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Telefone: (19) 3608-6190 - (19) 99304 - 9229

Após se entregarem à PF, marqueteiro do PT e esposa chegam a Curitiba O marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Santana e esposa dele, Monica Moura, que são alvos da 23ª fase da Operação Lava Jato, chegaram ao Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, às 11h35 desta terça-feira (23). De lá, eles seguirão sob escolta policial até a Superintendência da PF, que concentra vários presos da operação, no bairro Santa Cândida. Por volta das 15h, a dupla vai se juntar aos outros detidos na atual fase para fazer o exame de corpo de delito, que é praxe após a prisão. O casal estava na República Dominicana trabalhando em uma campanha eleitoral e se entregou à Polícia Federal (PF) ao desembarcar no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Eles tiveram a prisão temporária expedida e o prazo vence no sábado (27). E um fato chamou a atenção de agentes da Polícia Federal:conforme o G1 antecipou, ele se apresentou sem celular e sem notebook, apesar de estar voltando de uma viagem de trabalho na República Dominicana, onde fazia campanha política junto com a mulher e sócia, Monica Moura. mandado pode ser o prorrogado por mais cinco dias ou, caso achem necessário, as autoridades também poderão solicitar a conversão da prisão para preventiva, quando não há prazo para que o investigado deixe a carceragem. Esta etapa da Lava Jato é chamada de Operação Acarajé, que era o nome usado pelos suspeitos

para se referirem ao dinheiro irregular. A PF suspeita que os recursos tenham origem no esquema de corrupção na Petrobras investigado na Operação Lava Jato.

Moura. A defesa do marqueteiro João Santana, representada pelo advogado Fábio Tofic, afirmou na noite desta segunda-feira ao Jornal

ele foi pago, por serviços prestados ao Partido dos Trabalhadores (PT), com propina oriunda de contratos da Petrobras. Carta indicava caminhos para fazer pa-

Monica, e a Innovation, ligada à Odebrecht.

gamentos

York e em Londres, que, na verdade, correspondiam a uma conta na Suíça. O banco permitia operações em dólar e euro por meio de contas conveniadas nos Estados Unidos e no Reino Unido. “O dinheiro foi depositado através dessas contas correspondentes, mas o beneficiário final foi a sua conta na Suiça”, disse Filipe Pace.

A carta indicava caminhos para fazer pagamentos. Havia números de contas do Citibank em Nova

Uma das principais linhas de investigação são os repasses feitos pela empreiteira Odebrecht, um dos alvos da Lava Jato, ao marqueteiro João Santana. Segundo relatório da PF, João e a esposa ocultaram das autoridades os recursos recebidos no exterior porque tinham conhecimento da “origem espúria” deles. Esse dinheiro foi escondido, conforme o relatório, mediante fraudes e “com a finalidade exclusiva de esconder a origem criminosa dos valores, que, como se viu, provinham da corrupção instituída e enraizada na Petrobras”. A suspeita é de que, usando uma conta secreta no exterior, o publicitário teria recebido dinheiro da Odebrecht e do engenheiro Zwi Skornicki, representante oficial no Brasil do estaleiro Keppel Fels, segundo o Ministério Público Federal (MPF). De acordo com as investigações, Santana recebeu US$ 7,5 milhões em contas no exterior. Desse total, US$ 3 milhões teriam sido pagos de offshores ligadas à Odebrecht , entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014. O engenheiro também foi preso na 23ª fase. Ele é apontado como operador do esquema. Nesta segunda (22), o juiz federal Sérgio Moro pediu o bloqueio de R$ 25 milhões de João Santana e de R$ 25 milhões de Mônica

Nacional que todos recursos em contas do exterior do marqueteiro provêm, exclusivamente, de campanhas feitas em outros países. Segundo a defesa, “nenhum centavo” é de campanha brasileira. Marqueteiro do PT O publicitário foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Investigadores suspeitam que

Segundo o delegado PF Filipe Pace, os fatos relevados na 23ª fase da Lava Lato surgiram de materiais apreendidos na 9ª etapa da operação. Entre eles, estava uma carta de Monica Santana, mulher e sócia de João Santana na Pólis Propaganda & Marketing, endereçada ao engenheiro Zwi Skornicki. Nela, havia um contrato entre a offshore Shellbill, que tem sede no Panamá e a PF acredita ser de

A PF suspeita que Santana comprou um apartamento de R$ 3 milhões em São Paulo com o dinheiro que recebeu da Odebrecht.

Veja a transcrição completa: Zwi/Bruno Mando cópia do contrato que firmei com outra empresa como modelo. Acho que o nosso pode ser simplificado, este é muito burocrático, mas vcs que sabem. Apaguei, por motivos óbvios, o nome da empresa. Não tenho a cópia eletrônica, por segurança. Espero notícias. Segue também os dados de minha conta com duas opções de caminhos. Euro ou dólar. Vcs escolhem o melhor. Grata. Abs. Mônica Santana Confira a situação dos investigados até a manhã desta terça-feira: Estão presos: - João Santana - marqueteiro do PT - prisão temporária - Monica Moura - sócia e mulher de João Santana - prisão temporária - Zwi Skornicki - engenheiro apontado como operador do esquemaprisão preventiva - Benedito Barbosa - diretor-presidente da Construtora Norberto Odebrecht (CNO) - prisão temporária - Vinícius Veiga Borin -administrador de uma consultoria financeira ligada à offshore da Odebrecht prisão temporária - Maria Lúcia Guimarães Tavares funcionária da Odebrecht - prisão temporária Ainda não foram detidos: - Marcelo Rodrigues - suposto operador do esquema - prisão temporária - Fernando Migliaccio - ex-funcionário da Odebrecht - prisão preventiva fonte:G1/EPTV

Dimas Ramalho assume presidência do TCE e anuncia metas de gestão Ex-deputado por Araraquara quer usar a web para aproximar a população. Novo presidente também prevê treinamentos para prefeitos e secretários. O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) empossou sua nova presidência na segunda-feira (22), no salão nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Dimas Ramalho, ex-deputado pela região de Araraquara, assumiu o comando do órgão e anunciou metas para sua gestão. “Este momento, para mim, é uma celebração à democracia”, comentou Ramalho. Eleito por unanimidade pelo colegiado do tribunal depois de quase quatro anos como conselheiro, ele divulgou na cerimônia a intenção de usar a internet para aumentar a participação da população no controle da destinação do dinheiro público. Também anunciou medidas para combater o mau uso dos recursos. “Treinar

o

gestor

para

que não erre. Os erros são sempre os mesmos. Vamos treinar prefeitos, gestores, secretários para que possam aplicar bem o dinheiro público, principalmente nessa época de crise que passamos”, disse o novo presidente, que assume o lugar da conselheira Cristiana de Castro. Sidney Estanislau Beraldo, que tomou posse como vice-presidente do tribunal, também enfatizou a importância da fiscalização dos gastos municipais e estaduais. “Para que a gente possa fazer com que cada vez mais o dinheiro advindo dos impostos que a população paga possa ser bem aplicado e que tenha uma melhora na qualidade dos serviços oferecidos à população”, disse. Histórico

Nascido em Taquaritinga, Dimas Ramalho adotou Araraquara como berço político. Formado em ciências jurídicas pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), ele fez carreira no Ministério Público, passou pela Secretaria de Estado da Habitação e pela Secretaria de Serviços da capital, e foi deputado estadual e federal. “É uma pessoa que construiu a sua trajetória na nossa região ter um reconhecimento do Estado de

São Paulo no Tribunal de Contas mais importante do Brasil”, comentou Edinho Silva, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social. “Vivemos um momento importante e ter Dimas Ramalho como presidente é motivo de orgulho e reconhecimento pela sua história. Com certeza, Dimas conduzirá o TCE com muita responsabilidade e com a credibilidade que a função exige”, afirmou o prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri. EPTV


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Newton Ishii, o “japonês da federal”, 13 anos de impunidade Preso em 2003, processado, foi condenado na primeira instância em 30 de abril de 2009 - por Marcelo Auler* Endeusado e paparicado pela mídia e até por parlamentares na visita que fez quarta-feira (17/02) à Câmara dos Deputados, o agente de Polícia Federal Newton Hidenori Ishii, 60 anos, popularmente conhecido como o “japonês da federal”, é um exemplo claro da impunidade gerada pela demora processual. Nem tudo, porém, é chicana da defesa. Preso em 2003, processado, foi condenado na primeira instância em 30 de abril de 2009. Viu seu recurso de apelação ser parcialmente acatado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Sul) – TRF-4 em fevereiro de 2013. Mas, decorridos 13 anos desde a prisão, continua aguardando uma decisão no Recurso Especial

(REsp) que impetrou no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os autos dormitam em alguma prateleira do gabinete do ministro Félix Fischer, desde abril de 2015 à espera do julgamento. A impunidade não o atinge sozinho. Com ele, aguardam o julgamento do Recurso outros acusado, julgados nas dez ações penais em que se desdobrou a ação inicial da Operação Sucuri. Além da questão criminal, o agente e mais 42 réus respondem na 1ª Vara Federal de Foz do Iguaçu uma Ação de Improbidade Administrativa desde junho de 2008. O grande número de réus – no criminal, como afirmamos acima, houve desmembramento – faz o processo andar a passo

de tartaruga. Nele é fácil constatar que as defesas usam de todo os expedientes protelatórios que as leis lhes garantem. Com isso, ainda não foi possível vencer as audiências de instrução em que são ouvidas as testemunhas, algumas da quais faleceram, outras se aposentaram e muitas mudaram de endereço e não são encontradas. Um dos pedidos inusitados apresentado pela defesa de Ishii e de outros sete réus, feito em 2012 – ou seja, há quatro anos, – equipara-se ao que a defesa de Marcelo Odebrecht levou ao juiz Sérgio Moro: perícia nas degravações das conversas telefônicas inter-

ceptadas, por ter havido a inserção de elementos interpretativos pelos policiais federais na transcrição das conversas. Ou seja, os policiais federais, réus nessa operação, colocaram sob suspeição o trabalho dos próprios colegas. Os acusaram de não transcreverem ipsis litteris o que ouviram nos grampos. Além disso, queriam periciar o software do sistema guardião e ainda pediram prova pericial para a identificação das vozes. Assunto, inclusive, abordado na coluna deste domingo (21/02) que Elio Gaspari assina nos jornais O Globo e Folha de S.Paulo: “O ‘Japonês da Federal’ e a Escola Base“. Ishii foi preso, em março de 2003, na primeira das grandes operações policiais do governo Lula – a Sucuri – junto com outros 22 agentes da Polícia Federal, sete auditores da Receita Federal e três Policiais Rodoviários Federais, todos de Foz do Iguaçu, na fronteira do Paraná com o Paraguai. Também foram atingidos contrabandistas e intermediários. Os servidores públicos “se omitiam de forma consciente e voluntária, de fiscalizar os veículos cujas placas lhes eram previamente informadas, ou realizavam fiscalização ficta, abordando os veículos para simular uma fiscalização sem a apreensão de qualquer mercadoria“, como explicou o juiz Pedro Carvalho Aguirre Filho. Conforme o delegado Reinaldo de Almeida César, então porta-voz do DPF, existia um acerto prévio e os fiscais já estavam avisados para deixarem determinados veículos passar (geralmente táxis ou vans). “Eram valores altos, US$ 30 mil ou US$ 40 mil entravam no país sem o pagamento dos impostos“, disse à época ao portal Paraná-online. A prisão dos réus foi mantida até 11 de julho, quando o desembargador João Surreaux Chagas, relator dos pedidos de Habeas Corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), concedeu liminar mandando soltar os presos. Sua decisão foi acatada por maioria da turma em 20 de agosto. Este processo criminal contra Ishii e quatro colegas seus – Ação Penal nº 2003.70.02.0044917 (PR) / 000449142.2003.4.04.7002 -, chama ainda atenção por um

fato inusitado: até hoje sua sentença é mantida em sigilo e ninguém, que não os envolvidos, sabe ao certo a pena inicial a que ele e a maioria dos réus foram condenados. Trata-se de uma atitude poucas vezes vista pois, com exceção dos casos envolvendo questões familiares, normalmente a publicidade da sentença, como determinam a Constituição e os códigos, é respeitada até em processos que correm em sigilo. Como não quis divulgar sua decisão por causa do segredo de justiça submetido aos autos, o juiz Aguirre Filho, em julho de 2013, explicou-a por meio de nota oficial. Nela (veja ao lado uma versão editada ou leia a íntegra aqui) ele não especificou os condenados e suas penas. Segundo disse, “restaram condenados 19 (dezenove) Agentes de Polícia Federal, nas penas cominadas aos crimes de corrupção passiva qualificada e facilitação de contrabando e/ou descaminho, tipificados nos artigos 317 , 1º , e 318, todos do Código Penal , sendo que 17 (dezessete) desses policiais federais também foram condenados pelo crime de formação de quadrilha ou bando, tipificado no artigo 288 , do Código Penal“. Dos 23 servidores da Polícia Federal, 19 foram condenados. Mais abaixo a a nota resume as penas, sem individualizá-las: “As penas impostas aos servidores públicos federais variaram entre 08 anos, 01 mês e 20 dias de reclusão, além de 160 dias-multa a 04 anos e 08 meses de reclusão e 100 dias-multa (…) Outrossim, foi decretada a perda do cargo público que

os servidores públicos federais, condenados na sentença, ocupavam à época dos fatos criminosos“. Com todo esse mistério poderia-se até duvidar da condenação do agente federal Ishii. Mas ela (a condenação) não é apenas uma dedução. Confirma-se pela Apelação Criminal junto ao TRF-4 na qual é citado (veja ao lado). Sabe-se ainda pela página do processo, que dos quatro agentes federais que responderam com Ishii a ação desmembrada, um foi absolvido – Rogério Fleury Watanabe – e outro teve extinta a punibilidade – Adriano da Costa Luetz. Cestas básicas/Impunidade - No TRF-4, em fevereiro de 2013, dez anos após a operação policial, apenas os réus tiveram seus recursos providos ainda que parcialmente. A corrupção qualificada, imposta na primeira instância, foi revista e caiu para corrupção simples. Por ofício, isto é, sem questionamento pelas partes, o tribunal reconheceu a prescrição da pena do crime de quadrilha ou bando e extinguiu a punibilidade dos acusados neste artigo do Código Penal. Foi reconhecida a “consunção” (ocorre no caso de crimes conexos, quando o delito final absorve o anterior e deixa de haver punição no primeiro). Na ação penal da Operação Sucuri, o TRF-4 reconheceu a consunção entre a corrupção passiva dos servidores públicos e o crime de facilitação do contrabando ou descaminho. Isto é, os desembargadores deixaram de punir pela corrup-

Continua ...


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24 de Fevereiro de 2016 ção passiva e mantiveram a condenação pela facilitação de contrabando e descaminho. Por fim, o tribunal afastou a pena de perda do cargo imposta ao “japonês da federal”. Questionando transcrição de grampos - Com todas essas reduções, segundo o próprio Ishii, ele acabou condenado ao pagamento de cestas básicas. Ainda assim, recorreu do resultado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde os Recursos Especiais, impetrados pelo MPF e pelos condenados – não apenas nesta ação penal, mas também nas outras da Operação Sucuri – aguardam para serem julgados. Já a Ação Civil Pública não tem qualquer expectativa de conclusão na primeira instância dado o número de réus e a fase em que se encontra. Os pedidos da defesa de Ishii e de outros réus de perícias no sistema guardião (software especializado para cruzamentos de dados obtidos com o grampos e quebras de sigilos fiscal e bancário) e nas transcrições do que foi gravado foram rechaçados de imediato pelo juiz Daniel Marchionatti Barbosa, em julho de 2012. Como lembrou o magistrado, “a prova no processo judicial são as gravações

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elas mesmas. As transcrições e comentários são mera forma de facilitar a consulta e indexação às gravações (…) Além disso, a transcrição das gravações não depende de conhecimento técnico. Se a parte sentiu-se prejudicada por transcrições ou comentários, pode produzir sua própria versão”. Punições mal feitas e anuladas - Ao longo destes 13 anos de impunidade, a se completarem em março, o agente federal Ishii e 10 outros agentes, sofreram uma única punição além do período em que ficaram presos (março a julho de 2003): foram mantidos afastados dos cargos e depois exonerados do DPF. Enquanto afastado do cargo, Ishii recorreu à sua aposentadoria. Mas, com a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) nº 007/006-NUDIS/ COR/SR/DPF/PR, em 22 de outubro de 2009, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, assinou 11 portarias pelas quais demitia os dez agentes e cancelava a aposentadoria do agente Ishii. Por meio de Mandado de Segurança impetrado no STJ – MS 14.795 – os atingidos reverteram a punição alegando que a Comissão Disciplinar que cuidou do PAD não era uma Comissão Disciplinar Permanente, nomeada pelo diretor geral, conforme manda a Lei que regulamenta o DPF. A comissão tinha sido instituída pelo superintendente do Paraná. Com isso, eles primeiro obtiveram uma liminar do ministro Og Fernandes que depois foi confirmada pela turma. Ishi voltou a ter direito à aposentadoria e os outras dez agentes foram reintegrados. Àquela altura, já existia a sentença de primeira instância condenando os agentes e afastando Ishii do serviço público o que foi revertido em 2013, pelo TRF-4, Como se constata, a discussão em consequência do resultado do PAD não se deu em torno da inocência dos agentes demitidos, mas sim das formalidades na criação da comissão que cuidou do processo administrativo. Um segundo PAD foi instaurado, em Foz do Iguaçu, durante o qual a Corregedoria Geral do DPF deu um jerto de não afastá-los novamente das funções. No caso de Ishii, ele foi mantido como aposentado. Mais uma vez o PAD resultou em anulação, por ter utilizado como provas gravações telefônicas autorizadas judicialmente e que embasaram o processo criminal. Na época, os processos administrativos

não admitiam este tipo de provas. A Justiça também entendeu que a Comissão Disciplinar Permanente criada pela direção-geral do Departamento, “era uma comissão de exceção”. Mais uma vez, o retorno dos agentes ao serviço não se deu por prova da inocência nos crimes que foram acusados. Quando da anulação do primeiro PAD, o processo criminal já tinha sentença na qual alguns réus conseguiram ser absolvidos por falta de provas. Mas, Ishii além da pena que ainda é desconhecida, foi afastado do serviço público. Depois, no TRF-4 a pena foi reduzida, por desqualificarem alguns dos crimes creditados aos agentes e também pela extinção da punibilidade na acusação de formação de quadrilha ou bando, devido à sua prescrição, consequência da demora processual. No caso de Ishi, ele teve revertida pela turma do TRF-4 a sua demissão pela sentença de 2013. Beneficiado ainda pelo Mandado de Segurança acatado pelo STJ, voltou à condição de aposentado. Mas, em 2014, como noticia Élio Gaspari na sua coluna citada acima, o Tribunal de Contas da União (TCU) cancelou-a por faltarem ainda dois anos de serviço para que ele pudesse fazer

jus ao benefício. Por isso ele voltou à ativa e neste período tornou-se, como lembrou Gaspari, “a maior estrela da Lava Jato”, logo depois do juiz Sérgio Moro. Atualmente em férias, Ishii não deve retornar ao serviço na superintendência. Em maio vencem os dois anos exigidos pelo TCU e ele finalmente terá direito a se aposentar. Impunemente, apesar do crime cometido no passado, jamais contestada, e com a popularidade em alta, por ter escoltado os presos da Lava Jato. Correção: * Alertado por dois leitores, peço desculpas por ter errado no termo jurídico na frase: “Foi reconhecida a “consunção” (ocorre no caso de crimes conexos, quando o delito final absorve o anterior e deixa de haver punição no primeiro). Na ação penal da Operação Sucuri, o TRF-4 reconheceu a consunção entre a corrupção passiva dos servidores públicos e o crime de facilitação do contrabando ou descaminho”. No texto original usei, erroneamente, a palavra “consumação”. Fonte: http://www.marceloauler. com.br/newton-ishii-o-japones-da-federal-13-anos-de-impunidade/


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A você cozinheiro (a) nas horas vagas, a melhores receitas estão aqui:

Acesse o site e confira:

Receitas da Semana via Tudo Gostoso: Salada de rúcula com manga e camarão

Creme de camarão com requeijão

Camarão empanado super crocante

Ingredientes 400 g de camarão médio 1/4 de cebola roxa 1 maço de rúcula 1 manga tomy ou palmer

Ingredientes

2 colheres de sopa suco

3 kg de camarão

Ingredientes

de limão

2 potes de requeijão

1 kg de camarão sem casca e limpo, tamanho m

1 colher de sopa de mel

4 colheres de sopa de maizena

suco de 1 limão

150 g de amêndoas torrada em lascas

1 cebola grande

sal e pimenta-do-reino a gosto

suco de uma laranja pera

1 caixa de creme de leite

2 xícaras de farinha de trigo (medida aproximada)

sal a gosto

1 litro de leite

2 claras de ovo

Modo de preparo

Óleo

2 xícaras de farinha de rosca (medida aproximada)

1. Em uma panela adicione o suco de limão, mel, sal e 1/4 xícara d’água

Sal e cheiro verde a gosto

5 ou 6 ninhos de macarrão cabelo de anjo

Modo de Preparo

óleo para fritar

1. Refogue o camarão no alho, óleo e sal

Modo de preparo

2. Com fogo alto adicione o camarão e cozinhe por 5 minutos 3. Misture a cebola ao camarão e sua água de cozimento 4. Reserve o camarão sem o caldo no congelador por 5 minutos 5. Corte a manga em cubos e reserve 6. Distribua a rúcula na lateral de uma tigela grande 7. Adicione a manga em cubos no centro da tigela

2. Espere esfriar e descasque e reserve

3. Em uma panela rale a cebola e refogue com óleo, assim que ela estiver dourando adicione o leite dissolvido com a maizena

8. Adicione o camarão ao centro da tigela misturando com a manga 9. Regue a salada com o suco da laranja

4. Adicione uma pitada de sal, mexa até engrossar

10. Espalhe a amêndoa torrada em lascas sobre a salada 11. Bom apetite!

Lagarto com cerveja

5. Acrescente o requeijão e o camarão reservado, mexa até encorpar, coloque o creme de leite, espere ferver e apague o fogo

Modo de preparo 1, Passe a metade do creme de cebola no lagarto e reserve 2. Em uma panela de pressão coloque a cerveja, dissolva a outra me3. tade do creme de cebola na cerveja, coloque o mollho de tomate 4. Em seguida o lagarto reservado 5. Deixe cozinhar por 30 minutos e vire a carne, cozinhe por mais 30 minutos 6. Sirva quente com o molho que sobrar na panela

2. Passe cada camarão na farinha de trigo para que todos fiquem bem sequinhos 3. Em seguida, prepare dois recipientes um com as claras e outro com a mistura da farinha de rosca, o macarrão cabelo de anjo triturado na mão ou no liquidificador e um pouco de sal, se desejar 4. Uma dica nessa mistura é deixar os pedaços de macarrão do menor tamanho possível 5. Com tudo pronto, passe, camarão por camarão nas claras e depois na mistura da farinha de rosca e macarrão 6. No recipiente das claras a dica é utilizar um garfo, sem espetar 7. O garfo é bom porque retira o excesso de clara antes de passar na mistura

Ingredientes 1 kg de lagarto inteiro 1 lata de cerveja 1 creme de cebola 1 molho de tomate de sua preferência

1. Deixe o camarão descansando por 30 minutos no suco de limão, sal e pimenta-do-reino

Suco Submarino Ingredientes 1 maracujá 2 xícaras (chá) de água de coco gelada 2 Picolés LA FRUTTA Uva Modo de Preparo 1. Bata ligeiramente no liquidificador a polpa do maracujá com as sementes e a 2. água de coco 3. Coe, despeje em copos baixos e coloque o Picolé LA FRUTTA 4. Sirva a seguir

8. Depois de passar todos os camarões, frite-os em óleo quente 9. Retire o excesso de óleo deixando o camarão descansar em um papel toalha 10. Decore com salada e na hora de servir o ideal é que venha acompanhado de um molho de sua preferência


24 de Fevereiro de 2016

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Prefeitura de Divinolândia COMUNICADO - Beneficiados do Programa Bolsa Família. Foi liberado o acompanhamento da 1° Vigência de 2016 do Programa Bolsa Família. Os beneficiados devem procurar o Centro de Saúde Municipal e as Unidades Básicas de Saúde das Três barras, Campestrinho e Ribeirão do Santo Antônio de segunda a sexta-feira das 07h00 às 17h00, para o agendamento da pesagem da família completa.

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Prefeitura Municipal de Tapiratiba-SP Através da assinatura de convenio junto a Secretaria de Educação, será cedido aos alunos do ensino fundamental e médio o curso online ''DEFESA CIVIL: A AVENTURA''. https://vimeo.com/105763946

Lembrando que a falta do acompanhamento das famílias beneficiadas poderá ter o pagamento do beneficio interrompido.

Prefeitura Municipal de Casa

Prefeitura de São João da Boa Vista Prefeito Vanderlei e a vice-prefeita Patrícia, prestigiam a posse do conselheiro Sidney Beraldo na vice-presidência do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.


23 de Fevereiro de 2016

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Ano XXIV - Nยบ 854

Prefeitura Municipal de Tapiratiba-SP Informativo dos eventos em Tapitatiba - SP

Rio Pardo Expo Show

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