Seleção de artigos sobre café especial

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Seleção de artigos sobre Cafés Especiais por Moni Abreu

Projeto Grão Especial - Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais visa disponibilizar suporte desde a colheita ao café torrado moído ou em grão para produtores da agricultura familiar. Proposta para a entrada no Novo Mundo dos Cafés é um desdobramento das ações empreendidas pela Festa da Flor & Café de Bom Jardim/RJ em parceria da SEMPRE Produtora Cultural com a Café, Café e Café e a Emater local. Multidisciplinar, visa implementar técnicas de produção dos cafés especiais, capacitar e dar visibilidade a mesma visando contribuir para o turismo sustentável no município.


Programa de implementação para a qualidade dos cafés especiais. Bom Jardim RJ

Imprensa RJ Agricultura

Agricultura apoia investimentos para alavancar produção de café 22/01/2013 - 11:12h - Atualizado em 22/01/2013 - 11:22h Unidade de rebeneficiamento em Varre-Sai receberá R$ 1,7 milhão do BNDES A cafeicultura fluminense, que já foi líder na produção mundial, no período do Império, se prepara para conquistar novo espaço no mercado com a oferta de café de melhor qualidade, preço competitivo e mais resultado financeiro para os produtores. Com o apoio da Secretaria de Agricultura, o setor vem se equipando para dar condições de processamento e rebeneficiamento dos grãos no estado. O primeiro passo foi dado com a aquisição pela secretaria de duas unidades móveis de beneficiamento, através de recursos do Programa Rio Café, no valor de R$ 423 mil. Os equipamentos atuam nas propriedades da Região Noroeste, que concentra 70% da produção estadual de 300 mil sacas/ano, retirando as cascas, separando as impurezas do café e colocando o grão em condições de comercialização. O processo agrega valor, aumentando a receita do produtor em 25 a 30%. Para Efigênio Salles, presidente da Associação dos Cafeicultores do Estado do Rio de Janeiro (Ascarj), a grande guinada no setor virá com a implantação, neste ano, do módulo de rebeneficiamento de café, nas instalações da Coopercanol (Cooperativa de Produtores de Café do Noroeste Fluminense), em Varre-Sai. Com recursos de R$ 1,7 milhão do BNDES, repassados pelo Banco do Brasil, através da estratégia de Desenvolvimento Rural Sustentável (DRS), a estrutura permitirá que o café de boa qualidade da região, que hoje vai para Minas Gerais e Espírito Santo para ser rebeneficiado, já saia selecionado e classificado do próprio estado para exportação ou venda a mercados consumidores de alto padrão. - A orientação e o apoio da Secretaria de Agricultura foram decisivos para mais esta conquista da nossa cafeicultura. Há anos pleiteamos a construção dessa unidade, que além de fortalecer o cooperativismo no segmento, vai estimular o produtor a investir na qualidade - disse Salles. O presidente da Ascarj explicou que durante o rebeneficiamento o café é separado eletronicamente em máquinas, que classificam o produto pelo tamanho e tipo. Os mercados exigentes valorizam o produto uniforme, segundo especificação própria de cada comprador. O secretário de Agricultura, Christino Áureo, estima que, em decorrência da proximidade do município de Varre-Sai com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a partir da entrada em operação do módulo de Página 2 de 62


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rebeneficiamento será possível reverter o fluxo atual trazendo café capixaba e mineiro para ser reprocessado no Rio de Janeiro. - Estamos valorizando o nosso produtor ao mesmo tempo em que permitimos que a cadeia de café atinja maior grau de rentabilidade e abra os olhos do mercado para a produção fluminense - explicou.

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Associação Cafés Vulcânicos tem projeto aprovado pela Embrapa 14 de março de 2014 Estudo histórico e geográfico sobre o café produzido no planalto será desenvolvido com verba da Embrapa A Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Região de Poços de Caldas – Cafés Vulcânicos, criada em 2012, teve seu projeto de Indicação Geográfica – IG, aprovado pela Embrapa-Café, o que representa uma grande conquista para a cafeicultura da região, já que a partir da correta identificação da origem do produto, espera-se a valorização e reconhecimento no mercado nacional e internacional. Os trabalhos para se obter o selo de IG junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial – Inpi, tiveram início em 2012. Para essa certificação, um projeto foi enviado à Embrapa, que aprovou e enviou recursos para o levantamento das características dos cafés vulcânicos. Após todo este levantamento histórico-geográfico, o estudo será enviado ao Inpi para apreciação. Com o selo, os produtores da região esperam diferenciar o café produzido em solos vulcânicos e assim valorizar o produto no mercado. “No início de 2012, elaboramos um projeto em busca de recursos para realizar os estudos necessários para a obtenção do selo de Indicação Geográfica. Para isso, é necessário um levantamento histórico da região, levantamento geográfico delimitando a região vulcânica e também um levantamento da qualidade dos cafés que a região produz. Tudo isso envolve muitos estudos, que serão desenvolvidos a partir de agora com a aprovação desse projeto”, explicou Leandro Carlos Paiva, professor do Instituto Federal do Sul de Minas, campus Machado. Os estudos devem ser concluídos em dois anos. Para atingir esse objetivo, a Cafés Vulcânicos vem trabalhando com o apoio da Prefeitura de Poços de Caldas, do Instituto Federal do Sul de Minas, campus Machado e da Emater-MG escritório de Poços de Caldas e busca mobilizar os produtores da região. “É preciso encontrar formas de valorizar os cafés de nossa região que são de qualidade, mas não recebem o destaque merecido, devido à falta de divulgação. Temos um tesouro na mão e não estávamos explorando de forma organizada. O objetivo da Cafés Vulcânicos é unir forças entre produtores, exportadores e toda a região para valorizar esse produto que é o alicerce da economia de diversos municípios” ,destaca Marco Lobo Sanches, Presidente da Associação. Sete municípios compõem a região vulcânica dentro da associação: Andradas, Botelhos, Cabo Verde, Caconde, Divinolândia, Campestre e Poços de Caldas. A Cafés Vulcânicos vem recebendo o apoio da Prefeitura através da SMDET que auxilia e incentiva o associativismo e a busca pela valorização da cafeicultura no municipio. “Embora a associação Cafés Vulcânicos tenha um caráter regional, ela está sediada no município e leva o nome de Poços de Caldas. Acreditamos que esse trabalho trará desenvolvimento não só para a cadeia produtiva do café, mas também benefícios para outros setores”, salienta Ulisses Ferreira de Oliveira, coordenador de Fomento Agropecuário da Sedet Página 4 de 62


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O que é o IG O registro de Indicação Geográfica (IG) é conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado. São produtos que apresentam uma qualidade única em função de recursos naturais como solo, vegetação, clima e saber fazer (know-how ou savoir-faire). O Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI é a instituição que concede o registro e emite o certificado. Hoje, em todo o pais, existem 23 IGs registrados, na regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste.

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Concurso avalia qualidade do café na Alta Paulista Publicado em Quinta, 13 Junho 2013 05:23 Com a finalidade de classificar a qualidade dos melhores cafés da região, será realizado em outubro o 2° Concurso de Qualidade de Café de Pacaembu e Região com a safra 2013/ 2014. A ideia é divulgar a qualidade dos cafés regionais, incentivando os cafeicultores a produzirem um produto diferenciado, por meio de práticas sustentáveis. O concurso ocorre nas áreas de abrangência entre Parapuã e Panorama e é separado em duas categorias: Café Arábica, preparado por via seca; e Micro Lote de Cafés Arábica, preparados por via seca, provenientes de propriedades com no máximo 15 hectares. De acordo com a gestora do projeto, Kate Cidrão, existe o mito de que a região não produz café de boa qualidade devido às condições desfavoráveis de solo e clima. O evento prova que com tecnologia e manejo adequado o resultado é muito satisfatório. “Ano passado tivemos cafés com pontuações de cafés especiais”, destaca. Com uma premiação como essa, os cafeicultores podem agregar valor ao produto final visando um preço diferenciado no mercado futuramente. Na edição do ano passado, cerca de 200 pessoas estiveram presentes para conferir os resultados do concurso dos cafés produzidos na região. A premiação é realizada em dinheiro e dividida em primeiro, segundo e terceiro lugar. Na categoria Natural, o primeiro lugar leva a quantia de R$ 1.000. O segundo fica com R$ 700 e o terceiro com R$ 500. Já na categoria Micro Lote, a quantia para primeiro lugar é de R$ 1.000, o segundo leva R$ 700 e o terceiro colocado fica com R$ 500. Os vencedores da última edição foram: em primeiro lugar na categoria Natural Juraci Lourencetti, com 85,5 pontos, de Pacaembu; na categoria Micro Lote o vencedor com 91 pontos foi Marcelo de Oliveira, de Junqueirópolis. Este concurso está credenciado junto à Câmara Setorial do Café, cujas provas são realizadas por profissionais habilitados junto aos órgãos competentes e foram auditadas por seus representantes, presentes no evento. A participação é gratuita, mas as vagas são limitadas. O concurso é uma realização da Aprup (Associação dos Produtores Rurais de Pacaembu) e conta com apoio do Sebrae-SP e Camda (Cooperativa Agrícola Mista). Os interessados em participar devem entregar as amostras de café entre 1° de Julho e 20 de setembro na filial da Camda em Junqueirópolis. Telefone de contato para maiores informações: (18) 3841-9440 e (18) 3862-9030. Siga o Sebrae-SP no Twitter e no Facebook Atendimento ao cliente: 0800 570 0800 (ligação gratuita)

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Café: extensão rural é via para qualidade e sustentabilidade Trabalhos de pesquisa e fomento são fundamentais para a diversificação, melhoria da qualidade e aumento da produtividade das lavouras Embrapa Café /13/08/2013 O Consórcio Pesquisa Café, ao longo dos 16 anos de existência, vem celebrando convênios de cooperação técnica e financeira com entidades de extensão rural, Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária – Oepas e universidades localizadas pelas regiões produtoras. Durante os 16 anos de parceria, a produção brasileira de café quase triplicou. Com praticamente a mesma área cultivada, o País, que antes produzia 18,9 milhões de sacas de café por ano, passou a produzir 48,5 milhões. A pesquisa cafeeira é hoje o pilar central da cafeicultura sustentável no Brasil. Os trabalhos de pesquisa e fomento são fundamentais para a diversificação, melhoria da qualidade e aumento da produtividade das lavouras. As tecnologias desenvolvidas repassadas aos produtores por meio da assistência técnica e extensão rural trazem melhorias na renda e na qualidade de vida do homem do campo. A presença de entidades de extensão rural no Consórcio tem colaborado para que os resultados da pesquisa cheguem ao produtor de forma mais planejada e eficiente. Conheça essas instituições e suas principais ações nos seis maiores estados produtores: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Bahia e Rondônia. Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) Recente convênio firmado pela Embrapa Café com a Emater-MG estabelece cooperação técnica para transferência, a pequenos e médios produtores, de tecnologias do Consórcio Pesquisa Café, por meio do Programa de Treinamento em Cafeicultura. Cento e setenta extensionistas capacitados com recursos do convênio entre Emater – MG e Embrapa transmitirão tecnologias desenvolvidas no âmbito do Consórcio Pesquisa Café para cerca de 2.400 produtores – especialmente de pequeno e médio porte, e a suas associações/cooperativas em 126 municípios. Segundo a Emater-MG, o estado de Minas Gerais possui o maior parque cafeeiro (1.247,11 mil hectares) do País e responde por mais de 51% da produção brasileira de café. O avanço tecnológico já obtido nos últimos anos na pesquisa cafeeira e sua aplicação permitiu o aumento de aproximadamente 71% na produção com apenas 14,5% na área plantada. O agronegócio café em Minas Gerais, que tem mais de 1 milhão de hectares plantados, gera mais de 4 milhões de empregos diretos e indiretos, o que mostra sua importância não só econômica, mas também social para o Brasil. Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) O Instituto tem mais de 25 anos de pesquisa e extensão com café conilon no Espírito Santo, ocupando a posição de maior produtor de conilon do Brasil. A estimativa de produção cafeeira no Estado é de 12,5 milhões sacas, sendo que 26,45% será de café arábica, e 73,55% de café conilon. O objetivo das pesquisas realizadas pelo Incaper é aumentar a produtividade e a qualidade do café, presente em todos os municípios do estado. O Incaper destaca-se no desenvolvimento e recomendação de variedades, irrigação, manejo de pragas e doenças, nutrição da planta e manejo da cultura, envolvendo, sobretudo, a poda do café. Entre os projetos do Instituto, estão: a Poda Programada do Conilon, o Programa de Melhoramento Genético, incluindo o Banco Página 7 de 62


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de Germoplasma de café. O Incaper, uma das instituições fundadoras do Consórcio Pesquisa Café, lançou, no mês de junho de 2013, três novas variedades clonais de café Conilon: Diamante Incaper 8112, Jequitibá Incaper 8122 e Centenária Incaper 8132. Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati–SP) Referência nacional na área de assistência técnica e extensão rural, a Cati vem atuando na cafeicultura desde o início de suas atividades, em 1967. A Coordenadoria submeteu à apreciação do Consórcio Pesquisa Café projeto de avaliação de seis grupos de clones de café Conilon e Robusta, com maturação diferenciada, nos municípios de Cafelândia, Getulina e Lins. O Estado é o terceiro maior produtor de café no Brasil e estima-se que a produção seja acima de 4,2 milhões de sacas em 2013. Tal produção, exclusivamente de arábica, distribui-se em duas regiões: Mogiana e Centro-Oeste Paulista, que alternam fazendas com pequenas propriedades e produzem cafés especiais em áreas específicas. A safra de 2013 deverá propiciar colheita de 4,2 milhões de sacas. Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater–PR) Dados paranaenses apontam para produção média de 1,71 milhão de sacas em 2013. O Estado é referência nacional em metodologia de transferência de tecnologia aos produtores. Por meio do programa Treino e Visita (implantado pelo Instituto Agronômico do Paraná em 1997 e conta, nos últimos anos, com apoio do Consórcio Pesquisa Café), profissionais da assistência técnica e extensão rural se reúnem periodicamente para trocar informações sobre o andamento da safra, uniformizar o entendimento sobre as questões técnicas relevantes verificadas no campo e, a partir daí, definir estratégias de atuação junto aos cafeicultores. O Treino & Visita opera com um grupo de 20 especialistas e 59 técnicos, que, por sua vez, acompanham diretamente cerca de 700 cafeicultores paranaenses. Aumento da produtividade do café em cerca de 30%, redução do custo de produção do produto beneficiado e índice de 82% de adoção de boas práticas agrícolas, como adubação equilibrada e manejo integrado de pragas e doenças. Esses são alguns dos resultados do projeto Treino e Visita. O programa consolidou-se com o diferencial de avaliar o resultado efetivo da adoção de novas tecnologias, otimizando o desempenho da cafeicultura do Paraná. Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) O Programa Café da EBDA desenvolve ações que trabalham a qualidade e o potencial de exportação do produto. Em parceria com o Consórcio Pesquisa Café, a linha temática dos projetos em desenvolvimento é a cafeicultura irrigada. Entre as tecnologias difundidas no Estado, destacam-se o estresse hídrico controlado, a adubação fosfatada e o cultivo de braquiárias nas entrelinhas do cafeeiro – desenvolvidas pela Embrapa Cerrados com recursos do Consórcio Pesquisa Café. Na Bahia, como 86% dos produtores envolvidos com a cafeicultura são classificados como mini ou pequenos, o incentivo e o apoio à agricultura familiar é também um dos grandes objetivos da EBDA. A iniciativa é consequência de uma política estratégica para garantir segurança alimentar e nutricional, proporcionar a inclusão social e permitir o desenvolvimento sustentável de diversas regiões produtoras, que apresentam grande potencial para a produção de cafés de excelente qualidade. Exemplo disso é o “café do Papa”, consumido pelos cardeais do Vaticano. A cada safra, produzida na Chapada Diamantina/BA, são Página 8 de 62


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preparadas 30 exclusivíssimas sacas para o suprimento do Vaticano. Trata-se de um café 100% arábica, cereja descascado e orgânico com, pelo menos, 85 pontos na escala da Sociedade Americana de Cafés Especiais - SCAA. Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater–RO) A Associação trabalha em prol da geração de emprego e renda e de novos postos de trabalho para o produtor rural e suas organizações, com foco na potencialização de atividades produtivas agrícolas voltadas à oferta de alimentos e matérias-primas para agroindustrialização. Segundo Samuel Oliveira, chefe da Área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Rondônia, o governo do estado, em parceria com a Emater, Embrapa e outros parceiros, pretende implantar o Plano de Revitalização da Lavoura Cafeeira em Rondônia. O Plano quer aumentar a produção e a produtividade do café no estado, aumentando a competitividade da cafeicultura estadual. Prevê a escolha de uma equipe exclusiva para prestar assistência técnica focada e intensiva. A Embrapa cuidará da capacitação de técnicos da Emater - RO para que estes possam transmitir conhecimentos e novas tecnologias aos cafeicultores da região. A proposta prevê, ainda, a promoção da nova variedade de café lançada no estado pela Embrapa, a Conilon BRS Ouro Preto, que alcança a produtividade de 70 sc/ha. Em 2013, a produção de café com qualidade em Rondônia foi o foco de treinamentos em colheita e póscolheita realizados pela Embrapa e parceiros em Ouro Preto do Oeste, a 330 quilômetros de Porto Velho (RO). Cerca de 70 técnicos extensionistas foram capacitados para levarem aos cafeicultores as inovações e tecnologias de baixo custo e voltadas para a agricultura familiar. Os vários cafés do Brasil Devido à diversidade de regiões ocupadas pela cultura do café, o País produz tipos variados do produto, fato que possibilita atender às diferentes demandas mundiais, referentes a paladar e preços. Essa diversidade também permite o desenvolvimento dos mais variados blends, tendo como base o café de terreiro ou natural, o despolpado, o descascado, o de bebida suave, os ácidos, os encorpados, além de cafés aromáticos, especiais e de outras características. Avanços da cafeicultura no Brasil Segundo o Informe Estatístico do Café - Dcaf/Mapa - a produção e a produtividade do café, em 1997, quando da criação do Consórcio Pesquisa Café, era de 2,4 milhões de hectares de área cultivada, com produção de 18,9 milhões de sacas de 60kg e produtividade de 8,0 sacas/hectare. Passados 16 anos, em 2013, de acordo com o segundo levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab (maio/2013), com praticamente a mesma área cultivada – 2,3 milhões de hectares – o País deverá produzir 48, 5 milhões de sacas, com produtividade de 23,8 sacas/ha.

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Café orgânico da agricultura familiar marca presença em cafeterias do RJ sexta-feira, 23 Janeiro, 2015 - 18:00 Enviado por Carolina em sex, 23/01/2015 - 17:56

Criada em 1993, pelo aposentado Olympio Matheus Ribeiro, a Fazenda Iranita, administrada desde 2005 pela filha e o genro Ana Regina e Suhail Majzoub, produz de forma orgânica café, leite e grãos. Mas a propriedade, localizada no nordeste fluminense, na zona rural de Purilândia, a 380 quilômetros da capital fluminense, tem como carro-chefe o café orgânico arábica. O produto é comercializado em lojas e cafeterias no estado do Rio de Janeiro. Suhail conta que para conseguir toda a estrutura necessária utilizaram o crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). “Fomos financiando os equipamentos e tivemos assistência técnica”, afirma ao salientar que cinco famílias de agricultores familiares trabalham para produzir o café torrado, moído e empacotado, além do fubá e do feijão ensacado. Para se chegar a um produto de qualidade, o agricultor conta que investiu na instalação de um lavador e despolpador para a produção do café, na capacitação técnica, bem como em outras melhorias na fazenda. “Hoje temos cerca de 12 hectares de cafezal e melhoramos bastante nossa estrutura. Colhemos o café no pano, depois ele vai para o lavador e em seguida para o despolpador. Tudo para dar mais qualidade.” Café Iranita Foi em 2006 que surgiu o principal produto da fazenda, o Café Iranita 100% Arábica. Orgânico e certificado com o selo da agricultura familiar, o artigo é vendido em feiras, como a Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária. “O selo agregou bastante valor. Fomos uns dos primeiros a colocar a identificação da agricultura familiar”, ressalta. Hoje, a Fazenda Iranita chega a produzir aproximadamente uma tonelada de café por ano. O café torrado em grão é vendido em recipientes de 250g e 1kg. Já o café torrado e moído é encontrado em pacotes de 250g.

Tássia Navarro Ascom/MDA - See more at: http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/caf%C3%A9-org%C3%A2nico-da-agriculturafamiliar-marca-presen%C3%A7a-em-cafeterias-do-rj#sthash.O6ocKYjh.dpuf Página 10 de 62


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Casal vende café embalado para presente 4 de maio de 2011

Por Regina Mamede da Agência Sebrae de Notícias Rio de Janeiro - O Café Cantares prima pela sofisticação. Este apuro é resultado da determinação do casal de produtores Tiago e Maria Tereza Costa, de Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro, para se diferenciar no mercado. Além de tudo, o café é embalado como um presente. A qualidade do café é garantida pelo correto manejo especializado do grão Arábica, espécie valorizada pelo sabor e aroma excepcional, que podem ser mantidos intactos por até dez meses graças a uma válvula italiana que lacra a embalagem, impedindo a oxidação. A apresentação do produto resulta de todo um trabalho de identidade visual, que elegeu como tons predominantes o marrom e o laranja. Como charme extra, para ressaltar a suavidade do café, foi escolhido como símbolo da marca o pássaro Uirapuru, cujo canto é comparado ao som de uma flauta. Com a proposta de investir no conceito de café como presente venceram um edital de inovação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com apoio da Fundação Bio-Rio, Polo de Biotecnologia do Rio de Janeiro, entidade sem fins lucrativos. Com a verba de pouco mais de R$ 60 mil reais, ganharam fôlego para desenvolver toda a concepção do projeto. Kits diferenciados Há dois anos, o café começou a ser colocado à venda em pontos-chave como o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Antonio Carlos Jobim/Galeão e em duas lojas de produtos naturais da cidade. O produto passou no teste. “Percebemos uma reação muito positiva dos consumidores, que ficavam simplesmente encantados com a originalidade do presente”, relata Maria Tereza. Para agregar ainda mais valor à marca e gerar oportunidade de emprego e renda na região, o casal procurou vários artesãos de Nova Friburgo. O Uirapuru em cristal, chocolates e velas caseiros, saquinhos de juta que revestem a embalagem do café e rendas colocadas nas caixas são exemplos dos kits diferenciados. Comércio Brasil Com todo o processo mais amadurecido, eles participaram da 23ª Super Rio ExpoFood, uma das maiores feiras de varejos do país, no final de março, na capital fluminense. Com apoio do Sebrae no Rio de Janeiro, o café Cantares foi um dos produtos apresentados na Rodada de Negócios, uma das iniciativas do projeto Comércio Brasil, desenvolvido pela instituição para aproximar micro e pequenas empresas dos compradores de porte. Para o casal, o resultado foi além do esperado. “Ainda não posso adiantar o nome dos quatro grandes grupos que se interessaram em vender o Cantares Página 11 de 62


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porque a negociação está em andamento. O que dá para dizer neste momento é que a proposta foi tão boa que nossa produção pode quadruplicar este ano”, festeja Tiago Costa. Fonte: Agência Sebrae de Notícias: (61) 3243-7851/ 3243-7852/ 8118-9821 Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800 www.agenciasebrae.com.br twitter.com/sebrae facebook.com/Sebrae Sebrae do Rio de Janeiro – (21) 2212-7971 Café Cantares (22) 22 2527 4145 www.cafecantares.com.br

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Café de Pernambuco ganha projeto para melhorar qualidade - Agricultura / café - 06/04/2011 Ações vão ter foco em seis municípios do estado onde se concentra maior parte do cultivo por Globo Rural Online A cadeia produtiva do café em Pernambuco terá um novo projeto de apoio. O Sebrae pretende intensificar as ações para melhorar a qualidade do produto e criar um diferencial para o grão pernambucano. A ideia também é buscar o acesso a novos mercados por meio da oferta de cafés especiais. A iniciativa abrange seis municípios do agreste do estado, onde se concentra a maior produção. Pernambuco é o segundo maior produtor de café do Nordeste, com cerca de 4,8 mil hectares cultivados, o que gera, anualmente, R$ 8,5 milhões em vendas. Ao todo, 80% da produção estadual se concentram nos municípios de Garanhuns, Taquaritinga do Norte, Jurema, Brejão, Saloá e Paranatama. Apesar dos números, a produção local corresponde a apenas 10% de todo o café consumido no estado. Os cafeicultores atendidos vão participar, ao longo dos dois anos de execução do projeto, de ações como consultoria, capacitação para melhoria tecnológica e de gestão, concurso de qualidade do café para promover e valorizar a produção pernambucana, palestras e seminários com especialistas do setor. A entidade pretende realizar, ainda, uma pesquisa com cafeterias da região metropolitana do Recife para apresentar a produção local e identificar oportunidades de negócios entre os cafeicultores pernambucanos e os empresários. Dentro do projeto, será realizado um estudo para implementação do selo de Indicação Geográfica para o café especial do Agreste de Pernambuco. A certificação indica aos consumidores a origem do produto.

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Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Congresso Nacional aprova incentivos para quem recuperar cobertura florestal A proposição segue agora para exame pelas Comissões de Meio Ambiente (CMA) e de Assuntos Econômicos (CAE) Por: Agência Senado A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) aprovou, em reunião nesta quinta-feira, 30, proposta que assegura aos proprietários rurais um conjunto de benefícios fiscais e creditícios para incentivar a preservação e recuperação de áreas florestadas. Entre as medidas previstas no texto está a possibilidade de dedução do Imposto de Renda dos valores gastos pelo produtor rural na preservação ou recuperação de mata nativa, em montante equivalente a até 20% do imposto devido. Os benefícios estão previstos em substitutivo do senador Waldemir Moka (PMDB-MS), relator da comissão, a oito projetos de lei do Senado (PLS) que tramitam em conjunto, sendo três de 2007 (131, 142 e 304), quatro de 2008 (34, 64, 65 e 78) e um de 2009 (483). Prevalecerá o número do mais antigo, 131/2007. O relator aproveitou partes dos diferentes projetos e, além da dedução de Imposto de Renda, estabeleceu outros incentivos, como juros menores em financiamentos públicos. Moka sugere, por exemplo, que quanto maior for a área de vegetação nativa mantida, em relação à área total da propriedade, maior será a redução de juros sobre crédito rural concedido ao proprietário rural. E para agricultores da Amazônia Legal que tomarem financiamentos com recursos de fundos constitucionais, ele prevê que seja concedido bônus de adimplência de 35% para aqueles que mantiverem área de reserva legal igual ou maior que os limites previstos no Código Florestal. Moka propõe ainda que fique isento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) parcela da propriedade equivalente a até quatro vezes a área mantida com vegetação nativa. O substitutivo estabelece que a recuperação da cobertura florestal se dê pelo plantio de espécies nativas. O texto concede benefícios para recuperação e preservação não apenas de áreas protegidas pelo Código Florestal – Lei n° 12.651/2012, mas também sobre parcelas mantidas com vegetação que extrapolem os limites mínimos obrigatórios pela legislação. Assim, os incentivos fiscais e creditícios valem para recuperação de áreas de preservação permanente (APP), como as matas ao longo dos rios e no entorno de nascentes e lagos, e também para proteção de remanescentes florestais e áreas de refúgio para a fauna local, por exemplo. Projeto técnico A concessão dos benefícios estará condicionada à aprovação, pelo órgão ambiental competente, de projeto técnico elaborado por profissional legalmente habilitado. Para agricultores familiares, o texto prevê que o projeto técnico seja custeado pelo poder público. Em caso de descumprimento dos compromissos assumidos, os incentivos serão suspensos e o produtor será obrigado a devolver os recursos recebidos, acrescidos de multas e encargos financeiros. Página 14 de 62


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Recursos hídricos O substitutivo inclui ainda mudanças na lei que Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos – Lei n° 9.433/1997- para determinar redução de tarifa pelo uso de água em propriedades que mantiverem áreas preservadas e utilizarem métodos de conservação de água e solo. Também abre a possibilidade de destinação de recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de água no pagamento por serviços ambientais decorrentes da conservação de áreas florestadas nas propriedades rurais. Depois da votação na CRA, a proposição segue para exame pelas Comissões de Meio Ambiente (CMA) e de Assuntos Econômicos (CAE).

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Café: tecnologias inovadoras e sustentáveis para o pequeno cafeicultor O cuidado durante a fase de pós-colheita do café é um dos grandes diferenciais para a obtenção de um produto de qualidade Flávia Bessa, Embrapa Café 30/07/2014 A cafeicultura historicamente tem tido importante papel no desenvolvimento socioeconômico do Brasil. O País, além de ser o maior produtor e exportador, é também o segundo consumidor mundial. Para que a atividade cafeeira tenha sustentabilidade, é necessário atender às exigências ambientais e sociais e, principalmente, às mercadológicas, o que permite gerar renda ao setor produtivo e aos demais elos do agronegócio café. Assim é imprescindível investir na melhoria da qualidade e na agregação de valor ao produto em sintonia com as demandas de mercado. Nesse contexto, um dos fatores que mais contribui para a geração de renda dos cafeicultores, especialmente os de pequeno porte, é o uso de tecnologias de colheita e pós-colheita que contribuem para obtenção de qualidade do café a baixo custo e fácil implantação. Um conjunto dessas tecnologias, voltado para a agricultura familiar, foi desenvolvido no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, e constitui infraestrutura mínima para produção de café com qualidade e sustentabilidade econômica, social e ambiental. Essas alternativas tecnológicas permitem ao cafeicultor investir na construção de equipamentos adequados para produção de café com qualidade, pois funcionam de maneira simples, eficiente e a um baixo custo operacional e ainda podem ser construídas com matéria-prima e mão de obra regional. Do ponto de vista da sustentabilidade, essas tecnologias viabilizam também a adoção dos princípios de Boas Práticas Agrícolas, rastreabilidade e competitividade. Para falar sobre essas tecnologias, a Embrapa Café entrevistou um dos pesquisadores responsáveis por esses estudos e inventos, Juarez de Sousa e Silva, professor aposentado da Universidade Federal de Viçosa – UFV, instituição participante do Consórcio Pesquisa Café. Juarez possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (1969), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (1973) e doutorado em Engenharia Agrícola - Michigan State University (1980). Tem vasta experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Engenharia de Processamento de Produtos Agrícolas, atuando principalmente nos seguintes temas: secagem, café, secador, grãos e fornalha. Hoje Juarez é bolsista do Consórcio Pesquisa Café na UFV, onde dá continuidade ao seu trabalho de pesquisa em conjunto com parceiros do Consórcio. Embrapa Café: Há quanto tempo são desenvolvidas tecnologias de pós-colheita para o café pela UFV e Consórcio Pesquisa Café? Juarez de Sousa e Silva: Nossos trabalhos com a pós-colheita do café vêm ocorrendo desde o nosso retorno do treinamento em pós-colheita, realizado na Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos. Entretanto, as pesquisas se intensificaram quando recebemos os primeiros financiamentos do Consórcio Pesquisa Café, cujas reuniões para discutir sua criação tenho orgulho de ter participado antes Página 16 de 62


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mesmo de ser lançado, em 1997. Embrapa Café: O que motivou a pesquisa sobre pós-colheita para os pequenos cafeicultores? Juarez de Sousa e Silva: Para os cafeicultores profissionais, principalmente os donos de grandes lavouras, estabelecidos no mercado e em boas condições financeiras e/ou fácil acesso ao crédito, já havia tecnologias que os atendessem com certo grau de eficiência no que diz respeito às necessidades operacionais da pós-colheita do café. Como essa não era a realidade do pequeno cafeicultor ou cafeicultor de base familiar, decidimos por trabalhar para essa faixa de produtores. Aprendi, durante a minha passagem nos Estados Unidos, a máxima "Faça você mesmo". O pequeno agricultor, sem tecnologia disponível para sua capacidade de produção e investimentos, teria de fazer as "coisas" por conta própria e com recursos locais à sua disposição. E esse é um grande desafio, ou seja, produzir tecnologia simples com grandes resultados. Se o Consórcio Pesquisa Café quiser valorar o que foi feito até agora por parte de alguns de seus pesquisadores, é só estudar a mudança contínua da qualidade do café da Zona da Mata de Minas. Passamos do pior para um dos melhores cafés do Brasil. Aliás, o café classificado como Rio Zona, representava, em tempos passados, as características dos cafés produzidos no Estado do Rio de Janeiro e Zona da Mata Mineira. Embrapa Café: Além da condução correta da lavoura, os processos de preparo, secagem e armazenamento são fundamentais para a manutenção da qualidade do café produzido. Em outras palavras, quais os principais cuidados com o café na fase de colheita e pós-colheita? Juarez de Sousa e Silva: Infelizmente parte de nossos extensionistas, a despeito de trabalharem corretamente a parte agronômica da cultura, não tiveram treinamento e, portanto, pecam por não se dedicarem às etapas da pós-colheita. Sem treinamento e sem uma infraestrutura mínima dificilmente serão produzidos cafés de qualidade em regiões com ocorrência de baixa incidência solar e alta probabilidade de chuvas no período da colheita. Posso garantir que, com tecnologia de pós-colheita, pode-se obter, em qualquer região produtora, cafés de alta qualidade em uma lavoura cafeeira que produza frutos maduros e bem formados. Qualidade de café é, principalmente, uma questão do manejo após a colheita. Nessa fase, deve-se estragar o mínimo do que se colheu da lavoura. Embrapa Café: Quais são as tecnologias de pós-colheita para o café arábica e conilon desenvolvidas em seus projetos, com sua equipe e parceiros, no âmbito do Consórcio Pesquisa Café? Juarez de Sousa e Silva: Já disponibilizamos equipamentos e técnicas necessários para compor infraestrutura mínima para produção de café com qualidade, entre eles lavadores, técnicas de manejo de terreiros, pré-secadores, secadores, fornalhas, silos e sistema de aeração, determinadores de umidade, sistema de reúso e tratamento de água resultante do processamento do café e materiais didáticos específicos para melhor eficiência nesse trabalho. Além disso, equipamentos destinados ao descascamento do café já são, felizmente, fornecidos pela indústria brasileira. Embrapa Café: Descreva sucintamente algumas tecnologias de pós-colheita e os benefícios esperados na produção e na qualidade do café. Juarez de Sousa e Silva: Todas as tecnologias de pós-colheita do café, sua descrição, materiais empregados e benefícios estão disponíveis no site do Consórcio Pesquisa Café (www.consorciopesquisacafe.com.br) e no site pós-colheita (www.poscolheita.com.br). A infraestrutura mínima que recomendamos pode ser constituída por: a) um lavador simples que separa, também, os cafés de alta densidade dos cafés boias. Com esse equipamento, que tem custo aproximado Página 17 de 62


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de R$ 2.000,00 o cafeicultor pode produzir dois lotes diferenciados e reduzir área de secagem; b) um pequeno descascador de cerejas, que tem a finalidade de separar sementes de frutos maduros dos verdoengos, aumenta o número de lotes diferenciados, reduz ainda mais a área de secagem, a mão de obra e o consumo de energia; c) o sistema de rodo virador enleirador facilita e reduz o tempo de secagem no terreiro (pode, atualmente, ser substituído por um soprador manual motorizado oferecido pela indústria); d) o terreiro secador ou terreiro híbrido é um sistema simples e, por possuir um sistema de aquecimento por fornalha - ventilador, reduz o tempo de secagem do terreiro em até cinco vezes, funciona independentemente das condições climáticas e tem custo aproximado de R$15.000,00; e) o silo secador armazenador pode ser construído na própria fazenda e, por possuir um sistema de ventilação, completa a secagem durante o armazenamento, exige menores secadores e tempo de secagem, homogeniza a umidade final do produto e com sistema de ventilação tem custo aproximado de R$700,00 por m3 de armazenagem; f) o determinador de umidade EDABO (Evaporação da Água em Banho de Óleo) é eficiente, determina a umidade em toda a faixa (úmido - seco). Consta de uma balança simples, uma fonte de aquecimento, um termômetro comum (25ºC) e uma pequena leiteira de alumínio. Tem tempo de determinação de 15 minutos e custo aproximado de R$ 200,00. O nosso grupo também produziu e/ou adaptou tecnologias alternativas que contribuem para redução de custos e energia, respeito ao meio ambiente e redução da mão de obra, como: fornalhas (aquecimento direto e indireto), secadores mecânicos de pequeno porte, carvoeira, sistema de limpeza da água residuária, sistema de armazenagem temporária do café cereja, entre outras. Embrapa Café: Em que regiões essas tecnologias são mais usadas? Poderiam ser adaptadas para outras regiões cafeeiras? Juarez de Sousa e Silva: As tecnologias podem ser adaptadas para qualquer região produtora de café. Devemos dar prioridade às regiões menos favoráveis para realização da colheita, como Zona da Mata, Montanhas do Espírito Santo, Sul e Sudoeste da Bahia, todas grandes produtoras de café. Embrapa Café: Qual o principal diferencial das tecnologias que são recomendadas especificamente para cafeicultores familiares? Juarez de Sousa e Silva: O principal diferencial é o custo de implantação e a garantia de funcionamento adequado, independentemente das condições climáticas. Costumo afirmar que somente não haverá produção de café de qualidade se não houver colheita feita com qualidade. Embrapa Café: Quais são os principais resultados e impactos que essas tecnologias estão gerando no campo? Juarez de Sousa e Silva: Infelizmente não há como quantificar ou valorar os resultados. Pode-se, sim, mostrar os resultados de propriedades ou regiões onde foi possível oferecer treinamentos e disponibilizar as tecnologias. Creio que as cooperativas e os serviços de extensão possam fornecer informações sobre isso, pois, a cada dia, demandam dos produtores e recebem cafés de melhor qualidade. Embrapa Café: De que forma essas tecnologias de pós-colheita têm chegado aos cafeicultores? O que a Embrapa Café e o Consórcio têm feito de ações para promover a transferência aos produtores? Juarez de Sousa e Silva: Nosso grupo é muito pequeno e a grande maioria dos produtores de café está classificado na base (pequenos e médios). Já realizamos alguns treinamentos incisivos para técnicos do Página 18 de 62


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Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia. Agora estamos finalizando treinamento para o Estado de Minas Gerais. Os resultados obtidos pelos técnicos nesses estados nos deixam bastante satisfeitos. Esperamos que, nos próximos anos, tenhamos também bons resultados para os pequenos cafeicultores mineiros, principalmente depois da implantação de unidades demonstrativas que estão sendo instaladas por meio de parceria entre Consórcio Pesquisa Café/Embrapa Café e Emater-MG, com envolvimento de cooperativas e produtores. Embrapa Café: No âmbito do Consórcio Pesquisa Café, que ações de transferência de tecnologia foram realizadas mais recentemente nas principais regiões produtoras destacaria? Juarez de Sousa e Silva: Em 2013 e 2014 foram e ainda estão sendo realizadas intensamente, ações de transferência de tecnologias para extensionistas e cafeicultores familiares em diferentes regiões produtoras do País. Entre elas, Dia de Campo sobre pós-colheita do café com reúso e destinação da água residuária do preparo do café por via úmida, em Matipó – MG, em 29 de junho de 2013. Treinamento em pós-colheita e reúso da água residuária do café para 60 participantes durante a Semana do Fazendeiro, em Viçosa – MG, de 14 a 20 de setembro de 2013. Dia de Campo com apresentação do Sistema de Limpeza de Água Residuária do Café - SLAR para 120 produtores de café Conilon, em Venda Nova do Imigrante – ES, em 26 de junho de 2013. Treinamento em colheita e pós-colheita do café em Rondônia, no Campo Experimental da Embrapa Rondônia (Ouro Preto D'Oeste), de 21 e 22 de maio de 2013, para 25 técnicos da EMATER–RO e 25 produtores e líderes rurais. Treinamento em secagem de café para melhoria da qualidade do produto em Monte Belo-MG e Alfenas Caconde-MG, no período de 20 a 22 de maio de 2014. Dia de Campo em Lajinha-MG, em 7 de maio de 2014, e Dia de Campo em Fervedouro-MG, em 26 de março de 2014. Em Rondônia, foi realizado o 3° Treinamento e Dia de Campo para qualidade de café em Ouro Preto D'Oeste no período de 28 a 30 de maio de 2014. Esses treinamentos ao longo desses dois últimos anos capacitaram mais de 600 extensionistas e cafeicultores. Ressalta-se que, por exemplo, no Estado do Espírito Santo, as fazendas experimentais do Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural - Incaper, das cidades de Venda Nova do Imigrante e Marilândia, rotineiramente recebem grande número de cafeicultores, estudantes e extensionistas que têm interesse especial nas tecnologias de pós-colheita instaladas nesses locais. O mais recente trabalho foi realizado durante o 8º Encontro Nacional do Café, realizado em Barra do Choça – BA, de 22 a 24 de julho. Nesse encontro, além de palestra e demonstração de resultados (Secador Rotativo Intermitente), foram atendidos, em forma de Clínica Tecnológica, 120 produtores de base familiar. Embrapa Café: Outros técnicos do setor produtivo do café também estão sendo treinados para reproduzir essas tecnologias? De que forma e com que objetivos Juarez de Sousa e Silva: Além de clínicas tecnológicas em congressos e encontros, estamos, sempre que possível, realizando parceria com Sebrae e cooperativas para realização de treinamento de agricultores e técnicos. Agora, com o sucesso dos treinamentos avançados já realizados, o Departamento de Engenharia Agrícola – DEA, da UFV, está pronto para fornecer, no início de 2015, Pós-graduação Lato Sensu em Pós-colheita de Produtos Agrícolas. Nesse curso, a pós-colheita do café será tratada com grande profundidade. Embrapa Café: E estão sendo firmadas parcerias e treinamentos com empresas para fabricação dessas tecnologias? Juarez de Sousa e Silva: Já realizamos treinamentos para artesões em Lajinha, Timóteo, Matipó, Página 19 de 62


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Guaxupé, Alfenas (MG), Ouro Preto do Oeste (RO), Marilândia e Venda Nova do Imigrante (ES), Barra do Choça (BA), entre outros locais. Embrapa Café: Atualmente que tecnologias estão em desenvolvimento ou necessitam ser desenvolvidas para atender novas demandas tecnológicas de pós-colheita? Juarez de Sousa e Silva: Primeiramente, muitas tecnologias com garantia de funcionamento, para redução do custo de mão de obra, precisam ser mecanizadas. Estamos necessitando de financiamento para desenvolvimento de sistemas para redução de trabalhos no terreiro e lavagem/descascamento noturno que já vem apresentando boas possibilidades. Embrapa Café: Para finalizar, gostaria de acrescentar mais alguma informação a esta entrevista? Juarez de Sousa e Silva: Reiterando o que já disse antes, a pós-colheita é a fase que garante o que foi bem feito na fase de lavoura. Redução no consumo de energia, higiene, respeito ao meio ambiente e aos aspectos sociais são seriamente levados em consideração quando propomos tecnologias de póscolheita. Nosso grupo também estuda processos para evitar o trabalho de lavagem e despolpa no final da tarde e durante a noite. A colheita do café, em geral, ocorre no inverno e nosso objetivo é reduzir a insalubridade nessas operações.

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Consórcio Pesquisa Café contribui para retomar produção e incrementar qualidade do café no Estado do Rio de Janeiro Seg, 17 de Novembro de 2014 13:31 A cafeicultura no Noroeste Fluminense tem como meta a obtenção de cafés de qualidade para dar sustentabilidade e modernizar a produção No século XIX, o Rio de Janeiro foi importante estado produtor de café no Brasil, chegando a representar cerca de 60% da produção nacional. Neste ano de 2014, o estado produzirá, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento – Conab (set/2014), 292,4 mil sacas de 60 kg de café com produtividade de 22,87 sacas por hectare. No entanto, estima-se que o Rio de Janeiro é o terceiro maior consumidor de café verde do País com de 1,7 milhões de sacas de 60 kg, atrás dos estados de São Paulo (4,6 milhões) e de Minas Gerais (2,2 milhões), considerando a estimativa populacional de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e o consumo de café apurado pela Associação Brasileira da Indústria do Café – Abic. Pesagro-Rio - Pesquisa da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro – Pesagro-Rio desenvolvida no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, com financiamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – Funcafé, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, apresenta resultados animadores com relação ao aumento da produção, produtividade e melhoria da qualidade do café. O projeto “Aprimoramento do cultivo do café no Noroeste Fluminense” avalia o comportamento do adensamento da cultura, da resposta de cultivares de café à ferrugem na região, bem como a qualidade do café produzido e a favorabilidade das terras do Noroeste Fluminense à cafeicultura, para definição de áreas propícias para cultivo sustentável. Essas pesquisas indicam que a produção pode ser incrementada a médio prazo, bastando, para tanto, recuperar lavouras viáveis e investir em novas áreas com plantio adensado e produção voltada para a qualidade do produto. O uso de cultivares resistentes à ferrugem é também considerado importante, bem como a identificação de áreas de cultivo mais favoráveis à cultura. “Como resultados, são esperados o aumento da produtividade com redução dos custos de produção e melhoria da qualidade do café e geração de renda; estímulo a pequenos e médios produtores para formação de lavouras com espaçamentos adequados, conservação de solos e do meio ambiente e, futuramente, capacitações em gestão empresarial, mercado, comercialização e marketing”, adianta o pesquisador da Pesagro Wander Eustáquio de Bastos Andrade. Embrapa Café - Para o gerente geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo, o Rio de Janeiro tem plenas condições para expandir a produção cafeeira com melhoria da qualidade do produto para atender a expressiva demanda do estado e ainda os mais exigentes mercados consumidores do Brasil e do exterior. “O esforço da equipe da Pesagro-Rio envolvida nos estudos e do Consórcio Pesquisa Café está centrado nessa Página 21 de 62


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expectativa positiva. Bons frutos em médio prazo virão”. O projeto envolve, além da Pesagro-Rio, a Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF e a Embrapa Agrobiologia e conta com a participação de técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de Janeiro - Emater-Rio, finaliza Bartholo. Café adensado – É considerado a principal alternativa tecnológica para a modernização e o incremento produtivo da cafeicultura fluminense, pois além de intensificar a utilização em áreas montanhosas, característica topográfica do estado, é de interesse para pequenas propriedades que utilizam intensamente a mão de obra familiar. A tecnologia também ajuda a reduzir custos e a aproveitar racionalmente as áreas de cultivo em curto prazo. Os resultados da pesquisa no sistema de plantio adensado têm demonstrado que é possível obter alta produtividade por área no cafeeiro arábica, além de redução do custo de produção e retorno de curto prazo do investimento na implantação do cafezal. Entretanto, resultados de pesquisas em longo prazo obtidos na região Noroeste, considerando a produção acumulada em 10 anos, mostraram que é necessário certo limite, já que o superadensamento não é favorável à produtividade do café. Esse experimento foi instalado em 2002 em um Latossolo Vermelho-Amarelo da Fazenda Candelária, região Noroeste Fluminense. “De fato, a principal vantagem da técnica de adensamento é obtenção de altas produções de café em curto prazo. No entanto, esse aumento de produtividade tende a cair à medida que o cafeeiro se desenvolve e aumenta a competição entre as plantas, sendo necessário, a partir daí, o uso da poda, o que pode anular os ganhos iniciais de produção obtidos com os espaçamentos mais adensados. Essa evidência sinaliza para a necessidade de prever bom manejo de podas para cafeeiros adensados. Já estamos trabalhando nesse sentido”, pondera o pesquisador. Também são elencadas como vantagens do adensamento: melhoria das propriedades químicas e físicas do solo em função do maior número de queda de folhas e ramos e menor escorrimento de água devido à concentração de matéria orgânica; melhor aproveitamento desses nutrientes graças à manutenção da umidade nas camadas superficiais pelo sombreamento e melhor distribuição do sistema radicular; menor gasto no controle de plantas daninhas pelo sombreamento da área e melhor proteção do solo em áreas declivosas, diminuindo processos erosivos. Para saber mais sobre essas pesquisas, leia artigo da revista do Consórcio Pesquisa Café, Coffee Science, “Produtividade do cafeeiro arábica e condições de adensamento no noroeste Fluminense”. Em busca de mais qualidade – Assim, a retomada da cafeicultura no Noroeste Fluminense tem incluído, em suas metas, a obtenção de cafés de qualidade para dar sustentabilidade à atividade, especialmente dos pequenos produtores. Como parte do projeto, foram coletadas amostras de café de alguns produtores de Porciúncula na safra 2013/2013 para caracterização da qualidade final de seu produto quanto ao tipo e bebida. Em 2013/2014 continuou-se o trabalho com a coleta de amostras do mesmo local (análises em andamento). Com base em análises anteriores (2013), verificou-se que, em termos de qualidade de bebida, algumas amostras se destacaram, com bebida mole (1 amostra), apenas mole (2 amostras) e bebida dura (4 amostras), de um total de 17 amostras. As análises iniciais permitiram verificar que a melhor qualidade da bebida foi obtida nos cafés cereja descascado independentemente dos produtores. Isso é indicativo de que os Página 22 de 62


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descascadores e secadores instalados na região (em Porciúncula e Varre Sai) têm grande importância na melhoria da qualidade. Por outro lado, seguindo o mesmo raciocínio, as piores amostras em termos de bebida referem-se, de modo geral, a café colhido em terra (café de varrição). Acredita-se que, com a adoção de técnicas adequadas de colheita e de preparo dos grãos, envolvendo o uso de secadores e mesmo a prática do despolpamento, a qualidade dos cafés da região vai melhorar. Zoneamento por Análise Multicriterial - O zoneamento do café no estado será novamente objeto de estudo. Há alguns anos, o Consórcio Pesquisa Café financiou pesquisas da Pesagro-Rio sobre zoneamento climático que inclusive embasam o projeto em curso. Mas agora a ferramenta estatística é a análise Multicriterial. Essa análise se resume ao estudo da interação do sistema de produção identificado pelas variáveis: homem, solo e planta, com os sistemas econômicos e sociais, tornando-se instrumento fundamental de planejamento e desenvolvimento em políticas públicas. O que se pretende é utilizar essa ferramenta para definição dos potenciais de terras do Estado do Rio de Janeiro para a cultura do café, para fins de planejamento rural. Ferrugem do cafeeiro – É uma das principais doenças da cultura, causando grandes prejuízos nas regiões produtoras, principalmente onde as condições climáticas favorecem o desenvolvimento da doença. A utilização de cultivares resistentes é a alternativa mais econômica para o produtor viabilizar o controle da doença, possibilitando, principalmente, a redução da necessidade de produtos agroquímicos, o que implica economia de custos e preservação ambiental. Além disso, em um parque cafeeiro como o do Estado do Rio de Janeiro formado, em sua maioria, por lavouras adultas e velhas, a renovação das lavouras com cultivares melhoradas e adaptadas às condições de solo e clima locais repercutirá na produtividade e qualidade do produto. Irrigação por gotejamento – Realizada com café conilon, no Norte Fluminense, obteve resultados positivos de produtividade devido à disponibilização tecnológica e às mudanças climáticas ocorridas. Segundo resultados obtidos em Campos dos Goytacazes, foi observado maior número de grãos por roseta e, consequentemente, maior número de grãos por ramo produtivo. Os estudos com irrigação no café conilon no Norte Fluminense mostraram que a produtividade aumentou de 13 sacas de café beneficiado por hectare (sem irrigação) para 52 sacas de café beneficiado por hectare. Saiba mais na publicação “Irrigação por gotejamento”. É de certa forma consenso entre os pesquisadores que a irrigação garante mais segurança à atividade da produção agrícola e acréscimos na rentabilidade das lavouras. O uso da irrigação por gotejamento, por sua vez, constitui importante investimento que deve ser feito em conjunto com as outras técnicas indicadas para o manejo do café conilon. Além disso, um aspecto importante da adoção de sistemas como o gotejamento é a economia de água. Dessa maneira, a tecnologia “gota a gota” de aplicação de água e fertilizantes pode ser tecnologia ecologicamente correta e viável economicamente para os agricultores. Segundo Wander Eustáquio, para o aumento da produtividade agrícola e da eficiência do uso da água, a técnica da irrigação por gotejamento, por si só, não garante esses benefícios imediatos para a cultura do cafeeiro. O manejo da irrigação, bem como as técnicas agrícolas, o controle da umidade do solo, da adubação, da salinidade, das doenças e insetos e a seleção de cultivares podem proporcionar efeitos significativos na produção por área e por água consumida e na qualidade do produto final. “O custo inicial pode ser mais elevado em relação a outros métodos de irrigação; no entanto, a melhor eficiência no uso da água e na aplicação de fertilizantes, em conjunto com a economia no uso da mão de obra, representam Página 23 de 62


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vantagens econômicas relevantes em médio prazo, o que tornam a irrigação por gotejamento vantajosa para o produtor rural”. Zoneamento climático - O conhecimento das limitações edafoclimáticas auxilia os produtores na tomada de decisão quanto à utilização de novas áreas ou introdução de variedade mais adaptável à região. A PesagroRio, Embrapa e parceiros realizaram Zoneamento Agroclimático para revitalização da cultura do café no estado e oferta de informações técnicas ao setor produtivo. Para o café arábica, com esse estudo - uma espécie de mapa de aptidão climática para a cafeicultura do estado - verificou-se que existem 42% de áreas aptas, 5% aptas irrigadas e 53% de áreas inaptas. Para o café robusta, foram mapeados cerca de 38% de áreas aptas, 26% de áreas aptas irrigadas e 36% de áreas inaptas. Foram considerados aptas, para o café arábica (Coffea arabica L), as regiões concentradas principalmente em áreas entre 500 e 900 metros de altitude (Noroeste e Serrana) e as áreas localizadas na região Noroeste, onde se recomenda a irrigação como operação complementar, mas não obrigatória, devido ao déficit hídrico menor que 150 mm anuais. Para o café robusta (Coffea canephora Pierre), são aptas as regiões situadas em áreas abaixo de 500m de altitude nas regiões Norte, Noroeste e das Baixadas Litorâneas. Nessas situações, recomenda-se a irrigação, devido ao déficit hídrico maior que 150 mm anuais. Saiba mais no documento “Zoneamento climático para a cultura de café no Rio de Janeiro”. Saiba mais sobre o Consórcio Pesquisa Café, Embrapa Café e Pesagro-Rio acessando os seguintes sites: http://www.consorciopesquisacafe.com.br/ https://www.embrapa.br/cafe http://www.pesagro.rj.gov.br/ Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café Texto: Flávia Bessa – MTb 4469/DF e Lucas Tadeu Ferreira – MTb 3032/DF Contatos: flavia.bessa@embrapa.br e (61) 3448-1927 Site: www.embrapa.br/cafe www.consorciopesquisacafe.com.br

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Atlas vai melhorar controle de qualidade e análise do café em todo o país Fundação Ezequiel Dias, de BH, e Anvisa lançam atlas com detalhes sobre plantio, colheita e processamento do grão torrado e moído. postado em 10/02/2012 08:55 / atualizado em 10/02/2012 09:40

No laboratório da Funed, a pesquisadora Virgínia del Carmem mostra o atlas após verificar impurezas contidas no produto Maior produtor e exportador de café do mundo, o Brasil terá agora uma importante ferramenta para o controle da qualidade dos grãos colhidos por aqui. A Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançaram esta semana o Atlas de microscopia de café torrado e moído, publicação que reúne informações sobre o processo produtivo do grão, plantio, colheita, processamento, armazenamento e, principalmente, a morfologia e histologia do fruto e a identificação de fraudes usuais. O material passa a ser fonte de consulta em todos os laboratórios brasileiros que fazem análises de vigilância sanitária de controle da qualidade do café consumido no país e também nos laboratórios da indústria cafeeira. A Funed, laboratório oficial em Minas Gerais para esse tipo de análise em produções sujeitos a controle, como alimentos, cosméticos, medicamentos e produtos saneantes, tem pesquisado amostras de café há 20 anos mas só agora pode ampliar e sistematizar as descobertas. Segundo a bióloga Virgínia Del Carmen, Página 25 de 62


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chefe do Serviço de Microscopia da entidade e responsável pela produção do material, a área de microscopia é carente em referências bibliográficas, faltando a pesquisadores e técnicos compêndios e materiais de referência para auxiliar de forma prática na observação do material. “É essa a razão de divulgarmos nosso conhecimento em um atlas impresso para distribuição gratuita na rede nacional de laboratórios de saúde pública, laboratórios parceiros em análise de café, instituições de ensino e pesquisa e indústria cafeeira”, diz.

A Fundação Ezequiel Dias faz três tipos de análises de controle de qualidade do café torrado e moído, em laboratórios diferentes: o de micologia, que realiza a contagem e identificação dos fungos; o de micotoxinas, que analisa a quantidade presente de substâncias produzida por fungos nas amostras do fruto, do grão, do café torrado e moído; e o de microscopia, que contabiliza impurezas. No ano passado, 136 amostras passaram por esse último tipo de análise. Segundo Virgínia Del Carmem, 16% delas apresentaram impurezas acima da taxa permitida, que é de 2%. “Em algumas identificamos até mesmo presença de outros grãos, como milho”, afirma. Essa é, inclusive, a fraude mais comum. Nas análises do ano passado, 7% das amostras continham milho. É aí que está a principal contribuição da publicação. A detecção de fraudes em café é feita por meio da análise microscópica do grão torrado e moído, o que permite uma visualização histológica de cada espécie Página 26 de 62


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vegetal presente no produto, permitindo avaliar o grau de pureza do café. Tais impurezas seriam imperceptíveis a olho nu em função da cor castanho-escura do grão, exigindo um desengorduramento prévio da amostra com solvente orgânico para que as substâncias tornem-se visíveis ao exame da lupa. As imagens microscópicas das principais fraudes estão detalhadas no atlas que em um dos capítulos dá ênfase à identificação, por métodos morfoanatômicos, dos vegetais estranhos.

Café é responsável pela produção de várias iguarias na gastronomia. Entre elas estão bolos, sorvetes e drinks feitos com o grão Ganhos para o consumidor O atlas ganha ainda mais importância em um período em que o Brasil caminha para ser também o maior consumidor de café do mundo, lugar hoje ocupado pelos Estados Unidos. Conforme a bióloga, para apontar a origem da contaminação de um produto é necessário um trabalho de vigilância sanitária eficaz. Mas não basta identificar, é preciso apontar em que momento do processo de fabricação o problema aconteceu. “Daí a importância do Atlas que, de forma ilustrativa e didática, apresenta a metodologia de análise para avaliação da qualidade desse produto tão comum na casa dos brasileiros”, afirma Virgínia. O consumidor final, sem dúvidas, é o maior beneficiado. Chefe da Divisão de Vigilância Sanitária e Ambiental da Funed, Rita Lopes Naveira acredita que o brasileiro acostumado a tomar café diariamente vai ter acesso a um produto com qualidade assegurada, já que o atlas vai permitir à indústria e à vigilância melhores condições de análise. “O técnico responsável pela avaliação do café, ao ver algo estranho na lâmina, terá uma imagem de referência no atlas para ajudá-lo na identificação do que não reconhece”. Segundo ela, Minas Gerais tem a preocupação de analisar todo alimento com impacto na saúde. “Este é um produto de grande consumo e valor comercial. O brasileiro gosta e precisa de um café de qualidade”. Os produtores de café também terão mais recursos para mandar ao mercado um produto melhor, apesar de apenas a minoria manter laboratórios de análise de qualidade, ficando à mercê de uma análise externa. Página 27 de 62


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Flávio Silveira, diretor técnico do Sindicato da Indústria de Café de Minas Gerais (Sindicafé-MG), acredita que essa identificação dos pontos críticos e detalhamento das boas práticas agrícolas vão culminar na melhoria do café que vai para o consumidor. A ideia inicial é que cada indústria tenha seu laboratório de microscopia, permitindo a identificação de problemas antes de vender a safra em questão. Caso contrário, pode ser instaurado um processo contra a empresa, que passará por várias vistorias.

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Embrapa lança publicação técnica para produção de café de melhor qualidade Objetivo das tecnologias é proporcionar maior renda e sustentabilidade à produção Embrapa Café 24/10/2013 “Produção de Café Cereja Descascado – Equipamentos e Custo de Processamento” é o tema do Comunicado Técnico nº 4 lançado pela Embrapa Café, coordenadora do programa de pesquisa do Consórcio Pesquisa Café. Os autores da publicação pertencem às seguintes instituições: Universidade Federal de Viçosa - UFV - Juarez Souza e Silva; Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Espírito Santo - IFES - Aldemar Polonini Moreli; Embrapa Café - Sammy Fernandes Soares; Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig - Sérgio Maurício Lopes Donzeles e Consórcio Pesquisa Café - Douglas Gonzaga Vitor. O Comunicado Técnico apresenta as vantagens do emprego de equipamentos e tecnologias necessárias à produção do café cereja descascado, tais como máquinas de pré-limpeza, lavadores, descascadores, Sistema de Limpeza da Água Residuária – SLAR, secagem/armazenagem, entre outros. A publicação também analisa comparativamente as vantagens econômicas ao se utilizar essas técnicas específicas. E ainda orienta os produtores para, antes de adquirir os equipamentos, participar de curso de treinamento para gerenciar corretamente o sistema de produção; operar e realizar manutenções preventivas e corretivas dos equipamentos para processamento via úmida, reutilizar águas residuárias e melhorar operações subsequentes, como secagem, armazenagem e beneficiamento do produto. Segundo o pesquisador Juarez Souza e Silva, o café recém-colhido é um fruto e não um grão. Por isso, a operação de processamento exige cuidado especial de quem o produz, a fim de entregar ao mercado consumidor um produto de qualidade superior e com remuneração compensatória, ou pelo menos de maior aceitação no mercado. O fruto maduro do cafeeiro – café cereja -, que pode ser vermelho ou amarelo, conforme a variedade, após remoção da casca, origina café cereja descascado, constituído pela semente e pergaminho. Após a colheita dos frutos, o produtor que optar pelo processamento do café cereja descascado deve investir em tecnologias para a obtenção de um produto de melhor qualidade. De acordo com o comunicado técnico, a grande vantagem de se produzir o café cereja descascado, quando se usa tecnologia adequada, é a garantia de obtenção de um produto com um padrão de qualidade superior, principalmente quando se compara com os cafés obtidos por via seca ou café natural (café coco). A obtenção de lotes maduros e homogêneos contribui para melhorar o tipo e qualidade da bebida, com preço muito acima dos cafés do tipo ‘bica corrida’ ou cafés que não passaram por nenhum processo para separar as diferentes classes de grãos. Além de ser um processo mais efetivo, o cafeicultor pode, ainda, receber remuneração extra, caso seu produto atinja excelência de qualidade. Este comunicado técnico que orienta como produzir café cereja descascado está em sintonia com Página 29 de 62


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a recém-aprovada IN nº 49, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, que trata da Produção Integrada de Café e, especificamente para a pós-colheita: minimizar o consumo de água utilizada nos equipamentos empregados no pré-processamento por via úmida; reutilizar a água no pré-processamento por via úmida; coletar e dar destino adequado aos resíduos sólidos; realizar o controle da umidade durante a secagem e a armazenagem do café, entre outras orientações técnicas.

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Diferenciação pode ser o segredo para pequenos produtores 18/02/2013

Deixar de produzir commodity e oferecer alimentos diferenciados, com valor agregado. Esse é o caminho para o pequeno produtor rural se destacar entre os grandes, diz Enio Queijada, gerente de agronegócios do Sebrae.”Como o preço das matérias-primas é dado pelo mercado externo, a escala é muito importante”, diz. “O pequeno agricultor deve procurar canais de venda que pagam melhor e conseguir um preço diferenciado.” A aposta na diferenciação fez a Cia Orgânica, distribuidora de café orgânico de São Paulo, crescer rapidamente. O negócio começou em 2002, com uma fazenda em Ribeirão Claro (PR) que produzia cerca de 50 sacas de café orgânico por ano. Foto: Divulgação Cresceu até atingir 300 sacas anuais em 2008, quando começou a comprar de outras propriedades em Mogiana (SP) para responder ao crescimento da demanda no varejo. “Decidimos estender a marca para outras fazendas e estimulamos novos parceiros na produção orgânica”, diz Thiago Fontoura Filho, sócio diretor da empresa.Hoje, a Cia Orgânica é responsável pela distribuição de 700 sacas de café orgânico, que recebe de cinco fazendas. A expansão ocorreu também no varejo. Além de empórios e restaurantes especializados, a empresa fornece para grandes redes de supermercados, incluindo o Pão de Açúcar –esse caso, como fornecedor exclusivo da marca própria Taeq.”A adesão das redes de supermercados aos produtos orgânicos nos possibilitou alcançar escala, que é fundamental para qualquer empresa”, afirma Fontoura Filho. MIGRAÇÃO Voltada ao cultivo de verduras, legumes e frutas, a Cultivar Orgânicos, de São Roque (SP), também cresceu apostando na diferenciação. “Percebi, em uma feira nos EUA no final dos anos 90, que o mercado de orgânicos era emergente e que era possível produzir em escala comercial”, diz Cristiano Psillaris, sócio diretor da empresa. O agrônomo decidiu, então, abandonar a agricultura convencional e partir para a orgânica. Com um faturamento anual em torno de R$ 6 milhões, a Cultivar leva os seus produtos para São Paulo, Rio e Minas Gerais. Para atender à demanda, conta com aproximadamente cem agricultores parceiros no interior de São Paulo. Segundo Psillaris, a parceria foi fundamental para o sucesso. “Ninguém faz nada sozinho”, afirma o empresário. Fonte: Folha de São Paulo Página 31 de 62


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Informações sobre qualidade do café poderão ser obrigatórias em embalagens Da Redação | 16/01/2015, 19h14

Epamig / 03/12/2013 A 1ª Reunião Técnica da Cafeicultura de Machado e região (Sul de Minas) acontece nesta quarta, dia 4 de dezembro. No encontro promovido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) serão abordados temas como cafeicultura familiar, diagnóstico e controle de doenças, pós-colheita e qualidade do café. A pesquisadora Sara Maria Chalfoun falará sobre os benefícios da capacitação e do associativismo para fortalecimento da cafeicultura familiar e relatará o trabalho desenvolvido junto a 50 integrantes da Associação de Cafeicultores de Santo Antônio do Amparo. "Em quatro anos de trabalho com esses cafeicultores familiares conseguimos dobrar o valor da saca de café com a adoção de boas práticas de pós-colheita", informa. A sanidade do cafeeiro será tratada nas palestras sobre ácaros predadores - apresentada por Paulo Rebelles Reis; diagnóstico e controle de doenças – por Vicente Luiz de Carvalho; nematoide das galhas – por Sônia Maria Salgado; e broca do café – por Júlio César de Souza. A reunião técnica é uma parceria entre a EPAMIG e Cooperativa Agrária de Machado e faz parte do projeto “Desenvolvimento e Avaliação de Ferramentas de Comunicação Rural para a Cafeicultura do Sul de Minas Gerais”. As inscrições podem ser feitas na data e local do evento. Outras informações pelos telefones (35) 3821-6244 / 3829-1190. Serviço 1ª Reunião Técnica da Cafeicultura de Machado e região Data: 4 de dezembro de 2013 Horário: De 8h às 17h Local: Luara Buffet – Rua Ernesto Mariano Leite, 130 – Bairro: Jardim Chamonix – Machado/ MG

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Críticas ao Bule CHEIO

Bule Cheio O PROGRAMA : Criado em 2010 pelo Senar-Rio, o Bule Cheio é um programa que tem como objetivo promover a viabilidade econômica de propriedades através do treinamento de técnicos no processo de transferência de tecnologia para produção intensiva de café.

QUEM ATENDE? O público-alvo do Bule Cheio é formado por técnicos e produtores que são treinados para aplicar novas tecnologias na lavoura de café e para passar conceitos de gerenciamento à propriedade.

COMO FUNCIONA? A metodologia utilizada, semelhante a outro programa de sucesso do Senar-Rio, o Balde Cheio, é a do trabalho prático. Uma propriedade é transformada em uma Unidade de Demonstrativa, o que permite que todos os envolvidos no projeto troquem experiências práticas e que outros produtores possam acompanhar o trabalho.

QUAIS AS PRINCIPAIS TÉCNICAS UTILIZADAS? Dentro do projeto está previsto a análise do solo, avaliação da idade dos cafezais, o espaçamento entre os pés, a variedade das mudas e a infraestrutura da propriedade. Todo trabalho é desenvolvido com intuito de melhorar a qualidade do café e aumentar a rentabilidade do produtor.

COMO ENTRAR NO PROGRAMA? Produtores e Técnicos interessados em participar do Bule Cheio devem entrar em contato com o coordenador do projeto Hugo pelo e-mail: hugo@senar-rio.com.br See more at: http://sistemafaerj.com.br/programas/bulecheio/#sthash.VDNGPewa.dpuf

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Pesquisa com café orgânico apresenta resultados promissores no Mato Grosso do Sul 10/05/2013 O município de Ivinhema, em Mato Grosso do Sul, é considerado a capital do café no Estado e a produção desse grão representa uma importante atividade econômica, especialmente para a agricultura familiar. Nesse cenário, a Embrapa Agropecuária Oeste – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), localizada em Dourados, vem desenvolvendo um projeto de pesquisa com a produção de café orgânico. Experimentos com cafeeiros em sistemas agroecológicos, sem uso de agrotóxicos, estão sendo conduzidos há três anos, na Escola Municipal Rural Benedita Figueiró de Oliveira na Vila Cristina em Ivinhema. Essa pesquisa conta com apoio do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Prefeitura Municipal, AGRAER, SEBRAE e de Associações de Cafeicultores. A área do cafezal foi cercada por barreira vegetal formada com sansão do campo. “Essa proteção física propiciada pelo “quebra vento”, cria um microclima mais favorável à cultura, protegendo as plantas dos ventos e do frio (durante o inverno), minimizando a evaporação da água do solo, evitando ou amenizando os danos mecânicos às plantas, a disseminação de pragas e doenças e a contaminação por deriva de agrotóxicos”, explica o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Ivo de Sá Motta. Ao observar a área experimental, é possível verificar a produtividade do sistema, com os cafezais e bananais produzindo fartamente. O pesquisador conta que na área experimental com dois hectares, foram plantadas dez diferentes variedades de café na área pesquisada, envolvendo quatro tipos de ensaios diferentes: produção consorciada de café com bananas, café com leucena, café com feijão guandu e café solteiro. Segundo o pesquisador, considerando as variedades pesquisadas, uma que se destacou foi a Acauã. É uma variedade mais resistente a seca e ao bicho mineiro, mais produtiva, também produz café com maior qualidade de bebida dentre as testadas. O cultivo com bananas apresentou um resultado surpreendente e também se destacou nesse estudo”, explica Ivo. Para o coordenador técnico do curso técnico de agropecuária da Escola Rural localizada em Ivinhema, Marcelo Adriano Rodrigues dos Santos, considera essa ação uma oportunidade importante que agrega valor ao ensino da escola. Trata-se de Unidade Experimental Didática, que possibilita a realização de oficinas, capacitações, palestras, entre outras atividades educativas. “Também temos a oportunidade de prestar serviço para a comunidade local, por meio da realização de dias de campo que possibilitem a difusão e troca de experiências com produtores, apresentando estratégias de produção sustentável adequadas as características locais, extrapolando assim os muros da escola”, enfatiza Marcelo. O funcionário da Prefeitura de Ivinhema, Fábio Navarro Egeia, que executa o trabalho de manutenção da área experimental conta que está muito satisfeito com o resultado. “Aqui produzimos muitos alimentos que ajudam na merenda da escola. O bananal apresentou uma produtividade equivalente a trinta toneladas de banana por hectare, além da produção do café. É uma alegria enorme ver essa área produzindo tanto assim”, disse Fábio. Fonte: Revista Cafeicultura Página 34 de 62


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Norte Pioneiro lidera ranking paranaense do café de qualidade Da Redação/Emater - 07/11/2014 às 18:00 Há dois anos, a região de Santo Antônio da Platina vem conquistando as três primeiras colocações no concurso Café Qualidade nas categorias Natural, Cereja Descascado e Micro Lote.No dia 31 de outubro foi divulgadoo resultado do concurso 2014 em Londrina. Os vencedores foram: Café Natural – José Eduardo Correa Ferraz de Ribeirão Claro; Cereja Descascado – Marcos Lavoratto Novak de Ibaiti e Micro lote – Adriano de Moura Bueno, de Ibaiti. Em 2013, também os três primeiros lugares foram cafeicultores da região de Santo Antônio da Platina. A categoria Café Natural, ganhou Silvana Braga Ferraz , de Ribeirão Claro; Cereja Descascado – Luiz Boranelli, de Curiúva e Micro lote – Lupércio Bufalari de Santo Antônio da Platina, e na edição de 2012 a região ficou com os primeiros lugares em duas categorias: Cereja Descascado – Ossi Cruz de Oliveira Lima, de Japira e Micro lote – Nilson Quintino da Silva. O bom desempenho da região foi mostrado essa semana na 7ª edição da Feira Internacional do Café Especial – Ficafé, realizada em Jacarezinho. O evento nasceu de medidas que vem sendo tomadas há 20 anos - primeiro com a intenção de aumentar a produção e depois para melhorar a qualidade do produto. O coordenador regional de projetos da Emater, engenheiro agrônomo Otávio Oliveira da Luz responsável pela condução do projeto café na região de Santo Antônio da Platina – credita os bons resultados ao trabalho de muitos anos da equipe técnica da Emater e seus parceiros. "Em 1992, a secretaria estadual da Agricultura, através da Emater e Instituto Ambiental do Paraná (Iapar) lançou o Plano de Revitalização da Cafeicultura do Paraná. Naquela época o objetivo principal era aumentar a produtividade média do estado que estava em torno de 10 sacas beneficiadas por hectare. Para mudar esse panorama, foi criado o programa de apoio à instalação de Unidades Demonstrativas onde foram introduzidas várias tecnologias", explicando que entre elas a mudança estavamo espaçamento entre as plantas e variedades com maior resistência a doenças. "Em poucos anos a produtividade média superou 25 sacas beneficiadas por hectare. O segundo passo foi trabalhar a melhoria da qualidade", disse salientando que foi nessa etapa, já por volta dos anos 2000, que o Norte Pioneiro do Paraná começou a intensificar os trabalhos voltados à qualidade. "Nessa época foi dado um grande passo rumo à melhoria da qualidade. A Emater organizou uma viagem para Venda Nova do Imigrante – ES. Esse município tinha dificuldade em produzir café com qualidade, mas com trabalho específico tornou-se pólo de bons cafés. Estivemos lá com 40 produtores da região. Entre tantas lições que trouxemos, uma das mais importantes foi a necessidade de nossa região ter técnicos especializados na classificação e degustação do café, assim facilitaria a orientação aos agricultores na busca da qualidade", contou. Em 2002, a Emater, através do Iapar e do Ministério da Agricultura treinou vinte técnicos do Paraná em classificação e degustação do café. "Destes vinte técnicos, sete eram da nossa região: três da Emater e três de prefeituras e um consultor", contou. O seguinte passou foi a instalação na região de quatro laboratórios de classificação e degustação de café em parcerias com as prefeituras. Com o apoio destes laboratórios, intensificou-se o trabalho de orientação dos cafeicultores em qualidade do café. Página 35 de 62


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CONCURSOS Nesse ponto, para incentivar o produtor, iniciaram-se as edições dos Concursos Café Qualidade Paraná, que estimula, premia e dá visibilidade a qualidade do café do Paraná. "Tínhamos uma dificuldade:o cafeicultor produzia com qualidade, mas seu produto não era valorizado pelo mercado. Foi preciso trabalhar este ponto,organizando os cafeicultores em associação com o apoio de várias instituições, entre elas o Sebrae. Criou-se a Acenpp (Associação dos Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná) e posteriormente a Cocenpp (Cooperativa do Café Especial do Norte Pioneiro do Paraná", explicou. Nos últimos oito anos, conseguiu-se a certificação quatro C e Fair Trade de mais de uma centena de cafeicultores, e a Indicação Geográfica, seguida de contatos no exterior onde foram fechados muitos negócios diretamente com exportadores com agregação de valor ao produto do pequeno cafeicultor. FICAFÉ A Feira Internacional de Café Especial- Ficafé -realizou esta semana a sua 7ª edição. O evento é o resultado desse trabalho que começou na década de 1990. "Hoje, os excelentes resultados que a região tem obtido nas últimas edições do Concurso Café Qualidade Paraná é fruto de trabalho intenso e que envolveu várias parcerias", concluiu o coordenador.

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Projeto Café em Agrofloresta O projeto Café em Agrofloresta para o Fortalecimento da Economia de Baixo Carbono em Apuí é desenvolvido pelo Instituto de Conservação de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) em parceria com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e o apoio financeiro do Fundo Vale para Desenvolvimento Sustentável. O projeto tem como objetivo fomentar e fortalecer a cadeia produtiva do “café agroecológico” em Apuí como alternativa sustentável de geração de renda para o conter o desmatamento no município. Para atingir esse objetivo o projeto está estruturado em eixos centrais: 1. Aumento da produtividade e melhoria da qualidade do café através da adoção de técnicas agroecológicas; 2. Consórcio de cafezais com a produção de espécies agrícolas e florestais de interesse econômico e alimentar; 3. Estudos de mercado e incentivo à comercialização e consumo do café agroecológico, agregando valor aos serviços ambientais fornecidos pela agrofloresta, com destaque para os benefícios climáticos. Por que no município de Apuí? O município de Apuí está localizado na região sul do Amazonas, às margens da rodovia transamazônica (BR-230) – principal fronteira de desmatamento do Estado. O desmatamento no município é associado em grande parte à produção pecuária extensiva: muitas áreas de florestas são destruídas e convertidas em pastagens de baixa produtividade, que seguem um ciclo de contínua expansão em novas propriedades. Apuí é o terceiro município mais desmatado do Amazonas (atrás de Lábrea e Boca do Acre) e possui o terceiro maior rebanho do Estado, com cerca de 137 mil cabeças de gado (IBGE 2011). Desenvolver a economia do município de forma integrada é essencial na luta contra o desmatamento. A produção de café já teve forte contribuição para a economia de Apuí, mas vem sendo abandonada sucessivamente devido a falta de incentivos e assistência técnica e dificuldades na comercialização. Atualmente são apenas 200 produtores de café ativos no município; a produção alcançou a média de 4.960 sacas anuais entre 2008 e 2012, muito aquém do potencial de Apuí. Como funciona a produção sustentável do café? O consórcio das plantas de café com espécies florestais – técnica conhecida como agrofloresta, ou “floresta produtiva” – permite o sombreamento do cafezal, o que altera o microclima local, diminui a luminosidade e torna o ambiente mais úmido e equilibrado. Esses fatores, trabalhados de maneira adequada, contribuem para aumentar a produtividade e qualidade do grão e viabilizam a produção orgânica, que não gera impactos à saúde humana ou ao ambiente pela ausência de produtos químicos. Assim, o café a ser produzido em Apuí pode ser direcionado para a obtenção de reconhecidas certificações. Agregando valor ao produto e diversificando a produtividade geral da lavoura, essas práticas são de grande interesse econômico e social. Não menos importante é o fator ecológico, uma vez Página 37 de 62


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que a produção do café em agrofloresta conserva maior biodiversidade no sistema e mais nutrientes no solo, além de evitar o desmatamento da área de produção. Nossas atividades: - Análises de mercado e prospecção de parceiros para o Café Ecológico de Apuí - Estudos técnicos e diagnósticos das propriedades integrantes do projeto - Oficinas de capacitação de produtores de café e técnicos locais - Apoio à estruturação dos produtores e da comercialização da produção - Eventos de intercâmbio entre produtores de Apuí, Rondônia e Costa Rica - Elaboração do “Guia para Produção Sustentável de Café na Amazônia”; - Monitoramento e quantificação do sequestro de carbono gerado pelo CAFÉ. http://issuu.com/idesam/docs/relat__rio_1_ano_caf___-_final/1?e=1258742/6388577

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Pesquisa visa produção e qualidade do café publicada em 13. 11. 2012

Pesquisas têm colaborado para, a curto e médio prazo, melhorar o padrão tecnológico da tradicional cafeicultura fluminense na produção de café e aumentar a produtividade sem aumento da área cultivada Estudos conduzidos com irrigação no café conilon no Norte Fluminense mostraram que a produtividade aumentou de 13 sacas de café beneficiado por hectare. Pesquisas conduzidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro – Pesagro-Rio com recursos do Consórcio Pesquisa Café têm colaborado para, a curto e médio prazo, melhorar o padrão tecnológico da tradicional cafeicultura fluminense na produção de café e aumentar a produtividade sem aumento da área cultivada. Esses estudos foram iniciados em 1997, com a criação do Consórcio, e buscam também a revitalização de lavouras e a indicação de manejo adequado para uma produção de melhor valor agregado e qualidade, exigência tanto do mercado interno quanto externo. O Consórcio é coordenado pela Embrapa Café – Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa. “Até o momento conseguimos bons resultados, como o aumento da produtividade minimizando os custos de produção e melhoria da qualidade do café e da situação socioeconômica; estímulo a pequenos e médios produtores para formação de lavouras com espaçamentos adequados, uso da irrigação, conservação de solos e do meio ambiente e capacitações em gestão empresarial, mercado, comercialização e marketing”, adianta o pesquisador da Pesagro Wander Eustáquio de Bastos Andrade. Café adensado – Projeto de pesquisa em andamento que investiga as vantagens dessa prática de manejo, considerada a principal alternativa para a modernização e o incremento produtivo da cafeicultura fluminense. Além disso, o sistema permite intensificar a utilização das áreas montanhosas, característica da topografia da região cafeeira do Rio de Janeiro, de interesse para pequenas propriedades que utilizam intensamente a mão-de-obra familiar. Os estudos demonstram que pela adoção do sistema de plantio adensado é possível obter alta produtividade por área, redução do custo de produção e retorno de curto prazo do investimento na implantação do cafezal. Entretanto, resultados da pesquisa obtidos na região Noroeste da região mostraram que é necessário certo limite, já que o super adensamento não é favorável à produtividade do café. “De fato, a principal vantagem dessa técnica é obtenção de altas produções de café em curto prazo, que tende a cair à medida que o cafeeiro se desenvolve e aumenta a competição entre as plantas, sendo necessário, a partir daí, o uso da poda. Assim, os ganhos iniciais de produção obtidos com os espaçamentos mais adensados podem ser anulados devido à realização da poda. Essa evidência sinaliza para a necessidade de se prever um bom manejo de podas para cafeeiros adensados”, detalha o pesquisador. Página 39 de 62


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Mais vantagens – Também são elencadas ganhos em aumento de produtividade a curto prazo com retorno mais rápido do capital investido; menor área requerida para plantio devido ao melhor aproveitamento das áreas mais favoráveis à cafeicultura; melhoria das propriedades químicas e físicas do solo devido à concentração de matéria orgânica e melhor aproveitamento desses nutrientes graças à manutenção da umidade nas camadas superficiais pelo sombreamento e melhor distribuição do sistema radicular; menor gasto no controle de plantas daninhas pelo sombreamento da área e melhor proteção do solo em áreas declivosas, diminuindo processos erosivos. Irrigação por gotejamento – Realizada em café conilon no Norte Fluminense tem obtido resultados positivos em produtividade, devido não só à disponibilização tecnológica, mas às mudanças climáticas ocorridas. Segundo resultados de unidade de observação conduzida em Campos dos Goytacazes, com o uso da irrigação foi observado maior número de grãos por roseta e, consequentemente, maior número de grãos por ramo produtivo. Segundo Wander Eustáquio, para o aumento da produtividade agrícola e da eficiência do uso da água, a técnica da irrigação por gotejamento, por si só, não garante esses benefícios imediatos para a cultura do cafeeiro. O manejo da irrigação, bem como as técnicas agrícolas, como o controle da umidade do solo, da adubação, da salinidade, das doenças e insetos, e a seleção de cultivares podem proporcionar efeitos significativos na produção por área e por água consumida, bem como na qualidade do produto final. “O custo inicial pode ser mais elevado em relação a outros métodos de irrigação, no entanto, a maior eficiência no uso da água e na aplicação de fertilizantes, em conjunto com a economia no uso da mão de obra, representam vantagens econômicas relevantes em médio prazo, o que tornam a irrigação por gotejamento vantajosa para o produtor rural”, explica o pesquisador. Projetos encerrados – Depois da criação do Consórcio Pesquisa Café, há mais de 15 anos, a Pesagro, como instituição fundadora e consorciada, realizou levantamento do estado nutricional e da fertilidade do solo em cafezais de arábica e conilon da região Noroeste, Norte e Serrana do Rio de Janeiro que resultou em recomendações de boas práticas para uma produção com melhor qualidade e a menores custos. Isso porque os trabalhos na área de fertilidade do solo e nutrição de plantas permitiram identificar, nas principais regiões de produção, os nutrientes em menor disponibilidade para as plantas. Visando à revitalização da cultura do café no estado e à oferta de informações técnicas ao setor produtivo, também foi feito zoneamento agroclimático. Com esse estudo - uma espécie de mapa de aptidão climática para a cafeicultura do estado para minimizar riscos de perdas de produtividade e/ou qualidade decorrentes de estiagens, excesso térmico ou hídrico - verificou-se que, para o café arábica, existem 42% de áreas aptas, 5% aptas irrigadas e 53% de áreas inaptas. Para o café robusta foram mapeados cerca de 38% de áreas aptas, 26% de áreas aptas irrigadas e 36% de áreas inaptas. Estudos conduzidos com irrigação no café conilon no Norte Fluminense mostraram que a produtividade aumentou de 13 sacas de café beneficiado por hectare (sem irrigação) para 52 sacas de café beneficiado por hectare com o uso da prática. Com a colaboração de instituições parceiras, houve ainda pesquisa de produção de mudas enxertadas de novos genótipos de café para contornar os danos provocados por nematóides da espécie Meloidogyne exigua. O trabalho testou cultivares de café e, ao mesmo tempo, avaliou o desenvolvimento dos cafeeiros Página 40 de 62


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enxertados, ou não, para orientação de projetos voltados para a produção de mudas de café e, assim, incrementar a produtividade dessa cultura no Estado do Rio de Janeiro. Recursos de ordem estadual também possibilitaram a introdução e avaliação de cultivares para teste de ferrugem nas condições edafoclimáticas locais. Investimentos do Consórcio Pesquisa Café também foram empregados na transferência e difusão de tecnologias com o objetivo de capacitar técnicos e produtores e fazer circular informações científicas. Para isso, foram realizadas excursões técnicas, seminários técnicos e científicos, dias de campo, articulações para realização dos eventos, reuniões técnicas e participações em evento nacionais. O café no Rio de Janeiro - O estado foi importante produtor de café, chegando a produzir cerca de 60% de toda a produção nacional até 1900. Hoje sua produção é pouco significativa em relação à média nacional. Em 2010, a cafeicultura fluminense teve área colhida de 12.940 ha, com maior concentração de cultivo na região Noroeste, que tem 74% da área colhida, seguida da região Serrana, com 24%. Predomina a espécie arábica em cerca de 95% das propriedades. Estão envolvidos na atividade cerca de 1.300 produtores, com área média de exploração de 10 ha. A atividade gera mais de 8.500 postos de trabalho, sendo 3.900 fixos e demais volantes. Em contrapartida, o mercado interno do Rio de Janeiro consome 1.350.000 sacas de 60 kg de café beneficiado por ano. Esse mercado é o segundo maior do Brasil, perdendo apenas para o Estado de São Paulo. Esse consumo interno é abastecido por meio de produções vindas dos principais estados produtores: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Bahia e Rondônia. Cafeicultura de montanha – A cafeicultura fluminense é explorada em áreas declivosas, em que a principal característica é o uso de mão de obra nos tratos da lavoura, uma vez que a mecanização da cultura fica dificultada. Essa dependência de mão de obra eleva o custo de produção, pois a cada dia se torna mais cara e mais difícil de encontrar. Além disso, favorece a escolha por sistemas de produção mais competitivos. Esse cenário demanda continuamente soluções tecnológicas para resolver impasses. Consórcio Pesquisa Café - O Brasil desenvolve o maior programa mundial de pesquisas em café, o Programa Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. Essa rede integrada de pesquisa é possível graças ao Consórcio Pesquisa Café, que reúne dezenas de instituições brasileiras de pesquisa, ensino e extensão estrategicamente localizadas nas principais regiões produtoras do País. Seu modelo de gestão incentiva a interação entre as instituições e a união de recursos humanos, físicos, financeiros e materiais, que permitem elaborar projetos inovadores. A evolução da cafeicultura brasileira, ao longo dos últimos anos, comprova a importância dos trabalhos de pesquisa. Esse arranjo institucional atua em todos os segmentos da cadeia produtiva, tendo por base a sustentabilidade, a qualidade, a produtividade, a preservação ambiental, o desenvolvimento e o incentivo a pequenos e grandes produtores. Hoje reúne mais de 700 pesquisadores de cerca de 40 instituições, envolvidos em 74 projetos dos quais fazem parte 355 Planos de ação. Foi criado por iniciativa de dez instituições ligadas à pesquisa e ao café: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, Instituto Agronômico - IAC, Instituto Agronômico do Paraná - Iapar, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Página 41 de 62


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Extensão Rural - Incaper, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro - Pesagro-Rio, Universidade Federal de Lavras - Ufla e Universidade Federal de Viçosa - UFV. As pesquisas do Consórcio Pesquisa Café contam com o apoio e o financiamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – Funcafé, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa.

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Investindo em qualidade, Estado do Rio de Janeiro vive novo ciclo do café Após anos de declínio, agricultores começaram a apostar no café gourmet no início dos anos 2000, e agora, colhem elogios por Joana Dale, 22/06/2014 6:00 / Atualizado 22/06/2014 9:09

BOM JARDIM, DUAS BARRAS, PORCIÚNCULA e VARRE-SAI — A estrada que liga Bom Jardim a Duas Barras, na Região Serrana do Rio, está cercada por pés de café carregadíssimos. A esperada colheita, que acontece uma vez ao ano, começou há 20 dias. Da margem da RJ-116, é possível alcançar o fruto maduro, vermelho como uma cereja, à distância de um esticar de braço. Todos os arbustos do lado direito, assim como os que parecem tocar as nuvens, no topo das montanhas, pertencem ao bonjardinense Aloysio Erthal, 83 anos, dez filhos, 18 netos e um bisneto. — Só me falta plantar café no asfalto — brinca seu Aloysio, cujo sobrenome está estampado nas fachadas do posto de gasolina e do supermercado de Bom Jardim. Maior produtor de café do estado, ele tem dez fazendas na região. Self-made man, foi motorista de ônibus, ganhou os primeiros trocados criando frango de corte e, em 1962, plantou os seus primeiros 60 mil pés de café com dinheiro emprestado pelo extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC). Demorou seis anos para quitar a dívida. E logo fez o milagre da multiplicação dos grãos: hoje, a sua lavoura soma 1,8 milhão de cafeeiros. — Não sou a Sophia Loren nem a Brigitte Bardot, mas tive peito para plantar nesta terra bruta, numa época em que o governo estava erradicando o café no estado — orgulha-se. Seu Aloysio é um dos pioneiros na prática da cafeicultura moderna no Rio. Na última década, o estado — que no século XIX foi o maior produtor de café do mundo — vive um novo ciclo. Após o Página 43 de 62


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declínio da produtividade nas fazendas do Vale do Paraíba, o solo fluminense passou quase um século gerando um volume irrisório de grãos. No início dos anos 2000, enfim, os agricultores passaram a investir em um café gourmet. Agora, colhem elogios. — O Rio está fazendo, pela primeira vez, uma bebida fina — afirma José Ferreira, técnico agrícola do Ministério da Agricultura. O aumento de qualidade acompanha, pouco a pouco, o da produtividade: lá em 2003, o estado produziu cem mil sacas de café de 60 quilos, cada uma; em 2013, o número saltou para 340 mil. — O café pode crescer ainda mais em qualidade, mas não em volume, por questão de espaço, já que outras atividades foram desenvolvidas, como a pecuária e a indústria. O estado é o décimo maior produtor do país e o segundo maior consumidor — diz Efigênio Salles, presidente da Associação dos Cafeicultores do Estado do Rio de Janeiro. A ascendente produção premium não é restrita à Região Serrana. No Noroeste Fluminense, pequenos agricultores seguem o caminho da busca por safras selecionadas. — A meta é servir esse grão especial nas cafeterias do Rio durante as Olimpíadas de 2016. Por ora, a maior parte do café de qualidade servido nas xícaras cariocas é de Minas Gerais, o maior produtor do país. Praticamente toda a produção fluminense é exportada para a Europa — explica Ferreira. Seu Aloysio está antenado à tendência do café fino. Há um mês, lançou a versão gold de seu Bonjardinense, de torrefação própria. Os pacotes são vendidos em supermercados da Região Serrana. O consumo local corresponde a 30% de sua produção — ano passado foram 25 mil sacas. Os outros 70% vão para o exterior: — Os brasileiros não gostam de pagar caro pelo meu café. Os japoneses e os alemães dão mais valor. Em casa, o gold não tem vez com seu Aloysio, que bebe café frio: — Café pelando queima o bico. RARIDADE NAS CAFETERIAS CARIOCAS Do lado esquerdo da RJ-116, no caminho de Bom Jardim para Duas Barras, o viçoso horizonte verde dá conta das terras do professor Moacyr Carvalho, proprietário do Haras Monte Café. Exceção entre os grandes produtores, nos últimos anos ele passou a fornecer grãos diretamente para cafeterias cariocas. Uma parte da produção (bem pequena, é verdade) pode ser degustada no balcão das sete lojas do Armazém do Café, na capital fluminense. O café chamado Rio de Janeiro é o terceiro mais vendido da rede, atrás apenas do blend da casa e do orgânico, este último originário de Pernambuco. — Trabalho com café gourmet desde 1997, mas só fui descobrir que o nosso estado estava produzindo bebida de boa qualidade há dois anos, quando o Centro do Comércio de Café do Rio de Janeiro (CCCRJ) fez um concurso para incentivar a produção das lavouras devastadas pelas chuvas que atingiram a Região Serrana — lembra o economista Marcos Modiano, dono do Armazém do Café. — O grão teve ótima aceitação do público carioca e ficou no cardápio. O meu estoque está quase acabando... Estou aguardando a nova safra. A safra deste ano não está sendo igual àquela que passou. Mas, embora os cafezais não estejam tão frutados como em 2013, a colheita no Haras Monte Café vai bem, obrigada. — Um ditado dos antigos barões diz que “um ano o café veste o patrão, no outro, ele se veste”. Continua sendo bienal. É da natureza. Mas, com técnicas modernas que envolvem poda, Página 44 de 62


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adubação e irrigação, conseguimos manter uma lavoura cada vez mais permanente — explica Moacyr. Ano passado, sua lavoura de 75 mil pés de café rendeu 800 sacas. A previsão para a temporada atual é de 500 sacas. — Prezamos a qualidade, não a quantidade. A tendência do café é seguir o caminho aberto pelo vinho. Suave, frutado, encorpado são adjetivos usados por degustadores/classificadores para definir o café, que pode ser arábica, espécie natural da Etiópia, ou robusta, da África Ocidental. Em solo fluminense, quase 100% da produção é arábica. — Dentro da espécie arábica existem vários tipos de bebida — explica o classificador de café Alaerte Telles Barbosa. No mercado, há um dialeto específico. O grão de qualidade superior — aquele que é exportado e/ou utilizado para se fazer espresso — é classificado como “bebida estritamente mole”, “bebida mole”, “bebida apenas mole” ou “bebida dura”. Já o mediano para ruim — aquele que encontramos nas prateleiras dos supermercados — é classificado como “bebida rio”, “bebida riada”, “bebida riada zona”. Qualquer associação com o estado do Rio para a má classificação não é mera coincidência. Mas, de grão em grão, a reputação está mudando. Tanto que o Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café, organizado pela renomada torrefadora italiana, acaba de realizar a primeira edição exclusivamente para produtores do Rio de Janeiro. O cafeicultor Efigênio Salles, da Fazenda do Cedro, foi o campeão. Há três meses, a plaquinha do prêmio está pendurada na parede do salão de jogos da fazenda, em Barra Alegre. A poucos metros da mesa de sinuca, dez peões trabalham duro na lavoura com a missão de colher mais uma safra premiada. São, no total, 240 mil pés distribuídos em 62 hectares. A menina dos olhos é o café denominado “cereja descascada’’, “CD” para os íntimos. Ele recebe tratamento VIP: é despolpado na máquina e colocado para secar no terreiro. Com uma enxada em punho, José Jerônimo Daudt, de 59 anos, tem a missão de “rodar” o café sob o sol: — Rezamos para o sol ser amigo do café. A VEZ DOS PEQUENOS Singelas, as sedes das fazendas de café contemporâneas em nada lembram as luxuosas construções dos barões que fizeram fortuna no Vale do Paraíba. Não há resquícios de porcelanas francesas, baixelas de prata ou latrinas de opalina filetadas a ouro nas casas atualmente habitadas pelos cafeicultores. Uma das poucas heranças, por uma questão prática, é a permanência do terreiro de café em frente à casa-mãe. O terreiro é o coração dos sítios frequentados nos fins de semana pelas famílias dos cafeicultores da Região Serrana e das moradas dos pequenos produtores do Noroeste Fluminense. Enquanto os de Bom Jardim e Duas Barras são administrados por empresários do café, as propriedades de Varre-Sai e Porciúncula são tocadas por famílias inteiras. Avós, filhos e netos põem a mão na massa. — A cafeicultura familiar está crescendo e tem futuro. Herdeiros de grandes propriedades de terra estão vendendo lotes das antigas fazendas para pequenos agricultores, que com esforço de trabalho dão nova vida aos cafezais. Atualmente, há 1.300 pequenas propriedades em atividade Página 45 de 62


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no Noroeste do estado. O plantio do café moderno está promovendo uma verdadeira reforma agrária — avalia o técnico agrícola José Ferreira. Em nome do Ministério da Agricultura, o técnico agrícola está comandando a ativação da cooperativa local. Uma verba de R$ 1,5 milhão foi adquirida junto ao BNDES para a compra de maquinário para beneficiar o café dos pequenos e grandes produtores do Rio. A previsão é que a operação comece até setembro, fim do período de colheita. Pedaço da antiga Fazenda Onça dos Coimbra, o Sítio Lajinha é tocado por Luiz Carlos Teixeira, de 55 anos, e seus três filhos homens. A única filha mulher ajuda a mãe nos afazeres domésticos. — Sou filho de agricultor e não tive a oportunidade de aprender outra profissão. Mas aprendi a não fugir da lavoura. Comprei dez hectares em 1994, 25 em 2000 e mais 28 em 2008. Não dá para dizer que o café dá dinheiro para ficar rico, mas dá para viver bem — orgulha-se Luiz Carlos. O cafeicultor guarda parte do café de melhor qualidade que sai de sua lavoura para o consumo da família. O grão é torrado de dois em dois dias. — Passamos café três vezes ao dia, de manhã, de tarde e de noite. Ninguém na roça toma café dormido. Todos os vizinhos gostam de filar aqui em casa porque sabem que servimos produto tipo exportação — brinca Luzia de Fátima Teixeira, mulher de Luiz Carlos. No Sítio Gentil, na divisa de Varre-Sai e Porciúncula, o café fresquinho está saindo do coador com gosto especial. Depois de anos como meeiro (como é chamado o trabalhador rural que divide os lucros da colheita com o proprietário da terra), Gilson Aparecido da Costa Lima, de 37 anos, conseguiu juntar dinheiro para comprar os seus cinco primeiros hectares de terra. Ano passado, trabalhou duro no plantio de 13 mil pés de café e, desde o início do mês, está colhendo — sozinho — a primeira safra. — Pela primeira vez na vida eu sou o meu próprio patrão. Tenho mais lucro e mais trabalho. Tem dias que fico mais de 12 horas na lavoura. Almoçar? Para quê? Morro acima, Gilson Aparecido está sempre carregando uma peneira gigantesca a tiracolo. O braço é malhado na repetição incessante de sacudir os frutos colhidos no apetrecho — trata-se de tradicional procedimento que tem como objetivo dispensar galhos e folhas que vão junto com o café. — Meu filho de 13 anos me ajuda um bocadinho na lavoura, mas falo que o mais importante é que ele vá para a escola. Graças a Deus, ele já tem mais estudo do que eu — conta o cafeicultor, que estudou até a antiga 4ª série primária. Frequentar a escola também é prioridade no Sítio Vai e Volta, em Varre-Sai. Os três filhos do agricultor João Batista Rodolphi, de 53 anos, têm ensino médio completo. Felipe, de 26, Fidelis, de 23, e Fabiano, de 21, sempre estudaram à noite para poder ajudar o pai no trabalho da lavoura durante o dia. O primogênito está cursando o sétimo período de Engenharia Civil, na vizinha Itaperuna. — Sou o único da minha sala na faculdade que trabalha na roça. Alguns colegas brincam comigo, me chamam de barão do café — Felipe acha graça. O futuro engenheiro pretende usar os ensinamentos da faculdade para aprimorar a lavoura de café da família, que atualmente possui 70 mil pés. Enquanto Felipe está na faculdade, Fidelis e Fabiano viram a noite tomando conta do secador de café: o grão precisa ficar com 11% de umidade para dar origem a uma bebida gourmet. O pai é só orgulho dos filhos. Página 46 de 62


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— Quando os meus meninos eram pequenos, a lavoura era muito diferente. Eu trabalhava como meeiro e não tinha acesso a essas tecnologias. Fui acostumado com pouco. E o café virou tudo em nossas vidas — diz João Batista. Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/investindo-em-qualidade-estado-dorio-de-janeiro-vive-novo-ciclo-do-cafe-12952360#ixzz3QMLlt0ZX © 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

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Produção de Café é destaque em agricultura familiar No Paraná, por exemplo, a agricultura familiar é responsável por 57% da produção dos grãos por Portal Brasil publicado: 12/11/2013 16h00 última modificação: 30/07/2014 00h32 Marcelo Curia/MDA Agricultores familiares têm conquistado prêmios em concursos Brasil afora Itens relacionados A produção de café por agricultores familiares ganha cada vez mais destaque. Tanto na quantidade quanto na qualidade. Assim, os agricultores familiares têm conquistado prêmios em concursos Brasil afora, como os recentemente realizados nos estados do Paraná e da Bahia. No estado do Paraná, por exemplo, onde a agricultura familiar é responsável por 57% da produção de café, cinco agricultores superaram mais de 200 amostras analisadas e ficaram entre os 22 finalistas do Concurso Qualidade Café Paraná, organizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), em parceria com o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e Emater/PR. Já na Bahia, quatro agricultores familiares ficaram entre os primeiros classificados do 12º Concurso de Qualidade de Cafés da Bahia, promovido pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé). Na etapa final, 17 produtores de café de todo o estado tiveram suas amostras do produto analisadas. Os concursos ocorrem principalmente nos estados que concentram a maior produção de café: Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, São Paulo, Rondônia e Bahia, responsáveis por 97% da produção do grão no País. Esses eventos são promovidos por entidades como associações de agricultores, cooperativas, prefeituras e governos estaduais. O objetivo é premiar os melhores cafés de cada estado e divulgá-los para obterem melhores oportunidades de negócios e incentivar outros produtores a investir na qualidade do café. Para o secretário da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Valter Bianchini, o cultivo de café é uma cultura que, além do valor econômico, tem importância social pelo contingente de agricultores familiares empenhados na produção. Segundo o último Censo Agropecuário, a produção do café gera renda para mais de 650 mil agricultores familiares. Sobre o destaque de agricultores familiares na produção de café, o secretário ressalta que é resultado do apoio do MDA, por meio de um conjunto de programas e políticas que visam estruturar e comercializar o grão. “A ênfase é fazer com que o conjunto desses instrumentos amplie a produtividade da cafeicultura na agricultura familiar com qualidade, já que a família, estando presente no dia a dia da cafeicultura, oferece um acompanhamento diferenciado à produção. O resultado é esse: nos estados em que tem se realizado concursos de café, até mesmo nacionais, a agricultura familiar sempre tem obtido posição de destaque”, afirma Bianchini.

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Prêmio O agricultor Delfim Pereira, de Curiúva (PR), que conquistou o segundo lugar na categoria de agricultores familiares do Concurso Qualidade Café Paraná, considera o apoio dos programas do MDA um dos fatores que o levaram a ficar entre os vencedores, além da assistência técnica. Delfim é cafeicultor há sete anos e nos últimos dois passou a utilizar o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Se não fosse essa ajuda do Pronaf, não teríamos condições de produzir café. Depois que passamos a utilizar o programa, a produção aumentou mais de 50%”, afirma. Os programas do MDA que atendem as famílias cafeicultoras são: • Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf); • Serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater); • Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF); • Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); • Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) • Selo da Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf) Também são realizadas ações de promoção comercial e acesso a mercados, tanto para o café em grãos (in natura) quanto industrializado. Assistência técnica O Ministério do Desenvolvimento Agrário abriu, recentemente, uma chamada pública para seleção de entidades prestadoras de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) direcionada à cadeia produtiva de café. A Chamada Pública nº 08/2013 visa prestar serviço de Ater a 15 mil famílias cafeicultoras nos maiores estados produtores do País, seguindo as estratégias de organização e gestão da atividade; produtividade, qualidade do produto e comercialização. Podem participar das Chamadas Públicas instituições públicas e ou privadas, com ou sem fins lucrativos. O valor da chamada é de R$ 41,3 milhões. Responsáveis por 38% do café produzido em todo o País, as famílias cafeicultoras chegam a movimentar R$ 2,5 bilhões por ano. O cultivo dos cafezais é feito em mais de 196 mil estabelecimentos da agricultura familiar de todo o país, distribuídos em 1.468 municípios. Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário

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Secador suspenso de café faz diferença no gosto e no bolso A Fazenda Passa Tempo, de Paulo Parreira e dos Filhos Paulo e Ricardo Gamboja Parreira, fica muito próximo da cidade, quase dentro em região forte cultura do café. Enquanto a média brasileira de produção está na casa das 15 sacas por hectare, a região produz 26. Contudo, houve tempos difíceis em 1989, época do café de graça, como os produtores lembram. Foi uma descapitalização geral, conta Ricardo. Mas a qualidade e a tecnologia poderiam fazer a diferença e fizeram. Até 1995 início da reação dos preços, a secagem de café na Passa Tempo era feita pelo método tradicional, em terreiro aberto, parte chão, parte concretado. Depois da montagem do secador suspenso e incrementos que fizeram a produtividade subir para 53 sacas por hectares, tudo mudou - e para melhor! Apesar desta produtividade ser consequência de mudanças feitas na disposição dos pés de café no plantio, e de manejo cuidadoso, o que melhorou a remuneração do café Parreira foi a qualidade da sua bedida mole, segundo conceito dos próprios Parreira. E isto só é possível a partir de um bom processo de secagem - segredo do café. Pelo método convencional, o café é colhido e aberto no terreiro. Aí, já há diferenças na qualidade do café seco no chão e no terreiro de concreto, que é superior. Quando o café vem da lavoura, ele é lavado para separar os grãos bóias dos verdes e cerejas método de separação por densidade: o mais leve vai para superfície e os mais pesados para o fundo. No terreiro, eles são espalhados separadamente: bóias de um lado que estão praticamente secos, o verdes e cerejas de outro. O sol nasce e por dia reduz a umidade dos grãos. Por várias vezes ao dia, o café remexido, tentando a secagem por igual. Depois de igualadas as condições dos grãos, bóia, verde e cereja, esles passam a ser cobertos com lona durante a tarde, ajuntados, de forma que se aqueçam. No dia seguinte, pela manhã, são descobertos novamente. Tudo isso visando a homogeneidade dos grãos. O ideal é um café com até 14% de água. Se o tempo ajudar, o processo pode durar sete dias. Grande porcentagem de grãos verdes vai resultar em café de menor qualidade, fator importante a considerar por ocasião da colheita. Ocorre que o chão retém muita umidade, que é repassada ao café, sempre que o sol se esconde ou o café é coberto no terreiro de concreto, este problema ocorre em escala muito menor. Esta troca de umidade, além da sujeira e a oscilação mais ampla de temperatura são condições ruins no processo de secagem, portanto, depreciadora do produto final. No secador suspenso, método importante pelos Parreira da secagem da mandioca, o café sai da lavagem e vai diretamente para o terreiro suspenso. A grande vantagem é que na ausência do sol, a secagem se mantém até ele aparecer novamente. Por exemplo, durante a noite, não há troca de umidade com o chão, já que o café não está em contato com ele está 80 cm, nem fermentação, já que ventila por baixo o tempo todo. A outra vantagem é que o secador suspenso elimina o secador fornalha, que reduz o índice de umidade do terreiro convencional, 14%, para 11%. No suspenso, este número é obtido diretamente. Mesmo em casos de períodos de chuva, é só cobrir com lona plástica, e o processo de secagem se interrompe até ele passar. Cada 150 metros quadrados de secador 150 metros quadrados de secador suspenso, pode receber até 100 balaios de 60 litros cada, de café. Mas que isso, perde-se em velocidade do Página 50 de 62


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processo de secagem. Isto significa que o produto deve primeiro mensurar sua lavoura, em termos de produção, para depois definir a área do terreiro suspenso. Caso contrário, ele pode provocar atrasos. Custos O secador da família Parreira tem 300 m de comprimento, 900 m2, divididos em seis módulos iguais. Eles podem secar até 100 balaios de 60 litros cada, por etapa. Os gastos com material e a montagem mão de obra foram 9.128. O investimento retornou com 225 sacas vendidas, computando os ganhos na redução dos custos e a remuneração excedente pela qualidade da bebida. É simples e barato montar um secador suspenso Provavelmente, na hora de montar seu terreiro suspenso, você vai achar melhor dividi-lo em módulos. No modelo criado pelos Parreira, são seis, cada um com 150 m2, sendo 3me de largura por 50 de comprimento. Entre um módulo e outro há corredores de 2,5 e 1m, respectivamente para passagem da carreta, que vai despejar o café no secador e do funcionário que vai remexê-lo conforme ilustração acima. Toda a madeira utilizada na estrutura do secador pode ser de eucalipto. Os esteios devem possuir 1,50m de comprimento com diâmetro aproximado de 20 cm. Oitenta centímetros ficam acima do nível do solo e 70 cm abaixo, isso se for um terreno plano. Lembre-se que a tela do secador deve ser totalmente nivelada para evitar que o café role para as extremidades. A disposição aconselhada é de 3m de distância entre os esteios, na largura do secador e 2m entre os esteios que formam o comprimento. As travessas vão apoiadas sobre sobre os esteios e podem possuir em torno de 10 cm de diâmetro por 3 m de comprimento a largura do secador. As linhas laterais são fechadas por madeira de mesmo diâmetro, só que com um comprimento 2 a 6 m, dependendo do que for possível encontrar. Depois de fechada e fixada a estrutura de madeira através de pregos é preciso fazer a estrutura central de sustentação da tela, através de arames 1/8, fixados paralelamente as linhas do secador, de fora a fora, com espaçamento de 20 cm entre um e outro. Numa das extremidades, os fios serão fixados. Na outra, serão presos em catracas, de modo que possam ser esticados, mantendo a tela plana, sem bolsões ou barrigas. Feita a cama de arame, resta aplicar a tela de sombrite polppropileno - sombreamento de 30% que ser presa lateralmente nas linhas de madeira também com pregos, porém com a proteção de mangueira plástica de 3/4 para evitar que a tela rasgue com a pressão direta dos pregos ou o peso do próprio café. É importante que a tela fique presa, muito bem esticada, evitando mais uma vez bolsões e barrigas. http://www.revistarural.com.br/edicoes/item/6498-secador-suspenso-de-cafe-faz-diferenca-nogosto-e-no-bolso

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Produtores do Norte Pioneiro fazem curso sobre qualidade de café no Iapar 17/05/2013 Encerra-se nesta sexta-feira (17) o curso “Aperfeiçoamento de controle de qualidade do café”, dirigido a produtores do Norte Pioneiro. O treinamento vem sendo realizado desde o dia 14, no Centro de Pesquisas em Qualidade do Café do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), em Londrina-PR, por iniciativa da Associação dos Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (Acenpp), em parceria com o Sebrae/PR No curso, 22 produtores aprendem a classificar os grãos de acordo com o método da Specialty Coffee Association of America, conhecido como “tabela SCAA”, em que apenas os cafés que atingem uma pontuação superior a 80 pontos são elevados à categoria de especial. Defeitos e qualidades, torra e preparo de amostras para degustação, aromas e sabores, entre outros temas, compõem a programação das atividades. A correta identificação dos atributos do grão – como acidez, corpo e sabor – é um dos prérequisitos para a produção de cafés especiais. Conhecer essas peculiaridades é uma forma de avaliar seu próprio produto e verificar se ele não apresenta nenhum defeito primário, como grãos pretos, verdes ou ardidos. “Uma das diferenças entre um café especial e um café comercial é a pureza e a uniformidade dos grãos”, explica Odemir Capello, consultor do Sebrae/PR. O “Aperfeiçoamento de controle de qualidade do café” está sendo ministrado pelos Q-Graders José Antônio Rezende da Silva e José Marcos Angélico de Mendonça. Os Q-Graders são especialistas que podem ser comparados a enólogos, no universo do vinho, e que utilizam referências de características sensoriais e atributos da bebida, baseados em um mesmo critério de avaliação mundial. José Rezende da Silva destaca que, durante a capacitação, os produtores aprenderam a identificar os aromas dos cafés especiais. Para isso, serão utilizados 36 compostos voláteis (chamado le nez du café, o nariz do café) com aromas tradicionalmente encontrados nos cafés especiais. “Os compostos são separados em quatro grupos e ensinam a identificar os mesmos aromas na ‘prova cega’ dos grãos especiais.” O produtor Sebastião Vieira Sobrinho afirma que a expectativa é aprender a provar os cafés especiais para aplicar o conhecimento na produção dos núcleos que compõem o Projeto Cafés Especiais. “Precisamos aprender a identificar e classificar os cafés de qualidade para produzir os grãos de acordo com as normas da SCAA”. José Rezende da Silva acrescenta que, após a imersão de quatro dias, serão promovidos encontros mensais de degustação de cafés especiais que darão continuidade ao “Aperfeiçoamento de controle de qualidade do café”. Conhecimento - Em atividade há cerca de dois anos, o Centro de Pesquisas em Qualidade de Café foi instituído com o objetivo de desenvolver pesquisas e, principalmente, atividades de capacitação e aperfeiçoamento de técnicos e produtores, conforme explica o pesquisador Marcos Página 52 de 62


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Pavan, coordenador dos projetos em cafeicultura da instituição. Desde que entrou em operação, a estrutura vem dando suporte ao Concurso Café Qualidade Paraná e viabilizou a realização de duas edições do Cup of Excellence no Paraná, evento promovido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês) que tem produtores concorrentes de todo o Brasil e conta com juízes provadores de diversos países compradores ao redor do mundo. “Incentivamos as capacitações e acreditamos também que precisamos disseminar a qualidade dos cafés paranaenses”, afirma Pavan. Norte Pioneiro - A qualidade dos grãos produzidos na região experimenta uma evolução inédita desde que a Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (Acenpp) iniciou suas atividades e, junto com o Sebrae/PR, construiu o Projeto Cafés Especiais, em 2006, iniciativa que conta com o apoio da Seab, por meio do Iapar e da Emater-PR. Os resultados são alcançados após uma mudança de comportamento dos produtores de café do Norte Pioneiro, que passaram a investir em capacitação, tecnologia, sustentabilidade e certificação para garantir a colheita de grãos diferenciados. O Projeto Cafés Especiais conta atualmente com 15 núcleos. E para atender as necessidades do consumidor e aumentar o valor agregado do produto, os produtores precisaram investir em diferenciação. Para isso, deixaram de produzir cafés commodities e focaram as atividades no plantio de cafés especiais e certificados. Essa retomada do setor no Norte Pioneiro ganhou o nome de ‘nova cafeicultura’. Em maio de 2012, o Norte Pioneiro do Paraná conquistou a Indicação Geográfica de Procedência (IGP), concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A IGP garante a origem, os processos de produção e algumas características sensoriais dos produtos de uma determinada região, conferindo-lhes destaque no mercado brasileiro e internacional.

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Sala de degustação vai atestar a qualidade do café em Mimoso do Sul Postado 05 Agosto 2013 Por Andresa Alcoforado

A comunidade de Conceição do Muqui, em Mimoso do Sul, deu um importante salto para melhorar a qualidade do café produzido. O Governo do Espírito Santo inaugurou, na tarde deste sábado (3), uma sala de degustação de café na localidade, onde serão feitas a prova e a classificação do produto. Os equipamentos foram adquiridos por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e o investimento foi de R$ 18.531,59. O funcionamento da sala será em parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). O governador Renato Casagrande afirmou, durante a inauguração, que esta entrega confirma o grande volume de investimentos que o Governo tem feito no interior do Estado. “Para desenvolver todo o Espírito Santo é necessário investir na agricultura, que é atividade geradora de renda na maioria dos municípios. Assim, atendemos a duas prioridades da nossa gestão que são levar investimentos para todas as regiões do Estado e chegar a quem mais precisa, e no campo são os agricultores familiares”, declarou. Os equipamentos cedidos por meio da Seag para a sala são um conjunto para a prova, 100 saladeiras, um fogão, uma balança, um medidor de umidade, uma máquinas de café expresso e uma estante de aço. O secretário da Agricultura, Enio Bergoli, apontou que a qualidade é um caminho sem volta para os cafeicultores. “Este investimento é muito importante para a melhoria da qualidade do café produzido em Conceição do Muqui. Esse é um ponto que é determinante para a permanência no mercado, além de remunerar melhor os nossos produtores, e o consumo de cafés especiais ganha novos mercados a cada dia”, afirmou o secretário. A sala de classificação e prova de café tornou-se realidade graças a uma parceria entre a Seag, o Incaper, a Cooperativa dos Cafeicultores do Sul do Estado do Espírito Santo (Cafesul), a Associação de Produtores Rurais de Conceição do Muqui e a Prefeitura Municipal de Mimoso do Sul. “O mercado exige a qualidade desse café, e o Governo tem investido fortemente para que o produtor ganhe cada vez mais lugar no mercado mundial. Além de sermos grandes produtores, precisamos ser também referência em qualidade”, afirma Evair Vieira de Melo, diretor-presidente do Incaper. A sala de degustação vai beneficiar mais de 70 famílias que formam a Associação dos Moradores e Produtores Rurais de Conceição do Muqui e produzem, principalmente, o café arábica. “Esta sala vai ser importante para conhecermos a qualidade do café e podermos melhorar o nosso produto. É um estímulo para nós, cafeicultores, investirmos na qualidade, que não era interesse Página 54 de 62


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de ninguém antigamente”, declarou o presidente da associação, Rafael Landi.Técnicos

trabalham para melhorar a qualidade do café brasileiro O Brasil é o maior produtor de café do mundo, mas quando o assunto é qualidade, o país precisa evoluir. Para ajudar neste processo, alguns produtores estão contratando especialistas em tecnologia de alimentos e especializados em café, os chamados coffee hunter. A fazenda de café Mantissa, que fica em Campestre, Minas Gerais, contratou os serviços do Ensei Neto, engenheiro químico, especializado em tecnologia de alimentos, que há mais de 20 anos exerce também a função ainda pouco conhecida no Brasil: a de coffee hunter, expressão em inglês que em português significa caçador de café. “É o profissional que acaba reunindo uma quantidade de conhecimento que estava esparramado ao longo da cadeia do café, por exemplo, conhecimento sobre a produção, depois o conhecimento sobre a prova do café, depois da torra e, inclusive, o serviço que acabou s concentrando num único profissional”, explica Ensei. Quando chega numa fazenda, Ensei vai logo procurar os talhões de lavoura com mais potencial de qualidade. Bússola e altímetro são as principais ferramentas que ele usa. É que a localização da área tem muita influência na bebida. “Nós temos que lembrar que o cafeeiro é uma planta que trabalha só enquanto tem luz. De noite ela descansa, mas vai acumular os açúcares. Então, o período de luz durante o dia, tem uma importância fundamental na formação e na definição do perfil de açúcares que você vai ter. Também a latitude e a altitude porque é o que vai definir exatamente como uma lavoura deve trabalhar”, explica Ensei. A área sombreada do terreno vai ser demarcada e passar por uma colheita seletiva, retirando só os frutos bem maduros, chamados de cereja. O lote é separado do resto do café colhido na fazenda. O café colhido vai para o terreiro para secar e tem que ser revirado de tempos em tempos. Os grãos muito especiais, vão para o terreiro suspenso, que permite a passagem do ar sem contato com o chão, correm menos risco de fermentar, o que prejudica a qualidade. A secagem tem seus segredos. Usando um termômetro, só precisa revirar o café quando ele atinge os 40 graus. Menos trabalho com mais eficiência. Amostras do café vão para o laboratório da fazenda. Ensei corta os grãos, fotografa e analisa tudo cuidadosamente. O passo seguinte é torrar os grãos. O ponto da torra também interfere na qualidade da bebida. Depois, o grão passa pela mesma análise criteriosa e são divididos em quatro grupos, segundo Ensei. “O primeiro são os ácidos - aquilo que dá aquela vivacidade, por exemplo, o ácido cítrico, que é o mesmo que você encontra no limão, Os açúcares, compostos clorogênicos, que é a família da cafeína e os óleos”. O teor de açúcar é o principal indicativo de qualidade. Ele divide a bebida que sai do coador em três partes, três momentos: na primeira parte, estão os ácidos. Depois dos ácidos, vêm os açúcares: tem cheiro de caramelo e a bebida é bem doce. Na parte final da coagem, não tem aroma e café fica muito amargo. O especialista garante que qualquer pessoa, com um pouco de treino, é capaz de reconhecer um bom café. “Você percebe riqueza de sabores. Deixa de ser aquela coisa áspera ou amarga, que é Página 55 de 62


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um problema, e além do sabor doce, Você pode ter uma acidez que lembra um limão, ou ainda notas como um chocolate, um caramelo e assim por diante”, conta. Na fazenda também funciona uma torrefação que vende cafés especiais para o mercado nacional. Tudo que o Ensei descobre ajuda a melhorar o produto feito no local. Em 20 anos de trabalho, Ensei nem lembra de quantos cafés já descobriu.

Produtores da Coopfam participam do encerramento da terceira turma do curso de Gestão da Qualidade em Campo 14.01.2015 Em clima de confraternização, produtores de café da COOPFAM, no dia 12 de janeiro, encerraram a turma do 3º curso de Gestão com Qualidade em Campo (GQC), que tem por objetivo atuar na gestão dos processos e da qualidade dentro das fazendas. É desta forma que 20 produtores rurais de 10 propriedades do município de Poço Fundo e assim terão uma ferramenta da qualidade que trabalha os sensos de “Seleção, Ordenação, Limpeza, Bem Estar e Disciplina”. A realização do GQC foi uma iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Minas), em parceria com o a COOPFAM e Sindicato dos Produtores Rurais de Poço Fundos. O programa foi conduzido pelo instrutor Jair Monte. O programa garante aos produtores aprenderam sobre princípios de administração, técnicas de produção, maneiras de driblar crises de preço e como solucionar problemas com mão de obra. Dentre os benefícios do programa, destacam-se: eliminar desperdícios, agregar valor às atividades da fazenda, melhorar qualidade dos processos, aumentarem competitividade e qualidade do produto, adequar-se às exigências do mercado e utilizar indicadores que auxiliam decisões. Pensamento e Palavras de um dos formandos da 3ª Turma: “Fui convidado a participar do curso do GQC, com objetivo de aprimorar a administração do meu sitio. O interessante que neste curso aprendi a ler a palavra de Deus, orações, importância do convívio social, a importância de se colocar a família em primeiro lugar, como lidar com meus colaboradores que me auxiliam no sitio assim como a ter noções de tratos culturais nas culturas que trabalho no sitio, não entendia muito bem durante o curso o porquê de aprender tudo isso. E hoje ao fim deste curso, tenho conclusão que tudo isso é administração de propriedade rural”. Quinzinho Borges Café Familiar da Terra

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O Café Familiar da Terra é um café Especial, de sabor e aroma inesquecíveis, cultivado e colhido em terras de altitude superiores a 1.000 metros; é o fruto do trabalho das 300 famílias produtoras e da COOPFAM, referência mundial em Café Orgânico e Comércio Justo. Através de um sistema produtivo sustentável, com princípios e normas certificadas pelo Fair Trade e Cafeicultura Orgânica, a COOPFAM reforça a agricultura familiar e respeita a natureza para levar até sua casa, o melhor sabor do café.

Produtores de cafés especiais do Paraná aprendem a identificar grãos de qualidade Capacitação continua até esta sexta-feira, dia 17, no IAPAR em Londrina; objetivo é ensinar produtores a classificarem cafés especiais de acordo com a tabela SCAA

26 de julho de 2013 | 08:20 Um dos pré-requisitos para a produção de cafés especiais é aprender a identificar os atributos do grão: acidez, corpo e sabor. Conhecer as peculiaridades dos cafés especiais é Página 57 de 62


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uma forma de avaliar seu próprio produto e verificar se ele não apresenta nenhum defeito primário, como grãos pretos, verdes ou ardidos. Pensando nisso, a Associação dos Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (ACENPP), em parceria com o Sebrae/PR e com o Instituto Federal de Muzambinho, de Minas Gerais, realiza o “Aperfeiçoamento de controle de qualidade do café”, no laboratório para pesquisas e capacitação do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), em Londrina. A capacitação teve início na última terça-feira, dia 14, e continua até esta sexta-feira, dia 17, durante o dia todo. Nesse período, 22 produtores que integram o Projeto Cafés Especiais, apoiado pelo Sebrae/PR, aprendem a classificar os grãos de acordo com o método da Specialty Coffee Association of America, conhecido como tabela SCAA, que determina que apenas os cafés que atingirem uma pontuação superior a 80 pontos são considerados cafés especiais. “Uma das diferenças entre um café especial e um café comercial é a pureza e a uniformidade dos grãos”, explica Odemir Capello, consultor do Sebrae/PR e gestor do Projeto. O “Aperfeiçoamento de controle de qualidade do café” está sendo ministrado pelos Q-Graders José Antônio Rezende da Silva e José Marcos Angélico de Mendonça. Os Q-Graders são especialistas que podem ser comparados a enólogos, no universo do vinho, e que utilizam referências de características sensoriais e atributos da bebida, baseados em um mesmo critério de avaliação mundial. José Rezende da Silva destaca que, durante a capacitação, os produtores irão aprender a identificar os aromas dos cafés especiais. Para isso, serão utilizados 36 compostos voláteis (le nez du cafe) com aromas que são encontrados tradicionalmente nos cafés especiais. “Os compostos são separados em quatro grupos e ensinam a identificar os mesmos aromas na ‘prova cega’ dos grãos especiais.” O produtor Sebastião Vieira Sobrinho afirma que a expectativa é aprender a provar os cafés especiais para aplicar o conhecimento na produção dos núcleos que compõem o Projeto Cafés Especiais. “Precisamos aprender a identificar e classificar os cafés de qualidade para produzir os grãos de acordo com as normas da SCAA.” José Rezende da Silva acrescenta que, após a imersão de quatro dias, serão promovidos encontros mensais de degustação de cafés especiais que darão continuidade ao “Aperfeiçoamento de controle de qualidade do café”. Conhecimento Marcos Pavan, líder do Programa de Cafés do Iapar, relata que está é a primeira vez que uma capacitação está sendo realizada no laboratório - construído com a finalidade de promover o aperfeiçoamento dos cafeicultores paranaenses. “Incentivamos as capacitações e acreditamos também que precisamos disseminar a qualidade dos cafés paranaenses.” História Desde que a Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (ACENPP) iniciou suas atividades e, junto com o Sebrae/PR, construiu o Projeto Cafés Especiais, em 2006, a qualidade dos grãos produzidos na região experimenta uma evolução inédita. Página 58 de 62


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Os resultados são alcançados após uma mudança de comportamento dos produtores de café do Norte Pioneiro, que passaram em investir em capacitação, tecnologia, sustentabilidade e certificação para garantir a colheita de grãos diferenciados. O Cafés Especiais conta atualmente com 15 núcleos. E para atender as necessidades do consumidor e aumentar o valor agregado do produto, os produtores precisaram investir em diferenciação. Para isso, deixaram de produzir cafés commodities e focaram as atividades no plantio de cafés especiais e certificados. Essa retomada do setor no Norte Pioneiro ganhou o nome de ‘nova cafeicultura’. Em maio de 2012, o Norte Pioneiro do Paraná conquistou a Indicação Geográfica de Procedência (I.G.P.), concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A I.G.P. garante a origem, os processos de produção e algumas características sensoriais dos produtos de uma determinada região, conferindo-lhes destaque no mercado brasileiro e internacional. Por: Savannah Comunicação Fonte: Portal Revista Cafeicultura em 25 de julho de 2013 08:17

Revitalização da Cafeicultura do Noroeste do Rio de Janeiro pela UFLA

Objetiva-se realizar treinamento em pós-colheita com foco na melhoria da qualidade do café de produtores da região Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. O treinamento será realizado por estudantes da UFLA, membros do núcleo de estudos em pós-colheita do café (Pós-Café) vinculado ao Departamento de Engenharia Agrícola com orientação do Prof. Dr. Flávio Borém. Serão atendidos 25 produtores da região, com produção média de 600 sacas. O treinamento consta de assistência técnica personalizada a cada produtor oferecendo diagnóstico dos principais problemas encontrados e as possíveis soluções. Serão vistoriadas, ao longo das safras de 2013 e 2014, todas as práticas e técnicas do processamento do café, manejo de secagem, armazenamento e avaliadas as condições das estruturas de pós-colheita do café de cada propriedade. Espera-se, com essas ações, melhorar o posicionamento da cafeicultura dessa região frente ao mercado através da maior oferta de cafés com qualidade superior.

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Departamento de Engenharia - Universidade Federal de Lavras - Campus Universitario - Caixa postal 3037 - Cep: 37200-000 - Tel: 35 38291596 Site desenvolvido por: Tiago Paraizo

Transferência de tecnologia em Rondônia enfoca cuidados na colheita e pós-colheita para qualidade do café 02/06/14 | Foto: Aymbiré Fonseca

Tecnologias desenvolvidas pelo Consórcio Pesquisa Café e acessíveis aos cafeicultores são apresentadas e demonstradas a técnicos extensionistas da região. O processo de colheita e pós-colheita do café, com foco na qualidade, foi tema de treinamento realizado em Ouro Preto do Oeste, Rondônia, nos dias 28 e 29 de maio, pela Embrapa Café e Embrapa Rondônia em parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper, a Universidade Federal de Viçosa - UFV e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais Epamig - todas instituições participantes do Consórcio Pesquisa Café -, e ainda a Conilon Brasil e a Emater-RO. O evento reuniu 40 técnicos e extensionistas, assim como produtores e estudantes, que irão repassar aos cafeicultores da região as inovações e tecnologias viáveis e voltadas para a agricultura familiar. Durante o evento foram abordados temas como: Produção Integrada do Café; desafios e perspectivas da cafeicultura no estado; colheita semimecanizada; despolpamento e secagem do café; terreiro secador de cobertura móvel; classificação do café; tecnologias de colheita e pós-colheita; entre outros assuntos que foram apresentados de forma teórica e prática. Página 60 de 62


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O curso recebeu participantes de diversas regiões de Rondônia e também do Acre. O técnico da Emater-RO Mário Neuman percorreu cerca de 500 quilômetros para participar do treinamento. Segundo ele, valeu a pena o aprendizado adquirido. "Estamos em busca de mais informações e tecnologias para melhorarmos as lavouras de Ponta do Abunã (distrito de Porto Velho) e estou comprovando aqui que precisamos melhorar e muito em qualidade e vamos levar isso aos produtores da nossa região. Um conhecimento muito valioso que precisamos repassar", afirma Mário. Assim como ele, outros participantes vieram de longe. O coordenador do Programa do Café da Secretaria de Estado de Pequenos Negócios do Acre, Rômulo Ribeiro, por exemplo, juntamente com outros técnicos e produtores do estado, vieram ao treinamento em busca de inovações e práticas que possam ser adotadas pelos cafeicultores acreanos. "Estamos começando o programa do café no Acre e queremos agregar conhecimentos e tecnologias já existentes aqui em Rondônia. O curso está sendo muito proveitoso e, com certeza, vamos levar muitas novidades aos cafeicultores do Acre e também a experiência de que precisamos estar atentos à qualidade em todo o processo", diz Ribeiro. Foco na qualidade - A cafeicultura em Rondônia é uma das principais atividades agrícolas, destacando o estado como o sexto maior produtor de café do País, além de ser o segundo da espécieCoffea Canephora. No entanto, ainda há muito a fazer quanto à qualidade do café. "É preciso aproveitar o potencial de Rondônia para a cafeicultura e investir em qualidade, para que a atividade se torne mais competitiva no mercado", destaca o diretor comercial da Cooperativa de Produtores Rurais Organizados para Ajuda Mútua (Coocaran) de Rondônia, Leandro Dias. Ele complementa dizendo que a classificação do café do estado está entre 500 a 600 defeitos, quando a tabela vai até 360, ou seja, o café não é classificado e perde muito por falta de qualidade. "Os defeitos são decorrentes de uma colheita e pós-colheita mal feitas, sem a devida atenção para a qualidade. E os cafeicultores precisam e têm condições de reverter esse quadro adotando tecnologias e práticas acessíveis, ou perderão cada vez mais mercado. É necessário que os produtores comecem a fazer as contas, colocar 'na ponta do lápis' os custos e as perdas por não investirem em qualidade. Para ter uma ideia, quando o cafeicultor opta por colher o grão verde em vez do maduro, ele tem uma perda de cerda de 30%", explica Leandro. O pesquisador da Embrapa Café Júlio César Santos apresentou aos participantes a Produção Integrada do Café, que tem por objetivo tornar a produção de café mais sustentável, por meio da adoção das Boas Práticas Agrícolas, rastreabilidade e sustentabilidade econômica, social e ambiental. Essa ação atende também às exigências do mercado, que cobra e valoriza condições apropriadas de produção e certificação do produto. As notas técnicas do PIC estão na Instrução Normativa nº 49, publicada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em setembro de 2013. "A PIC é importante para a sustentabilidade da propriedade. Esse programa é nacional e é importante enfatizar a adoção de tecnologias mais eficientes, de baixo impacto ambiental e que favoreçam a rastreabilidade do produto, desde a instalação da lavoura até a comercialização", conclui o pesquisador. Tecnologia: terreiro secador de cobertura móvel - Durante o evento, os participantes conheceram práticas e tecnologias que podem ser adotadas pelos produtores. Um dos destaques que chamou a atenção foi o terreiro secador de cobertura móvel, que foi desenvolvido e está em fase de teste pela Embrapa Rondônia. Trata-se de um terreiro de alvenaria tipo barcaça, que tem Página 61 de 62


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uma cobertura móvel e com telha transparente, possibilitando a secagem do café mesmo durante a chuva. Esse sistema proporciona ainda uma secagem homogênea e com temperatura perto da ideal, que vai de 35°C a 45°C. Ao contrário de secadores convencionais (lenha e carvão), em que, muitas vezes, para secar o café em menor tempo, o grão é levado a temperaturas que chegam a 300°C, modificando suas propriedades físicas e químicas, o que provoca perda da qualidade. O tempo de secagem no terreiro de cobertura móvel é em média de três a quatro dias, bem equiparado aos secadores convencionais que atendem ao processo de secagem com qualidade. "Esse terreiro de cimento de cobertura móvel é uma tecnologia viável para o produtor, pois diminui mão-de-obra, uma vez que não será necessário fazer a amontoa do café nos períodos de chuva, ou mesmo durante a noite. Além de ser um processo de secagem que pode ser considerado de baixo custo e ecologicamente sustentável, pois utiliza energia solar", argumenta o pesquisador da Embrapa Rondônia, Enrique Alves. Colheita semimecanizada do café conilon - A cafeicultura em Rondônia é conduzida em pequenas propriedades e baseadas na agricultura familiar. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produtividade média dos cafezais em Rondônia é baixa, média de 16 sacas por hectare, cultivados por cerca de 21 mil produtores, que têm no café a principal fonte de renda e é responsável pela manutenção dessas famílias no campo. No entanto, um dos principais gargalos enfrentados por esses produtores é a falta de mão-de-obra, que limita o desenvolvimento da produção, tanto em quantidade como em qualidade. E, com o intuito de minimizar esse problema, durante o treinamento foi apresentada também a colheita semimecanizada do café Canephora, que pode ser uma alternativa viável. "A Embrapa Rondônia está realizando testes e o objetivo é avaliar o desempenho e a viabilidade da colheita semimecanizada. Também será estudado o efeito dessa alternativa à colheita manual sobre a produção e qualidade do café, assim como a longevidade das plantas", explica o pesquisador Enrique Alves. Renata Silva (MTb 12361/MG) Embrapa Café renata.silva@embrapa.br Mais informações sobre o tema Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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