adelaide barbosa
Adelaide Barbosa
PARTICIPAÇÃO EM EXPOSIÇÕES COLECTIVAS
Portimão | 11 Dezembro 1959 2014 – CONFIA – Exposição de ilustrações . Edifício Axa . Porto 2012 – MIAB – IV Bienal Internacional de Arte da Madeira, Museu da FORMAÇÃO ACADÉMICA
Electricidade, Funchal, Madeira. 2011 – Centro Cultural de Sousel,
2006/08 – Frequentou o Curso de Design de Comunicação ISMAT / Lusófona, Portimão. 1982/83 – Frequentou Desenho e Desenho Gráfico no Centro de Arte e Comunicação Visual, (ARCO), Lisboa. 1981 - Concluiu o curso de design de Interiores e Equipamento Geral (IADE), Lisboa. 1976/77 – Sociedade Nacional de Belas Artes, (SNBA), Lisboa.
2º Encontro Internacional de Arte “Ao Redor do Touro”, Sousel 2010 – Galeria Paula Cabral, “LISBO-A-NJOS”, Dezembro, Lisboa 2010 – “UTOPIA AZUL”, Palácio D. Manuel, Novembro, Évora 2010 – VII Bienal de Artes Plásticas da Vidigueira, Setembro, Vidigueira 2010 – Galeria Paula Cabral, “O Fado”, Julho, Lisboa 2010 – Galeria São Francisco (Chiado), Junho, Lisboa. 2010 – Galeria Galveias (Chiado), Junho, Lisboa. 2009 – 1ª Mostra de Pintura, Rotary Club de Portimão, Portimão.
OUTRAS ACTIVIDADES PROFISSIONAIS
1990 – 5ª Salão da Primavera, Casino Estoril, Lisboa. 1990 – Galeria São Francisco, Junho, Lisboa.
2014 – Professora na Escola Secundária Poeta António Aleixo, Portimão. 2008 – Pediu a exoneração do cargo de docente. 1982/08 - Foi professora de Educação Visual. 1982/08 - Foi professora de Educação Visual.
1990 – “Novos Talentos na Arte Portuguesa”, Galeria São Francisco Janeiro, Lisboa
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS
PRÉMIOS E DISTINÇÕES
2014 - Gallery On The Hill, Daikanyama, Tokyo
1983/84 – Distinção de qualidade gráfica, Banda Desenhada,
2013 – Galeria Gomes Alves, Guimarães 2012 – Apresentação de livros, edição de autor (feitos manualmente), na Livraria Papa-Livros, Junho 2012, Porto 1992 – “Le Meridien”, Porto.
Escola Superior de Belas Artes (ESBAL), Lisboa.
1991 – “Le Meridien”, Porto. 1989 – Arquiprojecta, Lisboa
PUBLICAÇÕES
Japan Times - 2014 Diário Notícias Madeira – 2012 Time Out Lisboa_16 – 22 Março 2011 Time Out Lisboa_29 Dez. 2010 . 4 Jan. 2011
Exposição Individual | Centro Cultural de Cascais | 2015 Trabalhos sobre papel e tela
Texto escrito sobre as duas séries s. papel | Exposição Tokyo | 2014
A mancha vermelha na cal “Respiro. É uma atmosfera de reticências. A parte de dentro é que está viva. Respiro.” Herberto Helder, Húmus. Ao olhar pela primeira vez para estas duas séries de trabalhos de Adelaide Barbosa, vieram-me à memória uns versos de Herberto Helder, perfeitos na sua concisão e nas memórias visuais que provocam. Falam esses versos de uma mancha vermelha na cal, de mel dourado, das sedas amarelas, e sobretudo de um universo nocturno e sombrio onde a côr pontua o sentimento que perpassa em toda a poesia. O vermelho e o branco, mas também o amarelo, o ocre e o azul, conjugados com o negro da atmosfera nocturna, acentuam uma experiência que, no fim de contas, encontra o eco na percepção que todos temos do mundo em que vivemos. Contudo, as obras sobre papel que Adelaide Barbosa escolheu para esta exposição não possuem qualquer referência ao universo da figuração. Não há nelas objectos, nem imagens de seres vivos, nem naturezas mortas, nem paisagens. Tudo o que vemos são manchas de cor, resíduos de gestos, linhas negras. A descrição remete-nos para a hibridez da técnica e para um universo que dialoga consigo próprio, procurando na história os referentes que, no trabalho dos grandes mestres da pintura do século XX, a artista implicitamente adopta como sua família: toda a pintura matérica, de Dubuffet a Wols, mas também, e sobretudo, Tàpies que, como ela, sempre procurou na pintura os dois grandes pólos da vida e da morte que são os impulsos vitais da psique humana. Contudo, a obra de Adelaide Barbosa possui uma delicadeza, uma elegância e uma respiração que não encontramos na obra do mestre espanhol. Há nestes trabalhos sobre papel a transparência do tempo que obra demora a ser que é a marca mais evidente da sua originalidade. Na série intitulada “Linhas: matéria”, a pintura deixa o rasto que o gesto da artista provocou; a linha, que mais não é que o resultado do próprio processo de pintar, enrola-se sobre os brancos e os cinzas, deixa perceber todo o traçado que o corpo criou e, por fim, aponta sempre para esse grau zero da criação que mais não é do que aquele momento em que o artista decide inscrever um signo no espaço branco do papel. Na segunda série, pelo contrário, a artista divide todas as possibilidades que esse branco lhe oferece com uma mancha vermelha que tende a preencher a totalidade do espaço. E, através deste gesto fundador, convoca um corpo físico que é o nosso, feito de carne, nervos, sangue, respiração. Por isso, para além da abstracção evidente no trabalho de Adelaide Barbosa, há também isto: uma respiração que comanda o gesto, uma citação da história da arte, um apelo ao impulso vital que permite criar. Na vertical e na horizontal podemos recordar esse momento antiquíssimo em que alguém inscreveu, pela primeira vez, uma silhueta humana na parede de uma caverna, ou uma linha do horizonte num fresco que decorava uma casa. Na paleta sóbria que a artista utiliza, haverá o negro da noite, o branco da madrugada, o vermelho sangue, o mel generoso. Ou a cal de um muro, uma cal sempre manchada de vermelho ou cinza. Afinal, a arte talvez mais não seja do que a mancha, a nódoa sobre o absoluto da côr. Luísa Soares de Oliveira
Trabalhos s. papel de aguarela | 76 x 57 cm | 2012
Trabalhos s. papel artesanal reutilizado e tratado | 67 x 51 cm | 2013
Trabalhos s. tela | 2015
dĂptico | 80 x 120 cm | 2015
30 x 30 cm | 2015
30 x 30 cm | 2015
30 x 30 cm | 2015
30 x 30 cm | 2015
80 x 80 cm | 2015
dĂptico | 40 x 20 cm | 2015
16 x 16 cm | 2015
16 x 16 cm | 2015
dĂptico | 40 x 40 cm | 2015
2015 CENTRO CULTURAL DE CASCAIS