ABC da Caatinga Nr. 7 - 15 de março

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Verde

Fortaleza-Ceará-Brasil Terça-feira, 15 de março de 2011

ABC da

Caatinga

Conheça mais em: www.acaatinga.org.br

Novas atitudes

e consumo consciente Q

uando temos a sorte de assistir a um programa ou ler uma matéria sobre um projeto ambiental bem sucedido, nos perguntamos muitas vezes o que nós mesmos poderíamos fazer como indivíduos no dia a dia para ajudar a natureza ou, em outras palavras, ajudar a nós mesmos. Plantar mudas não conseguimos porque moramos em apartamento ou não temos quintal. Reduzir o consumo de água ou energia elétrica para quê, se ainda não está faltando e se a contribuição individual é muito pequena e o impacto desta atitude contribuiria muito pouco para mudar o rumo das coisas? É nesse ponto que deveríamos nos perguntar: então, o que fazer? Como consumidores diários de produtos industrializados e processados, seria interessante entendermos melhor de onde vêm

esses produtos, quantos recursos naturais são utilizados para produzi-los, que tipo de impacto têm sobre o ambiente. O que consumimos agride mais ou menos a Caatinga? Da onde vem o carvão que utilizamos no nosso churrasco, as telhas e tijolos que utilizamos para construir nossas casas e a água que consumimos todos os dias?

BIODIVERSIDADE DA CAATINGA Faveleira Nome científico: Cnidoscolus phyllacanthus

Árvore espinhenta com pelos urticantes, de 4-8m de altura, dotada de copa alongada ou arredondada e rala. Tronco curto e ramificado desde a base, mais ou menos cilíndrico, com casca fina, quase lisa, com presença de verrugas. Possui flores brancas que surgem sob as folhas e agrupam-se a outras tantas ao redor, formando um pequeno guarda-chuva. O fruto é recoberto pelos urticantes, parecido com a mamona, do tipo cápsula que espontaneamente se abre em três gomos no período de maturação, liberando as três sementes. A floração ocorre anualmente durante os meses de agosto-dezembro e os frutos amadurecem de dezembro a fevereiro. A árvore é adotada pelo paisagismo. A madeira é moderadamente pesada, macia ao corte e de fácil apodrecimento. Localmente, utilizada em caixotaria, forros e para lenha e carvão. O látex seco pode ser aproveitado como remédio balsâmico. As sementes fornecem óleo alimentício e farinha rica em sais minerais e principalmente em proteínas. Ambos os produtos ainda não tem aplicação comercial, mas são habitualmente usados na engorda das galinhas, porcos e ovinos. Quando novas, as folhas e ramos são empregados em forragem animal. Cabras, carneiros, jumentos e mesmo os bovinos consomem as folhas maduras quando estas caem no chão no final do período de chuvas. Na seca, alimentam-se dos brotos e casca da favela.

SINTA O CLIMA DA CAATINGA O projeto “No Clima da Caatinga” em execução pela Associação Caatinga está disseminando novas tecnologias sociais e ambientais junto a moradores da Caatinga que vivem na zona rural de Crateús. A adoção destas tecnologias contribui para a melhoria na qualidade de vida das comunidades e também ajudam a enfrentar algumas

das principais causas do aquecimento global. Serão realizadas oficinas e cursos sobre produção de composto orgânico. A adoção dessa prática contribuirá para a redução da queima de lixo e da liberação de GEE na atmosfera; promoverá a conscientização sobre a importância da separação e gestão dos resídu-

os sólidos; e possibilitará a geração de renda através da produção de compostos orgânicos além de contribuir para a criação de novas políticas públicas municipais de gestão dos resíduos sólidos em áreas rurais. Esse projeto é patrocinado pela Petrobrás, através do Programa Petrobrás Ambiental.


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