto de aturado tratamento. Foi por essa via e em resultado de preciosos contributos dos utentes que, entre outras medidas, instalámos um novo sistema de senhas, que passámos a possibilitar a visualização do número de senha constante do “chamador” fora do edifício que alberga estes Serviços, e que passámos a permitir aos alunos a extracção on-line, e sem custos, de declarações com o montante de propinas pago para efeitos de IRS. 3. No caso em apreço, vêm veiculados factos que não correspondem minimamente à verdade e são ofensivos da nossa boa reputação. Assim, entre outras alusões, é clamorosamente falso que os serviços de atendimento ao público iniciem o seu atendimento apenas às 9h 30m! Basta passar todos os dias por estes Serviços para perceber que assim não é e que o atendimento abre pontualmente todos os dias às 9h. Por outro lado, se preocupação houve da parte destes Serviços – que atendem cerca de 20 000 alunos por ano! - foi a de reforçar os meios existentes ao nível dos balcões, tendo-se obtido, como resultado desse esforço, uma significativa redução do tempo de espera no atendimento ao público;
6. No quadro de um recente inquérito on-line e anónimo, mais de 90% (!) dos alunos consideraram o desempenho global dos Serviços de Gestão Académica como bastante satisfatório, situando-se a maioria das opiniões expressas no patamar de “Bom”! Estes dados foram recolhidos e tratados por terceiros, no caso o (então) Centro de Multimédia e de Ensino à Distância (CEMED) e estão à disposição dos interessados nestes Serviços. 7. Da mesma forma, e numa lógica de transparência, toda a actividade levada a cabo por estes Serviços encontra-se vertida nos Planos e Relatórios anuais de Actividades que se encontram disponíveis on-line na página dos Serviços, como igualmente disponível se encontra o correspondente Quadro de Avaliação e Responsabilidade (QUAR), ou seja o compromisso dos Serviços para cada ano civil, pelo que se afigura fácil saber que propósitos se assumiram em cada ano e quais os seus resultados. 8. Para além das inverdades professadas e do tom deliberadamente ofensivo do artigo, não podemos igualmente deixar de estranhar o desfasamento entre a opinião veiculada e o sentir da esmagadora maioria dos nossos utentes; 9. Independentemente de quais sejam as reais motivações subjacentes do mencionado artigo, estes Serviços continuarão empenhados em servir os seus utentes, numa lógica de humildade e aprendizagem permanente, com os resultados que (felizmente) se conhecem e que são o reconhecimento e o estímulo para fazer cada vez mais e melhor. Agradecendo a atenção dispensada, apresento a Vª Exª os meus melhores cumprimentos.
Universidade de Aveiro, 14 de Dezembro de 2009 O Director dos Serviços de Gestão Académica (Mário Luís Pelaio)
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Cá em casa
Actividades Desportivas no segundo semestre Renova a tua inscrição!
Também para as ACD’s (Actividades Culturais e Desportivas) o segundo semestre tem o seu inicio no dia 8 de Fevereiro. Assim, é indispensável que todos os praticantes da nossa oferta desportiva de recreação e lazer procedam à renovação da sua inscrição nas ACD’s. O nossa oferta de modalidades continua variada, indo desde os desportos tradicionais (andebol, atletismo, voleibol, basquetebol)
até aos desporto de combate ou artes marciais (karaté, judo, Tai chi, taekwondo, capoeira), passando pelos desportos de raquete (ténis, ténis de mesa, badminton, squash) e outros desportos como são as disciplinas de Fitness ( aeróbica, step, yoga) ou a equitação, sempre com a orientação de monitores credenciados. Como vês, não há desculpa para não praticares Desporto e assim fomentares uma vida mais saudável e mais confortável, porque vais
estar a combater os hábitos sedentários próprios dos dias de hoje. Podes consultar todos os horários e taxas em www.aauav.pt ou nas instalações desportivas da UA (Pavilhão Aristides Hall). Nós, Associação Académica, ficamos à vossa espera para horas de prática desportiva num ambiente salutar e alegre, onde vais encontrar novas amizades. E não te esqueças dos teus amigos, trá-los contigo!
Mais uma mega-competição
L A S T o r i U e r F e v H e F 4 2 e 25 24
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XV 24 horas de Futsal já tem data marcada
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Nos próximos dias 24 e 25 de Fevereiro terá lugar, no Pavilhão Aristides Hall, mais um 24h de Futsal. Esta é uma das competições com mais tradição organizadas pela AAUAv, que junta o espírito competitivo natural de qualquer torneio com a boa disposição e ambiente alegre que se cria entre as equipas que estão no terreno de jogo e as que estão na bancada à espera da sua vez para entrar em campo. A competição terá início no dia 24, às 20h, e decorrerá pela noite fora, sempre com animação. Nesta altura estará a decorrer a fase de grupos, durante a manhã e até ao fim da tarde decorrerá a fase de eliminatórias. O torneio tem limite de inscrições (32 equipas), por isso não percas tempo a inscrever a tua equipa, que pode ser só um grupo de amigos ou a malta lá do curso (uma ou várias). Serão entregues prémios aos três primeiros classificados, assim como ao melhor marcador. Podes efectuar a inscrição da tua equipa até ao dia 22 de Fevereiro (segunda-feira), na recepção do pavilhão. Não te esqueças que, para ter acesso às instalações desportivas, os atletas têm que apresentar um atestado médico ou um termo de responsabilidade (a preencher na recepção acompanhado com o BI) Esperamos pela vossa equipa para uma competição saudável, e que ganhe o melhor!
Cá em casa
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Caras novas nos núcleos da AAUAv
As direcções dos núcleos da AAUAv para o ano de 2010 tomaram a 16 de Dezembro, numa cerimónia que pretendeu também celebrar o associativismo juvenil.
O UniverCidade falou com alguns dirigentes de núcleos da Academia, e procurou saber que novidades têm eles na calha para o novo ano.
Núcleo de Curso - Administração Pública Bruno Machado, coordenador
Núcleo Cultural Ilhas de Bruma João Bernardo, coordenador
Núcleo Desportivo – Surf e Bodyboard Patrícia Freire, responsável financeira
O que te motivou a liderar este núcleo?
O que te levou a reactivar este núcleo?
O que te motivou a liderar este núcleo?
Nós quisemos continuar com o projecto do ano passado, até porque o núcleo é recente, este será só o segundo ano. Temos algumas ideias, ainda do ano anterior, que queremos pôr em prática, em prol dos alunos do nosso curso. Que actividades têm previstas?
Uma das actividades pensadas é a criação de um gabinete de apoio ao aluno, onde vários alunos do nosso curso vão ajudar os alunos com mais dificuldade nos estudos, queremos criar uma espécie de mini-biblioteca, com apontamentos, por exemplo, para que os que vierem a seguir possam beneficiar deles, e queremos organizar uma viagem ao Parlamento, que é muito importante para o nosso curso.
Eu fui reparando que, ao longo do tempo e cada vez mais, o pessoal dos Açores não falava entre si. Chegavam aqui à universidade, faziam os seus amigos - alguns não conseguiam fazer isso – e agora com o núcleo o nosso objectivo é a integração dos estudantes açorianos cá na universidade e desenvolver actividades que venham ao encontro das suas necessidades. O que esperas do ano que está a começar?
Espero que tudo corra pelo melhor e que consigamos cumprir os objectivos a que nos propusemos. Vamos passar por um primeiro período de adaptação, e vamos tentar pegar no projecto do núcleo onde ele parou, há alguns anos atrás, e avançar a partir daí. Vamos passar inicialmente por uma fase de divulgação, sobretudo junto das escolas açorianas, para mostrar que temos aqui uma comunidade açoriana e que eles podem vir e juntar-se a nós. Que actividades têm previstas?
Em Fevereiro, vamos começar uma iniciativa chamada “Os Açores à descoberta de Portugal”, e vamos começar por Braga. A ideia é interagir com outras comunidades açorianas de outras universidades. Outro projecto é um torneio de futsal, onde vão participar várias universidades, mas que não é só limitado aos alunos açorianos, claro. Também vamos fazer uma integração ao caloiro açoriano, uma festa, e vamos tentar fazer o Dia dos Açores na UA.
O que nos motivou a continuar foi a vontade de divulgar as modalidades, a tentar continuar a desenvolver actividades que tragam pessoas à modalidade, até porque não é uma modalidade barata, já que o material é bastante caro. Queremos promover workshops, para as pessoas terem acesso à modalidade. Também queremos divulgar um pouco a indústria e todo o mundo do surf e do bodyboard, que chega a diferentes áreas: a ciência, o turismo… Que actividades têm previstas?
Uma das ideias que temos é desenvolver um ciclo de conferências que liguem o surf a diversas áreas, até porque temos vários especialistas, sobretudo da área da física, que estudam esta questão. Também pensamos em representar a instituição em campeonatos das modalidades, mas a competição não é o nosso principal objectivo.
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Sugestões Culturais
O SÍMBOLO PERDIDO
A CABANA
A ESTRADA
INVICTUS
{ Dan Brown }
{ William Young }
{ John Hillcoat }
{ Clint Eastwood }
O leitor mergulha mais uma vez num mundo de misticismo, sociedades secretas e locais escondidos de uma Washington pouco reconhecida. O que esconde, afinal, a Chave de Salomão? Que mensagens secretas estão codificadas nesse livro misterioso? Robert Langdon, o professor de Harvard especialista em Simbologia, tem apenas 12 horas para o revelar. São horas repletas de intrigas, perseguições e reviravoltas. É pois o regresso de Dan Brown ao registo que o tornou mundialmente famoso: pictogramas cifrados, mensagens ocultas, símbolos descodificados, “suspense” e acção a um ritmo vertiginoso.
Com uma tiragem inicial de 140 mil exemplares, uma das mais altas do mercado nacional, o novo romance do autor norte-americano prepara-se para repetir o êxito de O Código da Vinci e Anjos e Demónios e levar Dan Brown para além do milhão de livros vendidos em Portugal.
As férias de Mackenzie Allen Philip com a família na floresta do estado de Oregon tornaram-se num pesadelo. Missy, a filha mais nova, foi raptada e, de acordo com as provas encontradas numa cabana abandonada, brutalmente assassinada. Quatro anos mais tarde, Mack, mergulhado numa depressão da qual nunca recuperou, recebe um bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o a voltar à malograda cabana. Ainda que confuso, Mack decide regressar à montanha e reviver todo aquele pesadelo. O que ele encontrará naquela cabana vai mudar a sua vida para sempre.
Um evento cataclísmico atingiu a terra, devastando-a por completo. Milhões de pessoas foram erradicadas por incêndios, inundações, outras morreram de fome e desespero. Um pai e o seu filho resolvem partir numa longa viagem pela América destruída, rumo ao sul e ao oceano, enfrentando todo o tipo de obstáculos. Baseado no romance de Cormac McCarthy, vencedor do Pulitzer de 2007, “A Estrada” é uma épica jornada de sobrevivência nesse mundo pós-apocalíptico. Mais que um relato trágico daquilo a que pode chegar o ser humano, é uma comovente história sobre amadurecimento, esperança e sobre as profundas relações entre um pai e seu filho.
Este filme conta a história de como Nelson Mandela (Morgan Freeman) acreditou na sua capacidade para unificar a população por meio da linguagem universal do desporto. Após a sua eleição, o presidente Mandela ciente que seu país permanece dividido racial e economicamente depois do fim do apartheid, une forças com o capitão da equipa de rugby da África do Sul, Francois Pienaar (Matt Damon), para ajudar a unir a nação. Mandela apoia a desacreditada equipa da África do Sul na Copa Mundial de Rugby de 1995, esta realiza uma incrível campanha até as finais. Sob a direcção de Clint Eastwood, a estreia deste filme encontra-se prevista para 29 de Janeiro.
just can’t afford the high costs. The other subject we chose to bring you is about LifeCycle , the project that will make Aveiro cycle. The University joined this project and is mapping the use of the bicycle between students, teachers and other workers at UA and developing campaigns to make people cycle to the university. This European projects intends to chance mentalities, and try to beat the idea that using the bike in-
dicates a lack of prestige or money, as, apparently, the Portuguese still think. The LifeCycle will show that cycling is clever, cheap, clean, fast… full of advantages! And that’s it. Keep an eye on our website and pass by often. Don’t forget the BE Parties, there will be a lot in February and March! And if you would like to collaborate with us, ask some questions or make some suggestions, send us an e-mail to univercidade@aauav.pt.
International Spot Hi there! The Students’ Union has a new directory board. Last December, the students voted for Tiago Alves, and he is now the president, in charge since the 26th of January, and has some new ideas for AAUAv.
Improvements in the cultural sector is one of Tiago’s main goals, as he expects that a new energy in this area will emphasize our relationship with the town. Tiago believes that, through the culture, the students can reach the rest of the local population, as he also thinks that we must not live separate from the town that receives us. So, you can expect some news in the cultural area, including a special week that is being prepared to
May, right before the first exams. In this edition of UniverCidade, we also talk about the new budget for Universities. The Portuguese government has decided to improve budgets for Education, starting this year. The Social Services for students also received a bigger donation this year, and the services at UA believe they will be able to help more students. These are extremely good news, as we can’t forget that many people stays out of university because they
29 de Janeiro de 2010
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http://mariananohaiti. blogspot.com/
Uma aveirense que trabalha na rádio das Nações Unidas no Haiti conta, na primeira pessoa, o que tem vivido num país que viu, em segundos, a sua vida colapsar.
AC/DC: IRON MAN
HELIGOLAND
ARCTIC MONKEYS
JOSS STONE
{ AC/DC }
{ Massive Attack }
{ 2 e 3 de Feveireiro}
{ 14 e 15 Fevereiro }
Os AC/DC vão lançar um CD especial para o filme “Homem de Ferro 2”, intitulado “AC/DC: Iron Man 2”. O álbum, que tem lançamento marcado para 19 de Abril, vai contar com clássicos como “Highway To Hell”, “The Razor’s Edge” e “Shoot To Thrill”. A ideia desta “trilha sonora” surgiu graças a uma parceria entre os estúdios Marvel e a gravadora Columbia, que lançam o disco em dois formatos: o simples, com apenas o CD, e o deluxe, que traz o CD acompanhado de um DVD e dois vinis. Convém lembrar que o primeiro “Homem de Ferro”, de 2008, abre com a canção “Back in Black”, enquanto o trailer do segundo, que tem estreia marcada para 30 de Abril, conta com a música “Shoot To Thrill”.
Os Massive Attack são um dos regressos mais aguardados de 2010. O duo britânico lança o seu novo disco a 8 de Fevereiro. Com uma dezena de temas, este é o quinto álbum de estúdio da dupla de trip-hop e leva o título de “Heligoland”. No disco, o duo conta com vários convidados, com destaque para Damon Albarn (Blur), que além de emprestar a voz toca viola-baixo no tema ‘Flat of the Blade’ e teclados em ‘Splitting the Atom’. Outro dos convidados é Adrian Utley dos Portishead, que toca guitarra em ‘Saturday Come Slow’.
Depois de terem esgotado por completo o Paradise Garage, na primeira actuação em Portugal, e o Coliseu de Lisboa, na segunda, chega a vez dos Arctic Monkeys se apresentarem pela primeira vez no Porto, dia 2 de Fevereiro no Coliseu, e no Campo Pequeno, dia 3. Os ingleses que tomaram o mundo de assalto em 2006 com o álbum de estreia, “Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not”, vêm agora apresentar o terceiro longaduração, “Humbug”, editado a 24 de Agosto. A produção do álbum ficou a cargo de Josh Homme (Queens of the Stone Age) e James Ford (Simian Mobile Disco), e conta com a colaboração de Alison Mosshart, dos Kills.
A cantora inglesa vai regressar a Portugal para actuar no próximo dia 14, no Coliseu do Porto, e no dia seguinte no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Tendo já passado pelo Rock In Rio Lisboa, Expofacic e pelo Allgarve, Joss Stone lançou em Novembro um disco novo, de título “Colour Me Free”. O novo disco contou com as importantes colaborações de NAS e Jeff Beck (mítico guitarrista dos Yardbirds), e entrou directamente para o top 10 de vendas nos Estados Unidos. Em 2009, para além de ter editado o novo álbum, estreouse como actriz na série norte-americana, “The Tudors”, onde interpreta o papel de Ana de Cleves, a quarta mulher de Henrique VIII. Duas excelentes oportunidades de comprovar, ao vivo, o enorme talento de Joss Stone!
Domingo, 17 de Janeiro de 2010 Dia 5 - “Altos e baixos. Foi assim o dia 5. De manhã conseguimos aquilo que andamos a tentar desde há 3, 4 dias: conseguimos por a rádio no ar. Foi uma alegria exagerada... ou talvez não. Afinal, só 3 rádios continuam a emitir na capital (existiam umas duas dezenas) e é o único meio de comunicação no país (algumas televisões até não foram afectadas, mas não há electricidade e jornais estão sem impressão). Agora, podemos finalmente chegar à população: dizer onde buscar comida e água, dizer qual o hospital de campanha mais próximo, dizer onde estão os familiares perdidos, simplesmente dizer... já que ate agora ninguém disse nada.”
http://www.cienciahoje.pt/
Este jornal on-line dedicado inteiramente à cultura e conhecimento científico é actualizado diariamente com as últimas novidades do mundo das ciências, investigação e tecnologias. A Universidade de Aveiro e o seu vasto trabalho de investigação são, muitas vezes, assunto em destaque.
29 de Fevereiro de 2010
voxpop Com o início de 2010, o que esperas que aconteça na Universidade de Aveiro?
“Ora bem, houve uma alteração na Associação, espero que, pelo menos com a mudança de cara, venham algumas mudanças, alguns avanços nomeadamente a nível de organização. Também temos um novo reitor… Gostava que, pelo menos a nível de associativismo, as coisas começassem a funcionar melhor. Foram feitas promessas aos alunos…”
“Eu acho que este ano os professores deviam pensar em cumprir o seu calendário devidamente, porque nós recebemos sempre as coisas atrasadas, como na altura de exames, que as notas não saem a tempo para nos prepararmos para os exames de recurso e melhoria.” { Ana Rita Azevedo, Educação Básica }
{ Rodrigo Neto, Biotecnologia }
“Espero que baixem um bocado as propinas, porque têm sido um bocado elevadas, e para além disso, também uma situação que me está a ocorrer agora: as pessoas que vão para estágio, e que têm que pagar duas casas, uma aqui e outra no local de estágio, acho que deveriam facilitar a essas pessoas que não têm bolsa e darem-lhes algum apoio financeiro, para terem essa possibilidade.”
“Que a qualidade de ensino melhore e que as matérias que são leccionadas sejam mais aplicadas ao interesse do aluno, para poder motivar mais os alunos a estarem aqui na universidade.” { Tiago Santos, Música }
{ Daniela Dias - Enfermagem }
“Já que temos uma Associação Académica nova, que tente trabalhar mais que a anterior, que lute mais pelos alunos.” { Samuel Carvalho,
“Espero melhorias, não é? Pelo menos que o curso de Medicina venha para cá, que tenhamos mais importância a nível nacional.” { João Ta-
relho, Mestrado em Engenharia de Materiais }
Ciências da Engenharia Civil }
“Sinceramente, mais algumas iniciativas engraçadas, especialmente para os aluviões.” { Rúben Santos,
“Que haja uma melhor adequação entre os conteúdos a serem leccionados, os exames, as próprias aulas, práticas e teóricas, acho que não estão muito em acordo a teoria e a prática.” { Sofia Gonçalves, Educação Básica }
Engenharia Química }
O BE REGRESSA, COM MAIS ANIMAÇÃO O Bar do Estudante volta a abrir à noite já em Fevereiro, depois dos dias cinzentos da época de exames. Agora que o pior já passou, podes voltar a curtir as melhores noites no teu bar. O BE!BUS também está de volta, para garantir que não tens mesmo desculpas. Os bilhetes custam um euro, com direito a uma bebida, e podem ser comprados no autocarro ou na Loja AAUAv. E não te esqueças: se quiseres organizar a tua festa de curso, dirige-te à Casa do Estudante ou envia um e-mail para be@aauav.pt.