Passe a Folha - Edição 56 - 13 de novembro de 2019

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Paula Luiza Eloy

Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Unochapecó . Quarta-feira, 13 de novembro de 2019 . ANO 18 . N. 56

PASSE, PASSARÁ, QUE NA FOLHA ENCONTRARÁ

Passe a Folha foi um dos produtos midiáticos produzidos pelos estudantes durante a graduação do curso de jornalismo. Ele permitia aos acadêmicos a experiência da elaboração de um jornal, atuando em todos as funções que essa prática exige. A ideia era transformar esse projeto experimental em algo periódico, que circula-se bimestralmente. Todos os alunos em algum estágio da graduação tinham a oportunidade de aplicar na prática, os conhecimentos adquiridos em sala.

A incompetência do atual presidente Jair Bolsonaro frente aos constantes desafios econômicos do país página 03

Os tabus e preconceitos que cercam a Aids mesmo 40 anos após a descoberta do primeiro caso

página 07

Um presente de Buenos Aires e Reflexões com Café página 08 Valeria Cenci

página 02

página 06

Mesmo longe dos grandes incêndio que atingem o Brasil, Chapecó também sente os impactos desse desastre

Após dois jogos, a primeira edição da Copa Oeste continua em aberto


2 Editorial

Charge Paula Eloy

Um recomeço!

P

assar as longas folhas dos jornais impressos parece coisa do passado. Porém, para muitos consumir os conteúdos jornalísticos no papel é um hábito muito prazeroso, por sinal. Enquanto, a era digital permite agilidade, o papel tem sua profundidade e seu velho charme. Já se passaram mais de quatro anos, e agora o Jornal Laboratório Passe a Folha volta a ser pensando, produzido e elaborado pelos estudantes do curso de Jornalismo da Unochapecó. Serão quatro edições em 2019, com pautas únicas, especiais e que vão de meio ambiente à esporte. Mas é claro, esse recomeço, vem carregado das histórias do passado.

4ª edição Feijogastro Quando pensamos em comidas típicas brasileiras, a feijoada é a primeira que passa pela mente de muitas pessoas. Esse prato já virou um símbolo nacional apreciado em todos os cantos do país, e aqui na Uno não é diferente. Por isso, a Feijogastro, produzida por acadêmicos do curso de Gastronomia da Unochapecó, terá a sua 4ª edição na próxima quarta-feira (13/11). Devido a grande procura, a edição deste ano possui uma grande novidade: a feijoada vegana. Ao todo, serão produzidas 700 porções de feijoada normal, mais 100 porções veganas. Elas serão distribuídas no Jardim das Artes, a partir das 18h. A aquisição dos ingressos poderá ser feita na Livraria Universitária, até o dia 12 de novembro, por meio da troca de 2kg de alimentos não perecíveis. Os produtos arrecadados serão doados para uma instituição da cidade, que será decidida pelo colegiado do curso. Segundo a coordenadora de Gastronomia, professora Simone Cervini, essa experiência “proporciona a integração entre turmas e professore. Sem contar o cunho social por ser beneficente”.

Expediente Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó Reitor: Cláudio Alcides Jackoski Pró-reitora de Graduação e Vice-Reitora: Silvana Muraro Wildner Pró-reitor de Pesquisa, Extensão, Inovação e Pós-Graduação: Leonel Piovezana Pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento: Marcio da Paixão Rodrigues Pró-reitor de Administração: José Alexandre de Toni Servidão Anjo da Guarda, nº 295-D, Bairro Efapi - CEP 89809-900 www.unochapeco.edu.br Telefone: 49 33218002 jornalismo@unochapeco.edu.br www.instagram.com/jornalismounochapeco Jornal Laboratório do curso de Jornalismo da Unochapecó Elaborado no componente curricular de Planejamento Gráfico em Jornalismo Professor responsável: Alexsandro Stumpf Editor: Angélica Lüersen Redação: Ana Vertuoso, Ícaro Colella, Isabel Piccoli, Paula Eloy, Valéria Cenci Diagramação: Ana Vertuoso, Valeria Cenci Quarta-feira, 13 de novembro de 2019 . ANO 18 . N. 56

Escuta aqui! Incompetência Mesmo que a atenção de todos não esteja mais na Amazônia, a floresta continua queimando. Além de todos os problemas já discutidos quando o governo Bolsonaro destruiu a imagem do Brasil perante as maiores lideranças mundiais, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou outro resultado devasta-

Cancelem

Há menos de um mês da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Ministério da Educação anunciou que a prova deste ano custará R$ 520 milhões. Ou seja, será R$ 69 milhões mais barata do que a de 2018. Esta é uma boa notícia para um governo que tem como prioridade absoluta o corte de gastos. Porém, apesar de não ser economista, arrisco uma sugestão para reduzir ainda mais o custo

dor das queimadas. O número de focos de incêndio em terras indígenas é o maior em quase de anos. Talvez, quando o Brasil não possuir mais florestas ou terras indígenas para defender, o governo encontre outro culpado para justificar sua incompetência em relação a preservação ambiental.

da prova: o cancelamento. Afinal, com todas as mudanças sem fundamento, restrições, e sem as ditas questões "ideológicas", que nada mais são do que tentativas de contextualizar a prova e verificar a capacidade de pensamento crítico dos estudantes, de que serve um exame nesse formato? Não é necessário gastar meio bilhão para descobrir qual aluno decorou mais itens dos livros de ensino.

Para baixo do tapete A romantização da crise nunca esteve tão na moda. Com a economia à beira da estagnação e os níveis de desemprego cada mês mais altos, a nova aposta do governo para reverter a situação é ignorar os problemas e enfeitar as “conquistas”. Enquanto a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) comemora a arrecadação de R$8,9 bilhões no leilão de 12 blocos exploratórios, o Brasil enfrenta o maior desastre ambiental já registrado em termos de extensão territorial. Um vazamento de petróleo, detectado inicialmente há mais de um mês, já se espalhou por nove estados do nordeste e segue sem ter sua origem descoberta. Ninguém

sabe o que causou o vazamento, nem de onde vêm as toneladas de petróleo cru que já afetam a biodiversidade marinha, tornam praias impróprias para o banho e tem seu impacto perceptível na queridinha de Bolsonaro: a economia. Ao celebrar a venda dos 12 blocos, o diretor-geral da ANP, Decio Oddone, esqueceu de mencionar que além destes, foram ofertados no leilão mais 24 outros pontos de exploração. Dos blocos localizados no litoral nordestino, nenhum recebeu ofertas. Parece que o tal liberalismo de Paulo Guedes encontrou na técnica preferida do mercado, uma boa campanha de marketing, a solução para todos os seus problemas.


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SAÚDE

Marcas no sangue

A

Os primeiros casos da doença foram registrados ainda na década de 1980

humanidade já passou por crises na área da saúde, com as epidemias e pandemias históricas. Com o avanço da medicina fica cada dia mais fácil o tratamento das doenças, entretanto, os estigmas e o preconceito parecem não acompanhar a evolução tecnológica. O Hiv, por exemplo, se alastrou pelo mundo na década de 1980 e, no Brasil, depois da morte de Cazuza, ao 32 anos, e sua aparência esquelética mostrada na mídia, assustou e estigmatizou de vez a doença que já atingia mais de 6 mil pessoas no país. Mesmo com todos os avanços da medicina a Aids ainda não tem cura. Mas é possível ter uma longevidade maior hoje, com o uso correto dos medicamentos, sem contar com a prevenção que ganhou mais visibilidade ao longo dos anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que 866 mil pessoas possuem a imunodeficiência no Brasil. Na região Oeste de Santa Catarina esse número chega a 2.370. O que se observa é que os números, desde da descoberta da doença, não param de crescer. Desconhecimento Inseridos na era das informações, ainda não fica fixo na mente das pessoas as opções de tratamentos e prevenção da doença, e nem sequer o que realmente ela é. O Hiv é sigla que define o vírus da Imunodeficiência Humana. A Aids, por outro lado, é a manifestação do vírus Hiv, que afeta a capacidade de defesa do corpo, causando uma exposição e, consequentemente, deixa o paciente doente e em alguns casos pode levar a morte. Por isso, existem casos de pessoas que possuem o vírus, e mesmo sem tratamento não manifestam nenhum sintoma, o que coloca toda a socieda-

de em um “grupo de risco”. Em detrimento dos altos números, de norte a sul do país, começaram as campanhas e o assunto se popularizou. Em Chapecó, no dia 25 de setembro de 1989, foi criado o Grupo de Apoio e Prevenção à Aids (Gapa), com o propósito de contribuir na desaceleração da infecção Hiv/Aids na Região. O grupo é formado por voluntários, que tem como missão de esclarecer, alertar as pessoas da existência do vírus e cobrar do poder público o que está escrito na constituição.”Então nós trabalhamos muito no sentido de estruturar, para que o serviço público de fato oferecessa qualidade no atendimento e seja bem prestado no município de Chapecó”, comenta o presidente do Gapa, Dirceu Hermes. Com o passar dos anos Em 1980, a doença que deixava todas as pessoas extremamente magras foi diretamente ligada a ‘praga gay’, devido ao público que afetava. Hoje não existe um alvo exposto específico. Segundo Dirceu, atualmente os grupos de riscos envolvem quase toda as pessoas. “Tanto é que eu costumo dizer: a Aids ela é uma doença bem democrática. Não escolhe credo, religião e nem mesmo orientação sexual. Não é mais a peste gay como ficou conhecida no surgimento da doença”, friza. O presidente conta que nas pesquisas mais recente do Gapa, são identificadas populações vulneráveis ao vírus. E atualmente, a incidência do Hiv sobre os adolescentes tem aumentado. Também houveram aumentos em mulheres casadas que apostam em uma relação estável e dispensam o preservativo. Isso faz com que as ações do Gapa, com o decorrer dos anos, se tornassem mais abrangentes Todos que tem

uma relação, cuja a ideologia do parceiro é desconhecida, entram em um grupo de população de risco e estão propensos a contrair o vírus. Além dos serviços prestados pelo Gapa, os medicamentos são fornecidos gratuitamente pelo serviço público de saúde. No Brasil, segundo Dirceu, se tivessem que comprar, poucos portadores do Hiv sobreviveriam, pois o medicamento além de preço muito elevado não tem disponível no mercado. “Hoje quem tem Hiv e faz o devido tratamento, em poucos meses se torna indetectável tem uma vida normal, não transmite o vírus desordenadamente como a sociedade pensa”. Veias do Futuro A organização Mundial de Saúde (OMS), trabalha a questão da proposta: testar, tratar e zerar. Isso consiste em estabelecer como prioridade testar 90% da população e identificado a população que possui Hiv. A partir

desses dados, é necessário o encaminhamento dessas pessoas para um tratamento adequado e constante. Segundo Dirceu, quando a pessoa conhece a sua sorologia e está no tratamento correto sua carga viral indetectável em menos de 2 anos. Com essa carga viral a probabilidade dela contaminar outra pessoa é muito pequena. Quando questionado sobre o futuro, Dirceu parece um pouco pessimista em relação a extinção da doença. Ele conta que, a erradicação é algo que não acredita no contexto atual, por lidar com comportamentos sexuais e governamentais. “Eu não consigo visualizar a diante a possibilidade de erradicar, porque para erradicar teria que ter uma vacina e eu acredito que não há interesse da indústria farmacêutica em encontrar uma cura efetiva para a Aids no Brasil e no mundo”, finaliza. Ícaro Colella icarocolella21@gmail.com

Arquivo pessoal

Ícaro Colella

Pelas lentes do preconceito: passados 40 anos a Aids ainda é tabu

Dirceu Luiz Hermes é graduado em Letras pela Unoesc, possui mestrado em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo. É docente na Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), desde 1997. Palestrante e Training para grupos corporativos, é voluntário e Diretor Presidente do Grupo de Apoio e Prevenção à Aids (GAPA)

Vamos Brincar?

Projeto trabalha aptidões da infância através de brincadeiras Fernando Pessoa já dizia em seus poemas, que ao ver uma criança brincar, a alma de quem vê se alegra. E é com alegria e de forma lúdica, que habilidades muito importantes para o desenvolvimento infantil podem ser trabalhadas. Brincar é uma forma de despertar na criança habilidades que às vezes até ela desconhece. Ao brincar a criança explora o mundo e aumenta a capacidade de perceber a si e ao outro. A infância é um momento tão importante que já tem empresas se especializando nesse nicho de mercado. A Brincademia é um exemplo desta iniciativa que busca aliar atividades físicas de forma divertida. Através de brincadeiras as crianças trabalham aptidões como força, equilíbrio, concentração, confiança e raciocínio. A Brincademia é um projeto que funciona há três anos em Chapecó, e busca atender as necessidade de toda a família de uma forma diferente. Ao atender diferentes públicos, de crianças com um ano de idade até idosos. Com a ideia de uma academia que atenda as necessidades da família como um todo. Valeria Cenci valeriacenci@unochapeco.edu.br

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ESPE

PASSE, passará, que nA FOLHA encontrará

Paula Luiza Eloy

Chamada reportagem especial chamada reportagem especial chamada reportagem

O Jornal Passe a Folha é uma tradição do curso de Jornalismo da Unochapecó desde a primeira turma, em 1999

C

ontar ou fazer parte de uma história é algo que acontece com todo mundo, porém ter a oportunidade de dar continuidade a uma, é para poucos. Quem dirá quando dentro dessa história, outras tantas, dos mais variados lugares idades e gêneros cheias de conteúdos, contemplam a mesma. O ato de contar algo para alguém, disseminar a informação, poder dividir o conhecimento é um dos deveres do jornalista, e a melhor forma

de fazer isso? a periodicidade da escrita! Estamos falando de um jornal universitário que fez história, marcou momentos, moveu pessoas e deixou registrado entre linhas muito conhecimento e experiência. Passe a Folha foi um dos produtos midiáticos ofertados durante a graduação do curso de jornalismo, mais contínuo e eficiente. Ele permitia aos estudantes vivenciarem a experiência da elaboração de um jornal, atuando em

todos as funções que essa prática exige. A ideia era transformar esse projeto experimental em algo periódico, que circula-se bimestralmente. Todos os alunos em algum estágio da graduação tinham a oportunidade de aplicar na prática, os conhecimentos adquiridos nas mais variadas disciplinas da grade curricular, sob orientação e coordenação dos professores O jornal tinha como objetivo a prática dos acadêmicos em todas as fases de confecção do veículo

impresso, visando aprender, aprimorar-se e descobrir novas formas de fazer jornal. Seja no conteúdo, no visual ou na maneira de abordar o assunto. Além de ter sido um meio de divulgar as produções dos acadêmicos durante a graduação, o Passe a Folha também era um espaço comunitário para diversos assuntos. A preocupação e o compromisso, era levar ao leitor um jornalismo dinâmico, com fatos vistos por novos ângulos, sem amarras de nenhuma espécie.

HISTÓRIA EM

Confirma as capas de algumas das edições mais

EDIÇÃO 01 - Em 1999, a primeira turma do curso de Jornalismo da Unochapecó deu início ao Passe a Folha

EDIÇÃO 02 - Há 16 anos, acadêmicos e professores do curso produziram uma edição especial do Passe a Folha na Efapi 2003

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EDIÇÃO 23 - Há 16 anos, acadêmicos e professores do curso produziram uma edição especial do Passe a Folha na Efapi 2003

EDIÇÃO 28 - Durante as eleições de 2004, os estudantes produziram uma cobertura especial, publicada no dia seguinte ao pleito


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ECIAL

De edição a edição As edições foram produzidas em múltiplas disciplinas, porém, aquelas que adentravam com mais especificidade no projeto eram, técnica de reportagem, redação e editoração eletrônica. A maioria das edições ganhavam uma temática onde as pautas eram discutidas entre os alunos e a professora responsável, em um conselho de classe. Outras edições fugiam um pouco do contexto acadêmico, quando ocorria um evento de grande interesse público. Um exemplo disso foram as eleições de 2004, onde os alunos de todo o curso de Jornalismo se reuniram para cobrir o evento. Isso variava muito conforme o plano pedagógico do semestre e o que era acordado. Era produzida normalmente uma edição do jornal por semestre. A primeira ocorreu em abril de 1999, um ano após a implantação do curso na Unochapecó e a linha editorial definida foi o tema religião. A 52ª edição e também última, foi produzida no mês de Julho de 2014, com a coordenação da professora/editora responsável Mariangela Torrescasana. Juntamente com a professora Ilka Vito-

Arquivo pessoal

Foi nomeado e tal forma, entre tantos, em decorrência de uma brincadeira entre alunos nos intervalos das aulas. Uma folhinha passava de mão em mão, até que o último aluno entregasse-a com uma história muito original sobre os fatos que marcaram aquele dia de aula. Cada um dava sua colaboração e a brincadeira passou a se chamar “passe a folha”. Ou seja, uma história que era escrita comunitariamente, e este foi o legado do jornal durante seus 15 anos de produções.

A turma responsável por trazer de volta o Passe a Folha, na disciplina de Planejamento Gráfico em Jornalismo

rino e o professor Hugo Gandolf, os três ainda atuam na universidade e fizeram parte da maioria das edições do Passe a Folha. Aline foi uma das pessoas que fizeram parte deste projeto durante muito tempo e fala: “Eu fui aluna do curso, porém na minha turma a gente não realizou o Passe a Folha como projeto experimental, mas o meu contato com o jornal ocorreu realmente enquanto eu fui jornalista técnica da ACIM Jornalismo onde as matérias e as produções já vinham prontas para que a gente fizesse a editoração eletrônica, junto aos alunos estagiários da ACIM. Lá a gente montava todo o projeto gráfico do jornal e depois encaminhávamos para a impressão que normalmente era feitA em parceria com os jornais da cidade, como o Voz o Oeste ou o Diário do Iguaçu”

Além do formato impresso o jornal também tinha sua versão online no site IssuuAcim Jornalismo. Porém, já fazem 5 anos que não se produz mais nenhuma edIção do Passe a Folha, em nenhum dos formatos. O Desfecho Como vimos, esse projeto não foi apenas um simples jornal informativo mas sim, uma identidade do curso. O Passe a Folha contém histórias por detrás daquelas velhas folhas amareladas, de pessoas que passaram pelo curso e deixaram um pouquinho de suas experiências dentro e fora da Unochapecó. É nesse contexto e pensando na valorização de um projeto que deu certo e foi tão importante, que esse patrimônio histórico e afetivo, será restaurado. Cinco anos após a sua última tiragem, os alunos do 6° período

do curso de Jornalismo, orientados pelo professor Alexsandro Stumpf que ministra a matéria de planejamento gráfico em jornalismo, juntamente com professores de outras disciplinas produzirão novamente a 53ª edição do Passe a Folha. A retomada deste projeto contará com várias editorias para dar uma repaginada no nosso xodózinho. Este exemplar, o qual faz-se o uso da leitura, conta com essa matéria especial para situar o leitor sobre os processos percorridos pelo Passe a Folha. E principalmente para resgatar o projeto e incentivar as próximas gerações de acadêmicos de Jornalismo, para que sintam-se empolgados em dar continuidade ao Jornal, compatível a realidade que se vive. Paula Luiza Eloy paulaluizaeloy@gmail.br

M IMAGENS

s marcantes da trajetória do Jornal Passe a Folha

EDIÇÃO 39 - No décimo ano do curso, os estudantes produziram uma reportagem sobre a trajetória do Jornalismo da Uno

EDIÇÃO 49 - Em 2012, a equipe do Passe a Folha foi novamente para as ruas em uma edição especial sobre as eleições para prefeito

EDIÇÃO 52 - A penúltima edição do jornal trouxe entre suas páginas uma reportagem especial sobre casas de passagem

EDIÇÃO 53 - A última edição do Passe a Folha foi produzida em Julho de 2015 e explorou a chegada do voto eletrônico no país

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MEIO AMBIENTE Isabel Piccoli

Um fogo nem tão distante

Um dia atipico em Chapecó reflete os impactos das queimadas que atingem o país

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dia 11 de setembro amanheceu estranho, para a Ana. Ao abrir a janela de seu quarto, sentiu que o ar estava pesado e o céu repleto de uma neblina escura. Ana saiu, pensativa com a situação. Mas, foi dentro da lotação, às 13h22, que Ana notou uma névoa acinzentada no céu de Chapecó, em Santa Catarina. A estudante, assim como muitos outros moradores do município, sensibilizados com a causa, imaginaram que eram os reflexos das queimadas na Amazônia. Mas, como a fumaça dos incêndios do outro lado do país conseguem ser notadas no oeste catarinense? Mesmo que de norte a sul, as duas regiões se conectam por meio de um ciclo que envolve vento, umidade e chuva. A vasta paisagem, de águas e florestas tem influência direta e indireta na vida da população brasileira, desde a umidade do ar até as condições do solo. A Amazônia é responsável por armazenar água, e através das plantas, permitir que essa água entre no lençol freático. O maior bioma do Brasil ajuda a ter umidade no país inteiro, e ainda cria os “rios voadores”. Mas, afinal, o que são esses tais “rios voadores”? Os rios aéreos são nada mais, nada menos que o principal fator de ligação entre

Santa Catarina e a Amazônia, e que controlam grande parte das chuvas, especialmente na primavera e no verão. Quem explica melhor é o coordenador do curso de Agronomia da Unochapecó, “esses rios são formados através da evaporação da água, gerando a formação de nuvens que circula pela atmosfera, em direção ao sudeste e sul do país. A formação acontece pela evaporação e evapotranspiração da água realizada pela vegetação presente a América do Sul”. Bom, e justamente por conta da estiagem que atingiu a região norte no último trimestre, somando ao fenômeno climático El Niño, que predomina em Santa Catarina, e automaticamente reduz o volume de chuvas, a probabilidade de acontecer incêndios é maior. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que são mais de mil focos no estado, porém os mais importantes, dizem respeito ao Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. O Parque é uma das unidades ambientais mais importantes de Santa Catarina, e em menos de 35 dias, foram seis ocorrências. Os bombeiros, Instituto do Meio Ambiente (IMA) e PM Ambiental não divulgaram o tamanho da área atingida, porém nos três primeiros incêndios, foram mais de

Ciclo da umidade que sai da Amazônia e chega até Santa Catarina

mil hectares de vegetação destruídos. “Uma das condições para as queimadas é que a vegetação predominante da Serra do Tabuleiro, são espécies sazonais, que no período de inverno são afetadas pelas baixas temperaturas, e secam neste período, em detrimento do estado passar por um regime hídrico baixo. Além disso, a probabilidade de acontecer incêndios é muito alta, porque muitos produtores culturalmente utilizam as queimadas para renovação de pastagens, assim a chance de uma queimada se alastrar e tomar conta da vegetação é muito fácil”, ressalta o doutor em produção vegetal, Fábio. Agora, vamos combinar que queimadas somadas a seca, não resultam em coisa boa. Alguns

setores têm sido atingidos. No Oeste, às lavouras pedem por água. Quem plantou com seca, perdeu e está tendo que planta de novo; e ainda tem os que estão com cultivo atrasado. No litoral, os setores pesqueiro e de aquicultura, também sofrem. A temperatura é elemento fundamental para o cultivo de ostras e mariscos, e o que isso tem a ver? O fato é que menos chuva caindo, por conta da redução da umidade dos rios aéreos, a temperatura pode cair, além, de que com menos chuvas, há menos sedimentos no mar, que chegam por meio dos rios, assim, toda a cadeia de nutrientes se desequilibra. Isabel Piccoli isabelpiccoli@unochapeco.edu.br

A morte delas, também é a nossa Valeria Cenci

Em três meses, foram mais de 500 milhões de abelhas em quatro estados brasileiros

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Entre as espécies afetadas, encontram-se as abelhas sem ferrão

o dia 23 de setembro inicia a primavera, uma temporada conhecida pelo florescer da natureza. Este é um período importante para as abelhas, elas que em busca de alimento visitam jardins, pomares e plantações dos mais diferentes produtos. Em um único vôo visitam dezenas de espécies de flores, viabilizando desta forma a fertilização das plantas. A ação das abelhas é de fundamental importância para a agricultura, afinal as abelhas são responsáveis por 33% da produção agrícola mundial, são elas as principais responsáveis pela fertilização.

Porém nos últimos anos as populações de abelhas tem declinado de forma alarmante. As causas mais evidentes deste fenômeno são o desmatamento e o uso de agrotóxicos. Desde o ínicio do ano, o Ministério da Agricultura aprovou o registro de mais 51 agrotóxicos, em seis deles está presente o princípio ativo sulfoxaflor. Conforme um estudo da Universidade de Holloway, em Londres, este elemento diminui em 54% a população de abelhas. O ingrediente ativo passou por uma consulta pública e foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância

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Sanitária (Anvisa) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Que os agrotóxicos são importantes para a produção de larga escala, já não há dúvidas, em função da proliferação de pragas. Porém, para que essa produção se torne efetiva é necessário que ocorra a polinização. Eis que encontramos um embate, precisamos dos “defensivos agrícolas”, mas eles estão destruindo os insetos responsáveis pela efetivação da produtividade. Mas será que estes químicos estão sendo usados de forma equilibrada e consciente? O crescimento do mercado de agrotóxicos mostra justamente o contrário. O uso desenfreado e inconsciente de venenos só é capaz de gerar um benefício, e é o enriquecimento das gigantes multinacionais. Esse cenário catastrófico passa pelo completo descaso do governo brasileiro com o futuro do planeta, cuidar destes insetos polinizadores não se trata apenas de uma questão ambiental, é muito maior. Se a destruição do meio ambiente não toca o suficiente os governantes, que seja pelo desenvolvimento da produ-

ção agrícola e os prejuízos que a degradação deste setor pode causar. Esfera responsável pela maior parte do PIB nacional. A produção de alimento depende das abelhas, a morte delas é a nossa morte também. Sem a ação delas o desequilíbrio ambiental é inevitável e o caos produtivo se torna eminente. Ao olhar para o futuro o que vemos é a estimativa de que 560 elementos aguardam autorização para uso no país. Nossos representantes, em grande parte da bancada ruralista, demonstram alegria com o que eles chamam de melhorias no agronegócio. O argumento utilizado é de que com o maior número de produtos no mercado amplia a concorrência e assim iria reduziria os custos. Levando em consideração que o mercado dos defensivos agrícolas se restringe a mono-

pólios, de que adianta fortalecer o sistema? O que nos resta? Valeria Cenci valeriacenci@unochapeco.edu.br


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CULTURA

A fita foi encontrada em uma rua de Buenos Aires, no dia 16 de setembro

ão poucas as pessoas que conheço que gostam de falar de amor. Até me mudar para Santa Catarina, eu também era assim. Depois que experimentei o gosto desse sentimento, me vejo numa avalanche de sucessões de fatos que deixam essa temática cada dia mais interessante. Há pouco, estava escrevendo um texto no trabalho e tenho o hábito de ouvir música ao mesmo tempo, quando de repente começou a tocar um clássico de 1978, ‘I Will survive’. A minha playlist MPB foi tomada por algo internacional. Estranhei, a voz era brasileira. Fui direto pra outra página e vi que se tratava de um cover produzido para o trailer de um filme. Como de costume, anotei o nome e segui a rotina. Dias depois, a pedido de uma amiga, tentava baixar um filme e me surge na tela aquele que havia anotado. Acaso, pois bem baixei. Produção global, clichê, com atores que fazem qualquer um se sentir em um novelão das nove. Ao falar de amor procuro profundidade e aquela produção me parecia raza, mas a trilha sonora era de arrepiar com canções que vão de Cartola à Maria Bethânia. O filme conta a história de um casal que vai morar em um apartamento e quando chegam encontram uma fita K7, deixada pelos antigos moradores, que têm escrito ‘Todas as canções de amor’, em vermelho, daí o nome do filme. Assisti, chorei e encontrei traços de mim mesmo e do que estava passando na minha vida. É sempre assim que acontece com a ficção e muitas vezes se repete na realidade. Mais uma vez, tirei aquilo da minha mente. Na semana seguinte viajei com a universidade para Buenos Aires, viagem de estudos. Assim que chegamos fomos direto para uma palestra de jornalismo esportivo. Eu e minha amiga estávamos com fome e decidimos sair e comer alguma coisa. Em seguida, ao fumar um cigarro na principal avenida da cidade, quase nos encaminhando para o teatro, falei para ela, que deveríamos andar um pouco antes de voltar. Normalmente não tenho o hábito turista de ser, que sempre olha para o alto, gosto de visua-

lizar o chão também. Na minha cabeça tudo tem que ser explorado porque tem algo a revelar. E foi dessa perspectiva de visão que pude encontrar ao lado de uma bicicleta caída, quase embaixo de um lixeiro uma fita cassete, exatamente igual a do filme, escrita em vermelho: Brasil. Me senti anestesiado naquele momento; a vida real às vezes imita os filmes amigos. Era pequena a probabilidade de um brasileiro passar naquela rua e achar uma fita escrita com uma descrição tão peculiar, mais um acaso que não tava no roteiro. Costumo lembrar sempre, com entonação específica, de uma pergunta simples que uma professora faz até para o próprio destino: Será? Voltei para o Brasil com vários momentos mágicos daquela cidade linda e algumas compras, mas a fita não me saía da cabeça. Precisava ouvi-la, mas eu não tinha onde. Arrumei uma forma e escutei alguns fragmentos na faculdade, e parece mentira, mas a primeira canção era a mesma tocada no trailer e no filme. Ao chegar em casa com o toca fitas da universidade, desfrutei de tudo que tinha alí dentro preparado para mim. Foi uma loucura. Sim, pensei em escrever uma história. Anotei todas as canções que datam de 1976 a 1993. Alguém, antes de sequer eu ter nascido, gravou essa fita e deixou uma mensagem no tempo, já que a melodia e as letras falam tanto. Continuarei a ouvir sempre que possível e tentar entender os enigmas que me perseguem nessa narrativa. Apesar de me apresentar para todos como pernambucano, poucos sabem mas carrego na certidão de nascimento o título de baiano. Mas o que isso tem a ver? Já te conto. O lado A da fita só continha músicas de Olodum e do lado B só músicas internacionais da década de 1970, com o clássico. Apesar de tudo sinto que esse filme não está finalizado, algo no universo tem um recado que não me deixa dormir. Esperava algo de amor, encontrei muita animação e músicas de superação. Mas na minha vida as coisas só acontecem mesmo, quando eu não espero nada.

Reflexões com café Não era amor

Tão só

É tão estranho saber que você estava certo, desde o ínicio. É como se tivesse previsto o que iria acontecer, cada detalhe. Elas se completam de uma maneira assustadora, se fundem e deletam tudo a sua volta, só elas sabem, só elas acertam, só elas merecem respeito e são soberanas. E tudo isso eu sabia que iria acontecer. Elas substituem a peça que estava desgastada, agora formam um novo ser, com peças que mesmo no conflito falam uma o que a outra quer ouvir. Duas peças que de tão diferentes, são exatamente iguais, e se tornam a cada dia, uma o encaixe certo da outra. Já a peça substituída, lhe sobrou a função de ser a culpada, a errada, a puta, a descarada, aquela que fala sem pensar e mesmo que pense fala demais, a polêmica, a problematizadora, aquela que faz de tudo para ter atenção e em troca consegue ódio e desprezo. Pessoas, peças, degraus, momentos e histórias. Todos passam, uns se vão para que novos possam vir. Uns devem ser deixados de lado para que o fluxo da vida possa prosseguir. Assim é que a vida é, nada é eterno, ninguém vive por nós, ninguém está com nós, somos todos solitários esperando para substituir e sermos substituídos.

Sozinha em um café, parece que todos me olham, mas na verdade ninguém está me vendo, ninguém está preocupada ou se importa, cada um com suas histórias, problemas, conversas e amigos. O único calor é o do ar condicionado que aquece o local. O dia está muito frio. Esse frio, esse minuano, essa tristeza, esse arrependimento, ahhh esse arrependimento. E meu coração completamente destruído, cheio de calos e dores. Sozinha em café, apenas querendo entender o que de tão errado fiz, tentando não desabar em lágrimas, fingindo ser forte, afinal é isso que devo ser, forte, sempre forte. Mesmo sozinha em um café lotado, estando só, tenho que ser forte.

Diferentes Obrigada por dizer chega, obrigada por acabar, obrigada por me fazer entender que não vai dar. Devo sim lhe agradecer, afinal o peso que eu sentia por tê amar estava insuportável. E lhe agradeço, não vou parar de agradecer. Obrigada por me mostrar que pra mim você era só um capricho, só mais um número na aposta. Valeu por me fazer compreender não era amor, era só palhaçada. Valeria Cenci valeriacenci@unochapeco.edu.br

Programação Sesc Paula Luiza Eloy

S

Ícaro Colella

K7 Brasil

Ícaro Colella icarocolella21@gmail.com

Quarta-feira, 13 de novembro de 2019 . ANO 18 . N. 56


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ESPORTE

Decisão na Copa Oeste

Valeria Cenci

O Chapecó Badger’s encara a equipe do Indians no domingo

A decisão da Copa Oeste está em aberto e todas as equipes ainda tem chance de título

Valeria Cenci

No próximo jogo todas as equipes têm possibilidade de vitória, tudo depende do saldo de gols. Se o Indians vencer por qualquer placar ele é o campeão, em função de acumular uma vitória e nenhuma derrota. Já o Badger’s se torna campeão ao vencer por 34 pontos de diferença. Se a equipe chapecoense vencer por qualquer placar menos que 34 pontos, o título vai para o Erechim Coroados. Para o presidente da equipe, Rafael Demarco, a expectativa para o jogo contra o São Miguel é melhorar os fundamentos que a equipe falhou na última partida. “Nossa defesa jogou muito bem e se nosso ataque conseguir produzir teremos grandes chances de sair com a vitória. É claro que a pressão acaba sendo maior, em um campo que não temos familiaridade, pegando a estrada, tudo acaba saindo um pouco do comum, mas temos grandes atletas. Acredito que eles saberão lidar com qualquer tipo de pressão

O próximo confronto do Badger’s será em São Miguel do Oeste

Quarta-feira, 13 de novembro de 2019 . ANO 18 . N. 56

que venha a ocorrer”, comenta. O coach da equipe, Lucas Oliveira, destaca que essa Copa é a oportunidade da equipe ganhar experiência e ver o que precisa ser melhorado. “Cada jogo a gente tem em mente tirar algo para melhorar, e assim no futuro estar muito mais forte e com muito mais experiência”, comenta. O coach ressalta também, que em função da vasta experiência do Indians, esse jogo representa uma oportunidade de aprendizado e melhora da equipe e dos atletas. A equipe de Futebol Americano conta com um treinador e os coordenadores de defesa e ataque. Cada um é responsável por trabalhar de maneira específica cada setor. O coordenador de defesa do Badger’s, Jean do Prado, explica que em função do primeiro jogo, a equipe apresenta alguns desfalques. “Em contrapartida, agora o pessoal sabe como é o calor de um jogo e sabe se organizar como uma defesa mais sólida e agressiva”, conta. Jean explica que ainda há um certo nervosismo por ser a primeira competição que a equipe está jogando. Jean comenta também que os dois times são jovens e estão em busca de experiências para competições futuras. “É importante destacar que o futebol americano é muito técnico e essas trocas de experiências só ajudam os jogadores e as equipes”, conclui. Para o jogo contra o Indians, o Chapecó Badger’s conta com alguns novatos oriundos da última seletiva feita pela equipe. Um deles é Gustavo Sales, ele relata que resolveu jogar futebol ameri-

cano por ser um esporte que está aberto aos diferentes biótipos e trabalha na inclusão de quem quiser praticar. Em relação ao jogo, está com muita expectativa e confiante no bom desempenho da equipe. A equipe de Chapecó conta também com o apoio das suas Cheerleaders. Além desta parceria com as West Nix, a equipe firmou parceria com a Chapecoense que cedeu o campo para o jogo e auxiliou na pintura do gramado. Os outros apoiadores da Copa Oeste são o Garupa, a OralUnic e o MyClub. Para quem estiver interessado em prestigiar esse confronto, a entrada é no valor de R$ 5,00 e pode ser adquirida com os atletas do São Miguel Indians. Mais informações na página Chapecó Badgers Futebol Americano no Facebook ou no Instagram @chapecobaders_fa. Valeria Cenci valeriacenci@unochapeco.edu.br

CLASSIFICAÇÃO Coroados 12 pontos Indians 8 pontos Badger’s - 26 pontos

Valeria Cenci

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esafio, conforme dicionário online, é um substantivo masculino, ato de desafiar. No esporte é considerado um chamado para qualquer modalidade de jogo, peleja ou competição. No domingo, dia 10 de novembro, é dia de desafio para o time de Futebol Americano Chapecó Badger’s. A equipe de Chapecó entra em campo contra o São Miguel Indians, equipe de São Miguel do Oeste. O jogo será às 14h30 no Estádio Guarani em São Miguel do Oeste. Essa é a partida decisiva da Copa Oeste, uma competição que reúne clubes do oeste catarinense e da região norte do Rio Grande do Sul. A primeira edição da competição está em aberto, afinal nos dois jogos que já ocorreram, duas equipes saíram vitoriosas. No primeiro confronto quem levou a melhor foi o Coroados, equipe de Erechim (RS), que venceu o Badger`s por 26 X 0. Já na partida seguinte, o Indians venceu por 14 X 6 a equipe de Erechim.


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