Jornal Batista nº 25-2021

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ANO CXX EDIÇÃO 25 DOMINGO, 20.06.2021

R$ 3.20 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

FUNDADO EM 1901

Coluna Dicas da Igreja Legal

Notícias do Brasil Batista

Quanto custa um Marcado na história! trabalhador para a Igreja? CB Paranaense promove primeiro Texto da semana responde a pergunta; confira! pág. 03

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

74a Assembleia

“Não temas, é tempo de agir”

congresso totalmente digital

Batistas do Mato Grosso do Sul elegem nova diretoria

pág. 10

pág. 12

CB do Planalto Central lança Campanha de Missões Estaduais pág. 12


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REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 20/06/21

EDITORIAL

Mulheres que fazem história É tradição aqui em O Jornal Batista, sempre no terceiro domingo de junho, destacarmos duas importantes datas em nossa denominação: o Dia da Educação Cristã Missionária e o aniversário da União Feminina Missionária Batista do Brasil, a nossa querida UFMBB. Desde o dia 23 de junho de 1908, quando foi fundada a então União Missionária das Senhoras Batistas do Brasil, composta de 20 Sociedades de Senhoras e cinco Sociedades de Crianças, nossas mulheres têm feito a diferença em nossa denominação. Como está estampado

na capa desta que é a 25a edição de OJB em 2021, são “Mulheres que fazem história”. Além da capa, as páginas 8 e 9 da UFMBB, normalmente publicadas no segundo domingo de cada mês, estão nesta edição. O conteúdo fala da história da organização e relembra a trajetória de algumas mulheres citadas na Bíblia que fizeram a diferença, que fizeram história e até hoje edificam as nossas vidas através de vidas consagradas ao Senhor. O conteúdo também fala do trabalho com as crianças, meninas,

mulheres e o futuro da organização. Parabéns, União Feminina Missionária Batista do Brasil. Que Deus seja sempre engrandecido através do trabalho desta organização, seja com Amigos de Missões, Mensageiras do Rei, MCM Jovem e as Mulheres Cristãs em Missão. E também através de suas casas de ensino, o Centro Integrado de Educação e Missões (CIEM) e o Seminário de Educação Cristã (SEC). Que cada vez mais vocacionados cheguem a essas instituições e saiam capacitados e inspirados a cumprirem o seu

chamado. Parabenizamos também toda a equipe da UFMBB, que tem se dedicado para que a organização seja cada vez mais relevante para o Reino de Deus e para a nossa denominação. Continuem fazendo história! Quer conhecer mais da organização? Visite o site (www.ufmbb.org.br) e as suas redes sociais: Facebook: facebook.com/ufmbb Instagram: @ufmbbbrasil Twitter: twitter.com/ufmbb Youtube: UFMBBOficial n

( ) Impresso - 120,00 ( ) Digital - 50,00

O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901

SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ) CONSELHO EDITORIAL Francisco Bonato Pereira; Guilherme Gimenez; Othon Ávila; Sandra Natividade

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Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida


REFLEXÃO

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DICAS DA IGREJA LEGAL

Quanto custa um trabalhador para a Igreja? Jonatas Nascimento

PIS s/Folha de Pagamento

1%

A apuEm termos de encargos direitos, a IRFON rar título de exemplo, suponhamos que determinado funcionário tem salário de * Esse percentual de 7,5% pode cheR$1.000,00 por mês. Sobre esse valor contratado, a Igreja empregadora deverá gar a 14%, dependendo da faixa de salário do trabalhador. observar a tabela abaixo: INSS Empregador

20%

INSS Empregados (Dedutível no contracheque)

8%*

RAT – Risco Ambiental do Trabalho

1%

Outros

5,8%

FGTS

8%

Nota 1: há outros custos para a Igreja empregadora, dentre os quais destacamos: a) Exames médicos (admissional, periódicos e demissional); b) Normas Regulamentares; c) Vale Alimentação ou Vale Refeição, d) Vale transporte; e) benefícios previstos em Acordos ou Convenções Coletivas de Trabalho etc.

Nota 2: na próxima edição falaremos posto de renda na fonte (IRFON) até a sobre os direitos básicos do trabalhador. data de vencimento prevista, em caso de incidência à luz da tabela divulgada Quanto custa um prestador pela Receita Federal do Brasil. de serviços para a Igreja? À Igreja cabe o encargo previdenciáSobre serviços tomados de autôno- rio de 20% sobre o total do serviço presmos (trabalhadores avulsos que prestam tado. O valor total do percentual aplicado serviços eventuais, tais como pintores, (20% + 11% = 31%) deverá ser recolhido pedreiros, eletricistas, encanadores, jar- pela Igreja empregadora aos cofres da dineiros, engenheiros, arquitetos, advo- Previdência Social no vencimento pregados, contadores...) deve a Igreja fazer visto. n o pagamento através de Recibo de Pagamento de Autônomo (RPA), efetuando-se Empresário contábil, diácono os descontos incidentes, a saber: 11% Batista e autor da obra relativo à contribuição previdenciária “Cartilha da Igreja Legal” em benefício do prestador de serviços. E-mail: jonatasnascimento@hotmail.com Também deve fazer a retenção do imWhatsApp: (21) 99247-1227

Educação cristã missionária Rubin Slobodticov

pastor, colaborador de OJB

No dia que a União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB) aniversaria, ela também celebra o Dia de Educação Cristã Missionária. Isso ocorre no dia 23 de junho. A história brilhante da UFMBB encartada em www.ufmbb.org.br diz que desde o início da obra Batista no Brasil, as mulheres têm se reunido para orar e trabalhar por missões. Estas duas colunas - oração e serviço - têm marcado essa gloriosa trajetória que teve início em 1908. Mesmo antes de ser uma organização em nível nacional, as senhoras reuniam-se nas Igrejas para orar e estudar como evangelizar e praticar beneficência. Foi organizada, em 23 de junho de 1908, a União Missionária das Senho-

ras Batistas do Brasil, composta de 20 Sociedades de Senhoras e cinco Sociedades de Crianças. No ano de 1922 saiu a primeira revista, intitulada Revista Para Trabalho de Senhoras Batistas, contendo programas para senhoras, moças e crianças. Também, nesse ano, as Sociedades de Moças foram incluídas e a União passou a adotar o nome: União Geral de Senhoras do Brasil, órgão auxiliar da Convenção Batista Brasileira (CBB). Pouco a pouco, o trabalho da União Geral foi se desenvolvendo, tanto na publicação de literatura, como na expansão de seu ministério (ibid.). A organização mais jovem, Mensageiras do Rei, surgiu em 1949, sob a liderança da missionária Minnie Lou Lanier, alcançou as pré-adolescentes e as adolescentes, e assim completou a família da União Geral, que em 1963

passou a chamar-se União Feminina Missionária Batista do Brasil, Feminina, porque não era só para as senhoras, mas abrangia todo o elemento feminino; Missionária, porque a sua razão de ser é Missões. A União Feminina Missionária Batista do Brasil promove uma campanha cujas ofertas são transformadas em investimento para homens e mulheres que se preparam no Centro Integrado de Educação e Missões (CIEM) e no Seminário de Educação Cristã (SEC) que, pelo que consta, não recebem percentual do plano cooperativo. O sustento vem da coparticipação dos alunos e da oferta de Educação Cristã Missionária que é dividido entre o CIEM e o SEC. A função da educação cristã missionária é fundamental às Igrejas, pois através dela é desenvolvida a visão missionária da criança à fase adulta, a

ferramenta educacional cristã fomenta o cumprimento da missão de salvar pecadores. A ênfase neste mês de educação cristã missionária faz parte de um movimento constante de despertamento da Igreja para o ensino e a ação missionária, e consequentemente, a dedicação de vidas para a obra e de oferta para o sustento do preparo dos seus vocacionados. Todas essas preciosas informações estão contidas em www. ecm.ufmbb.org.br/o-que-e A educação cristã missionária promovida com eficiência e desenvolvida em plenitude pela UFMBB merece reconhecimento por sua persistência em cooperar efetiva e integralmente dentro de cada Igreja Batista em solo brasileiro. Seus frutos são computados em abundância para alegria e crescimento do Reino de Deus. Parabéns. n


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REFLEXÃO

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Mulher Cristã Leila Matos

educadora cristã, membro da Igreja Batista Vida em Niterói - RJ

Para falar de mulher É preciso sempre lembrar Existe só um dia dela Mas ela faz tudo em todo lugar. É a mulher charmosa Bela, como a miss Brasil Simpática, inteligente Tendo qualidades mil. Tem que ser elegante Ter um corpo escultural Vestir-se sempre na moda Ter bom gosto tri-legal.

Olavo Feijó

E a mulher cristã Como deve proceder? Tem que ser exemplo Na palavra e no viver. Por isso, mulheres cristãs, parabéns Apesar de tanta obrigação Seguem servindo a Cristo Sendo dignas de admiração. Tenhamos certeza que o mundo não precisa De mulheres de beleza vã O mundo precisa hoje De verdadeiras mulheres cristãs. Mulheres que fazem de suas vidas O valor de uma joia preciosa Mulheres cristãs, servas de Deus Hoje e sempre uma mulher virtuosa. n

pastor & professor de Psicologia

Grande é a tua fé “Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã” (Mt 15.28). Jesus mesmo quantificou o impacto que a fé pode desempenhar em nossa vida. Quando Ele curou a filha de “uma mulher cananeia”, que vivia “horrivelmente atormentada por um demônio” (Mateus 15.22), o Senhor comentou sua decisão, elogiando-a: “Mulher, você tem muita fé!” (Mateus 15:28). Qual poderia ser o significado de “ter uma grande fé”? No mínimo, ter fé é aceitar como real as coisas que,

de um modo geral, são olhadas como imaginárias, por indivíduos do nosso entorno. Ter fé, quase sempre, é remar contra a maré: não por exibicionismo, mas pela convicção de que um rumo certo não tem que ser um rumo fácil. A única pessoa autorizada para avaliar a nossa fé é o Cristo. Receber a autorização Dele quer dizer que estamos os pondo em prática os Seus ensinos. Quanto mais amamos a Bíblia e nos esforçamos em obedecê-la, mais alimentada espiritualmente fica a nossa fé. Quanto maior fica a nossa fé, menor se torna o nosso ego (João 3.30). Quanto mais submisso a Cristo o nosso ego, mais glorificado o nome do Pai Celestial!

Os oponentes a uma verdadeira conversão Celson Vargas

pastor, colaborador de OJB

“Então Jesus lhe ordenou: Retira-te satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele darás culto” (Mt 4.10). Foi permitido pelo Pai, que Satanás se aproximasse de Jesus homem, para submetê-lo a diversas tentações. Se aceitasse, teria Jesus pecado, por trocar as promessas do Pai pelos atrativos oferecidos pelo tentador. Disto tiramos lições sobre nossas dificuldades para uma verdadeira conversão a Jesus.

Foi sugerido a Jesus usar Seu poder para atender Suas necessidades de pão, ao que Jesus renegou, dizendo que nem só de pão vive o homem, mas da palavra que vem de Deus (Mateus 4.4). O inimigo também sugere que tenhamos uma vida voltada somente para nossas necessidades materiais, para nelas nos envolvermos de tal forma que se constituam em oponentes para seguirmos Jesus. Ele também usou a própria Bíblia, porém, de forma distorcida, (Mateus 4.5-6; comparem com Salmos 91.1112), para tentar enganar Jesus, mas Ele a isso também rejeitou, dizendo

ser uma tentação ao Senhor (Mateus 4.7). Também a nós é oferecido um falso evangelho por pregadores que distorcem o sentido da Bíblia, com objetivos de nos levar a um mero tradicionalismo religioso, ao desconhecimento de Jesus como único e suficiente Salvador, e, ainda, ao evangelho da prosperidade, o que tem sido um eficiente oponente à maioria da humanidade para a conversão. Finalmente foi oferecido a Jesus as glórias dos reinos do mundo, a preço de que Ele adorasse a Satanás, o que repreendeu vigorosamente dizendo: “Está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás,

e só a Ele servirás” (Mateus 4.8-10). Satanás, de forma contínua, usa as glórias dos reinos do mundo, que são: riquezas, luxúrias, poder etc., para tentar a humanidade a não se converter a Jesus. A isso precisamos rejeitar veementemente e decidirmos pelo Reino dos céus, que Jesus tem para oferecer a todos que a Ele se convertem. “Assim como meu Pai me confiou um reino, eu vo-lo confio, para que comais e bebais à minha mesa no meu reino...” (Lucas 22.29-30). Não permitamos que essas coisas continuem se opondo à nossa conversão a Jesus. n


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Os deveres da Igreja para com o pastor

José Manuel Monteiro Jr. pastor, colaborador de OJB

No Dia do Pastor, muito se fala dos deveres e das responsabilidades do obreiro. O pastor é aquele ser em que se espera dele uma série de predicativos. Pastor tem que ser estudioso, disciplinador, pai, psicólogo, administrador e, acima de tudo, espiritual. Poderíamos apontar outras características, mas gostaria de ressaltar o outro lado, os deveres da Igreja para com o pastor, ou os pastores - caso a Igreja tenha pastores auxiliares. Nós, que pertencemos ao corpo de Cristo, precisamos atentar diligentemente para alguns princípios importantes nesta relação Igreja/ pastor. Em primeiro lugar, a Igreja precisa não tornar a vida do obreiro um fardo (He-

breus 13.17). Chamo a sua atenção para a expressão “não gemendo”. Não tenho dúvida de que existem ministros preguiçosos e apáticos no ministério, que querem os bônus, mas não querem o ônus. Mas também é verdade que algumas Igrejas se especializaram em fazer a caminhada pastoral um grande fardo. Em nosso país, temos visto pastores esgotados, exauridos em suas forças, com suas famílias arrebentadas por conta de líderes e famílias que não querem ser pastoreadas e fazem da Igreja seus feudos pessoais. Muitos pastores estão gemendo e já não veem o episcopado como uma excelente obra, mas um peso insuportável. Em segundo lugar, a Igreja precisa reconhecer o trabalho feito pelo obreiro (I Tessalonicenses 5.2-13). Trago este ponto porque dentro do contexto

de nossas Igrejas, muitas pessoas não consideram o trabalho pastoral como trabalho. Muitos não consideram a formação teológica como uma formação. É justamente por isso que inúmeros pastores estão correndo atrás de um diploma secular. Alguns, na tentativa de intimidar e diminuir o pastor, falam de suas credenciais acadêmicas arrogantemente para não se submeter as orientações pastorais. “Ovelhas” que agem assim, não tem consideração pelo trabalho pastoral. A Congregação que reconhece o trabalho pastoral demonstra um profundo amor para com aquele que Deus colocou para conduzir o rebanho. Em último lugar, a Igreja precisa valorizar a dedicação do obreiro (I Timóteo 5.17). Além de reconhecer o trabalho desenvolvido pelo obreiro, também precisa

valorizar o obreiro que se afadiga no estudo da Palavra e no ensino. Pregar é uma tarefa árdua, que envolve oração e tempo de estudo. O pastor necessita extrair os tesouros da Palavra de Deus e transmitir ao povo no poder do Espírito Santo de Deus. O apóstolo Paulo ressalta que os dedicados ao estudo são dignos de redobrados honorários. O melhor investimento que uma Igreja pode fazer é no seu pastor. Temos comunidades cristãs, que a semelhança da Igreja de Corinto não valorizam o trabalho desenvolvido pelo seu líder. Existem pastores que passam por necessidades por não receberem uma remuneração digna. Louvo a Deus pela Igreja que faço parte, porque nela exerço o ministério com alegria. A Igreja reconhece e valoriza o trabalho desenvolvido. A vocês fica aqui minha estima e gratidão. n

Igreja - os discípulos de Cristo

Cleverson Pereira do Valle pastor, colaborador de OJB

No ano de 1984, a Junta de Educação Religiosa e Publicações, a antiga JUERP, publicou a revista “Doutrina Bíblica da Igreja”, de Glendon Grober. Uma das lições tratava-se da “Igreja - os discípulos de Cristo”. Jesus aplicou o título de discípulos aos Seus seguidores. Aqueles que seguem e aprendem de alguém. Discípulos do Mestre Jesus. Os discípulos deveriam aprender, e não apenas isso, aprofundar-se e aperfeiçoar-se na vida cristã. O apóstolo Paulo sabia que as Escri-

turas eram proveitosas para o ensino, conforme II Timóteo 3.16. O ensino é parte integrante da natureza da Igreja; Glendon Grober diz que é sua garantia de vida e continuidade. O discípulo de Cristo deve aprender como praticar: amor, serviço, adoração, oração, perdão, ser gentil e humilhar-se. O que os discípulos aprendiam? A atividade educacional das Igrejas do Novo Testamento visava a três finalidades, conforme Glendon Grober:

ca dos perdidos, divino amor, morte pelo pecado da humanidade, ressurreição, exaltação e Sua posição à destra de Deus. Nada é mais importante para a Igreja do que ensinar ao mundo, crentes e descrentes, Jesus. “Examinais as Escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim” (Jo 5.39). Os homens jamais conhecerão a Cristo sem o conhecimento bíblico. O verdadeiro discípulo procura seguir 1ª - Ensinar e anunciar Jesus mais de perto o Mestre e aprender dele A Igreja contava a história de Jesus. com mais intimidade. Sua encarnação, vida sem pecado, bus-

2ª - Instruir em justiça O ensino modifica a conduta. A Igreja tem que explicar e esclarecer os preceitos bíblicos. Aplicar o ensino na vida; Criar - Instruir (Efésios 6.4). 3ª - O aperfeiçoamento dos santos Preparar o povo para liderar, para ensinar a outros (Efésios 4.11-13). O Novo Testamento quer que todos os discípulos sejam aperfeiçoados. A Igreja é formada de discípulos de Cristo, que devem aprender para ensinar diretamente das Escrituras Sagradas. O próprio Jesus disse “Examinai as Escrituras.” n


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REFLEXÃO

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Oremos por mais obreiros e pelo consolo do Senhor Jeferson Cristianini

pastor, colaborador de OJB

Lembro-me de ouvir, quando estava no seminário, lá pelos idos de 2003 e 2004, que havia uma “crise de vocação” entre os Batistas, pois havia poucos jovens interessados no curso de Teologia, e, consequentemente, nos próximos anos haveria poucos novos pastores. De fato, constatei que após ser consagrado ao ministério pastoral, a frequentar as reuniões das associações, retiros de pastores e convenções estaduais e nacionais, ouvi, muitas vezes, Igrejas à procura de pastor e vários relatórios mostrando Igrejas sem pastor. Com a chegada da pandemia, infelizmente, semana após semana, recebi notícias de pastores que foram promovidos às mansões celestiais. Muitos pastores, de várias idades, morreram por conta da pandemia da COVID-19, e foram chamados à presença de Deus. Dessa forma, muitas Igrejas passaram pelo luto e outras ainda estão se recuperando da perda de seu pastor. Certamente, a perda de um pastor deve ser traumática para a Igreja local. Diante do atual momento de pandemia, constata-se a necessidade da figura

do pastor para alimentar, cuidar e orientar o rebanho que carece de atenção. A Bíblia diz que a Igreja é plano de Deus e que Ele zela por Seu povo e Suas Igrejas locais, dessa forma, Deus usa o pastor para capacitar a membresia, a fim de que os membros usem dons e talentos na expansão do Reino. O pastor também cuida dos relacionamentos, aconselha os membros e atua como mestre e evangelista. Deus usa as Igrejas locais para a propagação do Evangelho e para a edificação do rebanho dEle. A Bíblia diz que “Deus é pai dos órfãos” (Salmo 68.5), ou seja, Deus cuida como Pai daqueles que perdem seus pais biológicos. Esse conceito de paternidade é interessante para a nossa compreensão do cuidado de Deus, e revela uma promessa de que nosso Senhor cuidará dos que creem em Seu cuidado. Assim como Deus cuida dos órfãos, Ele cuidará de Sua Igreja. Precisamos crer que Deus, por meio do Espírito Santo, consolará as famílias que perderam um ente querido para a COVID-19, assim como consolará as igrejas que estão sem pastor. Deus irá ajudar, aconselhar e orientar tais Igrejas na escolha de novos obreiros até encontrarem um novo pastor. Cabe a nós,

que fazemos parte do reino de Deus, orar pelo avanço da Igreja de Deus e orar incessantemente. Precisamos orar ao Senhor para que convoque mais pastores para Sua obra. Jesus convocou Seus discípulos e os orientou assim: “A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Mt 9.37). A constatação de Jesus é fantástica quando diz que a “seara é grande, mas os trabalhadores são poucos”, revela-se que a conta não fecha, ou seja, sempre haverá necessidade de obreiros porque a seara é grande. Jesus prossegue sua orientação assim: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para sua seara” (Mt 9.38). Nosso Senhor mostra que a forma de arregimentação de obreiros para a seara é por meio da oração. Precisamos “rogar” ao dono da seara para que mande mais trabalhadores. Carecemos orar muito ao Pai pedindo que Ele convoque e chame mais vocacionados para suprir as demandas dos campos missionários e para pastores de Igrejas locais. Cremos que Deus é o nosso provedor, nosso pastor e que “nada teremos falta”. Deus suprirá a Seu tempo os obreiros necessários para o cuidado do Seu re-

banho. Oremos pelo consolo do Senhor e pelo despertamento de novos vocacionados dispostos a servir ao Senhor na Sua seara, cientes que quando “o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória” (I Pedro 5.4). Jesus, ao chamar Pedro para o ministério, exigiu muito amor para cuidar do rebanho do Senhor. Olhando para o campo chamado Brasil precisamos lembrar das palavras de Jesus: “erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa” (João 4.35). Que Deus cuide e envie novos obreiros às Igrejas e vocacione novos ministros para os campos carentes desse imenso Brasil, a fim que o nome de Jesus seja pregado em nossa nação. Oremos e cantemos: “Minha Pátria para Cristo! Eis a minha petição. Minha Pátria tão querida. Eu te dei meu coração. Lar prezado, lar formoso. É por ti o meu amor. Que o meu Deus de excelsa graça. Te dispense seu favor! Salve Deus a minha Pátria. Minha Pátria varonil! Salve Deus a minha terra. Esta terra do Brasil!” (Hino 603 HCC). Minha constatação de que há uma carência de pastores, me leva a orar ao Dono da Obra, o Senhor da Seara. Ele é fiel e nos ouvirá! n


MISSÕES NACIONAIS

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Projeto missionário oferece reforço escolar no Amazonas

O Senhor Jesus Cristo está interessado em todas as áreas da vida de um ser humano e, por isso, o trabalho missionário também tem a ver com a vida das pessoas como um todo. Nesse sentido, as missionárias Andressa Neves e Késia Machado, que atuam na Comunidade Axinim, em Nova Olinda do Norte, no estado do Amazonas, têm desenvolvido um trabalho muito especial com as crianças da região. Três vezes por semana, as missionárias ajudam crianças entre seis e 12 anos com aulas de reforço escolar. “Elas são muito animadas com as aulas e ficam muito tristes quando não tem.

Elas se interessam também pelas outras programações que temos, participam de tudo! Agora, temos um maior contato com as famílias por meio delas”, comenta Andressa. Os materiais escolares utilizados nessas aulas foram doados pela Primeira Igreja Batista de Niterói, no Rio de Janeiro, e chegaram até a comunidade em uma caravana do Barco O Missionário. Para a glória de Deus, irmãos e irmãs doaram mochilas, cadernos, lápis e borrachas. Além disso, cada mochila foi entregue com uma Bíblia, que as crianças usam para praticar a leitura e a interpretação textual. Enquanto desen-

volvem a leitura, elas também conhecem mais sobre Jesus e as histórias da Bíblia. Esse projeto estava no coração das missionárias, que já tinham trabalhado com aulas de reforço em suas cidades. Ao chegar no campo missionário, perceberam o quanto a educação precisava de apoio. “As crianças não sabiam nem escrever o nome completo. É muito gratificante ensinar e ver o desenvolvimento delas a cada dia”, relata Késia, que vê esse projeto como uma resposta de Deus. “As aulas nas escolas ficaram interrompidas desde o início da pandemia.

Esse ano, as crianças estão recebendo apostilas com atividades para serem respondidas em casa. Então, nós explicamos essas atividades e as ajudamos. A maioria dos pais não conseguem ajudar, pois não concluíram os estudos”, comenta Andressa, ao lembrar que, para frequentar as aulas, as crianças precisam ir de máscara. Por enquanto, o projeto recebe 14 crianças, separadas por horários e faixas etárias. Ore pela vida das missionárias e das crianças e suas famílias, que estão sendo alcançadas pelo amor de Cristo e por sua Palavra. Louvado seja Deus! n


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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA


NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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Pastor Marcio Santos completa sete anos como diretor executivo da Convenção Batista Mineira Durante esse período, muitos projetos foram realizados pela CBM. Ilimani Rodrigues e Kátia Brito

jornalistas da Convenção Batista Mineira

No ano de 2014, os Batistas mineiros conheceram seu novo diretor executivo: pastor Marcio Santos. Neste tempo, a denominação Batista em Minas Gerais pôde ver o nascimento de vários projetos que têm como missão servir as Igrejas Batistas do estado e a sociedade mineira. A sua chegada à CBM se deu na época em que o pastor José Renê Toledo encerrou seu ciclo como diretor executivo. O presidente da Convenção era o pastor Aloízio Penido Bertho, que pensou no pastor Marcio para o cargo de diretor. “Com a saída do pastor Renê, logo veio a minha mente que o Marcio, com muito mais experiência, estava pronto para assumir um desafio como este. A Diretoria da Convenção, na época, optou por escolher o seu nome por unanimidade após uma longa entrevista, em que todos ficaram impres-

Pr. Marcio Santos e sua família sionados com as respostas obtidas. Hoje, me sinto realizado ao constatar o grande trabalho que vem realizando como diretor da Convenção Batista Mineira, com reflexos em todo Brasil Batista, como destaque em várias áreas, dentre as quais destaco o seu trabalho como ótimo negociador, mobilizador, planejador, pacificador e levantador de recursos extraordinário. Essas e tantas outras características

Durante esse período, pastor Marcio visitou muitas Igrejas em Minas Gerais peculiares na vida do pastor Marcio Alexandre fazem dele um destaque e orgulho dos Batistas em todo o país”, afirma pastor Aloízio Penido Bertho, líder da Primeira Igreja Batista em Juiz de Fora-MG. Na data em que completou oficialmente sete anos como diretor executivo, o pastor Marcio, em postagem em sua rede social, demonstrou sua gratidão pelas experiências e apoio re-

cebido em sua gestão: “Hoje, ao olhar para trás, tenho muitos motivos para louvar a Deus, agradecer o apoio da minha família, amigos e equipe CBM!”. A Gerência de Comunicação e Eventos, em nome de toda Equipe CBM, agradece pela vida e liderança inspiradora do pastor Marcio, que tem feito com que a denominação Batista no estado cumpra sua missão e colabore com a expansão do Reino de Deus. n

Congresso Esperança 2021 marca a história dos Batistas Paranaenses! Este é o primeiro congresso totalmente digital realizado pela CBP. Rodrigues Lopes

coordenador de Desenvolvimento de Igrejas da Convenção Batista Paranaense

O Congresso online Esperança 2021, realizado nos dias 04 a 06 de junho, é um marco na história dos Batistas do Paraná. Este, que foi o primeiro numa versão totalmente digital, sem dúvida servirá de referência para congressos futuros. O congresso foi um marco porque tratou do tema esperança num momento de incertezas, adversidade, dor e angústia. As mensagens, ministrações musicais, ministrações através de LIBRAS (Língua Brasileira de sinais), os painéis temáticos foram instrumentos poderosos para transmitir esperança em momentos difíceis. Um dos pontos altos foi o Congresso Kids, com o tema “Esperança para Vencer”, que proporcionou aos pequeninos uma programação extrovertida, profunda e impactante.

Convenção Batista Paranaense vê esta programação como referência para as próximas realizações Deus usou poderosamente todos os preletores e toda a programação, de modo que eram evidentes as manifestações dos participantes dizendo que cada mensagem estava impactando seus corações. Houve até um momento onde os irmãos que assistiam pela plataforma do Youtube diziam: “Não pare, está muito bom e abençoador”. Foi maravilhoso e abençoador ver o envolvimento dos mais de 150 irmãos

que atuaram diretamente na área técnica, ministrações, coordenação e apoio. Um dos maiores legados do Congresso Esperança foi ver a unidade dos Batistas de todos os cantos do estado. Mais de 40 Igrejas retransmitiram as programações em suas plataformas e milhares de membros das Igrejas do Paraná e do Brasil participaram efetivamente de toda programação.

Não seremos mais os mesmos após este momento histórico. Deus nos mostrou que juntos podemos fazer muito mais, juntos somos mais fortes e mais impactantes. Quando nos unimos com uma só mensagem, como um só povo, chegamos mais longe e impactamos mais vidas. Ao Senhor, toda honra, glória e louvor. n


MISSÕES MUNDIAIS

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Celebrando as conquistas de 2021 em Moçambique Ana Jhuly Stellet Redação de Missões Mundiais

Grandes são os desafios em todo o mundo, por conta de crise econômica, política, de saúde, mas Deus tem cuidado de nós. O primeiro semestre deste ano marcou o distrito de Dondo, em Moçambique, onde atua a missionária Ana Cristina. Veja o que Deus tem feito naquela região. Encerramento do Módulo Nova Vida no Instituto Bíblico de Sofala, no distrito do Dondo - Realmente são novas criaturas. São ex-curandeiros, prostitutas, ladrões, ex-dependentes químicos e alcoólatras. Estes 20 alunos formam a primeira turma do curso elementar do ano de 2021. Eles estão em capacitação e preparação para exercer o pastorado. “Louvo a Deus por ser um instrumento usado para contribuir na formação destes líderes e frutos pastores os quais

serão bênçãos para esta linda nação”, declara a missionária Ana Cristina. Na ocasião, cada aluno recebeu Bíblias e os livros de Romanos e João. Contamos com as orações.

Iniciou a segunda etapa do “Projeto Sublime Tarefa”, na comunidade de Ndunda - Muitas famílias serão beneficiadas com o plantio de hortaliças e um lindo pomar. Assim, contribui para diminuir o índice de pobreza e desnutrição do local.

Líderes em formação no módulo Nova Vida.

“Encontro de Mulheres. Foi uma manhã de estudo e meditação da Palavra de Deus. Encerramos este dia com muito louvor, dança e almoço”, conta a missionária.

Este é o casal pastoral da Igreja Batista Renovada da Balança, que contribui com a missionária Ana Cristina para o avanço da sinalização do Reino de Deus em Moçambique.

Muita alegria com o retorno do culto infantil.

Louvado seja o nome do Senhor pelo primeiro semestre de 2021 em Moçambique. Ore para que possamos Viver o Poder de Transformar durante os próximos meses naquele país. n

dade e ânimo para compartilhar e contagiar com seu amor, seja no momento que for e onde quer que estejamos. E agradecemos ao Senhor especialmente por sua vida, pela dedicação e envolvimento com a proclamação das boas novas do Evangelho! Ore conosco agradecendo a Deus pelo cuidado e fidelidade com nossa família, pois nesse tempo de pandemia experimentamos que Deus está presente nos mínimos detalhes. Interceda pelo trabalho dessas jovens senhoras da nossa congregação que não pouparam esforços para alegrar o

coração de senhoras idosas, crianças e umas às outras. Siga orando também pelas fortes e intensas atividades com os Grupos de Apoio aos Sobreviventes do Suicídio (GASS Urugua), pois realizaremos algumas parcerias com organizações afins para alcançar ainda mais pessoas. E por fim, interceda pelo trabalho de plantação de Igrejas na cidade de Montevidéu, para que Deus nos dê sabedoria para a concretização dessa obra. Siga conosco fazendo o Uruguai viver o poder da transformação que vem de Cristo! n

Contagiando o Amor no Uruguai Daniel Duarte e Clélia Kerne de Oliveira missionários no Uruguai

A pandemia nos abalou fortemente aqui no Uruguai. Com as medidas restritivas do governo, todas as nossas atividades presenciais como cultos, evangelismos, discipulados, grupos de apoio e capacitação tiveram que novamente serem reorganizados. Mas a criatividade e o amor invadiram nossos corações através da iniciativa “Contagiando o Amor”, liderado especialmente pelas jovens senhoras de nossa congregação. Elas começaram a distribuir kits com álcool em gel e uma agenda para que cada uma, da sua própria casa, pudesse se unir em oração a outras irmãs. Dessa forma, iniciaram um tempo de oração específico por uma irmã a cada semana através de um grupo de WhatsApp. Como parte dessas iniciativas de amor, também começamos a entregar uma “Caixinha Feliz” nos aniversários de cada irmã. Coisas caseiras, artesanatos, plantas, algumas coisas compra-

das, mensagens de alento e esperança. Surpreendendo as irmãs elas batendo na porta da casa e, sem entrar, na rua mesmo, cantam parabéns, oram etc. São flashes de alegria! Também para as crianças que fizeram aniversário, queríamos estar de alguma forma presentes, então enviamos a elas um kit para celebrar o aniversário na sua própria “bolhinha social”. É uma bênção poder abençoar a outros com pequenos detalhes que fazem muita diferença na atual conjuntura, enquanto continuamos as reuniões virtuais. Louvamos a Deus que nos dá criativi-


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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 20/06/21

Convenção Batista do Planalto Central lança Campanha de Missões Estaduais 2021 “Não temas, é tempo de agir” foi o tema escolhido para a campanha.

Luís Cláudio Pessanha

Divulgação/Comunicação CBPC

diretor executivo interino da Convenção Batista do Planalto Central

A Convenção Batista do Planalto Central (CBPC) realizou no sábado, 05 de junho, o lançamento da Campanha de Missões Estaduais 2021, com o tema “Não temas, é tempo de Agir” - e a divisa em Mateus 14:29 “Venha”, respondeu Ele. Então Pedro saiu do barco, andou sobre as águas e foi na direção de Jesus.” O evento foi realizado de forma presencial, com um número reduzido de participantes, em virtude do distanciamento social, e online, com transmissão simultânea pelos canais oficiais da CBPC no YouTube e no Facebook. Estamos vivendo um tempo de grandes desafios devido ao isolamento social, as perdas irreparáveis de vidas preciosas, as muitas incertezas e medos decorrentes da COVID-19. A nossa geração está sendo impactada por profundas mudanças nos relacionamentos sociais. O mundo digital invadiu a nossa rotina. Entretanto, é nestes momentos de crises e de muitos desafios que a obra do

Sede da CBPC recebeu o lançamento da Campanha Senhor mais avançou. A história do Cristianismo é a prova disso. Especialmente, quando falamos de missões, percebemos o grande avanço da obra missionária em época de profundas trevas. E não será diferente agora. A obra do Senhor avançará e o nome do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo será glorificado. Não podemos ser dominados pelo medo! Deus está conosco! Precisamos agir! Estamos em mais uma Campanha de Missões Estaduais. Oramos para que todos os crentes e Igrejas Batistas do Planalto Central tenham alegria em ofer-

Pr. Luís Cláudio Pessanha, diretor executivo interino da CBPC, com sua esposa, Juliana Pessanha

tar, para que essa grande obra aqui no coração do Brasil continue avançando e vidas sejam transformadas pelo Senhor Jesus. Contamos com os Batistas do Planalto Central para que centenas de vidas sejam abençoadas com o poder do Evangelho. Não fique de fora desta Campanha. Mobilize sua igreja, seus amigos e irmãos. Vibre e participe deste grande mover de Deus no Planalto Central. Conclamamos você, querido pastor, a se envolver em mais esta Campanha, dando o apoio necessário para que o seu Promotor de Missões desenvolva-a

de modo eficaz e enriquecedor para a vida da Igreja. Em nosso site (www.cbpc. org.br/missoesestaduais) você encontrará o nosso tema, divisa, música da campanha, vários esboços de sermões, textos que poderão ser utilizados como meditações para o boletim da sua igreja, roteiros de PGM, desafios missionários e muito mais. Os desafios do Planalto Central esperam por uma resposta nossa. Temos que avançar! O Senhor da Seara conta conosco! É tempo de agir! n

Convenção Batista do Mato Grosso do Sul realiza a 74ª Assembleia Toda a programação aconteceu em apenas um dia.

Comunicação Social CBSM Os Batistas do estado de Mato Grosso do Sul estiveram juntos no dia 03 de junho, nas dependências da Igreja Batista Belo Horizonte, por ocasião da 74ª Assembleia da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense. A assembleia deveria ter sido realizada no ano passado, e por conta da pandemia foi cancelada e realizada em 2021; tradicionalmente, o evento tem três dias de duração, mas excepcionalmente foi realizada em uma tarde. Com o grande desafio de resumir a pauta para uma tarde e diante de possíveis decretos que poderiam inviabilizar novamente a realização, a sede programou e organizou tudo atenta às notícias e informações das autoridades. O evento foi realizado seguindo rigorosamente o decreto vigente e o protocolo de biossegurança. Estiveram presentes 113 mensageiros representando as seis associações ligadas a CBSM. Da programação destaca-se, além da

Diretoria eleita da CBSM comunhão, um minuto de silêncio em homenagem à memória das pessoas que partiram decorrentes da COVID-19 e outras doenças e um momento de intercessão pelas famílias enlutadas e às pessoas que se encontram acometidas pela doença. Na sequência a realização da eleição da nova diretoria da CBSM, que ficou composta da seguinte forma: presidente: pastor Jonas Xavier de Pina (reeleito); primeira vice-presidente: pastora Maura Ramos de Oliveira Alcantara (reeleita);

Plenário da 74a Assembleia da CBSM segundo vice-presidente: pastor Ataliba Silva de Albuquerque; primeira-secretária: Nionis Nogueira de Souza; segundo secretário: pastor Marcelo dos Santos Oliveira. As organizações auxiliares também realizaram suas atividades convencionais no período da manhã. A União Feminina Missionária Batista do Mato Grosso do Sul (UFMB-MS) realizou sua assembleia no templo da Igreja Batista Belo Horizonte. A Ordem de Pastores Batistas do Brasil - Seção Mato Grosso do Sul (OPBB-MS) reuniu-se pela manhã,

no templo da Igreja Batista Guanandi, e no mesmo local a Juventude Batista do Mato Grosso do Sul (JUBAMS). Louvor ao Senhor pelo sucesso da programação. A Convenção Batista do Mato Grosso do Sul agradece à Igreja Batista Belo Horizonte, na pessoa de seu presidente, pastor Wladek Willm Bonfim Bakarji, que prontamente aceitou ser a anfitriã da 74ª Assembleia; aos voluntários e cada Igreja que enviou seus representantes para que essa atividade pudesse acontecer. n


O JORNAL BATISTA Domingo, 20/06/21

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PONTO DE VISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 20/06/21

Cinco Pré-ocupações Pré-pandêmicas que nos acompanharão no pós-pandemia Sérgio Ricardo Gonçalves Dusilek

pastor da Igreja Batista Marapendi - RJ

Parece ser senso comum que a pandemia suspendeu muitas das preocupações, engoliu muitos dos assuntos que compunham nosso cotidiano. De uma hora para outra, como não podia deixar de ser, termos como vírus, Kit intubação, vacina, passaram a ser “palavras-chave” que sintetizam nosso cotidiano. Mas, o que falar daqueles assuntos não resolvidos e que seguem cobertos pela colcha pandêmica? Eles continuam lá: alguns mais quietos; outros mais evidentes... Nesse sentido é que gostaria de sugerir cinco Pré-ocupações Pré-pandêmicas que estão encobertas pela Pandemia, numa “suspensão temporal”, porém seguem com a carência de nossa oração, atenção e enfrentamento. A primeira delas tem a ver com o crescimento da injustiça. Não é possível haver uma paz sobre uma cidade, como o conceito de Shalom nos lembra, se o fosso da desigualdade social se amplia, fazendo que poucos tenham muito e muitos tenham pouco. É muito triste ver nas saídas de supermercados nossos semelhantes expostos a situações de vulnerabilidade. É de prantear quando vemos nossos semelhantes, inclusive idosos, declararem em reportagens que o café (sem leite) foi a única “alimentação” possível em dois dias... É de humilhar em “pano de saco” quando vemos seres humanos como nós, que pertencem a outras etnias, vagando pelo mundo como refugiados em completa situação de abandono, de miséria. Ao nos depararmos com estas realidades, o mínimo que podemos fazer é reprovar toda atitude que a agrava, não é mesmo? O miserável não é miserável por culpa dele. Há um sistema, dirigido por aquilo que o apóstolo Paulo chamou de Potestades do Ar, que religiosamente justifica a desigualdade social. É por isso que o Estado precisa proteger os que não possuem voz. Importa também que discordemos frontalmente de toda tentativa de desmonte do aparato social e de toda subtração de recursos pela corrupção endêmica deste país, na de-

fesa dos desvalidos. É a Palavra que nos convida a nos engajarmos em ações que diminuam a desigualdade social, viver a misericórdia e evidenciar a compaixão cristã mediante o compartilhamento dos nossos recursos. A segunda preocupação tem a ver com a violência. Há pouco ocorreu aquele episódio no Jacarezinho, no Rio de Janeiro. Ocorre que outras formas de violência tem grassado a sociedade. Apesar da diminuição estatística dos casos de homicídio, houve um incremento das notificações de violência contra mulheres (feminicídios) e contra as crianças. A violência doméstica explodiu em tempos de confinamento social por conta da pandemia. É lamentável que, ainda hoje, mulheres e crianças tenham sua integridade emocional e física aviltadas. Atentados em escolas, como o que aconteceu no Rio de Janeiro, Goiânia, Suzano-SP e Saudades-SC, somados ao desaparecimento e mortes de crianças nas suas próprias casas, como nos casos dos meninos Henri Borel e do Gael, representam uma afronta à face divina. É preciso que nós repudiemos toda e qualquer forma de vilipendio a dignidade humana, especialmente no tocante as mulheres e as crianças. Na infância está o nosso legado de um futuro de paz, motivo pelo qual merecem todo o investimento e proteção. De igual modo é preciso rejeitar que, em nome da polarização e hostilidade crescentes no mundo e alimentadas no seio familiar, não se possa denunciar a flexibilização do acesso não só a posse e porte de armas, mas também ao direito de ter um arsenal em casa. As armas nunca foram um convite à paz, mas sempre flertaram com a maior de todas as violências que é a morte. Um povo amante da vida e anunciador do Evangelho da Vida como é o Batista, jamais será amante das armas, ainda que alguns, por conta da função policial ou militar as tenham. A terceira preocupação está com a saúde emocional, com a paz que deveria existir no núcleo familiar. Parece que a polarização política se instalou no seio das famílias, impedindo o caminhar fraterno, amigo, e a paz nas relações fa-

miliares. Ao invés do congraçamento, tem-se o rancor, muito dele lastreado pelo uso de informações falsas, mentiras, dilatasse ainda mais a discórdia e a dissensão. Nesse ponto, o isolamento social imposto pela pandemia trouxe um ganho: o de congelar as relações ruptura que retroceda o avanço das animosidades. No entanto, tal “freezamento” das já frisadas relações familiares não é o bastante. Urge que cada um de nós volte a enxergar o lar como um lugar de diálogo, de harmonia, de benquerença mútua e de respeito, como lugar de refúgio e paz. Esta hora histórica requer que nos esforcemos na manutenção da família e na promoção da unidade e da paz sobre todas as relações. A penúltima preocupação é decorrente do aumento da hostilização e é muita afeita a nós, Batistas. Isso porque somos os precursores da noção de tolerância religiosa, bem como de sua aplicação estendida à liberdade de consciência e expressão. Não por outro motivo, precisamos reconhecer com indisfarçável e desconfortável surpresa, o aumento da intolerância, a qual, lamentavelmente, tornou a invadir o campo religioso, contaminou as relações étnicas e polarizou do universo político, o que torna impossível, para muitos, a convivência numa mesma comunidade de fé. Igreja é local de diversidade e não de uniformidade, fato este atestado, inclusive, pela diversidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito. Por isso que toda intolerância deve ser reprovada. Não é possível normalizar qualquer ameaça às relações interpessoais e fraternais pelo desrespeito com o diferente, com a alteridade, com o pensamento divergente. Nem tampouco cair no perigo da extrema tolerância, apontado por Karl Popper, no qual em seu nome, se aceita e acolhe ideologias extremistas as quais, em algum momento sepultarão a própria tolerância. Por isso que, mais do que nunca, precisamos valorizar os Princípios Batistas, pilares constitutivos da modernidade, dentre eles a liberdade nas suas três formas: de consciência, de expressão e de culto.

Ao mesmo tempo é preciso ensejar que todos, e especialmente os que somos Batistas brasileiros, prezem pela liberdade, celebrem a alteridade e construam na diversidade e até mesmo na dialética, a unidade, a paz, promovendo um clima de tolerância ao diferente e evidenciando a égide do Espírito sobre todos. Por fim, a última preocupação listada aqui nesse texto, mas que configura como a primeira, precípua preocupação é a vida. Ela encontra-se em risco, ameaçada por diferentes frentes. Há clima perigoso e beligerante no mundo, com o acirramento das tensões, provocações e incitamento à guerra. Não bastasse isso vivemos sob a ameaça de uma hecatombe climática em virtude do menosprezo com o meio-ambiente, o que pode ser exemplificado com as florestas em chamas e visualizado na fumaça australiana que deu a volta no globo terrestre. Nesse sentido é preciso que estejamos atentos tanto para reprovar como para denunciar toda falta de esforço dos líderes mundiais no cuidado do meio ambiente, bem como toda tentativa de culpabilizar o mais pobre pelos males ambientais. Se ainda podemos fazer algo para salvar a vida na superfície desse planeta, isso passa por duas ações que devem merecer nossa atenção e apoio: a primeira, a de encorajamento para que a sociedade promova a paz, valorize a vida, especialmente através da compreensão de que a preservação desse mundo criado, como ato de mordomia a Deus, é o que cabe a cada um de nós para a nossa existência (ou subsistência). De igual modo é preciso cobrar dos governos ações que promovam e tenham compromisso com a sustentabilidade e que defendam a paz. Essas cinco Pré-ocupações Pré-pandêmicas açambarcam todos os problemas do mundo? Claro que não. A lista não se esgota em si mesma. De fato, ela é bem maior. No entanto, penso que estes cinco blocos, uma vez merecendo nossa detida atenção e compromisso, podem ajudar a melhorar o mundo, ou, pelo menos, evitar que ele piore atingindo níveis insuportáveis. Este é o nosso convite. n


PONTO DE VISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 20/06/21

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A educação cristã na Igreja e a evangelização das crianças Valdecy de Oliveira Pontes

aluno do Seminário de Educação Cristã

No âmbito da educação cristã, a evangelização e o discipulado de crianças são de vital importância para a Igreja local. É um equívoco pensar que as crianças são a Igreja de amanhã. Na verdade, elas constituem parte da Igreja local e são vidas para o reino de Deus, assim como adultos, jovens e idosos. Ao contrário do que muitos evangélicos pensam, as crianças não recebem a salvação automaticamente. Portanto, as crianças da Igreja e, também, do bairro precisam ser evangelizadas, ou seja, todas necessitam receber a Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas, para que obtenham a salvação eterna. No evangelho de Mateus, mais especificamente, no capítulo 18 e no versículo 14, Jesus assevera que: “Do mesmo modo, não é da vontade de vosso Pai, que está no céu, que um só destes pequeninos pereça”. Nesse versículo, Jesus, ao afirmar que não é da vontade de Deus que nenhuma criança se perca, deixa claro que as crianças podem se perder. Em outras palavras, as crianças estão em perigo, caso não sejam evangelizadas. Para além disso, segundo Fowler (2016), nunca, na história, as crianças estiveram diante de um perigo espiritual tão grande. Nas palavras de Fowler (2016, p. 11): “A sociedade nunca teve tantas maneiras de invadir o coração das crianças inculcando nelas as suas

doutrinas como hoje”. Ao verificar a necessidade de evangelização desse público, Guimarães (2007, p. 58) explicita que: “Líderes e professores precisam compartilhar a visão de evangelismo infantil com a liderança de suas igrejas, precisam estar atentos ao mover do Espírito Santo e precisam agir, voando alto, em prol de sua vizinhança, bairro, cidade, etc”. Considerando a importância das crianças para o reino de Deus, e, inclusive, a necessidade de evangelizá-las, Spurgeon (2004, p. 46 e 47), a partir de sua experiência na evangelização e no discipulado de crianças, ponderou a seguinte questão: Mas será que os pequenos esquecem? Eu acho que os acontecimentos dos quais mais lembramos na idade avançada são os que nos aconteceram em nossos primeiros tempos. Já dei a mão para homens grisalhos que já esqueceram quase todos os acontecimentos que intervieram entre sua idade e o tempo de sua infância, mas pequenas coisas que se deram em casa, hinos aprendidos ao pé de sua mãe, e palavras ditas por seu pai ou sua irmã, ficaram com eles. As vozes da infância ecoam durante toda a vida. O que foi aprendido primeiro é, em geral, a última coisa a ser esquecida. Aquelas crianças teriam o rosto de Jesus gravado em seu coração, e nunca se esqueceriam de seu sorriso bondoso e terno. Pedro, Tiago e João e o restante de vocês, estão enganados e, por isso, precisam deixar as crianças

virem a Jesus. Nessa citação, o famoso pregador Spurgeon (2004) enfatiza a importância dos ensinos de Deus na vida das crianças, posto que levarão a semente do Evangelho e dos ensinamentos por toda a vida. Dessa forma, o educador cristão deve, urgentemente, contemplar as crianças em seus programas de evangelização e, também, de discipulado cristão. Conforme dados de Hunt (1960 apud APEC, 2016), a partir de um levantamento realizado em diversas Igrejas evangélicas, verificou-se que a maioria das pessoas se converte exatamente na fase infantil. Mesmo levando em conta as pessoas que se desviam, aquelas que conheceram a Palavra de Deus, quando crianças, são as que têm mais chances de voltarem para o corpo de Cristo. Aproximadamente 1% dos cristãos se convertem até os 4 anos de idade. A maioria dos cristãos, cerca de 85%, converte-se entre 4 e 14 anos de idade. Cerca de 10% das pessoas se convertem quando têm entre 15 e 30 anos. E apenas 4% se convertem aos 31 anos, ou mais (APEC, 2016). Com base no que foi exposto, reitera-se que as crianças precisam conhecer a Deus tanto como os adultos da Igreja. De acordo com Doherty (2008, p. 45): “A grande maioria das crianças tem pouco ou nenhum conhecimento da Palavra de Deus. Não sabem como Deus é; não sabem na verdade como elas são (aos olhos de Deus)”. Em outras

palavras, elas não conhecem a Deus e, tampouco, têm um relacionamento com ele. Por conta disso, ações de evangelização e de discipulado são necessárias, para que as crianças possam conhecer a Deus e, ainda, tornar-se o que Deus quer que elas sejam.

falar do tema. Explicita o caso como uma ilustração geral dos passos que devem conter a apresentação de um estudo. Ele fala do começo ou envolvimento, do desenvolvimento, da conclusão e da avaliação. O destaque no início é prender a atenção e o interesse do público-alvo. Outro ponto importante é conhecer o educando, de modo que se possam estabelecer pontos de contato. No tópico dois o autor aborda o desenvolvimento do estudo, e apresenta alguns aspectos essenciais como: • Prontidão para o ensino, • Exercício e • Prática Neste mesmo tópico, Price faz distinção entre: • Ensino Transmissivo: só transmite, sem interação, e • Ensino Criador: onde o mestre atua como aquele que ajuda na descoberta

da verdade. O último tópico é a conclusão e a avaliação. Na conclusão se atualiza a verdade e se faz a aplicação aos problemas atuais. As ilustrações são importantes durante todo processo, mas na conclusão elas ajudam a aprofundar o conteúdo e incitam à ação. Jesus empregava excelentes ilustrações principalmente através do uso das parábolas. O mestre Jesus verificava os resultados do Seu ensino como, por exemplo, o relatório da atividade dos setenta, ou quando afirmou “que pelos seus frutos os conhecereis”. Assim como Cristo, devemos usar formas de conferir os resultados. Cabe lembrar que o ensino de Jesus tinha um objetivo e o nosso também deve ter. Como educadores, aprendemos com Jesus Cristo que nosso fazer educacional na Igreja ou em outro espaço, como

mestres, gestores, ou exercendo outra atividade de educação cristã, não pode ser feita de qualquer maneira, mas com intenção, que tanto no início, como no desenvolvimento, conclusão e avaliação, seja perceptível o objetivo de uma construção educacional de excelência. Neste capítulo também aprendemos que a educação “deve ir ao encontro das necessidades da vida”, e nestes tempos de pandemia em que vivemos, isto é mais do que necessário. Por exemplo, nossos currículos educacionais precisam ser flexíveis, adaptáveis sem perder o objetivo, ajudando a responder as angústias que invadem tantos corações. Isto aprendemos com o educador Jesus Cristo. Ao seguir seu paradigma, seremos melhores educadores. Educadores que ajudem a transformar vidas de pessoas que transformem vidas com a mensagem transformadora do “Mestre dos Mestres”. n

REFERÊNCIAS ALIANÇA PRÓ EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS. Apascenta os meus cordeiros: metodologia para um bom ministério com crianças. 16ª edição. São Paulo: Editora da APEC, 2016. BÍBLIA. Português. Bíblia da Escola Bíblica. Versão Almeida Revista e Atualizada. 2ª edição. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil. São José dos Campos: Editora Cristã Evangélica, 2016. DOHERTY, Sam. Primeiros passos: um manual simples para o ministério com crianças. Tradução de Eros Pasquini Junior. 2ª edição. São Paulo: Editora da APEC, 2008. FOWLER, Larry. Crianças firmadas na rocha: fornecendo às crianças base bíblica para a vida. Tradução de Débora Galvão Andrade Leal. 2ª edição. São Paulo: Editora Batista Regular do Brasil, 2016. GUIMARÃES, Claudia. Pastoreando as crianças desta geração. 2ª edição. São Paulo: Editora Vida, 2007. SPURGEON, C.H. Pescadores de crianças: orientação prática para falar de Jesus às crianças. Tradução de Hope Gordon Silva. São Paulo: Shedd Publicações, 2004. n

A maneira de ensinar de Jesus

Leila Matos

educadora cristã, membro da Igreja Batista Vida em Niterói - RJ

Como educadores, sempre queremos nos aperfeiçoar para desempenhar da melhor forma a missão dada por Deus. Jesus, o Mestre dos mestres, tem muito a nos ensinar. Seu método deve ser paradigma para nós. Como é bom aprender com o educador por excelência! Para falar sobre a maneira de ensinar de Jesus vamos recorrer ao livro “A Pedagogia de Jesus”, de J. M. Price. Em nove capítulos, o autor destaca a pessoa de Jesus, sua idoneidade para ensinar, as características dos Seus discípulos, objetivos de ensino, material, métodos, maneira e resultados do trabalho educacional. O capítulo 6 destaca a “Maneira de Ensinar de Cristo”. Price escolhe a conversa de Jesus com a mulher samaritana para



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