Agências
Paulo Vieira
Comunicação com grife Para sobreviver em um mercado competitivo e cada vez mais internacionalizado, pequenos e médios escritórios de comunicação investem no modelo de agências-boutique, com serviços personalizados e expertises diferenciadas
Em um tempo de concentração e fusões no mercado de comunicação corporativa, manter-se saudável à margem do mainstream do segmento requer cada vez mais tenacidade, habilidade e resiliência por parte das pequenas e médias agências. A internacionalização do setor é carta já há muito aberta na mesa: ocorreu com várias das maiores companhias do Brasil, como a Ideal e a Máquina, ambas adicionadas a bandeiras distintas dentro da mesma gigante inglesa WPP; e, para ficar em só mais um exemplo, com a In Press, hoje associada ao grupo americano Omnicom. Assim, resta a empresas como Genuí, Happy House e Bowler, entre outras, centrar 48 Comunicação Empresarial 101 | Aberje
fogo em áreas de expertise – marketing cultural no caso da Genuí, endomarketing no da Happy House, soluções digitais no da Bowler. “O risco é permanente em qualquer empreendimento. O resultado é decorrente do ‘assumir riscos’”, diz Analisa Brum, da Happy House, empresa de Porto Alegre que surgiu em 2000 e que dois anos depois já prestava serviços de endomarketing para clientes pesados, de âmbito nacional, como a mineradora multinacional Vale. Embora à época já fosse especialista no tema, com três livros publicados – o oitavo, Endomarketing Estratégico, saiu há pouco pela editora Integrare –, e prestasse consultoria a empre-
sas pelo Brasil afora, Analisa previa uma atuação restrita da Happy House, apenas no Rio Grande do Sul. Hoje com 25 clientes e 70 colaboradores, a agência, apesar da crise, mantém o tamanho de dois anos atrás. “Não podemos nos queixar, mas agora as negociações são mais difíceis, e, para não perder o cliente ou o trabalho, acabamos aceitando uma rentabilidade menor.”
Para além do marketing Diferentemente de Analisa, os catarinenses Qiah Salla e Patrícia Zimermann decidiram em 2017 trazer a empresa que fundaram em seu estado para São Paulo. Os sócios da Genuí imaginam poder ter