Abapainforma - Outubro/2015

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Informativo mensal da Associação Baiana dos Produtores de Algodão | Ano 02 - Nº 18 Outubro/2015

Patrulha mecanizada recupera estrada

RELATÓRIO DE MOVIMENTO FINANCEIRO Administrativo, Laboratório 15

Abapa debate estratégias para combate do bicudo-do-algodeiro 16

CENTRO DE TREINAMENTO Aula Inaugural marca início do Curso Técnico em Agropecuária 12

Workshop apresenta resultados de pesquisas 03


Outubro/2015 | Ano 02 | Nº 18

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EDITORIAL

Marcelo Kappes Diretor da Abapa 2º Secretário

É

chegada a hora tão esperada do início de um novo ciclo! Com ela, persistem as incertezas e preocupações, mas é renovada a empolgação que o agricultor traz em si, de semear e gerar riquezas. O “El Niño” anunciado é motivo de grande preocupação em relação ao clima. Momento oportuno para avaliarmos como estamos trabalhando o solo e preparando o ambiente em que estaremos colocando as sementes. A cautela em relação ao momento ideal de plantio pode contar muito nesse momento. Temos que pensar na qualidade do plantio, tendo a certeza de que estamos utilizando sementes de qualidade. Os custos de produção se mostram extremamente altos e precisam ser avaliados durante todo o ciclo. Com uma moeda extremamente desvalorizada, o equilíbrio entre receitas e custos deve ser bem planejado, pensando no aproveitamento dos momentos oportunos para a fixação de contratos que dê garantia de margem. Mesmo que o momento político e econômico não seja bom, a agricultura ainda tem o dever e a competência de manter números preciosos do PIB do nosso país. O desafio relacionado às pragas continua. O bicudo-do-algodoeiro, praga lendária, que fez estragos incalculáveis na última safra, foi motivo de discussões

e planejamento em relação ao futuro da cotonicultura baiana. A reformulação de programas e formas de agir foi pauta de várias reuniões, envolvendo agricultores, gerentes, técnicos, consultores e pesquisadores junto com a ABAPA e ADAB. O manejo de plantas de algodão em meio a outras culturas e estradas é o melhor caminho para diminuirmos esses custos. Planta de algodão deve estar em lavoura de algodão! A guerra contra o bicudo está declarada. O resultado depende da ação de cada um, e deve começar dentro das nossas propriedades, fazendo a lição de casa. O uso da biotecnologia deve ser uma ferramenta usada com cautela para o controle de ervas daninhas e lagartas. Seu custo está bastante elevado e não é a solução única para o sucesso, mas é uma ferramenta importante no manejo. Os refúgios plantados com plantas convencionais devem ser feitos seguindo as regras estabelecidas, para que evitemos que pragas com resistências à biotecnologia se perpetuem, e estas deixem de controlá-las. Por fim, lembramos que a agricultura faz do Brasil o “celeiro do mundo”, e esse título foi conquistado por causa do empenho de cada agricultor brasileiro. A garra, a fibra e a coragem são os motores que impulsionam essa classe e fazem parte marcante da história desse país. Com as chuvas, a esperança de uma boa safra se renova, e o desafio nos motiva a cada momento. Os problemas e dificuldades do passado mostram o caminho que devemos seguir em busca de melhores resultados e nos impulsionam para o próximo ciclo. Boa safra!

Apoio:

BIÊNIO 2015/2016

Conselho Diretor

Conselho Fiscal

Conselho Consultivo

Presidente Celestino Zanella

1º Titular João Antonio Gorgen

Walter Yukio Horita

1º Vice Presidente Luiz Carlos Bergamaschi

2º Titular Sergio Nogueira

Isabel da Cunha

2º Vice Presidente Paulo Massayoshi Mizote

3º Titular Celito Eduardo Breda

Marcos Antônio Busato

1ª Secretária Isabel da Cunha

1º Suplente Celito Missio

2º Secretário Marcelo Leomar Kappes

2º Suplente Douglas Alexsandre Radoll

1º Tesoureiro Marcelino Flores de Oliveira

3º Suplente Sergio Figueiredo Freire

2º Tesoureiro Osvino Fabio Ricardi

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João Carlos Jacobsen Rodrigues

João Antônio Franciosi

Luiz Carlos Fernandes Diretor Executivo Lidervan Mota Morais

Aprovação Final Celestino Zanella Edição Cristiane Barilli de Figueirêdo Textos e Fotos Virgília Vieira Projeto Gráfico e Editoração Klécio Chaves Tiragem 1.500 exemplares Av. Ahylon Macêdo, nº 11 – Barreirinhas, CEP: 47806-180, Barreiras – Bahia Tel.: +55 (77) 3614-9000 / 3639-9000 www.abapa.com.br - abapa@abapa.com.br Sugestões ou críticas, devem ser encaminhadas para o e-mail: imprensa@abapa.com.br Em caso de reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação é necessário citar a fonte.


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WORKSHOP

Workshop apresenta resultados de pesquisas

O evento aconteceu no Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães

O

algodão e a soja, foram temas do ‘Workshop Divulgação dos Resultados de Pesquisas Safra 2014/2015’, realizado pela Fundação Bahia e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães, nos dias 01 e 02 de outubro, que apresentou aos produtores, consultores, gerentes de fazendas, instituições, associações ligadas ao agronegócio e empresas parceiras, os resultados de pesquisas realizadas pelas entidades. Na oportunidade, o presidente da Abapa, Celestino Zanella e o diretor executivo, Lidervan Morais, apresentaram as ações institucionais e projetos voltados aos interesses de toda a cadeia produtiva do algodão. “A Abapa tem representado os interesses da cotonicultura no estado da Bahia, com bastante responsabilidade, atuando nas mais diversas frentes. A exemplo do Centro de Análise de Fibras, que passou recentemente por uma modernização, e hoje conta com uma capacidade para receber 25 mil amostras por dia. Convido a todos os associados, a participarem das reuniões da Abapa, conhecerem nossos projetos, pois muitas vezes, não temos a participação que esperamos dos produtores. Todos os cotonicultores podem participar, conhecerem as nossas instalações, e trabalharmos juntos em prol da cotonicultura na Bahia”, solicitou Zanella. O presidente da Fundação Bahia, Ademar Marçal, destacou o volume crescente de trabalhos de pesquisa, alavancados pela Fundação BA nesses últimos quatro

anos, tendo no Workshop o fechamento dos resultados de pesquisa realizados no âmbito do Cerrado do oeste baiano que está sendo expandido para toda a região do Matopiba. Na área de algodão, pesquisadores e consultores, apresentaram os resultados das seguintes pesquisas: Melhoramento de Algodão no oeste da Bahia, com o pesquisador da Embrapa, Dr. Camilo Morello; Estimativas de Produtividade e de Perdas por Apodrecimento em Cultivares de Algodoeiro, com o pesquisador da Fundação Bahia, Dr. Murilo Barros Pedrosa; Avaliação de Cultivares Recomendadas para o Cerrado da Bahia, com o pesquisador Dr. Eleusio Curvelo; Fertilidade do Solo na Cultura do Algodão, com o pesquisador da Fundação Bahia, Dr. Fabiano Bender; Destruição de Soqueiras, do pesquisador da Embrapa Algodão, Dr. Valdinei Sofiatti; além das palestras: Cenário da Cotonicultura no Oeste da Bahia, com o diretor da Abapa e consultor da Consultoria Circulo Verde, Celito Breda e o consultor da Ide Consultoria, Milton Ide. Na área de soja, as pesquisas tiveram os seguintes temas: A Pesquisa em Melhoramento de Soja para a Região Oeste da Bahia; Cultivares de Soja recomendadas para o Oeste da Bahia, Arranjo de Plantas e Enxofre na cultura de soja, Cenário Fitossanitário da Soja no Oeste da Bahia, Sistema de Cultivo, Rotação de Culturas e Espécies de Cobertura do Solo, Resultados de Fertilidade do Solo na Cultura da Soja. Além dessas apresentações, aconteceu a mesa redonda

com debate técnico, e apresentações das empresas envolvidas nas pesquisas.

Resultados de pesquisas na cultura do algodão – Safra 2014/2015 Sobre o ‘Melhoramento de Algodão no Oeste da Bahia’, o pesquisador da Embrapa, Dr. Camilo Morello, enfatizou que o Programa de Melhoramento Genético do Algodoeiro, da parceria Embrapa Algodão/Fundação Bahia, envolve as fases de identificação dos genitores, geração das populações segregantes, seleção de planta, avaliação de progênies das plantas selecionadas, ensaio de linhagens preliminares, ensaios de linhagens avançadas e ensaio de linhagens finais, sendo realizadas nas linhagens elites introgressão de transgenia. Várias linhagens encontram-se em processo de introgressão de transgenia para resistência a herbicidas e lagartas. O programa apresentou como perspectivas o

lançamento de novas cultivares com resistentes a lagartas e herbicidas, além da resistência a mancha de ramulária e qualidade de fibra diferenciada. Para a pesquisa ‘Estimativas de Produtividade e de Perdas por Apodrecimento em Cultivares de Algodoeiro’, apresentada pelo pesquisador da Fundação Bahia, Dr. Murilo Barros Pedrosa, foram cultivadas na área experimental do Centro de Pesquisa e Tecnologia do Oeste (CPTO/ Fundação Bahia), 26 cultivares de algodão. Tais cultivares foram divididas em dois ensaios, que apresentam ciclo médio-precoce e médiotardio. Nesses resultados, houve diferença estatística entre as cultivares pelo teste de Scoot e Knott (1 e 5% de probabilidade) para todas as características avaliadas, exceto para uniformidade de fibras. Com relação a produtividade foi possível separar as cultivares em dois grupos: aquele formado pelas cultivares que apresentaram produtividade acima da média geral de 341@/há e aquelas que apresentaram produtividade abaixo desta média. Quanto ao apodrecimento de maças, observa-se perda média estimada em 71,2@ de algodão em caroço/ha, também foi possível separar as cultivares em dois grupos. Nos grupos constituídos pelas cultivares mais precoces, obteve-se estimativa de apodrecimento acima de 70@/ha, no qual estão as cultivares TMB11WS, BRS 286, BRS 368RF, Delta Opal, DP 555 BGRR e IMA 5675 B2RF. O segundo grupo, com estimativas de perdas abaixo de 70@/há composto pelas cultivares BRS 335, IMA 08WS, BRS 369RF. Sobre a ‘Avaliação de Cultivares Recomendadas para o Cerrado da Bahia’, o pesquisador da Cotton

Presidente da Abapa, Celestino Zanella

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NOTAS Consultoria, Dr. Eleusio Curvelo, apresentou os resultados das pesquisas das cultivares em todos os seus aspectos. “Algumas cultivares apresentaram restrições para produtividade, finura, problema no descaroçamento, resistência a doenças, porcentagem de fibras curtas, tipo obtido, por isso não foram recomendadas. Pelo equilíbrio de todas as características, incluindo características de fibras, produtividade e rentabilidade são recomendadas as cultivares FM944 GL, BRS 371 RF e BRS 368 RF para os 20% de refúgio e FM975 WS e TMG 82 WS para os outros 80% de áreas”, orientou o pesquisador. Na pesquisa ‘Fertilidade do Solo na Cultura do Algodão’, o pesquisador, Dr. Fabiano Bender, ressaltou

sobre a necessidade de estudar o manejo fisiológico e nutricional da cultura do algodão. “Todos sabem das condições ambientais predominantes na região, associados a atual conjuntura de custos elevados, isso sempre nos traz questionamentos, de como planejar o manejo do solo em termo de nutrientes, se existem novas substâncias que podem também contribuir na manifestação do potencial do cultivo do algodão?”, disse o pesquisador, abordando sobre vários elementos, e principalmente os micronutrientes. “Em termo de pesquisa, os macronutrientes, estão mais avançados, mas quando se trata de micronutrientes, a situação muda um pouco. Embora considerado micro, os micronutrientes, apresentam a mesma importân-

Abapa participa do ICA Trade Event

O presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Celestino Zanella, participou de um dos mais tradicionais eventos do setor: o ICA Trade Event, que este ano foi realizado em San Francisco (EUA), nos dias 30 e 31 de outubro, no Hyatt Regency. Promovido pela International Cotton Association (ICA), o encontro reuniu mais de 700 profissionais da cadeia mundial do algodão. A participação da Abapa em eventos como o ICA Trade tem como objetivo promover o algodão baiano e fortalecer a imagem institucional da entidade, divulgando suas ações em prol de uma produção cada vez mais sustentável e de maior qualidade. O Brasil é o quinto maior produtor mundial de algodão, com uma média de 1,7 milhão de toneladas nas últimas safras. Nesse contexto, a Bahia é o segundo maior produtor de algodão do país. Veja na próxima edição matéria completa o ICA Trade Event. Com informações: Ascom Abrapa

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cia que os demais elementos, inclusive outros que nós não lembramos no dia-a-dia do manejo, como os orgânicos: carbono hidrogênio e oxigênio. Às vezes pensamos único e exclusivamente em minerais, sendo que o que acontece no campo, em termo de ausência de respostas em determinado micronutriente pode estar associado à falta ou mau uso dos orgânicos, que está na atmosfera e na água do solo”, enfatizou. Sobre a pesquisa ‘Destruição de Soqueiras’, o pesquisador da Embrapa Algodão, Dr. Valdinei Sofiatti, afirmou, dentre vários outros fatores, que a destruição dos restos culturais proporciona a redução de mais de 70% da população de insetos em quiescência, os quais sobreviveriam no período de entressafra

e, consequentemente, infestariam a cultura precocemente na safra seguinte. Ao final, uma mesa redonda com os palestrantes e pesquisadores, foi montada para debate técnico. O Workshop contou com o apoio das seguintes entidades e empresas: Abapa, Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), Fundeagro, Aiba, Agrosul-John Deere, Grupo Fitossaniário, Agrolem, AEAB, Adab, Uneb, Ufba, Faahf, Fasb, Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães, Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães, Senar, SPRB, Faeb, Banco do Nordeste e Governo do Estado da Bahia. Além das empresas participantes: Basf, Penergetic, Bayer, Morinaga, Ponto Sementes, Lagoa Clara, Sementes Gurupi e Ceolin. ■

Evento discute produtividade e sustentabilidade da soja na Bahia No dia 8 de outubro, aconteceu o Fórum Regional de Máxima Produtividade e Sustentabilidade da Soja, em Luís Eduardo Magalhães, organizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb) em parceria com a Fundação Bahia, Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e Sindicato dos Produtores Rurais de LEM e de Barreiras. No evento, foi anunciada oficialmente a parceria entre a Abiove, coordenadora nacional do Soja Plus, Aiba e a Fundação Solidaridad. As três entidades assinaram recentemente um convênio para fortalecer o desenvolvimento do Soja Plus no Oeste baiano. O projeto denomina-se “Fortalecendo o Programa Soja Plus no Oeste da Bahia: um passaporte para valorização da soja no mercado europeu”. O projeto com a Solidaridad espera atingir mais de 100 sojicultores e reforçará as atividades do Soja Plus por meio de cursos, palestras sobre qualidade de vida no trabalho (saúde e segurança ocupacional), assistência técnica individual nas fazendas e fornecimento de material para a melhoria da gestão das propriedades rurais. Outros cursos tratarão sobre questões ambientais, entre elas, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que na Bahia tem como equivalente o Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir). São nove os municípios que concentram a produção da oleaginosa na Bahia: Baianópolis, Barreiras, Côcos, Correntina, Formosa do Rio Preto, Jaborandi, Luís Eduardo Magalhães, Riachão das Neves e São Desidério. Em 2016, haverá nove cursos específicos sobre legislação ambiental nesses municípios.


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NOTAS

Representantes da SLC visitam Laboratório da Abapa

No dia 21 de outubro, representantes do Grupo SLC visitaram o Centro de Análise de Fibras da Abapa, em Luís Eduardo Magalhães, com o objetivo de conhecer o Laboratório, considerado o maior da América Latina. Os Laboratórios de Análises de Fibras da Abapa oferecem classificação visual e instrumental, através de aparelhos de HVI (Instrumento de alto volume), que possuem tecnologia de alto padrão nas medições das características intrínsecas da fibra. Além disso, possuem o Sistema de Condicionamento Rápido (SCR), que permite climatizar as amostras a serem analisadas dentro de 20 minutos com o objetivo de fornecer os resultados em até 24 horas, após o recebimento das amostras. Isso permite segregar os fardos por qualidade.

Curso de Contabilidade e Custos

Nos dias 20,21 e 22 de novembro, será ministrado o treinamento de Contabilidade e Custos. A ação faz parte do Programa de Desenvolvimento em Gestão do Agronegócio, desenvolvido pela Abapa, que tem como que tem como objetivo contribuir para que os colaboradores dos cotonicultores adquiram conhecimento para o seu desenvolvimento profissional na área administrativa. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) é a instituição de ensino responsável.

Abapa participa de Dia de Mercado de Grãos No dia 08 de outubro, a Abapa participou do evento denominado ‘Dia de Mercado de Grãos’, realizado pela Confederação da Bahia (FAEB) e Sindicato dos Produtores Rurais do Oeste da Bahia, na sede do Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães. O evento levou análises técnicas e econômicas, com base em conclusões das condições de produção na própria região, obtidas a partir de dados levantados pelo programa Campo Futuro. O Campo Futuro produz informações relevantes para o produtor rural gerenciar sua propriedade com mais eficiência. “Com o evento, nós complementamos o trabalho do Campo Futuro, com informações regionalizadas, precisas e apresentadas pelos maiores especialistas nos temas, no Brasil”, disse Bruno Lucchi, Superintendente Técnico da CNA. O projeto, em parceria com o CEPEA/ESALQ, PECEGE/ESALQ, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Universidade Federal de Viçosa (MG) e Universidade Federal de Lavras (MG), gera informações com a elaboração de indicadores de conjuntura, desempenho econômico, custo de produções de 24 culturas, atualmente. As informações se originam em painéis, para levantamento de dados, realizados para cada cultura estudada, nas localidades, em todas as regiões do país.

Fundeagro realiza doação de carros para o Programa Fitossanitário

Com o objetivo de facilitar o desenvolvimento dos trabalhos em campo da equipe técnica do “Programa Fitossanitário de Combate ao Bicudo e outras pragas do Algodoeiro”, o Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro), entregou duas novas pick-ups para a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e uma pick-up e três stradas para a Abapa. No último dia 07 de outubro, o presidente do Fundeagro, Celestino Zanella, e o presidente da Fundação Bahia, Ademar Marçal, realizaram a entrega. www.abapa.com.br

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OPERAÇÃO SAFRA

Polícia Militar lança a Operação Safra 2015-16

O evento aconteceu na ABA Manutenção de Aeronaves

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o dia 15 de outubro, as estradas e as propriedades do oeste da Bahia estão sendo monitoradas pelas patrulhas da Polícia Militar que realiza blitz e visitas às unidades produtivas. Apoiando o trabalho feito em terra, um helicóptero da PM está preparado para decolar, caso haja algum indício de movimentação estranha. O anúncio foi feito pelo comandante de Policiamento Especializado da Polícia Militar, Cel. Lázaro Monteiro, no dia 13 de outubro, durante o lançamento da Operação Safra 2015-16. “O objetivo da Operação Safra é intensificar as ações de policiamento, principalmente na região rural, coibindo atos de criminosos nas propriedades rurais dos 12 municípios que fazem parte da operação no oeste da Bahia”, afirmou Cel. Lázaro. Durante seis meses e meio, 100 homens vão percorrer mais de mil propriedades rurais, somando 2,25 milhões de hectares cultivados. Eles também darão apoio ao trabalho da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) no controle fitossanitário e no trânsito de produtos e defensivos agrícolas. Esta parceria foi oficializada durante a cerimônia pelo diretorgeral da Adab, Oziel Oliveira, e o Cel Lázaro. “O trabalho de defesa, que já

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Presidente da Aiba, Júlio Busato

é feito, será reforçado com a Operação Safra, porque o controle não deve ser somente na área de produção, mas também na comercialização dos produtos”, esclareceu Oziel. Paralelo ao trabalho dos policiais, seguindo o mesmo procedimento realizado na primeira edição da Operação em 2014, a Aiba vai realizar uma série de reuniões nas comunidades agrícolas do oeste, orientando os produtores a desig-

narem funcionários para serem os responsáveis por recepcionar as patrulhas e fornecer as informações solicitadas. Na ocasião, os produtores receberão adesivos com os telefones de contato das patrulhas e das centrais de polícia da região. “Os produtores, através da Aiba, estão apoiando a operação principalmente na parte de logística para que esses policiais, quando estiverem no campo, tenham

todo o amparo possível para a realização das ações”, disse o presidente da Aiba, Júlio Busato. A realização da Operação Safra no oeste da Bahia faz parte das ações de articulação da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), junto ao governo do Estado, para melhoria da segurança na zona rural da região. ■ Ascom Aiba


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ABRAPA

João Carlos Jacobsen abre a IV Semana Agronômica de Barreiras

O presidente da Abrapa, João Carlos Jacobsen, foi o primeiro a palestrar no evento

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o dia 13 de outubro, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e da Câmara Setorial do Algodão, João Carlos Jacobsen, abriu a programação de palestras da IV Semana Agronômica de Barreiras (Semagro), organizada pela Empresa Júnior de Engenharia Agronômica (Ejea) do Campus IX da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Barreiras. O evento aconteceu no Centro Territorial de Educação Profissional do Oeste Baiano (Cetep), e teve como tema as ‘Inovações e Tecnologias em Clima e Solo’. Na oportunidade, Jacobsen falou sobre ‘Inovações Tecnológicas no Agronegócio’, com uma abordagem sobre vários assuntos, incluindo a trajetória recente do agronegócio, quando ressaltou sobre a ciência da tecnologia. “Hoje estamos vivendo a era da sustentabilidade, com vistas no futuro da ciência de tecnologia. Dentre todos os setores da economia no Brasil, a agricultura é uma das mais inovadoras, e destaco o avanço da biotecnologia. Vimos que essas

pesquisas têm avançado, e para os próximos 10 anos, serão mais de 80 novos eventos biotecnológicos sendo lançados”, disse. Jacobsen também chamou a atenção para o avanço na área de mecanização. “A intensificação no uso de máquinas novas e de alta tecnologia, tem aumentado a produtividade do trabalhador, do produtor e da cultura. Atualmente, já estamos vivendo uma nova realidade com a agricultura de precisão, que tem nos ajudado no monitoramento do solo, das condições climáticas, da fertilização, da maximização do uso de defensivos, sementes e herbicidas nas áreas de produção. A tecnologia de informação também tem ganhado espaço no campo. Hoje, temos nas mãos muitas informações que seriam impossíveis a pouco tempo. Os drones estão virando febre, esse equipamento fantástico com câmeras especiais consegue nos passar detalhes de imagens do dia a dia no campo. Dentre as muitas novidades prontas para o mercado, temos os robôs agrícolas móveis, tratores pulverizadores e colheita-

João Carlos Jacobsen recebe homenagem

deiras, sem operadores. Enfim, o avanço da tecnologia tem colaborado para melhores resultados no campo”, ressaltou Jacobsen. Além de palestras, a programação contou com minicursos, oficinas, mesas-redondas e apresentação de trabalhos. A diretora do Campus, Marilde Queiroz ressalta a importância dessas atividades para a formação dos alunos. “A temática tecnologia, além de muito atual, foi na centralidade das discursões, acompanhando o desen-

volvimento econômico do país e do mundo. Esses eventos corroboram para a formação dos profissionais, que não se dá apenas no dia a dia da sala de aula, mas também em eventos como esse”, ressaltou. A Semagro conta com o apoio da Uneb, do colegiado do curso de engenharia agronômica do Campus IX, da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Barreiras (Aeab), Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e Fundeagro. ■

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CAPA

Patrulha mecanizada recupera estrada

M

elhorar a trafegabilidade nas estradas vicinais, favorecendo o escoamento da safra, e principalmente, o meio ambiente, este é o objetivo do Projeto de Conservação dos Recursos Naturais da Lavoura de Algodão da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), mais conhecido como Patrulha Mecanizada, que já recuperou cerca de 500 Km de estradas vicinais na região oeste da Bahia. “Ao fazermos esse trabalho evitamos a criação de buracos, atoladouros e erosão facilitando o escoamento de nossa produção, e o fornecimento dos insumos para as fazendas. O benefício imediato é o barateamento do transporte de insumos e produção, diminuição de manutenção de veículos e satisfação dos usuários”, ressalta

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“Ao fazermos esse trabalho evitamos a criação de buracos, atoladouros e erosão facilitando o escoamento de nossa produção, e o fornecimento dos insumos para as fazendas.” Celestino Zanella

o presidente da Abapa, Celestino Zanella. A iniciativa é viabilizada através de uma parceria entre a Abapa, prefeituras e produtores rurais da região. No início de outubro, através de parceria com a Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães e produtores da linha, a Abapa finalizou a recuperação da Estrada Trans Bela Vista. Ao todo foram recuperados mais 56 km da estrada, localizada na rodovia BA 461, em Luís Eduardo Magalhães. “Com a recuperação dessas estradas, tanto a população que trafega na Trans Bela Vista, quanto os produtores que a utilizam para escoar sua safra foram beneficiados com mais segurança e trafegabilidade”, ressaltou o prefeito do município, Humberto Santa Cruz. O produtor e presidente da As-

sociação dos Produtores da Bela Vista, Douglas Radoll, destacou os benefícios do projeto para os produtores. “O Patrulha Mecanizada, é um grande projeto que atende diretamente as nossas necessidades dos produtores. Um dos principais problemas enfrentados é a logística precária para a entrada de insumos e escoamento da produção. Estradas bem conservadas, além de preservar o meio ambiente, reduzem diretamente o valor do custo dos fretes, minimizando mais um gargalo no processo de produção”, disse Radoll. Criado em 2013, o projeto já recuperou estradas no município de Barreiras, São Desidério, Formosa do Rio Preto e Luís Eduardo Magalhães. “A gente acompanha esse projeto desde o início, e temos percebido que o Patrulha Mecani-


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ESTRADAS RECUPERADAS

43km 33km 58km 78km 165km 45km zada é um dos projetos que melhor se encaminhou. O benefício que ele traz para o produtor rural, nas estradas vicinais, é de extrema importância. O produtor sem logística, não consegue escoar a produção e não consegue fazer a logística dos insumos. Se esse trabalho fosse terceirizado, não sairia com a mesma qualidade e o custo seria bem mais alto”, afirmou o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras e produtor, Moisés Schmidt.

56km 46km

Rio de Pedras Barreiras

Rodovia da Soja São Desidério

Estrada do Café Barreiras

Estrada da Estrondo Formosa do Rio Preto

Estrada dos Pivôs São Desidério

Estrada Alto Horizonte Luís Eduardo Magalhães

Estrada Trans Bela Vista Luís Eduardo Magalhães

Estrada em Placas Barreiras

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CAPA ESTRADA EM PLACAS - Atualmente, a Abapa trabalha na recuperação da Estrada em Placas, localizada no município de Barreiras. São 43 km, que beneficiarão cerca de

20 empreendimentos agrícolas e aproximadamente 27.500 hectares de áreas cultivadas por algodão, soja, feijão e milho. Para o prefeito de Barreiras,

Antonio Henrique, o investimento nas estradas do cerrado baiano fortalece a agricultura na região. “Essa parceria da Prefeitura de Barreiras com a Abapa e os produtores rurais é fundamental para fortalecer o setor produtivo no cerrado baiano, e principalmente melhorar o escoamento da produção em nosso território. Estamos empenhados nesse projeto e apesar das dificuldades queremos fortalecer esta parce-

ria ainda mais”, disse o prefeito. O produtor David Schmidt, cita os benefícios da iniciativa para todos os envolvidos na parceria. “Essa parceria traz para o produtor, redução de custos, aumento de eficiência e possibilidades para trabalharmos com mais efetividade e organização. Para o município traz muitas vantagens uma vez que a prefeitura entra com uma pequena colaboração e consegue resolver um

“Essa parceria traz para o produtor, redução de custos, aumento de eficiência e possibilidades para trabalharmos com mais efetividade e organização. Para o município traz muitas vantagens uma vez que a prefeitura entra com uma pequena colaboração e consegue resolver um gargalo logístico microrregional” David Schmidt

Os produtores, David e Moisés Schmidt visitam obra com representantes da Abapa Estrada Trans Bela Vista

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CAPA gargalo logístico microrregional”, disse David, que também enfatizou sobre os benefícios ao meio ambiente. “Estradas recuperadas facilitam o controle dos afluentes da chuva, trazendo maior preservação ao meio ambiente”, destacou. PATRULHA MECANIZADA – A ação melhora o escoamento da produção e promove a preservação do meio ambiente, pois através das intervenções ocorre maior

controle da erosão do solo, por meio da infiltração das águas pluviais no lençol freático, contribuindo para a diminuição na sua perda ao longo do tempo. Com a finalização da Estrada em Placas, serão 524 Km recuperados, e cerca de 3700 bacias de captação de água pluvial, 3600 desvios laterais de água e 300 terraços construídos, o que garante o escoamento adequado da água e demais práticas conservacionistas. “O

solo do cerrado geralmente é formado por um percentual altíssimo de silte argiloso, de fácil desagregação e difícil compactação, utilizamos técnicas modernas de terraplanagem para obtermos um resultado que atenda imediatamente ao produtor”, explica o coordenador do projeto, David Tavares, que também ressalta sobre o objetivo principal da iniciativa. “Além de facilitar a mobilidade dos produtos que entram e saem

das fazendas, o projeto tem uma grande preocupação com a conservação dos recursos naturais e preservação do meio ambiente. O Patrulha Mecanizada da Abapa conta com uma equipe de 18 profissionais apta a realizar qualquer trabalho de terraplanagem”, disse David. O Patrulha Mecanizada conta com os recursos provenientes do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e do Fundeagro. ■

Estrada em Placas

COM A CONCLUSÃO DA ESTRADA EM PLACAS: Serão 524 Km recuperados Cerca de 3700 bacias de captação de água pluvial 3600 desvios laterais de água 300 terraços construídos www.abapa.com.br


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CENTRO DE TREINAMENTO

Aula Inaugural marca início do Curso Técnico em Agropecuária

Primeira turma do Curso Técnico de Agropecuária

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o dia 02 de outubro, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães e Agrosul – John Deere, realizaram a aula inaugural do Curso Técnico em Agropecuária, no Centro de Treinamento Parceiros da Tecnologia, em Luís Eduardo Magalhães. O presidente da Abapa, Celestino Zanella, agradeceu as parcerias e ressaltou aos alunos, a importância da busca pelo conhecimento. “O Curso Técnico em Agropecuária, é uma iniciativa das três entidades, que se empenharam para torná-lo realidade na vida de vocês. A Abapa está pronta para agregar e colaborar para esta formação, mostrar o que temos nas fazendas, nas revendas, trazendo agrônomos, técnicos para compartilhar o ‘algo mais’ que temos e que fará toda diferença nessa formação. O ‘algo mais’, voltado para maquinário, tecnologia aplicada, sementes, armazenagem, é essa parte que nos interessa sobremaneira”, destacou o Zanella. O curso é gratuito com duração de dois anos e será ministrado no sistema de Educação à Distância. “Ao final do curso, os alunos deverão ser capazes de desempenhar atividades de implantação, execução, monitoramento e avaliação das diversas atividades do setor agropecuário, bem como assessorar profissionais de nível superior no mercado de trabalho, no qual a qualificação

deve estar sintonizada com a realidade local e regional do agronegócio, das tecnologias adequadas e com as demandas geradas pelo setor produtivo”, destacou o representante da UFV e coordenador do curso, Hebert Lehner. As aulas presenciais, acontecerão no Centro de Treinamento Parceiros da Tecnologia, projeto da Abapa, em parceria com a Agrosul – John Deere, que ficará responsável pela estrutura física e supervisão do programa, com objetivo de promover a devida capacitação dos alunos por meio de treinamentos específicos, que serão realizados ao longo do curso.

PARCERIAS - Durante a cerimônia, a

gerente de Solução Integrada Agrosul, Bruna Lermer Oliveira, ressaltou a parceria da Agrosul com a Abapa, através do Centro de Treinamento Parceiros da Tecnologia. “O oeste da Bahia tem a mais alta tecnologia disponível para se trabalhar nas fazendas, tanto no maquinário, quanto nas sementes, insumos, e demais produtos. Porém, conhecemos a nossa deficiência em mão de obra e conhecimento. Foi então, que junto com a Abapa, tivemos a ideia de disponibilizar conhecimento, e hoje, o Centro de Treinamento Parceiros da Tecnologia, é uma realidade com capacidade de formação de mais de 500 pessoas por ano, com instrutores exclusivos formados na John Deere”, disse Bruna.

Para o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, o curso Técnico em Agropecuária, chega para somar e fazer a diferença na educação do município. “Com essa parceria, estamos mostrando cada vez mais que temos que fazer da educação a nossa prioridade. Tirem o maior proveito desse curso, é uma realidade nova que se complementa com a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), e todas as nossas ações na área de educação”, ressaltou Humberto. CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA À DISTÂNCIA – Segundo Hebert Lehner, as disciplinas oferecidas para o curso incluem, entre outros conceitos, noções elementares de biologia e agricultura, estudos dos solos, técnicas de administração de agronegócios e criação de animais. “As atividades do curso serão distribuídas em aulas práticas e teóricas. O curso é dividido em quatro módulos semestrais. Ao final, é obrigatória a realização do estágio supervisionado com carga horária de 150 horas”, disse Hebert. Além dos alunos do curso, partici-

param da cerimônia, o presidente da Abapa, Celestino Zanella; o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz; o secretário de Agricultura de Luís Eduardo Magalhães, Carlos Koch; a secretária de Educação de Luís Eduardo Magalhães, Marli Cenci; o diretor da Secretaria de Industria e Comércio de Luís Eduardo Magalhães, Carlinhos Pierozan; a gerente de Solução Integrada Agrosul, Bruna Lermer Oliveira; o diretor da Agrosul, Rogério Rodrigues; o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Luís Eduardo Magalhães (ACELEM), Marcelo Piccolo; o gerente do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Antonyony Santana; o representante da UFV, Hebert Lehner; a representante da UFV, Paula Fernandes; o superintendente do Instituto Aiba, Helmuth Kiechofer; o diretor executivo do Sindicato dos Produtores de Barreiras, Sanny Aaron; e demais colaboradores da Abapa e convidados. Na ocasião, a UFV e Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, também realizaram a aula inaugural do curso Técnico de Hospedagem. ■

CALENDÁRIO CENTRO DE TREINAMENTO PARCEIROS DA TECNOLOGIA - NOVEMBRO/2015 CURSO

DATA

LOCAL

Trator/Plantadeira John Deere

11 a 13/11

Centro de Treinamento - LEM

A.M.S Básico

25 a 27/11

Centro de Treinamento - LEM

*Calendário sujeito a alteração

www.abapa.com.br Entrevista para o Estadão

Participação no Fórum do Canal Rural, transmi-


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CENTRO DE TREINAMENTO

Prevenção e combate a incêndio é tema de treinamento da Abapa

A iniciativa aconteceu no Centro de Treinamento, em Luís Eduardo Magalhães

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om foco na disseminação de novos recursos que se encontram disponíveis no mercado para situações de combate a incêndio e salvamento, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), através do Centro de Treinamento Parceiros da Tecnologia, realizou o Curso de Prevenção e Combate a Incêndio em Algodoeiras e Silos, no dia 14 de outubro. Segundo o coordenador do Centro de Treinamento, Douglas Fernandes, foi identificada a necessidade de levar para o campo novas tecnologias na área de combate e preven-

ção de incêndio. “Essa ação é muito importante, uma vez que existem riscos reais para os profissionais que atuam nesses setores, no campo, além do elevado investimento que é aplicado. Acreditamos que com treinamento e capacitação é possível obter um trabalho cada vez mais seguro, nas unidades produtivas”, ressaltou o coordenador. A iniciativa contou com a parceria das empresas Firesolutions e Dysomed. “Vimos uma carência muito grande da região, sendo que já existe no mercado vários equipamentos que podem ajudar resolver essas

situações de incêndio. Foi visando essas necessidades que estamos trazendo esse treinamento, em parceria com a Abapa, com algumas técnicas para otimizar e prevenir os incêndios, pois a prevenção é mais importante e mais em conta”, disse o sócio e instrutor da Firesolutions, Rafael da Hora. O instrutor, Luís Claudio de Moraes, também ressaltou sobre a prevenção. “Acredito que o melhor trabalho é o da prevenção, que é um trabalho de formiguinha, aos poucos, com investimentos e capacitação. Quanto mais você investir na área de combate e primeiros socorros, mais incêndios você vai evitar. Para isso, é necessário fazer alguns investimentos, que sairão mais baratos que perder uma plantação completamente, disse o instrutor.

O curso teve uma carga horária de 8h, divididas em aulas práticas e teóricas, e contou com a participação de 56 profissionais, que tiveram oportunidade de ouvir sobre combate a incêndios florestais e prediais, primeiros socorros, resgate e salvamento. “Esse curso veio para aperfeiçoar ainda mais o nosso contingente. É muito bom saber que existem novas soluções para o processo de prevenção, combate ao incêndio e resgate de vítima”, disse o coordenador de RH da Fazenda Agronol, Ednaldo Ribeiro, que também é o coordenador da Brigada de Incêndio da fazenda. O Centro de Treinamento conta com recursos provenientes do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). ■

Abapa recebe visita da delegação do Instituto do Algodão de Moçambique No dia 29 de setembro, o Centro de Treinamento Parceiros da Tecnologia recebeu a visita da delegação moçambicana, visando buscar contribuições na implantação e estruturação de Projetos direcionados à formação de mão de obra qualificada para o país. Aos visitantes foi apresentado toda estrutura do CT, onde puderam conhecer de perto a realidade e os equipamentos que são necessários para a realização de programas direcionados à capacitação profissional. No final da visita, todos foram convidados a participarem de uma sessão de perguntas e respostas com o coordenador do Centro de Treinamento, Douglas Fernandes. A vinda da delegação de Moçambique para o Brasil tem como objetivos desenvolver competências no uso de sistemas sustentáveis da produção do algodão, gestão, acompanhamento, avaliação técnica e econômica da cadeia produtiva do algodão, além da estruturação de um centro de treinamento na Província de Tete em Moçambique.

Treinamento para Operação de Motosserra A Abapa, por meio do Centro de Treinamento Parceiros da Tecnologia, realizou no período de 05 a 07 de outubro, o primeiro treinamento para operadores de motosserras, na Fazenda Panorama. “A ação teve como objetivo proporcionar a operação segura e eficiente desses equipamentos, que por vezes, são necessários nas fazendas”, informou o coordenador do Centro de Treinamento, Douglas Fernandes. O treinamento teve carga horária de 24 horas e contou com a presença do Instrutor do SENAR, Jones Emanuel Santos Junior. Nessa ação dez trabalhadores foram treinados. Estes programas contam com a Parceria do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras (SPRB).

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MEIO AMBIENTE

Bahia ganha cartilha sobre regularização ambiental de propriedades rurais

Presidente da Abapa, Celestino Zanella

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om o objetivo de orientar o agricultor sobre o cumprimento das legislações ambientais, no dia 26 de outubro, foi lançada a Cartilha sobre Regularização Ambiental de Propriedade Rural na Bahia. A publicação, é uma ação do Centro de Apoio e Regularização Ambiental, criado pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). “Essa cartilha é mais um instrumento para que possamos difundir as boas práticas de sustentabilidade nas associações, nas universidades, entre os produtores, entres os colaboradores, que ela esteja em cada fazenda e seja seguida por todos os envolvidos no processo”, disse o presidente da Abapa, Celestino Zanella. A cartilha esclarece, principalmente, a necessidade de cumprimento da Lei Florestal Federal n° 12.651/2014 e o Decreto Florestal do Estado da Bahia n° 15.180/2014. “Nós fizemos uma síntese da evolução histórica da legislação da Bahia, no que se refere a regularização ambiental; fizemos também um resumo de todas as perguntas mais frequentes que se referem ao PRA, o que é e qual a importância de se fazer a adesão ao Cefir. Falamos ainda, sobre reserva legal, APP e encerramos com um glossá-

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rio com termos específicos da área ambiental”, disse Alessandra Chaves, diretora de Meio Ambiente da Aiba, responsável pela criação da cartilha. O analista Ambiental do Inema, Rodrigo Martins, falou sobre o Cadastro Ambiental Florestal de Imóveis Rurais (Cefir). Segundo ele, o cadastro foi criado para receber, gerenciar e integrar os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) de todas as unidades federativas, para que o órgão regulador possa fazer gestão, controle e monitoramento ambiental muito melhor de seu território. “O Cefir, apesar de obrigatório, é um cadastro gratuito e que precisa ser feito até 5 de maio de 2016. O processo é todo on line, o que facilita o acesso e a gestão de conteúdo”, explicou Rodrigo. A Cartilha é gratuita e será distribuída entre os associados da Aiba e Abapa. CENTRO DE APOIO E REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL – O Centro de Apoio e Regularização Ambiental das Propriedades Produtoras de Algodão e Culturas Acessórias do Oeste visa orientar o produtor rural a manter a regularidade de suas propriedades e, consequentemente, das atividades agrícolas. Além dos serviços de orientação, acompanhamento de procedimentos e normas sobre

regularização ambiental da propriedade e o cumprimento da legislação, o Centro presta assessoria para a adesão e atualização de dados junto ao Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir), realiza a conversão de arquivos de mapa do formato DWG para Shapefile (shp), para inscrição no Cefir, e acompanha a adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA). “O Centro de Apoio e Regularização Ambiental, possibilita que todos os associados da Abapa, tenham informações com o máximo de presteza, tendo a orientação adequada. Assim, o produtor pode

sanar quaisquer dúvidas sobre áreas de preservação permanente, reservas legais, aproveitamento de material lenhoso, supressão vegetal, ficará por dentro dos prazos e das pessoas, prefeituras, estado, responsáveis por cada ato ambiental”, disse o presidente da Abapa, Celestino Zanella. O projeto conta com recursos provenientes do Instituto Brasileiro do Algodão (Iba), e está localizando na sede da Aiba/Abapa, em Barreiras, e funciona das 8 às 12h e das 14 às 18h. Tel.: (77) 3613 – 8000/8027 e E-mail: meioambiente@aiba.org.br. ■ Com informaçõs Ascom Aiba


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RELATÓRIOS - ADMINISTRATIVOS

RELATÓRIO DE MOVIMENTO FINANCEIRO – ADMINISTRATIVO E LABORATÓRIO Administrativo Despesas (Janeiro a Setembro)

Laboratório Despesas (Janeiro a Setembro)

Laboratório Receitas (Janeiro a Setembro)

**OBS.: HAVERÁ RESSARCIMENTO DOS PROJETOS NO MÊS DE OUTUBRO

Administrativo Receitas (Janeiro a Setembro)

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AGORA É GUERRA

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Abapa debate estratégias para combate do bicudo-do-algodeiro

A reunião aconteceu no auditório da Abapa, em Barreiras

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ara debater novas estratégias de combate ao bicudo-do-algodoeiro e reformulação do Programa Fitossanitário, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Embrapa, Fundação Bahia, Adab, Aiba, pesquisadores, produtores, consultores, e gerentes de fazenda, se reuniram no dia 15 de outubro, em Barreiras. A reunião foi conduzida pelo presidente da Abapa, Celestino Zanella. “Devemos desenvolver a conscientização dos produtores, para fazermos o controle com comprometimento e seriedade, visando a eficácia na diminuição de custos e aumento de produção”, ressaltou, Zanella. Os diretores da Abapa, Celito Missio e Celito Breda, fizeram uma apresentação sobre o problema do bicudo-do-algodoeiro, citando a atuação do Programa Fitossanitário da Bahia. “É inegável que todos sabem o que tem que fazer, são 15 anos insistindo e alertando os produtores sobre os procedimentos. Porém, muitos não se convenceram sobre a consequência de suas ações ou omissões. Nenhuma prática vai ser eficiente, se nós continuarmos permitindo plantas de algodão, fora da lavoura de algodão”, enfatizou Celito Missio se referindo à importância da destruição de soqueiras e tigueras. Sobre os gargalos enfrentados pelo Programa, Celito Breda ressaltou os pontos a serem trabalhados, destacando também, a conscientização dos produtores para a eliminação de plantas volun-

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tárias (soqueiras e tigueras). “Essa estratégia é emergencial, e precisa de uma força-tarefa para ser realizada”, disse. As demandas na área de pesquisa, levantadas em reunião com Abapa, Aiba, Fundação Bahia e Embrapa, em reunião no dia 07 de outubro, foram apresentadas pelo pesquisador da Embrapa, Dr. José Ednilson Miranda. “Durante essa reunião, essas demandas foram identificadas e dentro desse debate temos algumas medidas que devem auxiliar nessa questão”, disse o pesquisador. As demandas levantadas foram: Estudar a eficiência agronômica de inseticidas já existentes no mercado, para o controle de bicudo, Intensificar os estudos já em andamento sobre o controle biológico do bicudo-do-algodoeiro, utilizando fungos para o controle dos adultos e parasitoide para o controle de larvas; Intensificar os estudos, já em andamento, com os semioquímicos do algodoeiro; Estudar sobre métodos eficientes para o controle de tiguera; Buscar soluções para otimizar a destruição química (alternativas químicas) e mecânica do algodoeiro e soqueiras; Compreender a dinâmica populacional e ecologia de paisagem para o bicudo, biologia comportamental da praga, entender os padrões de dispersão bicudo do algodoeiro na paisagem agrícola; Estudar o algodoeiro transgênico para bicudo do algodoeiro; Validar aplicação (terceirizada ou

não), de inseticidas na bordadura em talhões com algodoeiro com equipamento específico adaptado a essa operação; Estudar a influência do tamanho da planta de tiguera no potencial reprodutivo do bicudo. O pesquisador da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Dr. Paulo Degrande, chamou a atenção para as etapas de controle do bicudo discutidas recentemente, no Workshop do Bicudo, realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). “Os produtores não podem esquecer, nesse início de safra, que temos uma bomba armada, com pavio acesso, na lavoura. O bi-

cudo está lá, as ações precisam ser colocadas em prática, com urgência, para baixar essa população”, disse o pesquisador, enfatizando os planos de supressão regionais, como uma saída para o futuro. “O melhor caminho passa por uma adesão de controle coletivo regional, obedecendo protocolos que visem reduzir a praga. Existem várias formas de estabelecer isso, e no meu ponto de vista, é possível fazer uma união de microrregiões, com pelo menos quatro forças, de um sistema que forneça inseticidas suficientes, de uma empresa ou grupo de empresas, pilotos ou tratoristas, que façam a aplicação seguindo os protocolos, de uma rede de armadilhamentos que forneça informação das áreas que precisam de tratamento, e de um sistema cooperativo que una essas forças, interligando nesses núcleos regionais. Essa é a evolução para os próximos anos, o trabalho cooperativo regional, em que nós possamos unir esforços e controlar simultaneamente o bicudo em todas as áreas, tudo dentro de uma rede com protocolos de monitoramento, aplicação, produto, checagem, e o compromisso de que o serviço será bem prestado”, disse o pesquisador. (Veja abaixo a série de conclusões firmadas em um Protocolo). O programa conta com a parceria da Adab, Fundeagro, Embrapa e Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). ■

PROTOCOLO – WORKSHOP DO BICUDO / ABRAPA 1.

Reduzir população no final de safra

2.

Colheita rápida e bem feita

3.

Eliminar soqueira, rebrota, tigueras e plantas voluntárias

4.

Cumprir o Vazio Sanitário –sem prorrogações

5.

Fiscalização

6.

Mapeamento com armadilhas (GIS/ GPS)

7.

Calendário de semeadura (Safra / Safrinha)

8.

Tratamentos de bordaduras

9.

Aplicações em B1

10. Priorizar micro gotas oleosas (UBV/

BVO) em ótimas condições meteorológicas e de gestão de riscos 11. Monitoramento: reboleiras, % de botões atacados 12. Grupos Técnicos de Trabalho -regionais 13. Encurtar ciclo 14. Evitar “algodão-milho” 15. Medidas complementares: tratamento de soqueiras, combate em soja/ milho, catação de botões, soqueira -isca, atrai-e-mata, etc. 16. Treinamentos contínuos (produtores, técnicos, operacional e monitores)


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