Revista abastecer n01

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Revista da Ascece Centrais de Abastecimento d o C e a r á ( CEASA / CE )

EDI Ç Ã O VI R T U A L ISS U . c o m / ABASTECE R ceara

janeiro 2014

#01

Abastecer

Os caminhos do tomate Ele chama atenção com seus altos e baixos nos preços durante o ano. Saiba como e por que essa sazonalidade acontece com o tomate e veja que caminhos ele percorre

História

41 anos. Leia uma série de matérias que conta a história de sucesso da Ceasa Ceará

Preços

Uma pesquisa feita com 48 ítens de hortigranjeiros analisa o mercado em 2013

Rastrear

Você sabe o que está comendo? Fique por dentro de detalhes dos alimentos

Banana

Ela merece estar no cardápio, pois tem vitaminas essenciais e ainda não engorda


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abastecer cearรก #01


Nesta edição #01

janeiro de 2014

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HISTÓRIA

10

Mercado de Alimentos

16

TRABALHO INFANTIL

18

CEASA NOS BAIRROS

06

índice de preços

06

SEGURANÇA

06

Aproveitamento

41 anos de sucesso.Uma série de matérias mostra o passo a passo de um dos maiores mercados de hortigranjeiros do Brasil

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A rastreabilidade dos alimentos é fundamental para manter a saúde do consumidor e o sucesso da empresa

Vigiar, monitorar e denunciar. Quando o assunto é trabalho infantil, a Ceasa fica de olhos abertos. Lugar de criança é na escola

Projeto incentiva o consumo de frutas, legumes e verduras. Os preços são acessíveis e a unidade fica perto de casa

Ceasa Ceará faz avaliação dos preços no mercado de hortigranjeiros durante todo o ano de 2013 e divulga acumulado

Segurança é prioridade em qualquer negócio. Os olhos e ouvidos do mercado funcionam 24 horas. Saiba como

CAPA

A sazonalidade do tomate vem preocupando consumidores e comerciantes. Saiba porque ele é tão instável

Reciclar, doar, reaproveitar são ações que garantem a sustentabilidade. Aprenda a construir um mundo melhor sendo solidário

janeiro de 2014


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EDITORIAL

Surge um novo olhar sobre o abastecimento de hortigranjeiros

O

desenvolvimento e a modernização do setor hortigranjeiro está em constante evolução em todo o Brasil. A padronização e classificação de produtos, embalagens adequadas, rastreabilidade, a produção planejada e com uso das boas práticas, são iniciativas preconizadas com o objetivo de favorecer o consumidor a ter maior acesso a alimentos em volume, qualidade e preços justos. A Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa/CE) preza por qualidade, informações e pela modernização do setor em todo Estado. Pensando nisso, em parceria com a Associação dos Servidores da Ceasa Ceará (ASCECE), está lançando uma revista com o objetivo de debater, gerar conhecimento, divulgar novidades, estatísticas, pesquisas e alertar sobre a legislação em torno do abastecimento de hortigranjeiros. Nesta primeira edição, a revista Abastecer Ceará, aborda assuntos importantes como a rastreabilidade dos produtos, o Índice de Preços da Ceasa Ceará (IPCE), aproveitamento de alimentos, os benefícios da alimentação à base de frutas, bem como curiosidade sobre a instabilidade e sazonalidade dos preços de produtos hortigranjeiros. A publicação não poderia

deixar de informar sobre projetos realizados pela Ceasa Ceará como o Ceasa nos Bairros, projeto contra o trabalho infantil, além do funcionamento dos entrepostos de Tianguá e Cariri. A revista também traz uma matéria sobre os 41 anos da Ceasa Ceará, contando como tudo começou e como ela se transformou em um dos maiores mercados de abastecimento de hortigranjeiros do País. Sabemos que ainda há muito a ser feito e estamos em busca de financiamento para ampliar e reformar a Ceasa Maracanaú e Tianguá. A expecativa é que ainda em 2014 possamos dar boas notícias. Boa leitura!

Reginaldo Moreira

Diretor Presidente da Ceasa Ceará

Abastecer Ceará R e v i s t a d a A s s o c i a çã o R e c r e a t i v a e B e n e f i c e n t e d o s S e r v i d o r e s d a C e a s a C e a r á ( A s c e c e ) . C e n t r a i s d e A b a s t e c i m e n t o d o C e a r á ( CEASA / CE )

Edição Nº 01 Ano I • Janeiro de 2014

Diretor Presidente

Reginaldo Moreira

Eduardo Aragão Oscar Saldanha César Nogueira

Diretoria de Marketing e Relações Institucionais Diretor Administrativo Financeiro Diretor Técnico

Conselho Editorial Analista de Mercado Odálio Consultor

Revisão

Girão

Ivens Mourão

Marcílio Freitas Nunes Chefe da Divisão Administrativa Dalva Carvalho Chefe da Divisão Financeira Clóvis Lima Chefe da Unidade de Recebedoria e Pagadoria Dalva Lima Divisão Técnica e Planejamento

Presidente da Associação dos Servidores da Ceasa Ceará (Ascece)

Raquel Almeida Kelly Garcia Periodicidade Trimestral Distribuição Nacional Tiragem 3 mil exemplares Gráfica Prontograf Gestão Comercial

Diretoria da Ceasa Ceará

Luiz de França Subrinho

Atendimento ao leitor imprensa@ceasa-ce.com.br Contatos (85)

3299-1701/3299-1237

EDIÇÃO VIRTUAL issuu.com/abastecerceara

Ceasa/ ASCECE Avenida Dr. Mendel Steinbruch, S/Nº Pajuçara, Maracanaú- Ceará

Coordenação Editorial Edição e Redação

Karla Camila Sousa Amanda Duarte Felipe Goes

A revista Abastecer Ceará não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e artigos

Assistente de Produção

assinados. As pessoas que não constam no expediente não tem autorização para falar em

DESIGN EDITORIAL

nome da revista ou de retirar qualquer tipo de material sem consentimento do presidente.

abastecer ceará #01


Notícias da Ceasa

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1.600 municípios abastecem a Ceasa Maracanaú Os três municípios que mais ofertaram produtos para a Ceasa foram Limoeiro do Norte, Petrolina e Tianguá

A

partir de 2002, a Ceasa/CE passou a informatizar os dados de comercialização do entreposto de Maracanaú. De acordo com essa pesquisa, de 2002 a 2013, os produtos hortigranjeiros tiveram origem de 1.600 municípios de todas as Unidades da Federação, a exceção de Rondônia. Segundo Ivens Mourão, consultor da Ceasa Ceará, de acordo com o estudo, a média anual dos ofertantes é de 475 municípios. Aqueles que ofertaram, em todos os anos do período avaliado, totalizam 118, representando 88,4 % da oferta média anual. Conforme ele, o Ceará participou com 145 municípios, sendo que 57 de maneira constante. Somente esses representaram 98,7% da oferta média anual do Estado. Ainda de acordo com a pesquisa, os Estados que contribuíram com maior número de cidades foram Minas Gerais, São Paulo e Bahia, respectivamente, com 253, 207 e 184 municípios. Porém, os dados indicam que, de maneira constante Minas Gerais, compareceu com 13 municípios, São Paulo com 2 e a Bahia com 9. As participações percentuais deles nas ofertas globais dos seus Estados foram, respectivamente de 73,8% (MG), 86,5% (SP) e 74,4% (BA). Os principais ofertantes, em média, foram Limoeiro de Norte com uma média de 30.583, 47 toneladas/ ano, Petrolina/ PE com 22.820,81 toneladas/ ano e Tianguá com 19.489,79 toneladas por ano.

ESTUDO

475

Municípios de diversos Estados do Brasil ofertam anualmente hortigranjeiros para a Ceasa Maracanaú

118

Municípios ofertaram produtos para o entreposto durante todo o período de pesquisa

145

Cidades cerenses abasteceram a Ceasa de 2002 a 2013, sendo que 57 de forma constante

janeiro de 2014


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HistÓRia

1972

no dia 9 de novembro, foi a inauguração da Ceasa Ceará com o objetivo de centralizar a distribuição de hortigranjeiros

Ceasa:

41 anOs De sUCessO No início da década de 1970, os produtos hortigranjeiros eram comercializados nas imediações do Centro de Fortaleza e em pequenos mercados na periferia. Não havia nenhum controle de higiene e qualidade dos produtos ou transparência de preços. Mas, um Decreto Federal determinou que a comercialização só poderia ser realizada nas Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa/CE)

abastecer ceará #01

C

om 41 anos de idade, as Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa/ CE), chegam à sua maturidade em pleno desenvolvimento. O espaço composto por cerca de 1.700 produtores cadastrados, 300 empresas instaladas e mais de mil permissionários, abastece todos os municípios cearenses, registra uma população flutuante de 15 mil pessoas por dia e gera mais de 10 mil postos de trabalho. Em homenagem às quatro décadas de vida desta gigante central de alimentos, a revista Abastecer Ceará vai contar o passo a passo desta história de sucesso. Nesta edição, vamos iniciar pela década de 1970, quando tudo começou. Inaugurada em 9 de novembro de 1972, durante o governo de César Cals, com o objetivo de centralizar a distribuição do hortigranjeiros, a Ceasa/CE fazia parte do Programa Nacional do Controle de Abastecimento de Produtos Hortigranjeiros, implantado pelo Sistema Nacional de Centrais de Abastecimento (Sinac), órgão criado pelo Governo Federal.


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Tudo começou quando, a partir de 1969, o Governo Federal, dando execução às prioridades estabelecidas quanto à modernização do sistema de abastecimento, aprovou diversos instrumentos básicos e mecânicos operacionais, visando a construção de Centrais de Abastecimentos e Mercados Terminais para a comercialização, em grande escala, de produtos perecíveis: hortigranjeiros e pescados. A execução desta meta governamental teve como um dos principais objetivos a melhoria de comercialização daqueles produtos, tanto sob o aspecto técnico operacional, quanto sob o aspecto de busca de preços mais justos em todos os níveis. Assim, o desenvolvimento do programa de Centrais de Abastecimento mobilizou quase todos de Estados e Municípios brasileiros. A partir do Decreto nº66.332, de 17 de março de 1970, o Governo Federal estabeleceu normas específicas sobre a implantação das Centrais de Abastecimento, relativas aos projetos de construção das unidades, investimentos programados e respectivas fontes de recursos. Em fase posterior, considerando a extensão e profundidade do programa, vieram medidas complementares que asseguravam o pleno funcionamento das Centrais de Abastecimento e Mercados Satélites, passando-se à União, funções de coordenação, de controle técnico, administrativo e financeiro do Projeto. Institucionalizava-se, assim, o Sistema Nacional de Centrais de Abastecimento-Sinac, pelo Decreto nº70.502, de 11 de maio de 1972, que atribuiu à Companhia Brasileira de Alimentos-Cobal, a gestão de seu desenvolvimento e consolidação, mantida a função normativa do Gemab, cujas atribuições se encontram hoje, na esfera de competência do Conselho Nacional de Abastecimento-Conab. O Programa de Mercados dos Produtores Rurais estabelecia 33 unidades a serem desenvolvidas a nível nacional, o qual teve seu início a partir do I Encontro Nacional sobre Mercados dos Produtores Rurais, realizado em setembro de 1974, em Brasília.

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A execução desta meta governamental teve como um dos principais objetivos a melhoria da comercialização a preços mais justos

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1. Uma equipe de engenheiros e gestores acompanharm de perto a construção do grande mercado de atacado. 2. O terreno foi escolhido no município de Maracanaú. janeiro de 2014


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HISTÓRIA

1. A construção da Ceasa Ceará foi realizada durante o Governo de César Cals. 2. Galpões foram feitos para abrigar atacadistas 1

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1970

No ínicio da década, os produtos hortigranjeiros eram comercializados nas imediações do Centro de Fortaleza e em periferias

Neste encontro, estabeleceram-se as diretrizes a serem seguidas, através de grupos de trabalho, focalizando as várias interações dos órgãos pertinentes. A princípio, por determinação do Sinac, o Programa de Centrais de Abastecimento priorizava os hortigranjeiros. A Ceasa/CE obedeceu a determinação, mas com o passar do tempo iniciou-se um processo de diversificação de atividades. Outros segmentos foram introduzidos em seus galpões, fazendo com que a Central assumisse uma forte característica de central de abastecimento polivalente. Inicialmente, a Ceasa contou com cinco galpões permanentes e um galpão não-permanente, prontos para receber a comercialização de hortigranjeiros.

Antes da Ceasa, não havia nenhum controle de higiene e qualidade dos produtos ou transparência de preços abastecer ceará #01

Mas, faltavam os produtores e compradores, que, inicialmente, resistiram à mudança do local. No início da década de 1970, os produtos hortigranjeiros eram comercializados nas imediações do Centro de Fortaleza e em pequenos mercados na periferia. Não havia nenhum controle de higiene e qualidade dos produtos ou transparência de preços. Os produtores e comerciantes traziam os produtos e os colocavam no chão para esperar o comprador. Contudo, o Decreto Federal nº 705002/2 determinou que a Ceasa iria centralizar o comércio de hortigranjeiros e caberia à Companhia Brasileira de Alimentos (Cobal) gerir as centrais de cada Estado. A resistência ao comércio no novo local só foi vencida depois de seis meses de pleno funcionamento do mercado, no município de Maracanaú. O primeiro Presidente da Ceasa/ CE foi João de Deus Cabral de Araújo. Também comandaram a central: Júlio

Rangel Pontes, João Pinheiro Freire, Raymundo Gomes Alves, Dalton Costa Lima Vieira, Paulo Afonso Cirino Nogueira, José Barbosa Mota, Jósio de Alencar Araújo, Diógenes Cabral do Vale, José Moreira de Andrade, Nazareno Nunes Cordeiro, Marcílio Freitas Nunes, Cícero Vasques Landim, Antônio Jeová Pereira Lima, José Flávio Barreto de Melo, Caetano Guedes de Araújo e Cândida Maria Saraiva de Paula Pessoa. Atualmente, a Centrais de Abastecimento do Ceará conta com três unidades de abastecimento distribuídas nos municípios de Maracanaú, Tianguá e Barbalha. A Ceasa/CE é presidida pelo geógrafo e bacharel em direito Antônio Reginaldo Costa Moreira, tendo como diretores: Oscar Saldanha do Nascimento (Diretor Administrativo Financeiro) Antônio César Nogueira (Diretor Técnico) e Eduardo Aragão Albuquerque Júnior (Diretor de Marketing e de Relações Interinstitucionais).


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Mercado de Alimentos

R

Rastreabilidade: o sucesso do comércio de hortigranjeiros Esse monitoramento depende da colaboração de todos os elos da cadeia produtiva e requer uma disciplina de identificação de produtos. Por meio da rastreabilidade, é possível identificar origem, lote, qualidade, entre outros ítens a respeito do mesmo produto

abastecer ceará #01

astrear é uma palavra-chave quando se fala em qualidade de produtos em qualquer ramo. E quando o assunto é alimentação a segurança dos consumidores está em primeiro lugar. Diante disto, a rastreabilidade atende a uma necessidade crescente de monitoramento de resíduos de agrotóxicos, com base nos produtos definidos pelo programa da Agência de Vigilância Sanitária, identificando a origem dos alimentos e regiões de produção. Entre as vantagens da rastreabilidade, estão o acesso a uma base de fornecedores qualificados, que beneficia os participantes da cadeia produtiva e também consumidores, além da redução do risco junto à legislação federal, que vigora sobre a segurança alimentar. Esse monitoramento depende da colaboração de todos os elos da cadeia produtiva e requer uma disciplina de identificação de produtos. Esta operação ocorre através da implantação do rastreamento dos alimentos junto aos fornecedoresm, sejam eles produtores ou distribuidores. Um dos programas desenvolvidos pela Associação Brasileira de Supermercados e inspirado nas boas práticas de produção agrícola (BPA) é o RAMA (Rastreamento e Monitoramento de Agrotóxico). Os participantes têm acesso a uma base de fornecedores e seu histórico de incidências de resíduos de agrotóxicos para os produtos monitorados, por meio de um modelo de cobertura coletiva, onde cada integrante realiza um número de análises condizente com o tamanho do seu negócio. Porém, têm acesso aos resultados de todos os participantes, mantendo o sigilo da informação. Contudo, um dos grandes questionamentos é a implantação da rastreabilidade em empresas que produzem e vendem em larga escala. Para exemplificar o sucesso desta logística, a revista Abastecer Ceará, conversou com a diretoria da Doce Mel, uma empresa séria, que atua há décadas no mercado de hortigranjeiros e está há 14 anos no Estado do Ceará.


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“Trabalhamos com todas as boas práticas que o mercado e orgãos fiscalizadores exigem. Isso agrega valor ao nosso produto e a marca” Roberto Cavalcanti Júnior, Diretor Administrativo da Doce Mel

Além da filial localizada em Maracanaú, a empresa mantêm uma no Estado da Bahia, outra em Recife e a matriz funciona em João Pessoa. A Doce Mel também exporta para países da Europa. A empresa comercializa cerca de três milhões de toneladas, mensalmente, sendo 95% de frutas. Segundo Jeremias Vicente Carlos, gerente comercial da Doce Mel, todos os produtos são rastreados. De acordo com ele, a preocupação com a rastreabilidade já acontece há cerca de quatro anos e surgiu a partir da exigência do próprio mercado. “Os países europeus exigiram de nós a rastreabilidade, portanto achamos que se conseguíamos fazer para lá, poderíamos também executar o mesmo processo aqui para o Brasil”, destaca. Para Jeremias, as vantagens da rastreabilidade são inúmeras: garantia para o consumidor final de que os produtos estão dentro dos padrões Agência de Vigilância Sanitária, maior credibilidade no mercado e, por consequência, o aumento nas vendas. “O processo é bem detalhado, nós tivemos que quebrar muitos paradigmas com os produtores. O investimento financeiro não é alto, mas é preciso dedicação e tempo para rastrear os produtos, além da colaboração dos produtores rurais”, ressalta Jeremias. A engenheira de alimentos responsável pelo Controle de Qualidade da Doce Mel Maracanaú, Dione Marinho, explica que o processo de rastreabilidade se inicia bem antes de embalar os produtos. Ela ressalta que é preciso identificar origem, fornecedor, peso, entre outros ítens. Contudo, antes do processo de embalagem, a Doce Mel realiza uma

10%

De cada carregamento que chega na empresa é avaliado. São analisadas textura, doçura, se há mofo ou cicatrizes nas frutas

análise sensorial das frutas. “Nós analisamos a textura, cor, se há cicatrizes, mofo ou perfurações. Além disso, analisamos o Brix dos produtos, processo que identifica a quantidade de açúcar”, diz. A engenheira de alimentos ressalta que são analisados cerca de 10% do total de cada carregamento que chega na empresa. “Apesar de ser difícil manter uma padronização, é preciso tentar. Só assim é possível garantir a qualidade. O mercado hoje cresce bastante e é exigente. Muitos supermercados só compram produtos rastreados”, diz Dione. Para facilitar ainda mais a vida do consumidor, Dione explica que a Doce Mel implantou em suas embalagens um programa que pode ser identificado por meio de celulares com o sistema androide. Por meio deste programa, o cliente escaneia um QR Code que vem junto da embalagem e tem acesso a todas as

informações do produto rastreado, desde a origem até a qualidade do mesmo. “Atualmente, as pessoas têm a vida muito corrida e, por meio deste aplicativo, elas se sentem mais seguras em consumir os hortigranjeiros”, ressalta. Para Roberto Cavalcanti Júnior, diretor administrativo da Doce Mel, a empresa só tende a crescer, oferecendo a segurança para o cliente. “Trabalhamos com todas as boas práticas que o mercado e órgãos fiscalizadores exigem. Isso agrega valor ao nosso produto e à nossa marca. O importante é passar para os clientes que os produtos têm respaldo e responsabilidade, sem riscos à saúde. Por meio da rastreabilidade, podemos controlar os lotes dos carregamentos e saber a origem de cada produto, levando assim excelência para a mesa do consumidor. Isso traz um diferencial para a empresa”, conclui. janeiro de 2014


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Hortigranjeiro

Os caminhos do tomate No ramo dos hortigranjeiros, é comum existir variações de preços durante o ano. Mas, ultimamente, o tomate vem chamando atenção dos consumidores diante de sua sazonalidade. Saiba o porquê de tantos altos e baixos desta hortaliça-fruto

abastecer ceará #01


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“No primeiro semestre de 2013, os preços do tomate variaram bastante diante da seca nos estados do Nordeste, isso causou sazonalidade” Odálio Girão, Analista de Mercado da Ceasa

O

tomate está diariamente na mesa dos brasileiros, seja no tempero da comida, no molho, no suco ou na salada. Este ano, a estiagem nos estados do Nordeste e as fortes chuvas seguidas de uma entressafra em alguns Estados do Sudeste, como Minas Gerais e Espírito Santo, fornecedores de tomate para o Ceará, prejudicaram a produção. As consequências são as intensas variações de preços do produto, fator que influencia na venda e no consumo do tomate. Para compreender esta sazonalidade e com tantos altos e baixos, é preciso conhecer os caminhos desta hortaliçafruto. De onde vem, como é produzida e porque fica tão cara em algumas épocas do ano. No Ceará, segundo Odálio Girão, Analista de Mercado da Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa/CE), o tomate é produzido na Serra da Ibiapaba, especificamente nos municípios

de Tianguá, Guaraciaba do Norte, São Benedito, Ubajara e Ibiapina. Contudo, o Estado conta com apoio da safra da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Porém, de acordo com o Analista de Mercado, a produção do tomate depende de fatores climáticos. No primeiro semestre de 2013, os preços do produto aumentaram, significativamente, diante da seca na região Nordeste, inclusive nas regiões produtoras do tomate, e também por conta das chuvas em Minas Gerais e Espirito Santo. Diante disto, o produto virou até motivo de piada, chegando a ser comparado com pedras preciosas e até ouro. O fato é que, em janeiro de 2013, a caixa com 25 quilos de tomate foi vendida na Ceasa/CE a R$39, passando para R$49 no mês de fevereiro e chegando ao limite de preço do ano em março, quando a caixa foi vendida por R$54.

Os valores só começaram a declinar a partir de julho e a média de preços da caixa com 25 quilos passou para R$24. Em agosto, caiu para R$13 e em setembro foi o mês em que o tomate teve a menor média de preços do ano, sendo vendido a R$12. E a explicação para esta queda, segundo Odálio Girão, apesar da seca do Nordeste é a contribuição das áreas irrigadas nos Estados de Minas Gerais e Espirito Santo, fator que acelera a colheita do tomate. Ou seja, para manter a estabilidade no preço do produto, muitas vezes, o Ceará depende da chegada de carregamentos vindos de fora do Estado. Para se ter uma ideia, segundo Odálio Girão, na penúltima semana de outubro de 2013, a caixa com 25 quilos estava sendo vendida por R$50 na Ceasa. Contudo, na última semana janeiro de 2014


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HoRtiGRanjeiRo

R$54,34

Foi a média de preços da caixa de 25 quilos de tomate vendida na Ceasa-CE, durante o mês de março de 2013

do mesmo mês, a chagada de dois carregamentos enviados de áreas irrigadas do Espírito Santo e Bahia, ambos com 14 toneladas, refletiram positivamente no preço do tomate reduzindo o valor da caixa pela metade. Reflexo no comércio Toda esta instabilidade vem gerando um reflexo no comércio. No entanto, os produtores cearenses já utilizam de técnicas especiais para evitar a escassez seguida de alta no preço. O comerciante Francisco Pereira, mais conhecido como Cavan do Tomate, há 26 anos revende o produto nos galpões da Ceasa Ceará. Ele afirma que esta oscilação nos preços do tomate não é algo exclusivo da hortaliça-fruto, mas é um problema enfrentado por grande parte dos hortigranjeiros. Para driblar esta problemática, Cavan ressalta que os produtores do abastecer ceará #01

Ceará, estão utilizando o Sistema de Irrigação por Gotejamento, um método, segundo ele, econômico de levar a quantia de água adequada diretamente para as plantas por meio de gotejadores. “A terra é irrigada gentilmente e o sistema evita evaporação e vazamentos. Este eficiente tipo de irrigação provê para as raízes de cada planta a quantidade exata de água”, ressalta Cavan. Este método, de acordo com Cavan, tem contribuido muito na produção do tomate, principalmente, nos períodos de seca. Ele ressalta que, diante da falta de água, os produtores cearenses constroem poços profundos que auxiliam na irrigação. Para ele, esta tecnologia, tem acelerado a produção local e melhorado a qualidade do hortigranjeiro. Já que segundo Cavan, apesar de todo cuidado no transporte do tomate proveniente

dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a qualidade e o frescor do produto cearense são bem melhores, pois o tomate não precisa viajar horas para chegar à mesa do consumidor. “A vantagem do tomate plantado em solos cearenses é que o produto é colhido hoje e amanhã já está sendo comercializado, portanto fica mais fresco”, destaca. Outro diferencial, segundo Cavan, é o preço do frete. O carregamento de fora cobra muito caro e este valor precisa ser inserido no preço do produto. Para este ano de 2014, Cavan está esperançoso e acredita que os produtores já estão preparados. “Diante da seca no ano passado, muitos agricultores e empresários já estão trabalhando com áreas irrigadas e investiram em tecnologia, certamente, iremos sentir menos esta sazonalidade. do tomate”, conclui Cavan.


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EVOLUçÃO MENsAL DOs PREçOs A NÍVEL DE ATACADO (R$) na tabela abaixo, é possível comparar as médias de preços do tomate nos anos de 2012 e 2013. no ano passado, o 1º semestre registra valores elevados. Já em 2012, os preços aumentaram no 2º semestre/ano.

Jan

39,73

Fev

19,04

Fev

49,94

Mar

18,41

Mar

54,34

Abr

20,74

Abr

50,13

Mai

34,84

Mai

48,11

Jun

34,51

Jun

45,5

Jul

43,50

Jul

24,46

Ago

37,75

Ago

13,95

Set

37,11

Set

12,93

Out

38,99

Out

17,35

Nov

20,88

Nov

29,64

Dez

43,54

Dez

40,75

Média

31,10

Média

32,16

2013

23,85

2012

Jan

fOnTE: CEASA-CE

janeiro de 2014


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Ação Social

Não ao trabalho infantil!

A ação permanente pretende conscientizar sobre a relevância do assunto e evitar a exploração de menores no ambiente de trabalho. A atividade conta com o apoio de colaboradores, orientadores de mercado, vigilantes, comerciantes e consumidores

abastecer ceará #01


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P

or meio do slogan “Lugar de criança é na escola. Trabalhar é coisa de adulto. Não ao trabalho infantil”, a Centrais de Abastecimento do Ceara (Ceasa/CE) pretende enfatizar a educação como caminho central para discutir o espaço de socialização das crianças e adolescentes. Em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) e o Governo do Estado, a Ceasa iniciou, em junho de 2013, um plano de mobilização contra o trabalho infantil nos entrepostos cearenses. A iniciativa tem gerado resultados positivos e direcionado os menores de idade, que antes trabalhavam de forma indevida, para as escolas. O objetivo da ação permanente é conscientizar sobre a relevância do assunto e evitar a exploração de menores. O plano é direcionado aos comerciantes e consumidores e conta com uma fiscalização contínua por parte dos colaboradores, orientadores de mercado e vigilantes. Segundo Dalva Vieira Carvalho, chefe da Divisão Administrativa e coordenadora do Núcleo contra o Trabalho Infantil da Ceasa, a mobilização foi motivada pela Delegacia do Trabalho em prol de combater a exploração do trabalho infantil. Ela enfatiza que o problema não acontece somente na Ceasa, mas há uma incidência em todo o Ceará. “Essa é uma política contínua que obedece a uma Lei Federal, no sentido de coibir a exploração da mão de obra infantil. Criamos uma estratégia de ação com cronograma de atividades, no qual está incluso a publicidade e a divulgação em todos os entrepostos da Ceasa”, ressalta. A média de idade das crianças e adolescentes encontradas no mercado trabalhando varia de 10 a 15 anos, segundo Dalva Carvalho. Ela explica que a primeira ação é chamar a criança e o responsável para uma conversa. Em seguida, o pai, ou a mãe, preenche uma ficha com todos os dados do menor e o mesmo é encaminhado para acompanhamento realizado por um orientador social do Centro de Referência Especializada e Assistência Social (Creas) de Maracanaú.

Porém, Dalva ressalta que é preciso enfrentar um grande desafio: mudança de paradigmas, pois o trabalho infantil ainda é visto por parte da população como algo natural. “Aqui, temos uma grande dificuldade de convencer os pais de que a Ceasa não é o melhor local para trazer o filho, pois é uma unidade que movimenta uma cadeia produtiva imensa, além do que o horário de comercialização iniciado durante a madrugada, certamente, prejudicará o sono da criança e o seu rendimento na escola”, destaca a coordenadora. Ainda de acordo com ela, para os pais que pretendem que o filho dê continuidade ao negócio da família, nada melhor do que o mesmo estudar e se especializar e só depois trabalhar, na idade certa.

“Essa é uma política contínua que obedece a uma Lei Federal, no sentido de coibir a exploração da mão de obra infantil” Dalva Vieira Carvalho, chefe da Divisão Administrativa e coordenadora do Núcleo contra o Trabalho Infantil da Ceasa

ço e a escola onde ele estuda. O segundo passo é visitar a escola para saber sobre a situação escolar, frequência e cognição. Por fim, é a vez da visita domiciliar. “Fazemos o acompanhamento necessário e tentamos explicar os malefícios do trabalho indevido para as crianças e adolescentes. No entanto, se Parceria de Sucesso a família insistir em reincidir, os orienSegundo Dalva Carvalho, um dos printadores sociais devem fazer um relatócipais motivos da iniciativa ter dado rio e encaminhar pra o conselho tutelar certo foi a parceria realizada com o e, desde já, o processo passa para a insCreas Maracanaú. O órgão faz um tância jurídica”, ressalta Elaine. trabalho social de conscientização e A orientadora social afirma que o acompanhamento, insere as crianças e trabalho do Creas Maracanaú foi basadolescentes em programas sociais do tante facilitado após a criação do NúGoverno e os encaminha para grupos cleo contra o Trabalho Infantil. Essa de esporte e lazer. parceria é maravilhosa. “Se todos A orientadora social Elaine os órgãos tivessem essa iniCristina Marques explica ciativa, o cenário do traque o primeiro passo é balho infantil ilegal no Foi o ano que a Ceasa colher o maior número Ceará poderia ser bem reforçou o trabalho contra de dados da criança. O diferente”, conclui a a exploração de crianças nome completo, endereorientadora social. e adolescentes nos entrepostos

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Responsabilidade Social

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1. O presidente da Ceasa Ceará, Reginaldo Moreira, recebe das mãos do governador Cid Gomes a chave do ônibus que vai circular no Cariri 2. O projeto incentiva o consumo de frutas,legumes e verduras 2

Projeto Ceasa nos Bairros: praticidade E preços acessíveiS Já pensou em um mercadinho móvel, na esquina de casa, vendendo frutas, legumes e hortaliças a preços de atacado? Este projeto existe e tem nome: é o Ceasa nos Bairros

O

projeto é realizado por meio de um ônibus repleto de hortigranjeiros de boa qualidade e circula, de segunda-feira a sábado, por cinco bairros de Fortaleza e um no município de Pacatuba. No último mês de dezembro, o Ceasa nos Bairros ganhou o reforço de novas três unidades móveis, duas estão na Capital e uma foi encaminhada para a Ceasa Cariri, localizada no município de Barbalha. A iniciativa é realizada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) e da vinculada Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa/CE). A aquisição dos novos ônibus deve fortalecer o projeto que existe desde dezembro de 2005. O objetivo é aproximar o atacadista do consumidor e oferecer aos cidadãos hortigranjeiros de boa qualidade com preços acessíveis, semelhantes aos praticados na própria Ceasa. Além da qualidade e do preço, a população tem ainda a comodidade de comprar seus produtos na porta de casa. Atualmente, uma unidade móvel circula de segunda-feira a sábado, nos bairros

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Aldeota, Cajazeiras, Cidade dos Funcionários, São Gerardo e no Centro do Município de Pacatuba. Com a aquisição de mais três unidades, novas rotas serão definidas, priorizando as áreas carentes. O coordenador do Ceasa nos Bairros, Odálio Girão, destaca a importância do projeto que, atualmente, por meio de uma unidade móvel, já beneficia 2.300 famílias e comercializa 42 toneladas de hortigranjeiros mensalmente. “Com a compra dos novos equipamentos, a nossa expectativa é atender pelo menos 10 bairros e cerca de 10 mil famílias por mês”, ressalta Odálio. Segundo Girão, entre as vantagens do programa, além da comercialização próxima das casas dos clientes, está o preço acessível do hortigranjeiro, pois os produtos vendidos nos ônibus não podem ultrapassar 10% do valor de atacado da Ceasa Ceará. Para Eduardo Aragão, Diretor de Marketing da Ceasa, o projeto além de estimular o consumo saudável de frutas, legumes e verduras permite um fácil acesso da população a preços semelhantes aos praticados na Ceasa.

Rotas atuais do projeto

Acompanhe os dias e locais do Ceasa nos Bairros Segunda Aldeota; Rua José Vilar com Tenente Benévolo Campo do América )

Terça Cajazeiras; Av. Deputado Paulino Rocha, 1001 (Morada dos Bosques )

Quarta Cidade dos Funcionários; Lago do Jacareí

Quinta São Gerardo; Rua Antonina do Norte (Por trás do Instituto dos Cegos )

Sexta Aldeota; Rua José Vilar com Tenente Benévolo (Campo do América )

Sábado Pacatuba; Centro (Praça da Juventude)



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Centrais de Abastecimento - CARIRI E TIANGUÁ

Ceasa Cariri faz licitação para áreas desocupadas Ministério Público Estadual determinou que o comércio atacadista de frutas, legumes e verduras do Cariri só aconteça dentro da Centrais de Abastecimento do Ceará

A

Ceasa Cariri iniciou, em dezembro de 2013, um novo processo licitatório para comercialização das áreas desocupadas. Inaugurada em fevereiro de 2012, o entreposto movimenta cerca de três mil toneladas por mês, o que resulta em 40 mil toneladas por ano. A unidade da Ceasa Ceará abastece dezenas de municípios cearenses, além de Estados como Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba. Contudo, ainda existem áreas abertas à ocupação e outras que estão ocupadas, mas não ofertam mercadorias. Para solucionar a questão, a Central irá reaver os espaços ociosos (pagos e não comercializados) para uni-los às áreas desocupadas, a fim de realizar licitação. De acordo com o diretor técnico da Ceasa Ceará, César Nogueira, o local

possui 360 módulos, 50 boxes, 15 lojas, três lanchonetes e um estacionamento com vagas para mais de 200 veículos. Parte do espaço é destinado à agricultura familiar. Dos 360 módulos, 84 são destinados ao Pronaf. Todas as áreas foram licitadas em dois momentos. O primeiro processo, concluído em janeiro de 2012; e o segundo, no dia 30 de agosto deste ano. Dos 50 boxes, apenas sete não foram ocupados e, das 15 lojas, cinco estão desocupadas. Ainda há uma área de 52m² destinada para uma lanchonete. A expectativa, segundo César Nogueira, é de que, no próximo ano, a Ceasa Cariri esteja ampliada e chegue ao pleno funcionamento. “A licitação será aberta para comerciantes de todo o Bra-

40 mil

Toneladas de hortigranjeiros são comercailaizados, em média, por ano na Ceasa Cariri. O entreposto abastece diversos Estados.

abastecer ceará #01

sil. Esperamos, com esse novo processo, acelerar a comercialização. Acreditamos que, com o crescimento da região e a chegada de diversas redes de supermercados, shoppings, hotéis, entre outros investimentos, a Ceasa Cariri consiga se desenvolver ainda mais”, ressalta ele. Além da nova licitação, outra ação que beneficiará o comércio da Ceasa Cariri vem por meio de uma decisão do Ministério Público do Ceará, através da Procuradoria Geral de Justiça, que firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual determina que os comerciantes que vendem hortigranjeiros no atacado e abastecem os permissionários do Mercado do Pirajá só poderão realizar as vendas na própria Centrais. O TAC ainda estabelece que, os produtos que forem comercializados em bancas estabelecidas fora do Mercado do Pirajá, acomodados sobre o solo, lonas ou em outras formas de suporte, serão apreendidos. Segundo a determinação, a SR Empreendimentos, na condição de concessionária de todos os mercados municipais de Juazeiro do Norte, viabilizará a devida regularização dos vendedores varejistas de hortigranjeiros que comercializam informalmente fora das dependências do Mercado Pirajá. Já a Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte, em parceria com o Departamento Municipal de Trânsito, a Secretaria Municipal de Saúde e Polícia Militar, atuará viabilizando a fiscalização.


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5mil

pessoas, entre elas produtores, comerciantes e consumidores, circulam diariamente no entreposto da Ceasa em Tianguá

Pólo produtor e comercial do Ceará Diariamente, circulam no entreposto cerca de cinco mil pessoas, entre comerciantes, produtores e carregadores. Mais de 75 mil toneladas de hortigranjeiros são comercializadas por ano na Ceasa Tianguá

E

ntre as vantagens de produzir o que se comercializa, além do frescor dos alimentos é o baixo preço. A serra de Ibiapaba, no Ceará, é um dos principais pólos agrícolas do Nordeste e é lá onde está instalada a Ceasa Tianguá. O entreposto, inaugurado em setembro de 1977, abastece não apenas os municípios cearenses, mas também Estados como Maranhão, Piauí, Pará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia. Somente durante o ano de 2013, foram comercializados 75.117,5, toneladas de hortigranjeiros, o que representa

uma media de 6.259,8 toneladas por mês. Segundo Júlio Teixeira, supervisor administrativo da Ceasa Tianguá, os campeões de vendas são: tomate, com 10.588 toneladas comercializados, maracujá, com 8.706 toneladas, banana pacovan, com 5.931,9 toneladas, pepino, com 4.934,7 toneladas; batata doce, com 4.547,7 toneladas, pimentão , com 3.785,4; cenoura, com 3.020,3 toneladas e laranja, com 2.552,3 toneladas. De acordo com Júlio, cerca de 5 mil pessoas circulam diariamente no entreposto, entre produtores, comerciantes

Somente durante o ano de 2013, foram comercializados 75.117,5 tonelafas de hortigranjeiros na Ceasa Tianguá. Isso representa 6.259,8 toneladas por mês e carregadores. “Como a Região da Ibiapaba é uma das maiores produtoras do Estado, os comerciantes não necessitam se deslocar para outras praças para vender os produtos, pois realizam suas transações na Ceasa, essa é uma das melhores vantagens”, ressalta. janeiro de 2014


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RentabiLidade e pReÇos

Ceasa DesenVOlVe ínDiCe De PReçOs Ao todo, são analisadas a variação de preços de 22 tipos de frutas, seis folhas, flor e harte, 11 hortaliças-fruto e de nove raízes, bulbo e rizoma

39,8%

Foi a elevação média dos hortigranjeiros registrada pelo índice de preços da ceasa ceará (ipce), em abril de 2013

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O

Índice de Preços é um importante instrumento de medida frequentemente usado para comparar variáveis econômicas, relacionadas entre si e obter uma análise simples e resumida das mudanças ocorridas ao longo do tempo. A partir de junho de 2012, a Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa/CE) iniciou as observações para apuração dos preços de produtos que ingressaram no mercado durante o ano. Diante das análises desenvolveuse o Índice de Preços da Ceasa Ceará (IPCE). Para construção dos dados, foram escolhidos 48 itens de hortigranjeiros com freqüência de compra. Ao todo, são analisadas as variações de preços de 22 tipos de frutas, seis flor e harte, 11 hortaliças-fruto e de nove raízes, bulbo e rizoma. O Analista de Mercado da Ceasa, Odálio Girão, explica que a escolha dos produtos foi baseada na importância de cada um, levando-se em conta a quantidade ofertada e sazonalidade ao longo do ano. A avaliação, segundo Odálio Girão, influencia diretamente em uma análise mais precisa do mercado. De acordo com ele, os produtos que mais variaram no IPCE foram: tomate, pepino, chuchu, vagem, beterraba,

couve, pimentão e cenoura. Entre as frutas, estão o maracujá mamão, limão, manga e banana. Para demonstrar a oscilação de valores do mercado de hortigranjeiros, a Ceasa/CE realizou um balanço do IPCE de janeiro a dezembro de 2013. A análise mostrou que as variações do período que registram aumento na média geral do mês em relação aos 48 produtos aconteceram em janeiro de 2013, quando os indicadores apontaram elevação de 26,6% dos hortigranjeiros e durante o mês de abril do mesmo ano, quando os indicadores mostram uma elevação de 39,8% na média geral. Segundo Odálio Girão, um dos produtos responsáveis pela elevação da média geral, em janeiro do ano passado, foi a batata inglesa, registrando um aumento de 40% em relação a dezembro de 2012. O preço do saco de 50 quilos passou de R$90 para R$126 em janeiro. Já em abril, um dos vilões do aumento de preço foi o tomate, com elevação de 29,77%. Passando de R$61 em março para R$80 em abril. Ainda de acordo com os dados do IPCE, os meses que registraram a maior queda nos valores gerais dos hortigranjeiros foram os de maio, regis-

A partir de junho de 2012, a Ceasa iniciou as observações para apuração e avaliação dos preços de produtos que ingressaram no mercado trando a queda de (-10,7%) e junho, mês, em que o Índice detectou uma redução dos preços de (-12,4%). Conforme o Analista de Mercado, Odálio Girão, entre os produtos que mais declinaram em maio, portanto são responsáveis pela queda de preços da média geral do mês, o especialista cita o pepino (-48%) e a cebola (-38%). Já no mês de junho, os responsáveis pela queda na média geral do IPCE foram a cenoura (-42%) e o chuchu (38,3%). O dados do IPCE também registram o acumulado do ano em cada categoria. No item frutas, se somados todos os meses do ano, é possível perceber uma elevação de 14,44%. Já na categoria flor e harte o acumulado mostra um aumento de 2,80%. Já nas hortaliças fruto é possível verificar uma queda de -21,94% e na categoria raiz bulbo e rizoma, uma aumento de 11,45%. O acumulado geral do ano ficou em alta de 2,58%.

ÍNDICE DE preços da Ceasa-ce (IPCE)* Para demonstrar a oscilação de valores dos hortigranjeiros, a Ceasa Ceará realizou um balanço do IPCE de janeiro a dezembro de 2013. Foram escolhidos 48 itens que apresentaram grande frequência de compra

setor

frutas flor harte hortaliças fruto raiz,bulbo rizoma geral fonte: ceasa-ce

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez total*

14,44%

-1,6

-6,5

-7,1

41,6

-6,0

-5,1

-2,0

7,2

4,0

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1,8

0,9

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-11,7

-5,1

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-8,4

-16,8

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7,2

-9,5

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0,5

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2,80%

-17,3

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-21,94% 11,45%

26,6

9,9

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60,8

-10,8

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-6,0

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-12,3

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1,3

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39,8

-10,7

-12,4

-5,4

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-0,7

4,0

7,4

2,58%

*valores referentes ao ano de 2013

janeiro de 2014


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Restaurante AV Maria

Praticidade, conforto e comida boa! Com o cardápio bastante variado, o restaurante atende a todos os públicos. Os pratos mais procurados são: o bacalhau a Gomes de Sá, salmão grelhado com molho de alcaparras, escondidinho de carne de sol e a galinha caipira

I

magine em meio a um grande centro atacadista de hortigranjeiros, entre dezenas de lojas, galpões e caminhões carregados de frutas, um lugar bom, confortável, climatizado, oferecendo um cardápio diversificado e pratos saborosos? Este é o restaurante AV Maria, localizado na Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa/CE), em Maracanaú. A ideia de montar um restaurante surgiu a partir dos sócios Vinicius Queiroz e Alberto Rocha, proprietários da empresa AV Abacates, da Ceasa. Empreendedores, eles enxergaram a necessidade de existir um restaurante com espaço amplo, higiene e acima de tudo, com qualidade dentro do entreposto. Quando surgiu a oferta para a aquisição do restaurante, apesar de ser um ramo bem diferente do comércio que trabalham, o hortigranjeiro, então eles decidiram investir. Para tocar o negócio, os empresá-

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Os pratos mais procurados do cardápio são: o bacalhau Gomes de Sá, salmão grelhado com molho de alacaparras e o escondidinho de carne de sol rios convidaram Maria Conceição Nunes para compor a sociedade no restaurante. Ela conta que já trabalhava no ramo de alimentação há mais de quinze anos e, portanto, aceitou oconvite. A empresária explica que o nome fantasia do lugar foi uma combinação perfeita, como já existia a sociedade AV de (Alberto e Vinicius), se pensou em fazer uma combinação também com o nome dela, ficando AV Maria Restaurante. Com o cardápio bastante variado, o restaurante atende a todos os públicos. Os pratos mais procurados, segundo Conceição são: o bacalhau a Gomes de Sá, sal-

mão grelhado com molho de alcaparras, escondidinho de carne de sol e a galinha caipira, além da culinária regional. Para manter a qualidade e a excelência do empreendimento, a empresária destaca que toda a matéria prima é de qualidade e os funcionários passam por treinamento de boas práticas na manipulação de alimentos com renovação anula do curso. Além de todo esse cuidado, Conceição garante que o cliente é muito bem atendido e recebem como cortesia um bom cafezinho,frutas e rapadura.

Serviço Restaurante AV Maria Horário de funcionamento Segunda-feira a sábado das 6h às 14h30 Contato 85 3299.1265


B��et Completo

Av. Dr. Mendel Steinbrush, S/N - Ceasa - Galpão 8 Lj 01 - 1º Andar Pajuçara - Maracanaú / (85) 3299.1265

Rua Pedro Batista, 341 Pajuçara - Maracanaú - Ceará / (85) 3215.2118

Rocha e Queiroz comércio de Hortfrutigranjeiros ltda CNPJ: 10.768.911/0001-17 CGF: 06.380.675-4 Av. Dr. Mendel Steinbrush S/N - Módulos 03-30-31-34-35-62-63 D/BL 02 GNP Sul - Ceasa - Pajuçara - Maracanaú - Ceará (85) 3299.1264/9997.1342 / 9942.5963


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SEGURANÇA

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Câmeras, 20 vigilantes desarmados, além de 16 Policiais Militares, duas motos e uma viatura fazem a segurança na Ceasa/CE

Os olhos e os ouvidos do mercado Integração, comunicação e treinamento são as palavras-chaves para fortalecer a segurança no entreposto da Ceasa em Maracanaú. A diretoria acompanha todas as ocorrências por meio de relatórios mensais realizados por vigilantes e policiais

P

ara os que conhecem o entreposto da Ceasa em Maracanaú, a impressão é que o lugar é uma verdadeira cidade. São duas agências bancárias funcionando durante manhã e tarde, unidade de saúde, posto de gasolina, restaurantes, lanchonetes, entre as centenas de lojas e grandes galpões de hortigranjeiros. E, em toda cidade que se preze, é preciso existir segurança. Para isso, a administração disponibiliza 37 câmeras no mercado, 20 vigilantes desarmados, além dos 16

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Policiais Militares em regime de escala, duas motos e uma viatura, cedidos pelo Governo do Estado. A administração também conta com o apoio de 20 orientadores de mercado, colaboradores, comerciantes e consumidores que agem em conjunto, trabalhando como se fossem os olhos e os ouvidos do mercado. Essa integração entre orientadores, vigilantes, e policiais é fundamental para o perfeito funcionamento da Ceasa, afirma o diretor técnico César Nogueira. Para ele, todas as ações devem

se concentrar no mercado. Contudo, o diretor afirma que, para isso acontecer, é necessário uma boa comunicação entre os mesmos, além de treinamentos e capacitações na área. Foi pensando nessa integração que César Nogueira, juntamente com o Núcleo de Qualidade e a diretoria da Ceasa, investiram, durante o mês de dezembro de 2013, em um treinamento para vigilantes e orientadores de mercado. O curso teve como foco: Técnicas de Operacionalização do Mercado,


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Orientações Básicas para Comunicação com Estrangeiros, Desempenho Administrativo Financeiro, Desenvolvimento Pessoal e Comportamento Humano. “O treinamento é essencial, pois eles necessitam atuar muito além de uma voz de comando. Orientadores, vigilantes e policiais precisam ter iniciativa própria e saber que o trabalho de um, muitas vezes, depende da colaboração do trabalho do outro”, destaca César Nogueira. Segundo Odálio Girão, Analista de Mercado da Ceasa e um dos moderadores do curso, o objetivo do treinamento foi oferecer aos profissionais qualificação, além de estimular os colaboradores a compor uma equipe que cresce com a empresa. “A Ceasa oferece treinamentos empresariais para seus colaboradores com o objetivo de alcançar a ex-

“O grande diferencial de a Ceasa Ceará realizar um acompanhamento permanente e diário é poder ter controle sobre todas as áreas.” Oscar Saldanha, Diretor Financeiro da Ceasa/CE

celência. Acreditamos que uma equipe motivada e treinada constantemente está sempre disposta a modificações e novas estratégias, aumentando a probabilidade de crescimento”, destaca. Além do treinamento que facilitou a integração entre os setores, segundo Oscar Saldanha, diretor financeiro da Ceasa, um controle feito, diariamente, por meio de um relatório facilita

a identificação de áreas vulneráveis e fortalece a segurança no mercado. De acordo com ele, a Ceasa, por meio de sua segurança privada e pública, consolida estatísticas mensais a respeito de ocorrências dentro do entreposto. Ele afirma que, de janeiro a novembro, apenas 49 ocorrências foram registradas, o que representa uma média de 5,44/mês. “A maioria é de pequenos furtos. O grande diferencial de realizar um acompanhamento permanente e diário é ter controle sobre todas as áreas. Assim, é possível saber onde está vulnerável e reforçar a vigilância no local. No entanto, é importante frisar que todos que circulam a no mercado, sejam destinados para a atividade de segurança ou não devem funcionar como se fossem olhos e ouvidos da Ceasa”, conclui.

janeiro de 2014


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ResponsabiLidade sociaL

aPROVeitamentO De alimentOs: POR Um mUnDO melHOR! Atualmente, 220 permissionários da Ceasa Ceará são cadastrados no programa Mesa Brasil Sesc. Somente no ano passado, 850.425 toneladas de alimentos foram arrecadadas no entreposto de Maracanaú

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J

ogar fora no lixo. Esta é uma das frases que está mais fora de contexto na atualidade. E se a expressão estiver relacionada à comida, a situação é bem pior. Nos tempos modernos, a tecnologia tem proporcionado muitos avanços e um deles é a segurança alimentar, que envolve a refrigeração e conservação dos alimentos, podemos contar também com o aproveitamento e a reciclagem. À primeira vista, nada vai para o lixo, tudo se aproveita. Essa lei também é válida nas Centrais de Abastecimentos por todo o Brasil. Na Ceasa Ceará, não poderia ser diferente. Para se ter uma ideia, somente no entreposto de Maracanaú, em novembro de 2013, foram comercializados 38.172.70 toneladas de produtos, o que equivale a 1.272 toneladas por dia. Deste total, 65.089 toneladas de hortigranjeiros que poderiam ser jogados fora, foram aproveitados, seja por coleta de catadores ou doações para programas sociais. Essa situação é uma constante e se repete diariamente na Ceasa. Um dos principais beneficiados com estas doações e, portanto, responsável pelo aproveitamento de grande parte dos hortigranjeiros da Ceasa é o programa Mesa Brasil do Serviço Social do Comércio (Sesc). A parceria, que já existe há cinco anos, é um sucesso e vem crescendo. Atualmente, 220 permissionários estão cadastrados e doam frutas, legumes, verduras, cereais, laticínios, entre outros alimentos ainda em bom estado, mas que não seriam comercializados. De acordo com dados do Sesc, somente no ano passado, 850.425 toneladas de alimentos foram arrecadadas na Ceasa. Um número superior, se comparado com a arrecadação de 2012, quando foram doados 760.853 toneladas de alimentos. Em 2011, foram 431.069 toneladas. A diretora regional do Sesc, Regina Leitão, explica que o Mesa Brasil Sesc é uma rede nacional de solidariedade que atua na área de segurança alimentar e nutricional, através da doação de alimentos a entidades sociais que atendem a pessoas em situação de insegurança alimentar e vulnerabilidade social. Paralelamente, desenvolve ações

Arrecadação

850t

Em 2013, foram arrecadadas 850.425 toneladas de alimentos na Ceasa

760t

Já em 2012, foram arrecadadas 760.853 toneladas de alimentos

431t

E em 2011, foram arrecadadas 431.069 toneladas de alimentos de acordo com dados do Sesc

“Esta é uma iniciativa do Sesc que dissemina a cultura da responsabilidade compartilhada para a garantia do direito humano à alimentação” Regina Leitão, diretora regional do Sesc educativas voltadas para o consumo consciente dos alimentos e resgate da cidadania. Essa rede, segundo ele, funciona por meio de parceria com doadores, entidades sociais e voluntários. “Esta é uma iniciativa do Sesc que dissemina a cultura da responsabilidade compartilhada para a garantia do direito humano à alimentação. O Mesa Brasil Sesc existe há 10 anos como Rede Nacional, mas no Ceará é uma realidade há onze anos. Inicialmente, no Ceará, com o nome de ‘Amigo do Prato’ e depois integrou a Rede Nacional”, destaca Regina. Para a diretora regional, as vantagens são diversas, indo da redução de custos com descarte de produtos fora dos padrões de comercialização, mas próprios para consumo, até a participação em ações educativas sobre temas de interesse comum da sociedade. Ela explica que todo e qualquer alimento é recebido: frutas, legumes e verduras, frios e laticínios, grãos e cereais, enlatados e conservas, pães e massas, carnes e derivados. Ao receber a doação, a equipe técnica do Sesc, composta por nutricionistas, faz a triagem dos alimentos, condicionamento dos mesmos e, logo em seguida, a distribuição pra as entidades sociais cadastradas no Programa Mesa Brasil do Ceará. “O Mesa Brasil Sesc e o doador tem uma relação bem próxima, estabelecendo local, dia e horário para a retirada da doação. Técnicos do Programa avaliam a qualidade dos alimentos, as condições de consumo e transporte adequados. O Programa dispõe de equipe técnica e operacional devidamente qualificada para executar com eficácia a retirada e distribuição da doação, além do acompanhamento e monitoramento das ações”, conclui. janeiro de 2014


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saúde

Banana: ela merece estar no cardápio! Rica em fibras e vitaminas, ela é um excelente alimento e não engorda, se consumido com moderação. Ela beneficia a saúde em diversos aspectos e deve ser inserida na alimentação do bebê desde seis meses de idade.

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E

la é uma fruta de alto valor nutricional, provoca sensação de saciedade e se consumida com moderação, não contribui para o ganho de peso. A banana é uma das frutas mais consumidas pelos brasileiros, diante do sabor e do baixo preço. Além disso, a fruta pode compor uma dezena de pratos, sejam doces ou salgados. Mas, as suas qualidades não param por ai. Quer saber por que a banana merece estar no seu cardápio? Então, veja as explicações da nutricionista Carla Laprovitera. Para a nutricionista, a fruta merece fazer parte da alimentação diária por ser um alimento altamente nutritivo e prático. Entre as vantagens, Carla afirma que a banana é um alimento rico em fibras solúveis, tipo de fibra que retêm água, formando uma espécie de gel, o que promove saciedade, reduz a absorção de glicose e diminui as taxas de colesterol! Além disso, auxilia na prevenção e tratamento de pacientes com pressão arterial elevada, ajuda no humor, a relaxar e melhorar o sono. Além do mais, é boa também para o coração. “A banana é uma fruta rica em fibras do tipo solúvel, vitaminas A, C, B3, ácido fólico, além de apresentar quantidades menores de B1, B2, B6 e vitamina E, e em minerais: potássio, fósforo, cálcio, ferro, cloro, magnésio e enxofre. Destes, o que mais se destaca é o potássio, ele auxilia na prevenção da hipertensão arterial, pois ajuda a promover a dilatação do vaso, melhora o fluxo sanguíneo e também a sensibilidade à insulina; é ainda um grande aliado na prevenção de câibras”, ressalta Carla. Diante de todos esses benefícios que a fruta gera para a saúde, a nutricionista recomenda que ela seja introduzida na alimentação dos bebês a partir dos seis meses de idade. Segundo ela, por ter um sabor menos intenso, se comparada às frutas cítricas, a banana é um alimento de fácil aceitação pelos pequenos e é fonte de probiótico, ou seja, ajuda na multiplicação das bactérias benéficas presentes no intestino, além de ser rica em vitaminas e minerais imprescindíveis para a criança.

Mitos e verdades

Entre o que é mito e o que é verdade a respeito desta deliciosa fruta, a nutricionista Carla Laprovitera enumerou alguns itens:

Verdades

Mitos

A banana evita câibras?

É perigoso comer banana a noite?

Sim, por ser fonte de potássio e magnésio, auxilia no relaxamento muscular

É recomendado comer uma banana antes de malhar?

Não, muito pelo contrário. A banana, por ser rica em triptofano, um aminoácido percursor da serotonina, auxilia no relaxamento e a ter uma noite de sono melhor!

Sim, é uma ótima opção. Pois o carboidrato da banana será substrato para fornecer energia para o treino!

Banana deixa o intestino preso?

Diabéticos podem comer banana? Sim, podem, porém com moderação! O indicado é consumi-la mais verde, pois a fruta mais madura contém mais frutose (açúcar da fruta).

Não, a fruta regula o intestino. Dessa forma, é benéfica tanto em casos de constipação, como diarreia. Isso ocorre por ela ser fonte de probiótico, ou seja, substrato utilizado pelas bactérias do intestino propiciando a multiplicação das espécies benéficas, em detrimento as maléficas, contribuindo para saúde intestinal e repercutindo de forma positiva em todo o organismo!

Banana engorda? Não, pois pela sua quantidade de fibras ajuda na promoção da saciedade evitando com que você sinta fome rapidamente. janeiro de 2014


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saúde

Panqueca de banana com aveia e linhaça Ingredientes

Modo de preparo

• • • • •

1.Misture a farinha de aveia com a linhaça. 2.Misture as 2 claras e a banana bem amassadinha. 3.Mexa bem até que a massa fique bem homogênea. 4.Coloque pequenas porções na frigideira para fazer vários discos ou faça um grande, deixe a massa dourar a parte de baixo e só depois vire para dourar o outro lado.

2 colher (sopa) de farinha de aveia 1 colher (sopa) de linhaça (semente ou moída) 2 claras (ou 1 ovo) 1 banana Canela a gosto

abastecer ceará #01


pesQUisa

RanKing De PRODUtOs

laRanja

Banana

Batata inglesa

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Saiba quais foram os 20 produtos mais comercializadas na Ceasa Maracanáu durante o ano de 2013

RanK 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

PRODUtO Laranja Banana Batata inglesa Tomate Cebola Melancia Mamão Goiaba Maça Cenoura Abacaxi Melão Manga Repolho Abacate Pimentão Maracujá Batata Doce Tangeriana Chuchu

t ⁄ ANO 56.602,43 52.059,87 36.725,22 28.422,22 23.806,91 22.713,09 22.158,06 20.845,23 19.976,70 18.982,85 14.296,63 12.602,10 10.359,28 10.055,88 8.483,08 8.225,84 8.223,97 7.164,10 6.990,77 5.692,48

fOnTE: CEASA-CE

janeiro de 2014


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ARTIGO

QUARENTA ANOS DE CEASA por Ivens Roberto de Araújo Mourão

N

a década de 1960, foram operacionalizados os dois pri- trabalho, desenvolveu-se todo um conhecimento do “fazer meiros mercados atacadistas de frutas e hortaliças do Ceasa”, reconhecido internacionalmente. País. Um instalado em São Paulo, por iniciativa do Governo Felizmente, algumas Centrais conseguiram preservar esse do Estado e outro, em Recife, como uma ação da Sudene. acervo de experiência. Mas, não houve o repasse para as deNessa mesma década, um estudo do Ministério do Planeja- mais, com o desmantelamento do Sinac. Deixou de existir o mento constatou a necessidade de organizar mercados seme- “vaso comunicante”, que irrigava o sistema com informações lhantes nas demais capitais estaduais. Pelo Decreto 70.502 e o conhecimento de experiências positivas ou não. Com essa de 11/05/72, o Governo Federal criou o Sinac – Sistema Na- extinção as Ceasas se consideraram órfãs e, na tentativa de cional de Centrais de Abastecimento. Delegou à Companhia preservar a idéia sistêmica, criaram a Associação BrasileiBrasileira de Alimentos (Cobal) a gerência desse Sistema. ra de Centrais de Abastecimento (Abracen). Agora, pouco Tinha como objetivo principal modernizar o setor atacadista mais de 40 anos, consolidou-se um mercado que movimenta de frutas e hortaliças. mais de 17 milhões de toneladas por Foram criadas 21 empresas estaduano, com um volume financeiro de mais ais de sociedade anônima, denominadas de R$20 bilhões por ano. Fortaleceu a Centrais de Abastecimento S/A – Ceaprodução, tanto da agricultura familiar “Agora, com pouco mais de sa. A Ceagesp/SP nunca pertenceu ao como empresarial e trouxe para o setor 40 anos, consolidou-se um Sinac, embora mantivesse um estreito os supermercados que ofertam 9 mimercado que movimenta mais lhões de t/ano, adquiridos diretamente contato técnico e comercial com as dede 17 milhões de toneladas por da produção. mais Centrais. As de Fortaleza e Brasíano e R$ 20 bilhões/ano” lia, pertencentes ao Sinac, foram as duas O atacado de frutas e hortaliças, primeiras a operar, em outubro de 1972. 26 milhões de toneladas por ano, está Em 1988, o Governo Federal extinentre as quatro principais atividades guiu o Sinac, doou as ações aos respececonômicas do país. Os três entrepostivos Estados e desligou-se, por completo, do setor. Não hou- tos cearenses (Maracanaú, Tianguá e Barbalha) movimenve a devida“passagem de bastão” para os estados.Tínhamos tam mais de 600 mil toneladas de hortigranjeiros por ano um Brasil e, da noite para o dia, passamos a ter 21 “brasis”. e um volume financeiro superior a R$800 milhões por ano, Cada Ceasa passou a correr em raia própria e sempre em com 50% da oferta sendo de produção do próprio Estado. O direções distintas. saldo, portanto, é altamente positivo. Nos 16 anos da existência do Sinac, foram implantados 34 mercados atacadistas nos principais aglomerados urbanos do país (um no Ceará), 32 mercados do produtor localizados nas principais regiões produtoras de hortícolas do Brasil Ivens Roberto de Araújo Mourão é Engenheiro Civil (três no Ceará) e 158 unidades de varejo (um em Fortale- e especialista em projeto, construção e operação de za). Foi um esforço sem paralelo no mundo. Na esteira desse mercados atacadistas abastecer ceará #01




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