Hereford e Braford - Revista AG

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Raças - Hereford e Braford

ALIADOS DA TECNOLOGIA Os caras brancas mostram ao mercado que são ferramentas indispensáveis da pecuária de resultados Erick Henrique erick@revistaag.com.br

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Foto: Touros Wolf

stamos vivenciando uma nova era da pecuária de corte. Esse novo tempo não está permitindo espaço para projetos que não mensuram prós e contras de utilizar determinada raça na propriedade ou que não estejam em sintonia com as condições de adaptação, consumo, controle de doenças, ganho efetivo e retorno econômico. Muitos produtores estão saindo do jogo de produzir carne bovina porque sabem que o mercado está exigindo mais comprometimento com a eficiência,

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assim como na agricultura brasileira já faz há alguns anos. Perante tal desafio imposto, as raças Hereford e Braford têm sido instrumento de estudos para comprovar que não são apenas detentoras de uma matéria-prima de qualidade superior, mas também capazes de atender, com garantias, as expectativas dos pecuaristas brasileiros no trabalho a campo. Uma dessas frentes de pesquisa é coordenada pelo médico-veterinário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Silvio Menegassi, no qual o especialista está, há sete anos, avaliando o comportamento dos touros “cara branca” nas regiões subtropicais e tropicais do nosso País. “O projeto iniciou em 2011, no município de Uruguaiana/RS, com as raças Hereford e Braford. Nós começamos a pesquisar o tipo de comportamento dos animais, especialmente qualidade do sêmen dos mesmos, diante do ambiente em que estavam expostos”, explica Menegassi. No decorrer desses sete anos,


Fotos: Divulgação

os especialistas da UFRGS/Nespro foram acompanhando o desempenho desses animais, primeiramente, nos criatórios HB da Região da fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, em seguida, pelo lado fronteiriço com o Uruguai, subindo para Lajes/SC, uma região fria. Depois avaliaram os touros em Londrina/PR, enquanto que, no Mato Grosso, em Goiás e no Tocantins, promoveram-se análises a campo exclusivamente com a raça sintética. O projeto passou por oito regiões distintas do Brasil, tanto na região subtropical, do Paraná para baixo; trópico de capricórnio e região tropical, a partir do estado de São Paulo. Segundo Menegassi, a metodologia foi promovida através do exame andrológico, averiguando a qualidade reprodutiva dos tou-

O Carne Pampa encerrou o ano de 2016 com 48.114 animais certificados ros, mas também foram aprimorados os modelos de exames feitos tradicionalmente pelos médicos-veterinários, pois os especialistas empregaram técnicas mais

contundentes, como a termografia infravermelha, para observar a regulação térmica do escroto, e a ultrassonografia com doppler colorido para avaliar a velocidade

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Foto: Alexandre Teixeira

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Touros Hereford e Braford passaram por análises complexas para medir potencial reprodutivo de passagem da artéria espermática e a rapidez com que circulava o sangue. “Foram mais de 300 reprodutores Hereford e Braford avaliados em fazendas associadas à ABHB. Nesses testes efetuados durante sete anos, os touros foram muito bem, passaram por todos os estágios de avaliações com ótimos resultados em relação à qualidade de terminação. Hoje, há vários departamentos envolvidos com o projeto e equipes de laboratório a campo, em torno de 25 pessoas promovendo exames com equipamentos mais sofisticados. Isso é algo inédito no mundo, porque não há um trabalho semelhante sendo executado para comparar o comportamento dos animais em regiões distintas”, esclarece o médico-veterinário.

Projeto Genoma HB 2020

Outra frente de pesquisas visando alavancar o fortalecimento das raças com eficiência é encabeçada pela Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), a Conexão Delta G e a Embrapa 22 - SETEMBRO 2017

Pecuária Sul, que promove avaliações genômicas para características de adaptação e caracterização dos reprodutores. Um dos objetivos é identificar e montar uma base genética com exemplares resistentes ao carrapato, um problema de grande impacto econômico nas propriedades do mundo todo. Estimativas recentes calculam que os prejuízos causados pelos carrapatos em bovinos podem chegar a US$ 3,5 bilhões ao ano, somente no Brasil. “A associação está trabalhando para lançar o Projeto Genoma HB 2020, formando um banco de dados robusto de perfis genômicos. Já fizemos investimentos junto com a Embrapa para fazer o genoma de touros-pais, buscando material genético em botijões de sêmen de criadores antigos, proprietários de alguns reprodutores Hereford e Braford necessários para a genotipagem”, diz o CEO da entidade, Fernando Lopa. O dirigente esclarece que o projeto não prioriza apenas a DEPG (DEP Genômica) de resistência ao carrapato, mas também

combina os índices com décadas de pesquisa e controles como ganho de peso médio diário, que através dos marcadores genômicos ainda vão poder identificar possíveis doenças reprodutivas e o fator de resistência à tristeza parasitária, mosca-dos-chifres, conjuntivite bovina, infertilidade. “Se tudo der certo, até o final do ano, iniciamos a campanha em 2018 com um banco de dados genômicos consolidado que será publicado em 2020, pertencente à associação, ou seja, um instrumento público, porém, de controle efetivo da ABHB, e compartilhado com a Embrapa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para contribuir nas pesquisas futuras”, anuncia Lopa. A pecuarista da fazenda Wolf Agricultura e Pecuária, responsável técnica do criatório de Hereford, Patrícia Wolf, explica que a propriedade vem desenvolvendo, em Dom Pedrito/RS, um trabalho de resultados positivos sobre a resistência ao carrapato. “O parasita é um problema que tem provocado muitas dificuldades para nossa região, sendo uma área limítrofe de carrapato. Há zonas no qual ocorre uma presença maciça deles, enquanto em outras localidades o volume é menor. Eu tenho visto que, em decorrência das chuvas dos últimos três anos, aumentou sobremaneira a população de carrapatos. De acordo com a selecionadora, o carrapato e a tristeza parasitária são as principais complicações da pecuária gaúcha que vêm causando um prejuízo econômico enorme. “Esse projeto de avaliação genética que nós estamos desenvolvendo há nove anos junto com a Embrapa e a Conexão Delta G tem objetivo de utilizar na própria Wolf Genética animais Hereford mais resistentes e tam-


Raças - Hereford e Braford

“O Braford é uma tecnologia de melhoria do rebanho e da rentabilidade que está sendo testada há mais de 26 anos a pasto'', diz Lopa bém disponibilizá-los para o mercado”. Além disso, a propriedade promove a pressão de seleção dos animais candidatos a touros e matrizes Hereford, primeiramente, fundamentada em cima do relatório das DEPs. Quando recebem os resultados de avalia-

ção de desmame, por exemplo, a produtora preocupa-se em descartar os animais que foram inferiores e a mesma coisa é feita com as vacas que não são produtoras de terneiros bons, que são direcionados para o abate. Logo em seguida, há uma segunda avaliação visual, para verificar se os exemplares possuem algum problema de aprumo ou algum outro defeito. Depois, a criadora realiza mais uma seleção dos machos e das fêmeas aos 18 me-

ses. Ademais, há outro relatório baseado no desempenho pós desmame até aquela idade mencionada. Entretanto, no caso dos tourinhos Hereford, ainda passam por avaliação visual e exame andrológico feitos pelo técnico da ABHB, que, por ventura, ocorreu no dia 23 de

Número de abates conforme os meses de 2016

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agosto. Portanto, é uma pressão de seleção bem criteriosa, tanto que a fazenda descarta 70% dos animais. “Nós também trabalhamos desde 1999 com profissionais da UFRGS, com projetos de avaliação de carcaça dos touros Hereford por ultrassom, sob o comando do professor, Jaime Tarouco, para selecionar animais que sejam equilibrados, possuam musculatura, mas também imprimam acabamento de gordura, algo mais exigido pelos frigoríficos. Pois não adianta levar somente um bovino pesado para a indústria, esse gado precisa estar bem acabado”, conclui Patrícia Wolf.

Modelo de padronização

Atender às tais exigências mencionadas não é uma tarefa simples, no entanto o projeto pioneiro de certificação, o Programa Carne Pampa, tem demonstrado ser factível produzir animais fruto do cruzamento industrial com Hereford e Braford que atendam os anseios da indústria frigorífica, do consumidor de carnes de qualidade superior e gerando a tão merecida lucratividade para o pecuarista. O programa oficial de qualidade das carnes bovinas provenientes das raças Hereford e Braford, criado em 1998, pela ABHB, encerrou o ano de 2016 com 48.114 animais certificados, de um total de 134.322 exemplares com padrão HB abatidos nas seis plantas frigoríficas credenciadas atualmente. Os frigoríficos Silva, Marfrig, Producarne e São João, em Santa Catarina, ajudaram a ABHB a apresentar um incremento de 34% no número de carcaças certificadas em relação a 2015, totalizando 1.099.482,6 quilos de desossa com o selo CCH. Mais de 4.000 produtores já fornece-


Números de abates de cada planta frigorífica

ram proteína HB para o Programa Carne Pampa. Esses números comprovam volume e constância de produção, sem deixar de per-

der o foco e a qualidade intrínseca do produto. O Programa Carne Pampa abriu portas para diversos pro-

gramas de certificação de carne de qualidade no Brasil. Além de poderem disputar os melhores preços no mercado, os produtores de Hereford e Braford que aderiram ao programa têm a vantagem de obter um mecanismo claro e confiável de negociação através do indicador Esalq/Cepea, cujo objetivo é garantir um preço mínimo de negociação sempre acima dos valores médios praticados no mercado – os valores a serem pagos pelos animais podem ser conferidos diariamente no site www. abhb.com.br. “Todavia, infelizmente tivemos, em abril deste ano, uma certa limitação com a saída das plantas do Marfrig nos municípios gaúchos de Bagé e Alegrete. Por isso, houve queda sobre o número de animais apresentados

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Raças - Hereford e Braford

Registro genealógico = Dinheiro no bolso

*Registros de nascimento e definitivos, Hereford PO, PC e LA, Braford PS e CCG.

para certificação, mas não sobre o montante de animais certificados, pois ocorreu uma migração para outros frigoríficos, como o Frigorífico Silva, e também compensação com o aumento da certificação do Frigorífico São João e o Producarnes. Aliás, estamos otimistas e projetamos um crescimento para o segundo semestre através da entrada de duas novas empresas, sendo o Famile, de Pelotas/RS, El’Golli, de Taió/SC, e o Frigorífico Cowpig, de Boituva/ SP”, salienta Lopa. De acordo com os dados do CEO da ABHB, o Programa Carne Pampa no RS vem remunerado bem o pecuarista, por exemplo, o Frigorífico Silva está pagando até 15% a mais pelos animais certificados e ainda tem a bonificação. Portanto, isso serviu para reduzir a queda brusca da arroba cujos preços o estado vinha tentando equalizar com o restante do País. “A missão do programa não restringe só divulgar a carne com selo HB, mas também propiciar aos produtores uma bonificação por investirem na genética Hereford e Braford. O selo, digamos, é a joia da coroa. Há criadores que não participam do programa, en26 - SETEMBRO 2017

tretanto, fazem suas cotações tendo essa referência para negociar seu rebanho”. A gerente de Programa, Fabiana Freitas, ressalta que os animais do produtor, quando se enquadram dentro do padrão de certificação, recebem uma bonificação de até 10% pelos animais abatidos, conforme a tabela de cada planta frigorífica. Porém, para ampliar sua bonificação, o gado precisa ter padrão racial HB, cronologia dentária, sendo animais jovens, com peso de carcaça e cobertura de gordura de no mínimo 3 mm. “Temos uma equipe de técnicos formados na área de agroindústrias, médicos-veterinários, zootecnistas capacitados, treinados, que desenvolvem um trabalho muito correto dentro de cada unidade para dar segurança ao pecuarista, bem como para o consumidor final. Esses profissionais não foram contratados pelos frigoríficos e sim pela ABHB, gerando, assim, transparência para o produtor levar seus animais para o abate conforme o protocolo das raças HB, que é auditado e chancelado pela CNA”, destaca a gerente.

A ABHB fechou o ano de 2016 com a realização de 49 mil registros HB, entre nascimentos e definitivos, de Hereford e Braford. Foram inscritos 21 mil bezerros Braford, afirmando mais uma vez o crescimento da raça no Brasil. Os números totais foram um pouco menores do que os apontados em 2015, mas seguem bastante expressivos e o futuro parece promissor. Criadores de diversas regiões do País têm entrado em contato com a entidade interessados em registrar animais e iniciar os seus planteis. Reprodutores e matrizes registradas alcançaram preços significativos nos leilões, com grande procura em diversas praças, especialmente pelo Braford. “Em 45 anos de atividade, já avaliei aproximadamente 30 mil touros. Além disso, fiz um projeto durante quatro anos em 12 propriedades, sendo que seis fazendas promoviam os exames andrológicos nos reprodutores e, na outra metade, os criadores conduziam seu trabalho de produção. Quando nós pegamos os resultados dessas seis propriedades examinadas, com aproximadamente 2.600 vacas, praticamente mesmo número de fêmeas das fazendas sem avaliação, elas tiveram 13 bezerros a mais por cada touro examinado. Eu repeti a mesma metodologia durante os anos para comprovar que não foram as condições melhores de pastagem, clima ou rebanho e sim o exame andrológico que representou para os pecuaristas um ganho anual de R$ 13 mil. Se os produtores desprezarem esse ganho econômico, então é melhor sair da atividade”, enfatiza Menegassi. Na avaliação do pesquisador


Raças - Hereford e Braford da UFRGS, existe uma média mundial que, a cada quatro touros examinados, um animal não poderia estar trabalhando no campo, por vários motivos de andrologia reprodutiva e não por fatores de doenças. No caso do Brasil, 85% dos pecuaristas não examinam os touros antes de usá-los na vacada. “É como se você fizesse uma viagem, por exemplo, de 3 mil km com um carro sem saber as condições do veículo, capacidade de autonomia, manutenção, etc. Portanto, um reprodutor economicamente viável, com três ou quatro anos de idade, deve cobrir no mínimo 40 vacas, desde que seja examinado. Como esses animais não são examinados, nós encontramos pelos menos um touro em cada quatro exemplares que não está atingindo essa média de cobertura”. “O Braford é uma tecnologia de melhoria do rebanho e da rentabilidade que está sendo testada há mais de 26 anos a pasto, com mais de 400 mil matrizes de acordo com os dados do programa de melhoramento PampaPlus. Desde 1983, não registramos animais que não tenham prenhez confirmada até os quatro anos. E, ultimamente, temos percebido que 90% dos ventres Hereford e Braford têm prenhez confirmada com dois anos e meio, depois desse período, o resto dos animais é descartado. Em virtude disso, geneticistas internacionais me disseram que a ABHB possui o maior programa de fertilidade bovina no mundo, pois há muita pressão de seleção, basta ver que menos de 30% do machos de cada safra serão touros”, diz Lopa. Segundo o maior produtor de touros Braford do Brasil, revelado pelo levantamento TOP 100 – Taurinos, Pedro Monteiro Lopes, o Grupo Pitangueira realiza o re28 - SETEMBRO 2017

gistro genealógico de todos os animais pela associação. “Na fazenda, é feito um rigoroso trabalho com apoio zootécnico e genético para produzir mais de 500 reprodutores por safra, pensando sempre em atender da melhor maneira os nossos clientes, porque não somos um criatório convencional. Logo, há na Pitangueira suporte técnico especializado para desenvolver exemplares Braford adaptados ao clima tropical, e que são valorizados pelo mercado a cada remate. Só para ilustrar, no último leilão promovido em julho, em Rondonó''A nossa propriedade sempre esteve enpolis/MT, a média dos touros ofertados foi de gajada na seleção de animais adaptados, R$ 9.200”, comemora resistentes ao carrapato'', afirma Pedro Monteiro Lopes Lopes. O criatório também engrossa o time de projetos de o sumário e com uma diferença resistência ao carrapato, tanto é considerável”, afirma Lopes. que o líder no sumário de touros da Conexão Delta G, em 2017, o Demanda aquecida animal Capataz da Pitangueira 38, Os 33 remates oficializados pertence ao pecuarista de Itaqui/ pela ABHB em 2016 atingiRS. “Para mim, esse reprodutor é ram um faturamento total de R$ uma revelação, já temos produtos 21.034.295, apresentando exceoriundos dele de excelente quali- lentes médias. Os pregões valoridade, e depois o Capataz foi con- zaram mais uma vez a comerciatratado pela Alta Genetics para lização de touros (a raça Hereford produzir e vender doses de sêmen alcançou R$ 9.600,00 de média para o mercado. Como a nossa geral, já a Braford, R$ 10.245,00), propriedade sempre esteve enga- uma clara consequência da expanjada na seleção de animais adap- são dos caras brancas pelo País tados, resistentes ao carrapato, afora. As excelentes médias não esse problema até existe, contudo se restringiram aos reprodutores. é muito controlado, tendo visto Entre os valores as fêmeas, a raça que nunca tivemos recall, troca Hereford totalizou R$ 5.400,00, de animais, tampouco morte dos enquanto que a Braford chegou a mesmos por tristeza parasitária. R$ 4.600,00. Por isso, o nosso touro encabeça A entidade observa que tudo


isso é consequência da ampliação das vendas dos criatórios para além das porteiras gaúchas, bem como a valorização da Carne Certificada Hereford no mercado gourmet brasileiro, hoje presente nos principais eventos gastronômicos do País e desejo de muitos chefs. Dentre os principais eventos do último ano, a temporada iniciou em Brasília/DF, com a realização do 2º Leilão Braford Tropical, passou pela Nacional HB, onde foram realizados os Leilões Virtual Onda Cara Branca e Remate Nacional HB, chegou ao Leilão Heritage Etapa Dois Vizinhos e à Expointer, com os leilões Elite HB, Prime HB e Força Cara Branca, até emplacar os 26 remates de primavera. A cada nova batida no martelo,

muitos recordes foram quebrados e animais sendo comercializados por valores realmente impressionantes. Destaque para o Remate Conexão Pampa, que atingiu o maior faturamento do ano, totalizando R$ 1.933.575,00. Confira a seguir como foram os remates realizados em 2016. “O Braford detém no Brasil, há mais de cinco anos, as maiores médias de reprodutores rústicos sendo comercializados. Foi por isso a demanda aumentou significativamente. Nós tivemos um programa chamado Brazilian Hereford e Braford que esteve desde 2009 fomentando os produtores a realizar exportações e isso qualificou muito os criadores para também fazer suas vendas de uma maneira geral. Nos dois últimos remates virtuais, nós vendemos

300 exemplares, e para Expointer desse ano, haverá outra oferta similar com tendência de pista limpa”, frisa Lopa. O diretor-executivo da ABHB relata que essa procura pela genética Hereford e Braford nos leilões e nas vendas diretas tem demandado a homologação de técnicos para atender aos novos criatórios associados, porém, é um processo difícil, pois a oficialização desses profissionais demora um ano para acontecer. Eles passam por cursos e estágios de especialização. Atualmente, a entidade conta com 325 associados. Em 2016, por exemplo, fecharam o período com mais 22 novos sócios criadores oriundos de cinco estados: Rio Grande do Sul, Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina e Paraná.

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