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Combate ao racismo e apoio ao empreendedorismo negro é tema de encontro

Para celebrar o Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, a Associação Comercial do Paraná –ACP promoveu um grande encontro com empreendedores e expoentes negros do estado. O evento teve como objetivo promover ações de combate ao racismo e de apoio aos empresários e empreendedores negros.

“A ACP tem o viés de acolher todos que defendem a livre iniciativa e nós vemos que a história discrimina sim as pessoas e estamos sempre envoltos de busca pela justiça social. Todos nós precisamos reconhecer nossos erros e conhecer a história, devemos ser melhores e fazer sempre o melhor naquilo que fazemos”, afirmou o presidente da entidade, Camilo Turmina.

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Na ocasião, o secretário da Fazenda do Estado do Paraná, Renê de Oliveira Garcia Júnior, fez uma explanação sobre as perspectivas da economia para a população negra. Em sua apresentação “Economia: Perspectivas para as Minorias”, ele se emocionou ao lembrar de episódios de sua história pessoal e destacou a importância dos processos de inclusão da população negra nas escolas e mercado de trabalho.

“Mesmo que uma pessoa negra tenha oportunidades, se forme em uma escola de renome, sendo um dos melhores da turma e alunos brilhantes, o sarrafo é sempre alto. Do ponto de vista econômico, o racismo parte do pressuposto de que determinadas minorias tem um conteúdo ‘formacional’ (formação escolar) pequeno ou não adequada. Por isso, não é uma questão de acesso ou quota, transcende a isso. É a uma sensação na pessoa racista de superioridade ao outro e de que ele não pertence a aquele lugar”, destacou o secretário.

O evento também trouxe a apresentação “Afroempreendedorismo em ação”, da empreendedora e fundadora do Concetafro, uma iniciativa de apoio ao afroempreendedorismo, Robarta Kisy Guimarães Lourenço. Explanação que trouxe aos presentes exemplos de ações e medidas que contribuem para o empreendedorismo negro.

“Todo mundo tem alguma ligação com a negritude, seja no sangue, em casa ou nas relações. Em todos os lugares existe uma potência com a cara preta, como a minha, mas estamos invisibilizados. Por isso, combater o racismo é combater a invisibilidade e o protagonismo não começa dos negros falando de si, mas dos outros falando dos negros, dos seus negócios, dos seus potenciais”, frisou. Ao final de sua fala, a empresária distribuiu para os presentes no evento um pequeno guia de como fomentar a economia da comunidade preta por meio de ações e escolhas de consumo.

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