UniverCidade 110

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2 Fevereiro 2011 - nº 110

Ex-aluno do DeCA-UA cria imagem gráfica de Guimarães - Capital da Cultura [p. 4] UA: Rescaldo do ENDA [p. 5]

Coluna do Provedor: “Ser estudante é cooperar” [p. 10] Cidade: São Gonçalinho é a nossa tradição [p.16]

AAUAv 2011:

TIAGO ALVES TOMA POSSE PARA O 2º MANDATO

Entrevista: Projecto I’m ERASMUS [p. 18 & 19]

[p. 14 & 15]

Inquérito de apreciação do processo de ensinoaprendizagem na Universidade de Aveiro [p. 8]

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Editorial

Editorial Tiago Alves Presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro

Car@s colegas, A Associação Académica da Universidade de Aveiro tem novos dirigentes. No passado dia 27 de Janeiro do corrente ano tomaram posse aqueles que darão continuidade ao projecto que teve inicio no ano transacto. De entre as prioridades que destacamos para este mandato ressaltam a aposta no desporto cativando uma maior participação dos estudantes bem como na melhoria dos resultados desportivos, o reforço da oferta cultural, a promoção da participação cívica e em acções de voluntariado, salvaguardando sempre a principal razão da existência da nossa Associação que é a defesa responsável dos estudantes que representamos.

E é neste último ponto que destaco a essência desta mensagem. No panorama que hoje assistimos de grave crise económica em que o nosso país está inserido todos os quadrantes da sociedade têm sido lesados sendo os estudantes do ensino superior os mais prejudicados. A Acção social escolar continuará a ser sempre sector de destaque no âmbito da AAUAv e é um por sistema de apoios sociais cada vez mais justo que actuaremos. Na realidade actual, com as novas regras para a atribuição de bolsas de estudo deparamo-nos com um número enorme de estudantes por todo o país que perdem o direito ao apoio. Na nossa Universidade reflectemse este ano em bastantes, sendo que mais que duplicariam caso não existisse a norma transitória. De qualquer forma estamos perante um caso preocupante. Esta norma esgota-se no próximo ano lectivo e aí caso nada aconteça este número poderá ser uma realidade. É neste sentido que a AAUAv em conjunto com o restante movimento associativo já está a avançar com propostas para minimizar os efeitos que advém destes documentos. No entanto temos a perfeita noção que as nossas acções podem esbarrar

coordenação SIM (Sector Informativo e Multimédia) assessoria de imprensa Soraia Amaro equipa editorial Mário Fernandes Sara Macedo Eduardo Marques Pricilia Rodrigues

Resta-me desejar então um excelente semestre que está prestes a terminar mas mais do que isso um ano 2011 recheado de sucessos. A Associação Académica da Universidade de Aveiro continuará a estar presente para vos apoiar. Saudações Académicas

Ao mesmo tempo atravessamos agora uma importante fase da época de exames para a qual devemos cativar as nossas atenções, aproveitando a oportunidade para desejar a todos a sorte que necessitam para os ultrapassar com o maior dos sucessos. De igual modo relembro que já se encontra em andamento a fase de preenchimento dos inquéritos do sistema de garantia da qualidade onde o contributo dos estudantes é fundamental para podermos melhorar cada vez mais a qualidade dos nossos cursos e da nossa Universidade.

Aproveita as campanhas que estamos a fazer para ti! Consulta a página 11 desta edição!

ficha técnica propriedade Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) Campus Universitário de Santiago 3810-193 Aveiro tel: 234 372 320 / fax: 234 372 329 www.aauav.pt

nas vontades de quem nos governa. Ao mesmo tempo temos bem presente as dificuldades que os estudantes estão a passar e não baixaremos os braços. Assim sendo apelo à união estudantil, à atenção que todos devemos ter em relação aos nossos colegas que poderão estar a passar dificuldades. Só todos juntos podemos identificar os diferentes casos e a Associação Académica estará cá, em conjunto com os SASUA, para apoiar os estudantes que passem dificuldades económicas.

colaboração Direcção da AAUAv Serviços de Relações Externas da UA Pedro Martins Luís Fernandes João Abreu design e paginação Plural Design tiragem 10.000 exemplares produção com o apoio do 1. A Direcção da Associação Académica da Universidade de Aveiro não é responsável pelas ideias expressas em artigos assinados, sendo que os que não se encontram assinados são da autoria da Equipa Editorial. 2. A colaboração no Jornal UniverCidade está aberta a toda a Comunidade Académica.

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Notícias UA

Antigo aluno da UA cria marca gráfica de «Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura» A imagem gráfica de «Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura» é da autoria do antigo aluno de Design da UA, João Campos. O projecto, com 26 variações distintas, foi escolhido no âmbito do concurso «Guimarães 2012: Marca Gráfica», promovido pela Fundação Cidade de Guimarães em colaboração com o Centro Português de Design. O símbolo desenvolvido «agrega alegoricamente a muralha em representação do Património da Humanidade presente em Guimarães, o desenho da viseira de um elmo que presta homenagem à visão de D. Afonso Henriques, a proeminente figura da fundação de Portugal e é rematado sob a forma de um coração, em evocação plena do orgulho e sentimento vivo de pertença dos vi-

maranenses em relação à sua cidade», explica João Campos.

São 26 modelos diferentes que têm na sua base o legado histórico da cidade de Guimarães, no entan-

to, também pretende ter um olhar para o futuro e para a diversidade cultural, «uma janela aberta a cada visão pessoal ou uma tela em branco para qualquer expressão individual», afirma o designer. As linhas

do logótipo têm como objectivo ultrapassar a esfera criativa interna à organização do evento. João Campos refere que, é um conceito «com alto potencial de personalização, o apelo à participação, envolvimento e, por fim, à apropriação da marca é dirigido a todo e qualquer cidadão europeu».

Departamento de Biologia ganha Galardão Gulbenkian/Oceanário de Lisboa O projecto «Conhecer para preservar a biodiversidade marinha de Pemba», em Moçambique, coordenado pelo Prof. Amadeu Soares, do Departamento de Biologia e do Laboratório Associado CESAM, da UA, venceu o prémio Gulbenkian/Oceanário de Lisboa 2010, no valor de 100 mil euros, que distingue os melhores programas de gestão sustentável de áreas marinhas nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). Com a participação de várias entidades moçambicanas, entre as quais a Universidade de Lúrio, o projecto tem como objectivo intervir nas políticas de gestão ambiental, com acções concretas que conduzam à utilização sustentável do espaço costeiro e marinho de Pemba (Cabo Delgado, Moçambique). O projecto pretende também promover a qualidade de vida da população que depende desta

área, através de um programa intensivo de capacitação de recursos humanos locais que inclui a compatibilização das actividades económicas com a exploração sustentável dos ecossistemas e biodiversidade marinha. A baía de Pemba (província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique) é a terceira maior do mundo, alimentada por rios e pelo Oceano Índico, constituindo um importante ecossistema. É uma região rica em biodiversidade, embora pouco estudada, e que está seriamente ameaçada pelo crescimento urbano desordenado e pela crescente ocupação turística em termos de construções hoteleiras, gerando um quadro de degradação ambiental fortalecido pela inexistência de políticas públicas apropriadas. A falta de tratamento de esgotos e do lixo, associada à falta de consciência ambiental da população, constitui um grave problema de saúde pública.

Prevista entrada em vigor em 2011/2012

Novo regulamento de prescrições em consulta pública No fundo, com esta imagem gráfica ambiciona-se que não exista « apenas uma representação de Gui-

marães 2012 Capital Europeia da Cultura, mas sim uma infinidade delas. Tantas quanto a imaginação ti-

ver sonhado», conclui o vencedor do concurso, lançado no ano passado pela Fundação Cidade de Guimarães em colaboração com o Centro Português de Design. Depois de Lisboa e do Porto, Guimarães é a terceira cidade portuguesa a acolher a iniciativa «Capital Europeia da Cultura». Em 2012, adquirirá este estatuto juntamente com a cidade de Maribor, na Eslovénia. «Guimarães 2012 – Capital Europeia

da Cultura» pretende ser um grande encontro de criadores e criações na área da música, do cinema, da fotografia, das artes plásticas, da arquitectura, da literatura, do pensamento, do teatro, da dança, das artes de rua. O evento tem como objectivo a promoção da compreensão mútua entre europeus, através do intercâmbio cultural. Constitui também um extraordinário instrumento para o desenvolvimento cultural, social e económico das cidades participantes. Sobre o designer: João Campos é licenciado em Design pela Universidade de Aveiro e Pós-graduado em Marketing e Gestão de

Marcas pelo ISCTE / Business School. Do seu trabalho destacamse a imagem da Companhia Nacional de Bailado, colaborações regulares com o Teatro Nacional de São Carlos e Orquestra Sinfónica Portuguesa. Foi também o responsável pela criação da identidade gráfica de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura. Trabalha actualmente como designer e director de arte independente, em Lisboa, procurando solucionar os seus projectos sobre uma perspectiva integrada entre Design e Marketing, Criatividade e Estratégia.

Na sequência da decisão unânime do Comité de Escolha

Prof. Fernando Tavares Rocha nomeado Director do Departamento de Geociências Dia 17 de Janeiro, o Prof. Fernando Tavares Rocha assumiu funções como Director do Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro, na sequência de decisão unânime tomada pelo Comité de Escolha e sua posterior confirmação e nomeação pelo Reitor da UA.

O Director do Departamento é o responsável superior do Departamento competindo-lha e sua direcção e representação como estipulado no artigo 37º, nº 1, dos Estatutos da Universidade de Aveiro.

Recorde-se que está em curso o processo para a selecção dos directores dos departamentos universitários e das escolas politécnicas da Universidade de Aveiro, nos termos dos estatutos e de regulamento específico disponível em http://www. ua.pt/gaqap/uaemmudanca/

A Universidade de Aveiro tem, em consulta pública e durante um mês, o novo regulamento de prescrições, cumprindo o disposto na lei de bases do financiamento do Ensino Superior, Lei 37/2003, de 22 de Agosto. A Lei 37/2003 já estabelecia, no Artigo 5º, que o «financiamento às instituições de ensino superior público tem em conta o aproveitamento escolar dos seus estudantes», sendo que, para isso, «devem os órgãos competentes de cada instituição ou unidade orgânica definir um regime de prescrições adequado à promoção do mérito dos estudantes». A tabela de prescrições apresentada neste novo regulamento foi construída também com base na tabela anexa a esta Lei. Assim, um estudante com um número de três inscrições consecutivas e obtido menos de 60 ECTS (European Credit Transfer System, traduzindo, Sistema Europeu de Acumulação e Transferência de Créditos) verá prescrito o seu direito à inscrição na Universidade de Aveiro. O efeito da prescrição tra-

duz-se no impedimento de o aluno se inscrever no ano lectivo seguinte durante dois semestres consecutivos, embora seja possível inscrever-se e frequentar unidades curriculares em regime de frequência de disciplina isolada. Serão consideradas inscrições consecutivas em curso e ciclo de estudos, ainda que efectuadas noutras instituições públicas. A prescrição interrompe-se quando ocorra mudança de curso, ou quando o estudante reingresse no mesmo curso, após uma interrupção por um período não inferior a quatro semestres lectivos consecutivos. A tabela constante deste regulamento não se aplica aos trabalhadores-estudantes, nem aos militares. Noutros casos («Casos Especiais», Artº 5º da proposta de regulamento), é contabilizada apenas metade dos ECTS por cada inscrição. O novo regulamento da UA deverá entrar em vigor, previsivelmente, no próximo ano lectivo, de 2011/2012. Aguardam-se contributos da comunidade universitária da UA através do email: cramos@ua.pt


Notícias Ensino Superior

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Lisboa, 28-30 de Janeiro de 2011

ENDA ISCTE-IUL Durante os passados dias 28, 29 e 30 de Janeiro, decorreu no edifício 2 do ISCTE, em Lisboa mais um ENDA. Naturalmente, a AAUAv marcou presença neste

que e o espaço de debate por excelência do movimento associativo estudantil. Foram discutidas temáticas importantíssimas, quer para o presente, quer para o futuro do ensino superior em Portugal e respectivas instituições e estudantes. Temas como Ensino Superior, acção social, financiamento e empregabilidade foram largamente discutidos e ficaram patentes as diferentes opiniões das estruturas associativas presentes. Foi consensual a premência de uma reflexão profunda sobre a rede de instituições de ensino superior. Considera-se como rede de IES e o funcionamento interliga-

do das instituições, nacionais e internacionais, bem como a sua distribuição geográfica. Concluiu-se que a rede deve ser repensada, para o futuro e assim maximizar o aproveitamento dos recursos disponíveis, evitando desperdícios como actualmente e adaptando a oferta curricular as reais necessidades do pais não para a actualidade, mas para o perí-

odo em que os estudantes estiverem efectivamente licenciados. Outra temática importantíssima foi a questão da acção social e todas as consequências trazidas por todas as alterações efectuadas a legislação referente aos apoios sociais. Diferentes visões sobre o tema resultaram numa estratégia conjunta de actuação que tem como fim a tentativa de reintegração

no sistema dos alunos excluídos com as alterações introduzidas durante este ano curricular. O congelamento dos aumentos dos apoios sociais indirectos e outro objectivo do movimento associativo. Uma iniciativa inovadora foi o seminário organizado pela FADU, Federação Académica do Desporto Universitário. Foi uma experiencia óptima, que permitiu aos vários

participantes ficar com uma ideia global da forma de participação das varias associações envolvidas nas competições organizadas por esta federação. Salienta-se também a eleição do presidente da AAUAv, Tiago Alves, como representante dos Estudantes do Ensino Universitário no Conselho Consultivo da Juventude. Uma das últimas decisões do ENDA foi a escolha da AAUAv para a organização do próximo ENDA, em Abril de 2011. E uma vitória dos estudantes Aveirenses que centrará na nossa academia o mais importante plenário de discussão dos estudantes do ensino superior em Portugal. Um fim-de-semana de muito trabalho resultou na definição de uma estratégia comum na defesa dos estudantes.

Estudantes Finalistas inscritos em menos de 30 ECTS recuperam possibilidade de requererem bolsa de estudo Foi no passado dia 7 de Janeiro que a Direcção Geral do Ensino Superior recuou numa das prerrogativas mais contestadas pelos estudantes.

Os estudantes finalistas inscritos num número inferior a 30 ECTS recuperam a possibilidade de receber bolsa de estudo em caso de dificuldades financeiras. António Morão Dias, Direc-

tor Geral do Ensino Superior, determina desta forma, sem prejuízo dos restantes parâmetros de elegibilidade, que os estudante inscritos em menos de 30 ECTS podem requerer bolsa de estudo caso se encontrem em condições

de terminar o seu ciclo de estudos. Este despacho vem assim possibilitar que os estudantes nestas condições possam terminar os seus cursos ou prosseguir para um ciclo superior sem correrem o risco de abandonar os estudos.

No entanto os estudantes apenas podem beneficiar uma vez do regime previsto neste documento.


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Cá em casa

JMO apoia equipa AAUAv

Pela primeira vez desde a existência do Torneio de Professores e Funcionários - TPF, uma empresa aceitou juntar-se à equipa da Associação Académica da Universidade de Aveiro na realização do mesmo. A JMO - José Maria de Oliveira & Filhos, Lda, empresa de Águeda, aceitou o desafio da AAUAv e associou a sua imagem à desta instituição, aproveitando para promover seu último empreendimento, “Cais de São Roque – Private Residence” . Tal como a AAUAv, também a JMO pretende, nas suas realizações, inovar os conceitos já existentes

na cidade de Aveiro. Prova disso é a sua mais recente intervenção: o primeiro Condomínio Privado em propriedade horizontal no centro da cidade, na zona de Sá/Barrocas. Em comemoração desta parceria foram realizadas t-shirts que foram oferecidas a todos os participantes.

o primeiro lugar para o departamento de química. A equipa AAUAv ficou num honroso quarto lugar, e agradece a todos jogadores a sua participação, num torneio que tem por objectivo promover as inter-relações das várias unidades que fazem da UA aquilo que é hoje.

O TPF é, actualmente, uma actividade desportiva que já faz parte da vida da UA. Esta é a sua X edição, que envolveu acerca de 120 participantes, num total de 11equipas. Ao fim de cinco jornadas disputadas, mais os jogos de classificação e final, a equipa vencedora foi Chemestry United arrecadando

A AAUAv aproveita também para agradecer à empresa José Maria de Oliveira & Filhos, Lda a sua parceria e apoio, que espera não ficar por aqui. Quem sabe se da próxima vez, no campo, com a sua equipa? Fica aqui o desafio!


2 de Fevereiro de 2011

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Noite

de Serenatas Femininas

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‘2011

Integrada no tema “Melodias de Aveiro”, num reencontro com as raízes Aveirenses, a Tuna Feminina da A.A.U.Av., em conjunto com outros grupos da região, vai dar a conhecer a sua cultura e música a todos os espectadores. O projecto decorre no dia 29 de Janeiro de 2011 no Teatro Aveirense às 21.30h. Concebida como tradição desta Universidade, a Tuna Feminina da A.A.U.Av. organiza a “Noite de Serenatas Femininas „11”, este ano como festival internacional, nos dias 25 e 26 de Fevereiro. Este evento anual conta já com a sua XIV edição, e continua a ser um marco nos eventos da Academia Aveirense e da própria cidade. O evento realizar-se-à no Auditório do Museu Marítimo de Ílhavo, no dia 25 e no Centro de Cultura e Congressos de Aveiro, no dia 26. A concurso estarão: Tuna Feminina do ISCAP (Porto), Tuna Feminina do Instituto Superior Técnico de Lisboa, Tuna Feminina do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, Tuna Femenina de la Faculdad de Derecho de la Universidad de San Martin de Porres (Lima, Peru) e a Tuna Femenina Derecho de Alicante (Espanha).

Como extra-concurso, poderá contar com as actuações da Magna Tuna Cartola e da Tuna Universitária de Aveiro, assim como a tuna organizadora do festival, Tuna Feminina da Associação Académica da Universidade de Aveiro. A apresentação será da autoria do Grupo dos Jograis do Orfeão Universitário do Porto, que prometem animar todo o público presente. Os bilhetes para o evento estarão previamente disponíveis à venda no Centro Comercial Glicínias e na Loja da AAUAv. No próprio dia poderá aquiri-los no Museu Marítimo de Ílhavo, no dia 25 ou no Centro de Cultura e Congressos de Aveiro, dia 26. Os preços serão: estudante - 2€, não estudante – 2€50, especial estudante (2 dias) – 3€ e especial não estudante (2 dias) – 4€. Aguardamos a vossa presença, neste belo festival de “canto e encanto”. Tuna Feminina da Associação Académica da Universidade de Aveiro


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Inquéritos pedagógicos

Inquérito de apreciação do processo de ensino-aprendizagem na Universidade de Aveiro A partir de 24 de Janeiro, a Universidade de Aveiro (UA) implementa o Subsistema para a Garantia da Qualidade das Unidades Curriculares relativas ao 1º. semestre do ano lectivo 2010/2011.

A partir dessa data e até ao dia 18 de Fevereiro, a UA promoverá o lançamento dos inquéritos pedagógicos junto dos estudantes. Os inquéritos são preenchidos electronicamente, via PACO (http://paco.ua.pt/) ou directamente em http://sgq.ua.pt (agora também disponível em inglês). Participa! A tua opinião é fundamental!

Este subsistema reflecte o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela UA no sentido do reforço dos mecanismos de garantia da qualidade do processo de ensino-aprendizagem, onde a participação e responsabilização dos estudantes assume uma importância acrescida. Os inquéritos pedagógicos integram o modelo desenhado pela UA para o Sistema de Garantia da Qualidade do Processo de Ensino-Aprendizagem, e não se constituem como o único momento de auscultação dos estudantes. O modelo preconiza outras formas de envolvimento, nomeadamente através das Comissões de Curso. Também o Corpo Docente será chamado a avaliar as Unidades Curriculares, num sistema integrado de avaliação-acção, já que este modelo contempla a apresentação de resultados a curto prazo, com a implementação das acções de melhoria no semestre homólogo seguinte. O documento que descreve o Sistema de Garantia da Qualidade do Processo de Ensino-Aprendizagem na UA pode ser lido na íntegra em http://sgq.ua.pt, através do menu lateral SGQ.

Os inquéritos pedagógicos são preenchidos electronicamente, via PACO (http://paco.ua.pt/) ou directamente em http://sgq.ua.pt (agora também disponível em inglês).Participa! A tua opinião é fundamental!


A lua estรก a crescer...

800 208 448


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Provedor do Estudante

-Ra-pi di-nhas Recursos de apoio e orientação Biblioteca da UA com recursos acessíveis para alunos com Necessidades Especiais O Serviço de Apoio ao Utilizador com NE´s, localizado na Biblioteca da UA, informa os seus utilizadores que se encontra disponível para acesso e consulta um amplo conjunto de livros e artigos em formato acessível rtf e pdf. São já cerca de cem títulos entre obras em texto integral, artigos de revistas científicas, e capítulos de obras, e abrangem áreas tão diversificadas como Música, Novas Tecnologias da Informação e Comunicação, Tradução e Psicologia.

Coluna do Provedor do Estudante Alexandre Cruz, provedor do estudante da Universidade de Aveiro provedor@ua.pt

Se ao olhar físico formal se poderá dizer que o tempo de Dezembro e do Ano Novo é o mesmo, que os dias terão 24 horas ou que tudo permanecerá na mesma, a verdade é que o “tempo psicológico” poderá ser diferenciado. O mês do Natal – hoje o acontecimento festivo mais universal e gerador de unidade global – é o mês da Declaração Universal dos Direitos Humanos (10 de Dezembro) e do Dia Internacional do Voluntariado (5 de Dezembro). Poderemos neste contexto, ainda, destacar que há semanas decorreu mais uma cooperante Campanha do Banco Alimentar contra a fome em que participaram 30 mil vo-

luntários e que, antes, em 10 de Novembro de cada ano é assinalado o Dia Mundial da Ciência ao Serviço da Paz e do Desenvolvimento (UNESCO). O tempo da vida de estudante é a oportunidade decisiva da aquisição da noção de uma vida completa, em que se tornará possível compatibilizar todas as exigentes dinâmicas do processo de ensino/aprendizagem do estudo e investigação com a componente humanística, cívica, cultural e cooperante. É possível e desejável compatibilizar a especialização com a universalização da cooperação. Vale a pena salientar mesmo o surgir entre nós de ONGD’s com esta preocupação de ligar a teoria à prática e unir sempre mais e melhor o progresso académico com o ideário do desenvolvimento humano. Ser estudante é cooperar. Os problemas sociais da sociedade em que vivemos terão de ser oportunidades à superação e reinvenção dos modelos actu-

Na vanguarda das novas tecnologias Nova competição do PmatE disponível no telemóvel Há 20 anos a produzir conteúdos nas áreas do Português, Matemática, Biologia, Geologia e Física, o Projecto Matemática Ensino (PmatE) da UA disponibiliza, em breve, modelos num formato acessível para as plataformas móveis. Mais um passo no caminho do «mobile learning» que coloca o PmatE na vanguarda deste tipo de tecnologias, ao permitir que alunos e professores possam aceder aos conteúdos através do telemóvel.

Ser estudante é cooperar A quadra que se aproxima é bem mais que uma época do ano comum, em que o tempo arrefece apelando aos agasalhos que combatem o frio e ao guarda-chuva protector. Dezembro é o mês natalício que desperta a confiança que se quer renovar diante de um novo ano.

Alunas da UA exibem trabalhos na II Mostra de Estudantes BID10 Maria Helena Almeida Pinho, Rute de Jesus da Mata João e o grupo Maria Pestana, composto por Cláudia Alexandrino e por Helena Pinho, todas alunas do Departamento de Comunicação e Arte da UA, têm os seus projectos expostos, no âmbito da II Bienal Ibero-americana de Design (BID), na II Mostra de Estudantes BID10, até dia 31 de Janeiro, na Central de Design – Matadero de Madrid.

ais. A solidariedade, palavra/ acção sem fronteiras, quererá ser um valor e um princípio bem consolidado na formação. São variadas as propostas e as áreas de voluntariado na comunidade universitária, uma rede de desafios no espírito de serviço à comunidade e na cultura da presença solidária que pode (trans)formar a realidade diária. A qualidade do bom profissional de amanhã passa pela consciência de que hoje existem estas ferramentas decisivas, pois geradoras de um ser humano autêntico e solidário atento ao “outro”. Nos valores universalistas anunciados em Dezembro são derrubados os muros do individualismo que bloqueia…e abertas, deliberadamente, as novas formas de estudar a vida. Não são a quantidade de coisas que trarão a felicidade, mas o gosto de conviver e cooperar. Ser estudante é deixar-se moldar neste futuro.

World New Music Days 2011 decorre em Abril, na Croácia Rui Penha representa Portugal em festival de música A peça «ex nihilo» da autoria de Rui Penha, compositor e docente no Departamento de Comunicação e Arte da UA, foi a única obra portuguesa a ser seleccionada para integrar o programa da edição de 2011 do festival World New Music Days que irá decorrer de 10 a 15 de Abril, em Zagreb, na Croácia. Disponível em http://www.livestream.com/santolawebtv Estudante da UA cria canal tv para comunidade São-Tomense Hamilton Trindade, estudante do 3º ano da licenciatura em Novas Tecnologias da Comunicação da UA, criou a Santola TV, uma televisão online dedicada à comunidade de São Tomé e Príncipe espalhada pelo mundo. Abertas inscrições para Erasmus Mundus InfoDay - Bruxelas No dia 7 de Fevereiro, realiza-se em Bruxelas o «Infoday» Erasmus Mundus. Dirigida a todas as instituições de ensino superior na Europa, esta iniciativa visa divulgar informações sobre o recém-publicado convite para a Apresentação de Propostas 2011. As inscrições estão abertas a partir do dia 7 de Fevereiro. Informe-se no Gabinete de Relações Internacionais da UA. UA convida comunidade universitária a associar-se às comemorações do Ano Europeu do Voluntariado 2011 A Universidade de Aveiro, tendo como um dos seus principais objectivos «assumir um projecto de formação global do indivíduo» e alguma experiência em acções não formais de voluntariado, não podia deixar de se associar às comemorações do Ano Europeu das Actividades de Voluntariado Que Promovam Uma Cidadania Activa 2011. Para coordenar as actividades que a UA se propõe realizar neste âmbito, foi constituído um grupo de trabalho - o Grupo AEV 2011.implementação de um «Campus Exemplar».



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Núcleos

NOVE MaravILHAS: O núcleo Ilhas de Bruma convida todos os estudantes a conhecer um pouco mais sobre as suas nove maravilhas. Fiquem atentos! Ainda com alguns vestígios da época natalícia um pouco por toda a parte, o Núcleo Ilhas de Bruma decidiu, de certa forma, homenagear aquela que é para todos os Açorianos, assim como para a maioria dos Portugueses, uma das celebrações mais importantes (e que até ao momento continua a manter-se viva nos nossos sapatinhos...ou na grande maioria deles). É também, por sinal, a que gera a mistura mais explosiva do ano inteiro...um cocktail de confusões, entusiasmo, stresse, comemorações, despesas e partilhas. Longe vão os tempos humildes em que cada pinheirinho era enfeitado com as pratinhas de chocolates, e em que cada sapatinho recebia exclusivamente um par de meias novas. Nos tempos que correm, o Natal é vivido intensamente para que, por momentos, nos possamos esqueçer do que de menos bom foi sucedendo ao longo do ano. É altura para brindar e acreditar (já que as despesas só se avizinham em Janeiro!).

Mas deixando pelo caminho eventuais sinais de crise, sabe-se que o bom Português não desiste com facilidade. Adepto de tudo quanto seja festa e tradição, e por mais longe que se encontre, o Açoriano trabalha afincadamente para que todos os pormenores estejam em perfeita sintonia nesta quadra especial. Tal como o Natal, também as touradas à corda, as Festas em louvor ao Espírito Santo, os Bodos de Leite, procissões, cortejos alegóricos e festas características de cada freguesia, cidade ou ilha, ajudam a cultivar o verdadeiro conceito de tradição que desde há tantos séculos faz parte do quotidiano das suas gentes. No nosso arquipélago, já diziam os antigos, a tradição nunca há-de morrer, pelo que todos se devem esforçar em mantêla o mais viva possível. E não restam dúvidas que o fazem, nas suas terras e além-mar, ou não fossem os Açorianos a maior percentagem de emigrantes Portugueses nos Estados

Unidos da América (cerca de 90%), onde fazem questão de levar um pouco do seu riquíssimo legado cultural oferecido pelas gerações ancestrais. Para o Açoriano comum, não basta manter a tradição e todo o simbolismo que a acompanha...é preciso cultivá-la “aqui” e espalhá-la além fronteiras. É assim que qualquer tradição se desenvolve e se dá a conhecer aos que pouco ou nada sabem acerca desta. Ora voltando ao tema natalício e a um cenário um tanto ou quanto diferente para a marioria dos “continentais”, aqui o Natal começa no início de Dezembro (e não em meados de Novembro com todos os centros comerciais e lojas tradicionais a abarrotarem de enfeites, Pais Natais e luzinhas por tudo quanto é prateleira) . Na nossa terra cheira a Natal e sente-se o Natal na altura certa, sem antecipações que teimam em depreciar o sentido genuíno da época. A preparação da ceia e de uma panóplia de doces típicos é, prova-

velmente, a tarefa mais morosa e também aquela que necessita de maior perícia. Além do mais, uma mesa farta e com iguarias diversas faz as delícias de qualquer dona de casa Açoriana, que se orgulha em mostrar tudo aquilo que, com tanta dedicação, preparou especialmente para a época. Na Ilha das Flores, para além dos enchidos, é tradição servir galinha assada, inhames e linguiça, e como sobremesa o tradicional arroz doce e o bolo de frutas. A massa sovada (uma espécie de regueifa) e os biscoitos de orelha e aguardente fazem parte da gastronomia Mariense (Ilha de Santa Maria). Já em São Jorge, temos os suspiros e as rosquilhas de aguardente e figos, juntamente com os licores caseiros de tangerina e anis que são apreciados em todas as ilhas. Por aqui, a prática culinária continua a ser um dos Ex libris das nossas nove ilhas. (continuação na página seguinte)

Vem experimentar as ACDS de VELA Vem fazer parte da “AAUAv Sailing Team” Estão abertas as inscrições para as ACDs de VELA , que têm o seu início no 1º trimeste, e em que as aulas decorrem às 4ªs feiras ou aos Sábados à tarde (14.30h-17.30h) no Campus Náutico do Sporting Clube de Aveiro (a 5 minutos do Campus Universitário). Poderás assim ter um primeiro contacto com a arte de bem velejar, com treinadores devidamente credenciados pela Federação Portuguesa de Vela, ou se já tens experiência, aperfeiçoar os teus conhecimentos e fazer parte da “AAUAv Sailing Team”. Vamos também organizar em breve um dia aberto para que possas tomar um primeiro contacto com esta modalidade tão característica da Ria de Aveiro. Também haverá aulas de “Iniciação e Aperfeiçoamento à Vela”, para as crianças entre os 6 e os 14 anos, aos Sábados de manhã ou de tarde, podes vir experimentar uma aula gratuita. Aqui fica o convite para participares e fazeres parte da “AAUAv Sailing Team” na Universidade com vocação náutica! Para mais informação contactar email nautic@aauav.pt.

Equipa AAUAv/Sporting Clube de Aveiro organizou Nacional Universitário de Vela Prova inovadora reuniu em Aveiro dezenas de universitários de todo o país

A Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e o Sporting Clube de Aveiro (SCA) organizaram em Outubro o “Torneio Nacional Universitário de Vela”, reunindo no campus Náutico do Sporting Clube de Aveiro mais de 70 pessoas entre velejadores e respectiva comitiva técnica , numa prova que se realizou pela 1ª vez e integrada no calendário da Federação Académica de Desporto Universitário (FADU). Excedendo as expectativas da or-

ganização, estiverem presentes um total de 15 equipas de um total de 16 inscritas, com 2 equipas do IST, 2 da Universidade de Lisboa (U. Lisboa), 2 da Escola Náutica , 1 da Associação Académica de Coimbra (AAC), 1 do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), 2 da Universidade do Porto (U.Porto), 1 do Instituto Politécnico do Porto (IPP), 1 do IPAM Porto e 3 do clube anfitrião – AAUAv/Sporting. As 15 equipas foram divididas em 3 grupos de 4 equipas e num grupo de 3 equipas, num modelo em que todas as equipas de cada grupo corriam à vez nas 4 embarcações Raquero disponibilizadas pela organização, competindo animadamente ao londo de 2 dias de regatas. Assim no 1º dia, realizaram-se 11 animadas regatas no total, deixando para o 2º dia a realização das 4 regatas que iriam apurar a distribuição das equipas pela frota de ouro (os primeiros classificados de cada grupo) e pela frota de prata (os segundos classificados de cada grupo). Assim classificaram-se para a frota de ouro as equipas IST1, U. Porto 1, AAC e IPC que iriam assim concorrer pelos 4 primeiros lugares. Na frota de prata ficaram as equipas AAUAv3, Escola Náutica 1, U. Porto 2 e U. Lisboa 2, disputando o 5º ao 8º lugares. A grande vencedora foi a equipa do IST1 composta por Frederico

Cerveira (um velejador pré-olímpico), João Liberato e Hugo Silva, seguindo-se em 2º lugar a AACoimbra e em 3º lugar a U. Porto 1. A equipa AAUAv/Sporting esteve em grande plano ao classificar em 6º lugar a equipa AAUAv3 (na frota de prata), composta por Miguel Amaral, Mário Henriques e André Reis. As restantes equipas da AAUAv/Sporting compostas por Susana Garcia, João Teixeira e José Melo obtiveram o 12º lugar , enquanto Miguel Luis, Nuno Henriques e Tomé Gomes obtiveram o 15º lugar (VER FOTO “Equipa AAUAv-Sporting marca presença no Universitário de Vela”). No lanche e na entrega de prémios marcaram presença Hélder Castanheira e Pedro Oliveira dos SASUA, Tiago Alves e Pedro Lages da AAUAv, André Couto da FADU, Paulo Almeida da Câmara de Aveiro, Sara Silva do Turismo Centro de Portugal e Jorge Crespo e Nuno Silva do Sporting Clube de Aveiro, em que opinião generalizada dos participantes sobre a prova era extremamente positiva. Esta prova, que teve o apoio da Universidade de Aveiro, Serviços de Acção Social (SASUA), AAUAv e Turismo Centro de Portugal (TCP), marca inquestionavelmente a entrada da equipa AAUAv/Sporting nas competições federadas e na vela de lazer.


Cá em casa

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Tradições Atlânticas Por: Ana Sofia Lopes

Mas não há Natal Açoriano sem o tradicional “Menino Mija”, também conhecido como “correr meninos”. São as populares visitas que decorrem após a noite de Natal a amigos e familiares com o intuito de se provar o que cada família dispõe na sua mesa, desde licores a vinhos e passando, naturalmente, pelos bolos (secos, frutados, calóricos e, basicamente, tudo o que existe no mundo da Gastronomia) e pudins confeccionados com experiência e requinte. No fundo, trata-se de um convívio bastante apreciado tanto por convivas como anfitriões. Estas famosas “corridinhas” natalícias têm uma lema bem assente...“Todos aqueles que nos visitam, por nós serão visitados!”. Uma vez que nos encontramos rodeados de natureza no seu estado mais selvagem, bastando para isso uma curta deslocação às zonas florestais no interior de cada ilha, a construção do Presépio é particularmente prezada um pouco por todas as ilhas, desde as mais isoladas e com menor população, como o Corvo e as Flores, às

mais desenvolvidas e com maior destaque internacional, como é o caso de São Miguel, Terceira ou Pico. Para além do aspecto religioso, o Presépio serve também para representar cenas do quotidiano das ilhas. Como é hábito, a maioria das famílias, especialmente as que vivem em zonas mais rurais, desloca-se ao mato (zona florestal selvagem) em busca de grandes porções de musgo fofo e húmido, de um verde bem vivo, que servirão como tela para as mais diversas cenas representadas nos Presépios tradicionais, proporcionando-lhes, simultaneamente, um realismo muito próprio. E já com o musgo cuidadosamente distribuído sob uma superfície mais ou menos plana, há que colocar todas as figuras que fazem parte deste cenário, não esquecendo que se trata de um Presépio de grandes dimensões onde não deve faltar um pequeno riacho criado com papel de alumínio, trilhos feitos com aparas de madeira ou bagacina, uma gruta de aspecto rústico e o mais realista possível, com musgo seco no

topo (construída com pedras vulcânicas tão abundantes no nosso arquipélago), e variadíssimos tipos de vegetação que cada um acrescenta ao seu Presépio caseiro, como se de um Presépio vivo se tratasse. Como uma árvore de Natal não é a mesma sem um Presépio que a complete, nem um Presépio contenta todos sem uma árvore a seu lado, há que lembrar a corrida que tantos fazem às zonas do interior de cada ilha, logo no início de Dezembro, na busca do pinheiro ideal para as suas casas (de preferência o maior que encontrarem e sem estar “depenado”). E como por estes lados a flora é abundante e a desflorestação ainda não é motivo de preocupação, há quem faça questão de adiar a compra do pinheiro artificial tamanho XL por mais uns aninhos, conservando o tão típico cheirinho a natureza no interior da sua sala. Tão importante quanto qualquer árvore de Natal há, ainda, a iluminação da casa e respectivo jardim. Em algumas ilhas, chega mesmo a haver uma “com-

petição” entre vizinhos para que, em jeito de brincadeira, seja premiada a casa com maior número de luzes e animações em tamanho real: renas nos telhados, Pais Natais semelhantes a insufláveis para crianças, arco-íris de luzinhas em todas as janelas, Presépios em tamanho gigante, estrelas aqui, Reis Magos acolá...Um verdadeiro “Presépioland” que faz as delícias dos que por ali passam e um “flash” ofuscante aos olhos de cada um, especialmente se tivermos em conta que algumas moradias chegam a ser religiosamente enfeitadas com mais de 1.000 (e chegando às 2.000) luzes, dos mais diversos tamanhos e feitios. De uma forma muito característica, o povo Açoriano presenteia a época natalícia com todo este simbolismo e costumes que tanto mostram sobre as suas origens. Mais do que desenvolver e modernizar, há que saber conservar e honrar o que em tempos pertenceu a outras gerações e que, intemporalmente, continuará a fazer parte da nossa cultura.

“Rugby Universidade Aveiro - Um sonho de 12 anos tornou-se realidade” Foi com grande orgulho e entusiasmo, que se realizou pela primeira vez, um jogo da equipa de Rugby da AAUAv, desta feita a 9ª Jornada do Campeonato Nacional da 2ª Divisão da Federação Portuguesa de Rugby. A equipa jogou com entusiasmo e com grande alegria, pois sentia-se verdadeiramente em casa. A festa foi bonita e reuniu bastante público e curiosos, pois nunca se havia vislumbrado a disputa dum jogo desta modalidade em Aveiro. A “batalha” foi dura mas honesta, pois o RC Famalicão aspira subir à primeira divisão, e conta por vitórias o número de jogos efectuados até ao momento, enquanto o RUA está numa fase de reconstrução, após 2 anos de ausência desta competição. O jogo acabou com uma vitória por 4 ensaios (não convertidos) contra 0, favorável aos famalicenses, traduzindo-se num resultado de 20-0.

1000 origamis = 1 desejo O desejo do Origami (Comissão de Solidariedade Social da Associação Académica da Universidade de Aveiro) é contar contigo este ano! Se queres colaborar nas nossas actividades, contacta-nos através do e-mail: origami@aauav.pt

Ficha de Jogo

Adversário: Rugby C. Famalicão Resultado: RUA 0 - 20 RCF Alinharam pelo RUA: André Portugal, Ivan Portela, Manuel Sá, Luís Cruz, Filipe Almeida, Bernardo Malta, Falco Carmo, Marços Lança (C), João Duarte, Luís Zimmermann, Adérito Capelo, Ruben Cruz, Francisco Pereira, “Pastilhas” e Gonçalo Faustino. Alinharam ainda: “Hermoso”, Eloi Vieira, Tiago Almeida, Daniel Rainho, “Traduções” e “Sá Fernandes” Treinador: João Quintela. O próximo jogo a realizar em casa (Campo Relvado da Pista de Atletismo da Universidade) será dia 30 de Janeiro de 2011, às 11:00h, contra o Clube de Rugby Arcos de Valdevez, e para o qual todos estão convidados a assistir. A entrada é livre. Honra e Bravura - Junta-te ao RUA

Cartola vence XVII CELTA No passado dia 3, 4 e 5 de Dezembro a Magna Tuna Cartola, tal como as aves que habitualmente migram para outros destinos mais quentes, fez também a sua (e)migração habitual para Norte. Colocou as malas e bagagens no seu autocarro quentinho, esquecendo o frio e dirigiu-se para Braga à procura de um qualquer calor, visto registarem-se nos termómetros -2ºC, para participar no XVII Certame Lusitano de Tunas Académicas, este ano com o tema sendo direccionado para o cinema. Mesmo com o frio de sexta-feira que teimava em ficar, a malta do chapéu procurou dinamizar por onde passava, e teimou também em ficar para o fim na Populum, só saindo para a limpeza do espaço, indo de seguida petiscar na Residencial um belo de um pequeno almoço. Dormindo um sono retemperante, acalmando as hostes com uma bela febra, um caldo verde de se tirar o “chapéu” e acompanhando com umas fresquinhas... Coca-colas entre outras, foram passando o tempo entre Sueca(s) e Madalena(s) até à hora de mostrarem o seu “futebol” ao público Bracarense. Depois de alguns minutos, já os Cartolas estavam com uma barrigada de música no bucho e o público com uma barrigada de sorrisos na cara. E mesmo os mais barrigudos não escaparam e tiveram que nos ouvir na mesma! Pouco depois, e com razões para sorrir, os

Cartolas foram de novo para a Populum alegrar a vida de muita gente que por lá passou e terminar o que não tinha sido acabado na noite anterior. Mais uma vez, muito obrigado Azeituna, é na brilhante organização que se vê o porquê deste festival ser aclamado como o melhor de Portgual do género. Fica também a dica, do orgulho por nós sentido, e do poderio da nossa fantástica Universidade, pois até a nível musical consegue colocar duas Tunas no melhor festival de Portugal, Magna Tuna Cartola e Tuna Universitária de Aveiro. Muito obrigado Braga pelo fantástico acolhimento e para o ano quiçá nos voltaremos a encontrar. Os júris ditaram os seguintes prémios: Melhor Tuna : Magna Tuna Cartola Segunda melhor Tuna : Tuna Engenharia da Universidade do Porto Terceira melhor Tuna : Estudantina Universitária de Lisboa Prémio Cinema : Magna Tuna Cartola Melhor Instrumental : Tuna Universitária de Aveiro Melhor Solista : Tuna Medicina da Universidade de Coimbra Melhor pandeireta : Tuna da Universidade Católica Portuguesa Melhor porta-estandarte : Hinoportuna Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo


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AAUAv: Entrevista

Entrevista AAUAv

Tomada de Posse dos novos corpos sociais Jornal UniverCidade – Qual é para ti o maior desafio no horizonte deste novo mandato?

O presidente empossado foi felicitado pelo reitor da nossa UniverCidade

Tiago Alves – O maior desafio é mesmo o próprio mandato. Temos algumas prioridades e que vêm no sentido daquilo o que foi o mandato de 2010. Assim sendo continuaremos a trabalhar na reorganização administrativa interna assim como na resolução dos desequilíbrios financeiros que atravessa. Além disso ampliaremos a nossa intervenção quer na Universidade quer na Cidade de Aveiro. A AAUAv é a maior Associação do distrito pelo que não deve apenas cativar atenções unicamente para a Universidade. A própria cidade também nos preocupa pois é aqui que os estudantes se fixam. No entanto é a Universidade de Aveiro que merece a maior parte do nosso empenho. Continuaremos então a trabalhar para que cada vez mais se assuma como uma das melhores Universidades do país e um pólo de referência internacional. Por outro lado temos os estudantes da UA que são a nossa prioridade. Se cumprirmos tudo o que nos propusemos sem dúvida que eles sairão melhor preparados, cultural, desportiva e civicamente. Jornal UniverCidade – Um segundo mandato com uma equipa regenerada significa…

Tiago Alves – Significa um reforço de ambições e do próprio projecto. A continuidade que este exigia era acompanhada da necessidade de sangue novo.

Jornal UniverCidade – Concretamente na área da acção social e do sector pedagógico, que projectos e medidas se avizinham?

promoção destas assume um papel fundamental. É nisto que pretendemos investir.

Tiago Alves – A área da acção social e a área pedagógica são as principais áreas de incidência da AAUAv. Assim sendo temos como objectivo promover e apresentar propostas de revisão para os actuais documentos respeitantes ao processo de atribuição de bolsas bem como a manutenção do acompanhamento constante às residências universitárias. Na área pedagógica destacam-se a discussão do novo regulamento de estudos, regime de prescrições e do regulamento das comissões de curso bem como o acompanhamento e forte envolvimento com estas assim que estejam devidamente regulamentadas. Por outro lado a qualidade do ensino também é uma das nossas preocupações e será assim que por ela intercederemos, incentivando principalmente os estudantes a participarem no preenchimento dos inquéritos pedagógicos.

Jornal UniverCidade – Como referiste na cerimónia de tomada de posse, uma das novidades desta equipa será a plataforma de colaboradores. (resumidamente) Falanos um pouco disso. [o que é e de que forma será importante para a AAUAv e para os próprios alunos]

Jornal UniverCidade – No âmbito cultural e desportivo, estão já na calha projectos de maior diversidade? Que medidas consideras que possam ser tomadas para aliciar os estudantes, no sentido de uma participação mais activa?

Jornal UniverCidade – De entre todos os vossos projectos e apesar da conjuntura económica, qual é neste momento o projecto mais ambicioso para 2011?

Tiago Alves – Sim este ano espera-se recheado a ambos os níveis. Acima de tudo os maiores atractivos para os estudantes são o teor, a qualidade e diversidade das actividades. Por outro lado a divulgação e

Tiago Alves – A plataforma de colaboradores é uma ferramenta muito importante não só para a Direcção da AAUAv que poderá ver aumentada a sua capacidade de concretização envolvendo os estudantes na realização das actividades e aumentando por outro lado a divulgação e consequentemente a participação destas, como também para os estudantes que têm mais facilidade em participar na organização de actividades da sua associação experienciando o associativismo.

Tiago Alves – O nosso projecto mais ambicioso é o projecto global. Não posso destacar apenas um porque todos eles assumem um papel importante. O nosso projecto é pensado como um todo e não como um simples aglomerado de pequenas partes.


2 de Fevereiro de 2011

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Tiago Alves:

O discurso do 2º mandato Há um ano atrás, a Associação Académica da Universidade de Aveiro conheceu uma nova geração de dirigentes. Consigo

trouxeram a irreverência característica da juventude, a vontade de quem nunca experienciou o associativismo, a mudança de que todos ansiavam e que nesta equipa depositaram confiança. Desconfiança não faltou porém. Para além daqueles que legitimamente esperavam resultados muitos eram os espectadores que aguardavam pacientemente pelas falhas dos “miúdos”. Sim, existiram erros ao longo deste percurso. E será exactamente por aqui que iniciarei a minha intervenção. Mais do que vangloriar as conquistas é necessário reflectir sobre as falhas que cometemos e não deixar que voltem a acontecer. Umas corrigem-se imediatamente outras demoram o seu tempo. No entanto todas elas nos fortalecem. John Powell disse: “O único erro verdadeiro é aquele com o qual nada se aprende”, e eu subscrevo. A experiência é sem dúvida um ponto a favor, mas a falta dela facilmente se colmata e a Direcção de 2010 provou-o com a sua determinação.

mensagem que nos transmitiram. Uma vitória tão clara manter-nos-á atentos e proactivos. A exigência aumenta, a expectativa acompanha e a dedicação, empenho e esforço garantidamente se multiplicarão. Excelentíssimo senhor Reitor, Ilustres convidados, caros colegas, O passado já lá vai e a Associação Académica da Universidade de Aveiro necessita de olhar em frente. Mais que recordar os acontecimentos decorridos, esta é a hora de abrir horizontes e projectar o futuro. E o futuro tem tanto de incógnito como de desafio. Devolver a AAUAv ao patamar de credibilidade que deteve em tempos será talvez um dos caminhos mais difíceis de percorrer. Contudo, acredito que não o percorreremos sozinhos. A Academia exige, hoje mais do que nunca, que os estudantes se unam, canalizando esforços no mesmo sentido, esquecendo divergências passadas. Não representaremos apenas aqueles que nos são mais próximos. Não! O rumo que delineamos para a AAUAv

A nova direcção mostra-se confiante com os desafios deste segundo passa por reforçar asmandato defesas internas crian-

Caros presentes, Este foi o projecto sufragado no passado dia 14 de Dezembro. No acto eleitoral mais participado de sempre os estudantes fizeram questão de demonstrar claramente a sua vontade. Foram cerca de 2700 num total de 4200 estudantes que se deslocaram às urnas para depositar a confiança naqueles que hoje tomaram posse. Foi impressionante a capacidade que os estudantes tiveram em unir-se em torno da Associação Académica e atribuir-lhe a estabilidade de que tanto necessita. Firmemente renunciaram o retorno ao passado. No entanto, este resultado tem um significado, e nós jamais nos esqueceremos da

do barreiras efectivas blindando a estrutura para além de finalizar todos os processos contabilísticos internos. Quanto mais coesa for financeiramente a instituição mais facilmente ele crescerá e ultrapassará este momento menos bom. Contudo espera-nos ainda um longo calvário até equilibrarmos todas as contas. Foi assim que percebemos a importância de avançar com um plano de saneamento financeiro, permitindo-nos evitar no futuro, os erros do passado. Por outro lado também consideramos essencial encontrar novas formas de financiamento próprio. A receita sazonal de um bar e de uma loja não pode continuar a ser um dos poucos sustentos desta casa.

Será nesta senda que continuaremos a diversificar a oferta cultural, não só com iniciativas da própria estrutura mas igualmente com a promoção de parcerias com instituições da própria cidade aumentando de forma gradual a relação dos estudantes com esta dando-lhes a possibilidade de conhecer um pouco mais da história Aveirense. De igual modo faz parte dos nossos propósitos revitalizar o desporto da nossa Universidade. Consideramos de importância crescente o envolvimento dos nossos estudantes em actividades desportivas. Numa sociedade exigente como a actual os indivíduos com uma melhor condição física superam mais facilmente as contrariedades da vida profissional bem como são seres humanos melhor formados. Torna-se cada vez mais evidente que os atletas que representam a Associação Académica em provas de desporto universitário merecem medidas de apoio específicas. Se por um lado têm altas exigências para cumprir ao nível da preparação, por outro promovem fortemente o nome da nossa Universidade. Assim, ao exemplo do que já acontece noutras universidades nacionais, também a AAUAv irá propor a criação de um estatuto de estudante - atleta. Este contribuirá certamente não só para a melhoria dos resultados desportivos das nossas equipas nos campeonatos da Federação Académica de Desporto Universitário como também para o aumento da prática desportiva na Universidade de Aveiro. A participação cívica dos estudantes da UA é algo que merecerá da nossa parte grande atenção. Estudantes cada vez mais conscientes, informados e com uma cultura de envolvimento no quotidiano do nosso país é um dos nossos grandes objectivos. Enquanto decisores do futuro não poderemos compactuar com o actual distanciamento dos jovens dos destinos de Portugal. (…) esperamos melhorar o relacionamento com a cidade que nos acolhe, pois encaramos este distanciamento como prejudicial para ambas as partes. Ainda neste capítulo encaramos a melhoria das ligações com a Câmara Municipal de Aveiro como uma meta a atingir neste mandato. Intercederemos para que a cidade e a Academia vivam em conformidade e para tal a autarquia terá aqui um papel fundamental. Desta forma entendemos que a aposta na atracção de novos públicos bem como a melhoria do sucesso escolar a par do estabelecimento de vagas adicionais para cursos com impacto na região de Aveiro são sem qualquer dúvida chaves para o sucesso. É com grande satisfação que vemos a UA a formar activos com mercado nesta região contribuindo assim para o seu desenvolvimento.

Mas é na melhoria da qualidade do ensino aqui ministrado e na promoção do sucesso escolar que devemos cativar as nossas atenções. Assim consideramos indispensável que as análises dos resultados do Sistema de Garantia da Qualidade sejam convertidas em acções concretas, que se reflictam em mudanças comportamentais ora de professores ora de estudantes. Por outro lado também partilhamos da mesma visão no que diz respeito à alteração da tipologia de relacionamento entre os actores das salas de aula.

A participação cívica dos estudantes da UA é algo que merecerá da nossa parte grande atenção. Estudantes cada vez mais conscientes, informados e com uma cultura de envolvimento no quotidiano do nosso país é um dos nossos grandes objectivos. Enquanto decisores do futuro não poderemos compactuar com o actual distanciamento dos jovens dos destinos de Portugal.

Não pactuaremos com estas injustiças e continuaremos a empenhar esforços para contrariar estes propósitos. Este é o rumo que traçamos para a Associação Académica da Universidade de Aveiro. De igual modo estas serão as ideologias pelas quais intercederemos. Todo este projecto é exigente e ambicioso. E para isso contarei com a garra e empenho desta equipa que hoje aqui tomou posse. Muitos deles iniciam aqui o seu percurso associativo, outros já com alguma experiência. No entanto não tenho a mínima dúvida que todos eles reforçarão esta instituição. Conto convosco para esta longa caminhada.


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Cidade

Agenda Cultural

DA CIDADE

Workshop Básico de Fotografia Digital de 29 a 30 de Janeiro Salão Cultural Será promovido nos dias 29 de 30 de Janeiro, no Salão Cultural. Com nove horas de formação, esta será desenvolvida do seguinte modo: no sábado de manhã haverá formação de técnica de fotografia e de tarde os participantes farão uma saída de campo para uma componente prática. Na manhã de domingo serão visionadas as fotos captadas no dia anterior. Sob orientação de Miguel Maciel Estima, o workshop, no valor de 30 euros, aceita inscrições até ao dia 21 de Janeiro através do contacto 962 925 633 ou miguelestima. formacao@gmail.com (Miguel Maciel Estima). A acção destinase a todos aqueles que pretendam adquirir os princípios básicos da fotografia digital e os participantes devem trazer máquina fotográfica digital.

inauguram, no dia 26 de Novembro, pelas 18h30, a exposição de fotografia «Revelações – vida na areia vida na rocha», da autoria do biólogo Victor Quintino. Esta exposição estará patente ao público até ao dia 26 de Fevereiro de 2011, na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. A entrada é gratuita. Levanta Os Braços Como Antenas Para O Céu / Beautiful People dia 28 de Janeiro pelas 21h45 Teatro Aveirense Grupo Dançando com a Diferença O Grupo Dançando com a Diferença, que tem desenvolvido um trabalho exemplar com pessoas com deficiência na Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação na ilha da Madeira, apresenta as coreografias «Levanta Os Braços Como Antenas Para O Céu», de Clara Andermatt com música original de Vítor Rua

Revelações – vida na areia vida na rocha de 26 de Novembro a 26 de Fevereiro pelas 18h30 Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro

e «Beautiful People» com concepção, textos e coreografia de Rui Horta, banda sonora de Tiago Cerqueira, Nick Cave, John Zorn-Ennio Morricone, Eurhythmics (arranjo de Tiago CerqueiNo âmbito das Comemorações ra), figurinos e desenho de luz do Ano Internacional da Biodi- de Rui Horta. versidade, a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e o Departamento de Biologia da UA,

A Higiene do Assassino dia 26 de Janeiro pelas 21h30 Estaleiro Teatral

dré Roussel, Filipa Braga Cruz, Luís Moura, Mário Alves, Nuno Sobral e Rui Sirgado. A HIGIENE DO ASSASSINO está classificada para maiores de 16 anos e as reservas podem ser feitas para o número de telefone 234 38 65 24 ou para o endereço electrónico efemero@mail.telepac.pt O preço do bilhete normal é de 5,00 euros com desconto para portadores de cartão jovem ou de estudante a 4,00 euros.

"ESTILHAÇOS de Cesariny", com Adolfo Luxúria Canibal dia 12 de Março pelas 22h00 Sinopse: Centro Cultural de Ílhavo Prétextat Tach, o prémio Nobel da Literatura. Surgido na sequência de um Prétextat Tach, o ignóbil mago egocêntrico, o grotesco profeta convite para uma das Quintas de da higiene. Magia na palavra e Leitura, o nome das sessões higiene na alma. Duas compo- mensais com que o Teatro do nentes explosivas que brotam da Campo Alegre, no Porto, homeboca de Tach martelando a cons- nageia a poesia e os poetas, ciência de quem se atreve a “ESTILHAÇOS ” é um espectácuquestioná-lo. Que o digam os jor- lo de spoken word em que Adolfo nalistas, ávidos Luxúria Canibal lê alguns textos por uma entrevis- e poemas do seu livro homónita com o escritor, mo, acompanhado ao piano e ouagora que lhe fo- tros teclados por António Rafael ram diagnostica- (ambos dos Mão Morta). Já com dos apenas dois a participação de Henrique Fermeses de vida. nandes (contrabaixo), daria lugar Somente com um à edição do primeiro CD do prose verificará o jecto, com nome homónimo. Para 2011, ao convidado Henriconfronto, uma guerra ideológica que Fernandes junta-se Jorge do tudo ou nada. Coelho (guitarrista que colaboUm jornalista as- rou em projectos como Zen ou sim, capaz de se Mesa, para além de trabalhos a medir com Tach, merece com solo como “Um Dia no Porto”, ou certeza a sua admiração. Que música para filmes), apresentando este novo espectáculo intitucomece a partida! O tabuleiro deste jogo está lado “ESTILHAÇOS”. montado no Estaleiro Teatral. Adolfo Luxúria Canibal (voz) Pode assistir ao alucinante enAntónio Rafael (piano e progracadeamento das jogadas de 10 a 18 de Dezembro de 2010 (quarta mações) Henrique Fernandes (contraa sábado, às 21.30h). baixo) Jorge Coelho (guitarra) O elenco é constituído por An-


São Gonçalinho

S.Gonçalo, ou S. Gonçalinho como é conhecido no bairro da Beiramar, nasceu em 1190 e cedo ganhou a fama de santo casamenteiro por pregar na freguesia onde vivia. Para além do poder de resolução de problemas conjugais, no bairro da Beira-mar foi-lhe atribuído poder curandeiro em doenças ósseas. Em honra destes poderes, a festa de S. Gonçalinho é caracterizada pelo pagamento de promessas através do arremesso de cavacas do cimo da capela. As cavacas são doces cobertos de açúcar que podem ser de dois tipos, redondas e moles (para se poderem comer) ou alongadas e duras (para serem atiradas do cimo da capela). A tradição conta com centenas de pessoas no largo da capela ou mesmo na rua a apanharem as cavacas que são lançadas, utilizando diversas técnicas (através de redes compridas, guardachuvas virados do avesso, entre outros). Outro ritual da festa,realizado ao final da tarde no interior da capela, é a entrega do ramo. Esta festa inclui, ainda, a Dança dos Mancos, executada por um grupo de homens que fingem serem mancos e que dançam ao som dos cantares dentro da capela.

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Erasmus - Entrevista

I am Erasmus é o mais recente resultado final de uma dissertação de mestrado, na Universidade de Aveiro.

Enquadrado no âmbito do mestrado de Comunicação Multimédia, ramo de Auiovisual Digital, Hugo Branquinho, de 23 anos, obteve o grau de mestre, orientado pelo prof. Rui Raposo, ao relizar um webdocumentário que visa analisar as perspectivas dos estudantes, inseridos no programa Erasmus.

Como surgiu a ideia deste projecto?

A ideia surgiu porque nos ultimos anos, tem havido um crescente fluxo de estudantes provenientes do intercâmbio e programa Erasmus, tanto de estudantes portugueses a irem estudar para o estrangeiro, assim como estudantes estrangeiros a virem estudar para o nosso país. Dentro deste contexto, é importante transmitir uma visão estudantil, mais pormenorizada, de pontos positivos e negativos da Universidade de Aveiro. Assim sendo, umas das razões principais que me levou a realizar este projecto foi mostrar o que significa a Universidade de Aveiro e a cidade de Aveiro em si, para os estudantes Erasmus que vêm para cá estudar. O projecto começou no inicio do meu 2ºano de mestrado, há cerca de 1 ano e meio atrás, sendo este inicio caracterizado pelas fases de concepção e pré-produção, juntamente com o apoio do meu orientador, prof. Rui Raposo. Nesta sfases, foi sugerida a ideia de criação de um documentário de divulgação, de um webdocumentário. Quais os recursos necessários em cada fase?

Como em qualquer projecto audiovisual, exitem 3 grandes fases projectuais: a fase de pré-produção, a de produção e a de pós-produção. A primeira fase deve envolver uma preparação geral do projecto, isto é, preparação das ideias, das entrevistas, a criação de guião de entrevistas. Nesta fase, os recursos humanos utilizados foram unicamente eu e o prof. Rui Raposo.

A fase de produção caracterizou-se pela captura de audio e video das entrevistas. Aqui, pralém dos recursos técnicos indispensáveis para a realização do projecto, (como as camaras de video, microfones, etc), ao nivel dos recursos humanos, destacam-se 6 alunos de Erasmus, 6 pessoas que foram Erasmus Buddies e 2 elementos do Gabinete de Relações Internacionais (GRI). Após as capturas, foi necessário editar os episódios, tendo sempre em conta a durabilidade de cada um, pois um webdocumentário tem características diferentes do conceito do documentário “clássico”, assim como o número de episódios. A seguir, veio a fase de pós-produção, onde surgiu criação dos motions graphics, ou seja, os efeitos “especiais” de créditos iniciais e finais e os horáculos de apresentação dos intervenientes. Há que realçar o facto que, paralelamente ao desenvolvimento das 3 fases, também fui desenvolvendo a tese final de mestrado. Qual a densidade de trabalho em cada fase, e qual delas te deu um maior gozo?

Todas as fases tiveram diferentes volumes de trabalho. A fase de pré-produção exigiu uma pesquisa exaustiva do que deveríamos incluir no projecto, levando em conta outros projectos que já existiam, tendo sempre como base o enquadramento teórico necessário para a relização do projecto. Tambem foi necessária uma planificação pormenorizada, até porque foi uma tarefa árdua verficar quais, como e quando é que alguns estudantes Erasmus estavam dispostos a participarem no I am Erasmus.

A fase de produção, envolveu outro tipo de trabalho. Estive uma semana só a gravar as entrevistas com os diversos intervenientes no projecto. Na ultima fase, houve bastante trabalho ao nivel de edição, criação de motion graphics, sendo esta a fase que mais me enriqueceu ao nivel de preparação para o mundo profissional, pois a linha de trabalho que gostaria de seguir seria a pós-produção e motion graphics. Quais as perspectivas dos estudantes de Erasmus em relação a Portugal, e especificamente a Aveiro?

“A fase de Erasmus, é a melhor fase da minha vida”. Esta foi uma frase que ouvi por parte dos alunos entrevistados, inúmeras vezes. Compreende-se esta felicidade que a frase transporta através da diversas viagens que eles realizam, as experiências culturais que vivem, resultando numa diversidade cultural que nunca imaginaram sentir e viver. Especificamente em relação ao nosso país e à cidade de Aveiro, os alunos inseridos no programa Erasmus têm uma opinião muito positiva em relação ao povo portugues. Consideram-nos bastante afáveis e comunicativos. Especialmente os estudantes da Europa de leste sentem de forma mais afincada estas características, pois o povo os quais são oriundo é pouco caloroso e afectuoso. Outra característica destacada é o facto da cidade de Aveiro ser uma cidade pequena,


2 de Fevereiro de 2011

O UniverCidade foi ao encontro do Hugo para saber mais acerca deste projecto.

comparativamente com as grandes cidades mundiais. É um factor positivo, pois a cidade de Aveiro tem tudo o que um individuo necessita, porem não tem uma densidade populacional elevada, sendo as maioria da populção estudantes. Foi muito dificil cativar estudantes Erasmus a entrar no projecto?

Não foi uma tarefa fácil. Os estudantes de Erasmus, tal como qualquer pessoa, querem viver esta experência descontraidos, viajando e experimentando costumes diferentes da sua cultura. Porém, graças ao apoio disponibilizado pela Erasmus Student Network (ESN), conseguiu-se contactar um grupo de estudantes Erasmus e Erasmus Buddies, e estabeleceu-se uma base para as entrevistas, também com o apoio da ESN. Curiosamente, em relação ao grupo de alunos contactados, os que demonstraram maior disponibilidade e interesse, em primeira instância, foram os estudantes da Europa de Leste, especificamente Polacos. Porque recomendas a visualização do teu Webdocumentário?

Em primeiro lugar, o projecto I am Erasmus é um relato field a opinião de diversas pessoas, especificamente, estudantes estrangeiros, sobre a Universidade de Aveiro, retratando pontos de vista que muitos de nós não pensamos neles, pois estamos limitados pela rotina do nosso dia a dia.

“A fase de Erasmus, é a melhor fase da minha vida”. Esta foi uma frase que ouvi por parte dos alunos entrevistados, inúmeras vezes. Compreende-se esta felicidade que a frase transporta através da diversas viagens que eles realizam, as experiências culturais que vivem, resultando numa diversidade cultural que nunca imaginaram sentir e viver.

Além disso, é bastante interessante perceber qual os sentimentos de chegada a um país desconhecido e de descoberta de uma nova cultura, e verificando quais são os passos necessários para realizar uma evolução, cujo objectivo é a integração total na cultura e sociedade portuguesa, e, neste caso específico, aveirense. Agradecimentos: Gostaria de agradecer ao meu orientador Prof.Rui Raposo, que teve sempre um papel de motivador constante para a realização do projecto, à minha familia, aos meus amigos, à minha namorada, à UA e aos estudantes de Erasmus por serem o tema principal deste documentário.

O link para a playlist: http://www.youtube.com/view_play_ list?p=BB0AFF13E3509B32 Os links para os episódios (directo): Ep1 - http://www.youtube.com/watch?v=BIvIW2l2TZk Ep2 - http://www.youtube.com/watch?v=Fz4Bdic6Ulo Ep3 - http://www.youtube.com/watch?v=mv_uT9W6ZHk Ep4 - http://www.youtube.com/watch?v=MwEt7gRRz-s Ep5 - http://www.youtube.com/watch?v=1t8s0R6-0J8 Ep6 - http://www.youtube.com/watch?v=py50nTAFeLo Ep7 - http://www.youtube.com/watch?v=WLrES5vJ8o8 O link para a user page: http://www.youtube.com/user/uaerasmus

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Entrevista

Recrutamento: AIESEC em Aveiro Aveiro, 25 de Janeiro de 2011 – O recrutamento da AIESEC em Aveiro terá início agora em Fevereiro, dando assim uma nova oportunidade para os interessados. Presente em mais de 107 países, sendo só em Portugal representada em 10 universidades, a AIESEC, a maior organização a nível mundial gerida exclusivamente por estudantes do ensino superior e recém-licenciados, é uma plataforma internacional para os jovens descobrirem e desenvolverem o seu potencial de forma a terem um impacto positivo na sociedade. Promovemos oportunidades de estágios internacionais, oportunidades de liderança assim como o desenvolvimento pessoal e profissional. Destina-se aos estudantes do ensino superior e recém-licenciados de qualquer área de formação que desejam ter um papel activo, tanto na organização como na sociedade.

Em Aveiro, a nova fase de recrutamento decorrerá entre os dias 9 e 25 de Fevereiro. Os interessados poder-se-ão candidatar nas bancas AIESEC, que vão estar espalhadas pelo campus Santiago, ou através da página Web. (http://www. aiesec.pt/aveiro) Para mais informações, por favor, contacte através do correio electrónico recrutamento@aveiro.aiesec.pt, consulte a nossa página no facebook (http://www.facebook.com/aiesecinaveiro) ou dirija-se ao nosso escritório que se encontra no DEGEI, na sala 10.1.23.



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Diz-se por aí...

Diz-se por aí ...

Do fundo do baú ...

E se o mundo…? E se o mundo Coubesse Na palma De uma mão, Quem teria O privilégio, Quem teria Na palma A razão? E se o mundo Se escrevesse Com uma simples Pena, Se o mundo Se exprimisse Pela negra tinta E numa só palavra Se restringisse, Quem a escreveria, Quem depois de lida A compreenderia?

E disse-se por aqui ... Greve ou grave?

Pois é, vem aí mais uma greve geral: dia 24 de Novembro; a maior de sempre desde o 25 de Abril, dizem os seus orquestradores. Se houver de facto uma adesão proporcional face à crise que o país vive, não terei quaisquer dúvidas que esta será com toda a certeza a maior de sempre. Não é preciso ser nenhum Nigromante para antever as divergências dos números. Por um lado, assistiremos o Governo a diminuir e a desmentir os números que os sindicatos irão orgulhosamente transmitir. Por outro lado, mesmo que os números não sejam os expectáveis pelos grevistas, estes têm de mostrar serviço e que estão estatutariamente a fazer o que lhes está consagrado: lutar contra os maléficos patrões capitalistas a favor dos trabalhadores. Não estou com isto a dizer que a greve é escusada ou, muito menos, que sou contra as greves. Aliás, é um direito que nos assiste constitucionalmente.

Mas será apenas um direito? Eu, pessoalmente, acho que antes – e mais importante – de ser um direito é um dever. Um dever de se saber como a usar. Pois, desenganem-se aqueles que pensam que esta greve irá mudar alguma coisa; que será a salvação dos oprimidos e que se chegará a Ítaca. Ironicamente, os realmente oprimidos, provavelmente, não serão parte integrante da greve. Daí que me questione sobre a validade da mesma. Será que é para mostrar ao Governo o descontentamento dos portugueses? Se for isso, mais uma vez, não é preciso ser-se Nigromante para o saber que estão. Será que, como já referi, é para os líderes sindicalistas mostrarem trabalho? Bom, o trabalho poderia ser um tanto quanto mais profiláxico. Tentar fazer parar o país num momento tão grave como este é simplesmente, a meu ver,

contraproducente e irónico. Senão vejamos: numa altura em que a taxa de desemprego anda em números recordes e absurdos, quem vai fazer greve é quem está empregado. É certo que as condições – e as medidas – socioeconómicas não são as melhores, mas a alternativa será certamente pior. Portanto, não seria coerente – ou preferível – que quem fizesse a greve fossem os desempregados e pensionistas que auferem pensões miseráveis? Seria mais legítimo, os orquestradores até poderiam congratular-se de terem feito música bonita, e não se parava o país num momento em que se precisa urgentemente de trabalhar. Mas estamos em Portugal e honestidade intelectual é coisa que falta em grandes quantidades.

Emanuel Henriques

E se o mundo Coubesse Num olhar, Num simples, ténue E ledo olhar? E se o mundo Fosse assim tão simples, Fosse assim tão belo, Quem seria eu Para o negar? Escrito por: Fábio Ferreira 3º ano, Física


Sugestões Culturais

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Agora a secção cultural tem voz - e pode ser a tua! Se quiseres participar, envia as tuas sugestões de livro, cd e filme para univercidade@ aauav.pt

A TEMPO E HORAS { Tod Philips }

“A tempo e horas “ trata-se de uma hilariante comédia onde Peter Highman (Downey) será pai pela primeira vez dentro de alguns dias, mas tudo começa a desabar no momento em que Peter perde o avião que parte de Atlanta. Nesse momento vê-se obrigado a fazer a viagem com um aspirante a actor, Ethan Tremblay. No entando, o que era suposto ser uma simples viagem de carro, torna-se numa sucessão de surpreendentes e cómicos eventos.

TROUGHT THE CHAOS { Hypernova }

Hypernova, é o nome de uma promissora banda iraniana que tem vindo a crescer na cena indie-rock mundial, influenciada por The Strokes, the Arctic Monkeys e Queens of the Stone Age. Num país onde a música ocidental é proibida por lei, Raam, Kami, Kodi e Jam tiveram a coragem de gravar o seu primeiro EP “Who Says You Can’t Rock In Iran?”, clandestinamente na cave das suas casas, e desde aí que a banda tem vindo a ganhar projecção nos media, sendo hoje um símbolo de luta contra a opressão. Through The Chaos vem confirmar o que já é considerado por muitos, a “Big Next Thing”.

SANGUE VERMELHO EM CAMPO DE NEVE – “INVERNO” { Mons Kallentoft }

Um homem é encontrado pendurado num carvalho solitário, apresentando sinais de violência. Cabe à jovem e ambiciosa inspectora Malin Fors descobrir o que aconteceu. Um história emocionante que envolve uma pequena província repleta de terríveis segredos escondidos pelo branco da neve. Mons Kallentoft, um autor brilhante que ocupou os primeiros lugares do top de vendas nos países nórdicos e que se encontra a ser traduzido pelas mais importantes editoras Europeias.


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voxpop Prestes a acabar mais um ano, que balanço fazes na UA?

{Maria Soares, 3º ano, Biologia}

“Houve muita coisa que mudou. Algumas para melhor, outras para pior! Especificamente, sinto que o meu curso perdeu muito com Bolonha e estamos numa fase em que estão a ser dados os primeiros passos para resolver algumas questões. As coisas estão mais exigentes, há outras formas de ensino, de avaliação, mais opções, mais trabalho… No fundo as coisas estão mais organizadas, mas ainda falta um longo caminho a percorrer nesse sentido.”

{Liliana Ferreira, 2º ano, Educação Básica }

“Considero que foi um ano positivo, mas não sinto grandes diferenças do ano passado para este ano. Houve grande polémica em relação ao apoio social, mas em termos de estrutura e da universidade em si está praticamente igual ao ano passado. Relativamente à associação académica, penso que continua dentro da fasquia que estaria no ano passado.”

{Pedro Silva, 3º ano, Biotecnologia}

“Uma questão que noto que mudou – para pior – foram as bolsas de investigação. Era um grande apoio aos estudantes e foram completamente retiradas.”

{Marco Oliveira, 2º ano, Línguas e Relações Empresariais }

{Teresa Pinho, 3º ano, Tradução }

“Sinto que os inquéritos pedagógicos são uma boa medida. São extremamente necessários para corrigir alguns erros e acredito que podem mudar as coisas.”

{Elodie Lopes, 1º ano, Física}

“Gostava de ter uma máquina de café aqui no Complexo. A fila do bar é enorme e dava jeito uma máquina. Vejo também que mudaram os descontos de sócio da AAUAv no Jumbo, agora os descontos já não são todos os dias.”

“Na minha opinião, o tempo de espera nos serviços académicos continua muito grande, penso que deviam destacar mais pessoas para o atendimento. Acho também que as entregas da bolsa estão a demorar muito e isso complica a vida aos estudantes que precisam mesmo dela e isso devia ser melhorado.”

{Carlos Santos, 2º ano da Pós-Graduação em MAP-fis (Programa Doutoral em Física)}

“De um modo geral, acho que os serviços académicos mereciam um melhoramento em termos de comunicação entre os departamentos a fim de evitar problemas relacionados com o lançamento de notas. No meu caso em concreto noto que há muito pouca comunicação entre as universidades (U. Minho, U. Porto e U. Aveiro) e com a própria Fundação para a Ciência e Tecnologia.”


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