ESTE FOLHETO É PARTE INTEGRANTE DO ACERVO DO BEHETÇOHO EM FORMATO DIGITAL, SUA UTILIZAÇÃO É LIMITADA. DIREITOS AUTORAIS PROTEGIDOS.
INFORMAÇÕES SOBRE O PROJETO O Acervo Eletrônico de Cordéis do Behetçoho é uma iniciativa que pretende dar consequências ao conceito de (com)partilhamento dos artefatos artísticos do universo da oralidade, com o qual Behetçoho e Netlli estão profundamente comprometidos.
INFORMAÇÕES SOBRE A EQUIPE A equipe de trabalho que promoveu este primeiro momento de preparação e disponibilização do Acervo foi coordenada por Bilar Gregório e Ruan Kelvin Santos, sob supervisão de Edson Martins.
COMPOSIÇÃO DA EQUIPE Isabelle S. Parente, Fernanda Lima, Poliana Leandro, Joserlândio Costa, Luís André Araújo, Ayanny P. Costa, Manoel Sebastião Filho, Darlan Andrade e Felipe Xenofonte
FRANCISCO CORREIA LIMA
Nテグ JOGUE FORA ESTA ARMA
CRATO-CE 1996
Desde o começo do mundo Que o forte devora o fraco Pois Adão em hora frágil Esqueceu de Deus o trato E o homem seu decendente Vive na terra somente Por Adão, pagando o pato O povo fica confuso Sem saber pra onde ir Pois o colarinho branco Não vai deixar de existir Mas que rouba a coisa alheia Só tem um jeito, é cadeia Pra’os ladrões da CPI. A classe média e a pobre Vive comendo o suor A classe abaixo da pobre Dessa aí ninguém tem dó Pra eles a sorte é crua É como canta a perua É pió, pió, pió
A cada dia que passa A coisa vai piorando Se a gente trabalha mais Muito menos vai ganhando É triste por operário Ver seu pequeno salário Cada vez se acabando O que ele ganha é pouco E não dá nem pra comer E ai do pobre que um dia Pensar em adoecer Lhe digo com consciencia Se não houver assistência Com certeza irá morrer Cadê a roupa, o calçado E a escola da criança Dinheiro pra farda e livro Sem o pobre ter poupança Pra poder ir pra escola Menino pedir esmola É uma triste esperança
Eu vejo muita criança Ir pra escola em jejum Porque lá em sua casa Não tem alimento algum Pra este pobre menino Esperar um bom destino Isto de jeito nenhum Divertimento pra pobre Isso ai nem pra pensar Se não tem o que comer Não tem livro pra estudar Se não pode adoecer Mas será que nem morrer Este pobre poderá? Morrer? mas isto é loucura! Pensar me pobre morrer E o dinheiro da cóva? E o enterro pra fazer Quem vai comprar o caixão Pra enterrar um cristão Que não pode nem viver?
Mas ninguem se preocupa Com esta situação Nem sabe que Deus fez todos No mundo pra ser irmão Veja o que o poeta diz Só se pode ser feliz Com amor no coração Não é o amor da carne O que o Cristo pregou É o amor fraternal Que Jesus nos ensinou O amor é o fundamento É o maior mandamento Que o bom Deus recomendou E a falta desse amor É o que se vê na terra Desunião e ambição Onde todo mal encerra A opressão e a vaidade Transforma a humanidade Pois mais e mais ela erra
E a culpa de tudo isto São os donos do poder Que não pensa em outra coisa A não ser enrriquecer E pra aumentar seu cobre Tira da boca do pobre O que tinha pra comer O nosso grande problema Que se torna em grande mal É o rico pisar o pobre Numa luta desigual E o pobre do operário Não ter o seu bom salário É uma questão social. Um amigo me falou: Não pretendo votar mais Já tô cançado de gente Que bota o Brasil pra traz Normalmente se repete Quanto mais ele promete É sinal que nada faz
Político que no palanque De todo o povo é amigo Faz promessas enganosas Dizendo: Eu estou contigo Pra este cara de pau Na campanha eleitoral Votar contra é o castigo Evitando o demagôgo Que leva a vida a mentir Promete mundos e fundos Pra poder usufluir Este tipo em meu caderno Pra profunda do inferno Acho que ele deve ir O voto é a grande arma Que sustenta esta nação Votando você diz sim Com o voto você diz não A questão é que você Deve saber escolher Quem tiver mais condição
O Brasil inda tem jeito Basta só você querer Escolher bom candidato Na hora de eleger O voto é a opção Vote em que tem condição De representar você Voto, direito sagrado Para todo cidadão Eleger o homem sério Que tem representação Nunca vote por dinheiro Pois nenhum aventureiro Merece consagração Reflita bem no seu voto Para poder acertar Pense bem no seu salário Pra poder se alimentar E o seu filho contente Possa ter decentimente Um lugar pra estudar
Um grande mal que eu acho E isto é ilegal “Paraquedista” ter voto Em colégio eleitoral Porque toda região Ainda tem cidadão Que não lhe bota em curral Se algum “paraquedista” Voto de um povo comprar Depois de eleito jamais Neste povo pensará A não ser noutra campanha Pois acha que o povo apanha E sempre se esquecerá Não votando o cidadão Representante não tem E o político de fora Não pode lhe querer bem A este esquecido louco Nós vamos lhe dar o trôco Vamos lhe esquecer tambem
Não existe povo forte Se não houver união Diga para seus amigos Que o voto é a redenção E é coisa que não vende Pois com ele se defende Toda uma região (população) Escolha gente que tem Compromisso com o povo Diga sempre: Eu Vou Votar! Para ver se eu resolvo Ter um Ceará mais forte Famoso de sul a norte Ao lado de um Brasil novo Lembre-se que não votando Você deixa de escolher O candidato melhor Para sua terra crescer Se elegendo um imbecil Que não gosta do Brasil Muito menos de você
Nunca deixe de votar Mas aprenda a escolher Evite que o desonesto Vá assumir o poder Defenda seu ideal Evitando que o mal Tome conta de você Escolha um bom candidato Pra votar na eleição Fazendo isto de fato Você é um cidadão Exercendo o seu direito Pra dar um voto perfeito A quem tiver condição Seu título é o instrumento Que lhe dar mais garantia A constituição assegura A sua cidadania Com ele você mantem No poder, homens de bem E nossa democracia.
Vote na seriedade Esqueça a demagogia Vote no homem que pensa Neste povo, noite e dia Só assim venceremos E em breve viveremos Com pás, amor e harmonia Não jogue Fora Esta Arma Que defende o nosso bem Que salva o político sério E derrota o que não convem Procure perder de vista A todo Paraquedista Que só, pedir voto vem.
FIM