Projeto Caatinga Preservada - Resultados 2010-2012

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Resultados 2010-2012

Caatinga Preservada

1 Mandacaru. Fot贸grafo: Jos茅 Miguel de Paula


O projeto

Caatinga Preservada

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Visão do monumento nacional “Os Monólitos de Quixadá”, em Quixadá. Fotógrafo: Sheila Oliveira


Idealizado para intensificar as ações de proteção ao bioma caatinga no Ceará, o projeto Caatinga Preservada foi desenvolvido entre 2010 e 2012 pela Associação Caatinga com patrocínio exclusivo da MPX, empresa de energia do Grupo EBX, que atua no estado. A MPX investiu R$ 800 mil no projeto. Em um período de 30 meses, o projeto resultou em avanços significativos na preservação da caatinga com a criação, a ampliação e a gestão de áreas protegidas privadas. As conquistas contribuíram para a redução da desertificação do bioma e para a proteção de nascentes e cursos d’água, dois fatores críticos na caatinga.

800 mil reais investidos pela MPX no projeto 3


Resultados que

proporcionam a conservação da biodiversidade da caatinga O projeto Caatinga Preservada contribuiu para o incremento na conservação do bioma de forma direta, através da criação de novas Reservas Particulares do Patrimônio Natural RPPNs, e indireta, por meio da elaboração de planos de manejo e adequação ambiental em reservas já existentes. Ao todo, 25 mil hectares de áreas naturais antes desprotegidas ou com baixo nível de proteção foram beneficiadas. É um avanço concreto e significativo contra a desertificação causada pela degradação ambiental do bioma, a favor da conservação da biodiversidade. As ações foram implementadas pela Aliança da Caatinga, grupo formado por associações de proprietários de RPPNs, sob a coordenação da Associação Caatinga, alcançando 12 municípios do estado: Aracati, Arneiroz, Crateús, General Sampaio, Guaiúba, Icapuí, Itatira, Meruoca, Morada Nova, Pacatuba, Quixadá e Quixeramobim.

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Borboleta da espécie Heliconius erato. Fotógrafo: José Miguel de Paula

25 mil hectares de caatinga preservada

Rio Poti, na fronteira entre Ceará e Piauí. Fotógrafo: Celso Oliveira

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Bromélia típica da caatinga.

91% mais Reservas Particulares do Patrimônio Natural na caatinga do Ceará 6

Monumento nacional “Os Monólitos de Quixadá”, em Quixadá. Fotógrafo: Alexandre Sampaio


Criação de

10 reservas particulares do patrimônio natural Durante a vigência do projeto, dez novas Reservas Particulares do Patrimônio Natural foram criadas com o incentivo do projeto Caatinga Preservada por meio de um edital lançado pela Aliança da Caatinga. São mais 3.600 hectares de caatinga agora protegidos, um incremento de 91% no número de RPPNs do bioma no Ceará. Além das áreas de reserva, o projeto possibilitou a adequação ambiental de áreas extras nessas 10 propriedades, totalizando mais de 9.200 hectares protegidos de maneira indireta, com a delimitação inclusive de áreas de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente.

Planos de manejo:

gestão eficaz e estruturada das áreas protegidas O projeto apoiou a elaboração de planos de manejo de cinco RPPNs, possibilitando uma nova realidade para a gestão eficaz e estruturada dessas áreas naturais. As propriedades estão entre as primeiras do estado a possuírem planos de manejo.

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8 Flor do aguapé-do-grande, em Crateús. Fotógrafo: José Miguel de Paula


Inseto da ordem Coleóptera. Fotógrafo: Ewerton Torres

Pássaro surucuá-de-barriga-vermelha (Trogon curucui), em Guaiuba. Fotógrafo: Fábio Nunes

Reforço na conservação

de metade da área de RPPNs no Ceará

Em duas RPPNs já existentes, o projeto Caatinga Preservada contribuiu com a manutenção de cercas e barreiras e manutenção e sinalização de trilhas. A área beneficiada, de 6.300 hectares, corresponde a mais de 50% da área total protegida na forma de RPPN no Ceará. 9


Adequação ambiental

em propriedades rurais Dez propriedades rurais no entorno da Reserva Natural Serra das Almas passaram por processo de adequação ambiental, possibilitando a ampliação da conectividade e do espaço protegido no entorno da Reserva. Foi realizado mapeamento de Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente nestas propriedades.

O projeto Caatinga Preservada permitiu ainda o fortalecimento institucional da Aliança da Caatinga, com apoio a 3 associações de proprietários de RPPNs e à Confederação Nacional de RPPN. Foram realizados eventos de mobilização e de capacitação, aquisição de equipamentos, produção de materiais institucionais, participação em eventos nacionais e internacionais de conservação de áreas privadas, que contribuíram para ampliar o campo de atuação e a visibilidade da Aliança da Caatinga e da Associação Caatinga. Outra importante conquista está relacionada a estudos avançados para o aproveitamento econômico das RPPNs. As ações apoiadas compreendem a identificação e promoção de mecanismos para dar sustentabilidade financeira e ambiental às reservas particulares de caatinga. O projeto considerou, ainda, como linhas importantes de orientação busca da segurança hídrica e da emissão evitada de carbono na região do semiárido. 10

a

Propriedade rural em Quixadá. Fotógrafo: Samuel Portela


Tomates-cereja colhidos em propriedade rural no Sítio Bebida Nova, no Crato. Fotógrafo: Maurício Albano

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Mandacaru. Fot贸grafo: Jos茅 Miguel de Paula

42 mil toneladas de emiss茫o evitada de carbono

12 Rio Quixeramobim. Fot贸grafo: Samuel Portela


proteção ambiental

e segurança hídrica Ao todo, 25 nascentes e 11 cursos d’água (rios e riachos) instalados dentro de áreas de reservas apoiadas pelo projeto Caatinga Preservada podem ser considerados efetivamente protegidos. As ações incluíram proteção física de nascentes e cuidados extras com a cobertura florestal ao redor, gestão eficiente das reservas, redução do risco de incêndios florestais.

Emissão evitada

de carbono no semiárido Com a redução significativa de riscos de desmatamento, queimadas e incêndios em uma área diretamente protegida de mais de 12.300 hectares, é possível assegurar que o carbono estocado nessas florestas não seja liberado pelos processos usuais de ocupação do solo. Estima-se que com essas áreas naturais preservadas em torno de 642.000 toneladas de gás carbônico estão deixando de ser emitidas à atmosfera.

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áreas naturais apoiadas

pelo projeto

Criação de RPPN 1

RPPN da Fazenda Arizona (Quixadá)

2

RPPN da Fazenda Massapê (Itatira)

3

RPPN do Sítio Caraço (Aracati)

4

RPPN da Fazenda Souza (Gen. Sampaio)

5

RPPN da Fazenda Cajazeiras (Gen. Sampaio)

6

RPPN do Sítio Juazeiro de Baixo (Morada Nova)

7

RPPN da Fazenda Monte Formoso (Arneiroz)

8

RPPN do Sítio Nirvana (Meruoca)

9

RPPN da Fazenda Belém (Icapuí)

10

RPPN da Fazenda Olho Dágua das P. (Meruoca)

Fortaleza

8 10 2 2 4 5

2

RPPN Não Me Deixes (Quixadá)

2

RPPN Elias Andrade (Gen. Sampaio)

3

RPPN Monte Alegre (Pacatuba)

4

RPPN Chanceler Edson Queiroz (Guaiuba)

5

RPPN Rio Bonito (Quixeramobim)

Ações de Manutenção da integridade da RPPN 1

RPPN RNSA (Crateús)

2

RPPN Francy Nunes (Gen. Sampaio)

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3 1

1

9

6

1

5

Elaboração de Planos de Manejo 1

4 3

Ceará

7 CE Brasil


você

sabia? O

patrimônio biológico da caatinga é único, encontrado apenas no nordeste brasileiro. É a região semiárida mais rica em diversidade de fauna e flora do planeta. Mais de 40% da cobertura vegetal original da caatinga já foi transformada, principalmente em lenha e carvão. O desmatamento também é comum para a prática de agricultura e pecuária. Apenas 7% da caatinga está protegida atualmente no Ceará, sendo que xx% correspondem à área conservada projeto Caatinga Preservada.

Lagarto da espécie Enyalius bibronii, conhecido como papa-vento. Fotógrafo: Ciro Albano

Maracujá-bravo, em Quixadá. Fotógrafo: Samuel Portela

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outros nĂşmeros

do projeto

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36 nascentes e cursos d’água protegidos

10 novas reservas particulares criadas

12 reservas particulares apoiadas com ações de conservação e adequação ambiental

5

planos de manejo de reservas particulares elaborados

12 municípios beneficiados pelo projeto

3

associações de proprietários de reservas particulares apoiadas

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sobre a

MPX Energia A MPX é a empresa de energia do Grupo EBX, do empresário Eike Batista. Com investimentos diversificados, a empresa possui o maior portfólio de geração de energia da América Latina. No Ceará, a MPX investe na geração de energia térmica e solar. No município de São Gonçalo do Amarante, a empresa possui dois empreendimentos termelétricos – Energia Pecém (em parceria com a EDP) e Pecém II – que irão reforçar em cerca de 90% a produção de energia no estado, com 1.085 MW de capacidade instalada. As usinas estão localizadas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém e chegaram a gerar 6.500 empregos diretos no auge das obras. Na região do Sertão dos Inhamuns, no município de Tauá, a MPX opera desde 2011 a primeira usina solar em escala comercial do Brasil, conectada ao Sistema Interligado Nacional. Com capacidade instalada de 1 MW, o empreendimento pode alcançar 50 MW no longo prazo. Seguindo as diretrizes de sustentabilidade do Grupo EBX, a MPX possui atuação social e ambiental voluntária expressiva no Ceará. Além do patrocínio ao projeto Caatinga Preservada, da Associação Caatinga, a empresa investe em educação sanitária e nutricional com o projeto Crianças Saudáveis, Futuro Saudável, em parceria com a Inmed Brasil e a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante. Outro importante investimento foi realizado para a conclusão do Centro Pediátrico do Câncer, da Associação Peter Pan, em Fortaleza. 18


Idealizado para intensificar as ações de proteção ao bioma caatinga no Ceará, o projeto Caatinga Preservada foi desenvolvido entre 2010 e 2012 pela Associação Caatinga com patrocínio exclusivo da MPX, empresa de energia do Grupo EBX, que atua no estado. A MPX investiu R$ 800 mil no projeto. Em um período de 30 meses, o projeto resultou em avanços significativos na preservação da caatinga com a criação, a ampliação e a gestão de áreas protegidas privadas. As conquistas contribuíram para a redução da desertificação do bioma e para a proteção de nascentes e cursos d’água, dois fatores críticos na caatinga.

800.000 reais investidos pela MPX no projeto 19

Cidade de Fortaleza, CE. Fotógrafo: Márcia Foletto


Borboleta da espécie Hamadryas arete, em Crateús. Fotógrafo: Samuel Portela

Floresta de caatinga semicaducifólia (mata seca), em Crateús. Fotógrafo: Daniele Ronqui


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