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Ações pelo Rio Paraguai levam cidadania aos ribeirinhos Por Geraldo Silva em março 16, 2015 1:35 pm , Categorias: Geral

A vida das comunidades ribeirinhas do Pantanal

mudou

muito

na

última

década, quando se iniciou mutirões pelas águas do rio Paraguai e afluentes para levar serviços fundamentais que transformariam pessoas isoladas dos centros primeiras

urbanos

em

expedições,

cidadãos. em

As

2004,

encontraram beiras de rio sem nenhum documento, entregues à própria sorte pela ausência do poder público.

Estas ações se tornaram frequentes, envolvendo cada vez mais organismos públicos, levando todo tipo de assistência aos núcleos tradicionais do Pantanal. A Marinha, por meio de sua base em Ladário, se envolveu no projeto e hoje conta com um navio totalmente adaptado para atendimento médico-odontológico aos pantaneiros. Grupos de pescadores também se engajaram e distribuem, anualmente, sacolões e brinquedos.


Na semana passada, com o apoio do 6º Distrito Naval da Marinha, em Ladário, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) desenvolveu mais uma etapa do projeto “Justiça sobre as águas”, que tem a finalidade de atender as famílias ribeirinhas com serviços da comarca local, dando pleno acesso à Justiça bem como o exercício de direitos e cidadania. PREVIDÊNCIA

Entre os dias 2 a 7 de março, o projeto atendeu as localidades do Porto da Manga, Albuquerque e Porto Morrinho, distritos de Corumbá situados às margens do Rio Paraguai, com os deslocamentos sendo feitos em navios da Marinha em missão regular nos rios pantaneiros. Um juiz de Direito, promotor de Justiça, defensor público e servidores da Justiça integraram a comitiva. Nesta terça-feira, outro navio da Marinha, o Albatroz (que operava com pesca esportiva por uma agência de turismo) iniciou uma longa viagem, de Corumbá a Cáceres (MT), por 670 quilômetros, pelo Rio Paraguai, transportando servidores da Previdência Social. Trata-se da Expedição da Cidadania, cuja tarefa é levar serviços previdenciários às centenas de famílias de ribeirinhos que vivem da pesca ao longo do rio. A primeira comunidade assistida foi da localidade de Jatobazinho, nome de uma antiga fazenda hoje transformada em uma escola-internato considerada modelo na educação de crianças da beira dos rios. O navio conta toda infraestrutura para prestação dos serviços passará por uma dezena de comunidades ao longo de 15 dias. Em 2009, a Expedição da Cidadania percorreu o percurso sul do Rio Paraguai, saindo de Ladário até a cidade de Porto Murtinho. DIGNIDADE

O coordenador do setor da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJMS, desembargador Ruy Celso Florence, anunciou que a União, por meio da Secretaria de Políticas para a Mulher, liberou parte dos R$ 1,8 milhão para a execução de um projeto que prevê aquisição de uma embarcação totalmente equipada que dará assistência jurídica, psicológica e social às mulheres que residem às margens dos rios Paraguai e Taquari. De acordo com Ruy Celso, até o fim do semestre o serviço já deve estar disponível para as comunidades femininas ribeirinhas. “Mulheres que vivem às margens do rio Paraguai não


sabem a vida que existe alÊm do mundo em que elas vivem. Muitas sequer possuem carteira de identidade, outras sofrem violência e acham que faz parte da vida delas. Essa realidade e o que mais houver de demanda vamos tentar solucionar. Precisamos oferecer dignidade para essas mulheres�, ressaltou.

http://www.folhacg.com.br/acoes-pelo-rio-paraguai-levam-cidadania-aos-ribeirinhos/


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