A Comunica•‹o e a Otorrinolaringologia
Coordena•‹o e edi•‹o: Prof. îscar Dias Cl’nica Universit‡ria de ORL da Faculdade de Medicina de Lisboa Autores: Estudantes da Cadeira de ORL da Faculdade de Medicina de Lisboa 2020-2021 Apoio: Associa•‹o de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa, Departamento de Educa•‹o MŽdica da Faculdade de Medicina de Lisboa(DEM), Instituto de Saude Ambiental da FMUL (ISAMB), E-Lab da Universidade de Lisboa, Nœcleo de Saœde e Bem-Estar da Universidade de Lisboa e-learning.ul.pt
Desenho da capa, proposto como cartaz para o Projecto A Comunica•‹o e a ORL, efectuado pelo Estudante Duarte Ferreira Marques.
A Comunica•‹o e a Otorrinolaringologia Projecto Colaborativo ORL - Ano lectivo 2020-2021
êndice
Pref‡cio!
9
Dr» Gra•a Oliveira, Pediatria HSM/FMUL!
Pref‡cio! Maria H. Viegas, Mafalda Florenciano, Pedro Silva, Beatriz Faria, Delegados de Curso 16-22!
Pref‡cio! Prof. Augusto Cassul,Universidade Cat—lica de Angola, Faculdade de Medicina de Lisboa!
O convite aos Estudantes de ORL! Prof. îscar Dias!
Conceitos gerais sobre a Comunica•‹o! Alexandre Spranger, Leonor Fonseca, Madalena Pereira!
A comunica•‹o verbal e a comunica•‹o n‹o verbal! Catarina Mata, Marina Lima, Soraia Moreira, Patricia Silva!
A ORL e os —rg‹os da comunica•‹o! In•s Chaves,Mafalda Ramos,Marta Leandro,Rafaela Patinha, Raquel Costa! Aparelho auditivo !37
Ana Couto, Carlota Andrade de Sousa, Diogoa Carmali, In•s Tovim, Jœlia Santos! Ana Rita Silva, Carolina Palma, In•s Marques! Aparelho vocal( respira•‹o,fona•‹o,articula•‹o, audi•‹o, sistema nervoso)!52
Tomas Santos, Artur Boino, Francisco Alexandrino, JosŽ Pedro CharrŽu, AndrŽ Cachopo! A vis‹o e as suas interac•›es com a audi•‹o!58
Catarina Braz, Constan•a Dur‹o, Maria Sousa, Patricia Martins, Teresa Neto!
9
12 12
14 14
17 17
21 21
24 24
29 29 37 37 52 58
O gesto, a express‹o e a comunica•‹o!70
Cralota Marques, Maria Isabel Guerra, Maria Joana Correia, Maria Leonor Reynolds de Sousa, Maria Margarida Grilo! 70
Como se desenvolveu a comunica•‹o ?! Como se desenvolveu o ouvido ao longo do tempo !82
Beatriz David, Jo‹o Caf™fo, J. Guilherme Nobre, Maria Madalena Carvalho, Maria Jo‹o Soeiro! Como se desenvolveu a fala humana ao longo do tempo !92
Rita Ribeiro, Carolina Monteiro, Patricia Pereira, Martim Fornetti!
O desenvolvimento da linguagem e fala na crian•a! Ana Carolina Costa, Ana Pedroso, Beatriz Bento, Catarina Perdig‹o, Madalena Fernandes!
O desenvolvimento da audi•‹o na crian•a! Mariana Moura, Margarida Neves, Marta Baptista!
O desenvolvimento da linguagem! Lu’s Gon•alves,In•s Soares, Liliana PerpŽtuo,Pedro Portada, JosŽ Carvalho,,Jo‹o Lourinho!
Os periodos cr’ticos no desenvolvimento da linguagem! Daniela Castro, Nadine Amaral, Rita Louro!
81 82 92
100 100
113 113
127 127
132 132
A preserva•‹o da comunica•‹o na qualidade de vida e bem estar social! Andreia das Neves Hor‡cio!
Impacto do deficit da audi•‹o na comunica•‹o! AndrŽ Cunha, Martim Moniz, Rui Tacio Costa, Luis Jardim, Jo‹o Pedro Gomes! Priva•‹o severa a profunda Recem nascido!159
Adriana Oliveira, Tiago Melo, Raquel Pedroto, Caetana Montellano! Priva•‹o severa a profunda Infancia!171
Ana Ruivo, In•s Nunes, In•s Domingues, Soraia Gago! Priva•‹o severa a profunda idade media da vida!185
Afonso Pereira, David Farinha, Joana Reis , Sofia Garc•s! Priva•‹o severa a profunda idade avan•ada!194
Beatriz Pires, Francisca Aniceto, Joana Castel‹o! Priva•‹o ligeira infancia!202
Beatriz Pires , Maria Carolina Silva, Maria Leonor Nunes, Matilde Ferreira, Deborah Silva! Priva•‹o unilateral !215
Beatriz Gaspar Pinto,Carolina Gra•a da Concei•‹o,Madalena Dias Ferreira!
Patologia que causa les›es no aparelho auditivo! Diogo Borges, Gon•alo Falc‹o, Paula Sofia Coelho, Pedro Moutinho, Susana Pereira! Infec•oes , inßama•‹o !235
Ana Carolina Silva, Irina Spac, Luisa Vieira, Mafalda Florenciano, Mariana Aleixo! Traumatismos!280
Beatriz Santos, Bruno Boaventura, Diogo Monteiro, Pedro Guerreiro, Rafael Honorio! Patologia neuro degenerativa!282
Jo‹o Policarpo, JosŽ Melo, Louren•o Garcia, Maria Em’lia Carvalho! Toxicidade!289
Afonso Morais!
Genetica!293
Ana Catarina Gameiro, Carolina Marques, Catarina Morgado, In•s Neves!
143 143
149 149 159 171 185 194 204 215
225 225 235 280 282 289 293
Impacto da hiperestimula•‹o do aparelho audio-vestibular ( som e vibra•›es)!311 Joana Barbosa, Patricia Sousa, Pedro Silva, Sofia Carvalho! No aparelho audio vestibular!321
Luis Gadelho, Ana Catarina Mendes, Pedro Lopes, Maria Beatriz Almeida!
311 321
As condi•›es f’sicas ( acœstica,luminosidade) e o seu impacto na discrimina•‹o auditiva e na comunica•‹o! 332 Miguel Gao Nunes!
O diagn—stico audiol—gico na crian•a! Madalena Silva Couto, M—nica Amado, T‰nia Clemente!
O diagn—stico etiol—gico da surdez na crian•a! Catarina Silva, Guilherme Nunes, Margarida Gomes, Sofia Gomez, Vanessa Mendon•a!
332
342 342
349 349
A patologia do ouvido mŽdio da crian•a e a sua import‰ncia na comunica•‹o! 360 Barbara Moreira, Madalena Duarte, Maria Teixeira, Maria Alvarenga, Patricia Martins!
A presbiacœsia e a comunica•‹o! Diogo Branco, Vasco Lobo, Beatriz Nicolau, Joana Ferreira, Julia Sereno!
A reabilita•‹o auditiva! Beatriz Cardoso, Catarina Furtado, Kevin Rocha, Mariana Marques, Rita Martins!
360
369 369
379 379
Conselhos para melhorar a comunica•‹o com as pessoas com perda auditiva! 408 Antonio Velha, David Campos, Guilherme Lu’s!
408
A cirurgia da surdez! Ana Rita Figueiredo, Mariana Cariano!
Como as causas de surdez reflectem o estado de desenvolvimento social! Ana Carolina Caldeira, Ana Penedo, Ant—nio Braga, Rita Silva, Tiago Peixoto!
O tinnitus! Beatriz Faria, Carolina Martins, Gon•alo Serradas, Marco Tomaz, Maria Miguel Seguro!
Como se produz a voz ?! Adriana Fernandes, Maria Vera Chambel, Teresa Duarte! A respira•‹o!469
Ana Sofia Quina, Jo‹o Paulo Fernandes! A emiss‹o da voz!475
Beatriz Marques, Jo‹o Sabido! Fala e canto !479
Ana Sofia Pedro, Luis Eduardo Soeiro! Postura!486
Ana Santos, Luis Sardinha, Catarina Monteiro! A projec•‹o da voz!490
Ana Carolina Pais, Ana Napole‹o!
416 416
431 431
439 439
463 463 469 475 479 486 490
Patologia com impacto no aparelho vocal ( abuso, infec•›es, factores agressores do ambiente,envelhecimento, atrofia)! 508 Laringe!509
Miguel Serra, Pedro Marcelino, Tiago Baptista! Fossas Nasais!517
Alexandra Rosa, Claudia Sacramento, F‡bio Duque, Hugo Fabian, Joana Dias! Boca e Faringe!530
Alexandra Jesus, Ana Margarida Silva, Diogo Regateiro, Nat‡lia Guerreiro! Traqueia!562
Fatima Agrela, Francisca Fontes, Silvia Alves,! Bronquios!571
Adriana Correia, C‡tia Gon•alves! Impacto da patologia pulmonar na comunica•‹o!578
Ana Sofia Fernandes, Elsa Louren•o, Maria Helena Viegas, Mariana Caetano, Mariana Coelho! Altera•›es do SNC !602
Bruno Pombo, Carlos Fernandes, Carole Cruz, Maria Teresa Barros!
Altera•›es do sistema imunit‡rio!630
Clara Gomes, Marco Morais, In•s Fernandes!
A patologia vocal dos professores!
509 517 530 562 571 578 602 630
641
In•s Mendo, Neide Lopes!
641
As altera•›es da voz com a idade!
645
Jo‹o Pires, Katerina Drakos, Maria Fernandes, Maria Malta Cruz, Rita Campos!
A patologia benigna da laringe ( n—dulos, polipos,quistos, refluxo)! Afonso Pernadas, Bruno Rodrigues!
A patologia da laringe relacionada com o tabaco! Ana SalomŽ Rebelo, Carina Silva, Lu’s de Oliveira, Mariana Almeida, Sara Dami‹o!
A patologia da laringe na crian•a! Diana Martins, Beatriz Francisco, Luis Rom‹o,Mariana Farto, Manuel Costa!
A patologia neurol—gica e a voz! Vera Martins, Ana Couto!
645
652 652
673 673
687 687
695 695
A postura e a voz! Ecaterina Ciobanu, Kelly Tembe!
Papel da postura na voz! Ana Santos, Catarina Monteiro, Luis Afonso!
As paralisias da laringe! JosŽ Castro, Margarida Ramalho, Maria Isabel Pinto, Micaela Pascoal!
O cancro da laringe! Ana Rita Henriques, Beatriz Gaspar, Isabel Moutinho de Almeida, Mariana Antunes!
Reabilita•‹o vocal post laringectomia- f’stula traqueo-esof‡gica! Infec•›es da laringe! Andreia Cravo, Joana Fidalgo!
Patologia Inflamat—ria da Laringe! Mariana Sant Ana, Filipa Pinto, Baltazar Lomba!
Doen•as inflamat—rias da laringe! Clara Gomes, In•s Fernandes, Marco Morais!
A laringe, a degluti•‹o, o refluxo! Jorge Abecassis, Rodrigo Brand‹o, Francisco Murta!
A patologia da tiroide e a voz! Beatriz Pereira, Beatriz Mar•al, M‡rcia Pinto, Maria Margarida Farinha!
O traumatismo da laringe e a voz! Ana Filipa Salvado, Isabel Ferreira de Almeida, Manuel Lopes da Silva!
A voz e as altera•›es psicol—gicas! Leonor Maio, Maria Filipa Pof’rio, Rafael Onofre!
A comunica•‹o oral sem laringe! Joana Reis Pereira, Margarida Salvado, Maria In•s Calmeiro, AndrŽ Dias!
O aparelho vocal e o Canto! Diogo Sousa Pereira!
Fala e Canto! Ana Sofia Pedro, Luis Soeiro!
A reabilita•‹o vocal! Carina Spranger, Catarina Oliveira, Helena Cruz, Joana Gouveia, Jo‹o Parodi!
A remodela•‹o da voz! Cl‡udio Guerreiro da Costa!
A cirurgia da voz! Jo‹o Abrantes, Manuel Braz, Ruben Sim›es, Tiago Nascimento!
A voz profissional e os seus problemas! D—ris Freitas, Joana Estevens!
A mudan•a de voz nos individuos transgender! Carolina Oliveira, Joana Dias, Rafael Whitfield, Cristiana Maia, Sofia Andrade!
A voz e as artes performativas! Ana Catarina Lima, Francisca Trigo, Ricardo Cabral!
711 711
718 718
723 723
732 732
741 746 746
766 766
774 774
785 785
791 791
801 801
808 808
832 832
846 846
854 854
860 860
871 871
876 876
889 889
902 902
909 909
A presbifonia!
916
In•s Passos Coelho, JosŽ Sousa, Tom‡s Ferreira!
916
A crian•a com disfonia!
922
Daniel Santos Rodrigues!
922
A voz como manifesta•‹o de outras doen•as ou disfun•›es!
931
Catarina Monteiro, Jo‹o Jesus, Rafaela Ricardo, Rita Amaral, Tiago Lob‹o e Teresa Margarida Cardoso!
931
O aparelho vocal e o ambiente!
954
Laura Castro, Jo‹o Afonso Dias!
954
Deve o ORL ter forma•‹o musical e canto ?! Jo‹o Filipe Matoso!
Voz sintŽtica ou voz artificial! Catarina Ferreira, In•s Abreu, Jo‹o Missa, Mariana Taveira!
A lingua gestual! Carolina Rodrigues, Ivo Gra•a, Mariana Bettencourt, Marta Lopes,!
O gesto, a express‹o e a comunica•‹o. L’ngua Gestual!
960 960
964 964
971 971
985
Carlota Marques, Maria Isabel Guerra, Maria Joana Correia, Maria Leonor Reynolds de Sousa, Maria Margarida Grilo! 985
A musica e os surdos! Catarina Correia, Raquel Antunes!
Voz sintŽtica ou voz artificial! O SNC e a Comunica•‹o! O envelhecimento do SNC em paralelo com o envelhecimento do ouvido! Ana Almeida, Ana Le‹o, Ricardo Pais, Beatriz Correia, Catarina Afonso!
996 996
1005 1006 1032 1032
O envelhecimento do SNC em paralelo com o envelhecimento do aparelho vocal!1040 Anna Almeida, Carolina Ramos, Catarina Norte, Daniela Muon!
Conclus›es e estratŽgias para preservar a Comunica•‹o! Ana Rodrigues, Sim‹o Gaspar, Filipa Melo, Jo‹o Rosa! Diagnostico precoce!1061
Adrian Rosa, Catarina Pimenta, Henrique Mendes, Vanessa Sendim! Tratamento!1075
Bruno Couto, JosŽ Fins, Marta Marques! Reabilita•‹o !1086
Alexandra Silvestre, Anabela Vieira, Vasco Machado!
Preven•‹o!1094
Gon•alo Quinteiro, Jo‹o Carvalho, Jorge Ferr‹o, Pedro Braz‹o! Melhorar a comunica•‹o (interpessoal, familiar, social)!1100
Ruben Abreu!
A preserva•‹o da Saude Mental com a manuten•‹o da comunica•‹o!1105
Ana Bolas, Iris Fonseca, Marina Gaspar, Mariana Quilh—, Tom‡s Ramalho!
Workshop A Comunica•‹o e a ORL! Programa 24 de Abril 2021!
1040
1047 1047 1061 1075 1086 1094 1100 1105
1119 1119
Pref‡cio Dr» Gra•a Oliveira, Pediatria HSM/FMUL
!"#$%&'() *+,- )./012340 )2)/5)036- )72)+189:0):;<3=:0)25)527=:=30 )2)41=340 )2)6=46)036-)72)421)=3=:=076)0) 5=3>0 )?6150@A6)25)!27=041=0)36)&BCDEF)B6-+=40;)72)G0340)H01=0 )-6/)72-0I070)+2;6)!16?2--61) J6/461) K-:01) J=0-L) !16?2--61) &0427189:6) 72) ("D) 70 )$HD) 70) C3=M21-=7072 ) 72) D=-N60L) +010) 2-:12M21):65)0;50 )2):610@A6)6)+12?8:=6)76)-2/)OP);=M16)2?24/076):65)0):6;0N610@A6)76-)0;/36-) =394/;076Q)!"#$%&'()*+,$"-"*"./0"" !010)0;R5)72)42156- )=3=:=076) 6) 36--6)+21:/1-6)0:07R5=:6)S/346-)25) TUVW) 30)$0:/;7072)72) H27=:=30)72 )D/0370 )X)*3Y6;0 )2 )4215=3076)25) TUVU) 30 )$HD)25)D=-N60L)5039M256-)-25+12) /50 )?6142);=Y0@A6)0)3<M2;)+16I--=630;)72 )+019;>0)72 )762342-)2) :63>2:=52346- ):=23ZI:6- )30) =3421?0:2 )!27=041=0[("DL)0--=5):656)30 )2-412=40 ):6;0N610@A6)25)+16S246- )+270Y,Y=:6-)70 )$HD) 30)=3421;=Y0@A6)70- )7=-:=+;=30- )72)!27=041=0)2 )("D)36-)-25=381=6- )2)30-)42-2-)72)52-41076- )70) !27=041=0)2)("D ) \) :65) 5/=46)61Y/;>6L) 234/-=0-56)2 )+10]21) ./2)0:2=42=)2-:12M21) 6) +12?8:=6)72 )/5);=M16)./2) =342Y10 ) /5) +16S246) +270Y,Y=:6) =36M0761L) :1=09M6) 2 ) =3:;/-=M6L) 72 ) 2^41250 ) =5+614_3:=0 ) 36) _5N=46) +270Y,Y=:6)76) 23-=36) 0+1237=]0Y25) 70 )$0:/;7072) 72) H27=:=30 )70 )C3=M21-=7072 )72) D=-N60L) 72-23M6;M=76) +2;6) !16?2--61) J6/461) K-:01) J=0- )72-72 )>8 )M81=6- )036- )2) 05+;052342) 12:63>2:=76)+2;6- )0;/36- )72)H27=:=30L)42376)=3:;/-=M052342 )-=76)Y0;0176076):65))6)+1R5=6)72) HR1=46)!270Y,Y=:6) )70 )$HCD) 25)O`Ta) 2)03/0;52342 )3652076)+010)6)b6;723)B011cd- )*e017) +2;0)*--6:=0@A6)72)#-4/70342-)70)$0:/;7072)72)H27=:=30)72)D=-N60f) () 4250 ) 76) -2/) 76/461052346) ?6=) -6N12) 6) 10-412=6) 2 ) 50+2052346) 70) -/172]) =3?039; ) 25) !614/Y0;L) 42376) :6341=N/<76) +010 )?0]21) 6) 7=0Y3,-9:6) 0 ) 3<M2;) 30:=630; )72) /50) +046;6Y=0 ) 70) =3?_3:=0 )5=46)?12./2342):65)Y10M2- )=5+;=:0@g2-)36)32/16)72-23M6;M=52346)70- )36--0- ):1=03@0-) :65)2?2=46- )32Y09M6-)30 );=3Y/0Y25L)0+1237=]0Y25)2 )0./=-=@g2- )72):65+24h3:=0- )+16I--=630=-) :65)=5+;=:0@g2-)-,:=6)2:63,5=:0-)72)2^41250)Y10M=7072)+010)6)762342)?05<;=0)2):65/3=7072f #-40-) -=4/0@g2-) ./0376) 7=0Y36-9:070-) 2 ) 4104070- ) 0425+07052342) 2 ) 72) ?6150) 072./070) +6721A6)12:/+2101)+109:052342)-25)-2./2;0-f ) $6=)/5) 410N0;>6)72)=3M2-9Y0@A6L) +=632=16)2)72 )2^41250 )=5+614_3:=0 )+010 )0 )-0i72)Y;6N0; )70) +6+/;0@A6)+614/Y/2-0)
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Pref‡cio Maria H. Viegas, Mafalda Florenciano, Pedro Silva, Beatriz Faria, Delegados de Curso 16-22
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Caros colegas, Num ano t‹o at’pico como este, em que nos vimos for•ados a ficar fisicamente longe da nossa faculdade e uns dos outros outros, e ao mesmo tempo perto atravŽs da realidade virtual do Zoom, Ž com grande orgulho que chegamos quase ao fim deste semestre e verificamos que o nosso ano, o 16-22, conseguiu estar ˆ altura do desafio lan•ado pelo nosso exmo. Professor Dr îscar Dias. Um desafio que nos for•ou a pensar fora da caixa, a interligar tem‡ticas que s‹o n‹o s— de ORL como se cruzam com outras ‡reas do conhecimento mŽdico, antropol—gico e social, e que hoje se reflete nesta obra que esperemos que seja n‹o s— uma fonte de orgulho para todos v—s como de grande aprendizagem e abertura de horizontes para as gera•›es futuras deste curso de ORL. Hoje, nas nossas m‹os, ainda que virtualmente, est‡ a conclus‹o de um trabalho sentido e por todos acarinhado. Ao Professor Dr îscar Dias, agradecemos a coragem de inovar e saber incentivar os alunos a ir alŽm do t’pico percurso de uma unidade curricular ao qual estamos t‹o habituados. A todos os que tiverem o prazer de contactar com este projeto, esperemos que vos seja œtil e que vos ajude a compreender a dimens‹o que as diferentes ‡reas da medicina podem ter e a realidade da sua sobreposi•‹o. Despedimo-nos felicitando o trabalho de todos e agradecendo o vosso empenho. A todos um obrigado sentido.
Maria H. Viegas, Mafalda Florenciano, Pedro Silva, Beatriz Faria Delegados de ORL , Comiss‹o de Curso 16-22
Pref‡cio Prof. Augusto Cassul,Universidade Cat—lica de Angola, Faculdade de Medicina de Lisboa
!12?8:=6 A evolu•‹o das novas tecnologias de informa•‹o e de comunica•‹o t•m vindo a modificar gradualmente as sociedades. Est‹o a modificar as rela•›es interpessoais, pois alteram a nossa forma de pensar, agir e conviver e isto tem um enorme impacto no ensino e na aprendizagem em todos os n’veis de transmiss‹o de compet•ncias. O recurso ˆs novas tecnologias permite o acesso aos conteœdos disponibilizados a qualquer hora, a partir de qualquer lugar. Constituem novas formas de aquisi•‹o de conhecimento que visam o desenvolvimento do individuo na medida em que facilitam o processo de ensino/aprendizagem sem a necessidade de desloca•‹o f’sica e consequentes custos altos. Assim sendo, constituem um instrumento atual em todos os n’veis de ensino, concebendo pr‡ticas inovadoras do conhecimento com vis›es estratŽgicas de refor•o ˆ investiga•‹o cient’fica e ˆ partilha das compet•ncias de forma rec’proca. O conhecimento baseia-se na diversidade de opini›es e para isso Ž necess‡rio criar e manter conex›es entre diversas ‡reas com o objetivo de trocar e debater ideias e conceitos que permitam uma aprendizagem cont’nua diferenciada. ƒ com base nesta perspetiva, e aproveitando as rela•›es privilegiadas existentes entre a Cl’nica Universit‡ria de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina de Lisboa e as Institui•›es de Ensino Universit‡rio de Angola, que o Professor Doutor îscar Dias, catedr‡tico e regente da disciplina/cadeira de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, desenvolve esta iniciativa de, no ano letivo de 2019/2020, implementar um workshop com a participa•‹o de duas Universidades de Angola, nomeadamente: Universidade Cat—lica Ð UCAN e Universidade Privada de Angola Ð UPRA.
A intera•‹o acadŽmica entre os docentes e alunos foi de extrema import‰ncia no ‰mbito do ensino e aprendizagem assim como no incremento de maior proximidade entre os alunos e docentes pois possibilitou a intera•‹o, a partilha e o debate de ideias, o trabalho em grupo e a colabora•‹o entre colegas e professores, ainda que ˆ dist‰ncia. Neste contexto de contributo positivo, neste ano letivo de 2020/2021 foi organizado o segundo Workshop com o tema ÒComunica•‹o e a ORLÓ em que participaram quatro Universidades angolanas: Universidade Cat—lica Ð UCAN; Universidade Privada de Angola Ð UPRA; Universidade Katyavala Bwila Benguela; Universidade Agostinho Neto. Pessoalmente, enquanto Professor Regente da cadeira de Otorrinolaringologia da Universidade Cat—lica de Angola, Professor de Otorrinolaringologia da Cl’nica Universit‡ria da Faculdade de Medicina de Lisboa e parte integrante da equipa do Professor îscar Dias, tenho vivenciado com muito entusiasmo esta inovadora experi•ncia, dando o meu contributo pela partilha do conhecimento que adquiri atravŽs da experi•ncia profissional, acadŽmica e cient’fica ao longo dos anos. A mobiliza•‹o dos alunos destas quatro Universidades para participarem no evento provou que estas iniciativas podem constituir, pela sua capacidade de ultrapassar as barreiras econ—micas, temporais e espaciais, um excelente recurso para criar condi•›es que permitam o desenvolvimento do ensino das ci•ncias mŽdicas em todo o espa•o da Lusofonia.
Prof. Augusto Cassul Professor de Otorrinolaringologia Universidade Cat—lica de Angola e Faculdade de Medicina de Lisboa
O convite aos Estudantes de ORL Prof. îscar Dias
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Caros Alunos do 2¼ Semestre da Disciplina de ORL (ano lectivo 2020/2021) FMUL, 7 de Fevereiro de 2021
Bem vindos a ORL ! Foi um prazer contactar convosco nesta primeira semana do Curso. Estamos num per’odo com alguns condicionantes mas temos ˆ nossa frente uma oportunidade de tentar proporcionar-vos uma viv•ncia rica e estimulante. Os meus objectivos fundamentais em rela•‹o a v—s s‹o: adquirir cultura geral de ORL, que n‹o fa•am erros , que saibam orientar os doentes, que Þquem a gostar de aprender, e que a viv•ncia contribua para formar bons MŽdicos. Devemos reconhecer que apenas um ou dois de v—s escolher‹o a especialidade de ORL e que muito do que aprenderem agora dentro poucos anos ser‡ ultrapassado. Aprendi ao longos dos anos que, quando conseguimos que o processo de aprendizagem estimule a reßex‹o e a criatividade, tudo Ž poss’vel e a experi•ncia marca-nos a todos profundamente. Eu aprendo sempre imenso. Assim se compreendem os •xitos dos Projectos Pedag—gicos da ORL dos anos anteriores e a enorme receptividade pelos Estudantes . O Projecto Pedag—gico Colaborativo deste ano - A Comunica•‹o e a ORL H‡ anos que tento encontrar um t—pico que expresse uma perspectiva integrada comum a toda a ORL , que combine a ORL com a Sociedade e os seus condicionantes, que seja transversal a todas as ‡reas do conhecimento, e s— recentemnete cheguei ao Tema que vamos desenvolver este ano, com a vossa imagina•‹o, criatividade ao mesmo tempo que procuram e adquirem o conhecimento . Espero que a viv•ncia seja t‹o enriquecedora para voc•s como para mim. O Projecto ser‡ desenvolver o tema da Comunica•‹o e a sua rela•‹o com a ORL . Trata-se de um tema!de grande abrang•ncia, que simultaneamente! nos faz aprender ORL e compreender o enorme impacto que as doen•as da ORL t•m no indiv’duo e na Sociedade.! A comunica•‹o oral Ž a base da constru•‹o social e faz parte do nosso dia a dia, de tal forma que s— pensamos nela quando h‡ uma insuÞci•ncia. Se pensarmos que!!a comunica•‹o oral Ž que originou a escrita!compreendemos! como!est‡ na base do conhecimento que a Humanidade disp›e actualmente. Os —rg‹os e territ—rios ORL respons‡veis major da comunica•‹o, diferenciaram-se ao longo de milŽnios na parte alta do aparelho respirat—rio e digestivo. A audi•‹o Ž uma das pe•as chave na Comunica•‹o. O ouvido Ž o local onde!!est‹o os receptores da audi•‹o e do equil’brio, enquanto o aparelho vocal partilha!a!fala , o canto, o grito, com a respira•‹o, a defesa da via respirat—ria, a degluti•‹o!. O SNC articula e complementa os dois sistemas. O Sistema nervoso aut—nomo , o sistema end—crino, o sistema imunit‡rio tambŽm condicionam os —rg‹os e aparelhos da comunica•‹o. O sil•ncio, o sono, o repouso contribuem para reequilibrar o excesso de utiliza•‹o. ƒ poss’vel que cheguemos ˆ conclus‹o que todo o corpo humano est‡ envolvido na Comunica•‹o e que sem a Comunica•‹o oral o mundo seria quase inimagin‡vel. ! Ficamos com uma vis‹o muito mais integrada da Comunica•‹o e da ORL, quando nos questionamos : " Quando e !como Ž que a!fala !humana evoluiu ao longos dos tempos? Como Ž que a linguagem se desenvolve desde os primeiros momentos da vida do recŽm nascido? " Como Ž que os est’mulos auditivos chegam ao cŽrebro? " Porque Ž que a obstru•‹o nasal est‡ relacionada com o insucesso escolar? Como Ž que o ambiente e os factores individuais!!determinam as doen•as no aparelho auditivo e no aparelho vocal? Como Ž que uma altera•‹o voz provoca fadiga cr—nica ? Como Ž que a voz reßecte na imagem de cada um ? Quais as doen•as ORL que vamos tratar nos pr—ximos anos ? Pode-se falar de estŽtica da voz ? Como Ž que o ouvido e o aparelho vocal envelhecem !ou qual o impacto que essa degeneresc•ncia! tem na saœde mental e na qualidade de vida da Sociedade?
! Por outro lado, temos situa•›es que podem ser consideradas contradit—rias: Porque Ž que quase metade das pessoas que t•m pr—teses auditivas n‹o as utilizam embora ou•am mal? ! Como Ž poss’vel ter voz sem laringe? ! Como Ž poss’vel ouvir sem o ouvido interno ? Como Ž poss’vel comunicar sem ter linguagem oral ? Como Ž que a vis‹o participa na comunica•‹o oral? ! Como h‡ barreiras na comunica•‹o sem uma base org‰nica? ! Haver‡ formas de melhorar a discrimina•‹o auditiva sem pr—teses ? EnÞm um sŽrie de combina•›es poss’veis e que no dia a dia nos fazem compreender o que complementa a comunica•‹o oral, e como o perceber estes factores pode ser œtil para ajudar quem precisa. Esta vis‹o global permite-nos aconselhar, tratar, prevenir de uma forma muito mais eÞcaz.!Trata-se de um tema transversal ˆ Sociedade e que cruza todas as especialidades que voc•s venham a escolher. Por outro lado este exerc’cio pode ser alargado a outros temas e especialidades o que acaba por inßuenciar os fundamentos da vossa vida como MŽdicos. ƒ um facto reconhecido que a super especializa•‹o levou a um progresso extraordin‡rio da Medicina. Mas tambŽm todos estamos cientes que os v‡rios ramos do conhecimento se separaram muito, a tal ponto que em muitas situa•›es o doente acaba por Þcar prejudicado, pois o mŽdico ao especializar-se tanto perde a no•‹o do todo. Cada uma das especialidades cresceu tanto que pode cair na ilus‹o de se ver como um mundo. A pessoa no seu todo, integrado na fam’lia , na escola, na sociedade , e a atravessar as v‡rias fases da vida , Ž que constitui um mundo. ƒ meu objectivo que a participa•‹o neste projecto contribua para uma melhor integra•‹o do conhecimento e que eventualmente possa beneÞciar todos que ao longo da vida que vos ir‹o procurar , na dimens‹o individual, familiar, e social. Este Ž um dos grandes objectivos da Medicina do sŽculo XXI, que Ž a que voc•s v‹o praticar .Espero que gostem de colaborar e construir este Projecto. A minha ideia Ž que voc•s, em pequenos grupos, desenvolvam os t—picos que iremos distribuir com a ajuda da Comiss‹o de Curso . Cada grupo far‡ um texto e um PPT . O texto ser‡ incorporado num livro . Com base na pesquisa na internet penso que o livro que vamos construir Ð A Comunica•‹o e a ORL - nunca foi escrito anteriormente , o que Ž mais uma raz‹o que refor•a a pertin•ncia do nosso objectivo. Escrevam com criatividade e rigor, conversem e troquem ideias, pensem na perspectiva ORL e na perspectiva de outras disciplinas mŽdicas e n‹o mŽdicas. Quero que escrevam algo que vos fa•a sentir orgulhosos quando daqui a alguns anos olharem para tr‡s. Com base na viv•ncia muito positiva do ano passado , estou a planear organizar um Workshop , antes do Þnal do semestre , em que ser‹o voc•s que ir‹o falar . Eu tratarei do programa, da modera•‹o e da escolha dos convidados . Este projecto foi come•ado pelos vossos colegas do 1¼ Semestre que ter‹o desenvolvido uma metade dos temas . Neste 2¼ Semestre voc•s ir‹o completar os t—picos que faltam. A œnica condi•‹o obrigat—ria em rela•‹o todos os projectos Ž fazer o melhor poss’vel! Aproveitem o desaÞo que vos proponho para desenvolverem o conhecimento e estimular a vossa criatividade, que sei ser extraordin‡ria . Este ser‡ o modesto contributo da ORL para vos ajudar no vosso percurso para serem excelentes MŽdicas e MŽdicos. Com os meus cumprimentos e desejando um 2¼ Semestre com grande sucesso
Prof. îscar Dias
P. S. Em anexo envio o conteœdo discriminado do Projecto A Comunica•‹o e a ORL em que est‹o assinalados os temas j‡ desenvolvidos pelos Estudantes do 1¼ Semestre.