"Gente em Acção" nº48 - Junho 2008

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Diário de Bordo Acaba mais um ano lectivo, contudo e ao contrário do que é hábito ouvir falar, os professores e os funcionários não estão de férias, muito menos aliviados em termos de trabalho. O final de um ano lectivo implica o seu encerramento processual e imediatamente a organização e construção de um novo ano lectivo. Como é do conhecimento de todos, tem sido publicada legislação diversa que obriga a uma reformulação e revisão de normas, procedimentos, de documentos orientadores da acção educativa do Agrupamento. Como cada um e cada qual percebe o trabalho a realizar carece antes de mais, de uma leitura e análise individual e colectiva dos documentos promotores de alteração (a legislação publicada e a carecer de implementação). Todo este processo tem que ser realizado num período de tempo curto, com serenidade e plena consciência da sua importância, muito embora o mesmo tempo tenha que ser usado para um sem número de outras obrigações profissionais colectivas e individuais, internas e externas ao Agrupamento. Férias?! Quem?! Com toda a certeza só pode ser maledicência incutida ao longo de anos e que visa sobretudo a desvalorização e o descrédito dos profissionais de educação e fundamentalmente da sua nobre missão. Mas como é do conhecimento de todos, a Escola, isto é, os seus profissionais estão habituados a trabalhar em prol dos seus alunos e de toda a comunidade, mesmo perante a maior das adversidades. Cumprimos sempre mais do que o definido e estipulado, pese embora circule a ideia contrária que violenta a nossa forma de ser e de estar. Esta sociedade que ajudamos a construir não pode ser edificada no desrespeito pelo outro enquanto pessoa, profissional e humano… Quantas vezes é desvalorizado, o homem a mulher a criança preferindo outra coisa qualquer, animal, vegetal ou mineral!... Iremos “de facto” de férias, no período legalmente estipulado para o efeito e de acordo com as regras comuns a todo e qualquer trabalhador, levando na bagagem mais um ano lectivo findo e outro a haver. Terminamos, não sem antes desejar a todos e a cada um umas Excelentes Férias.

O Conselho Executivo

APOIOS:

A NOSSA ESCOLA NA ASSEMBLEIA ENTREVISTA Luís Fagundes (Deputado)

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Páginas 2/3

Sarau de Ginástica

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GENTE EM ACÇÃO

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[ENTREVISTA]

“A primeira urgência para Portugal é

a educação”

Rúben Gonçalves (8º A) Qual a sua formação académica e percurso profissional? Sou licenciado em Filologia Românica, um curso que não existe actualmente. Depois fiz o mestrado de Linguística Histórica na Faculdade de Letras de Lisboa, sou doutorado em Linguística Portuguesa pela Universi-dade Nova de Lisboa, onde sou professor de carreira. Neste momento sou depu-tado porque fui eleito pelos Açores, mas continuo a ser professor. Quando deixar de ser deputado voltarei para o meu local de trabalho na Universidade Nova de Lisboa. Como começou o seu percurso profissional? O meu percurso profissional começou quando acabei a minha licenciatura. Concorri para assistente na Universidade Nova de Lisboa, entrei como assistente e depois fiz a minha carreira normal, completei o mestrado, fiz o doutoramento e fiz a minha carreira até chegar ao topo.

E-Mail: gente_vvr@megamail.pt

LUÍS FAGUNDES (DEPUTADO)

Dentro das funções que desempenha como deputado o que é que mais lhe agrada fazer? Aqui na Assembleia da República, sou coordenador da área da educação, ensino superior e da ciência e, portanto, trabalho com muitos professores, com sindicatos, com encarregados da educação, com alunos, sobretudo com alunos do superior, mas também com alunos do básico e do secundário. Aquilo que mais me agrada fazer na minha área da educação é contactar com as pessoas. Nós, deputados, ao contrário do que muitas vezes pensam, somos representantes da população e portanto temos obrigação de falar com as pessoas, ouvir o que pessoas dizem para depois transmitir aqui. Como deputado o que é que menos lhe agrada? Como deputado o que menos me agrada é essencialmente o afastamento que existe entre a população e o parlamento, naturalmente por

culpa deste. A população não tem uma boa ideia do nosso trabalho, e é pena, porque nós trabalhamos bastante, dedicamo-nos muito. Como disse sou professor, estou aqui a cumprir uma missão, a dar o meu contributo para o país e tenho pena que muitas vezes as pessoas pensem que sou um corrupto, como deputado. Sou deputado, sou corrupto, não faço nada só ando a viajar, ganho muito é certo é que isso não acontece. É esse afastamento entre o que se passa aqui dentro do palácio e o que se passa lá fora é que preocupa. Existe algum país da comunidade europeia que considere um exemplo político a seguir? Ah, cada país é um caso próprio, porque cada país tem as suas qualidades, os seus problemas. Há países onde nós chegamos e dizemos isto funciona. Em Portugal não, porquê? Porque enquanto há países que já investiram na educação, há 100 anos que vêm investindo na educação, onde há 100 anos as pessoas todas sabiam ler e escrever não havia analfabetismo, em Portugal, até há muito pouco tempo ainda havia percentagens de 80% de analfabetismo. Agora eu gosto muito de países que investem sobretudo na educação e que investem na educação pública, ou seja a educação é uma obrigação do estado. Num país como a Finlândia, por exemplo, não há escolas privadas, todas as escolas são públicas, porque se entende que todos os jovens, sejam ricos ou pobres, têm os mesmos direitos e portanto vão todos para a mesma escola e a escola tem é que ser boa. Há estas medidas que são desenvolvidas nestes países, mas cá está na Finlândia não têm analfabetos há mais de um século, enquanto Portugal tem 20% de analfabetos e, por isso, temos que adaptar as políticas às realidades. Estamos a ser bem ou mal governados? Eu sou do Partido Socialista que apoia o governo e portanto a minha resposta

devia ser que estamos a ser bem governados. Eu acho que há medidas que são boas, que estão a ser bem tomadas, há outras que provavelmente deveriam ser melhores. O governo tem resolvido alguns problemas, mas ainda não conseguiu resolver outros, são situações muito complicadas, as pessoas têm que ser convencidas que não basta o governo governar, não basta fazer leis, têm que ter a consciência de que é preciso entender as coisas de outra forma. Por exemplo, as leis proíbem que se estacione os carros mal estacionados, no entanto vêm-se carros mal estacionados. Ora bem, são os próprios cidadãos que não se preocupam com isso. É importante termos a noção de que o país são os cidadãos e o governo tem que fazer o melhor para que os cidadãos estejam melhor do que dantes, mas nem sempre se consegue. Há medidas que são correctas, ainda bem que são tomadas, há medidas que provavelmente não são as melhores e é preciso corrigilas. Temos que ser sempre críticos e vocês têm um papel muito importante que é chamarem a atenção daquilo que se passa menos bem, para que daqui por diante se passe melhor. Existe uma diferença entre o país anunciado pelo executivo e o país real? Existem muitas diferenças sim! Muitas vezes quando partimos para a resolução de um problema, pensamos que o problema é de uma maneira, portanto de um determinado contorno, de uma determinada dimensão, quando começamos a tratar do assunto verificamos que há realidades que não se conheciam: “Ah vamos resolver este problema assim”, mas depois vemos que provavelmente teremos que o resolver de outra maneira, porque o problema é outro. Quando se fala no défice, por exemplo, quando o actual governo entrou em funções pensavase que o défice tinha um determinado valor depois, começou-se a fazer as contas e chegou-se à conclusão que era maior e portanto o

programa que estava feito para uma determinada realidade teve que ser alterado. Mas é assim que acontece, nós temos é sempre que pensar que o país que encontramos tem que ser melhor quando nós sairmos, ou seja, nós temos que dar o nosso contributo. Eu, enquanto deputado, tu enquanto aluno, provavelmente mais tarde como jornalista, ou como médico, ou como deputado, ou como ministro. Nunca se sabe. O importante é dar o teu contributo à tua medida, para que o país que tu entregas aos outros seja melhor do que aquele que tu recebeste. Quais as áreas que considera necessitarem de uma intervenção política mais urgente em Portugal? É aquelas em que já se está a ter, a educação, a saúde, ou seja, o apoio ao cidadão, a criação de condições para que o cidadão possa exercer e ter os seus direitos e também cumprir os seus deveres. Um país que não tenha gente com boa educação, que não tenha gente com boa saúde, não é de certeza um bom país. A partir daí vem tudo. Um país que tenha um bom sistema educativo vai ter bons profissionais, vai ter bons gestores, vai ter bons políticos, vai ter bons médicos, etc. Um país que tenha cidadãos doentes, com problemas e que não têm acesso aos cuidados da medicina… bom, esse país não está a ter cidadãos felizes e sem cidadãos felizes não temos cidadãos a produzir, por isso, a educação e a saúde são fundamentais. O resto vem naturalmente. Qual é a primeira urgência para Portugal? A primeira urgência para Portugal continuo a achar que é educação, devíamos investir tudo na educação, porque são vocês que agora têm 14, 15 anos, que daqui a 20 anos vão estar no poder e portanto vão tomar as decisões para o país. Há que decidir se se faz estradas, ou se se faz pontes, ou se constrói hospitais, como é que vai ser o sistema educativo etc. E, portanto, vocês têm que ter uma boa

formação para depois poderem governar bem o país. Cada um à sua medida. Há muito que se diz que a democracia está em crise. Que está a correr mal com a democracia portuguesa? A democracia não está em crise, a democracia nunca está em crise, ou seja, há eleições, os cidadãos votam, escolhem o Presidente da Republica, escolhem a Assembleia da Republica, o governo. Há as câmaras municipais e portanto esse aspecto funciona. O que acontece muitas vezes é que os políticos podem não interpretar correctamente a vontade do povo. O que leva a que muitas coisas não corram bem é os políticos estarem fechados no palácio, no ministério e não virem cá para fora saber o que é que se passa e, por isso, o que é preciso fazer para que as coisas corram bem é que quem governa tenha um conhecimento real do país, isso é que é fundamental, porque se tiver um conhecimento real do país, sabe o que deve alterar para que as coisas fiquem melhores e sabe por onde deve ir para que as pessoas se sintam bem. É isso que é política. Que papel devem desempenhar os políticos em alturas de crise? Os políticos devem estar sempre ao lado do povo, porque são os seus representantes. Quando há uma situação de crise, ou é por uma razão natural, um terramoto ou um tufão, ou um incêndio florestal, qualquer fenómeno desta natureza, mas pode acontecer outro provocado por uma crise económica, como está a acontecer actualmente a nível mundial. Portanto os políticos têm que estar sempre do lado do povo, porque eles existem em função do povo. Há grandes descontentamentos e abstenções galopantes. O que é que faz mais falta distinção ideológica ou lideres fortes? É preciso, quando se fala em ideologia, estar-se a falar das ideias que as pessoas têm para resolver o mesmo


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“Quem não trabalha não pode chegar ao topo.”

Como é que se acrescenta confiança ao sistema democrático? É sobretudo quem é eleito corresponder àquilo que prometeu cumprir! Porque se eu prometo e não cumpro, as pessoas não acreditam mais em mim. A crise que muitas

vezes existe entre os cidadãos e quem governa deriva daí, do facto das pessoas se sentirem enganadas e então o que é necessário é as pessoas assumirem sempre o seu compromisso. Concorda com os que dizem que somos um povo que não ama suficientemente a liberdade e que os ideais do 25 de Abril estão a cair no esquecimento dos nossos governantes? Não, não é verdade. O que acontece é que os ideais do 25 de Abril têm é que serem vistos no tempo em que foram criados: tínhamos uma ditadura, tínhamos uma guerra colonial, tínhamos 80% da população analfabeta. Os ideais de Abril vieram tentar acabar com isso. Ora bem, felizmente já há muitos resultados e neste momento alguns ideais de Abril já não fazem sentido, porque já estão concretizados. Todos os cidadãos portugueses têm direito à educação. No meu tempo era obrigatória só até ao 4ºano. Agora todos os cidadãos têm direito ao sistema nacional de saúde. Há ideais do 25 de Abril que já estão concretizados e, portanto, as pessoas não sentem necessidade de lutar por eles, porque já não é preciso, já existem. É preciso garantir sempre a liberdade os cidadãos, o acesso à possibilidade de descobrir a sua vontade, isso que é fundamental e muitas vezes falha, mas aí o vosso papel é importante,

o vosso de jovens, o meu de cidadão, de todos vós é reivindicarmos o nosso direito á liberdade de expressão. Aristóteles afirma que “Todos aqueles que meditam na arte de reger o mundo, sabem que o destino dos impérios depende da educação dos jovens”. São palavras sábias, não acha Sr. Deputado? É verdade, e eu não sabia que ias utilizar essa frase, mas já os gregos sabiam que se não educarmos os jovens não teremos futuro e nós hoje, 3 mil anos depois, ainda andamos a discutir isso. Não é preciso ter ideias novas, é preciso é cumprirmos a ideia fundamental que é a da qualidade da democracia. A qualidade do estado depende da qualidade dos cidadãos e a qualidade dos cidadãos depende do sistema educativo. Se nós tivermos uma boa educação, um bom sistema educativo teremos de certeza bons cidadãos e um país bem governado. Então como interpreta o descontentamento que se instalou na instituição escola e em todos os que estão integrados nela, alunos incluídos? O que acontece é que durante muito tempo se criou a ideia que a escola era um lugar para as pessoas estarem a brincar, para os meninos estarem a brincar, não é! A escola é um local de trabalho para os professores

Onde podemos nós os jovens que aqui estamos hoje e todos os outros espalhados por esse país fora ir buscar os exemplos, a garra, a confiança num futuro de sucesso que cada vez mais nos foge? Vocês têm é que acreditar em vocês, naquilo que os vossos pais vos dizem, os vossos professores vos dizem. O que é bom para vocês é estudarem, é serem bons, é serem honestos, é serem leais com os outros. Tudo isso é importante, mas sobretudo é vocês terem confiança em vocês próprios. Tu, por exemplo, queres ser médico, mas num determinado momento dizes “Não! Eu estou melhor para fazer uma outra coisa.” Investires nisso tu próprio, descobrires no que podes ser bom. Vais trabalhar para isso e teres confiança em ti próprio, isso é fundamental. Que anda a ler? Olha, neste momento, estou a ler vários livros. Eu sou daquelas pessoas que lêem vários livros ao mesmo tempo

e estou a ler o último livro do José Cardoso Pires que foi publicado recentemente, vários anos depois da sua morte. Foi um livro que ele tinha deixado inédito. E estou a ler outros livros, como o de um escritor cubano Senel Paz, No céu com Diamantes, onde ele conta como se vive, como era a sua juventude, a sua adolescência, o seu período escolar em Cuba, sob o regime de Fidel Castro. Todas aquelas medidas, aqueles truques que os jovens inteligentes, espertos, com confiança neles próprios que estavam e que estão ainda numa ditadura conseguiam desenvolver para sobreviverem. Faz desporto? Desporto propriamente não faço. Vou três vezes por semana a um ginásio nadar um bocado, faço alguns exercícios, mas às vezes não posso porque tenho compromissos. Por exemplo hoje de manhã era para ter ido ao ginásio fazer um bocadinho de exercício, mas como a minha colega que iria estar aqui teve um problema familiar, não pôde vir, eu vim substitui-la e portanto não fui. Mas no essencial faço o possível por andar, andar de bicicleta, nadar, fazer um pouco de exercício para me manter saudável. Estando perante uma plateia que o desconhece, como se apresentaria? Que auto-retrato faria? Eu sou um professor a quem um dia perguntaram se não queria dar uma ajuda para que o nosso país ficasse um bocadinho melhor. Disse que sim, deixei a minha vida profissional e estou a dar o meu contributo, porque dantes eu dizia “os políticos são maus, são incompetentes”. Quando um dia me disseram “então vem dar uma ajuda”, se eu dissesse que não, não estava a ser coerente. Quando acabar esta actividade e voltar à minha actividade profissional normal fico com a minha consciência tranquila, ou seja, num determinado momento, quando me pediram para dar o meu contributo eu disse estou aqui, dei o meu contributo bom ou mau, mas foi aquilo que eu pude dar.

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problema. Eu posso achar que resolvo um problema de uma maneira e tu podes achar que resolves doutra e cada um tem a sua própria ideologia e vai tentar aplicá-la. Agora também é necessário ter em conta que muitas vezes há medidas que têm que ser tomadas mas são desagradáveis. Por exemplo, eu gostaria de ter sempre um lugar para parar o meu carro à porta de minha casa, ir a uma loja e ter lá um lugar para estacionar. Existem leis e as leis têm que ser cumpridas. Ora se muitas vezes os cidadãos não cumprem então ai tem que haver uma liderança forte que diga não é assim porque é a lei que manda. Não podemos restringir, ou seja, o ideal seria não haver lideres fortes, não haver poder autoritário e as coisas funcionarem normalmente como funcionam nas nossas casas muitas vezes, mas infelizmente isso não acontece então é necessário haver uma ideologia clara que defina o que é necessário fazer para resolver os problemas, melhorar o país e depois haver alguém com poder, com força para impor as leis para que todos as cumprem.

e para os alunos. O teu trabalho é estudar e a tua obrigação, enquanto aluno, é seres um bom aluno para depois seres um bom profissional. Ora ao longo do tempo criaram-se hábitos, maus hábitos, porque eram maus hábitos que davam prazer. Era óptimo não ter aulas, ter o furo e ir jogar matraquilhos não?! Agora isso não acontece as pessoas não têm aulas vão aprender outras coisas, são as aulas de substituição, portanto criaram-se, resolveram-se, ou acabaram-se com alguns direitos que não eram justos e isso provocou algum descontentamento. Mas é necessário ver o que é que a escola é hoje e o que é que era, por exemplo, com os teus pais de certeza que era completamente diferente. Esse descontentamento enfim tem alguma justificação, mas que pode ser um bocado injusta, sobretudo é preciso ver porque é que as pessoas tão descontentes, se calhar, têm que trabalhar mais do que aquilo que queriam, mas quem não trabalha não pode chegar ao topo.

GENTE EM ACÇÃO

[ENTREVISTA]

LUÍS FAGUNDES (DEPUTADO)

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[PROJECTOS E CLUBES] “PARLAMENTO DOS JOVENS”

Os nossos deputados na Assembleia IMPRESSÕES DOS NOSSOS DEPUT ADOS DEPUTADOS Rúben Gonçalves (8º A) Depois da eleição das listas, a sessão escolar dos deputados das duas listas, foi à sessão distrital no Fundão, onde se escolheram as escolas que iriam representar o círculo de Castelo Branco. A nossa escola também estava incluída. Foi a vez da sessão nacional. O 1º dia das nossas colegas no Parlamento Jovem começou pela discussão das ideias na sua comissão parlamentar que abrangia o círculo de Castelo Branco, Coimbra, Braga, Viana do Castelo e Vila Real. A sessão da Comissão Parlamentar iniciou-se pela apresentação dos projectos dos vários círculos que esta abrangia. A apresentação das medidas foi começada pelo círculo de Braga, de seguida foi a apresentação do círculo de Castelo Branco, a seguir a esta apresentação foi a vez do círculo de Coimbra, os dois últimos foram os de Viana do Castelo e Vila Real. Depois da apresentação dos projectos deu-se o esclarecimento de dúvidas. Nesta segunda fase Viana do Castelo e Castelo Branco foram as mais atingidas. A segunda parte deste ponto foi a apreciação dos projectos, com Viana do Castelo a começar e Vila Real a finalizar. A terceira fase foi a votação dos projectos. Cada deputado tinha que votar em 2 projectos. A classificação foi a seguinte: Braga com 16 votos, Coimbra com 14 votos, Vila Real com 11, Castelo Branco com 10 e Viana do Castelo com 9. Depois disto, os jornalistas fizeram uma visita guiada pela Assembleia

Cátia Afonso (9º A) passando por várias salas, como por exemplo os Passos Perdidos e a Sala do Senado. Quando chegámos à sala da nossa comissão parlamentar já se tinha dado o debate de ideias e iniciouse a eleição do relator. Para relator havia 1 candidato de Braga, 2 de Viana do Castelo e 1 de Castelo Branco. Foi eleita a candidata de Braga. A última fase foi a selecção de 2 perguntas para apresentar no dia seguinte na sessão plenária, as eleitas foram: - Como se explica que cursos com médias baixas tenham tantas vagas? – Círculo de Braga. - Porque é que não se dão aulas de educação sexual, quando Portugal tem dos maiores índices de gravidez na adolescência da Europa? – Círculo de Castelo Branco. No 2º e último dia no Parlamento Jovem foi a sessão plenária onde todos os círculos se juntaram para formatar o projecto que vai ser apresentado aos deputados da Assembleia da Republica. O Dr. Jaime Gama, Presidente da Assembleia da Republica iniciou a sessão falando da importância do tema “Energias Alternativas e Preservação do Ambiente”, de seguida o deputado Augusto Santos Silva falou sobre a importância deste projecto “Parlamento Jovem”. Depois foi a apresentação dos projectos das comissões parlamentares, de seguida foi o esclarecimento de dúvidas e a apreciação dos projectos, depois foi a votação dos projectos. No final desta fase foi o debate de ideias e mesmo para acabar fizeram-se os agradecimentos de cada círculo.

A nossa ida à Assembleia da República pela primeira vez, como representantes do distrito de Castelo Branco, foi algo de espectacular... Foram 2 dias onde vimos o que realmente o deputado tem de trabalhar e o quanto custa esse trabalho. No primeiro dia, foi o debate das propostas de recomendação apresentadas por cada distrito que fazia parte da comissão em que ficámos inseridos, que neste caso foi a 2ª Comissão, da qual também fizeram parte Coimbra, Viana do Castelo, Braga e Bragança. Foi espantosa a

forma como estes defendiam as suas propostas, mas claro há sempre um que ganha e neste caso foi Braga, pois apresentava as melhores recomendações e defendeu melhor as suas propostas. No final deste debate, fomos encaminhados para a pousada da juventude do Parque das Nações, onde jantámos. Depois de jantar fomos ver uma peça de teatro que falava da vida dos adolescentes hoje em dia... Já um pouco cansados fomos para o INATEL, em Oeiras, onde ficamos alojados até ao dia seguinte que viria a ser um pouco mais cansativo. Durante

todo este dia conhecemos pessoas novas, representantes de outros distritos de Norte a Sul do país e até dois jovens que vinham da escola portuguesa de Macau. Estes amigos que conhecemos eram muito interessantes e simpatizaram facilmente connosco. É chegado o dia 20 de Maio, dirigimo-nos para a Assembleia da República onde se deu a discussão e votação das propostas. Foi um pouco cansativo visto que não tínhamos muito a fazer, mas é sempre algo a recordar. Adorei esta experiência como deputada. É pena não ter durado mais tempo.

eleitas; a felicidade gerouse. Dia 19 de Maio lá fomos nós para Lisboa, Assembleia da República. No início ia tudo um pouco “morto”, mas quando chegámos tudo mudou. Foi super engraçado, passámos por um processo parecido com o da distrital, foi escolhido um projecto. No fim deste processo todo fomos lanchar e fomos até ao Vasco da Gama para fazer tempo até ao jantar. Depois do jantar assistimos a uma peça de teatro super divertida e interactiva que se chamava “Adolescentes na hora H”. Depois fomos para o INATEL de Oeiras onde

nos distribuímos pelos quartos e onde passámos uma noite divertida e animada. Dia 20, lá regressámos nós, bem de manhã, à Assembleia da República, onde contactámos com deputados da nação e claro, os deputados jovens de todo o lado. Discutimos projectos, votamos, criticámos e apoiámos. A hora de almoço serviu como despedida daqueles que se tinham tornado nossos verdadeiros amigos. De regresso a casa tudo dormiu no autocarro. Foi uma grande experiência e uma grande aventura que eu adorei.

Rita Afonso (9º A) Tudo começou com a criação das listas na Escola, apenas duas listas se inscreveram, houve a campanha, até que chegou o dia da votação. Na contagem dos votos a minha lista (lista W) ganhou. Foi uma fase bastante divertida, e que nos deu a possibilidade de aceder à fase distrital. Nesta etapa eu já conhecia uma das raparigas que também participava, pelo que foi muito mais fácil conviver e fazer amizades. Aconteceu de tudo lá: troca de projectos, eleições, convivências…entretanto foi escolhido um projecto para a fase nacional e fomos


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OS PORQUÈS DA...

A POLUIÇÃO

Agricultura Biológica Prof. Fernando Ferreira

Prof. Fernando Ferreira se, excepto o metaldeído utilizado no combate a lesmas e caracóis. Utiliza sim químicos menos agressivos, mas estes são um último recurso, e no combate a pragas e doenças procura técnicas culturais tais como a rotação de culturas, consociações, plantas armadilhas, não destruição de habitats, promovendo os inimigos naturais de pragas e doenças, gerindo as culturas, procurando cultivares resistentes, de modo a que os químicos utilizados sejam um último recurso. Os adubos utilizados também estão sujeitos a normativos técnicos muito rigorosos, e não podendo ser de síntese. Em agricultura biológica é de grande importância a conservação da fertilidade dos solos. Daí que um aspecto de relevo seja a compostagem de resíduos. Através desta obtemos matéria orgânica, necessária à fertilização das plantas e à conservação da fertilidade dos solos, e eliminamos resíduos de várias origens. De acordo com os normativos técnicos em vigor as lamas das ETARs não são passíveis de utilização neste modo de produção. Ao utilizarmos o composto, o solo fica mais rico em nutrientes e em matéria orgânica, produzindo maiores e melhores colheitas, promovendo a sua própria vida microbiana. Trata-se de uma técnica cultural com bases científicas, sem qualquer justificação filosófica, (os consumidores e produtores deste tipo de agricultura é que, geralmente, adoptam determinadas filosofias de vida; mas não é a agricultura biológica, com ou sem compostagem, que possui o que quer que seja de misterioso). Há um aspecto impor-

tante a realçar: os produtos biológicos normalmente são mais caros. Tem sido uma agricultura de luxo, de um estrato social com algum poder de compra. Contudo, nos produtos convencionais, há custos que não aparecem reflectidos no preço de mercado. Há a não conservação do ambiente, a poluição, a não conservação de águas, solos e paisagens, a influência na nossa qualidade de vida e a relativa pequena dimensão desta agricultura. Exemplificando: Portugal tem a agricultura mais pobre da Comunidade e, ao mesmo tempo, a mais poluente. Por outro lado há a considerar algumas décadas de investimento em agricultura convencional, nomeadamente em investigação. Muitos aspectos da agricultura biológica só agora começam a ser olhados com a atenção que lhes é devida. Mas falamos de agricultura biológica e não necessariamente, embora seja importante, dos subsídios ligados aos vários tipos de agricultura, sem esquecer que o modo de produção biológico obriga a uma muito maior preparação técnica por parte de quem a pratica, ou sobre ela tem de decidir, comparativamente a outros modos de produção.

Os vários aspectos da poluição e dos valores ambientais são uma responsabilidade de todos. Todos temos direito à qualidade de vida, incluindo a ambiental. É um direito de cidadania. Por outro lado os problemas ambientais são, também, um custo suportado por todos. Teve-se, ao longo do tempo, como um dado adquirido que havia recursos inesgotáveis: é o caso da disponibilidade de água e do ar que todos consumimos. Mas estes recursos, embora renováveis, são finitos, pelo menos a médio prazo. No estádio actual de industrialização das nossas sociedades está em causa a disponibilidade dos mesmos, e os custos que lhes estão associados são pagos por todos nós. Os produtos que consumimos já incluem esses mesmos custos de forma directa ou indirecta e podem reflectirse na obtenção de outros bens. Tomemos, por exemplo, o caso da água. O consumo da mesma na obtenção de papel ou na agricultura reflecte-se nos custos da obtenção de água potável, para consumo humano. Todos temos o direito à qualidade de vida, nas suas várias vertentes; por outro lado, enquanto cidadãos e consumidores, as questões económicas ligadas ao

ambiente têm um peso significativo no nosso orçamento familiar. Resumindo: todos temos o direito e o dever de, no nosso dia-a-dia, exigirmos uma cidadania responsável. Que fazer? Muita coisa, começando pelos nossos pequenos gestos diários. Exemplificando: - poupando água preferindo o duche ao banho de imersão, não deixar a torneira a correr quando lavamos os dentes ou fazemos a barba, usar o autoclismo apenas o necessário, controlar a quantidade de água utilizada quando regamos o jardim e a horta ou quando lavamos o carro; - poupando energia desligando as luzes ou o aquecimento sempre que possível, andando a pé quando viável, preferindo o transporte público ao particular, utilizando a bicicleta; - reciclando todo o lixo possível, poupando energia e matérias primas, muitas delas não renováveis e que, muitas vezes, o nosso País importa. E custa muito deitar o lixo nos locais adequados? Poupamos o trabalho dos outros, libertando-os para outras tarefas, e contribuímos, no mínimo, para um melhor aspecto visual dos nossos espaços públicos.

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Há dois grandes motivos para a importância de promover a agricultura biológica: a saúde humana e a poluição ambiental. Uma das componentes da nossa saúde é a qualidade da nossa alimentação. Se a nossa alimentação for saudável estamos a promover um aspecto da nossa qualidade de vida. Na agricultura dita convencional não se afirma que os alimentos estão isentos de químicos. Diz-se que os limites admissíveis têm de estar abaixo de determinado valor (normalmente expresso em p.p.m.; partes por milhão). Sabe-se que ao utilizar um determinado químico, por exemplo no combate a uma praga, este não se degrada na sua totalidade, admitindo-se que os alimentos possam ser ingeridos se os resíduos do químico em causa forem abaixo de tantas p.p.m. Estes químicos serão retidos, no todo ou em parte, principalmente pela nossa gordura corporal, considerando-se que, até certo valor, o nosso organismo não será afectado. A poluição ambiental é um outro aspecto. Ao utilizarmos químicos, por exemplo fertilizantes ou pesticidas, estamos a contaminar os solos e a água. Os químicos não são totalmente utilizados pelas culturas e/ou degradados em substâncias inofensivas. Ficam retidos no solo, lixiviados pela água, absorvidos por outras plantas ou entrando na cadeia alimentar de outros seres vivos. Afectamos a qualidade do ambiente e, por vezes indirectamente, entrarão na nossa alimentação através, por exemplo, dessas cadeias alimentares. A agricultura biológica, contrariamente ao que se pensa, não é uma agricultura sem químicos. Não utiliza é químicos de sínte-

Um imposto invisível

GENTE EM ACÇÃO

[CLUBE DA FLORESTA]

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[ACTIVIDADES] ALUNAS DO 9º A FAZEM...

COZINHEIROS...

Livros a brincar

Em ponto pequeno

Prof. Margarida Pires

Frutas diversas, lavadas e descascadas... com chocolate e manteiga derretidos... Prof. Margarida Santos; F. Ferreira

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Para ensinar a aprender é preciso saber motivar as crianças e um livro pode ser um bom brinquedo. Foi com base nestas ideias que as alunas do Ensino Especial Carla de Jesus e Mónica Tomás desenvolveram na disciplina de Educação Visual livros que ensinam as cores, o nome dos animais e formas simples aos mais pequeninos. Estes livros, concebidos num material esponjoso muito apelativo ao toque, apresentam desenhos de animais e formas básicas muito simples e com um ar simpático, associadas às

cores. Pretende-se que com a exploraçao destes livros as crianças dos 2 aos 4 anos, que estas alunas auxiliam na Creche da Santa Casa de Misericórdia, aprendam e relacionem novos conceitos de uma forma simples e muito divertida. Para estas alunas também este trabalho foi muito divertido... como devem calcular, também quem faz brinquedos se farta de brincar! Às minhas alunas envio um grande beijo, deixo os parabéns pelo vosso trabalho e desejo toda a sorte do mundo.

Os Arquitectos Prof. Margarida Pires Foi com grande surpresa que toda a comunidade escolar contemplou os trabalhos / maquetes que os alunos do 9ºA tiveram em exposição durante o 3º Periodo no polivalente da escola-sede. Os trabalhos apresentaram as propostas de remo-

delação do espaço da sala 10 com outros propósitos que não o de sala de aula. Desenvolvidos no âmbito dos conteúdos da disciplina de Educação Visual, estas maquetes foram o resultado final de um projecto de arquitectura que contemplou diversas fases, nomeadamente o levantamento métrico, desenhos técnicos e perspectivas à escala,

Inspirados pelo tema “Alimentação e hábitos de vida saudável”, os alunos do 5ºA aproveitaram as aulas do 3º Período de Área de Projecto para pôr as mãos na massa e já agora, mimar saudavelmente os respectivos estômagos. Foi uma experiência de fazer chupar os dedos. Todos aprenderam que, de uma forma simples e criativa, podemos fazer refeições variadas, saudáveis e equilibradas. Também aprenderam algumas normas de higiene e segurança que devem ser tidas em consideração. Agora já não há desculpas! Esperamos que os nossos pequenos cozinheiros aproveitem as férias para inventar e apurar algumas receitas boas e saudáveis. Para o ano cá estaremos, desejosos de provar e comprovar que também na cozinha nos podemos aplicar e, com isso, conseguir doces resultados.

pesquisa de espaços, estudo de ideias, análise ergonómica e de percusos de funcionalidade. O empenho dos alunos foi variando com o desenvolvimento das referidas fases, mas cada um à sua maneira conseguiu deixar bem definido o sentido estético com que mais se identifica. É certo que deu muito trabalho, mas para quem fez ou para quem já viu, digam lá se não valeu a pena?

... e temos a sobremesa perfeita: Espetadas de fruta cobertas com fios de chocolate Em baixo: vegetais frescos, lavados e cortados, com fruta e leite liquidificados... e temos o lanche ideal: batido de fruta com sandes de delícias!


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PARTE 2 - CONTINUAÇÃO DO Nº 47

A segurança na Internet Prof. Hélder Rodrigues net; · Contactos potenciais por parte de pessoas mal intencionadas, que usam o email, salas de chat, instant messaging, fóruns, blogs, jogos on-line, telemóveis ou outros recursos para ganharem acesso fácil a crianças e jovens e que poderão desejar-lhes mal e enganálas; · Comércio electrónico: as práticas comerciais não-éticas que não fazem distinção entre o que é informação e publicidade, podem enganar crianças e jovens, a promover a recolha de informações que violem a sua privacidade e promover a venda directa (recolha não autorizada de dados pessoais de crianças e jovens sem autorização dos pais); · Comportamentos irresponsáveis e compulsivos que aliados ao excesso de tecnologia, podem resultar na redução da sociabilidade e do aproveitamento escolar, podendo mesmo conduzir à dependência; · Copyright – a cópia de conteúdos da Internet sem autorização do seu legitimo dono, no qual se inclui a violação dos direitos de autor, resultante da cópia, partilha, adulteração ou pirataria de conteúdos protegidos pela lei, tais como programas de computador, texto, imagens, ficheiros de áudio e/ou vídeo, para fins particulares, comerciais ou de plágio em

trabalhos escolares ou outros. O errado não é utilizar a Internet, errado é utilizá-la irresponsavelmente e sem as perfeitas condições de segurança. É da inteira responsabilidade dos alunos, pais, professores, auxiliares de acção educativa e restantes elementos da comunidade educativa prevenir e criar condições para que o uso da Internet cause o mínimo de efeitos negativos nos seus utilizadores. O telemóvel, sendo um canal de comunicação cada vez mais em voga, e que permite, entre outros serviços, o acesso à Internet, deve ser tomado como uma forma de disseminação de todos os perigos que o uso da Internet traz, sendo, por isso, preciso ter em atenção o uso descuidado por parte das crianças e jovens. Em jeito de sugestão / conselho: quando no uso normal da Internet, não se sabe como determinado programa ou aplicação funciona, ou o resultado final que se vai obter ao accionar o mesmo, é preferível parar e pensar. Pensar significa perguntar a alguém que conhecemos e que tenha mais conhecimentos que nós, para nos dar conselhos sobre a correcta utilização da Internet e práticas seguras de utilizar a mesma.

Sites da Edição No seguimento das dicas fornecidas no artigo desta edição, sugerem-se dois sites onde se podem encontrar algumas dicas que os alunos, pais, professores e escolas devem seguir para que a utilização se torne segura, pois a segurança depende de todos. Desmistificando o conceito de jogar na Internet, sugere-se nesta edição um jogo promovido pela União Europeia, onde é promovida a utilização responsável da internet através de um jogo pedagógico.

http://dadus.cnpd.pt/

“Promove a sensibilização para a necessidade emergente da protecção de dados na Internet.”

http://www.wildwebwoods.org/ popup.php?lang=pt

“Jogo interactivo que promove a utilização responsável da Internet”

E-Mail: gente_vvr@megamail.pt

Na continuação do artigo da última edição do jornal escolar Gente em Acção, com o título “A Segurança na Internet”, vamos, nesta edição, continuar a falar do mesmo tema, pois é cada vez mais pertinente e nunca é de mais abordá-lo. Navegar na Internet pressupõe uma série de regras a serem seguidas pelas pessoas mais inexperientes nestas aventuras. A segurança e bem-estar das crianças e adolescentes na Internet é hoje da responsabilidade das famílias, escolas e comunidades, sem esquecer as campanhas de sensibilização que os governos, empresas do sector das tecnologias de informação e órgãos de comunicação social têm desenvolvido em torno da temática da “Segurança na Internet”. A União Europeia encontra-se, de momento, a desenvolver campanhas de sensibilização para os cuidados a ter na utilização segura da Internet, as preocupações com os perigos associados à sua utilização por crianças e jovens. Os perigos reais podem ser divididos em cinco categorias: · Conteúdos impróprios, legais e ilegais, tais como pornografia, violência, ódio, racismo e outros ideais extremistas, que estão facilmente acessíveis a crianças e jovens através da grande rede que é a Inter-

GENTE EM ACÇÃO

[CENTRO DE RECURSOS | T.I.C.]

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[VISITA DE ESTUDO AO OCEANÁRIO]

JI Fratel

Desenhos de Bárbara (à esquerda) e Sara (acima)

Impressões (através de textos e desenhos) da visita de estudo ao Oceanário (Lisboa) no dia 16 de Maio.

E-Mail: gente_vvr@megamail.pt

JI Sarnadas de Ródão


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Ser criança é... [Ilustração de Pedro, JI V. V. Ródão]

Ser criança é... [Ilustração de Gonçalo, JI V. V. Ródão]

Ser criança é... [Ilustração de João Barateiro, JI V. V. Ródão]

A profissão do meu pai [Iliustração de Sara, JI Fratel]

Ilustração de André Filipe [EB1 Fratel]

E-Mail: gente_vvr@megamail.pt

JI Sarnadas de Ródão

GENTE EM ACÇÃO

[A PÁGINA DOS MAIS PEQUENOS]

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[A PÁGINA DOS MAIS PEQUENOS] UM DIA DIFERENTE

A nossa visita de Estudo a Sintra EB1 Fratel No dia 6 de Junho, nós, os meninos da Escola de Fratel, fomos até Sintra. Connosco também foram as outras turmas do 1º Ciclo pertencentes ao Agrupamento de Vila Velha de Ródão. As Juntas de Freguesia de Fratel, Sarnadas e Vila Velha de Ródão concederam-nos o transporte e lá fomos nós todos contentes. Como as estradas são

boas, chegámos depressa a Sintra. Sintra é uma vila pertencente ao distrito de Lisboa. É uma zona lindíssima. Pudemos ver serras cobertas de vegetação e também planícies. Soubemos que os romanos habitaram esta zona e chamavam à serra de Sintra “Montanhas da Lua”. Foi conquistada por D.Afonso Henriques aos

Mouros, logo após a tomada de Lisboa. Como não tínhamos muito tempo, visitámos apenas o Museu do Brinquedo. Aqui estão expostos os mais variados brinquedos, de várias épocas! “Vejam que até conhecemos o senhor que coleccionou os brinquedos e mandou fazer o Museu, até falámos com ele!”. Depois desta visita fomos até à praia das Maçãs. Aqui ainda deu para brincar na areia e molhar os pés. Regressámos contentes e um pouco cansados. Gostámos muito desta viagem pelo convívio e pelas coisas novas que vimos e aprendemos. Aqui deixamos algumas curiosidades acerca desta bonita vila de Sintra:

Curiosidades EB1 Porto do Tejo (1º/2º anos) Se os passarinhos soubessem Quando era quinta-feira d´Ascensão Não comiam nem bebiam Nem punham as patinhas no chão.

E-Mail: gente_vvr@megamail.pt

Da Páscoa à Ascensão Quarenta dias são.

Chuvas na Ascensão Das palhinhas fazem pão.

Na quinta-feira da Ascensão, Dia da Espiga, costuma apanhar-se a espiga e cada elemento do ramo simboliza um desejo: - A espiga de trigo simboliza o pão, a abundância; - A papoila representa o amor e a vida; - A oliveira simboliza a paz e o azeite; - O alecrim representa saúde e força. O ramo deve ser guardado por um ano.

- Gastronomia: pastéis regionais (“travesseiros”), cabrito assado e as famosas queijadas de Sintra. - Locais para mais tarde visitarmos: Palácio Nacional de Sintra; Palácio da Pena; Castelo dos Mouros.

O arco-íris EB1 V. V. Ródão (1º/2º anos) Se nós fossemos o arco-íris Antes do ano acabar Pintaríamos as emoções Para os corações alegrar… Vermelho – cor da paixão Do sangue, do coração Das unhas da minha tia E do clube do João… Cor de laranja – cor da alegria Cor da cenoura, da tangerina Do cabelo da Maria E da mochila da Sofia… Amarelo – cor do Sol Do calor, do girassol Do malmequer E da blusa da professora Ester… Verde – cor da esperança Das plantas, da frescura Do clube do Sebastião E do meu coração… Azul – cor da calma Do mar, do céu Do planeta Terra E da fita do teu chapéu… Anil – cor da farda Do soldado Gil… Violeta – uma cor Que se perde no meio da paleta Que se encontra numa flor E no perfume da Julieta....


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EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA

Visita de Estudo a Espanha Prof. Jorge Gouveia

Cada obra de arte é uma forma de interpretação da vida interpre-

Amélie (6º A) tação pessoal da vida e do próprio conceito de arte. Este foi talvez o sentimento que mais se pode perceber na visita ao Museu Vostell de Malpartida, onde as vivências de um artista de raízes judaicas, que cresceu no ambiente persecutório da Alemanha de Hitler, marcam a sua obra que faz uma interpretação da realidade presente e projecta a sua visão do futuro da humanidade, para um patamar em que a liberdade de decidir cada vez mais está condicionada, por meios que fortemente nos influenciam e brutalizam a nossa capacidade de reagir, enquanto seres racionais. Talvez as obras expostas nem sempre fossem de fácil compreensão para o público jovem que nos acompanhava, talvez não se enquadrassem no padrão estético que cada um de nós tem, contudo a mensagem era demasiado real e a sua interpretação não deixa dúvidas sobre a dura realidade que marca as nossas sociedades modernas às quais, paradoxalmente, chamamos de civilização. Pareceu-nos evidente que a civilização e a barbárie constituem realidades muito mais próximas do que provavelmente esperaríamos. Foi esta programação que quisemos proporcionar a todos os participantes e que, a par do convívio e da responsabilidade demonstrada por todos, mais sentimos dever destacar neste balanço da acção. Cumpre-nos ainda agradecer à autarquia e à paróquia de Ródão pelo apoio que disponibilizaram o qual, conjuntamente com o envolvimento dos alunos, professores, funcionários e pais, contribuíram decisivamente para o sucesso da actividade.

No dia 30 de Maio por volta das 7:30 da manhã, partimos de Vila Velha de Ródão para Alcântara. Quando estávamos em Espanha parámos numa ponte romana que já tem cerca de dois mil anos e aí pudemos tomar o pequenoalmoço, passear, tirar fotos e ver a barragem de Alcântara. Depois seguimos viagem até pararmos no centro histórico de Cáceres, onde pudemos ver monumentos muito antigos e bem conservados. Na viagem com destino a Malpartida de Cáceres, encontrámos uma capela, que tinha um relvado, dois muros e algumas rochas ao lado, então almoçamos logo aí. A nossa viagem seguiu até ao Museu, junto a um parque natural de grande beleza, no qual vimos vários lagos, muitos ninhos de cegonhas e alguns burros. Quando íamos a entrar para o museu vimos um mini e fofinho ouriço-cacheiro e tirámos-lhes muitas fotos. O Museu que visitámos situava-se numa antiga casa onde anteriormente se tosquiavam as ovelhas.

Depois a maior parte da lã era lavada e tratada para ser enviada para as fábricas da Covilhã. O Museu tinha algumas obras expostas. Estavam relacionadas com a presença do seu criador, Vostell, na segunda Guerra Mundial. No final da visita, ainda fomos para a cidade de Valência de Alcântara. Aí fizemos compras e lanchámos, quando terminámos, deu-se o regresso para Vila Velha de Ródão, que foi bastante divertido, uma vez que todos estávamos muito animados. Só tenho a acrescentar que gostei muito e os meus amigos também.

Ana Margarida (6º A) No Passado dia 30 de Maio de 2008, fomos a Espanha. Recordo especialmente a cidade de Cáceres, a qual na sua zona histórica é composta por inúmeras casas de pedra, museus, Igrejas e também algumas lojas. Em Malpartida de

Cáceres, enquanto esperávamos a abertura do museu, vimos um ouriço-cacheiro. Já dentro do museu pudemos ver uma torre feita de aviões, pianos, carros, e várias tecnologias expostas para alertar a nossas consciências. No regresso, parámos para comer e comprar caramelos. Gostei bastante desta visita.

Inês Canelas (6º A) Pessoalmente, adorei a viagem, foi muito interessante e divertida. Diverti-me muito e o mais engraçado é que na viagem foram vários professores, funcionários e também os nossos pais. O que mais gostei na visita foi da ponte romana, na qual parámos para comer o lanche da manhã. Também gostei muito de conhecer a zona histórica de Cáceres e do piquenique que fizemos, já todos estávamos a precisar de comer. Quanto ao Museu de Arte Contemporânea também foi engraçado ter tido a oportunidade de o conhecer.

E-Mail: gente_vvr@megamail.pt

O Departamento de Ciências Sociais e Humanas através da disciplina de EMRC e o grupo de Artes organizaram no passado dia 30 de Maio a habitual visita de estudo a Espanha, direccionada especialmente para os alunos que frequentam a disciplina e na qual participa a restante comunidade educativa. Este ano a iniciativa contou com um programa mais curto, pois contemplou apenas um dia, mas ainda assim rico e multifacetado. A componente histórica e religiosa estiveram bem presentes especialmente durante a visita à ponte de Alcântara, um extraordinário monumento arquitectónico que nos permitiu avaliar a capacidade criativa da civilização romana que nos deixou um legado que ainda hoje, passados 2000 anos, nos faz acreditar que “durará para todo o sempre”. Igualmente a visita ao Centro Histórico de Cáceres, cidade património da Humanidade, que conserva um conjunto de monumental bem conservado e de enorme riqueza e significado. Porque queríamos que este momento de aprendizagem estivesse atento a outro tipo de realidades educativas, a envolvência natural foi igualmente valorizada nesta visita pois a paisagem extremenha constitui um exemplo de integração harmoniosa entre a actividade humana e a componente natural e apresenta um mosaico paisagístico que serve de habitat para a vida selvagem, com destaque para as colónias de cegonha branca, a espécie mais representativa desta província espanhola.

GENTE EM ACÇÃO

[ACTIVIDADES]

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[ACTIVIDADES DO AGRUPAMENTO] 23 DE ABRIL

Dia Mundial do Livro Uma História

Prof. Luísa Filipe Abre-se o livro Em qualquer página E cabe nele um dia ou um ano, Cabe nele a sabedoria, O romance e a poesia, Cabe nele o conhecimento E a luz que nem do pensamento; Cabe nele tudo o que somos, Desde que gostemos de ler, Porque ler é aprender, Sendo também liberdade e prazer; Cabe nele o mundo inteiro, Escrito em computador Ou com a tinta de um tinteiro, E de tudo isso falará neste dia O leitor verdadeiro, Que do livro, por ser livre, Será sempre amigo e companheiro. José Jorge Letria, O Livro dos Dias, Âmbar O Dia Mundial do Livro comemora-se a 23 de Abril. Foi escolhida esta data pela UNESCO, entidade que teve a ideia desta celebração, a partir de 1995, com o objectivo de promover uma maior consciencialização

sobre a importância dos livros na nossa sociedade, sendo eles uma forma de expressão privilegiada da cultura e do pensamento humanos. Foi também nesta data e mais precisamente em 23 de Abril de

Visita de Estudo a Espanha

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Mariana Alves (6ºA)

Mais artigos na pág. 11

No dia 30 de Maio, os alunos do 3º ciclo e os alunos do 6º ano que têm EMRC, alguns professores e pais, foram a Cárceres. A saída do local de encontro (escola) foi às 7 e 30 da manhã. A primeira paragem foi numa ponte romana que está de pé há 200 anos, na qual os romanos escreveram: “para durar para todo o sempre”, e ainda hoje lá está. A segunda paragem foi em Cáceres, onde vimos a parte antiga da cidade. Tinha coisas impressionantes e bonitas. Fomos a um museu em que parecia que as pessoas feitas em barro tinham olhos verdadeiros e estavam a chorar. A terceira paragem (e a maior) foi perto de Cáceres, onde vimos um museu de arte. O homem que o remodelou era judeu e tinha sido vítima de ataques nazis, pois o museu transmitia imagens muito pesadas. Também neste museu, vimos o museu Fluxus, onde se diz que tudo o que existe à face da terra é arte. Finalmente, depois destas visitas, voltámos para Vila Velha de Ródão, onde chegámos por volta das 21 e 30.

1616 que faleceram dois autores famosos da Literatura Mundial – Cervantes e Shakespeare. Também nessa mesma data nasceram ou morreram outros autores tão famosos como Maurice Druon, Josep Pla, Manuel Mejía Vallejo ou Vladimir Nabokov. Um facto curioso ligado ainda a esta data é que ela celebrou-se em primeiro lugar na Catalunha, uma região de Espanha onde, no dia 23 de Abril dedicado a São Jorge, é tradição entregar uma rosa como presente com cada livro vendido nesse dia. Por este motivo esta data tão simbólica para a Literatura Universal foi escolhida pela UNESCO para prestar uma homenagem mundial ao Livro bem como aos seus autores, à importância e ao prazer da Leitura e aos horizontes que, graças a ela, se abrem a todos os leitores por esse mundo fora. A nossa Biblioteca desejou celebrar esta data precisamente entre os mais jovens, todos os alunos do 1º Ciclo, motivando-os para a Leitura precisamente através de uma história “O Lobo Culto” de Pascal Biet que, bem a propósito, conta a evolução de um lobo feroz, mas sem amigos, para um lobo que aprende a ler e que através da leitura evolui para um lobo com maneiras, educado e sobretudo feliz porque, através dos livros e das histórias ele vai conseguir conquistar um novo grupo de amigos e vão viajar pelo mundo contando as mais mirabolantes histórias encantando assim todos os que o escutam. Para além da história foi também oferecido um marcador com uma poesia alusiva a esta data.

Ana Moutinho (6º A) Uma história é um momento De imaginação Um conto que se conta Um sítio onde se habita Um momento de alegria Que se tira de uma gaveta. É um mundo invisível Que se sente mas não se vê É como olhar uma paisagem E sentir um vento suave Lindíssimo sentimento É como o voo de uma ave Tudo isso é uma história É uma magia que se lê Nos livros E quando é chegado o fim Eu sinto uma tristeza que entra em mim…

“Come a Sopa Marta!” JI Sarnadas

(a partir da leitura da história de Marta Torrão)

Ai a sopinha quentinha Sopa, sopa na barriga A Marta não quer a sopa Por ser verde coitadita Dá-lhe o sono e … vê ovelhas Com ervilhinhas na boca. A Marta não quer a sopa Mas que menina tão tonta!

Lengalenga EB1 V.V.Ródão (T. A) Quem comeu as ervilhas? A Alice no País das Maravilhas! Quem devorou as tortas? O Príncipe e o Gato das Botas! Quem trincou os melões? A Branca de Neve e os Sete Anões! Quem provou a beringela? A madrasta da Cinderela! Quem manjou o guisado? O Macaco do Rabo Cortado! Quem se deliciou com os docinhos? O Lobo Mau e os Três Porquinhos! Quem inventou esta louca história? Imaginação e historietas da nossa memória!


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PLANO DE EVACUAÇÃO DO AGRUPAMENTO

Simulacro

Prof. Joaquim Neto concentração foram proferidas umas breves palavras sobre a temática da Segurança a toda a Comunidade Escolar, por um elemento dos Bombeiros Voluntários de Vila Velha de Ródão interveniente no Simulacro e, também pelo Coordenador de Segurança do Agrupamento.

No passado dia 7 de Maio, pelas onze horas e quinze minutos, realizou-se na sede do Agrupamento o Simulacro integrado no Plano de Emergência, tendo por objectivo testar o comportamento dos elementos da comunidade escolar perante uma situação de emergência. Previamente foi preparado um cenário em que o Teatro de Operações, teve como zona central o Depósito de Gás, por ser um local onde existe algum risco, sendo simulada uma fuga de gás, seguida de explosão e incêndio. Foi solicitado a um aluno que permanecesse no local,

simulando ser vítima da explosão no sentido de “testar” o procedimento das forças de socorro. Após ter sido dado o alerta, todos os elementos da Comunidade Escolar agiram de acordo com as normas estipuladas no Plano de Emergência em vigor, decorrendo a evacuação sem qualquer tipo de incidentes. De salientar ainda a rápida e adequada intervenção dos Bombeiros Voluntários de Vila Velha de Ródão, bem como a colaboração dos elementos da Guarda Nacional Republicana e da Protecção Civil Municipal. No final e, no local de

Patrícia Ribeiro (7ºB) No dia 7de Maio, 4ª Feira, realizou-se, como todos os anos, o simulacro que nos ensina como havemos agir no caso de um incêndio. Quando a campainha tocou, saímos todos das respectivas salas e dirigimo-nos para o ponto de encontro (campo de jogos). Quando lá estavamos todos reunidos por turmas chegou toda a equipa dos bombeiros que nos demonstrou e explicou todos os procedimentos a tomar. Acabada a explicação, regressámos todos às salas, onde continuámos a ter aulas.

TALENTOS

Olhar através de uma pintura Joana Mendes (7ºB) Tu és como as rosas Do meu jardim, Com várias cores e tons; Cores que cheiram a jasmim; Rodeada de árvores do campo; Rios que nunca mais têm fim. Sim: Tu para mim és assim.

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[NOTÍCIAS DA ESCOLA | TALENTOS]

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Arco-Íris Patrícia Ribeiro (7ºB) Amarelo, azul, verde, rosa são as cores do teu mais belo interior que por não consequir explicar resolvi pintar. És tu a minha deusa, cabelos amarelos como o sol que brilham e reflectem as cores da mais infinita beleza da mais pura e devoradora natureza.

Menino Neste Dia dos Meninos Este poema te ofereço A ti Criança de Sonho Meu Encanto eu confesso.

Benjamim dos Meus Amores Teu Sorriso tem do Arco-Iris as Cores Teus Olhos das Estrelas o Brilho Menino Meu: Meu Sol, Meu Filho.

Fonte de Inspiração: o GUI Autora: a Mãe Momento: 1 de Junho de 2008 Dia Mundial de Alguns Meninos

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Vejo-te: Forte, Fiel, Fabuloso Giro, Genial, Gentil Amigo, Alegre, Amoroso Ninho de Habilidades Mil.


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[NOTÍCIAS] EM LISBOA

Plano de Acção para a Matemática O nosso Agrupamento esteve presente,no passado dia 7 de Maio, na Conferência Internacional sobre o Ensino da Matemática, com a apresentação de um poster alusivo à implementação do Plano de Acção para a Matemática nesta escola, o qual decorre essencialmente na Biblioteca da Escola. Neste trabalho foram divulgadas algumas estratégias e actividades desenvolvidas com os alunos, as quais têm como objectivo melhorar o nível de sucesso na disciplina de Matemática. A Conferência decorreu nos dias 7 e 8 de Maio, no Centro Cultural de Belém, e nela foram abordadas as temáticas relativas ao Currículo da Matemática, aos Projectos e boas práticas curriculares, aos materiais para o ensino da Matemática e à formação contínua de professores. Sendo a Matemática uma disciplina onde os alunos manifestam dificuldades, estas iniciativas procuram sobretudo abordar e debater o processo de ensino-aprendizagem, na expectativa de se conseguirem adoptar estratégias motivadoras e promotoras do gosto e da aquisição de competências na disciplina. Esperamos desta forma atingir os objectivos que passam sobretudo pela aprendizagem mais fácil e atraente da Matemática.

Celebrou-se no passado dia 21 de Maio o Dia da Diversidade Cultural para o Diálogo e Desenvolvimento. Este dia foi instituído pela UNESCO, e visa salientar a importância e a riqueza que a diversidade constitui para o ser humano do século XXI. Para assinalar este dia, o Projecto Multicultural a funcionar no Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão levou a cabo no dia 27 de Maio uma exposição intitulada “Cantinhos do Mundo”, para a qual contou com a colaboração de toda a comunidade escolar (professores, alunos e funcionários), conseguindo reunir peças oriundas de 25 países, promovendo dessa forma, um momento de reflexão e partilha de vivências entre todos.

Viagem de Finalistas A Organização No período da interrupção lectiva da Páscoa, os alunos do 9º ano de escolaridade, acompanhados do Director de Turma, do professor de Introdução às Tecnologias de Informação, do auxiliar da Biblioteca, Sr. António Carlos, e alguns familiares, realizaram a habitual viagem de Finalistas, desta vez à cidade de Aveiro. Num percurso efectuado de combóio pela esplêndida linha da Beira Baixa até ao Entroncamento, subiu-se depois pela linha do Norte até à Veneza portuguesa, tendo-nos instalado na Pousada da Juventude daquela localidade. Após o almoço num restaurante local, caminhámos para o centro da cidade, onde tivemos a oportunidade de visitar uma exposição de fotografia e deambular pelo Fórum e pelas margens da Ria, colorida pelos barcos moliceiros. De regresso à Pousada, percorremos o exuberante

As casas típicas da Costa Nova e a roda gigante parque da cidade. À noite deslocámo-nos para a Feira de Actividades Económicas, onde jantámos e, em grupos, visitámos os inúmeros pavilhões e pudemos experimentar a emoção da vertigem em rodas gigantes, montanhas russas e um sem-fim de propostas lúdicas. No dia seguinte fomos até às praias do Farol e da Barra onde almoçámos. Regressados a Aveiro, comprámos recordações e doçarias (ovos moles), e

pela tarde iniciámos a viagem de regresso a Ródão. Foi um forte momento de convívio, no qual, é justo referir-se, todos os alunos, sem excepção, tiveram um comportamento exemplar. Esta visita teve o apoio do Agrupamento de Escolas, da Associação de Pais e das Juntas de Freguesia de Vila Velha de Ródão, de Fratel e de Sarnadas de Ródão, aos quais publicamente agradecemos.

Acção de Orientação Vocacional Decorreu no dia 4 de Junho na Casa de Artes e Cultura do Tejo uma acção dirigida aos alunos do 9º ano de escolaridade e respectivos pais e encarregados de educação, com o intuito de os informar sobre as saídas académicas e profissionais após a conclusão do 3ºciclo. Numa primeira fase, a sessão foi dirigida pela Psicóloga que acompanhou os alunos ao longo do ano lectivo, Drª Sofia Lourenço, que os elucidou sobre escolas e cursos ministrados na região, currículos e condições de acesso ao ensino superior. De seguida, tomaram a palavra docentes das Escolas Profissionais de Nisa (ETAPRONI) e da Quinta da Lageosa, que

deram a conhecer os seus cursos, estruturas e dinâmicas, secundados por alunos oriundos de Vila Velha de Ródão, que, de forma informal e animada, falaram das suas experiências e dos cursos que se encontram a frequentar. Alunos, pais e professores presentes expressaram opiniões e dúvidas, colocando frequentemente

questões. Para a organização deste evento, o Director de Turma do 9ºA contou com o apoio do Conselho Executivo, do Coordenador do Núcleo de Apoio Educativo, da Psicóloga e da Autarquia Rodense, que cedeu o espaço da CACTEJO e proporcionou todas as condições solicitadas.


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SARAU DE GINÁSTICA

“Os Valores da Nossa Escola” Prof. de Ed. Física O Departamento de Expressões, através do grupo de Educação Física, levou a efeito, no dia 13 de Junho, Sexta-Feira, o II Sarau de Ginástica, subordinado ao tema “Os Valores da Nossa Escola”. Desta forma conseguiu mobilizar-se toda a comunidade educativa: alunos, professores e funcionários, bem como os Pais e Encarregados de Educação, que fizeram questão de mais uma vez estar presentes em elevado número. O Sarau decorreu das 18.00 às 20.00 horas no pavilhão gimno-desportivo, decorado especialmente para o efeito, com bastante cor e brilho. Destacavam-se os balões de várias cores e o papel de alumínio a caracterizar as Portas de Ródão. Foi, desta forma, um palco de actividades bem conseguido. Na sessão de abertura foi feita a apresentação de todos os intervenientes ao público. Em primeiro lugar a turma A do 5º Ano, cujo tema foi “Amizade e Coopera-ção”, com uma actuação mista de fitas e solo em simultâneo. Prosseguiu o 5º Ano turma B com o tema “Esforço e Dedicação”, com apresen-

tação de um esquema de dança, seguido de acrobática, trios e pares. Dando continui-dade, o 6º Ano turma A apresentou o tema “Divertimento, Alegria e Entusiasmo”, interpre-tando um esquema acrobá-tico de trios, em simultâneo com arcos e bolas. No seguimento, as turmas do terceiro ciclo, 7º ano turmas A e B, 8º A e 9º A com esquemas de Acrobática em grupo, continuaram o espectáculo, que finalizou com a actuação da classe de Saltos do Agrupamento. Antes de terminar, as turmas voltaram a entrar todas para se despedirem do público, empunhando em letras e cartazes, alguns dos valores da nossa escola: “Na nossa escola há lugar para todos” e “todos diferentes, todos iguais”, tendo como grande protagonista o aluno Pedro Piçarra do 6º Ano turma A, que foi transportado ao colo pelos alunos Humberto e Ana do 9º Ano para junto de todos os colegas, ao som da música “We are the World”, terminado desta forma mais um brilhante espectáculo de ginástica, versão 2008. A partir das 20.00 horas realizou-se o já tradicional

jantar convívio entre todos. O grupo de Educação Física, o Departamento de Expressões e o Agrupa-

Joana Mendes (7º B) No dia 8 de Maio os 7º anos da Escola EB2/3 de Vila Velha de Ródão foram com os professores de Geografia, História e Ciências a vários sítios. Em todos encontrámos vários tipos de rochas. O 1º sítio foi a Foz do Enxarique onde encontrámos fósseis de elefantes asiáticos com a idade absoluta de 33mil e 500 anos. Depois fomos em direcção à Casa das Artes onde vimos os fósseis de anoneiras conservados por minera-

7º B: Joana Mendes Mariana Alves Patrícia Ribeiro

(Clube de Jornalismo e Escrita)

8º A: Daniel Alexandre Tomé Ruben Filipe Gonçalves 9º A: Cátia Sofia Afonso Joana Catarina Alves

lização através da sílica. As anoneiras foram contemporâneas dos elefantes asiáticos. Também fomos à Ponte de Nisa onde vimos camadas de estratos e um fóssil de peixe. Acima do comboio, que foi a nossa penúltima paragem, vimos um fóssil de trilobite. Já na nossa última para-

gem, no castelo do Rei Wamba, estivemos a ouvir o professor Jorge a falar sobre tudo o que já tínhamos aprendido neste dia, também com a boa ajuda dos professores e com a do geólogo do Geopark, que nos ensinou mais umas coisas sobre as 3 disciplinas. Foi uma manhã muito divertida.

Correspondentes: Carolina Martins Joana Galvão COLABORADORES Professores, Alunos Pessoal não Docente e Enc. Educação IMPRESSÃO Jornal RECONQUISTA Castelo Branco E-MAIL gente_vvr@megamail.pt NA INTERNET www.anossaescola.com/rodao

E-Mail: gente_vvr@megamail.pt

5ºA: Ana Rita Nunes

Prof. Luís Costa Prof. Maria Helena Marques

evento, prometendo estar de volta para o próximo ano lectivo.

Visita ao Castelo de Ródão

REDACÇÃO

COORDENAÇÃO, GRAFISMO E PAGINAÇÃO

mento de Escolas agradecem a todos quantos connosco colaboraram na organização e realização do

GENTE EM ACÇÃO

[DESPORTO]

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GENTE EM ACÇÃO

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[ÚLTIMA] CONCURSO DO JORNAL DE NOTÍCIAS

“Entre Palavras” Após o apuramento para a fase distrital, a nossa Escola esteve presente, no dia 7 de Maio, no IPJ de Castelo Branco, para selecção da equipa representante do distrito de Castelo Branco na fase nacional do concurso «Entre Palavras», promovido pelo Jornal de Notícias. As alunas Catarina Rodrigues, Cátia Afonso, Inês Pulga e Rita Afonso, do 9º Ano, defenderam o tema «Nova Lei sobre o Tabaco», tendo ficado apuradas para a segunda fase do concurso, na qual, juntamente com a Escola dos 2º e 3º Ciclos Afonso de Paiva, defende-

ram o tema «Segurança Rodoviária» tendo como adversária a equipa formada pelo Externato de Alpedrinha e pela Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos da Covilhã. No final de um debate activo as nossas representantes conquistaram um honroso 2º lugar. A propósito desta iniciativa, todos os participantes receberam um número significativo de obras que, à semelhança de concursos anteriores, falando da nossa Escola, foram doadas pelas alunas à Biblioteca Escolar.

E-Mail: gente_vvr@megamail.pt

Instantâneos Instantâneos Instantâneos

ultor Profissões - Agric el) (Fernando - JI Frat Os vencedores no Prémio de Matemática na Escola EB 2,3

(ver o 9º Ano d s ta s li a ) s fin página 14 a n Os nosso ia c tí no S!!! E A TO D O T R O S A BO

Museu Vostell (Cáceres) - ver páginas 11 e 12

eira Profissões - Enferm at (Sara - JI Fr el)


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