OLISSIPO - Revista de Lisboa

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Novembro 2015 nº1 Mensal Portugal Distribuição Gratuita

RESTAURANTES

OS 10 MELHORES DE LISBOA

O ARCO DA LUZ

VIDEOMAPPING EM LISBOA

A CIDADE ATRATIVA PARA ESTUDANTES INTERNACIONAIS

HÁ MAIS DE 500 ANOS DEU-SE O INÍCIO AOS DESCOBRIMENTOS


FICHA TÉCNICA

FICHA TÉCNICA / CRÉDITOS

Todos os conteúdos desta revista sejam eles, textos, ilustrações ou fotos, são da exclusiva responsabilidade de Ana Catarina Olhicos Mourão. Todos os autores e participantes, desta revista fizeram-no de consciente, autorizando explicitamente a reprodução dos seus textos e imagens (sejam elas fotografias, retratos, ilustrações,etc.). Esta revista é um projeto para a Unidade Curricular de Design de Comunicação, parte integrante da Licenciatura em Design, do IADE – Crative University, executador sob a orientação do Professor Carlos Rosa. Prestaram colaboração nesta edição os autores abaixo. ADAPTAÇÕES DE: [wikipédia] [Texto das páginas 4 e 5] [Pedro Leitão, Claro Botelho] [Textos das páginas 6,7,8 e 9] [patrimoniocultural.pt; wikipédia; torrebelem.pt] [Textos das páginas 10 e 11] [mosteirojeronimos.pt] [Textos da página 12] [lisboando.pt; pasteisdebelem.pt] [Textos das páginas 14 e 15] [studyinlisbon.pt] [Textos das páginas 16 e 17] [quartodasbrincadeiras.pt; guiadacidade.pt] [Textos da página 19] [cm-lisboa.pt] [Textos da página 21] [citi.pt] [Textos das páginas 22, 23 e 24] [nit.pt] [Texto da página 25] [lisbonlux.com] [Textos das páginas 26 e 27] [observador.pt] [Textos das páginas 28 e 29] ILUSTRAÇÕES DE: [Fotocomposição, Biblioteca Nacional / Maria Keil] [Ilustração das páginas 6 e 7] [Selo, Maria Keil] [Ilustração das páginas 6] [Ilustração, Maria Keil] [Ilustração da página 7] [Livro Ilustrado, Maria Keil, Fnac] [Ilustração da página 7] [Ilustração para capa de Livro, Maria Keil] [Ilustração da página 9] [Ilustração “Folhas Caídas II”, Maria Keil] [Ilustração da página 9] [Ilustrações, “Folhas Caídas”, Maria Keil] [Ilustração da página 9] [CityBreaksLisboa] [Ilustração da página 10] [Louis Michel van Loo] [Ilustração da página 24]

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Novembro 2015 OLISSIPO

FOTOGRAFIAS ORIGINAIS DE: [Selo, Maria Keill] [Fotografia da página 6] [Azulejo, Estação de Metro, Maria Keil] [Fotografia da página 6] [Azulejo, Metro Campo Pequeno, Maria Keil] [Fotografia da página 7] [Fotografia, Revista Visão] [Fotografia da página 8] [Autor desconhecido, Pinterest] [Fotografia da página 10] [LisbonSecrets.com] [Fotografia da página 10] [Janeau, Flickr] [Fotografia da página 11] [Autor Desconhecido, Pinterest] [Fotografia da página 11] [Paulo Dykes] [Fotografia da página 11] [City Guide Lisbon] [Fotografia da página 11] [Gudrun Krinzinger] [Fotografia da página 12] [Grotciv, Flickr] [Fotografia da página 12] [Artista Desconhecido, Pinterest] [Fotografia da página 12] [Joriavlis, Flickr] [Fotografia da página 12] [listofpictures.blogspot.in] [Fotografia da página 12] [alma-portuuesa.tumblr.com] [Fotografia da página 12] [amorycanela] [Fotografia da página 13] [poutperfection.com] [Fotografia da página 14] [yu.mmy] [Fotografia da página 15] [Ana Almeida] [Fotografia da página 15] [Rui Rebelo] [Fotografia das páginas 16 e 17] [ipl.pt] [Fotografia da página 17] [studyinlisbon.pt] [Fotografia da página 17] [guiadacidade.com] [Fotografias da página 18 e 19] [cm-lisbon.pt] [Fotografia das páginas 20 e 21] [observador.pt] [Fotografia da página 22] [joao74’s Bucket] [Fotografia da página 23] [ordemengenheiros] [Fotografia da página 24] [Edible Queens] [Fotografia da página 25] [saveur.com] [Fotografia da página 25] [ELEVEN] [Fotografia da página 23] [Altis Belém] [Fotografia da página 23] [lisbonlux.com] [Fotografias da página 23 e 24] [zoodzinski] [Fotografia da página 28] [tecmundo.com.br] [Fotografia da página 29] [RENOVATIO] [Fotografia da página 29]

FOTOGRAFIAS EDITADAS DE: [cm-lisboa.pt] [Fotografia das páginas 18 e 19] [Autor Desconhecido, tumblr.com] Fotografia da página 15]


ÍNDICE

ÍNDICE

LISBOA PARA CRIANÇAS

EDITORIAL

Integrado no Parque Florestal de Monsanto, do Parque Recreativo da Serafina avista-se do miradouro uma vista privilegiada sobre a cidade, áreas relvadas e arborizadas como as zonas de Campolide e Amoreiras e boa parte da zona norte de Lisboa.

As 7 colinas de Lisboa: Colinas São Vicente, Sant’Ana, Santa Catarina, Santo André, São Roque, São Jorge e Chagas.

ENTREVISTA

CONHECIMENTO E INOVAÇÃO

Pintura, Desenho, Ilustração, Azulejo, Design Gráfico, Tapeçaria, Cenografia entre outros são muitas das áreas que deram origem a diversificadas e vastas obras realizadas por Maria Pires da Silva Keil do Amaral.

Um espetáculo de videomapping animou o Terreiro do Paço todas as noites, às 19, 20 e 21 horas de 14 a 23 de Dezembro de 2014, e, este ano repete-se!

CONHECER A CIDADE

VALORES HISTÓRICOS

Muitos dos principais pontos turísticos concentram-se em Belém, como tal é necessário culturalizar-se antes de se entrar qualquer lugar e partir para a aventura. Hoje vamos lá e vamos à Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos.

A nova cidade, exemplar único do urbanismo das Luzes, foi planeada com régua e compasso pela Razão. (...) É a razão em pedra. Sem desvios nem fantasia.

CURIOSIDADES GASTRONOMIA E TRADIÇÃO

Abriu no Terreiro do Paço um quiosque com chimney cake. Não sabe o que é? Nós explicamos.

Os famosos Pastéis de Belém são o símbolo máximo da pastelaria portuguesa e foram inventados, na Antiga Confeitaria de Belém, sendo servidos desde 1837.

TOP 10 - Melhores restaurantes em Lisboa

ARTIGO DE OPINIÃO GUIA DO ESTUDANTE A cidade atrativa para estudantes internacionais. Lisboa é o maior polo universitário e de investigação do país, com mais de140.000 estudantes inscritos no ensino superior.

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Há 25 anos o “jogo de computador” era visto como um opositor ao estudo e a um futuro promissor. Hoje estamos exactamente perante um cenário contrário. A indústria dos jogos está bem e precisa de gente.

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EDITORIAL

LISBOA ”

AMEIX

Cidade das 7 colinas

Diz a lenda popular e romântica que a cidade de Lisboa foi fundada tal como Roma numa povoação rodeada de sete colinas.

LUMIAR

COLINA DE SÃO VICENTE STA LÚZIA

CARNIDE

Atualmente o Bairro de Alfama e o Convento de São Vicente de Fora fazem parte da Colina de S. Vicente cujo pertence à Zona do centro Histórico da Capital.

CAM GRA SÃO DOMINGOS DE BENFICA

COLINA SANT’ANA TOREL

O Mosteiro das Freiras Dominicanas de Nossa Senhora da Anunciada ficava nesta colina que agora fica o Largo da Anunciada e localiza-se a Oeste do Castelo. Mosteiro de nome e largo de nome que, junto dele em 1539, depois dos frades Agostinhos o cederem por troca às freiras, transferiram-se para este local da sua primitiva fundação na Costa do Castelo mesmo no topo da mesma colina.

BENFICA CAMPOLIDE

SANT SANTO ISABE CONTESTÁVEL

COLINA DE SANTA CATARINA

Do Camões até à Calçada do Combro é uma antiga freguesia do cocelho de Lisboa e é aqui que se localiza o museu da Farmácia.

AJUDA SÃO FRANCISCO XAVIER

ALCÂNTARA

LAPA

PRAZERES

COLINA DE CHAGAS

STA. JUSTA

Nome atribuído devido à Igreja que nele edificaram os marinheiros da rota da Índia em louvor às Chagas de Cristo que corresponde atualmente à área que se situa o Largo do Carmo e a área envolvente.

SANTA MARIA DE BELÉM

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SAN -VEL

SANTA CATARINA


EDITORIAL

COLINA DE SANTO ANDRÉ SRA. DO MONTE

XOEIRA CHARNECA

SANTA MARIA DOS OLIVAIS

SÃO JOÃO DE BRITO

MPO ANDE

MARVILA

ALVALADE

COLINA DE SÃO JORGE CASTELO

NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

SÃO JOÃO ALTO DO DE DEUS PINA

SÃO BEATO JORGE DE ARROIOS PENHA SÃO DE JOÃO CORAÇÃO FRANÇA

SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA

TA EL

A

Em 1147, D. Afonso Henriques aproveitou as qualidades estratégicas da região e instalou as suas tropas para organizar a cidade. Com o terramoto de 1551 que fez sair muitos moradores da cidade antiga estes escolheram as colinas da Graça e de Santo André por serem muito altas. Nas regiões menos ocupadas e de “melhores ares” instalaram-se famílias nobres e adquiriram quintas onde construíram casas de campo que mais tarde deram lugar a grandes palácios que se localizam ao longo das calçadas da Graça e Santo André.

DE JESUS

ANJOS

SÃO SÃO MAMEDE JOSÉ PENA SANTA JUSTA

MERCÊS

SANTO ESTÊVÃO SÉ

SÃO

NTOS-O- PAULO LHO

MADALENA SOCORRO

SACRAMENTO

ANCARNAÇÃO

CASTELO

SANTA GRAÇA ENGRÁCIA

SÃO CRISTÓVÃO E SÃO LOURENÇO

SÃO VICENTE DE FORA

SÃO MIGUEL

Também chamada de “Colina do Castelo”, é a mais alta das 7, que na verdade é a colina da Graça mas o autor da lenda terá esquecido, e, é onde fica o atual Castelo de São Jorge onde se pensa que apareceu o primeiro povoado que deu origem a Lisboa. Nesta colina e por baixo do Castelo apareceram vestígios do ópido romano. O Alcácer árabe estava instalado e foi aí que se construiu o castelo do tempo da Reconquista que ainda hoje existe. Abrange atualmente os bairros da Mouraria, Castelo e parte do de Alfama.

COLINA DE SÃO ROQUE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA

Situa-se aqui o Bairro Alto e o Miradouro de São Pedro de Alcântara que por sua vez é confundida como colina de São Pedro de Alcântara, que na verdade, nunca existiu pois essa designação é apenas nome de uma Rua e de um Jardim.

SÃO NICOLAU

MÁRTIRES

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ENTREVISTA

Entrevista a

MARIA KEIL

© Selo, Maria Keil

Pintura, Desenho, Ilustração, Azulejo, Design Gráfico, Tapeçaria, Cenografia entre outros são muitas das áreas que deram origem a diversificadas e vastas obras realizadas por Maria Pires da Silva Keil do Amaral. Portuguesa, nasceu a 9 de Agosto de 1914 e vem morrer em Lisboa a 10 de Junho de 2012. Maria Keil, assim conhecida, foi uma pintora e ilustradora portuguesa pertencendo à 2ª geração de pintores modernistas portugueses. É destacada de modo particular a sua intensa atividade como ilustradora e desempenhou um papel importante na renovação do azulejo contemporâneo em Portugal. O Museu da Presidência da República organizou uma exposição de algumas obras e em Lisboa, a autora não deixou de ser homenageada, pois foi colocado seu nome à biblioteca em Lumiar por ser uma grande pioneira do design. A entrevista segue-se de maneira informal mas essencial entre Maria Keil, Pedro Leitão e Clara Botelho, o entrevistador, que define pontos da sua vida enquanto artista.

PEDRO LEITÃO: NASCEU EM SILVES. VEIO PARA LISBOA PARA ESTUDAR NAS BELAS ARTES?

Maria Keil: Eu tinha feito a Escola Industrial em Silves e foi o professor de Desenho, Samora Barros, que convenceu a minha família a mandar-me estudar para Lisboa. Vim morar para casa dum tio. PL: NA SUA FAMÍLIA HAVIA LIGAÇÃO ÀS ARTES OU A MARIA FOI A PRIMEIRA?

MK: Ninguém tinha nada a ver com as artes. Eu desde pequena que fazia bonecos e houve um conjunto de circunstâncias que facilitaram a minha vinda para as Belas Artes, aconteceu… PL: ESTUDOU NAS BELAS ARTES, MAS NÃO ACABOU O CURSO. PODE EXPLICAR COMO FOI?

MK: Fiz os três anos preparatórios, nas Belas Artes, depois um ano de Pintura, com o Professor Veloso Salgado. Esses três anos davam acesso aos três cursos – Pintura, Escultura e Arquitectura. PL: MAS, DE QUALQUER MANEIRA, NÃO ACABOU O CURSO… 6

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MK: O ensino de pintura nas Belas Artes nessa altura era muito antiquado, muito académico. Havia também seis alunos de Arquitectura e um deles era o Chico (Francisco Keil do Amaral). Namorámos, depois casámos, foi ele que me influenciou para largar o curso. Depois do casamento é que comecei realmente a aprender, fora das Belas Artes. O Veloso Salgado era um bom professor, mas o principal aprendi-o com os pintores das relações do meu marido. PL: COMO FOI ESSE PRINCÍPIO?

MK: Era difícil fazer qualquer coisa. Nessa altura havia amigos ligados ao grafismo, aos cartazes, era uma coisa nova por cá. O Tom, o Zé Rocha, por exemplo, trabalhavam naquilo com muita competência e influenciaram-me. Depois fui para Paris com a equipa que fez a Exposição Internacional de 1937, o meu marido é que projetou o pavilhão português, a equipa eram aquelas pessoas todas, o Bernardo Marques, o Carlos Botelho e a Beatriz, o Fred Kradolfer, o Tom…


MK: Sim, era uma coisa fantástica, estava no Pavilhão espanhol. O Picasso já era famoso, mas naquela altura estava também ali tudo o que era novo e estava a começar. Eu nunca tinha saído de Portugal, aprendi muito. Sair das Belas Artes e conhecer aquelas pessoas e aquelas coisas todas, foi um arejo. PL: QUANDO VOLTOU PARA PORTUGAL, PINTOU MUITO?

MK: Acho que a minha áreamais válida foi o azulejo. E no azulejo, o mais importante foi o Metropolitano de Lisboa. O meu marido era projectista das estações e havia pouco dinheiro para as fazer, iam ficar todas em cimento, uma obra pobre e feia. Ele estava triste com isso e pediu-me ajuda. Éramos amigos dos donos da fábrica Viúva Lamego e eles apreçaram azulejos de padrão, que era um acabamento barato. Trabalhar em azulejo é apaixonante, mas havia um grande desprezo pelos azulejos de padrão, uma coisa pintada pelo operário. O trabalho era revestir paredes de 40, 50 metros, cada estação com um motivo bem diferente, estudar aqueles padrões de maneira a gerar conjuntos com ritmo, originais. Isto na primeira fase do Metropolitano, nos finais dos anos 50. PL: O METROPOLITANO FOI A SUA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA DE AZULEJO?

MK: Eu já tinha alguma experiência, tinha feito um projeto para a aerogare de Luanda, tinha feito o painel da Infante Santo, ao lado dos dos outros, o Botelho, o Pomar, o Sá Nogueira. Mas no Metropolitano a coisa era em grande escala, empenhei-me imenso. Por exemplo, na estação dos Restauradores eram só dois azulejos-tipo, que emolduravam, definiam umas linhas, enquadravam uns azulejos de figura avulsa, aqui e ali havia um azulejo de cor diferente, deu um trabalhão a pensar e a organizar. Depois não pagaram quase nada por aquilo… Não tem nada a ver com o que aconteceu agora com as estações novas.

©Ilustração, Maria Keil

PL: ENTÃO SE NÃO SE DEFINE COMO PINTORA, O QUE É QUE ACHA QUE FEZ DE MAIS IMPORTANTE?

©Livro Ilustrado, Maria Keil, Fnac

© Fotocomposição, Biblioteca Nacional / Maria Keil

MK: Não me considero uma pintora. A minha obra de pintura são sobretudo quatro ou cinco retratos. Fui uma operária das artes. Desenhei e pintei para governar a vida e ajudar a pagar as despesas…

©Azuleijo, Estação de Metro, Maria Keil

ENTREVISTA

PL: FOI A EXPOSIÇÃO EM QUE APARECEU A GUERNICA DO PICASSO?

MK: Eram pedidos que me faziam. Ora para publicidade, ora vinhetas para identificação dos capítulos, obras gráficas que se consideravam menores. Era trabalho para ganhar a vida… PL: ENTÃO E A ILUSTRAÇÃO, COMO SURGE NO SEU PERCURSO?

MK: Eram pedidos que me faziam. Ora para publicidade, ora vinhetas para identificação dos capítulos, obras gráficas que se consideravam menores. Era trabalho para ganhar a vida…

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©Ilustração, Maria Keil

PL: ENTÃO E A ILUSTRAÇÃO, COMO SURGE NO SEU PERCURSO?


© Fotografia, Revista Visão

ENTREVISTA

MK: Foi uma amabilidade que me fizeram… CB: TEM SIM, É UMA DAS BIBLIOTECAS MUNICIPAIS DE LISBOA, UMA BIBLIOTECA INFANTIL, ALI PARA OS LADOS DO PAÇO DO LUMIAR…

MK: Mas eu acho que isso me dá uma responsabilidade, não sei se lhe dou a devida atenção. Eu levo as coisas muito a sério… PL: QUANDO TEM UMA ENCOMENDA PARA ILUSTRAR UM LIVRO, COMO É?

MK:Em pintura a óleo, o que gostei mesmo de fazer foram os retratos. Fiz uma vez um retrato do Abel Manta e foi muito engraçado, pintámos os retratos um do outro em simultâneo. Foi feito numa tarde. PL: ALÉM DA PUBLICIDADE E DESSES TRABALHOS GRÁFICOS, COMEÇOU A ILUSTRAR LIVROS.

MK:As ilustrações surgiram por pedidos de amigos. Ainda agora, tenho um livro da Matilde Rosa Araújo para ilustrar e estou sem conseguir começar porque não tenho condições de trabalho na minha casa, que está em obras. Lá na residência onde vivo ainda me arranjaram um espaço, mas não me sinto inspirada. É uma casa luxuosa, muito imponente, prefiro vir para o jardim e aí é que faço desenhos. Quando para lá fui morar desenhei os cedros, as pessoas que lá moram, depois um dia o dono da “Ler Devagar” viu aquilo e organizou uma exposição lá na livraria. Ficou bonita… PL: FAZ DISTINÇÃO ENTRE TRABALHAR PARA CRIANÇAS E PARA ADULTOS?

MK: É sempre uma questão de entrar no que está escrito. Eu não costumo estilizar. Há ilustradores que deformam, é a maneira de fazer deles, por exemplo eu gosto imenso do trabalho da Fragateiro e ela desproporciona as figuras.

Fazem cabeças grandes, ou bracinhos muito pequenos, espetam três cabelinhos na cabeça… Eu respeito sempre a proporção. PL: MAS AQUI (MOSTRA UMA ILUSTRAÇÃO COM BRUXAS) OU AÍ NO DESENHO DOS CUG MELOS, AS FIGURAS ESTÃO DISTORCIDAS. E ESTA BALEIA A TOMAR BANHO NA BANHEIRA…

MK:Ah, mas aí é a minha imaginação, eu nunca vi nenhuma bruxa, os Cug Melos são personagens inventadas que se escondem debaixo dos cogumelos… As baleias não tomam banho na banheira… PL: NÃO DESPROPORCIONA A FIGURA HUMANA.

MK: A figura humana, faço-a realista. PL: É FÁCIL ILUSTRAR, SAI-LHE À PRIMEIRA?

MK: Isso varia. Há uma época em que eu gosto menos do meu desenho, nos anos 40. É tudo muito duro e formal, por exemplo, como no livro da Irene Lisboa. Era o estilo da época… CLARA BOTELHO: MAS DEPOIS ENCONTROU UM ESTILO MAIS PESSOAL…

MK: Sim, depois o estilo fica mais pessoal. Percebia-se isso na exposição que fizeram, na Biblioteca Nacional. Aqueles trabalhos que lá estiveram expostos, ofereci-os todos à Biblioteca Nacional. PL: POR FALAR EM BIBLIOTECAS, JÁ TEM ALGUMA COM O SEU NOME? 8

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PL: FICA MUITO PRESA AO TEXTO?

MK: Sim, muito. O texto é apoio, mas também é limitação, porque não se pode inventar. PL: ILUSTRA PARA OS OUTROS MAS TAMBÉM TEM TRABALHOS ESCRITOS E ILUSTRADOS POR SI. É MAIS FÁCIL OU MAIS DIFÍCIL?

MK: É diferente. Quando eu escrevo também começo pelo texto. Trabalhar para os outros pode ser mau porque em certas alturas a encomenda tem prazos e não está a sair bem, não dá tanto jeito. PL: JÁ LHE ACONTECEU NÃO GOSTAR DE ALGUM TEXTO? JÁ LHE ACONTECEU RECUSAR POR CAUSA DISSO?

MK: Já me aconteceu não gostar, mas não me lembro de recusar. Se não gosto tanto de um texto, faço um esforço. ©Azulejo, Metro Campo Pequeno, Maria Keil

PL: MAS IA PINTANDO, ENTRETANTO?

MK: Primeiro tenho que ler o livro, claro. Depois, depende um bocado da relação que tenho com o autor. A primeira ilustração que fiz foi para a Irene Lisboa. Depois fiz para o José Rodrigues Miguéis, em gravura, foi uma experiência em película estragada que depois foi fotografada.


© Ilustrações, “Folhas Caídas”, Maria Keil

PL: CONHECIA OS AUTORES TODOS? TEVE PROBLEMAS COM AUTORES?

MK: Na maioria dos casos conhecia os autores. E eles costumam aceitar bem o que eu faço. PL: ESTÃO AQUI TRÊS EDIÇÕES DA “NOITE DE NATAL”, DE SOPHIA DE MELLO BREYNER, A PRIMEIRA ILUSTRADA POR SI E AS OUTRAS MAIS RECENTES, COM ILUSTRADORES DIFERENTES. O QUE ACHA DISSO?

© Ilustração para capa de Livro, Maria Keil

MK: Acho que está certo, é uma renovação. Só tinha importância se fosse na mesma época, mas quando passou tempo ou é outro editor, é natural. Há vários livros nessas condições. Às vezes é por motivos comerciais…

ENTREVISTA

PL: VÊ DIFERENÇAS RELEVANTES NA FORMA COMO A ILUSTRAÇÃO ERA TRATADA NOUTRO TEMPO E NOS DIAS DE HOJE, A NÍVEL DO RECONHECIMENTO ARTÍSTICO?

MK: Agora já se reconhece, há exposições, salões, os trabalhos e os artistas são mais bem tratados. E há tanta coisa bonita por aí… Olhem, eu colecciono convites para exposições, desde há imenso tempo até agora, aquilo merecia ser mostrado. Dá para ver como as coisas foram evoluindo, o que se expunha e se expõe e também os próprios convites, a maneira de fazer trabalho gráfico. Se houvesse alguém interessado em organizar, eu dava isso para uma exposição. PL: OBRIGADO, MARIA KEIL!

© Ilustração “Folhas Caídas II”, Maria Keil

MK: Eu também agradeço por se terem lembrado de mim.

CB: ANTES DO 25 DE ABRIL, ILUSTROU MANUAIS PARA O ENSINO PRIMÁRIO. QUER CONTAR SOBRE ISSO?

MK: Os livros estiveram pouco tempo em circulação, depois de 1974 foram retirados, porque tinham muitas referências do antigo regime, coisas sobre as colónias, procissões… PL: TEVE PROBLEMAS COM ISSO, ALGUÉM ACHOU QUE A MARIA COLABORAVA COM O GOVERNO [REGIME] ANTERIOR?

MK: (Ri-se) Não, ora essa! Eles precisavam de nós mas sabiam quem nós éramos. Nós, gráficos, éramos poucos e todos anti-regime. Todos trabalhámos para o SNI, por exemplo.

Maria Keil realizou, gratuitamente, a decoração azulejar de todas as estações do Metropolitano de Lisboa inaugurado em finais de 1959. Mas quatro anos depois desta entrevista, em 2009, voltaria a trabalhar no Metropolitano, desta vez com o arquitecto Tiago Henriques, na extensão da estação de S. Sebastião da Pedreira, para a qual fizera os primeiros painéis, em 1959.

PL: AINDA PINTA? QUAL FOI O ÚLTIMO QUADRO QUE PINTOU?

MK: O último foi aqui há meia dúzia de anos, uma coisa pessoal. Eu não sou uma pintora… PL: MAS FEZ EXPOSIÇÕES DE PINTURA.

MK: Duas ou três individuais. Expus os retratos e sempre foram bem aceites. Mas tenho pinturas que fiz e nunca hei-de expor, são coisas pessoais. 9

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Percurso obrigatório 1. Mosteiro dos Jerónimos s 2. Padrão dos Descobrimento 3. Torre de Belém 4. Centro Cultural de Belém 5. Planetário 6. Museu dos Coches 7. Palácio da Ajuda 8. Marina

CONHECER A CIDADE

Descobrir

BELÉM

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4 5 6 7 8 9 10

Torre de Belém Padrão dos Descobrimentos Mosteiro dos Jerónimos Centro Cultural de Belém Vieira Portuense Museu da Eletricidade Museu dos Coches Pastéis de Belém Museu da Marinha /Planetário Museu da Arte Popoular

Palácio de Belém

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3 5

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Praça do Imprério

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Clube Naval

©LisbonSecrets.com

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©Autor desconhecido, Pinterest

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Há mais de 500 anos deu-se o início aos Descobrimentos.

©CityBreaksLisboa

Muitos dos principais pontos turísticos concentram-se em Belém, como tal é necessário culturalizar-se antes de se entrar qualquer lugar e partir para a aventura. Hoje vamos lá e vamos à Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos.

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A Torre de Belém é um dos monumentos mais expressivos da cidade de Lisboa. Construída estrategicamente na margem norte do rio Tejo entre 1514 e 1520, sob orientação de Francisco de Arruda, a Torre de Belém é uma das joias da arquitetura do reinado de D. Manuel I. O monumento faz uma síntese entre a torre de menagem de tradição medieval e o baluarte, mais largo, com a sua casamata onde se dispunham os primeiros dispositivos aptos para resistir ao fogo de artilharia. Ao longo do tempo a Torre de Belém foi perdendo a sua função de defesa da barra do Tejo e, a partir da ocupação filipina, os antigos paióis deram lugar a masmorras. Nos quatro pisos da torre, mantêm-se a Sala do Governador, a Sala dos Reis, a Sala de Audiências e, finalmente, a Capela com as suas características abóbadas quinhentistas. A decoração da Torre ostenta a simbologia própria do manuelino – cordas que envolvem o edifício rematando em elegantes nós, esferas armilares, cruzes da Ordem Militar de Cristo e elementos naturalistas.

©Paulo Dykes

©Autor Desconhecido, Pinterest

Um local de grande valor simbólico para o nosso país, do qual partiram frágeis aventureiros nas suas caravelas em busca do desconhecido. Perdura até hoje uma das provas da magnitude desta vontade de conquista, o Mosteiro dos Jerónimos, na Praça do Império, um dos mais belos monumentos da capital, a par com a Torre de Belém, outro monumento de excelência arquitetónica do período manuelino, foram ambos reconhecidos como Património Cultural da Humanidade pela UNESCO .

TORRE DE BELÉM

©City Guide Lisbon

BELÉM

©Janeau, Flickr

CONHECER A CIDADE

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CONHECER A CIDADE

MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS

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©alma-portuuesa.tumblr.com

©listofpictures.blogspot.in

© Joriavlis, Flickr

©Artista Desconhecido, Pinterest

© Grotciv, Flickr

© Gudrun Krinzinger

Perto do local onde o Infante D. Henrique, em meados do séc. XV, mandou edificar uma igreja sobre a invocação de Sta. Maria de Belém, quis o rei D. Manuel I construir um grande Mosteiro. Para perpetuar a memória do Infante, pela sua grande devoção a Nossa Senhora e crença em S. Jerónimo, D. Manuel I decidiu fundar em 1496, o Mosteiro de Sta. Maria de Belém, perto da cidade de Lisboa, junto ao rio Tejo. Doado aos monges da Ordem de S. Jerónimo, é hoje vulgarmente conhecido por Mosteiro dos Jerónimos. O Mosteiro é um referente cultural que não escapou nem aos artistas, cronistas ou viajantes durante os seus cinco séculos de existência. Foi acolhimento e sepultura de reis, mais tarde de poetas. Hoje é admirado por cada um de nós, não apenas como uma notável peça de arquitetura mas como parte integrante da nossa cultura e identidade. O Mosteiro dos Jerónimos foi declarado Monumento Nacional em 1907 e, em 1983, a UNESCO classificou-o como “Património Cultural de toda a Humanidade” como transcrito na página anterior.


GASTRONOMIA E TRADIÇÃO

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© amorycanela.com

PASTÉIS DE BELÉM


GASTRONOMIA E TRADIÇÃO

PASTÉIS DE NATA De Belém

© poutperfection.com

Os famosos Pastéis de Belém são o símbolo máximo da pastelaria portuguesa e foram inventados, na Antiga Confeitaria de Belém, sendo servidos desde 1837. Embora o pastel de nata seja a estrela da casa, também se servem outros doces: marmelada, bolo-rei caseiro, entre outras delícias. Hoje em dia, a receita original é um dos segredos da Fábrica dos Pastéis de Belém. Tradicionalmente, comem-se quentes, polvilhados de canela e açúcar em pó.

“Um“monumento

gastronómico” que poucos perdem... e muitos repetem!” PASTEL DE NATA, UMA DAS 7 MARAVILHAS DA GASTRONOMIA Assim o consideraram em 2011 e ao visitar a casa de Belém dá para constatar porquê. As estatísticas de produção dos pastéis são fascinantes: são produzidos mais de 20 mil pastéis por dia, havendo até um recorde de 55 mil pastéis produzidos num único dia. É quase desnecessário dizer que as filas de espera poderão ser enormes. Felizmente, o serviço é rápido e em princípio deverá esperar entre 15-30

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GASTRONOMIA E TRADIÇÃO

© Yu.mmy

minutos (dependendo da época e hora do dia), até que possa finalmente sentar-se e provar um pastel. Alternativamente pode simplesmente pedir ao balcão principal pastéis para levar (pode ir comê-los nos espaços verdes de Belém e/ou em frente ao Tejo). Um verdadeiro motivo de orgulho nacional, é quase “crime gastronómico” passar por Lisboa e não comer uns pastéis de Belém!

RESUMIDA HISTÓRIA DOS PASTÉIS DE BELÉM

© Ana Almeida

No século XIX, mesmo ao lado do Mosteiro dos Jerónimos, havia uma refinaria de cana-de-açúcar associada a uma pequena loja com produtos variados. Em 1934, no seguimento da revolução Liberal de 1820, extinguem-se todas as ordens religiosas, encerrando-se assim o mosteiro. Consequentemente, e numa tentativa de encontrar um ganha-pão, algum clérigo ou trabalhador o mosteiro começou a produzir e vender uns pastéis nessa mesma loja. Estas iguarias ficaram rapidamente conhecidas como “pastéis de Belém”.

No início os pastéis foram postos à venda numa refinaria de açúcar situada próximo do Mosteiro dos Jerónimos. Em 1837 foram inauguradas as instalações num anexo, então transformado em pastelaria, a “A antiga confeitaria de Belém”. Tanto a receita original como o nome “Pastéis de Belém” estão patenteados. A receita ultra-secreta, pertencente ao mosteiro, foi transmitida a mestres pasteleiros que abriram as portas do estabelecimento em 1837. A elaboração dos pastéis continua ainda hoje a seguir meticulosamente a mesma receita, num espaço com o nome apropriado: “Oficina do Segredo“… e quem os produz não só assina um termo de confidencialidade como tem de prestar juramento!

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GUIA DO ESTUDANTE

LISBOA “

A cidade atrativa para estudantes internacionais”

Lisboa apresenta inúmeras vantagens para o estudante em diferentes fases do seu percurso académico. Embora seja uma cidade com séculos de história tem um ambiente cosmopolita e vibrante, uma população hospitaleira, um clima ameno e luminoso. Única capital europeia onde se pode ir surfar na hora do almoço, é uma cidade criativa, empreendedora e sustentável, com um custo vida baixo e considerada uma das mais seguras da Europa. Os vários programas de intercâmbio académicos, fruto de um mundo cada vez mais globalizado, trouxeram novos desafios às cidades de acolhimento. Receber estudantes e investigadores estrangeiros é mais do que apenas abrir portas e dar alojamento e formação académica aos que nos visitam, é também enviar com cada um deles “cartões de visita” que serão distribuídos nos seus países de origem. Lisboa é o maior polo universitário e de investigação do país, com mais de 140.000 estudantes inscritos no ensino superior, mais de 15.000 investigadores, recebendo anualmente mais de 13.000 estudantes internacionais e mais de 3.000 estudantes ao abrigo do programa Erasmus, contando com mais de uma dezena de incubadoras, e espaços de aceleração de empresas, dispersos por toda a cidade.

“Lisboa é o maior polo

universitário e de investigação do país, com mais de140.000 estudantes inscritos no ensino superior ” ENSINO SUPERIOR EM LISBOA A popularidade e atractividade da cidadede Lisboa entre os estudantes Erasmus tem aumentado de forma muito expressiva,passando de 2.133 alunos em 2007 para 3.130 em 2010. De 2004 a 2012, o número total de estudantesestrangeiros na Região de Lisboa (ciclo completo e programas de mobilidade) teve umaumento superior a 30%, tendo-se registado em2012/2013 quase 14 mil inscritos. O crescente prestígio das universidades, aliado ao nível de vida e às boas condições climatéricas, culturais e sociais de Lisboa, têmcontribuído para tornar a região cada vez mais atrativa.

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© ipl.pt ©Rui Rebelo

ENSINO SUPERIOR EM PORTUGAL

© studyinlisbon.pt

A mobilidade de estudantes é um fenómeno relativamente recente, fruto de uma globalização cada vez mais abrangente, de umacrescente facilidade de deslocações e de umdesenvolvimento tecnológico que aproximaoutros países e culturas. O fluxo de estudantes estrangeiros paraPortugal tem vindo a aumentar, sendo derealçar um grande acréscimo no número deestudantes oriundos do resto do mundo, superior ao dos provenientes da UE 27. Contudo, o fluxo de saída de estudantes portugueses para a UE 27 tem vindo a diminuir, ainda que de forma ligeira. A abolição de fronteiras na União Europeiaveio fomentar a mobilidade entre os seus membros, sendo igualmente percetível umclaro crescimento de programas de mobilidade intercontinental. Em Portugal, em particular a partir de2008/09, verifica-se um crescimento dos estudantes oriundos da Europa e daAmérica (principalmente Brasil), a par de um crescimento constante, mas em menor escala,da Ásia. No ano lectivo 2012/13 entraram em Portugal 10.535 alunos oriundos da Europa, 9.673 da América e 2.156 da Ásia. O continente africano, com o qual existem laços históricos que explicam a sua preponderância ao longo dos anos, apresenta uma diminuiçãodo crescimento (8 332 alunos em 2012/13). Este facto poderá dever-se à crescente oferta de instituições de ensino superior nestes países.

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PARQUE INFANTIL LISBOA PARA CRIANÇAS

VISTA DO MIRADOURO

©guiadacidade.com

PARQUE DOS ÍNDIOS

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LISBOA PARA CRIANÇAS

ALTO SERAFINA

Um grande parque cheio de espaço onde não falta a luz do sol, agora que os dias bonitos estão a chegar, mas com árvores para proteger do calor. O Parque do Alto da Serafina, também conhecido por Parque dos Índios, no parque florestal de Monsanto, é um dos sítios mais lindos de Lisboa que os miúdos certamente vão adorar conhecer (ou revisitar). Agora que os dias se tornaram mais longos, também o horário do parque passou a prolongar-se até às 20h00, pelo que mesmo durante a semana se pode dar lá um pulinho. O único inconveniente é não ser facilmente acessível para quem não tiver carro. Mas quem for, irá deparar-se com escorregas e baloiços adequados para crianças mais pequeninas, incluindo bebés, e outros também para as mais crescidas, em dois recintos muito próximos um do outro. Ali há também um espaço com várias teepees (tendas de índio) onde eles adorarão brincar aos tiroteios e às escondidas, especialmente aqueles miúdos que sonham com histórias do este Selvagem. E não podemos esquecer o labirinto em estacas de madeira, ou o parque de merendas ideal para piqueniques, ou os insufláveis onde a criançada gosta de pular, e também um circuito de condução para andar de bicicleta ou trotinete, enquanto se aprendem sinais de trânsito. Enfim, são muitas aventuras possíveis para um dia bem passado, longe da confusão da cidade, onde há sempre vontade de voltar.

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Integrado no Parque Florestal de Monsanto, do Parque Recreativo da Serafina avista-se do miradouro uma vista privilegiada sobre a cidade, áreas relvadas e arborizadas como as zonas de Campolide e Amoreiras e boa parte da zona norte de Lisboa. O Parque Recreativo do Alto da Serafina (PRAS), ou Parque dos Índios como também é conhecido, é um lugar que disponibiliza um conjunto de atrações para os mais novos e para os seus pais. É uma zona vedada destinada a recreio com restaurantes e respetivas esplanadas, parque aventura, parque, parques infantis (insufláveis, escorregas, baloiços, etc) e circuito de condução infantil, excelente para os miúdos andarem de bicicleta, trotinete e patins, um labirinto e uma área com as famosas tendas de índios, e, ainda, escola de trânsito, parque de merendas com vasto conjunto de equipamentos lúdicos para diferentes faixas etárias. E por fim zonas de relvados, inúmeras árvores e arbustos e a presença de água na Praça dos Ciprestes convidam a um passeio por esta área. ©guiadacidade.com

©guiadacidade.com

DA Parque Recreativo do Alto da Serafina


VIDEOMAPPING

©cm-lisboa.pt

no Terreiro do Paço

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“ ARCO DA LUZ” Um espetáculo de videomapping animou o Terreiro do Paço todas as noites, às 19, 20 e 21 horas de 14 a 23 de Dezembro de 2014, e, este ano repete-se! O espectáulo, designado “Fábrica dos Desejos”, teve a sua “première” no dia 14 de dezembro, contando desde logo com uma audiência entusiasta de muitos milhares de lisboetas e de visitantes. Projetado na fachada do Arco da Rua Augusta e também com uma inédita projeção de 360.º sobre a estátua de D. José I, pretendeu trazer o espírito natalício ao centro da cidade, contando uma história passada por um grupo de crianças lisboetas desafiadas a tornar realidade desejos universais como o Amor, a Felicidade, a Amizade e a Paz. Tratou-se de uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, ATL e EGEAC, produzida por OCUBO, assinada pelos criadores Nuno Maya e Carole Purnelle, contando com a participação artística dos músicos Boss AC, Francisco Rebelo e Manuel Faria e de dois bailarinos da Companhia Nacional de Bailado. O “Desejo de Natal” é personificado por Fernando Alvim, as ilustrações são de André Letria, e dois bailarinos da Companhia Nacional de Bailado gravaram passos de dança por entre janelas, arcadas e portas da praça. A direção áudio está a cargo de Manuel Faria (Trovante), complementada pela música original de Boss AC e de Francisco Rebelo, que criaram cinco temas originais para a banda sonora do espetáculo. Paralelamente, o Terreiro do Paço apresentou outros motivos de interesse, como o Mercado de Natal, uma pista de patinagem no gelo, um carrocel e um comboio de Natal para os mais pequenos. Cativando a boa vontade deste período festivo, a Árvore Solidária, em parceria com a Cáritas, promoveu recolha de fundos para o combate à pobreza infantil. 21

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VALORES HISTÓRICOS

RECONSTRUÇÃO da cidade de Lisboa após o terramoto de 1755

“A nova cidade, exemplar

único do urbanismo das Luzes, foi planeada com régua e compasso pela Razão. (...) É a razão em pedra. Sem desvios nem fantasia.

(Saraiva, José Hermano, Guerra, Maria Luísa, Diário da História de Portugal, Madrid, Seleções do Reader’s Digest, Maio de 1998, p.305 )

©observador.pt

Foi com o terramoto de 1755 que o Marquês de Pombal adquiriu plena oportunidade de se afirmar como homem providencial ao lado do rei, estatuto que, até à morte do monarca, não mais perderia. Pombal acabaria, aliás, por substituir, na prática, o rei em todos os assuntos de Estado. Para que fosse possível reedificar a cidade no mesmo local em que se encontrava, foi proibida a construção de casas novas na parte antiga, pelo que os seus moradores se viram obrigados a viver em barracas, sendo o exemplo dado pela nobreza e mesmo até pela família real. Carvalho e Melo incumbe, então, o engenheiro-mor Manuel da Maia de uma série de projetos a submeter às considerações do monarca. Foi assim que se pensou fazer a reconstrução nos moldes da cidade antiga, quer com o alargamento das ruas, quer diminuindo a altura dos prédios. No entanto, ficou decidido, mais tarde, proceder a uma reedificação baseada num plano novo que tivesse em consideração o estilo e a segurança dos edifícios.

Mapa da cidade em 1650 22

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©joao74’s Bucket

VALORES HISTÓRICOS

Maquete da cidade antes do terramoto

Deste grandioso projeto, o Marquês de Pombal incumbiu o arquiteto Eugénio dos Santos. O plano por este apresentado introduz um traçado extremamente interessante, que se prolonga até S. Paulo, ao Convento de S. Francisco e, a norte, à igreja de S .Roque. O traçado aprovado alinha o lado poente das duas grandes praças do Rossio e do Terreiro do Paço, este agora com o dobro da dimensão do primeiro e totalmente regular. A uni-las encontram-se duas grandes ruas de quarteirões homogéneos, sendo os três últimos do lado do rio transversais e os restantes longitudinais. Os prédios passam a ter quatro andares e são maioritariamente erguidos por burgueses e ocupados por artífices que Pombal circunscreve às suas ruas. As novas ruas são dotadas de passeios, de modo a facilitar a circulação, são largas e arejadas, tendo as principais sessenta palmos de largura e quarenta as restantes.

Garantia-se, assim, a «liberdade de ar e luz» bem ao gosto dos novos urbanistas. O Marquês de Pombal trouxera, aliás, de Viena, ideias próprias acerca do urbanismo que mais convinha aplicar na capital. Os blocos habitacionais eram todos bastante semelhantes, distinguindo-se as fachadas apenas por certos pormenores estruturais ou decorativos, consoante a zona. As fachadas dos edifícios nas ruas principais exibiam portais com bandeiras, rodapés, janelas de sacada, com varandins no primeiro piso, vergas e águas-furtadas decoradas. As fachadas das mais importantes ruas secundárias ficavam privadas de varandim e de alguns requintes decorativos. As restantes fachadas não tinham sequer janelas de sacada e os vãos eram desprovidos de coração. grande fachada desta Lisboa reconstruída será, porém, o Terreiro do Paço, que exibe uma monumentalidade única em

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©ordemengenheiros.pt

Reconstração após terramoto a do homem com a natureza, a Lisboa pombalina apresentará, igualmente, soluções técnicas bastante eficazes. O peso da engenharia militar na construção da nova cidade traduz-se no facto de a planta da Baixa lisboeta lembrar um acampamento militar. Para evitar fogos introduziram-se corta-fogos e passou a deixar-se uma distância calculada entre os prédios. Vinte anos após a catástrofe, o aspeto da Baixa lisbonense era já outro. A admirável inteligência de Sebastião José de Carvalho e Melo transparece em todo o seu enérgico esforço reconstrutivo da cidade de Lisboa. Não se limita a conceber a vasta obra de reedificação de uma nova cidade sob um plano de beleza e grandiosidade que contrasta com o velho burgo de ruas tortuosas e estreitas ainda patente nos bairros que conseguiram resistir à violência do sismo. Mais do que isso, Pombal impõe-se à «tendência do menor esforço», cujo propósito seria construir novamente a Lisboa anterior ao terramoto.

©Louis Michel van Loo

toda a cidade. Esta é a única zona da Baixa a receber arcadas. O arco monumental que Eugénio dos Santos prevê para o acesso à Rua Augusta (o qual só será construído no séc. XIX e de forma bastante diferente ) retoma a memória de arcos triunfais efémeros erguidos no séc. XVI. Apesar disso, a nova praça constitui no geral, um exemplo de rutura com o passado, revelando-se como símbolo da racionalidade da nova arquitetura lisboeta, que valoriza a simplicidade e a eficácia aliadas à maior economia de meios possível. É principalmente a burguesia que vai, não só ocupar, como também custear a nova cidade, sendo esta também a sua praça, onde se situam a Bolsa, a Alfândega, os tribunais e os serviços públicos. Em 1759 começa, já, a utilizar-se o nome que esta viria a receber oficialmente: «Praça do Comércio». Dominada pelo racionalismo e pelas novas ideias iluministas de felicidade e harmonia do homem com a natureza,

Marquês de Pombal 24

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CURIOSIDADES

NOVOS BOLOS ENROLADOS ©Edible Queens

Terreiro do Paço

©saveur.com

Abriu no Terreiro do Paço um quiosque com chimney cake. Não sabe o que é? Nós explicamos.

O Terreiro do Paço está a transformar-se numa zona proibida para quem está de dieta. Depois da chegada da carrinha das Bolas da Praia, com bolas de Berlim de vários recheios, abriu um quiosque com chimney cake, em Lisboa, na segunda-feira, 16 de novembro. As origens do bolo chaminé não são certas, mas parece que surgiu na Transilvânia, atual Roménia, no séc. XIII. Agora é em feiras, festivais e eventos de street food que estes bolos estão à venda em toda a Europa. Há países que o servem com torrão ou caramelo, como a Suécia ou a República Checa. À estação fluvial do Terreiro do Paço, junto ao Tejo, chegou a versão húngara, que é bem mais simples.

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No quiosque da Sweet Rolls há vários rolos onde a massa, feita com farinha de trigo, é colocada a levedar por uns minutos. Depois segue para um forno rotativo durante dez minutos, onde é cozido. Pode prová-lo apenas com açúcar ou com canela, noz, coco, petitas de chocolate ou coloridas ou cacau em pó. Todas estas variantes custam 2€. A mais cara, 2,50€, é provável que seja também a mais pedida. Está coberta com Nutella. O quiosque da Sweet Rolls fica no interior da estação fluvial do Terreiro do Paço, que tem também correspondência com o metro, na linha azul. A estação tem um café, um espaço da Marmita, um com gelados e ainda a Waffelaria — é mesmo ao seu lado que fica o Sweet Rolls.


TOP 10

CURIOSIDADES

RESTAURANTES em Lisboa

Para jantares de luxo, estrelas Michelin ou cozinha criativa de autor, estes são os dez restaurantes que deve procurar em Lisboa. É uma lista que pode mudar a qualquer momento, devido a novas aberturas ou encerramentos, ou simplesmente porque a qualidade se altera, mas neste momento é aqui que se têm algumas das refeições mais especiais e memoráveis na ​​ cidade:

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©lisbonlux.com

BELCANTO Há quem viaje de propósito até Lisboa para jantar neste restaurante. Abriu em 1958, e foi premiado com uma estrela Michelin em 2013, em reconhecimento do talento do chef José Avillez, que fez renascer o espaço em 2012. Avillez tem outros restaurantes na cidade, mas é aqui que apresenta uma cozinha portuguesa criativa de vanguarda com a sua assinatura.

ELEVEN Este restaurante no topo do Parque Eduardo VII, com vista panorâmica da cidade, é mais uma das estrelas Michelin de Lisboa. Na sua elegante sala são servidos pratos de cozinha mediterrânica, da autoria do talentoso chef Joachim Koerper.

3 ©ALTIS BELÉM

FEITORIA

©ELEVEN

2

Estando localizado no ponto de partida das muitas viagens dos navegadores portugueses, este restaurante reconhecido com uma estrela Michelin acrescenta algum exotismo à cozinha portuguesa. O oriente está sempre presente, começando pela decoração, que inclui uma imagem da chegada dos portugueses ao Japão. A carta muda duas vezes por ano para usar apenas produtos da época, e há uma vasta seleção de vinhos.

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100 MANEIRAS

©lisbonlux.com

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É um dos restaurantes mais badalados de Lisboa, e não só por ser o restaurante do ator John Malkovich. Tem sido uma “escola” para muitos jovens chefs, muitos deles hoje alguns dos talentos mais promissores da cidade. Serve cozinha portuguesa contemporânea, em mesas viradas para o Tejo, num espaço cheio de estilo. ©lisbonlux.com

TASCA DA ESQUINA

A TRAVESSA Instalado num antigo convento do século XVII, com mesas colocadas no claustro, este belo restaurante começou por se inspirar na cozinha belga, mas hoje concentra-se mais na gastronomia portuguesa, usando produtos de qualidade. ©lisbonlux.com

VARANDA É provavelmente o restaurante mais caro da cidade. É o restaurante do hotel Ritz Four Seasons, com um toque parisiense na decoração e na cozinha. Os almoços são servidos num buffet variado, enquanto ao jantar há uma carta de cozinha internacional com uma forte inspiração francesa.

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PANORAMA

©lisbonlux.com

Fica no topo de um dos edifícios mais altos de Lisboa (o Hotel Sheraton), e por isso oferece uma vista panorâmica sobre a cidade. A carta muda regularmente, mas apresenta sempre uma cozinha criativa e uma boa seleção de vinhos.

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É um restaurante de petiscos e não só, apresentando o que há de mais genuíno da cozinha portuguesa, através da criatividade e da experiência do conhecido chef Vitor Sobral. Apesar da qualidade, não se trata de um restaurante de luxo, e o ambiente é descontraído.

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©lisbonlux.com

O chef Ljubomir Stanisic mistura a inovação e o humor nos seus menus de degustação, usando produtos que encontra no Mercado da Ribeira. Garante por isso a frescura e a surpresa em cada prato, sem esquecer um dos mais emblemáticos, o “Estendal do Bairro” - bacalhau que chega à mesa preso por molas.

BICA DO SAPATO

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CURIOSIDADES

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TAVARES Mudam-se os tempos e mudam-se os chefs, mas o que não muda é um dos espaços mais grandiosos da cidade e a excelência na cozinha. É o restaurante mais antigo de Lisboa (e um dos mais antigos do mundo), tendo aberto, encerrado e reaberto várias vezes desde 1784. Entre os espelhos da sala dourada, serve-se cozinha portuguesa contemporânea. 27

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©zgodzinski

Há 25 anos o “jogo de computador” era visto como um opositor ao estudo e a um futuro promissor. Hoje estamos exactamente perante um cenário contrário. A indústria dos jogos está bem e precisa de gente. Eu tive um Spectrum… há mais ou menos 25 anos. Credo! Já passaram 25 anos. Um dos meus melhores amigos, com quem eu brincava muito, esse malandro, tinha um Commodore Amiga. Alta tecnologia na altura, final dos anos 80 início dos 90. Disquetes! Disquetes cheiinhas de jogos. Lembro-me que na altura fiquei muito aborrecido, para não dizer lixado, com os meus pais! Então vão comprar-me um computador com leitor de cassetes? O meu pai até foi radiotelegrafista quando cumpriu o serviço militar.

LOADASPAS ASPAS ENTER Jogos de Computador

Sensivelmente a meio dos anos 70 trabalhava com a chamada “tecnologia de ponta”. Portanto deveria ser uma pessoa mais sensível aos avanços da tecnologia e ter-me assim comprado qualquer coisa mais avançada… um computador com disquetes, diria eu. E não. Acabou por me comprar um Spectrum. Na realidade eu nem precisava daquilo… vendi-lhe a ideia, estúpida por sinal, que era importantíssimo para a escola e, olha, nem para a escola nem parajogar. E lá ia eu para casa do Marinho jogar Arkanoid e Kick Off no seu Amiga. Que belas tardes! E passados todos estes anos somos confrontados com o boom da indústria dos jogos. Passou a ser uma profissão credível, ambicionada e desejada… imagine-se dizer isto aos meus avós ou até mesmo aos meus pais há 25 anos. Hoje é normal para um miúdo de 17, 18 anos pensar em seguir uma carreira no desenvolvimento de jogos. Ir até para a Universidade e fazer um curso superior em “Games”. E começamos, talvez tarde, a ter ambiente mental para que isto aconteça. 28

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ARTIGO DE OPINIÃO

Eu, como designer de formação, olho para isto como uma oportunidade para designers e para a “malta da tecnologia”. Dou é por mim a questionar a recorrente “vaca fria” da velha e cada vez mais actual e pertinente guerra entre design e tecnologia. Estará o design cada vez mais tecnológico? Ou será a tecnologia que cada vez mais tem que integrar o design? E os “Games”? Serão o quê? Design? Tecnologia? Ou conteúdo? Sim alguém tem que “desenhar” a narrativa… Enfim! O que sei é que a Forbes estima que em 2017 o mercado dos jogos estará muito mais musculado e crescerá para 70 mil milhões de

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euros! E dou comigo a pensar que há (apenas) 25 anos eu (só) tive um Spectrum, que tinha um fantástico leitor de cassetes. Mas não esqueço o Amiga do meu amigo Marinho!

©tecmundo.com.br

Há 25 anos o “jogo de computador” era visto como um opositor ao estudo e a um futuro promissor. Seria absoluta ignorância? Talvez sim, talvez não… Hoje estamos exactamente perante um cenário contrário. A indústria dos jogos está bem e recomenda-se! Melhor: a indústria dos jogos está bem e precisa de gente! Melhor ainda: a indústria dos jogos ainda nem arrancou a sério e já se diz que o futuro é o “mobile”! “Games” para “mobile”. Imagine-se. Li por aí que em 2020 a União Europeia vai deixar por preencher mais de 900 mil vagas na área das tecnologias e que só em Portugal serão cerca de 15 mil.


©RENOVATIO

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