MEIO AMBIENTE
NOVEMBRO | 2020 | Nº 299 w w w. a i b a . o r g . b r OUTUBRO | 2020 . ANO 28 . Nº 298
ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES E IRRIGANTES DA BAHIA & ASSOCIAÇÃO BAIANA DOS PRODUTORES DE ALGODÃO
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plantio de soja Avança o
no Oeste da Bahia Chapa única foi aprovada por unanimidade entre os associados votantes
INSTITUCIONAL
Abapa elege nova diretoria para o biênio 2021/22
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SUSTENTABILIDADE
SAFRA
Programa Soja Plus chega a 250 empreendimentos na região oeste da Bahia
Produtores vivem expectativa para nova safra de algodão
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NOTAS
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Outubro Rosa Para marcar o encerramento da campanha Outubro Rosa, que alerta sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama, as colaboradoras da Aiba e da Abapa participaram de uma série de atividades voltadas para o bem-estar da mulher. Pela manhã foram realizadas massagens e ventosaterapia. No período da tarde, a biomédica Deborah Rotilli ministrou a palestra “Saúde e Mulher”, para estimular a realização do autoexame, como forma de detectar possíveis indícios do câncer de mama e antecipar o tratamento. O evento contou com a organização das instituições representativas do setor agrícola, com apoio do Fundeagro.
Conhecendo o Agro O Programa Educacional Conhecendo o Agro da Abapa finalizou neste mês de novembro o planejamento pedagógico que abrangeu a entrega de cartilha educativa sobre o setor agrícola para o uso em atividades junto aos estudantes da rede municipal de ensino. Durante dois meses, foram
CBA
Convênio 100
A comissão organizadora do 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), que será realizado entre os dias 17 e 19 de agosto, em Salvador, quer saber quais temas devem constar na programação da grade científica. A consulta aos membros do setor do algodão é considerada como fundamental pela organização para que o CBA continue atendendo os anseios e necessidades dos congressistas. Produtores, pesquisadores, consultores e empresas ligadas ao setor do algodão podem contribuir, acessando e respondendo ao questionário diretamente nos sites www.congressodoalgodao.com.br e www.abapa.com.br.
realizados 37 encontros, que contou com a participação de 470 professores e gestores das unidades escolares de nove municípios do Oeste da Bahia. O programa educacional da Abapa também promoveu a campanha “Sou de Algodão”, de incentivo no uso da fibra no vestuário, com a distribuição de camisetas para os professores e gestores participantes.
Transferência de tecnologia O programa de transferência de tecnologia para agricultura familiar em pequena escala, que vem sendo desenvolvido desde 2018 pela Aiba, continua gerando resultados positivos para a região e, apesar das restrições da pandemia do novo coronavírus. A programação dedicada à capacitação dos produtores tem como principal objetivo o aumento da produção, sem a ampliação da área cultivada, o que minimiza os impactos ambientais. O conteúdo, ministrado entre os dias 02 e 04 de dezembro, contempla informações sobre plantio, manejo fitossanitário, tratos culturais, e a produtividade das variedades de milho a serem adotadas pelos pro-
Os cotonicultores receberam com “alívio” a prorrogação do Convênio 100, que traz o desconto de 60% sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos insumos agropecuários. Apesar do prazo menor que o esperado – 31 de março de 2021, ante a proposta do agro de que o desconto fosse mantido até 30 de dezembro de 2022 –, a definição do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) ajuda a garantir a competitividade do setor no mercado internacional. “Não temos subsídios no Brasil, e o os custos para se fazer agricultura nos trópicos são muito altos. No caso do algodão, mais de 60% deles são atrelados ao dólar. Sem o Convênio 100, assim como o Convênio ICMS 52/91, é praticamente impossível produzir, quanto mais, competir”, afirma Júlio Busato, presidente da Abapa, que representa os cotonicultores na Câmara de Insumos Agropecuários do Ministério da Agricultura.
NOTAS
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ANIVERSARIANTES dutores durante a safra. Para a realização do programa foram estabelecidas parcerias com empresas como a Corteva e a Pioneer Sementes. O curso adota todas as medidas para evitar a disseminação da Covid-19.
Classificação de grão O avanço da pandemia fez com que os profissionais e interessados pelo agronegócio entendessem a necessidade de continuar o processo de capacitação, como forma de ter acesso a novas oportunidades capazes de transpor as restrições econômicas geradas pela crise atual. Esse entendimento contribuiu para o aumento significativo da procura pelo curso de Classificação de Grãos, realizado pela equipe do Soja Plus, no Centro de Treinamento da Abapa, em Luís Eduardo Magalhães, entre os dias 24 e 26 de novembro deste ano. Com as vagas preenchidas, a equipe ensinou aos inscritos os procedimentos que vão desde o recebimento das amostras, até a realização das análises e a emissão dos laudos que atestam a qualidade do grão.
Fotos do curso realizado em 2019
EXPEDIENTE PUBLICAÇÃO MENSAL DA ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES E IRRIGANTES DA BAHIA (AIBA) E DA ASSOCIAÇÃO BAIANA DOS PRODUTORES DE ALGODÃO (ABAPA) Comentários sobre o conteúdo desta publicação, sugestões e críticas, devem ser encaminhados para o e-mail: imprensa@aiba.org.br. A reprodução parcial ou total do conteúdo desta publicação é permitida desde que citada a fonte. REDAÇÃO Catiane Magalhães Zé Filho Araticum Comunicação EDIÇÃO Catiane Magalhães - DRT-BA: 2845 APROVAÇÃO FINAL: Rosi Cerrato Lidervan Mota Morais PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO Marca Studio - 77 3611.1745 FOTOS Ascom Abapa Marca Stúdio Criativo Banco de Imagens Ascom Aiba IMPRESSÃO Gráfica Irmãos Ribeiro TIRAGEM 1.000 exemplares
NOVO SÓCIO
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EDUARDO ANTONIO MANJABOSCO
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PAULO CEZAR KRAUSPENHAR RENATE TUMELERO BUSATO AURI FRANCISCO NEVES BRUM FRANCISCO XAVIER BURG JOAO ANTONIO GORGEN ODACIL RANZI ROQUE AFONSO STRIEDER MEIRI TAKAHASHI UEMURA TEOFILO BOIKO EDIVAN ANTONIO ZAVARISI DOUGLAS KUREK FABRICIO BERNARDI ANTONIO GRESPAN MILTON AKIO IDE JOAO VITOR DENARDIN SILVIA MANO SHIMOHIRA KIOSHI HOSHINO MARIA FRANCISQUINI MANFRON MATHEUS PUPPO KLIEMANN MOISES ALMEIDA SCHMIDT NILO DELLA SENTA WILLIAN SEIJI MIZOTE ANDRE GUSTAVO PEDROSA DE CARVALHO ALEX ANDER M. C. DE ALCKMIN CLACI GORETE MALACARNE KUHN LEONILDO INACIO MARCHALL HENDGES CASSIANO ANTONIO CAUS CRISTIANO PAULS FLAVIO SILVA VIEIRA GONÇALVES MARCIA FRANCIOSI CERVIERI BUSATO SEVERINO GIARETTON ELIA MACHADO HOLNIK ANILDO ERNO WINTER CARLOS WINTER ALEXANDRE SIMAO SCHWINGEL ANTONIO MARTINS MARINGONI APARECIDO JAIME NEGRI CLOVIS CEOLIN GILBERTO LEANDRO MAGERL OSVALDO HANISCH PAULO ROBERTO MAGERL ALBERTO QUESINSKI DOUGLAS ORTH MESSALA LEMOS SILVANA TRUFFA DE C. BERLATTO LUIZ FELIPE DA F. PARANHOS FERREIRA LUIZ CARLOS WAMMES GUIOMAR DE SOUZA KLEBER SOSNOSKI ANIVIO ARMANDO TIMM SELMO JOSE CERRATO ELTON WALKER ILTON WALKER TALITA RATHKE ZANINI
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Abapa elege nova diretoria para o biênio 2021/22
beneficiando cada vez mais os associados e a sociedade”, reforça Busato. Durante a assembleia, o próximo presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, classificou como fundamentais os projetos desenvolvidos atualmente pela Abapa, que são resultados da organização, seriedade e ética do trabalho das diretorias que passaram pela entidade. “Sabemos que os nossos recursos são limitados. Com muitos projetos para conduzir, a exemplo das estradas, que contribuem diretamente com o escoamento da safra dos produtores. Por isso a importância de manter todos os relacionamentos e parcerias já firmados, incluindo com o poder público, afim de que tenhamos recursos para projetos desenvolvidos em prol dos agricultores, setor agrícola e sociedade. Este é um trabalho de todos e devemos andar juntos”. Ele reforçou, na oportunidade, junto aos colaboradores da equipe técnica e associados da entidade, a importância do apoio na condução da entidade.
Diretoria eleita Abapa Biênio 2021/22
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Abapa elegeu, no final de outubro, no dia 26, a nova diretoria para o biênio 2021/22. Em chapa única, de consenso entre os produtores associados, Luiz Carlos Bergamaschi, atual vice da entidade, foi escolhido como o novo presidente, substituindo Júlio Cézar Busato, que liderou a entidade nos últimos quatro anos, e que assumirá, no próximo ano, a presidência da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em Brasília (DF). A Assembleia foi realizada nas instalações do Centro de Treinamento da Abapa, em Luís Eduardo Magalhães. Durante o evento, os coordenadores dos programas institucionais – Fitossanitário, Centro de Treinamento, Centro de Análise de Fibras, Patrulha Mecanizada, Algodão Brasileiro Responsável (ABR)/Sustentabilidade e Marketing Institucional – apresentaram aos associados os resultados das ações e das ati-
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vidades ao longo deste ano. Destaque para o investimento de R$ 1,5 milhão em ações de enfrentamento à pandemia do coronavírus; incremento da produtividade média com a redução das pragas como o bicudo do campo; e a pavimentação de estradas pelos produtores, a exemplo da Rodovia da Soja, Rodovia Rio Grande e mais recentemente, de trecho da Linha Timbaúba. Ao desejar sucesso à nova diretoria eleita, Júlio Busato reforçou a importância da união dos produtores, de onde vem a força para o desenvolvimento dos projetos que vem contribuindo com o desenvolvimento do setor agrícola da Bahia. “Tenho muito orgulho dos membros da nossa diretoria que estiveram presentes em todas as reuniões. Tudo nós decidimos juntos, amparados pelas ações daqueles que nos antecederam em gestões anteriores, e que fizeram o alicerce para que pudéssemos alcançar todos os resultados
Membros do Conselho Diretor Presidente: Luiz Carlos Bergamaschi 1ª Vice-presidente: Alessandra Zanotto 2º Vice-presidente: Paulo Almeida Schmidt 1ª Secretária: Patrícia Kyoko P. Morinaga 2º Secretário: Paulo Massayoshi Mizote 1º Tesoureiro: Vitor Yuki Dourado Horita
INSTITUCIONAL
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Estado e setor agrícola aprofundam diálogo sobre temas ambientais
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m visita oficial ao Oeste da Bahia, o secretário estadual de Meio Ambiente, João Carlos Oliveira, se reuniu, no início do mês, com as diretorias da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa). O objetivo do encontro é promover um intercâmbio de informações sobre as ações e projetos que têm a participação conjunta do setor agrícola, órgãos ambientais e o Governo do Estado da Bahia. “Além do alto investimento em tecnologia, que visa aumentar a produção sem que haja esse mesmo aumento de supressão de vegetação nativa, a região também avançou muito no estudo do potencial hídrico e na implantação do monitoramento. O que vemos no oeste baiano é um modelo que serve de exemplo para outras regiões do mundo”, elogiou o secretário, que considerou a visita importante devido ao progresso nos temas de interesse comum. Um dos pontos destacados no encontro foi a participação do professor e pesquisador Everardo Mantovani, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), por videoconferência. Ele fez uma síntese sobre o Estudo do Potencial Hídrico do Oeste da Bahia, pesquisa promovida pela Aiba, com apoio da Abapa, universidades federais, Universidade de Nebraska (EUA) e órgãos estaduais. “Esse estudo é tão diferen-
ciado que está concorrendo ao Prêmio ANA, iniciativa que reconhece os projetos que se destacaram pela contribuição para a segurança hídrica do Brasil”, resumiu o pesquisador, após apresentar os dados da investigação. A equipe da Aiba apresentou, também, o status regional do Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir), que é um instrumento em que os produtores informam quais são as áreas consolidadas na produção agropecuária, áreas de preservação e reserva legal. “Temos, na região, 9 milhões de hectares de cerrado. Destes, 3,1 milhões são abertos, com 2,6 milhões dedicados à produ-
2º Tesoureiro: Douglas Orth Membros do Conselho Fiscal 1º Titular: João Carlos Jacobsen R. Filho 2º Titular: Miguel da Cunha G. Prado 3º Titular: Augusto José Montani 1º Suplente: Celito Eduardo Breda 2º Suplente: Josué Grah 3ª Suplente: Suzane Mari Piana
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ção agrícola. Então, ainda temos um grande remanescente de áreas preservadas”, informou Alessandra Chaves, diretora de Meio Ambiente e Irrigação da Aiba. O secretário chamou a atenção para o problema das queimadas. Ele revelou que tem buscado formas de aparelhar as patrulhas mecanizadas dos consórcios públicos, integrados pelas prefeituras, para dar mais condições para o combate aos incêndios florestais, que ocorrem com intensidade em todas as regiões da Bahia. “O agronegócio da região oeste tem trabalhado com tecnologia de ponta, que é o único meio que tem respostas concretas sobre a situação dos nossos mananciais hídricos, com informações que possam contribuir para o combate ao fogo e com a manutenção e conservação das nossas áreas de florestas. Isso surpreende a todos que vem conhecer a nossa forma de trabalhar”, afirmou o presidente eleito da Aiba, Odacil Ranzi, que coordenou a reunião. Celestino Zanella, atual presidente da Aiba, que deixa o cargo em 31 de dezembro, foi homenageado por João Carlos Oliveira, pelo legado construído durante os trabalhos realizados à frente da entidade.
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INSTITUCIONAL
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Presidente do BNB tem encontro com produtores rurais do oeste baiano
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rodutores rurais e lideranças empresariais do oeste baiano receberam, no dia 6 de outubro, em Barreiras, o presidente do Banco do Nordeste, Romildo Rolim, e os gerentes da instituição financeira, lotados em agência da região. Na ocasião, foram apresentadas as principais linhas de crédito do Banco para o segmento e os resultados obtidos nos últimos anos, assim como o orçamento do Plano Safra 2020/2021. Na posição de setembro deste ano, o Banco do Nordeste já investiu R$ 6,28 bilhões no segmento rural, sendo R$ 1,67 bilhão na Bahia. Desse total, R$ 868,8 milhões foram aplicados no Cerrado Baiano, o que representa 52% das aplicações realizadas pelo Banco em todo o Estado. O presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Celestino Zanella, pediu a solução dos principais en-
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traves na relação entre os bancos financiadores do agronegócio e os agricultores. Ele destacou, ainda, a necessidade de fomen-
tar as atividades agropecuárias emergentes da região: fruticultura, pisicicultura e a cadeia produtiva do leite.
O Cerrado baiano é constituído por 53 municípios e, desde a década de 1970, vem passando por um processo acelerado de modernização da agricultura, sediando grandes empreendimentos que geram emWWW.AIBA.ORG.BR . WWW.ABAPA.COM.BR
pregos e transformam a realidade socioeconômica da região. LINHAS DE FINANCIAMENTO Para o agronegócio, o Banco do Nordeste oferece crédito para custeio agrícola e pecuário,
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financiando com as melhores taxas do mercado a implantação de lavouras periódicas, manutenção e colheita de lavouras permanentes e gastos com a exploração pecuária No caso da comercialização, os financiamentos do BNB suprem de recursos o produtor rural, abrangendo financiamento de despesas relativas à fase imediata da colheita da produção própria ou de cooperados, com objetivo de permitir a venda da produção nos melhores mercados. O BNB também dispõe de crédito de longo prazo para investimento em produção e comercialização, compra de máquinas e equipamentos, expansão, modernização ou realocação de empreendimentos. Nessa modalidade, há as opções do FNE Água, FNE Aquipesca, FNE Irrigação, FNE Rural, FNE Sol, FNE Verde, todas operando com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).
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EDUCAÇÃO
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Projeto incentiva alunos de Barreiras a produzirem alimentos saudáveis em casa
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om o objetivo de incentivar a produção de alimentos saudáveis em casa e contribuir para a manutenção do vínculo dos alunos com as unidades educacionais em que estudam, o Programa Horta na Escola visitou a comunidade de Tatu, na zona rural de Barreiras. Na localidade, representantes da Prefeitura e da Aiba, que coordenam as ações do projeto, estiveram na Escola Municipal Miguel Pereira Gomes para a entrega de kits voltados à produção de hortaliças. Os kits contêm vaso, sementes e substrato. Os alunos terão, nos próximos meses, a missão de realizar o plantio, acompanhar e registrar o crescimento da planta e, na fase final, vão desenvolver um trabalho para mostrar a evolução e o aprendizado obtido com a experiência. A diretora Kátia Valéria Borges de Souza destacou a relevância do Horta na Escola para a aproximação do aluno com a unidade de ensino. “Esse projeto é fundamental para
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manter a ligação do aluno com a escola e com a realidade em que ele vive, que é a da produção agrícola. É uma oportunidade para eles trabalharem com conteúdo interessante e praticarem uma atividade que rende frutos”, afirma. A aluna Ávila Caroline prometeu se dedicar para obter um bom resultado. “Vou cuidar bem dessa planta, que ainda vai nascer. Com ela vou cultivar ainda mais o amor que tenho por essa atividade”, finalizou. “Essa é mais uma atividade em que a Aiba aproxima a sociedade civil da agricultura, que é a principal atividade econômica da região oeste. Nos 30 anos da instituição, muitos projetos foram e estão sendo desenvolvidos com o intuito de estreitar cada vez mais esses laços”, disse a diretora de Meio Ambiente e Irrigação da Aiba, Alessandra Chaves. Ela observa, ainda, que o programa prioriza a educação interdisciplinar, integrando as áreas ambiental e agronômica, condições que contribuem cada vez mais para a inclu-
são, trazendo desenvolvimento sustentável mais igualitário para a região. O programa, proposto pela Prefeitura de Barreiras, ganhou forma com as ações que vêm sendo realizadas desde 2018, pelos técnicos da Aiba. Na gestão municipal, Lucy Coelho Lopes e Ingrid Karen fazem o elo com os demais participantes. “Através dessas práticas, os alunos percebem o quanto eles, no papel de produzir alimentos, são importantes para o mundo. Queremos que eles estudem para transformar a produção agrícola, trazendo os conhecimentos e as tecnologias para os locais onde nasceram e sejam vetores de desenvolvimento”, declara Lucy. No início, o programa atendia 2 mil alunos, em quatro escolas da zona urbana de Barreiras. Esse número subiu para 5 mil alunos beneficiados, em 11 escolas, sendo quatro da zona rural e sete da zona urbana. A área total dos canteiros, que era de 400 m², passou, no ano passado, para 1000 m².
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FITOSSANIDADE
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Programa de Sustentabilidade da Abapa inicia certificação nas algodoeiras
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ntes mesmo do início da semeadura do algodão para a safra 2020/2021, os técnicos do Programa Fitossanitário da Abapa já entraram em campo para monitorar o principal inimigo do cotonicultor: o bicudo do algodoeiro. O trabalho começou com o vazio sanitário e o fim da colheita, em meados de setembro, com a instalação das armadilhas nas principais linhas dos 18 núcleos produtores de algodão da Bahia. Foram instaladas 503 armadilhas, sendo 455 no Oeste e 48, no Sudoeste. As leituras consistem em calcular o nível de infestação com a média de Bicudos por Armadilha por Semana (BAS). Na primeira leitura, realizada no dia 25 de setembro, foram capturados 2.483 bicudos em 455 armadilhas instaladas na região Oeste, chegando ao índice BAS de 5,46. Na região Oeste, foram 87 bicudos em 48 armadilhas alcançando um BAS de 1,81. “Este monitoramento antes da safra é fundamental para alertar os produtores para a eliminação de qualquer resto cultural que possa elevar a infestação antes do plantio. Os níveis ainda
estão considerados altos, e o objetivo com o apoio dos produtores líderes é aumentar a mobilização para que se reduzam ainda mais os índices antes do plantio”, afirma o coordenador do programa fitossanitário da Abapa, Antônio Carlos Araújo. Dentre as ações para o controle do bicudo, os técnicos promoveram uma série de blitzen educativas nas rodovias do Oeste da Bahia, orientando os motoristas de carga para o correto armazenamento e transporte
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da fibra e do caroço de algodão. “Com o apoio dos produtores, a eliminação de plantas voluntárias, as tigueras, também vem sendo realizadas às margens das rodovias em caso de desprendimento de algodão, principalmente onde os produtores têm dificuldade de acesso. Este é um momento em que o setor produtivo precisa estar unido na destruição de qualquer tipo de planta voluntária ou resto cultural, para começar a próxima com reduzidos índices BAS nas áreas agrícolas”, explica o supervisor consultor agronômico e diretor técnico da Abapa, Celito Breda. “A redução destes índices depende diretamente do produtor, que precisa estar atendo para a destruição e respeito ao período do vazio sanitário do algodão. O bicudo é uma praga de controle coletivo, e cada produtor precisa fazer a sua parte. A continuidade das altas produtividades que vem permitindo também a maior qualidade da fibra é fruto do manejo adequado das pragas em todas as etapas, do plantio à colheita. Estar atento às recomendações nesta fase do vazio sanitário vai resultar em ganhos de produtividade e econômicos de todas as áreas agrícolas”, reforça o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato. A semeadura do algodão, que marca o início da safra, será liberada a partir do dia 20 de novembro, prazo que se encerra o período do vazio sanitário na Bahia.
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SUSTENTABILIDADE
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Programa Soja Plus chega a 250 empreendimentos na região oeste da Bahia
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s indicativos de ações sustentáveis, nas áreas econômica, social e ambiental, têm registrado alta expressiva nos campos do Oeste da Bahia. Os agricultores da região são protagonistas de práticas que têm resultado em adequações dentro e fora das sedes das fazendas. Em 2020, a região alcançou a marca de quase 40% do seu território cultivado atendido pelo Programa Soja Plus, que orienta empregadores e trabalhadores rurais a adotarem medidas simples, mas eficazes. Mesmo com a restrição de visitas impostas pela pandemia, os técnicos do programa visitaram algumas propriedades, para aplicação de questionários e distribuição de materiais, a fim de garantir o índice de sustentabilidade. “O sucesso do Soja Plus nas propriedades se deve, principalmente, ao interesse dos produtores. Quando eles seguem as orientações, realizando as mudanças na estrutura e na forma como lida com recursos humanos, alcançam resultados melhores, com trabalhadores mais dispostos, redução de custos de operação, sem temer a au-
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O sucesso do Soja Plus nas propriedades se deve, principalmente, ao interesse dos produtores Samuel Leite, coordenador do Soja Plus
tuação por órgãos fiscalizadores”, afirmou Samuel Leite, coordenador do Soja Plus no oeste baiano. Ele lembrou ainda a importância da parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), que anualmente capacita estudantes para auxiliar nas atividades de campo do programa. Segundo pesquisa realizada pelo próprio programa, o nível de aceitação dos produtores participantes do Soja Plus é de 98%.
Além de capacitar gratuitamente o produtor rural, distribuindo cartilhas, o Soja Plus já promoveu, na região oeste, 49 cursos sobre legislação ambiental e trabalhista, capacitando, até o momento, 640 profissionais. “No início fizemos muitas coisas aqui na fazenda, sem o conhecimento que temos agora. Com o Soja Plus percebemos que, para adequar a propriedade aos termos da legislação precisávamos fazer uma grande mudança. E isso foi feito. Hoje, não temos mais o receio de chegar um fiscal para nos multar, porque temos seguido as orientações e isso tem dado muitos bons resultados”, ressaltou o produtor David Timm, da comunidade do Cascudeiro, no município de Baianópolis. O programa teve início em 2011, por meio de uma parceria entre a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Aprosoja/MT. Atualmente, esse programa está presente na maioria dos estados sojicultores do Brasil. Na Bahia, a parceria foi estabelecida, em 2014, com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) que, no início, passou a orientar 49 propriedades. Hoje, já são 250 fazendas atendidas, com uma abrangência de 806 mil hectares – 604 mil/ha (soja), 74 mil/ha (milho) e 128 mil/ha (algodão). Esta extensão representa cerca de 38% da área produtiva da região. Entre as novas ações do Soja Plus Bahia as mais destacadas são: a implantação do laboratório de classificação de grãos (soja e milho), na Fazenda Modelo Paulo Mizote. Essa nova estrutura, dotada de profissionais habilitados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), dará suporte aos produtores, recebendo amostras, realizando análises e emitindo laudos que atestam a qualidade do grão. Outra importante ação, que está em fase final de elaboração, é o manual de resíduos em propriedades rurais, com previsão de lançamento para 2021.
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Produtores rurais avançam na certificação sustentável do algodão na Bahia
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s produtores rurais da Bahia dão mais um passo rumo à sustentabilidade da cadeia produtiva do algodão. Reunidos em torno da Abapa, com o trabalho desenvolvido dentro do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), eles começaram o processo de certificação sustentável também nas algodoeiras, usinas que beneficiam o algodão, separando o caroço da pluma, logo após a colheita. Os técnicos visitaram, nesta primeira fase, quatro algodoeiras que vão passar por uma avaliação técnica antes da certificação final. Com o trabalho já desenvolvido em fazendas produtoras, a Bahia conta atualmente com 80 propriedades certificadas, que abrangem uma área de 245.219 mil hectares, representando 78,20% da produção de algodão do estado. A coordenadora do programa de sustentabilidade ABR/Abapa, Bárbara Bonfim, explica que vêm sendo verificados um total de 165 itens com parâmetros internacionais de sustentabilidade. “Por causa da pandemia e das restrições de isolamento, foi realizada uma autoavaliação pelas próprias unidades, e a partir deste retorno, elaboramos um plano de correção para adequação de não conformidades”, afirma. Assim como acontece com a avaliação nas propriedades, as
algodoeiras também passam pela avaliação no cumprimento das normas de saúde e segurança dos trabalhadores, infraestrutura e projetos de responsabilidade social e de integração com a comunidade. “A principal diferença está ligada ao ramo de atividade. O ABR nas fazendas aprofunda na Norma Regulamentadora (NR)-31, que estabelece por exemplo, o armazenamento adequado dos defensivos agrícolas e requisitos relacionados a saúde e segurança do trabalhador na área rural. Já nas algodoei-
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ras, a NR-12, especifica sobre a segurança do trabalhador no manuseio de máquinas e equipamentos ligados à indústria de beneficiamento da pluma”, reforça Bonfim. Para o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, os produtores de algodão mostram mais uma vez que estão organizados e comprometidos em comprovar, para o mercado consumidor e sociedade, que a cadeia produtiva do algodão da Bahia é sustentável. “Estamos iniciando, com a inauguração de um escritório para promover o algodão na Ásia, uma nova etapa para a fibra brasileira. Queremos demonstrar que, além de qualidade e produtividade, somos campeões em sustentabilidade, e esperamos que este comprometimento traga competitividade e rentabilidade para o algodão brasileiro”, reforça Busato. Desde quando foi iniciado o programa ABR nas fazendas produtoras de algodão da Bahia, em 2011, a área classificada como sustentável saiu de 21,1% para 78,2% desta safra 2019/2020. Segundo maior polo de algodão do Brasil, a Bahia comercializa 60% da fibra para o mercado interno e 40% para o externo, principalmente para países asiáticos como China, Bangladesh, Turquia e Vietnã.
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plantio de soja Avança o
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or ter começado mais cedo no oeste baiano, o plantio da soja em áreas irrigadas já foi concluído na região. Com isto, as atenções estão voltadas para o cultivo do grão, em sequeiro, e na previsão do tempo, que traz boas perspectivas para a safra 2020/21. A alta demanda do mercado externo e as condições meteorológicas favoráveis podem conceder ao Brasil, pelo segundo ano consecutivo, o título de maior produtor mundial de oleaginosa, com expressiva participação dos sojicultores baianos. De acordo com estimativas do assessor de agronegócio e membro do Conselho Técnico da Aiba (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia), Luiz Stahlke, a semeadura em áreas de sequeiro (que dependem exclusivamente do regime de chuvas) já está bastante adiantada, chegando a quase 70% de todo território dedicado ao cultivo do grão. “Devido às tecnologias de ponta empregadas no Oeste baiano, e a previsão de um significativo volume de chuvas para os próximos dias aqui na região, prevemos que até o final do mês o plantio seja concluído. Teremos no próximo ciclo a maior área plantada e a expectativa de, consequentemente, ter a maior safra colhida”, sugere Stahlke. As áreas de cultivo das principais culturas da região, segundo dados obtidos pelo Conselho Técnico da Aiba, vão sofrer alterações provocadas pelo comércio exterior, que foi afetado pela pandemia do novo
coronavírus. A redução da área do algodão, em 15%, contribuiu para que a área do milho fosse ampliada em 6% e a da soja em 5%. O crescimento do cultivo da oleaginosa é o mais expressivo, representando 80 mil hectares a mais que na safra anterior. A elevação das exportações para a China, incentivada pela alta do dólar e a entressafra em outros mercados fornecedores, somada ao crescimento da demanda doméstica por farelo e óleo de soja, resultara na queda dos estoques. Esse desequilíbrio fez o Brasil zerar as tarifas e importar soja para conter os preços dos derivados do grão no mercado interno. Esses fatores demonstram a relevância econômica da soja que está sendo cultivada nesta safra, com os indicativos de manutenção da demanda. Com o início do ciclo, marcado pela distribuição regular das chuvas, espera-se uma produção de 6,7 milhões de toneladas de soja no oeste baiano, o que representa um acréscimo de 12%, ou 800 mil toneladas a mais, em relação ao volume produzido no ano anterior. “Se não houver qualquer adversidade, a produtividade média deve atingir 66 sacas de soja por hectare. Em fevereiro, mês mais seco, decisivo para a avaliação do enchimento de grão, teremos uma visão mais clara sobre o potencial produtivo dessa safra”, afirmou Stahlke, que disse, ainda, que o milho e o algodão devem ter produção de 1,8 e 1,2 milhão de toneladas, respectivamente.
no Oeste da Bahia
A oleaginosa é o carro chefe da produção agrícola da região, que tem a maior produtividade média do País
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SAFRA
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Produtores vivem expectativa para nova safra de algodão
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s produtores baianos estão na expectativa da nova safra de algodão. Desde o dia 20 de novembro, com o fim do vazio sanitário, as plantadeiras começaram a entrar em campo para dar início à semeadura do ciclo 2020/2021. Apesar de uma previsão de redução de área plantada em torno de 15%, com 264.614 mil hectares, os agriculto-
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res que decidiram manter os investimentos na cultura estão otimistas com os resultados em produtividade, incremento do preço e a retomada da atividade econômica pelos países asiáticos, principal mercado internacional da fibra brasileira. Com as boas perspectivas do mercado, o produtor Paulo Schmidt decidiu pela manutenção da área de algodão na próxima safra.
“Ainda faltamos comercializar parte da safra passada, e também estamos otimistas no aumento da produtividade”, reforça ele, que planta algodão há cerca de 20 anos na região, nos municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães. Ainda segundo ele, as chuvas regulares, o trabalho de combate a pragas, desenvolvido pelos produtores, reunidos na Associação Baiana dos Produtores
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SAFRA
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de Algodão (Abapa), e o uso de tecnologia em sementes e fertilizantes, cada vez mais adequados ao solo e clima do Oeste da Bahia, são diferenciais que vem elevando a produção na região. Segundo a Abapa, os produtores baianos ainda têm em estoque 20% da safra para comercializar, o que também pressionou os cotonicultores na redução da área. Para o presidente da entidade, Júlio Cézar Busato, esta definição foi uma resposta imediata à desaceleração econômica no setor têxtil diante do período da pandemia da Covid-19. “O câmbio favorável no momento da comercialização da fibra, a partir de setembro, mudou o clima entre os produtores, principalmente entre aqueles que seguraram os estoques para negociar em momento mais adequado”, reforça. No entanto, para Busato, o produtor precisa fazer conta e ficar atento aos custos de produção, em sua maioria, também atrelados ao dólar, a exemplo do maquinário, adubos e fertilizantes a serem utilizados na semeadura. “O produtor pode perder cerca de 23% em rentabilidade com as variações do preço e custos ao longo da safra, que chegam a ter 70% do valor indexado ao dólar”, afirma. A região Oeste da Bahia atravessa quatro safras com resultados positivos em produção e produtividade, sendo a última, a segunda maior da história, ao atingir a média de 310,15 arrobas de algodão em caroço/ hectare em uma área total de 313.566 mil hectares. A produção atingiu a mesma média da safra passada, em torno de 1,5 milhão de toneladas de algodão (fibra e caroço). Assim como outros setores da economia, também impactados pela pandemia do coronavírus, Busato reforça que o produtor baiano continua esperançoso e investindo no algodão, que movimenta uma cadeia produtiva que gera em média três vezes mais emprego que outras culturas, em grande parte, pelo trabalho de beneficiamento realizado localmente. “O produtor baiano, que já tem uma infraestrutura do seu negócio e já passou por outras crises, vai continuar confiando na rentabilidade e do retorno do seu investimento nas próximas safras diante da retomada da demanda pela fibra no mundo”,
reforça Busato. Segundo maior produtor do Brasil, a Bahia contribui com a participação de 25% da safra nacional, sendo considerada a área agrícola com a maior produtividade de algodão não irrigado do mundo. O empreendedor rural também pode utilizar o aplicativo BNB Agro para acessar informações e soluções digitais para o desenvolvimento do seu agronegócio,
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como solicitar crédito, fazer cadastro e conta digital, acessar a Agenda do Produtor Rural, conhecer linhas de crédito específicas para produtores rurais, conferir estudos e conteúdos exclusivos do Boletim Agroinforma e acessar aplicativos do BNB Geo e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). (Com informações do Banco do Nordeste)
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LOGÍSTICA
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IRRIGAÇÃO
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Abapa apoia mobilização para redução de roubo de cargas e acidentes nas rodovias baianas
O
s produtores rurais baianos, por meio da Abapa, integraram as ações de mobilização nacional para redução dos casos de roubo de cargas e de acidentes nas rodovias, realizado pelo Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat). A entidade contribuiu, entre os dias 10 a 12 de novembro, com a logística e equipe de orientação e distribuição de material educativo durante as blitzen educativas ocorridas durante três dias em trechos de rodovias que cortam Luís Eduardo Magalhães, com o objetivo de orientar os caminhoneiros no planejamento da rota para garantir mais segurança nas viagens. Foram oferecidos atendimentos médicos, um circuito de saúde, especialidades de odontologia, fisioterapia, nutrição e psicologia, além de orientações de autoproteção e prevenção da Covid-19. Para o motorista Tiago Mesquita, que foi atendido pela campanha, esta é uma iniciativa que só traz melhorias e benefícios para a categoria. “Nossa cidade é carente de serviços e treinamentos relacionados a cargas perigosas e transporte
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de pessoas, e o Sest/Senat, com o apoio de entidade como a Abapa, pode abrir portas e dar melhores condições para motoristas profissionais e incentivar aqueles que estão iniciando a carreira”, comenta. O motorista que mora em Luís Eduardo Magalhães relata que a cidade, por causa da força do setor agrícola, localiza-se em um ponto rodoviário
estratégico no país, o que resulta em um fluxo muito grande de caminhoneiros. O supervisor do Sest/Senat Nordeste, Roberto Knittel, agradece a parceria da Abapa na promoção da ação junto aos motoristas que passam por Luís Eduardo Magalhães. “Graças a esse apoio conseguimos ampliar o trabalho possibilitando chegar em áreas de trânsito intenso de motoristas que pudessem participar da mobilização. Para o próximo ano, queremos avançar e trabalhar em ações com foco regional”, afirma Knittel, que relatou a possibilidade de abertura de um posto do Sest/Senat no oeste da Bahia. O diretor-executivo da Abapa, Lidervan Morais, acredita ser fundamental este trabalho de orientação como forma de prevenir acidentes, roubos de carga e garantir uma rede de proteção aos motoristas. “Por ser uma área agrícola, a região é uma das principais rotas por causa do escoamento da safra e atendimento às fazendas com suprimento de sementes, adubos, fertilizantes às fazendas da região”, afirma. A mobilização, ocorrida no Oeste da Bahia, também foi realizada pelo Sest/Senat, em um total de 400 pontos em todo o Brasil.
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Kits de irrigação incrementam produção de alimentos no Oeste da Bahia
A
disseminação de tecnologia para garantir a sustentabilidade econômica dos pequenos e médios agricultores é uma das diretrizes da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), gerando mais emprego e renda no campo. Depois da entrega de oito kits de irrigação, em junho deste ano, os produtores da zona rural de Barreiras começaram a colher os resultados com a agricultura irrigada. Nesta primeira etapa, em parceria com o município, a Abapa apoiou a produção de hortas, frutas e legumes do Assentamento Ilha da Liberdade e das localidades da Cana Brava, Melancia e Nanica. Um dos contemplados pela tecnologia, o agricultor da Nanica, João de Almeida Pereira, está satisfeito com os resultados na lavoura ao ampliar e diversificar a sua produção. “Sou produtor de tomate e pimentão, tenho orçamento contado e nem sempre consigo fazer investimentos. Com esse kit irrigação, plantei uma área de quase um hectare de melancia, suficiente para eu ter lucros e con-
seguir expandir a área de produção. Este foi um grande estímulo para crescer um negócio que parecia distante”, afirma, depois de vender um lote de 70 unidades de melancia. O diretor do Departamento de Agropecuária da Secretaria Municipal de Agricultura e Tecnologia (Semat), Francisco José dos Santos Neto, reforça que parceria com a Abapa, dentro do programa Vale Produtivo, foi fundamental. “Enquanto a entidade
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entrou com os equipamentos, o município garante a assistência técnica. A perspectiva é contemplar novos agricultores com os kits de irrigação possibilitando o crescimento de na produção de hortaliças e frutas no campo, possibilitando mais renda e a fixação dos pequenos e médios agricultores no campo”, afirma. Para o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, a inserção de tecnologia vem garantindo maior produtividade possibilitando maior rentabilidade ao produtor. “Vivemos em uma região com enorme potencial hídrico, e que precisa ser aproveitado na época da chuva e da estiagem, com o uso da terra ao longo de todo o ano. Mas, para isto, é preciso tecnologia e assistência técnica, que vem sendo proporcionado pela Abapa em parceria com os municípios parceiros no Oeste e Sudoeste da Bahia. A entidade vem contribuindo com a produção agrícola ao apoiar os pequenos e médios agricultores garantindo o desenvolvimento da produção no campo”, afirma. A Abapa iniciou o projeto de apoio a pequenos e médios agricultores em 2014 e já beneficiou cerca de 200 famílias no Oeste e Sudoeste baianos, que já conseguiram desenvolver atividades econômicas e crescer através do suporte técnico da Abapa, com a doação de kits de irrigação e pacote tecnólogico. Para este ano, ao longo desta safra 2019/2020, a entidade investiu um montante de R$ 500 mil para a aquisição de materiais com recursos dos produtores de algodão através do Fundeagro.
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CAPACITAÇÃO
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CAPACITAÇÃO
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Classificação da pluma é tema de treinamentos para profissionais baianos
Abapa promove cursos remotos para o setor agrícola do Oeste da Bahia
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ocada na atualização do conhecimento dos profissionais ligados ao setor agrícola, a Abapa promoveu, de forma remota, no mês de outubro, os cursos direcionados à operação e manutenção de pivôs agrícolas, em parceria com a PIVODRIP/Valley; e sobre a importância da manutenção para disponibilidade do pulverizador, em parceria com a Agrosul/John Deere. As qualificações permitiram que os trabalhadores pudessem operar estes equipamentos de forma segura e eficiente possibilitando melhores resultados para o sistema de irrigação se revertendo em produtividade e rentabilidade aos produtores do Oeste da Bahia. Técnicos, profissionais da área conheceram os detalhes sobre o funcionamento e operação destes equipamentos e saber como realizar uma manutenção adequada, respeitando normas de fabricantes e utilizando produtos corretos. Para Carlos Antônio Soares Cerqueira, supervisor de uma das unidades da fazenda Decisão, participar do curso de Operação de
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Pivôs, foi fundamental para atualizar o conhecimento de equipamentos que são constantemente aperfeiçoados. “Como gestor que acompanha a produção da unidade, de uma fazenda reconhecida pela produção irrigada de grãos, é muito importante que possamos operar e garantir a manutenção do pivô trazendo a maior eficiência sem impactar a vida útil destes equipamentos”, afirma. O instrutor do curso de pulverizador, Daniel Paiva, acredita na capacitação dos técnicos para garantir uma aplicação com qualidade. “Uma boa diluição do produto, resulta em uma aplicação uniforme e uma lavoura mais protegida. É nesse ponto que todos saem ganhando, menos custos com reaplicação, menos danos ao equipamento e benefícios ao meio que a lavoura está inserida”, destacou. Com base nos “feedbacks” e na demanda para participação, o diretor da PIVODRIP/ Valley, Hugo Valley, avalia como bem-sucedida a parceria com a Abapa na promoção destes cursos. “Para nós, que fornecemos e garantimos a manutenção dos pivôs, é im-
portante que os operadores utilizem o equipamento de forma adequada, otimizando e prolongando o seu uso, e identifiquem as necessidades de manutenções preventivas, sabendo quando e como acionar a assistência técnica. A ideia é ampliarmos o número de cursos para o próximo ano para atender a demanda dos profissionais de nossa região”. O diretor-executivo da Abapa, Lidervan Morais, reforça sobre a importância da entidade em manter os cursos de capacitação, mesmo que de forma remota, por meio do Centro de Treinamentos da entidade, com sede em Luís Eduardo Magalhães, e abrangência de atuação em todo o Oeste da Bahia. “O produtor continua em campo e a Abapa está junto do associado levando soluções às demandas que se apresentam durante a safra. As capacitações dos operadores dos pivôs agrícolas e de manutenção de pulverizadores vêm para garantir o uso da tecnologia, que depende diretamente do conhecimento técnico dos profissionais que estão no campo”, afirma.
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tapa fundamental para garantir a qualidade durante a comercialização do algodão, a classificação da pluma foi tema de dois treinamentos, realizados de forma remota, pelo Centro de Treinamento da Abapa – Parceiros da Tecnologia. Os cursos, realizados nos meses de outubro e novembro, contou com a participação de profissionais de usinas de beneficiamento e fazendas produtoras de algodão, que puderam alinhar os padrões internacionais de beneficiamento e classificação do algodão, que atestam parâmetros como comprimento, resistência, uniformidade, e fiabilidade, o que possibilita a melhor destinação da fibra pelas indústrias têxteis. Com carga horária de 22 horas/aula, o treinamento foi ministrado pela engenheira têxtil, Micheline Maia e pelo gerente do Centro de Análises de Fibras da Abapa, Sérgio Brentano. Eles abordaram sobre os cuidados no manejo da pluma durante a colheita e beneficiamento com foco na qualidade da pluma. Na oportunidade, também foram reforçados os protocolos para aprovação dos lotes, legislação e regras internacionais para acondicionamento e classificação das amostras na usina e laboratório, seja na classifi-
cação pelos equipamentos de High Volume Instrument (HVI) ou visual. Ao participar do curso, o auxiliar administrativo da fazenda Tapera Grande, Carlos Eduardo Alves Vieira, acredita que os conteúdos abordados serão colocados em prática diretamente nas atividades de beneficiamento do algodão. “Saber de forma detalhada e técnica do passo a passo do algodão depois que sai da algodoeira, processo de fiar e tecelagem, foi muito interessante, além de saber de forma mais aprofundada sobre a análise da fibra pelos equipamentos de HVI
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no laboratório da Abapa”, relata Vieira, que trabalha há nove anos no setor do algodão. Segundo Brentano, o treinamento é fundamental diante da grande responsabilidade dos profissionais que analisam e testam a produção do algodão da Bahia. “A classificação é um ponto de grande importância, pois irá nortear a comercialização da fibra produzida. É com este resultado que o produtor direciona os lotes e define o destino da fibra, seja mercado interno ou externo”, reforça. A Bahia possui o maior laboratório em análise de fibra da América Latina com o atendimento médio de 28 mil análises de fibra por dia. Localizado em Luís Eduardo Magalhães, a estrutura atende o algodão direcionado de 72 usinas de beneficiamento da região do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Matopiba). Para o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, a qualificação da mão de obra é o que ajuda a garantir que o algodão baiano seja classificado dentro do padrão internacional da pluma. “Os resultados das análises ajudam na tomada de decisão pelos compradores, e os relatórios auxiliam os produtores a escolher, a cada safra, qual a tecnologia em cultivar ideal pensando na qualidade da fibra destinada ao mercado”, afirma. A iniciativa é uma parceria entre Abapa e SENAI/CETIQT (Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil).
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RESPONSABILIDADE SOCIAL
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RESPONSABILIDADE SOCIAL
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Produtores baianos doam equipamentos para combater incêndios na Chapada Diamantina
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ensibilizados com o avanço das queimadas na Chapada Diamantina, os produtores rurais do Oeste da Bahia, por meio da Abapa, doaram, no mês de outubro, dois sopradores, que trazem mais eficiência e segurança na prevenção e combate a incêndios florestais. O gerente administrativo/financeiro da Abapa, Dener Batista da Silva, entregou pessoalmente os equipamentos para os representantes e membros dos Combatentes de Incêndios Flo-
restais de Andaraí e Associação Vale do Brejão. Além dos testes dos sopradores, equivalente ao trabalho de até dez brigadistas, eles conferiram um pouco da área devastada pelas queimadas. “Mais uma vez venho expressar a nossa gratidão pela doação, ficamos emocionados e felizes com a atitude da Abapa. Agradecemos por tornar o nosso sonho de proteger a floresta no combate aos incêndios ainda mais possível”, afirma Homero Vieira dos Santos,
presidente dos Combatentes de Incêndios Florestais de Andaraí. “Ficamos muito gratos. Faz muita diferença contar com um equipamento como este, que significa diante de um incêndio, minimizamos e muito a área queimada, além de ajudar na segurança dos brigadistas”, reforça o presidente da Associação Vale do Brejão, Ademário Souza Santos. Apesar das chuvas que aliviaram os incêndios nas últimas semanas, os técnicos consideram que os equipamentos ainda são fun-
damentais para conter rapidamente novos focos e evitar que o fogo novamente se alastre pela floresta. “Neste período de estiagem, de julho a janeiro, são contratados brigadistas para atuar no Parque Nacional da Chapada Diamantina. Mesmo com as chuvas que caíram e reduziram os focos, ainda há riscos de queimadas dos solos vegetais, e assim, que retornar o sol, pode haver uma reignição. Não podemos dizer que acabou completamente, e baixar a guarda. Em 2015, por exemplo, choveu mais de 30 mm e houve reignição, e o incêndio durou mais um mês”, reforça a voluntária de combate a incêndios, Laís Correard, que já prestou serviços para o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMbio) no Parque Nacional da Chapada Diamantina. “É um povo muito simples, mas com uma grande força de vontade de proteger a sua casa. O que eles estão fazendo para apagar os incêndios não é algo físico, mas vem de coração. É emocionante ver de perto toda essa mobilização dos moradores e brigadistas para conter o avanço dos fogos pela Chapada.
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Nós, da Abapa, que também lidamos e sabemos dos riscos do fogo na produção agrícola e para a vegetação nativa, temos orgulho de ajudar não apenas no Oeste, mas também em outras regiões da Bahia”, explica Dener
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É emocionante ver de perto toda essa mobilização dos moradores e brigadistas para conter o avanço dos fogos pela Chapada
Dener Batista, da Abapa
Batista, da Abapa. A entidade também presenteou os integrantes destas entidades com a camisa da campanha “Sou de Algodão”, de valorização do uso da fibra de algodão no vestuário do dia-a-dia. Para o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, os incêndios prejudicam a produção agrícola e todo o ecossistema, com as consequências chegando até as cidades com a fumaça e o aumento das temperaturas. “Este é um problema de todos, poder público e da sociedade civil. Nós, como produtores, que lidamos diariamente durante a estiagem com o risco de incêndio que pode destruir a nossa produção, equipamentos, áreas de vegetação nativa e desgastar as nossas terras de cultivo, entendemos o quanto qualquer apoio ajuda a minimizar as queimadas, que este ano, foram devastadoras. Ao receber esse pedido, nós, produtores rurais, não poderíamos deixar de fazer a nossa parte, e contribuir com os brigadistas e moradores da Chapada”, reforça. A ação conta com o apoio do Fundeagro.
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MEIO PRESTAÇÃO AMBIENTE DE CONTAS
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Balancete Prévio da Empresa: Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia - AIBA CNPJ: 63.077.937/0001-85 Referente período de 01/01/2020 a 30/09/2020 1
ATIVO
19.928.028,16D
60,251,995.61
56,020,894.26
24.159.129,51D
1.01.01
DISPONIBILIDADES
10.904.118,28D
43,890,368.32
39,548,317.96
15.246.168,64D
1.01
1.01.01.01
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
1.01.02.01
14.605.910,79D
60,240,380.51
56,020,894.26
18.825.397,04D
10.904.118,28D
43,890,368.32
39,548,317.96
15.246.168,64D
CREDITOS A RECEBER - ASSOCIADOS
7.170.852,63D
3,346,093.85
2,753,845.48
7.763.101,00D
1.01.02.02
CREDITOS A RECEBER - BAHIA FARM SHOW
1.792.841,22D
619,821.52
1,358,765.01
1.053.897,73D
1.01.02.03
CREDITOS A RECEBER - PROJETOS
13.172,78D
11,726,134.84
11,735,086.09
4.221,53D
1.01.02.04
CREDITOS A RECEBER - OUTROS CLIENTES
46.338,82D
595,113.40
567,513.16
73.939,06D
1.01.02.05
CREDITOS A RECEBER - OUTROS
17.809,01D
62,848.58
57,366.56
23.291,03D
1.01.02.06
(-) CREDITOS A RECEBER - PROVISÕES
5.339.221,95C 5.322.117,37D
11,615.10
0.00
0.00
5.339.221,95C
1.02.01
REALIZAVEL A LONGO PRAZO
1.893.186,18D
0.00
0.00
1.893.186,18D
1.02.01.01
CONTAS A RECEBER CLIENTES
1.893.186,18D
0,00
0.00
450.00
0.00
1.893.186,18D
1.02.02.01
PARTICIPAÇÕES E COTAS CAPITAL
0,00
450.00
0.00
1.02.03.01
IMOBILIZADO AIBA SEDE
697.504,98D
0.00
0.00
697.504,98D
1.02.03.02
IMOBILIZADO BAHIA FARM SHOW
2.504.707,16D
11,165.10
0.00
2.515.872,26D
1.02.03.03
IMOBILIZADO FAZENDA MODELO
2.01
PASSIVO CIRCULANTE
1.01.02
1.02
1.02.02 1.02.03
2
2.01.01
CREDITOS A RECEBER
ATIVO NÃO CIRCULANTE
PARTICIPAÇÕES E COTAS CAPITAL IMOBILIZADO
PASSIVO
FORNECEDORES
2.01.01.01
FORNECEDORES
2.01.02.01
OBRIGAÇÕES FISCAIS
2.01.02.02
OBRIGAÇÕES COM PESSOAL
2.01.03.01
RECEITAS A REALIZAR -BAHIA FARM SHOW
2.01.03.02 2.01.03.03
2.01.02
OBRIGAÇÕES
3.701.792,51D
3.428.931,19D
226.719,05D
16,350,012.19
11,165.10
0.00
16,472,576.30
0.00
0.00 0.00
0.00
5.333.732,47D
450,00D 450,00D
3.440.096,29D
20,914,605.46
25,145,706.81
24.159.129,51C
325.788,75C
8,284,530.18
8,843,244.54
884.503,11C
325.788,75C 221.625,43C
20,914,605.46 8,284,530.18 2,736,746.35
24,038,714.90 8,843,244.54 2,748,465.53
9.785.233,44C 884.503,11C
918,750.87
924,247.09
6.736,25C
1,817,995.48 9,893,328.93
1,824,218.44
12,447,004.83
226.608,36C
8.667.385,72C
939.094,43C
985,649.85
433,107.60
386.552,18C
PROJETOS EM EXECUÇÃO - PRODEAGRO
3.595.144,31C
6,929,454.74
9,494,150.00
6.159.839,57C
PROJETOS EM EXECUÇÃO - FUNDEAGRO
260.863,01C
479,198.69
565,000.00
346.664,32C
2.01.03.04
PROJETOS EM EXECUÇÃO - ABAPA/IBA
90.789,99C
500,042.04
436,528.62
27.276,57C
2.01.03.05
PROJETOS EM EXECUÇÃO - FITOSSANITARIO
1.384.972,52C
119,404.71
31,479.49
1.297.047,30C
2.01.03.06
DEMAIS PROJETOS
157.154,44D
879,578.90
1,486,739.12
2.03.01
PATRIMONIO SOCIAL
13.266.904,16C
0.00
1,106,991.91
2.03
6.113.709,82C
PATRIMONIO LIQUIDO
13.266.904,16C
2.03.01.01
SUPERAVIT / DEFICIT ACUMULADOS
13.266.904,16C
3.01
RECEITAS OPERACIONAIS
3
3.01.01
RECEITAS
RECEITAS OPERACIONAIS SEM RESTRIÇÃO
0.00 0.00
14.373.896,07C
1,106,991.91
14.373.896,07C
11,763,299.81
11.682.970,51C
80,329.30
11,763,299.81
0,00
80,000.00
3,987,974.71
0,00
80,329.30
450.005,78C
1,106,991.91
0,00
14.373.896,07C
3.907.974,71C
RECEITAS COM ANUIDADES
0,00
0.00
1,822,081.91
1.822.081,91C
3.01.01.02
RECEITAS BAHIA FARM SHOW
0,00
80,000.00
1,152,504.26
1.072.504,26C
3.01.01.03
OUTRAS RECEITAS
0,00
0.00
51,417.92
51.417,92C
3.01.01.06
PROJETOS COM RECURSOS DE ASSOCIADOS
0,00
0.00
3.01.02.01
RECEITA CONVENIOS FUNDEAGRO
0,00
0.00
479,198.69
479.198,69C
3.01.02.02
RECEITA CONVENIOS PRODEAGRO
0,00
0.00
6,866,394.29
6.866.394,29C
3.01.02.03
RECEITA CONVENIOS IBA/ABAPA
0,00 0,00
0.00
329.30
355,460.69
355.460,69C
3.01.03.01
RECEITAS FINANCEIRAS
0,00
329.30
74,271.43
73.942,13C
4.01
DESPESAS OPERACIONAIS
0,00
3.01.03 4
4.01.01
RECEITAS OPERACIONAIS COM RESTRIÇÃO
RECEITAS FINANCEIRAS DESPESAS
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
0,00
0.00
961,970.62
7,701,053.67
74,271.43
961.970,62C
7.701.053,67C
13,381,850.72
2,805,872.12
10.575.978,60D
0,00
7,230,769.71
95,680.98
7.135.088,73D
2,805,872.12
10.575.978,60D
4.01.01.01
DESPESAS DE CONSUMO
0,00
144,643.25
9,544.26
135.098,99D
4.01.01.02
MATERIAL DE EXPEDIENTE
0,00
111,655.05
45.50
111.609,55D
4.01.01.03
COPA E COZINHA
0,00
10,992.22
3,250.95
7.741,27D
4.01.01.04
DESPESAS PREDIAIS
0,00
331,939.58
61,779.90
270.159,68D
4.01.01.05
DESPESAS DE INFORMATICA E TELEFONIA
0,00
159,888.10
27.30
159.860,80D
4.01.01.06
DESPESAS COM VEICULOS
0,00
37,389.93
0.00
37.389,93D
&
o valor referente ‘Obrigações com Pessoal’ é originado da provisão de férias. Salários são pagos dentro do mês da competência. “Obrigações Fiscais” se refere a impostos retidos sobre serviços contratados.
Contas a receber
WWW.AIBA.ORG.BR . WWW.ABAPA.COM.BR
Receitas a apropriar
Fornecedores
as receitas de locação de stands da Bahia Farm Show são registradas à medida que os contratos são firmados, tendo como contrapartida as contas a receber e esta rubrica de receitas a apropriar no passivo. Tais saldos são apropriados ao resultado como receitas apenas no período de execução da feira, sendo que os ativos constituídos via de regra são realizados parceladamente ao longo do ano. Os recursos recebidos de convênio são também mantidos neste grupo e a medida que são executados, tais saldos são apropriados ao resultado do exercício.
referem-se aos valores devidos decorrentes das atividades normais da Entidade. Destaca-se o valor de 846.300,00 devida à ADAB referente a Operação Safra, com parcelas vencíveis até 03/2021.
Imobilizado
refere-se aos valores a receber de instituidores e mantenedores por conta de contribuições com anuidades, mensalidades e operação safra, bem como, sobre os contratos firmados para execução do evento Bahia Farm Show. Os saldos reclassificados para não circulante tem origem em períodos anteriores e, com base em análises da Administração, ainda são passíveis de realização.
73.942,13C
0,00
13,381,850.72
As aplicações financeiras possuem característica de resgate imediato, sendo que parte destas, bem como dos saldos mantidos em conta corrente, são recursos recebidos para aplicação em projetos.
11.682.970,51C
3.01.01.01
3.01.02
Obrigações fiscais e trabalhistas
233.344,61C
1.240,03C
RECEITAS A REALIZAR
Caixa e equivalentes de caixa
226.719,05D
19.928.028,16C 6.661.124,00C
Notas Explicativas
3.579.228,40D
220.385,40C
2.01.03
22
ATIVO CIRCULANTE
PRESTAÇÃO DE CONTAS
NOVEMBRO | 2020 | Nº 299
Fundo social Os superavits e deficits apurados anualmente são movimentados à conta de Fundo Social, sendo incorporados ao mesmo no decorrer do exercício subsequente.
refere-se aos valores a receber de instituidores e mantenedores por conta de contribuições com anuidades, mensalidades e operação safra, bem como, sobre os contratos firmados para execução do evento Bahia Farm Show. Os saldos reclassificados para não circulante tem origem em períodos anteriores e, com base em análises da Administração, ainda são passíveis de realização.
WWW.AIBA.ORG.BR . WWW.ABAPA.COM.BR
Receitas líquidas e custos dos projetos e operacionais: as receitas operacionais sem restrição se referem as atividades operacionais da empresa, tais como anuidades e Bahia Farm Show. Na conta receitas diversas, está contido o valor de R$ 538.500,00 de Patrocínios da Bahia Farm Show. Em ‘Outras Receitas” destaque para R$ 32.720,00 de Taxas Administrativas de Projetos e R$ 14.800,00 de Patrocínio à Revista AIBA Rural. Em receitas operacionais com restrição são lançadas as receitas realizadas com convênios (Projetos). Receitas financeiras se referem a ganhos com aplicações financeiras.
Receitas a apropriar as despesas da Entidade são decorrentes de suas atividades operacionais, da Bahia Farm Show e Projetos Executados. Nas contas de Serviços em Publicidade e Marketing e Pulicidade estão contidas as despesas com o plano de mídia da Bahia Farm Show. A conta ‘Serviços Contratados Projetos’ contabiliza serviços e matérias contratado em projetos de infraestrutura, como construção de pontes e manutenção e reparação de estrada A conta Consultorias e Assessorias é composta, entre outras, pela conta Assessoria e Consultoria Ambiental no valor de R$ 1.024.321,27, sendo estes custos de projetos, pagos com recursos de convênios (Projetos). Na conta alugueis está inclusa a locação de veículos para uso em projetos. As despesas financeiras são apropriadas em regime de competência, sua composição é principalmente descontos concedidos e tarifas bancárias. A conta ‘Despesas com Convênios’ contabiliza o Convênio da Operação Safra. Celestino Zanella – Presidente Elio Rafael Engelmann – Contador CRCRS-088135/O-6 TBA
&
23
FUNDEAGRO
NOVEMBRO | 2020 | Nº 299
CNPJ nº 05.071.320/0001-56
CNPJ nº 05.071.320/0001-56
EDITAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS – 2020
EDITAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS – 2020
CNPJ nº 05.071.320/0001-56
O Fundo para oEDITAL Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão – FUNDEAGRO, torna público o presente Edital Nº 001/2020 e PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS – 2020 convida as instituições públicas e privadas, sem fins lucrativos, de pesquisa e desenvolvimento ligadas ao setor produtivo da cotoniOO Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão – FUNDEAGRO, torna o presente–Edital Nº 001/2020 e Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio dopúblico Algodão FUNDEAGRO, torna público o presente Edital 001/2020 cultura e interessados a apresentar projetos, cuja operacionalização obedecerá ao disposto nos instrumentos legais Nº e nas Normase e convida as instituições públicas e privadas, sem fins lucrativos, de pesquisa e desenvolvimento ligadas ao setor produtivo da cotonicultura aProcedimentos apresentar projetos, cuja operacionalização aofins disposto nos instrumentos legaispesquisa e nas Normas e estabelecidas do como as demais condições no presente Edital. convidae interessados as instituições públicas e FUNDEAGRO, privadas,obedecerá sembem lucrativos, de desenvolvimento ligadas ao setor produtivo da e Procedimentos do FUNDEAGRO, bem como as demais condições estabelecidas no presente Edital.
cotonicultura e interessados a apresentar projetos, cuja operacionalização obedecerá ao disposto nos instrumentos legais e nas Normas PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA e Procedimentos do FUNDEAGRO, bem como as– 2019/2020 demais condições estabelecidas no presente Edital. DO EDITAL 1 - VIGÊNCIA ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO
I - Pesquisa agrícola, validação e difusão de tecnologia com abrangência para toda a cadeia produtiva e mercadológica do algodão
TEMAS
VALOR PREVISTO (R$)
A data limite para protocolo de cartas consulta será dia 7 de Dezembbro de 2020. A apreciação e deliberação pelo Conselho Gestor será efetuado no prazo mínimo de 30 dias subsequentes ao prazo final para apresentação da carta-consulta. Para fins de atendimento ao disposto no CONTRAVALOR Art.3º das Normas e Procedimentos do FundeaPARTIDA gro, considerar-se-á a previsão orçamentária PREVISTO (R$) toMÍNIMA para o Exercício 2021, tal de R$ 15.000.000,00 considerando as áreas de concentração destacadas acima e respeitando os limites das contra-partidas relacionadas caso haja.
PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA – 2019/2020 -
I) Desenvolvimento de novas variedades. II) Avaliação de variedades comerciais. I) Ensaio de épocas de plantio (sequeiro / irrigado) com variação de espaçamento e densidade. II) Calibração de métodos e doses de 1.2- Manejo cultural, manejo de solos e corretivos de solo, envolvendo ou não, rotação adubação de culturas. III) Calibração de métodos e doses de fertilizantes para adubação de manutenção, envolvendo ou não, rotação de culturas. 1.3- Manejo de Pragas, Doenças e Plantas Monitoramento, manejo e controle de pragas, Invasoras doenças, invasoras e fito nematoides. 1.4 - Biotecnologia Biotecnologia. Ações de interesse na área de pesquisa 1.5 - Outros agronômica -Dias de Campo II - Treinamento e capacitação de mão de obra, além da promoção de eventos técnicos da cotonicultura I) Capacitação de produtores, consultores, técnicos, monitores de lavoura, operadores, 2.1 - Difusão (Programas de Treinamento e nas áreas técnica, operacional e administrativa; Capacitação) Seminários e Work Shops. II) Dias de campo. 2.2 - Pós-Colheita Beneficiamento e qualidade do algodão. 1.1- Melhoramento genético
ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO
I - Pesquisa agrícola, validação e difusão de tecnologia com abrangência para toda a cadeia produtiva e mercadológica do algodão
24
CONTRAPARTIDA MÍNIMA
0% 0%
TEMAS
0% 0% 0% 0%
-
-
2 - INFORMAÇÕES ADICIONAIS
0%
Esclarecimentos sobre o conteúdo deste Edi-
I) Desenvolvimento de novas variedades. tal e do constante 1.1- Melhoramento genético 0%nas Normas e Procedimentos II) Avaliação de variedades comerciais. podem ser obtidos junto à Secretaria Executiva 0% do /FUNDEAGRO: I) Ensaio de épocas de plantio (sequeiro irrigado) com0% variação de espaçamento e (77) 3613-8006 0% / 3613-8008 Fone: 0% densidade. Fax: (77) 3613-8043 III - Defesa fitossanitária integrada e Ações de orientação, monitoramento e sistêmica, com ênfase em medidas fiscalização da legislação pertinente II) aoCalibração0%de métodos e doses de e-mail: fundeagro.ba@aiba.org.br agronegócio algodão. e profiláticas na cultura docultural, algodão; 1.2- Manejo manejo dedo solos Endereço: Av. Ahylon Macedo, 919. Bairro corretivos de 0% solo, envolvendo ou não,Barreirinhas. rotação CEP0%47.810-035. Barreiras - Bahia. IVadubação - Monitoramento ambiental V - Promoção do agronegócio do algodão, de culturas. com estratégia nacional e internacional; I) Eventos nacionais e internacionais III) Calibração0%de métodos e doses de II) Programa de controle de qualidade, Barreiras - BA, 25 de Novembro de 2020. 0% certificação e criação de marca. fertilizantes para adubação de manutenção, 0% VI - Outros, a critério do Conselho Gestor, 0% desde que vinculados aos objetivos do envolvendo ou não, rotação de culturas. PROALBA. Aquisição de emáquinas, equipamentos e Manejo de Pragas, Doenças Plantas Monitoramento, 6.11.3- Infra-Estrutura - manejo e controle de pragas, instalações. 0% 6.2Invasoras - Ações de interesse do agronegócio do doenças, invasoras e fito nematoides. algodão. Júlio Cézar Busato SOMATÓRIO 15.000.000,00 1.4 - Biotecnologia Biotecnologia. 0% - Presidente Diretor Ações de interesse na área de pesquisa 1.5 - Outros 0% agronômica -Dias de Campo WWW.AIBA.ORG.BR . WWW.ABAPA.COM.BR & II - Treinamento e capacitação de mão de obra, além da promoção de eventos técnicos