Gente em Ação nº61 - dezembro 2012

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Distribuição gratuita

Diário de Bordo 1. No último “Diário de Bordo” (junho 2012) terminámos o ano letivo a destacar as “novidades” que iriam acontecer neste novo ano, cujo primeiro período agora termina: a nova estrutura curricular e o novo estatuto do aluno. Infelizmente, ao longo destes quase seis meses, as notícias sobre educação que foram sendo veiculadas pela comunicação social não auguram nada de bom para o futuro da educação no nosso país, acabando por relegar para segundo plano essa expectativa. Num curto espaço de tempo, pudemos ler e ouvir o seguinte: • Ainda há margem para mais cortes na educação (TVI, 28/11/2012); • A escola pública poderá deixar de ser gratuita (TVI, 28/11/2012); • Está em estudo o aumento do horário dos professores para 40 horas (Diário Económico, 11/12/2012); • Quinze a vinte professores pedem por dia para se reformarem (Diário de Notícias, 11/12/2012). Estas notícias, aliadas à atribulada constituição dos chamados “mega agrupamentos” e ao aumento do número de alunos por turma, fazem-nos recear pelo futuro próximo da educação em Portugal. As políticas a que assistimos parecem centrar-se apenas na redução da despesa, não parecendo asseguradas as condições para que se ministre um ensino de qualidade nas escolas públicas. Até medidas aparentemente positivas, como a generalização da “gramática” do projeto Fénix a todas as escolas, parecem estar condenadas ao fracasso, caso não se disponibilizem os recursos humanos necessários à sua implementação. No Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão temos procurado – e conseguido, como tem ficado patente nos resultados obtidos pelos nossos alunos – ministrar um ensino de qualidade, contando com o empenho e dedicação de professores, funcionários e do acompanhamento e apoio da comunidade educativa. Devemos todos dar o nosso contributo para que, apesar da tão falada austeridade, não se deite por terra todo o esforço que foi feito em termos de educação nas últimas décadas e que levaram a uma melhoria dos resultados escolares dos alunos portugueses, como recentemente se pôde constatar em dois estudos internacionais (“PIRLS” e “TIMMS”). As faladas “poupanças “na educação não devem servir para despedir professores através do aumento do seu horário de trabalho ou do aumento do número de alunos por turma. Segundo o jornal Expresso, a recente reorganização curricular permite ao Estado poupar 135 milhões de euros. Antes de continuar a cortar, não seria preferível esperar para ver os resultados destas medidas? 2. Na Festa de Natal do Agrupamento (ver pág. 20), pedimos aos elementos da comunidade que vieram assistir que trouxessem um bem alimentar não perecível para distribuir pelas famílias carenciadas do concelho. O volume de bens recebidos mostra-nos que, nos momentos difíceis, somos gigantes na solidariedade e faz-nos acreditar num futuro melhor.

Boas Festas!

Festa de Natal do Agrupamento

MAGIA E SOLIDARIEDADE

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A Direção

APOIOS:

Pág. 20

XXI Feira do Livro

Conversa sobre Ciência


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Gente em Ação

Entrevista (1)

SÉRIE: ANTIGOS ALUNOS (7)

Sofia Gonçalves Redação do Gente em Ação O jornal Gente em Ação publica, em cada um dos seus números, uma entrevista com antigos alunos que concluíram a sua formação académica e estão inseridos no mundo do trabalho. Nesta edição, entrevistamos Sofia Gonçalves, Gestora de Projeto, que desenvolve a sua atividade na VSO, uma Organização-Não-Governamental (NGO), em Londres.

Bilhete de Identidade Nome: Sofia Gonçalves Data de nascimento: 15 de agosto de 1976 Frequentou a escola de VVR: De 1986 a 1991 Média de conclusão do 9º Ano: 3,8 Profissão: Gestora de Projeto numa ONG

Quando é que frequentou a escola em Vila Velha de Ródão? De 86/87 a 90/91

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Era boa aluna? Era aluna de muitos 4, alguns 5 e poucos 3. O que é que achava da escola? Sempre gostei de ir para a escola. Das aulas, dos trabalhos de casa e até de estudar para os testes! Recordo que se comia muito bem, a D. Celeste (cozinheira chefe) fazia da cantina um restaurante. Também recordo o polivalente com as mesas de ping-pong e a rádio que criamos na escola no 8˚ ano. Qual era a sua disciplina preferida? Sempre gostei muito de História e Inglês e adorava as aulas de Educação Física! Lembra-se de algum professor ou professora que a tenha marcado es-

pecialmente? Lembro-me de vários! Do professor Jerónimo de Matemática, (que tinha a difícil tarefa de nos fazer gostar de números...). Do melhor professor de Português que tive, o “stor” Baptista. Do professor Sena e das suas habilidades. Do professor Luís Rechena de Educação Física e, claro, do meu primeiro professor de Inglês, o muito especial Rogério de Menezes. Para além das actividades letivas, que outras iniciativas a escola oferecia e nas quais participava? Sempre gostei de desporto, aliás, ainda gosto de praticar e ver! Por isso, sempre participei nas competições de atletismo. Ainda ganhei uma medalha como iniciada na prova dos 80m! Acha que esta escola contribuiu para o seu sucesso? De que forma? Sim, claro, imenso. Sem a escola e os professores não seria o que sou hoje. Costu-

ma-se dizer que “Educação é fonte do saber!” e eu sempre fui sequiosa de conhecimento. Acredito que ele é a mais poderosa ferramenta, com ele podemos atingir os nossos objectivos. Recorda-se de algum episódio que se tenha passado e do qual guarde uma recordação especial? Recordo-me dos programas de rádio em que participava, do 1˚ baile de finalistas do 9˚ ano que ajudei a organizar e, claro, dos muitos colegas com quem fiz amizades que ainda hoje mantenho. Quais as diferenças que sentiu ao mudar desta escola para o ensino secundário? Já foi há algum tempo, mas lembro-me das viagens, pois tinha de ir de autocarro para Castelo Branco. E de a competição saudável entre colegas ser maior, pois havia mais e melhores alunos. E, claro, o facto de não ter a mãe a trabalhar na Amato Lusitano também foi uma grande diferença. Fale-nos um pouco do seu percurso escolar e profissional. Depois de terminar o 12˚ em Arte e Design fui para Lisboa onde iniciei o curso de Design de Comuni-

cação. Fiz também uma pós-graduação em Design de Produto. Iniciei a minha vida profissional em Amesterdão, na Holanda, onde trabalhei em várias empresas na área do design e publicidade. Depois de sete anos fora de Portugal e com muitas saudades, decidi regressar. Trabalhei em Lisboa em agências de design e publicidade e, há um ano, mudei-me para Londres, no Reino Unido, em busca de um novo desafio num setor em que, em Portugal, é difícil encontrar oportunidades, o setor da inovação social, voluntariado e NGO’s. O que a levou a sair de Portugal para desenvolver a sua atividade profissional? E essa opção revelou-se uma mais-valia? Saí de Portugal, porque tinha muita curiosidade em viver noutro país, de conhecer outras culturas. E sim, foi e continua a ser uma enorme mais-valia, sou fluente em várias línguas,

viajo bastante e aprendi e continuo a aprender e a crescer profissionalmente. Acompanha a atividade da escola? Que opinião tem da nossa escola hoje em dia? Não acompanho muito, o pouco que vou sabendo é através da minha mãe que me vai contando as novidades. Costuma ler o nosso jornal e conhece a nossa página no Facebook? Não, lamento mas tenho pouco tempo livre. Que mensagens ou sujestões gostaria de deixar aos nossos leitores? Sugiro que nunca deixem de ser curiosos e queiram sempre saber mais. Penso que a frase de Nelson Mandela é a melhor mensagem que vos posso deixar: “Educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo”.


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Notícias | Talentos

Vencedor do Prémio Literário do SPRC O Sindicato dos Professores da Região Centro, no âmbito das comemorações dos seus trinta anos de existência, promoveu a edição 2012 do seu prestigiado concurso de contos, subordinado ao tema “De Abril a Maio”, dirigido a docentes de todos os graus de ensino de todo o país e outros que exerçam funções no Ensino Português no estrangeiro, tendo nele já participado alguns escritores afirmados na nova literatura portuguesa, como é o caso de Joaquim Jorge Carvalho ou João Pedro Mésseder, apenas para referir alguns dos mais significativos. Este ano, alcançou o primeiro lugar o conto A Escolha, de José Manuel Batista Rodrigues, natural de Penamacor e residente em Ródão, onde leciona desde 1983. Transcreve-se, a propósito do texto vencedor, as palavras constantes da ata do júri do concurso: “ O conto A Escolha foi considerado unânime vencedor por evidenciar ritmo narrativo, com adequada concisão ao género literário, revelando as informações estritamente necessárias, sem ser de forma imediata e direta (…). Além disso, percebe-se preocupação com a coesão textual, bem como

Gente em Ação

PROFESSOR JOSÉ MANUEL BATISTA

Redação

com as categorias de espaço e de tempo, recorrendo também, de forma intencional e adequada, à intertextualidade para a construção da sequência narrativa, que acaba por se assumir num poema de autor português.” O autor comunicou que esta distinção constitui um importante estímulo para dar continuidade, de forma mais regular à sua produção escrita, o que até agora vem fazendo de forma esparsa, e que a dedica a todos os professores que, com o seu trabalho e dedicação diários, prestigiam a nobre causa da educação. O SPRC prevê a publicação deste conto em edição própria ou em parceria e congratula-se com a qualidade do texto vencedor, situação que vai sendo habitual nestas iniciativas que o sindicato tem realizado. A Direção do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão vem, por este meio, dar os parabéns por este prémio. Foi com um grande orgulho que a instituição onde exerce a profissão de professor há quase trinta anos recebeu esta notícia. Podemos pedirlhe um conto exclusivo para este seu jornal?

Uma tarde de Jogos de Matemática Margarida Diogo (6ºA) No passado dia 31 de outubro, à tarde, tiveram lugar, no polivalente, os jogos matemáticos.

“Ouri”… Todos os alunos foram jogando e todos gostaram! À medida que os meninos chegavam perto dos jogos, os outros alunos mais velhos ajudavam-nos, explicando-lhes e ensinando-lhes como se jogava, às vezes com uma “mãozinha” de algum professor também. Foi uma tarde muito animada. Daqui a uns meses, vamos jogar o campeonato escolar e esperamos conseguir bons resultados.

Com o Dia das Bruxas, chegou a tarde de jogos de matemática na nossa escola. Nesse dia, deslocámo-nos ao polivalente; havia muitos jogos sobre as mesas, difícil era saber por onde começar! Gostámos mais de jogar os jogos: “ Gatos e Cães”, “Super T Matik” e “Semáforo”. Jogávamos aos pares e até sozinhos. Para além das professoras, estiveram connosco, para jogar e ajudar-nos, colegas dos outros ciclos. Os jogos eram atrativos, com muita cor, até apetecia jogar! Achamos o jogo do “Super T Matik” mais difícil, porque precisamos de raciocínio mental rápido. Foi uma tarde divertida e, melhor que tudo, brincámos uns com os outros sem conflitos. Quando algum colega tinha dificuldades, era logo ajudado por outro que sabia mais, íamos aprendendo uns com os outros. Continuamos a pensar que perder ou ganhar não é o mais importante quando nos esforçamos; o que importa é participar segundo as regras. Gostámos muito, por isso, esperamos que esta atividade se repita!...

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Foram jogos e mais jogos: o “Cães e Gatos”, o “Hex”, o “Semáforo”, o

C. Santos, D. Tavares, F. Brás, P. Afonso, T. Esteves e T. Vicente (3ºAno)


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Gente em Ação

Entrevista (2)

Álvaro Fonseca e António Nunes dos Santos Bianca Almeida (7ºA)

O jornal Gente em Ação entrevistou os professores universitários - Álvaro Fonseca e António Manuel Nunes dos Santos - que vieram participar na conversa informal sobre a relação entre a Ciência e a Sociedade, organizada pelo Projeto de Ciências Experimentais, no âmbito da comemoração do Dia Nacional da Cultura Científica. Álvaro Fonseca, após formação de base em Eng.ª Química e Biotecnologia no Instituto Superior Técnico, enveredou por uma carreira académica como docente universitário e investigador na área da Microbiologia. Interessa-se pela divulgação do conhecimento na área das ciências da vida, em particular de temas relacionados com a evolução, a biodiversidade e a sustentabilidade. Preocupam-no a hegemonia do consumismo, do individualismo e da vulgarização na sociedade atual, em detrimento de valores como o altruísmo ou a solidariedade e da promoção duma cultura de reflexão e de questionamento. É sua convicção que só cidadãos cultos, conscientes e empenhados podem levar a cabo a transformação da sociedade no sentido da construção dum novo mundo que nos afaste do rumo de insanidade e insustentabilidade que temos vindo a trilhar.

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Professores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa

Formou-se em Engenharia Química e fez um mestrado em Biotecnologia, porém enveredou pela Microbiologia. Porquê? Essa é uma excelente pergunta. Quando fui para a universidade, não sabia muito bem o que queria. Sabia que gostava de ciências, era essa a área forte que vinha do liceu e, enfim, também gostava de Matemática, de Química e de Biologia. Acabei por me licenciar em Engenharia Química. Quando acabei a licenciatura, inscrevi-me

num mestrado em Biotecnologia, que era um tema que me interessava. A Biotecnologia é a aplicação dos seres vivos para produzir coisas. Os antibióticos são um exemplo. Aprendi muitas coisas sobre Microbiologia e a Microbiologia mexeu comigo. Estar ao microscópio é muito interessante! E, depois de acabar o mestrado, dediquei-me inteiramente à Microbiologia. Na sua opinião, o que deveríamos fazer enquanto sociedade e enquanto indivíduos, para não traçar um rumo de insanidade e insustentabilidade? Essa pergunta dava para eu ficar aqui muitas horas a falar… Olha, eu acho que a primeira coisa a fazer é constatar isso mesmo, ou seja, é preciso perceber como é que chegámos aqui e, para isso, temos de nos questionar: “Porque é que a situação neste momento não é sustentável?”; “ O que é que faz com que o rumo que nós tomámos nos esteja a criar problemas?”. O que é realmente importante é conseguirmos perceber porque é que chegámos aqui, o que é que aconteceu para agora percebermos que, afinal, esta sociedade, que tem tantas coisas boas, também nos está a causar tantos problemas. Se começarmos a olhar para o mundo, podemos ver que, apesar de nós termos muito bem-estar e coisas boas, há pessoas que não têm nada e estão a sofrer. E, portanto, há qualquer coisa no modo como a sociedade está a funcionar que tem de mudar. Acha que a conversa ajudou a reafirmar a sua

convicção de que só e apenas os cidadãos cultos podem transformar a sociedade? Falarmos uns com os outros ajuda-nos a perceber melhor o que está a acontecer. As conversas são boas para ajudar quem ainda não percebeu o que está a acontecer, a analisar os prós e os contras. Depois disso, o que nós queremos a seguir é encontrar soluções. Esta partilha de informação pode dar-nos as pistas para as soluções. Porque é que aceitou o desafio de vir aqui à escola falar connosco? Aceitei vir, porque gosto de desafios. Gosto muito de conversar e gosto de partilhar as minhas vivências. Eu acho que esta coisa de conversarmos uns com os outros ajuda-nos muito a clarificar ideias. Acha que para abordar o tema “Relação entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente” uma conversa informal é melhor? Ou seria mais adequado uma conferência? Eu acho que uma conversa é melhor, porque mais pessoas podem participar. Numa conferência, há uma pessoa que fala e os outros ouvem e é mais difícil o diálogo. Na conversa, é mais fácil as pessoas conversarem umas com as outras, falar com quem está ao lado, fazer mais perguntas. Por isso, acho que uma conversa, em princípio, tem mais possibilidade de ser útil a toda a gente. Vivemos num mundo onde impera o egocentrismo. Que conselhos daria para que possa existir mais entreajuda na sociedade? Eu acho que o prazer da conversa e o descobrir coisas com os outros é o que nos faz sair da nossa “casca”. É no contacto com os

outros, na conversa com os outros, que descobrimos coisas que não sabíamos. Estarmos fechados sobre nós próprios é limitativo e não nos deixa crescer. Portanto, a relação com os outros é o que nos faz crescer e isso é a melhor coisa que podemos sentir. António Manuel Nunes dos Santos desde bastante jovem gostava de Química, Matemática e Música. Frequentou o Instituto Superior Técnico onde se licenciou em Engenharia Químico-Industrial. Em seguida, ingressou na Universidade de Edimburgo para iniciar o doutoramento com um projeto de investigação sobre comportamento de reatores químicos, trabalho que terminou na Politécnica Federal de Zurique (ETH). Gostava também de saber a génese das ideias científicas, mormente na química e na física: isso permitia-lhe compreender melhor as teorias e ter uma perceção do papel da criatividade. História e Filosofia da Ciência passaram então a ser áreas científicas do seu interesse. Hoje gostaria de participar numa nova escola que, além dos conhecimentos transmitidos, permitisse a cada indivíduo consciencializar-se da sua criatividade e do impacto que o conhecimento possa ter para aumentar a sua humanidade, dando apreço aos valores da solidarie-

dade, da justiça social e da liberdade de pensamento e de expressão. Como é que acha que se pode gerir o uso das novas tecnologias sem haver consequências nefastas para a vida do homem? Eu defino o ser humano como um ser criativo, um ser solidário, múltiplo e um ser de escolhas. E é com essa base que vejo depois a intervenção do que nos é exterior, nomeadamente as novas tecnologias, que nos podem ajudar a aumentar as nossas capacidades. Por acaso, a sociedade está montada exatamente no sentido contrário. A escola gosta de normas e não premeia a criatividade. A escola gosta de domesticar o conhecimento, por isso baseiase muito nas respostas, que são a avaliação. Na escola deve haver competição, mas esta só é saudável, se primeiro for uma competição connosco próprios, para nós levarmos até ao limite das nossas capacidades, o outro só é importante para a partilha. Não é importante para competir. Em que é que consiste o projeto sobre o funcionamento de reatores químicos em que participa? Quais os seus perigos e benefícios? Eu já não participo nesse projeto há alguns anos. Eu gosto muito de química por várias razões. Quando acaContinua na pág. seguinte


61 | DEZembro | 2012 CONVERSA INFORMAL: RELAÇÃO CIÊNCIA E SOCIEDADE

Notícias | Entrevista

Continuação da pág. anterior bei a minha licenciatura em Engenharia Química, pensei em seguir uma carreira nesse campo. Mas iniciei logo o doutoramento e o meu estudo estava muito centralizado no comportamento dos reatores químicos. E, durante 12 anos, dediquei-me a esse

assunto, mas depois afasteime bastante. Para si, qual é a importância da História e da Filosofia da Ciência? Eu acho que é muito importante em vários aspetos. E o primeiro aspeto diz res-

peito à diferença entre o extraordinário e o ordinário. Tudo aquilo que nós aprendemos ao longo dos tempos foi extraordinário. E nós transmitimos todas essas teorias de modo muito ordinário, no sentido vulgar e até no sentido mais restrito da palavra. E se soubermos a génese da ideia, provavelmente

Professora Graça Passos nossa espécie – a cooperação e a busca do conhecimento. Na tarde do dia 28 de novembro, na biblioteca, partimos do verbo latino scire (saber, conhecer) raiz etimológica da palavra ciência, criada no século XIX, para nos encontrarmos com alguns dos marcos da história da ciência - Galileu, Newton, Darwin, Fleming, Bohr, Einstein, Watson & Crick & Franklin – dando-nos oportunidade de compreender alguns aspectos do seu trabalho e perceber que, ao contrário do que parece, a ciência constrói-se através de processos complexos e morosos e que os cientistas não controlam a aplicação das suas descobertas. Do meu ponto de vista, mais importante do que a qualidade da informação a que acedemos, foi o contato com a complexidade que se fez ali presente, questionando a possibilidade da escola repor o equilíbrio entre o excesso de burocracia e homogeneização dos indivíduos e a reduzida importância dada ao conhecimento e à singularidade e multiplicidade de cada um. Foi este frémito que perpassou nesta conversa que decorreu numa atmosfera horizontal, lado a lado, sem hierarquias. Tratou-se de uma microação que exercitou alguns músculos do nosso espírito crítico. Vamos ver o que é que os professores, os alunos e os pais querem fazer com esta possibilidade.

Reportagem fotográfica das duas sessões. o extraordinário prevalece. E isso é que fascina, saber que foi alcançado. E a História e a Filosofia da Ciência podem dar-nos essa sequência das ideias e da forma como elas evoluem. Na sua opinião, qual é a importância da relação entre a arte e a ciência? Penso que o ser humano

Opiniões dos alunos:

“Os professores convidados eram muito expressivos” (Jessica Moreira); “O que foi interessante foi a história do Einstein” (Mariana Marques); “Aprendemos como surgiu o antibiótico” (João Valente) ; “Aprendi que por trás dos homens que descobriram o DNA estava uma mulher” (Bruna Martins); “Descobri que só quatro mulheres é que ganharam o Prémio Nobel” (Diogo Dias); “Fiquei a saber que antigamente os cientistas eram muito solitários” (Patrícia Mateus); “O que achei mais interessante foi sobre a vida de Einstein” (Beatriz Cardoso); “Aprendi que o Einstein fazia perguntas muito difíceis” (Rodrigo Martins); “Foi interessante porque nós podíamos participar na conversa” (Sofia Ribeiro); ”Foi interessante porque as nossas dúvidas e curiosidades foram esclarecidas por pessoas que conhecem a ciência por dentro” (Hugo Tavares); “Mostraram-nos, de uma forma interessante e enriquecedora, uma nova forma de encarar a ciência e a tecnologia” (João Gouveia). * Titulo inspirado na entrevista prof. António Nunes dos Santos (pág. 4): “[A competição] só é saudável, se primeiro for uma competição connosco próprios (...). O outro só é importante para a partilha. Não é importante para competir.”

é um ser essencialmente criativo. E pode ser criativo tanto na ciência como na arte. E a relação entre a ciência e a arte faz parte de uma nova visão que nós podemos ter relativamente ao mundo do conhecimento. A ciência precisa desse consenso entre arte e ciência.

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Projeto de Ciências Experimentais, propor uma reflexão sobre este tema. Deparamo-nos frequentemente com informações de sinal contrário que paralisam a nossa capacidade de acção aprisionando-nos num limbo de indiferença. Se os pesticidas fazem mal à saúde e ao ambiente porque é que são utilizados? Se os seres vivos são bens comuns (de todos nós) como é que uma empresa pode ser dona de uma espécie que nos serve de alimento? Se os efeitos dos alimentos transgénicos ainda não foram suficientemente estudados, porque é que já estamos a consumi-los sem sequer saber em que produtos se encontram? Se as florestas são essenciais para fixar o dióxido de carbono reduzindo o efeito de estufa e o aquecimento global, porque é que continuam a ser destruídas? Estamos rodeados de absurdo por todos os lados! O tratamento destes temas pela comunicação social é dúbia, promove a desinformação e, pior do que isso, enfraquece a nossa capacidade de formular perguntas. Já não sabemos fazer as perguntas que nos libertam desta teia do pseudoconhecimento e a escola não está a ajudar. O que fazer? A grande maioria remete-se ao silêncio do “não há nada a fa-

zer”, argumentando que a sua esfera de ação não tem qualquer peso face ao gigantismo dos problemas. Não conseguem ver outras perspectivas mas elas existem. Em vez de nos preocuparmos em prever o efeito da nossa ação, com excesso de realismo pessimista, podemos concentrar toda a nossa energia na qualidade do que vamos fazendo utilizando, ao máximo, as nossas capacidades e o espirito crítico que todos temos. Foi esta a perspectiva que levou à realização da conversa informal com que a nossa escola assinalou o Dia Nacional da Cultura Científica e que se organizou em duas partes. Uma, na escola, para os alunos que tinham estudado esta matéria e outra, ao fim da tarde, na CACTejo, para a população. Para conversar connosco, convidei o professor universitário Álvaro Fonseca que, por sua vez, convidou o professor António Nunes dos Santos que podem conhecer melhor através da entrevista que este jornal lhes fez. A conversa foi preparada durante várias aulas com os alunos do 7º,8º e 9º anos, tendo-se desafiado as famílias a acompanharem os seus educandos através da análise critica de alguns materiais em particular do filme “Mindwalk”, que documenta uma conversa entre um politico, um poeta e uma cientista a partir de um livro escrito pelo cientista Fritjof Capra. Neste processo de preparação exigente, perpassou a possibilidade da escola se afirmar como um centro de conhecimento em que todos juntos podemos treinar e intensificar as características especiais da

Gente em Ação

“A competição é connosco próprios. Com os outros só a partilha conta” *

Vivemos numa época em que a velocidade a que se produz conhecimento na área da ciência e da tecnologia ultrapassa a capacidade da sociedade o integrar regulamentando a sua utilização. Este hiato entre a produção e a integração cria um vazio propício à sua captura, quer pelas organizações comerciais (mercadorização), quer pelas organizações militares. São estas organizações que financiam a maior parte da investigação atual. Este é um dos dramas dos nossos dias. Curiosamente há muitos anos que a reflexão sobre a relação entre a ciência e a sociedade faz parte do programa das Ciências Físicas e Naturais do 3º ciclo de forma a estruturar o conhecimento epistemológico definido pelo Ministério da Educação como competência específica para a literacia científica. Várias condicionantes têmme levado a não aprofundar esta problemática com a profundidade necessária para contribuir de forma mais efectiva para a formação de cidadãos críticos e responsáveis. Este ano, o meu interesse crescente em procurar entender o que falha na nossa capacidade para construir sociedades mais harmoniosas criou a disponibilidade necessária para, através do

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Gente em Ação

Atividades | Projetos

As Merendas

Framework de Desenvolvimento Pedagógico

da da manhã ou da tarde faz com que

muito importante, pois permite que as

as pessoas comam muito ao almoço e

pessoas estejam menos horas sem co-

ao jantar, o que pode contribuir para o

mer, porque o intervalo entre o peque-

excesso de peso ou obesidade.

no-almoço e o almoço vai ser menor,

As merendas devem ser leves e de

o que vai ajudar a recuperar energia,

fácil digestão e as escolhas devem se-

concentração e ainda a terem um bom

guir os conselhos da Roda dos Alimen-

rendimento na escola. A falta da meren-

tos.

1º Ciclo Manhã

- 1 iogurte líquido - Meio pão integral - Meia pêra

2º Ciclo

3º Ciclo

Manhã

- 1 iogurte líquido - Meia pêra - Meio pão integral - 1 colher de chá de manOu - 200 ml de leite meio- teiga gordo simples (1 pacote Ou pequeno) - 200 ml de leite meio- 3 bolachas tostadas gordo simples (1 pacote - 1 fatia de queijo pequeno) - 100 g de ananás fresco - 5 morangos - Meio pão de centeio - 1 colher de chá de manteiga - 200 ml de leite meiogordo simples (1pacote pequeno) - Meio pão de mistura - 1 fatia de fiambre - 200 g de melão

Ou

Professor José Batista

Joana Oliveira (Nutricionista)

Uma boa merenda (manhã e tarde) é

Tarde

AUTOAVALIAÇÃO DO AEVVR

Tarde

- 200 ml de leite meiogordo simples (1pacote pequeno) - Meia banana - Meio pão de mistura - 1 colher de chá de manteiga

- 1 iogurte líquido Ou - 1 fatia de pão de forma - 1 iogurte líquido integral - 2 fatias de pão de forma - 1 fatia de fiambre integral - 1 maçã - 1 fatia fiambre - 1 maçã

Manhã

- 1 iogurte sólido de aromas - 2 fatias de pão de forma integral - 1 fatia de fiambre - 1 maçã

Ou

- 200 ml de leite meiogordo simples (1 pacote pequeno) - 1 pão de mistura - 1 fatia de queijo - 1 banana

Tarde

- 1 iogurte líquido - 1 pão de mistura - 1 fatia de fiambre - 200 g de melão

Ou

- 200 ml de leite meiogordo simples (1pacotinho) - 6 bolachas maria - 1 fatia de queijo - 1 pêra

O processo de autoavaliação do nosso Agrupamento, agora centrado na prática pedagógica docente, segue o seu curso em ritmo mais célere, procurando os seus responsáveis mais diretos imprimir-lhe uma dinâmica de recuperação que permita, no tempo mais aproximado possível do inicialmente previsto, alcançar as metas propostas. Para esse fim, foram realizadas reuniões da Direção do Agrupamento e da Equipa Permanente de Autoavaliação com a empresa Another Step, os coordenadores dos departamentos do pré-escolar, 1º, 2º e 3º ciclos e os responsáveis pela operacionalização das ações de melhoria em vigor, com o duplo objetivo de proceder ao balanço das medidas implementadas e refletir sobre os resultados dos inquéritos resultantes da Framework de Desenvolvimento Pedagógico. Decisivo para efeito foi o trabalho antecipado de reflexão, levado a cabo por todos os docentes que, em sede de departamento, partilharam a sua análise dos relatórios individuais, de grupo disciplinar, de departamento e de escola – espelhos nem sempre fidedignos do nosso desempenho -, produzidos pela empresa que nos presta assessoria. Esta visão cruzada dos resultados das respostas aos inquéritos, dadas por todos os docentes e alunos dos 2º e 3º ciclos, permitiu-nos chegar a pontos de concordância sobre a frágil robustez de alguns indicadores, procedendo à sua reformulação, ou mesmo substituição, tendo em linha de conta diferentes práticas pedagógicas de algumas disciplinas do currículo. Mais se entendeu que a cada departamento, de acordo com a reflexão levada a cabo sobre os aspetos a melhorar,

caberia a função de coordenar e dinamizar uma ação de melhoria, tendo-se selecionado os seguintes temas e respetivos responsáveis: “Rentabilização dos recursos tecnológicos da sala de aula como apoio às aprendizagens “- Prof. Elsa Flor; “ Encontrar a razão dos resultados obtidos relativamente às atividades extracurriculares - Prof. Jorge Gouveia; “ Partilha das boas práticas, em especial quando se podem considerar excelentes “ - Prof. Elsa Lourenço; “ Criar mecanismos de verificação da limpeza e estado das salas no fim da aula e também dos espaços exteriores “ - Prof. Mafalda Figueiredo; “ Aumentar/Melhorar a utilização de esquemas para apresentação/sistematização de conteúdos - Prof. Terezinha Louro”; “ Promover a entreajuda e o trabalho colaborativo entre alunos “ Prof. Fátima Gardete. As citadas ações terão início em janeiro de 2013 e finalizarão em julho do mesmo ano. Cabe aqui também referir o importante papel dos docentes que assumiram, no ano letivo anterior, a coordenação das ações que agora terminam, mas cujas medidas terão continuidade e validade futuras: Anabela Afonso, Fernanda Pires, Anabela Santos, Jorge Gouveia e Ana Pereira. Apesar de alguns constrangimentos enfrentados, estamos certos que a comunidade educativa saberá, com envolvimento crítico e participativo, continuar a dar apoio a este projeto liderado pela Direção - que é vital para transformação e melhoria das práticas pedagógicas, administrativas e de liderança dos agentes educativos deste Agrupamento -, instrumento fundamental para o sucesso e satisfação de todos nós.

Visita de Estudo a Vila Viçosa

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Turma 5ºA No dia 22 de novembro, os alunos do 5º e 6ºanos foram a Vila Viçosa. Lá, visitaram o Palácio Ducal onde lhes foi proporcionada uma visita guiada pelas salas enormes, com pinturas nos tetos e mobiliário, de onde se destacavam os contadores, que guardavam riquezas e segredos. Nos quartos, as paredes eram forradas a seda, as camas dos reis eram muito pequenas quando comparadas com a estatura deles e os berços dos príncipes eram grandes. De seguida, passaram pela cozinha onde viram uma grande coleção de 700 utensílios de cobre que serviam para cozinhar grandes banquetes. Depois, outro guia levou-os a visitar os coches expostos no museu, que eram muito diferentes dos carros de hoje, principalmente porque não poluíam a natureza! Aqueles eram puxados por cavalos, eram bastante luxuosos e, no exterior, tinham pintado o brasão real. Viram também duas bicicletas, do final do século XVIII, que tinham a roda da frente enorme e uma minúscula atrás.

Seguidamente, despediram-se do Palácio Ducal olhando para as inúmeras janelas da sua fachada, para as inúmeras chaminés que emergiam do telhado e para a estátua de D. João IV. Chegou a hora de almoço e dirigiram-se para um jardim onde comeram as deliciosas iguarias que as mães tinham preparado. Após o almoço, foram ao castelo onde subiram às muralhas para se maravilharem com a paisagem. Passando por uma ruela, chegaram à igreja de Nossa Senhora da Conceição, situada no centro da vila, dentro das muralhas. A igreja era grande, bonita e rica. À saída das muralhas, ainda viram dois canhões

enormes, de ferro, que apontavam para lados opostos. Seguiram depois para um jardim onde, num lago, alguns patos e um cisne pareciam estar à espera das migalhas que os meninos lhes queriam oferecer. Regressaram ao autocarro e despediram-se de Vila Viçosa. Quando chegaram a Vila Velha, contaram aos pais e amigos como tinha sido a viagem.


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Atividades | Notícias Gente em Ação

16 DE OUTUBRO

Dia Mundial da Alimentação A equipa da Biblioteca Escolar

Turma do 3º Ano (1ºCiclo)

As educadoras

As crianças do ensino pré-escolar comemoraram, no dia 16 de outubro, o Dia Mundial da Alimentação. Através de atividades lúdicas, as crianças foram sensibilizadas para os benefícios de uma alimentação equilibrada e saudável. A comemoração deste dia especial contou com a participação das famílias, que contribuíram com fruta da época, bem como a colaboração especial de uma encarregada de educação que ajudou na confeção de uma deliciosa salada de frutas que foi degustada ao almoço.

Assinalámos esta data, na biblioteca da nossa escola, com duas histórias adequadas ao tema da alimentação. Uma, da autoria de José Fanha intitulada O dia em que a barriga rebentou, na qual o autor nos alerta, de uma forma divertida, para o perigo dos excessos na alimentação e nos indica o que devemos comer para que tenhamos uma alimentação saudável. Pai Bisnau, mãe Bisnuca, filhos Bisnica e Bisneco, constituíam a terrível Família Bisnau que só vivia para almoçar. E lanchar. E jantar. E cear. E comer a todas as horas do dia. Nem usavam talheres! Metiam as mãos, quer dizer, metiam as asas pelo tacho adentro e enchiam a boca de tudo o que conseguiam apanhar. Todos os dias era o mesmo: grandes paneladas, muitos fritos e fritadas, chouriços e chourições, panelas e panelões com comidas gordurentas, batatas fritas e sumos, pastilhas, gomas e mais, tanto mais … que já ninguém se espantou quando um dia a barriga do Bisneco rebentou! A outra história, para os alunos mais novos, da autoria de Jeanne Willis, intitulava-se Tarte de mamute. Um grupo de homens das cavernas decide juntar-se para caçar um mamute, pois estavam fartos de “caroços e tremoços”. Esta aventura, com muita confusão pelo meio, despoletou também ela uma conversa sobre qual o tipo de alimentação que será mais apropriada para todos. Ambas as histórias foram apresentadas em PowerPoint e pensamos que foram bastante motivadoras para a realização de outros trabalhos na sala de aula. Estiveram presentes na biblioteca da nossa escola todos os alunos do 1º ciclo acompanhados pelas respetivas professoras, revelando-se ouvintes atentos e a sua presença encheu este espaço de boa disposição

No dia 16 de outubro comemoramos o Dia Mundial da Alimentação. Fomos à biblioteca da escola ouvir uma história sobre este tema. A história, escrita por José Fanha, intitula-se O dia em que a barriga rebentou e foi-nos apresentada em PowerPoint. Na primeira parte, mostranos como deve ser a nossa alimentação ao longo do dia. Na segunda parte, mostra-nos uma família de pássaros Bisnaus que não tinham cuidado com a alimentação: comiam muito e gostavam só do que fazia mal. Assim, chegou o dia em que já não conseguiam voar por estarem tão gordos. Tiveram que ir ao hospital. O médico aconselhou esta família a fazer uma dieta rigorosa, respeitando a roda dos alimentos. Tiveram, ainda, de fazer muito exercício físico. Ao ouvirmos esta história, aprendemos que uma alimentação equilibrada é necessária para quem gosta de andar e de correr, de ir à praia, de brincar e de viver feliz.

Acrósticos: A alimentação deverá ser saudável, Lemos informação correta e provável, Imaginem o que aprendemos… Muitas coisas sobre alimentos E sobre ementas, também. No exercício físico ficamos bem. Tudo isto é ótimo para o coração. Oh pessoal! Nós, todos os petizes, Seremos fortes e felizes. alimentos

amigos limpos interessantes maduros essenciais naturais temperados organizados saborosos

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

O MAGUSTO - Carolina Santos e Cristina Menonça (3º Ano)

OS 3 R’s- Tomás Esteves (3º Ano)


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Gente em Ação

Atividades | Projetos

Pré-História ao Vivo Bianca Almeida (7ºA)

João Diogo e Rodrigo Barradas (7ºA)

O dia começou bem. No segundo

À espera de ter uma aula de Português, os alunos do 7º A, juntamente com os do 5º A e alguns alunos do ensino especial, foram até ao polivalente. O que iriamos fazer? Quando lá chegámos, vimos um senhor que estava a montar um material que tinha a ver com os nossos antepassados. E descobrimos que a atividade se chamava “Pré-história ao vivo”, iriamos ver o que os nossos antepassados faziam para, digamos, se “desenrascar”! O senhor, afinal, era um arqueólogo vindo do Museu de Mação. Ele começou a falar sobre os primeiros homens, onde apareceram, o que faziam e o que descobriram. Foi descrevendo cada um, até que chegou ao mais importante: seria ele o Homo Sapiens Sapiens, o nosso antepassado mais recente? O arqueólogo, com os materiais que tinha trazido, foi fazendo algumas das coisas que estes homens faziam, tais como: a moagem de cereais, as tintas e as pinturas rupestres, os instrumentos e uma das mais importantes descobertas feitas pelo Homo Erectus - o domínio do fogo. Mostrou-nos tudo o que tinha para mostrar e aprendemos novas coisas. Gostámos muito desta atividade, porque rever o que os nossos antepassados faziam foi muito interessante.

tempo da manhã, fomos surpreendidos pois, em vez de termos as nossas aulas normais, iriamos assistir a uma atividade que nos demonstraria a vida dos povos recolectores. Um arqueólogo, que era do Museu de Mação, explicou aos alunos do 5º e 7º anos como se faziam os instrumentos que os nossos antepassados usavam. Ensinou-nos a fazer o fogo, que foi uma grande descoberta. Porém, não nos contou os detalhes todos, pois o segredo é a alma do negócio. Com esta atividade, aprendemos as mais variadas coisas sobre o processo de hominização e a extinção do homem de Neanderthal. É da minha convicção que esta atividade foi bastante lúdica e complementou o que nos tinha sido ensinado pelos nossos docentes de História. Espero que se repita, pois eu adorei!

Professor Jorge Gouveia Porque a ciência se faz explorando e experimentando quisemos, ainda sobre o tema da pré-história, proporcionar aos alunos uma oportunidade de verificar ao vivo as técnicas de fabrico de utensílios de pedra, a produção do fogo e a feitura de tintas com corantes naturais e a técnica usada nas pinturas rupestres. Esta demonstração ficou a cargo do projeto ANDAKATU, do Museu de Mação, que trouxe até ao Agrupamento

o seu técnico responsável pelas demonstrações referidas. Os alunos compreenderam, com estas experiências de aprendizagem, como a evolução humana depende da sua inteligência e esta surge associada às diferentes técnicas que desenvolveu para conseguir assegurar a sobrevivência numa natureza que se revela difícil para os seres vivos.

Turma do 5ºA Opiniões dos alunos do 5º ano sobre a atividade realizada no polivalente da escola pelo arqueólogo do Museu Municipal de Mação. para pintar e como pintavam usando os de-

“O que eu aprendi foi que estes homens já

“O que eu mais gostei de ver foi como se fazia

dos ou os pincéis. Também aprendi a moer os

“O que eu aprendi sobre estes povos foi como

faziam o fogo, já sabiam fazer tintas para

o fogo e também como eles faziam as tintas

cereais numa mó manual e a transformá-los

eles faziam o fogo, como faziam as pinturas

pintar nas paredes das grutas e já faziam

e os desenhos da Arte Rupestre.” - Diogo Ri-

em farinha com que depois faziam o pão.” -

rupestres e as tintas com que as pintavam.

farinha com a mó manual. O que eu mais

beiro

Henrique Barreto

Também aprendi a fazer uma taça em barro,

colega nosso que pôs a mão num papel e

“Eu aprendi como faziam o fogo, a cerâmica,

“O que eu mais gostei foi quando o senhor

bifaces, arpões e muitos outros instrumentos.

depois ele desenhou-a com tinta que sopra-

as tintas para pintarem e também as outras

fez o fogo e gostei de o ver a trabalhar as pe-

O que eu mais gostei nesta atividade foi de

va por umas palhinhas.” - Bárbara Carmo-

coisas. O que eu gostei foi de tudo.” - Diogo

dras para delas fazer instrumentos”. - João

aprender a fazer as tintas, ver como pintavam,

na

Oliveira

Pires

a fazer o fogo e poder pegar nos utensílios em

“Aprendi com o arqueólogo como se fazia o

“Nesta atividade, o que eu mais gostei foi de

“O que eu aprendi nesta atividade foi como

fogo, como é que eles trabalhavam com as

ver como se fazia o fogo e as pinturas rupes-

fazer as tintas, os bifaces com que escava-

pedras para produzir instrumentos de pedra

tres.” - Georgiana Padure

vam as raízes e se alimentavam, os instru-

“ Eu aprendi como fazer o fogo, a fazer obje-

gostei foi quando o arqueólogo chamou um

ou seja, a cerâmica e vi como eram feitos os

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

pedra, osso e madeira como o biface e arpão.

afiada, que materiais usavam e ainda o que

Gostei muito!” - Sara Rei

mentos com que caçavam, as agulhas para

tos em cerâmica, aprendi a fazer as tintas e a

comiam e o que faziam. Achei esta expli-

“O que eu mais gostei foi que o senhor dei-

unir as peles que eram as suas roupas, como

pintar. O que eu mais gostei foi de aprender

cação muito interessante, porque também

xou-nos pegar em tudo: nos bifaces, na mó

com o barro faziam a olaria e utilizavam a mó

a fazer as tintas que eles usavam para dese-

pude mexer nos instrumentos, na mó manu-

manual, nas pontas de flecha, nas peles dos

manual. O que eu mais gostei foi de aprender

nhar as pinturas rupestres. Eles faziam estas

al, no barro para fazer a cerâmica, no arco e

animais. Também nos ensinou como se fazia

a fazer o fogo que eles usavam para se aque-

pinturas com os dedos e com pincéis e até

flecha, nos pincéis que usavam para pintar.

o fogo.” - Gonçalo Santos

cer, para afugentar os animais selvagens e

a soprar por uns pauzinhos.” - Susana Silva

E gostei muito.” - Bruno Canelas

para assar os alimentos.” - João Gil “O que eu mais gostei nesta atividade foi de

“O que eu aprendi sobre os povos recolecto-

“ Gostei muito de ver como se fazia o fogo

ver o senhor fazer o fogo e também moldar

“O que eu mais gostei foi de poder mexer nos

res e agro pastoris foi como faziam o fogo e

e gostei de poder mexer nos instrumentos

uma peça em cerâmica. Aprendi como é que

utensílios de pedra, osso e madeira. Também

as tintas para pintarem. O que eu mais gostei

que eles faziam com pedra, osso e madeira,

estes primeiros homens faziam o fogo, os pri-

aprendi como faziam as tintas misturando

de ver foi quando o senhor fez o fogo e tam-

como os bifaces, agulhas e arpões.” - Da-

meiros objetos em pedra, osso e madeira, os

ovo e outras coisas para fazer a Arte Rupes-

bém quando ele explicou como é que faziam

niel Ferreira

objetos de cerâmica, como faziam as tintas

tre. Até usavam já uma espécie de tinta em

as pinturas. Foi muito interessante.” - Tânia

spray”. - Ruben Trindade

Pinguelo


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Atividades | Projetos | Talentos Gente em Ação

Toca a Poupar!

Professor Fernando Ferreira Quando falamos de energia, ou de outros recursos, distinguimo-los, habitualmente, como renováveis e não renováveis. Referindo-nos apenas ao caso da energia elétrica, ela pode obter-se de fontes renováveis ou de fontes não renováveis. Designamo-la de renovável se o período de renovação é curto e de não renovável se falamos de períodos longos. Se pensarmos, por exemplo, no vento, energia eólica, ou na água, energia hídrica, ficam disponíveis a uma escala temporal pequena, enquanto o petróleo e o gás natural necessitam de milhões de anos para se formarem, sendo, à escala humana, não renováveis. Por outro lado, todas as formas de energia são limitadas, até porque, por exemplo, o vento e a água, mesmo renováveis, são recursos limitados quanto ao seu aproveitamento. O espaço para a implantação de eólicas e hídricas é limitado e, além disso, há limitações financeiras para estas infraestruturas. Também não é totalmente correto o termo “energias limpas”, tanto mais que toda a atividade humana é, por natureza, mais ou menos poluente. As centrais de biomassa em Vila Velha de Ródão são disso exemplo. Enquanto no

Hino do Clube da Floresta “Os Grifos“ Alunos de APA de Português (8ºA)

Somos heróis do Prosepe Venham todos ajudar A separar os resíduos Pôr o Agrupamento brilhar. Melhoramos os espaços Com plantações de encantar, Enfeitados de mil flores Que nos irão alegrar.

Recolhemos o que é velho Pomos tudo a reciclar, Damos vida ao ambiente Nova vida nos vai dar. Somos “Os grifos “ de Ródão Venham todos partilhar As ações do nosso clube Para o mundo melhorar.

mesmos o menor número de vezes possível e por pouco tempo; - não deixar os aparelhos em stand-by, nomeadamente a TV; - desligar os equipamentos elétricos sempre que possível e justificável; - não deixar o carregador do telemóvel e do computador na ficha desnecessariamente; - utilizar o ferro elétrico o menos possível e desligá-lo um pouco antes de terminar; - utilizar o forno elétrico o menos possível e desligá-lo pouco tempo antes de finalizar o cozinhado; - usar vestuário adequado à estação do ano e local de trabalho; - manter portas e janelas fechadas e calafetadas de modo a não perder calor (no inverno). São pequenos gestos ao nosso alcance. Não podemos mudar o mundo, mas podemos ser consumidores conscientes. Como dizem os ecologistas: pensar global, agir local. Mesmo sem ter grandes preocupações ambientais, devemos procurar poupar alguns dos nossos recursos financeiros.

Educar para Reciclar Professor Fernando Ferreira “Educar para reciclar” foi o tema da ação de sensibilização desenvolvida pela VALNOR, destinada a todos os alunos do Agrupamento, com o apoio da Câmara Municipal. Trata-se de um tema sempre atual e de fácil aplicação por todos nós. Tomemos como exemplo um pedaço de papel no chão. É desagradável à vista, pouco higiénico e, além disso, um desperdício de recursos. A solução é muito simples, ou seja, bastava que tivéssemos tido o cuidado de o colocar no papelão ou, no mínimo, no caixote do lixo mais próximo. Mas podemos falar do mesmo modo do metal, do plástico, das embalagens, do vidro, das pilhas, das lâmpadas, do óleo alimentar usado e das rolhas de cortiça. Todos estes materiais são passíveis de processos de reciclagem. A reciclagem, melhor dizendo, a valorização daquilo que de outro modo seria lixo, é um ato cívico. Se somos uma sociedade pobre, com escassos recursos, todos devemos contribuir para que tal seja ultrapassado, neste caso fazendo a separação seletiva dos nossos resídu-

os. É o primeiro passo para que sejam devidamente encaminhados. Contribuímos assim para um melhor ambiente e para uma sociedade mais próspera. Contudo, não devemos esquecer que a melhor reciclagem é a redução da produção de lixo, seguindo-se a reutilização de diferentes materiais, melhor dizendo, quando conseguimos reduzir a produção ou, não sendo possível, dar utilidade ao que de outro modo seria lixo. É a política dos 3 R - Reduzir, Reutilizar, Reciclar. São pequenos gestos em que devemos pensar e, sempre que possível, devemos aplicá-los no nosso quotidiano.

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Somos “ Os grifos “ de Ródão Sobre o Tejo a voar, Lançamos à terra sementes Zonas verdes vão criar.

processo de produção há poluição atmosférica, no consumo, ao ligarmos uma lâmpada, essa poluição é mínima. Numa outra vertente, todos temos consciência da necessidade de poupança, seja porque os diferentes recursos devem estar disponíveis para todos, seja porque os nossos próprios recursos financeiros são, obviamente, limitados. Podemos poupar energia elétrica de dois modos: prescindido do uso de equipamentos ou melhorando a eficiência energética dos mesmos. Há vários exemplos de possíveis poupanças. Vejamos alguns exemplos: - ligar a iluminação apenas quando indispensável, tirando o máximo partido possível da iluminação natural; - utilizar lâmpadas de baixo consumo e adequadas ao local a iluminar; - adquirir, se possível, equipamentos com melhor eficiência energética; - utilizar a máquina da roupa e da loiça com a carga máxima; - regular corretamente a temperatura do frigorífico e da arca congeladora e abrir a porta dos


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Gente em Ação

A Página dos Mais Pequenos

“Oh Boris“ la 2) (Afonso - JI Sa

“Uma corrida de vassouras” (Sérgio Pinto JI Sala 1)

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

pedra“ “A sopa de 2) cio - JI Sala (Tomás Iná

nco O coelhinho bra JI Sala 2) (Inês Ribeiro -

“Uma corrida de vassouras” (Barbara Levita - JI Sala 1)


61 | DEZembro | 2012 AGRADECIMENTO

A Página dos Mais Pequenos Gente em Ação

Aos nossos fornecedores: BEIRA SUMOS FRIGUARDA pelos produtos que gentilmente ofereceram ao AEVVR

EDUCAR PARA RECICLAR (Dinis Gonçalves - 2º Ano)

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O MAGUSTO ESCOLAR - Texto coletivo (2º Ano)

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

“A GALINHA VERDE” - Leonor Araújo (4º Ano)


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Gente em Ação

Biblioteca | Centro de Recursos | Sugestões Sugestão multimédia

PC/ONLINE

Ninja Saga Sandro Sousa (8º Ano)

Ninja saga é, provavelmente, o melhor jogo de ninjas do Facebook. Neste jogo, nós somos um ninja que quer constantemente chegar ao topo completando missões e subindo de nível. No início, começamos no escalão “Genin”. Existem 4 escalões: ”Genin” do nível 1 a 20, “Chunin” do nível 20 ao 40, ”Jounin” do nível 40 ao 60 e “Special Jounin” do 60 ao 80. Podemos comprar ataques novos, armas e itens para ajudar no combate. Neste momento, eu estou no nível 40 a fazer o exame “Jounin”.

Reportagem fotográfica

XXIª FEIRA do LIVRO

Aos pais o que também é dos pais… A Equipa da Biblioteca Escolar A responsabilidade pela educação dos filhos não se resume ao espaço da família e deve projetar-se, necessariamente, na escola que os nossos filhos frequentam. Para isso, a presença regular dos encarregados de educação na escola e a sua participação nos eventos por ela organizados, constituem um sinal do apoio ao trabalho educativo e do acompanhamento dos seus educandos, acompanhamento esse que se reflete no reforço do aproveitamento dos alunos, resultado da ação concertada entre os pais e a escola que se ambiciona e procura reforçar. Neste sentido, a Feira do Livro, que cumpre este ano a sua XXIª edição, programou a vinda dos pais à escola para conviver com os seus filhos, professores e técnicos operacionais, para contatar com os livros e com algumas das iniciativas de dinamização cultural e científica que a es-

temática, a Associação de Pais e a Associação de Estudos do Alto Tejo, que proporcionaram uma tarde de convívio com os livros e com os jogos matemáticos. Para encerrar esta atividade, ocorreu o já tradicional Chá com Livros. A Feira do Livro decorreu até ao dia 14 de dezembro e esteve aberta a todos os que a quiseram visitar para fazerem as suas compras de Natal, pois um livro é sempre o melhor dos presentes! Queremos deixar o nosso agradecimento a todos que connosco colaboraram, desde a Câmara Municipal, a Biblioteca Municipal, a Associação de Estudos do Alto Tejo, as Juntas de Freguesia do concelho e a Associação de Pais. Só com o esforço e a colaboração de todos é possível continuar a levar avante estas iniciativas direcionadas para a comunidade educativa.

cola promove ao longo do ano. Desta feita, a presença de um contador - o bem conhecido António Fontinha - animou uma sessão muito bem-disposta e que deixou uma impressão extremamente positiva em todas as pessoas que encheram a nossa biblioteca. Aliás, este ano, o espaço mal chegou para acolher tantos convidados e visitantes. No entanto, pensamos que valeu a pena, pois todos partiram com um sorriso nos lábios. Este evento teve a sua sessão de abertura na sexta-feira, dia 7 de dezembro e juntou, numa feliz parceria, a Biblioteca Escolar, o clube da Ma-

LER É UM PRAZER!

Ler é tão importante e é tão bom!

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Biblioteca Escolar Como estamos de leituras no Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão? Os dados variam consoante as idades dos alunos em questão. Se, nos primeiros anos de escolaridade, a quantidade se destaca, devido à necessidade de estimular a curiosidade e à natureza das obras onde a ilustração se revela tão importante quanto a mensagem textual, nos anos mais avançados a quantidade de obras lidas reduz-se, também por conta da dimensão e da complexidade das obras propostas. Vamos a alguns números, que reportam ao ano letivo transato, e dizem bem do trabalho que temos desenvolvido em prol da leitura (ver dados na Tabela 1). Destaque para o pré-escolar e primeiro ciclo, onde a

criação de leitores se revela fulcral e com a qual procuramos responder à curiosidade dos alunos com uma variedade de obras sobre diferentes temáticas: regresso à escola, afetos/sentimentos, estações do ano, profissões, cooperação/ solidariedade, família, sentidos, cores, formas, floresta/ ambiente, Natal, sexualidade. O contato precoce com o livro e a leitura de histórias nestes anos é fundamental para motivar os mais novos para o prazer de ler. E dispomos hoje de livros de grande qualidade em termos literários e de ilustração, extremamente apelativos que os alunos adoram ler e reler. Este trabalho tem vindo a ser feito em estreita colaboração entre os responsáveis pelo Plano Nacional de Leitura, a Biblioteca Escolar e a

Tabela 1 Ciclos envolvidos

Obras lidas e exploradas

Sessões de hora do conto

Pré escolar

32

32 *

1º ciclo (1º, 2º, 3º e 4º anos)

145

39 sessões (1º ano) *

2º ciclo (5º e 6º anos)

24

3º ciclo (7º, 8º e 9º anos)

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Biblioteca Municipal, as educadoras e os docentes das turmas envolvidas e, nos 2º e 3º ciclos, os responsáveis pela disciplina de Português. Os dados numéricos apresentados são uma mostra do esforço que se tem feito para promover a leitura e criar bons leitores. Os alunos que se deixam “agarrar” pelo hábito de leitura serão expeditos na compreensão de novas situações com as quais contactam, mostram uma superior capacidade de explorar ideias e defender posições fundamentadas,

como base no desenvolvimento do seu raciocínio… numa palavra, serão melhores alunos e cidadãos mais conscientes do seu papel. As requisições na Biblioteca Escolar reflectem, de ano para ano, este trabalho com os leitores autónomos a procurarem as colecções próprias para a sua idade e a disputar as novidades que, com frequência, lhes são proporcionadas.

Nota:

*A Hora do conto é realizada com carácter regular (uma vez por semana). A estas sessões poderiam referir-se outras atividades desta natureza, associadas à comemoração de dias festivos (Dia dos Idosos, Dia da Alimentação, Dia das Bruxas, Dia dos Namorados…). Na Semana da Leitura, durante todos os dias, os alunos leem obras e/ou contos adequados à idade e ao tema do evento.


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VISITA À BIBLIOTECA MUNICIPAL

Exposição sobre a Guerra Colonial H. Lopes, M. Pires, B. Ribeiro, J. Martins, D. Pop (6ºA)

No dia 15 de outubro, a turma do 6º A, acompanhada pela professora de História e Geografia de Portugal, foi à Biblioteca Municipal de Vila Velha de Ródão ver uma exposição de fotografias sobre a guerra colonial. Estavam à nossa espera dois senhores – Jorge Cardoso e Joaquim Moreira - que tinham sido ex-combatentes nessa guerra que se deu em Angola, Moçambique e na Guiné e que nos explicaram o que estavam a fazer nalgumas dessas imagens. Aprendemos que lá eles viram animais exóticos (cobras enormes, macacos, girafas…), conviveram com pessoas muito diferentes das de cá, comeram comidas e bebidas diferentes (a cerveja era a “Cuca”).

O CANTO DA ESCRITA

Nessas fotos, apareciam em momentos em que se divertiam, faziam ginástica e também noutras onde estavam a combater. Muitas fotos mostravam armas e eles explicaram-nos que armas eram e como é que elas funcionavam. Contaram-nos também que não trouxeram boas recordações dessa guerra e não gostaram de estar lá, porque sofreram emboscadas e viram morrer companheiros. A guerra colonial deixou-lhes marcas para sempre e ainda hoje têm pesadelos. Nós gostámos de visitar esta exposição e, no fim, agradecemos ao Sr. Cardoso e ao Sr. Moreira que nos explicaram tudo muito bem.

Gente em Ação

Notícias | Projetos | Atividades

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Professora Terezinha Louro

No passado dia 24 de outubro, as turmas dos 3º e 4º anos do 1º ciclo visitaram a Biblioteca Municipal José Baptista Martins para aí aprenderem mais sobre a guerra colonial portuguesa. Aproveitando o facto de a Biblioteca Municipal estar a proporcionar visitas guiadas por ex-combatentes à exposição de fotografia «Memórias da Guerra Colonial», as professoras que lecionam estes anos de escolaridade tomaram a iniciativa de participar nesta visita à exposição, guiada pelos excombatentes José Martins e José Izaías. No mesmo contexto, os alunos participaram também numa sessão do workshop «Pensar a escrita, escrever o pensamento», criado e dinamizado pela Biblioteca Municipal, no qual foram convidados a escrever um texto sobre a guerra colonial, de acordo com regras pré-estabelecidas. Esta foi, sem dúvida, uma boa oportunidade para desenvolver capacidades de observação, atenção e escrita em contexto de interação com a comunidade e convívio entre colegas.

Ailatino, o gambuzino Turma 6ºA

Ailatino mora em Ailati, uma ilha minúscula em forma de pantufa! Ailatino é um lindo Gambuzino, de pelo felpudo, comprido e cor de rosa que, do alto dos seus dois metros, parece um flamingo, com asas pequenas, rugosas e de todas as cores do arco-íris. Este gambuzino tem cara de coelho, orelhas compridas, sete dentitos a contrastar com sete enormes dentões ao meio da boca! Os seus três olhos, grandes, brilhantes e azuis, escondem-se no fundo das pestanas enormes e pretas. Na ponta da cauda, encontra-

se um pirilampo, aninhado numa pena saliente, à espera de uma ideia de Ailatino para se acender. O seu passatempo preferido é brincar com bolas, como qualquer menino, e as suas guloseimas favoritas são os balões, muitos balões, balões de todas as cores mas, de preferência, amarelos para rebentarem deliciosamente na garganta! Na sua terra, é conhecido como “o génio da lâmpada”!... Dizem por lá que ele concretiza os sonhos de outros gambuzinos, e até de alguns meninos...

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

De gambuzinos, já ouviram falar?! Talvez pensem ou tenham ouvido dizer que os gambuzinos não existem, que foram inventados para pregar umas quantas partidas e fazer outras tantas brincadeiras…Se assim pensavam, REPENSEM agora, pois nós “criámos” um! Este, saiu das nossas mãos, vimo-lo nascer no nosso “canto da escrita” …devagar, muito devagarinho, até poder voar para lá da aula de Português! É o nosso gambuzino…e qualquer semelhança com outro que encontrem será uma grande coincidência!


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Gente em Ação

A Página dos Mais Pequenos Reciclagem Inês Príncipe (4º Ano)

Hoje assisti a uma ação so-

a avó, disse que se ela não se-

bre a reciclagem. Fomos ver

parasse o lixo, a comia. E, como

um vídeo numa sala de aula

disse o lobo, se nós queremos

sobre como se deve reciclar o

que a nossa floresta continue

lixo que nós fazemos.

limpa, temos de continuar a pôr

A história era sobre o “Capu-

o lixo no ecoponto certo.

chinho Vermelho”, mas o lobo

Desta forma, damos-lhe uma

não era mau, era um lobo que

outra vida, ao fazermos novos

gostava de reciclar!

produtos com a reciclagem do

Ele ensinava a avó e a Capuchinho a separar o lixo:

lixo, por exemplo: roupa, sacos, sapatilhas…

- Ó avó, não deves deitar os

Foi uma aula muito engraça-

pacotes de leite e do sumo no

da, que nos ensinou que deve-

lixo normal, deves colocá-los

mos sempre reciclar o nosso

no ecoponto amarelo.

lixo, para pouparmos o ambien-

O lobo só queria ensinar a

te!

separar o lixo e, para assustar

Uma aula diferente na Biblioteca Escolar

“Um amigo nunca nos deixa para trás, partilha e guarda sempre os meus segredos. Traz-me no coração e mesmo longe, estamos sempre juntos.” - Carolina Santos “Ser amigo é ajudar os nossos colegas a pintar, a escrever, a fazer as fichas. É brincar com os outros. Ser amigo é ficar triste quando nós perdemos.” Rita Nascimento “Um amigo, para mim, é: ser bom para nós, saber escutarnos, ouvir as nossas ideias, partilhar, guardar os nossos segredos, brincar connosco. Saber ajudar-nos a corrigir os nossos erros.” - Francisco Braz

Dia do Idoso Professoras do 1º ciclo e Educadoras

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

“Um amigo, para mim, é alguém que partilha tudo comigo, que guarda os segredos, que brinca comigo e me ajuda a corrigir os erros que faço.” David Tavares “Um amigo é alguém que guarda os segredos e que partilha comigo os brinquedos e os seus livros.” Hugo Ribeiro

Um amigo é…

1 DE OUTUBRO

Como já é tradição no Agrupamento, as crianças da educação pré-escolar e os alunos do 1º ciclo comemoraram o “Dia do Idoso”. A sensibilização para o dia, para a importância dos idosos na comunidade e junto da família, principalmente das crianças, foi dada nas salas de aula pelas respetivas educadoras e professoras. A imagem passou certamente, bastava olhar para a energia e entusiasmo com que todos se envolveram na preparação e realização das atividades. Enquanto os alunos chegavam ao lar, já os “velhinhos” lhes acenavam, decerto esperavam por eles. Foi um momento emotivo, alguns eram avós e até bisavós de alunos; houve toque, troca de olhares, troca de carinhos… Acabados os cumprimentos, todos se organizaram e deu-se início às canções e coreografias. Seguiu-se a elaboração de painéis onde idosos e crianças colaboraram interagindo entre si. Para que não se apague da memória este dia, um dos painéis foi levado para a escola, outro foi levado para o jardim-de-infância. O 1º ciclo retribuiu deixando à instituição um quadro em azulejo feito pelos alunos; as crianças do pré-escolar distribuíram ramos de

3º Ano (1º Ciclo)

Os alunos do 3º ano foram sensibilizados, através da história de João Pedro Mésseder – O Aquário – para os valores fundamentais da amizade e solidariedade. Após terem ouvido esta história e eles próprios terem preenchido um inquérito sobre o valor da amizade, cada aluno fez o seu registo do que é para eles um amigo.

“Um amigo é alguém que nos ajuda, que tem tempo para nós e que nos ajuda a corrigir os erros que fazemos.” - Rafael Martins “Um amigo é aquele que guarda os meus segredos mais íntimos.” - Samuel Ferreira “Um amigo é aquele que partilha tudo connosco: tristeza, alegria, amizade, sucessos e fracassos.” - Tomás Esteves “Ser amigo é não chamar nomes aos colegas. É também ajudar os outros a fazer os trabalhos. Eu estou feliz quando tenho amigos!” - Ricardo Rodrigues

“Um amigo é alguém que nos apoia nos momentos mais difíceis.” - Tomás Vicente “Ser amigo é aceitar-nos tal como nós somos, aceitar os nossos defeitos. Ser amigo é ajudar-nos a sermos melhores.” - Ruben Esteves “Ser amigo é alguém que nos ajuda a corrigir os nossos erros para não tornarmos a falhar.” - Patrícia Afonso “Ser amigo é alguém que nos ajuda nos trabalhos e também a pintar, é brincar com os nossos amigos e não importa que seja com os óculos na ponta do nariz.” - Cristina Mendonça

Magusto no Jardim de Infância As educadoras do JI No dia 13 de novembro comemorámos o

flores feitos por elas próprias. A escola continuará a apostar em atividades como estas, abrindo-se à comunidade, promovendo o desenvolvimento das competências pessoais e sociais dos alunos, sensibilizando-os para o respeito e carinho que devem mostrar pelos idosos.

dia de S. Martinho, fazendo o tradicional ma-

Opiniões dos alunos: “Gostei deste dia, encontrei idosos conhecidos” “Gostei, porque até vi o meu avô e a minha bisavó” “Senti aquelas pessoas felizes” “Disseram-nos adeus, quando chegámos e abalámos” “Pegavam na minha mão e não a queriam largar” “Não estiveram sozinhos naquele dia”.

assadas e bebemos sumos. De se-

castanhas e à Bolaria Rodense que assou estes deliciosos frutos secos.

gusto. Depois de algumas atividades realizadas nas salas de aula (história de S. Martinho, pintura, colagens, canções e adivinhas alusivas à época), por volta das 14.30 horas saímos para o recreio, comemos castanhas guida, fomos brincar. O tempo ajudou e a tradição cumpriu-se. O nosso bem haja à Junta de Freguesia que ofereceu os sumos e as

O Nosso Magusto Leonor Araújo (4ºAno)

O Outono chegou Novembro começou O frio com ele principiou São Martinho o aliviou. Sol radioso, Ontem nos presenteou…

Magusto fizemos; Alunos, professores e funcionários Grande convívio aquele ! Uns assavam castanhas, carnes… Saborosas que estavam…! Terminamos com alegria, O nosso magusto escolar!


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Desporto

Liliana Vilela e Francisco Fonseca (9ºA) No dia 16 de novembro, pelas 14.00 horas, ocorreu o torneio inter-turmas do Agrupamento, cujo objetivo era o apuramento da melhor turma no que diz respeito a dotes futebolísticos. Para além disso, pretendia-se que os alunos praticassem exercício físico e passassem uma tarde divertida. Deu-se início ao torneio com o jogo entre o 3º e o 4º ano. O 4º ano ganhou. Em seguida, ocorreu o jogo do 2ºciclo, com as equipas do 5º e 6ºanos, e o 6ºano saiu vitorioso. Depois, jogaram as turmas do 7º, 8º e 9ºanos. O 8ºano ganhou um jogo e o 9º ano ganhou todos os outros. Na grande final, entre o 6º e o 9ºano (2º e 3ºciclos), viu-se que o 9ºano é a melhor equipa da escola.

Resultados 1º Jogo

3º Ano

1 x 5

4º Ano

2º Jogo

5º Ano

1 x 4

6º Ano

3º Jogo

7º Ano

1 x 7

8º Ano

4º Jogo

7º Ano

0 x 6

9º Ano

5º Jogo

8ºAno

3 x 4

9º Ano

Final

9º Ano

4 x 0

6º Ano

VENCEDORES 1º CICLO

4º Ano

2º CICLO

6º Ano

3º CICLO

9º Ano

VENCEDOR DO TORNEIO - 9º Ano

Corta-Mato Escolar

Gente em Ação

Torneio Inter-Turmas

Sérgio Silvestre (8º A), Filipe Caetano (9ºA) e Bruna Martins (7ºA) No dia 5 de dezembro realizou-se, no Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão, uma prova de atletismo – o corta mato escolar. Esta prova foi organizada pelo grupo de Educação Física com o apoio da Câmara Municipal, dos Bombeiros, da Guarda Nacional Republicana e da Direção do Agrupamento. Esta atividade teve como objetivos promover hábitos de vida saudável e o bem-estar dos alunos, proporcionar aos jovens a oportunidade de praticar na modalidade de atletismo uma especialidade diferente daquelas que são abordadas nas aulas de Educação Física, criar a oportunidade de adquirir padrões e hábitos desportivos e, por fim, desenvolver Traquinas Femininos 1º Beatriz Ribeiro 2º Cátia Oliveira 3º Soraia Cardoso

Traquinas Masculinos 1º Tomás Carrilho 2º David Tavares 3º Tomás Esteves

Infantis A Femininos 1º Tânia Pinguelo 2º Susana Silva 3º Sara Rei

Infantis A Masculinos 1º Fernando Mendes 2º Henrique Barreto 3º João Barateiro

Infantis B Femininos 1º Bruna Martins 2º Maria Faustino 3º Ana Carolina Cardoso

Infantis B Masculinos 1º Rodrigo Barradas 2º André Pina 3º Duarte Rodrigues

Iniciados Femininos 1º Sofia Ribeiro 2º Mariana Semedo 3º Liliana Vilela

as capacidades motoras adaptando-as às exigências da prova de corta-mato. Os responsáveis pela organização desta atividade consideram que a mesma foi realizada com qualidade e desde já, gostariam de dar os parabéns aos alunos dos 1º, 2º, 3º ciclos que participaram na prova com um desempenho exemplar, quer como atletas, quer como colaboradores e organizadores. Gostariam também de agradecer aos professores e funcionários do Agrupamento que foram incansáveis para que o programa fosse cumprido na sua totalidade. No final, houve a entrega de medalhas aos três primeiros classificados de cada escalão.

Iniciados Masculinos 1º Sérgio Silvestre 2º João Oliveira 3º João Gouveia

Juvenis Masculinos 1º Filipe Caetano 2º José Araújo 3º Tiago Mateus

Rodrigo Barradas (7ºA) Aquele dia na escola

se continuarem assim

foi um dia especial,

ficarão em 1º lugar.

decorreu o corta-mato o que foi uma cena brutal!

Houve muitos alunos que gostaram de participar,

Os alunos de V.V.R são os melhores

outros nem por isso,

e ninguém os vai parar,

pois ficaram em último lugar!

Reportagem fotográfica completa com todos os pódios.

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Corta-Mato Escolar


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Gente em Ação

Sugestões de Leitura Recados da Mãe Sofia Ribeiro, Beatriz Rodrigues (9ºA)

Autora: Maria Teresa Maia Gonzalez Editora: PI Edição: 2010 Coleção: Obras de Maria Teresa Maia Gonzalez Páginas: 160

Esta obra fala-nos de duas irmãs, a Clara e a Leonor, filhas de país separados. Certo dia, quando esperavam pela mãe à porta da escola, como era habitual, ela não apareceu.Tinha morrido. A vida delas mudou completamente. Primeiro, foram viver com o pai, durante pouco tempo, com quem não viviam desde a separação, mas as condições da casa não permitiam a entrada de mais duas pessoas. Foi então que, nas férias do verão, se mudaram para Coimbra para viverem, na Quinta do Chorão, com a avó materna, com quem nunca tinham tido qualquer tipo de contacto. Elas passavam os dias a brincar no jardim, mas era à noite que a saudade aumentava. Clara acordava todas as manhãs contando a Leonor

que tinha sonhado e falado com a mãe. Como a relação entre Clara e a avó materna não era a mais desejada, tentaram fugir de casa para ir ter com o pai a Lisboa, mas a fuga não correu como o planejado. Aproximava-se o início do novo ano lectivo. A avó levou as duas netas a Coimbra para comprarem todas as coisas necessárias para que pudessem dar entrada no colégio como alunas internas. Esse dia chegou e, acompanhadas pela avó, foram deixadas a cargo de uma freira. Naquele lugar reinava o silêncio, o que perturbava Leonor. O mesmo não acontecia com Clara para quem, desde os primeiros momentos, a capela passou a ser o centro das suas atenções e o seu refúgio. De aluna excelente, passou a ser apenas razoável, estudando pouco mais do que o indispensável para obter notas positivas. Deixou de ser uma rapariga comunicativa e passou a comportar-se de forma muito discreta. Mas continuava sempre atenta e preocupada com o bem-estar da irmã. Todas as noites, elas relembravam a sua mãe, assim como o sonho de terem uma casa igual à da avó, mas com paredes cor de rosa. Os anos foram passando e Clara tinha já feito a sua escolha em relação ao seu futuro, embora a avó plane-

Os Cinco e o Circo

asse para ela um curso para vir a ser professora. Aos vinte e um anos, depois de acabar os estudos, Clara comunicou à avó e à irmã que queria ser missionária e que brevemente viajaria para África onde aplicaria os conhecimentos que tinha adquirido. Leonor continuou a viver em casa da avó e, após a sua morte, a casa foi remodelada. Clara, após a ida para Moçambique, veio a Portugal apenas uma vez para ser madrinha da primeira filha adoptiva da sua irmã. Regressou novamente, passados vinte anos, para o casamento da afilhada. Gostámos de ler este livro e recomendamos a sua leitura a todos os que apreciam a obra desta autora.

Verão no Aquário Bianca Almeida (7ºA)

Bruna Martins (7ºA) Título: Os cinco e o circo Autor: Enid Blyton Edição: 2012 Editor: Oficina do Livro Coleção: Os Cinco Páginas: 232 Nas férias de Verão, Maria José, uma rapariga que gostava de ser tratada por Zé, foi para a casa dos primos, a Ana, o David e o Júlio, e levou o seu cão chamado Tim. Eles estavam a pensar o que

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

iam fazer nas férias quando viram o circo e foram ver mais de perto, fizeram logo amizade com um rapaz chamado Dino, que tinha dois cães: o Ladra-Ladra e o RosnaRosna. Durante a conversa, o Dino disse aos pequenos que ia para junto de um lago. Quando o Dino se foi embora, eles tiveram a ideia de ir para o mesmo sítio que o circo e assim foi. Passado algum tempo, chegaram ao local, mas o tio do Dino e outro homem, um acrobata, não gostaram deles e mandaram-

nos sair dali e eles subiram mais um pouco. Quando o tio do Dino os viu naquele sítio, mudou de opinião e disse para eles irem para junto do circo. Numa tarde, enquanto estavam a brincar, alguém deixou um bife para o Tim comer, no entanto ele, como era esperto, não o comeu. Mas Ladra-Ladra comeu o bife e ficou doente, pois a carne estava envenenada. Será que o Ladra-Ladra vai melhorar? Porque mudou de opinião o tio do Dino? Para saberes o final da história tens que ler o livro!

Autora: Lygia Fagundes Telles Editora: Presença Edição: 2006 Coleção: Grandes narrativas Páginas: 192

A história contada neste livro gera-se à volta de uma jovem chamada Raiza. Esta debate-se com um pequeno aquário onde está aprisionada e onde vai tentando juntar os fragmentos desencontrados da sua frágil vida. No sótão da sua casa existe um espelho de cristal adoentado onde ela vê presente a memória do seu falecido pai e a sua vida passada de menina. Raiza tinha medo que o espelho se quebrasse e perdesse o seu pai. Neste livro, a autora arrasta-nos para um mundo depressivo, o mundo de Raiza. Eu adorei ler esta obra, porque a autora, através de uma escrita poética, envolve-nos num frenesim de emoções, prendendo-nos à história. Somos obrigados a lê-lo da primeira à última página!

Harry Potter Ricardo Pereira (7ºA) Os meus livros preferidos são os da coleção Harry Potter. Falam sobre um rapaz que tem uma vida normal e que, aos 11 anos, recebe uma carta para ir estudar para Hogwarts, uma escola de feitiçaria. Durante 7 anos, na escola, o Harry tem de lutar contra um feiticeiro: Voldemort. Eu gosto dos livros e dos filmes, porque são emocionantes, têm muita fantasia e falam de amizade e de lealdade. Todos os livros são emocionantes e divertidos. Espero que gostem de os ler.


61 | DEZembro | 2012 Atividades

Centro de Interpretação de Arte Rupestre do Vale do Tejo Professor Jorge Gouveia

Jéssica Moreira (7ºA)

Gente em Ação

VISITA DE ESTUDO

17

Carolina Moreira (7ºA)

A valorização dos recursos patrimoniais do

No passado dia 26 de ou-

meio constitui um elemento diferenciador para as

tubro, eu e os meus colegas de turma, acompanhados

regiões e possui um potencial de desenvolvimen-

pelo nosso professor de His-

to económico e de valorização da identidade das

tória, o professor Jorge Gou-

populações. No reforço destes laços identitários,

veia, fomos visitar o Museu

os municípios e as escolas podem e devem tra-

de Arqueologia, que agora

balhar em consonância, articulando estratégias

se passou a chamar Cen-

para melhor valorizarem os seus recursos e os

tro de Interpretação de Arte Rupestre do Vale do Tejo e

colocarem ao serviço de uma linha de orientação

que fica situado no Largo do

educativa.

Pelourinho, em Vila Velha de

A recente inauguração do CIART, nas instala-

Ródão. No museu, vimos algumas

ções do Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento de Ródão, mereceu a nossa visita e reforçou, de forma significativa, e com elevados padrões de qualidade, as valências da sala de arqueologia, dando ao espaço museológico uma capacidade reforçada e uma complementaridade à já existente exposição. Para explorar este novo e melhorado espaço didático, a turma do 7º ano, na disciplina de História, realizou no passado dia 23 de outubro uma visita de estudo ao local, tendo como objectivos dar a conhecer aos alunos o rico e diversificado património geológico e arqueológico do concelho e, simultaneamente, consolidar os conteúdos lecionados na disciplina, sobre o tema dos povos recolectores e dos primeiros provos produtores. Também o estudo da arte rupestre do Tejo foi esções de grande qualidade existentes, à observação das rochas gravadas expostas e à profusa informação disponível. Os alunos reagiram de forma muito positiva à atividade, exploraram a informação disponível e as peças expostas, colocaram questões muito pertinentes e destacaram, com grande satisfação, o facto de o seu concelho ser depositário de vestígios tão abundantes e relevantes relativamente à presença humana mais antiga do território português.

figuras de arte rupestre, assim como alguns objetos e utensílios produzidos no período do paleolítico, instrumentos de pedra, tais como os bifaces e o seixo talhado, utilizados no dia a dia dos primeiros povos. Vimos também as pontas de seta, que serviam para caçar animais. Depois, passámos ao primeiro andar onde vimos alguns exemplos da Arte Rupestre do Tejo: gravuras feitas nas rochas que representavam animais, figuras humanas e outras cujo significado se desconhece. Estas gravuras eram feitas ao ar livre. Os nossos antepassados desenhavam sobretudo figuras de animais, porque pensavam que, se desenhassem animais de grande porte, teriam mais facilidade em os poder caçar. O professor Jorge explicou-nos como é que foram feitos os moldes das gravuras que se encontram submersas, pois algumas das pedras que estavam próximas do rio Tejo não puderam ser levadas para os museus para serem analisadas por serem bastante pesadas e de grande dimensão, então foram identificadas no local com letras e números. Por fim, vimos um filme sobre o trabalho dos arqueólogos que estudaram as gravuras e arranjaram maneira de as preservar. Foi uma visita bastante interessante, aprendi muito com ela e espero repeti-la para mostrar o que aprendi aos meus familiares!

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

pecialmente desenvolvido recorrendo às ilustra-

No dia 26 de outubro, nós, os alunos do 7º ano, fomos visitar o novo Centro de Interpretação de Arte Rupestre do Vale do Tejo, em Vila Velha de Ródão. Fomos a pé, porque o museu é mesmo muito perto da escola. Quando chegámos, dirigimo-nos para a zona onde estavam expostos vestígios dos vários períodos da presença do Homem no concelho. A primeira coisa que vimos foi um mapa dos sítios arqueológicos; o mapa tinha várias cores que representavam as várias épocas, mas as únicas que nos interessavam eram o paleolítico e o neolítico. Ficámos a saber que, no paleolítico, os homens acampavam perto do rio Tejo, porque lá tinham água para beber e tinham a possibilidade de caçar animais de grande porte, tais como cavalos, elefantes e veados. No neolítico, graças à agricultura, os homens começaram a deslocarse mais para o interior do concelho, afastando-se um pouco do Tejo. No espaço destinado à arte rupestre, também descobrimos que existem cerca de vinte mil gravuras rupestres junto ao Tejo. Os homens primitivos gravavam vários tipos de motivos: astrais (gravavam o sol), geométricos (gravavam figuras geométricas, círculos, espirais), zoomórficos (gravavam animais, sobretudo veados) e antropomórficos (gravuras com a representação humana). Vimos também que as gravuras podem ser associadas a vários períodos: período dos círculos e linhas, período atlântico, período meridional, período estilizado estático, período estilizado dinâmico e período arcaico. Por último, vimos um pequeno filme que nos mostrou que, antes da barragem do Fratel encher, foram realizadas cópias das gravuras em látex. Gostei muito desta visita de estudo.


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61 | DEzembro | 2012

Gente em Ação

Sugestões | Atividades | Opinião

TEXTO DE OPINIÃO

O Bullying Carolina Moreira (7ºA)

Bullying é um termo inglês que

nomes, fazer troça, dizer menti-

atingindo-se um ponto em que esta

zer algo para que as coisas mudem.

significa ameaça contínua e é uti-

ras, espalhar boatos e também

não resiste mais aos comentários

Penso que devemos ajudar-nos,

lizado para descrever atos de vio-

a exclusão do grupo de amigos.

e desiste, isolando-se dos próprios

compreendermo-nos e, por vezes,

lência que poderão ser físicos,

Na minha opinião, acho que o

colegas. Os insultos, as ameaças e

dar um ombro amigo a quem dele

verbais ou psicológicos feitos in-

bullying é mais praticado pelos rapa-

as agressões físicas ou verbais são

necessite e tentar ouvir algum cole-

tencionalmente. Algumas das ca-

zes, pois estes partem logo para as

ações constantes, bem como espa-

ga que tenha algum problema para

racterísticas do bullying são as ati-

agressões físicas; quanto às rapari-

lhar comentários negativos acerca

tentar ajudá-lo e não partir para

vidades agressivas que, por vezes,

gas, estou certa que muitos casos

da vítima. Sabemos que, quando

a violência, física ou verbal, por-

são praticadas frequentemente e

acontecem por não conseguirem

é praticado muitas vezes, pode ter

que violência gera violência e as-

acontecem em lugares onde exis-

socializar umas com as outras, e é

consequências muito graves como o

sim o bullying nunca mais tem fim.

tem algumas diferenças, quer de

aí que tudo começa. Em primeiro

desespero e até levar à morte. Es-

Se todos fizermos um peque-

comportamento, raça, língua, po-

lugar, os agressores começam por

tou certa de que, se tudo isto não

no esforço e tentarmos ser mais

der, estabilidade social ou outras.

criticar a vítima por causa da roupa

existisse, haveria melhor compre-

compreensivos uns com os ou-

É nas escolas que hoje, mais

que veste, ou pela etnia a que per-

ensão e aproveitamento na escola.

tros, talvez consigamos minimi-

do que nunca, ouvimos falar de

tence, ou pela religião que professa,

Para concluir, espero que os

bullying. Este acontece, por exem-

ou pela maneira como fala, ou até

meus colegas tenham aprendido

plo, em atos como gozar, chamar

por causa das suas incapacidades,

mais sobre este tema e tentem fa-

Moda Feminina Inverno 2012/2013

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Moda escolar Calças de ganga justas, camisa, camisola de malha, casaco com pelo e botas com tachas (à meia canela) ou ténis. Acessórios Uns brincos normais (ao gosto de cada adolescente), uma gola de malha, um anel e um colar curto. Unhas Um pouco compridas, pintadas de cores claras, com o anelar de outra cor ou então com fantasias. Moda festiva Vestido preto com alguns brilhantes na gola, casaco de ganga, meias de vidro pretas e botas com tachas (à meia canela). Acessórios Uns brincos compridos com brilhantes, um anel que sobressaia e uma mala de alças curtas. Unhas De uma cor só, com brilho e alguns brilhantes. Moda desportiva Leggings com polainas, t-shirt justa / camisola de cavas / soutien desportivo, casaco desportivo e ténis da Nike. Acessórios Elástico para o cabelo, um relógio com cronómetro e um gorro. Unhas Cortadas e simples

um

NÃO

pouco AO

este

problema.

BULLYING

!!!!

Halloween

Liliana Vilela, Mariana Semedo (9ºA)

As adolescentes, hoje em dia, gostam de andar sempre na moda. Por isso, deixamos aqui algumas dicas para se sentirem na moda em todas as ocasiões.

zar

Jéssica Mourato, Tatiana Barata (8ºA)

No dia 31 de outubro, na nos-

A Bárbara, do 5º ano, ganhou

sa escola, realizámos um con-

o 1º lugar e o segundo lugar

curso do Dia das Bruxas.

foi atribuído à Jéssica e à Ta-

Participaram rapazes e rapari- tiana, ambas do 8º ano. gas do 2º e 3º ciclos. O obje- Nós achamos que, nos próxitivo era fazer uma vassoura e

mos concursos, deveriam par-

decorá-la à nossa vontade.

ticipar mais pessoas.


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Gente em Ação

Atividades | Talentos

Visita ao Planetário

quena cópula onde tínhamos de estar muito caladinhos, pois o mínimo de ruído era ouvido. Foram-nos mostradas várias imagens de astros do nosso Sistema Solar. De seguida, o nosso conhecimento sobre constelações foi posto à prova ao observarmos o céu noturno reproduzido no teto. Ao acabar a visita, fomos almoçar. O almoço foi muito bom, pois toda a turma conviveu. Na minha opinião, a visita foi muito boa. Adorei!

Professora Carla Nunes No dia 21 de novembro, a turma do 7º ano deslocou-se à Escola Secundária Nuno Álvares para visitar o Planetário. Nesta visita, os alunos assistiram, durante cerca de uma hora, a uma sessão, na qual tiveram oportunidade de aprofundar os seus conhecimentos acerca das características dos planetas que fazem parte do nosso sistema solar e visualizar as várias constelações que nós, habitantes do Hemisfério Norte, conseguimos visualizar. Foram ainda abordados muitos outros conceitos, entre os quais galáxias, nebulosas, asteroides, ano-luz … Nesta sessão, os alunos acompanharam e corresponderam, de forma ativa e interessada, às explicações e aos desafios colocados. A sessão foi extremamente enriquecedora, pelas experiências de aprendizagem mais diversificadas que os alunos puderam explorar, pelo contacto com outro meio diferente do dia a dia e ainda pelo convívio e partilha que este género de ações proporciona.

Opiniões dos alunos: “Gostei de ter visto as constelações como: o Caçador, a Ursa Maior, a Ursa Menor, o Pégaso e o Cão. Também gostei de ouvir a explicação acerca de Júpiter e de Vénus.” - João Valente “O que eu gostei na visita ao planetário foi de ter visto muitas constelações que ainda não conhecia. Foi engraçado, pois lá dentro daquela sala, quando falávamos, ouvia-se o eco do que nós dizíamos. Gostei também de um guarda-chuva que tinha as constelações por dentro.” - Rosária Pires “Eu gostei da ida ao planetário, porque pude rever matéria e também gostei de ver o formato das estrelas.” - Ana Beatriz Encarnação

“O que eu mais gostei da visita foi de comunicar com as professoras através da parede.” - Rodrigo Barradas “Gostei muito da visita ao planetário, porque gostei de ver todas as constelações do nosso hemisfério.” - Mariana Santos “Reparei que algumas constelações tinham o nome dos nossos signos, como por exemplo: Capricórnio, Gémeos, Peixes, entre outros.” - Beatriz Cardoso “Gostei muito da visita, porque aprendi muitas coisas, nomeadamente sobre as constelações e também aprendi a identificá-las no céu.” - Jéssica Moreira “Adorei a visita Foi espetacular Fomos ver o planetário Ver as estrelas a brilhar. No fim da visita Voltámos para a escola Todos felizes e contentes Com tudo na sacola.” - Rute Carmona

Rui Tavares(7ºA) No dia 21 de novembro, a turma do 7ºA foi visitar um planetário a Castelo

Branco. Quando entrámos, vimos que ele tinha algo um pouco estranho: de onde quer que nós falássemos, ouvia-se tudo do outro lado da sala. Dentro do planetário, começámos por analisar os planetas do Sistema Solar, de seguida vimos o céu, que estava projetado nas paredes. Primeiro, procurámos a constelação Ursa Maior e as estrelas guardas, prolongámos a distância entre estas duas estrelas cinco vezes e encontrámos a Estrela Polar, que indica o Norte e depois vimos muitas outras constelações e o significado de algumas delas. Por fim, almoçámos e viemo-nos embora. Eu gostei muito da visita e achei-a bastante interessante, aprendi coisas novas e reaprendi outras.

Bianca Almeida (7ºA) No passado dia 21 de novembro, o 7ºA deslocou-se ao planetário da ESNA, para realizar uma visita de estudo no âmbito da disciplina de Físico-Química. Fomos acompanhados pela nossa diretora de turma, a professora Manuela Cardoso e pela professora Carla Nunes. Ao chegarmos ao nosso destino predefinido, fomos levados para uma pe-

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA VELHA DE RÓDÃO Avenida da Achada 6030-221 Vila Velha de Ródão

Um país de várias cores Bruna Matos (8ºA) Havia um país de várias cores, cores repletas de magia, magia que era mágica, mágica como a rosa fogo, fogo à volta do amor, amor que faz sonhar pelo céu, céu iluminado de estrelas. Havia uma rapariga que gostava de [música, música que era um sonho a tornar-se [realidade, realidade que nos faz pensar no brilho [das estrelas, estrelas que se tornam em claves de [sol de uma guitarra, guitarra que faz transformar a música [em letras de cantar, cantar faz-nos pensar nas vozes dos [músicos, músicos que ajudam as crianças a [adormecer melhor.

E-MAIL gente.vvr@gmail.com Na INTERNET

Grafismo e PAginação Professor Luis Costa Professor Helder Rodrigues

Webpage do Agrupamento http://www.anossaescola.com/rodao

Colaboradores Professores, Alunos, Pessoal Não Docente, Associação de Pais e Encarregados de Educação

Plataforma Moodle (Inclui a hemeroteca GA) http://vvr.ccbi.com.pt

IMPRESSÃO Jornal Reconquista Castelo Branco

Facebook www.facebook.com/Agrevvr

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

Coordenação Professora Anabela Afonso Professor Jorge Gouveia

Telefone: +351 272 541 041 Fax: +351 272 541 050 E-Mail: aevvr@net.novis.pt

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Gente em Ação

Última Página

Festa de Natal

Professora Graça Passos Professor Luís Costa

No âmbito do programa da Promoção e Educação para a Saúde, organizou-se uma formação para professores que terá a forma de um encontro vivencial de grupo. O trabalho será orientado pela psicoterapeuta corporal Teresa Ribeiro.

Mantendo a tradição dos últimos anos, o primeiro período letivo culminou na tradicional Festa de Natal, que decorreu na Casa de Artes e Cultura do Tejo. Mais uma vez, a sala foi pequena para acolher todos os elementos da comunidade educativa que quiseram assistir a esta fantástica festa. A Direção agradece a todos os que, de uma ou outra forma, colaboraram na organização e participaram nesta atividade, com um agracimento especial à CMVVR e à CACTEJO.

As inscrições são gratuitas e estão abertas até 15 de Janeiro.

No sentido dos ponteiros do relógio: Creche da Santa Casa da Misericórdia (“A Estrela Cintilante”); Alunos do 7ºA - “Ninho” 2 (Versão rap do poema de Ary dos Santos, “Natal é sempre que um homem quiser”); Alunos do pré-escolar e pais / encarregados de educação (“O casamento”)

E-Mail: gente.vvr@gmail.com

O corpo como centro

No sentido dos ponteiros do relógio: teatro pelos pais e encarregados de educação (“O Nabo Gigante”); teatro pelos alunos do 9º A, com um texto da sua autoria (“Um presépio bem vivo”) e momento de rap pelos alunos do 5º ano: “É sexta-feira (yeah!)”

As palavras nem sempre são suficientes e também no silêncio nos encontramos. A dimensão psicocorporal ganhou uma nova importância depois de Freud. Muitos, em especial W. Reich (seu ex-discípulo), acharam que o corpo fala mais verdade e não mente, ou seja, nele estão registados os eventos da nossa vida e a forma como lidámos com essas circunstâncias. A postura, a respiração, o tipo de movimentos, o tipo de expressão - tudo em nós conta uma história. A história da nossa vida pode ler-se no nosso corpo e à medida que ganhamos mais contacto connosco, mais consciência dos pontos de tensão e de repressão acedemos a outras possibilidades do existir. O encontro vivencial que ora se propõe orienta-se em duas partes. A primeira, mais focada na dimensão individual de cada participante (as sensações, as percepções, as emoções...), a segunda em que ganhamos atenção e disponibilidade para estar com o outro, na relação, na troca, na partilha, até onde o grupo quiser ir.

Sinopse - Propõe-se um encontro vivencial de grupo, orientado numa perspetiva psicocorporal. Usaremos o corpo como centro: ele impõe a nossa presença no mundo, a forma como entramos em relação com os outros e regista as marcas de como o tempo e as circunstâncias nos tocam. Trata-se de experimentar, entrar em contacto, estabelecer relação, escapando a processos de análise e construção mental. A música será por vezes uma companhia, mas o grande encontro será de cada um com a sua essência pessoal e com a dinâmica que o grupo consiga estabelecer nesse momento. Um momento descontraído, mas facilitador de um pequeno mergulho dentro de si. Apenas se necessita de abertura e disponibilidade para partilha. Reportagem fotográfica completa da festa e do almoço de Natal.

Data - Numa sexta-feira à tarde (no mês de fevereiro)


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