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Entrevista com o professor Dr. José Antonio de França
Para o Sr, qual o principal papel da Academia de Ciências Contábeis do Distrito Federal no atual cenário brasileiro?
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A ACiConDF foi criada para produzir e disseminar conhecimento na área contábil.
Qual a sensação de escrever/ fazer parte da contribuição para a educação, por meio de livros e artigos?
Sou um profissional de mercado e da academia. Na academia, estimulo meus alunos a discutir e compartilhar o conhecimento. No mercado, pratico o que ensino e me alinho com as melhores práticas da profissão, de acordo com o arcabouço normativo.
Como o Sr enxerga a evolução da profissão nos últimos anos? O que faz com que a contabilidade permaneça como uma das áreas mais tradicionais do mercado brasileiro?
Nos últimos 20 anos, a profissão contábil vem passando por relevantes transformações. Da exigência de qualificação profissional ao posicionamento do contador diante dos desafios da tecnologia. Mas em que pese esses desafios a postura do profissional ainda é tímida. É necessário mais proatividade e discussão no contexto sócio-político.
Qual a maior experiência que a área contábil lhe proporcionou?
Viver os desafios das mudanças, seja no campo normativo ou na competição do mercado.
Em sua opinião, de que forma a educação atua como fator transformador no cotidiano dos jovens?
Sem educação formal e vivencial o crescimento e o desenvolvimento intelectual são baixos. Para competir, ser vitorioso e contribuir para melhorar os padrões de vida e comportamento da sociedade é necessário dedicação e exemplo. O jovem precisa de orientação e de educação.
Para o Sr, quais desafios e possibilidades o jovem contabilista encontrará em sua trajetória, diante do novo cenário digital na sociedade?
Os desafios são muitos e as oportunidades são poucas. O cenário digital é somente o ambiente que envolve o trabalho. A competência técnica e o comportamento ético são elementos cruciais para alavancar o sucesso.
Daqui a dez anos, muitas profissões terão sido completamente transformadas e outras não existirão mais. Como o Sr enxerga a contabilidade do futuro? Somente haverá futuro se cuidarmos do presente. A contabilidade do futuro é a que não está sendo feita hoje: contador proativo, contador gestor. Analisar cenários e antecipar as soluções.
Comente sobre o atual cenário da contabilidade no Distrito Federal. O Distrito Federal é a menor unidade da Federação. A geografia política dessa UF confunde estado e município. O profissional da contabilidade do DF encontra facilidades de trabalho que possivelmente não teria em outra geografia. Contudo, a economia do DF é de pequenas empresas, ainda que aqui se concentre o maior PIB per capita e a maior renda per capita do País. Com a economia dominada por pequenos negócios, as práticas contábeis mais acuradas são pouco exigidas. Talvez essa singularidade justifique a vocação de significativa quantidade de egressos dos cursos de Ciências Contábeis a se candidatarem ao serviço público.
Quais caminhos levaram o Sr. a esta profissão?
Inicialmente porque foi a primeira
Contador e presidente da ACIConDF, mestre em Administração Contábil e Financeira oportunidade que me surgiu ainda como estudante do curso Técnico em Contabilidade. Depois, como contador, o encanto com as técnicas e desafios introduzidos pela Lei Societária, de 1976, e pela Lei Tributária. Graduação: Ciências Contábeis e ciências econômicas
Especialização: Auditoria e finanças
Pós-graduação: Mestre em administração contábil e financeira; mestre em Administração e Controle; Doutor em Ciências Contábeis; Doutorando em Ciências Econômicas.
Experiência de mercado: contador de empresas de abastecimento, saneamento, energia elétrica, tecnologia, administradora de consórcio, construção civil, administração de aeroportos e outras.
Experiência acadêmica: Professor de faculdades particulares e universidade pública federal, ministrando conteúdos de Teoria e Práticas Contábeis, Auditoria, Finanças e Economia.
Publicações: autor/coautor de livros e artigos sobre perícia, tributação, desempenho, contabilidade e gestão do terceiro setor.
Congressos e conferências: participa de congressos e conferências nacionais e internacionais como articulista e revisor.
Periódicos: editor e revisor de periódicos nacionais e internacionais nos temas que tem conhecimento.
Pesquisador: pesquisador cadastrado em projetos do Terceiro Setor, Contabilidade e Tributação.