ABC da Caatinga Nr. 48 - 27 de dezembro.PDF

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FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL Terça-feira, 27 de dezembro de 2011

VERDE

ABC da Caatinga

Um bom momento para educadores ambientais TARCILIA REGO

tarciliarego@gmail.com

O

preâmbulo da Carta da Terra indica, “estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas.” Diz também que “devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz”. Para enfrentar tamanho desafio é imprescindível a humanidade despertar para a corresponsabilidade planetária. Corresponsabilidade, solidariedade e biodiversidade, são as palavras chaves para a tarefa árdua de preservação dos

recursos naturais, ou melhor, a manutenção da vida humana no planeta. “Declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações” está colocado na Carta. Neste novo contexto está à ciência, a ética e com destaque, o educador ambiental. Profissional ou não, é o cidadão que opta pela educação dentro de um posicionamento que questiona comportamentos pertinentes aos cuidados com o meio ambiente. Ele reintroduz posturas, esquecidas ao longo do tempo, na lida com os recursos naturais. Ele trabalha exaustivamente, constrói redes locais e globais, fortalece alianças para cuidar da Terra. Este é o seu principal papel, guardar a diversidade da vida planetária. O período de 2010 a 2020 acaba de ser anunciado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para configurar como a “Década da Biodiversidade”. É um novo tempo para a sociedade global agilizar ações em defesa da manutenção das diferentes formas de vida no planeta. E só será possível se toda a sociedade global, da África aos Estados Unidos, da China à Amazônia, da Caatinga aos Alpes suíços, encarnar o papel de educador ambiental. Adentrar num processo criativo de mudança de enfoque, ajudando a preservar a biodiversidade. É o educador ambiental, com uma visão mais crítica e questionamentos mais profundos, que faz, também, as pessoas repensarem modelos de vida, hábitos, valores e, principalmente, atitudes, agora. A ele é atribuído o papel de mediador na nossa decisão de viver com um

“sentido de responsabilidade universal”. Efetivamente, trabalha no presente de forma a garantir às próximas gerações o usufruto das benesses ou dos serviços disponibilizados pelos ecossistemas naturais, harmonicamente. Para quem quer atuar de forma profissional tanto na área da educação ambiental, o caminho é a especialização. O mercado está aquecido para este profissional, e oferece salários que variam de mil a cinco mil reais. Das grandes às pequenas obras, educação ambiental é uma exigência. As atividades vão de diagnóstico socioambiental ao envolvimento comunitário. Informar, provocar mudanças e estimular a percepção, a participação e ação social no exercício da cidadania plena, é o foco do educador ambiental. Um exemplo é a Associação Caatinga. Está com uma vaga em aberto para profissionais educadores ambientais. O trabalho será realizado em Crateús, na Reserva Natural Serra das Almas e comunidades do entorno. A demanda vem do projeto No Clima da Caatinga que trabalha para mitigar os efeitos do aquecimento global no Bioma Caatinga.

Oportunidade para Educadores Ambientais

Atuação em Crateús na Reserva Natural Serra das Almas e comunidades do entorno. Os currículos devem ser enviados até o dia 13 de janeiro de 2012 para caatinga@acaatinga.org.br

Mais informações:

www.acaatinga.org.br


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