centro da tradição portuguesa
um resgate ao orgulho luso
“Onde o eco das vivências antigas se faz ouvir...e a herança da nossa cultura se faz sentir...onde os aromas do campo se podem saborear...e o despertar das nossas lembranças nos faz sonhar... ...o cantinho onde encontra aquilo que pensa já nem existir...e onde o seu pedido se faz ouvir.” Marília Marques.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO CENTRO DA TRADIÇÃO PORTUGUESA - UM RESGATE AO ORGULHO LUSO ADRIELE SANTOS BRAGA ORIENTADORES|ANY BRITO LEAL IVO . MÁRCIO CORREIA CAMPOS BANCA EXAMINADORA|CEILA CARDOSO .FÁBIO VELAME .BRUNO SGRILLO SALVADOR -BAHIA OUTUBRO2012
Agradeço a Deus, que me permitiu chegar até aqui, sempre me guiando e acompanhando. Aos meus pais e minha irmã, pelo total apoio e amor incondicional. Aos meus familiares pelo carinho sempre. Aos meus orientadores, que me motivaram e confiaram em meu potencial. Aos colegas e amigos. Dedico esse trabalho a meu avô, João, por se orgulhar tanto das suas origens e preservar suas tradições e por ser minha inspiração para resgatá-las.
INTRODUÇÃO O CLUBE PORTUGUÊS LOCALIZAÇÃO TRADIÇÕES o azulejo os doces a faiança o fado o vinho CONCEITO/PARTIDO REFERÊNCIAS PROGRAMA PROJETO ESPECIFICAÇÃO
introdução Este trabalho tem como objetivo, através de uma proposta arquitetônica, contribuir para o resgate, a divulgação e a manutenção dos ritos portugueses, não apenas entre os imigrantes residentes e lusodescendentes, mas também à sociedade soteropolitana, dando condições para que as tradições e costumes portugueses se mantenham referenciais às gerações vindouras. O local escolhido para desenvolver o projeto está localizado à Avenida Otávio Mangabeira, onde um dia foi o Clube Português da Bahia. Hoje neste local, encontra-se a Praça Wilson Lins. O terreno tem aproximadamente 3500m² e comportará a proposta para o Centro da Tradição Portuguesa, que engloba um total de 4 edifícios, sendo eles: um bloco administrativo, um restaurante, um café e um bloco educacional. Numa cidade como Salvador, tão visível a influência portuguesa, na arquitetura e na cultura, tem-se a sensação de um esfriamento dessas tradições entre a sociedade. Seja pela comodidade da língua, ou pela miscigenação de culturas, identifica-se a pouca importância que se tem dado à preservação dos costumes portugueses. Tal comportamento é enfatizado pela ausência de um centro de referência das tradições lusas e ainda pela diminuta quantidade de instituições portuguesas na cidade de Salvador. Apesar de estimar-se quase 10000 portugueses residentes nos estados da Bahia e Sergipe, apenas 5300 encontram-se devidamente registrados no Consulado Geral de Portugal em Salvador. O Clube Português, centro de lazer, cumpria o papel de promotor da convivência entre os indivíduos da colônia e propagador da cultura. Após a sua desativação, tal necessidade tornou-se ainda mais latente, já que as instituições portuguesas que ainda proporcionam a convivência entre a sociedade portuguesa restringem-se à Casa dos Açores e à Quinta Portuguesa.
o clube português HISTÓRICO O Clube Português da Bahia funcionava primeiramente no Gabinete Português de Leitura em 1946, tendo sido transferido para a nova sede da Pituba, quando inaugurada em 1963. Enquanto funcionou, o Clube Português acolheu e entreteve grande quantidade de pessoas, portuguesas ou não, que tinham naquele local seu ponto de encontro. Alguns fatores são apontados como possíveis causas do abandono do Clube, como por exemplo, a decadência financeira da colônia, dona de grande parte do comércio. Outros fatores seriam a crise econômica dos anos 1980, o crescimento do carnaval de rua e consequentemente a diminuição na frequência dos associados. Assim, devido às grandes dívidas adquiridas pela inadimplência do IPTU e impostos trabalhistas, as instalações do Clube foram confiscadam e tiveram suas atividades encerradas em 2001. A partir daí iniciou-se a sua degradação. Ao ser apreendido, o Clube Português, antes um marco da comunidade portuguesa na Bahia, ficou abandonado enquanto se decidia seu futuro. Existiram várias propostas para a reocupação do terreno, centros culturais, oceanário e até um hotel de 18 andares do grupo português, Vila Galé. Todas as propostas foram recusadas e enquanto isso o prédio abandonado foi ocupado por famílias sem-teto. Dessa forma, o estado do prédio, sem manutenção, era cada vez pior e infelizmente em 2008, iniciou-se o processo de demolição para a construção de uma praça e para evitar a moradia das famílias ali abrigadas. Esse cenário é apenas o eco da atitude demolidora ainda existente em Salvador, que se desfaz tão facilmente de seus edifícios, por descaso ou por ser mais cômodo. Assim, tristemente o Clube Português da Bahia entrou para a lista de prédios significantes que foram negligenciados, como o caso da Fonte Nova de Diógenes Rebouças, ou ainda a grande vítima, a Igreja da Sé, demolida em 1933 para dar lugar ao trilho do bonde.
1 Imagem principal: Cocogós do Antigo Clube. 1.Foto antiga do Clube visto da Av. Otávio Mangabeira. 2.Vista aérea 3.Recorte de jornal. Clube já no processo de abandono
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o clube português ARQUITETURA O prédio do Clube Português da Bahia era um edifício modernista com elementos típicos desse estilo, como janelas em fita, brises e pilotis. Além disso, pode-se dizer que o edifício era, sobretudo, fiel ao estilo internacional, já que o mesmo não procurava representar a identidade portuguesa em seu prédio. Existiam nele painéis de azulejos do artista português Jorge Barradas que hoje se encontram no Hospital Português. Havia uma critica quanto à negação da construção à praia. O prédio era voltado para a avenida e impossibilitava a vista para o mar. O piso e a fachada do prédio eram de mármore branco. Seu acesso dava-se por uma grande rampa que chegava ao hall social, que funcionava como sala de espera. A circulação vertical era estritamente por escadas. Hoje a Comunidade Portuguesa ainda sente a falta do Clube Português, seu principal local para reuniões. Após a demolição do Clube Português, a preservação das manifestações culturais foi diminuída, pois os locais de encontro hoje, se restringem à Quinta Portuguesa e à Casa dos Açores, de uma maneira mais tímida.
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1.Vista da Rampa de acesso 2.Vista externa do Clube. 3.Fachada Frontal 4.Fachada Posterior
o clube português 8
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PAVIMENTO TÉRREO
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PAVIMENTO SUPERIOR
1.CIRCULAÇÃO 2.BAR 3.COZINHA 4. WC 5. CÂMARA FRIGORÍFICA 6. DEPÓSITO 7.VESTIÁRIO 8.ROUPARIA 9. GÁS 10.RESTAURANTE 11. SALÃO 12. VARANDÃO 13. HALL 14.SALA
localização O terreno escolhido encontra-se na Avenida Otávio Mangabeira, antiga localização do Clube Português da Bahia, demolido em 2008. Hoje, o terreno comporta a Praça Wilson Lins, apesar das críticas da população e da comunidade acadêmica, e mesmo apesar da proximidade com a Praça Nossa Senhora da Luz e com o Jardim dos Namorados. Como forma de homenagem à Comunidade Portuguesa, há a escultura Vasco da Gama - o navegador por Chico Liberato. Em forma de uma caravela, o monumento relembra a saga dos navegadores portugueses e a importância de Vasco da Gama, pela descoberta para o caminho das Índias.
Praça Nossa Senhora da Luz Jardim dos Namorados Parque Costa Azul
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1.Escultura Vasco da Gama -O navegador 2.Praça Wilson Lins
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os azulejos 1
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3 Imagem principal: Azulejo de motivo regional 1. Azulejo padrão 1a metade séc. XVII. 2. Azulejo Contemporâneo. 3. Azulejo com motivo náutico. 4.Sala dos Brasões do Palácio Nacional de Sintra, Lisboa.
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Resultado da influência moura na Península Ibérica, o azulejo mostra-se até hoje como forte elemento decorativo português. Após uma visita à Espanha, o Rei D. Manuel I fascina-se com a abundância dos azulejos presentes nas edificações e com o desejo de que sua residência tenha também tais adornos, leva-os para Portugal. Dessa forma, o azulejo surge pela primeira vez em Portugal no Palácio Nacional de Sintra, o qual serviu de residência para o rei. Os azulejos que, apresentavam inicialmente motivos geométricos e florais, desenvolveram-se, sendo posteriormente substituídos por motivos góticos e navais por conta da expansão marítima portuguesa. Além disso, o contato com diversos povos, contribui para a diversificação de temas.
a doçaria conventual Os doces conventuais portugueses foram originados em conventos e mosteiros, que costumavam abrigar filhas da nobreza e traziam consigo receitas das famílias abastadas. Dessa forma, as receitas eram em sua grande maioria farta em ovos e açúcar. Acredita-se que os doces sempre estiveram presentes na vida conventual, mas sua notoriedade cresceu com o aumento do cultivo da cana-de-açúcar nas colônias portuguesas. Também por esse motivo, substituiu-se o mel, principal adoçante até então, pelo açúcar. É comum atribuir-se a abundância de gemas de ovos na culinária conventual ao uso das claras para engomar trajes masculinos.Com o passar do tempo, os doces passaram a ser vendidos à população para obtenção de renda, difundindo-se assim algumas receitas mais simples entre as mulheres.
Imagem principal: Variedades de doces regionais 1.Pastéis de Bélem. 2.Papos de Anjo. 3.Pastéisi de Tentúgal
5 doces que você tem que provar > Pastel de Belém > Papos de anjo > Toucinho do céu > Travesseiros de Sintra > Pastéis de Tentúgal
a faiança 1
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A faiança é um tipo de cerâmica branca, menos rica em caulim do que a porcelana, tem uma massa mais plástica , é mais porosa e precisa ser vitrificada após a queima. A faiança em Portugal tem provável origem com artesãos andaluzes que adaptavam motivos originalmente orientais. Por esse motivo, até hoje, a grande maioria das pinturas preserva a coloração em azul cobalto, entretanto há também faianças com pinturas coloridas. Com grande interesse dos europeus pela porcelana chinesa, a faiança portuguesa e seus motivos orientalizados tomaram fama e conhecimento por todo o continente. Porém, na segunda metade do século XVII, as exportações diminuíram por medidas restritivas e com isso, a produção tornou-se apenas necessária para suprir o mercado nacional.Dessa forma, os motivos das pinturas, adquiriram novas características, e novos temas, mais ocidentais como figuras de animais e cenas cotidianas. Esse cenário mudou novamente com o Marquês de Pombal, grande fomentador da economia proporcionando uma reforma industrial na segunda metade do século XVIII. Assim, muitas indústrias foram abertas nesse período e a cerâmica portuguesa atualizou-se. Hoje, depois de muitos infortúnios, como incêndios e falência, quase não existem fábricas de cerâmica em Portugal. Em Salvador, um casal de portugueses residentes na Quinta Portuguesa, junto com a Real Sociedade Portuguesa de Beneficência Dezesseis de Setembro lançaram em 2003 a pedra fundamental da Escola D. Luiz I de Faiança Portuguesa a ser construída na Quinta. Esse projeto, que tem fins sociais para profissionalizar jovens carentes, funcionou um período num galpão, porém hoje se encontra desativado.
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Imagem principal: Caixa em faiança portuguesa 1.Faianças coloridas e azuis. 2.Prato em faiança portuguesa. 3.Pinhas em faiança portuguesa. 4. Pedra fundamental da Escola D.Luiz de Fainça Portuguesa.
o fado A origem do fado é ainda incerta. Alguns acreditam que tenha sido originada pelos cânticos dos mouros, ou a partir do canto Lundum originado em Angola. Mas apesar de sua origem não determinada, o fado (fatum em latim, destino) com certeza tem sua carga saudosista e melancólica. Inicialmente relacionado com locais de má fama, o fado teve suas origens populares, sendo introduzido aos salões nobres somente no final do século XIX. Amália Rodrigues foi sua principal representante consagrando o fado na contemporaneidade e abrindo caminho para novos artistas. O fado é acompanhado pela viola clássica e guitarra portuguesa, instrumento com doze cordas de influência árabe ou inglesa. Até hoje, preserva-se o espirito sentimental e sofrido em suas canções, porém a paixão que a música transmite é inegável.
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Imagem principal: Guitarras portuguesas. 1.Painel do Fado por José Malhoa. 2.Amália Rodrigues, a Rainha do Fado. 3.Mariza, um novo sucesso.
o vinho Além de produzir um dos mais saborosos e famosos vinhos do mundo, Portugal tem em sua cultura o hábito do consumo de vinho. Mas, como eles mesmos dizem, não basta beber, tem que apreciar. Com grande variedade de castas os vinhos portugueses são conhecidos por sua qualidade e pela sua exclusividade, como é o caso do Vinho do Porto, e sua reputação de o melhor vinho de sobremesa do mundo, apesar de ser consumido também como aperitivo ou digestivo. O Vinho da Madeira é igualmente afamado. Mas a variedade não termina por aqui, há ainda os vinhos do Douro- região demarcada e reconhecida pela UNESCO como patrimônio da humanidade- os tintos da nova região do Alentejo, o Vinho Verde exclusivo do Minho, e a “glória nacional”o Moscatel de Setúbal. O inicio da produção vinícola em Portugal é ainda desconhecido, mas sua presença na cultura é inegável. Até mesmo crianças consomem o vinho como se consumissem um suco. Quando em Portugal, é indispensável a visita a uma das muitas adegas espalhadas pelo país.
1 Imagem principal: Taça de vinho. 1.Região Demarcada do Douro. 2.Vinho do Porto. 3.Moscatel de Setúbal. 4.Vinho Verde.
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conceito/partido Diante da existência de um vazio urbano, levanta-se o questionamento de como ocupá-lo sem que haja perda do espaço público, antes pertencente à sociedade. Dessa maneira, busca-se dispor os edifícios de tal forma, que respeite eixos visuais e não suprima a vista para o mar para o transeunte. Há também, a decisão de erguer alguns edifícios do solo para permitir perspectivas desimpedidas e gerar um espaço de convívio social, inclusive para aqueles que não utilizarem os prédios. A partir dos eixos, demarcados pela Rua Mato Grosso e Rua Bahia, os edifícios são dispostos a fim de enfatizar esses limites visuais. Assim, busca-se preservar a vista para o mar, mesmo para quem está na Avenida Manoel Dias da Silva. Respeitando esses eixos, o edifício se adequa a eles, criando rampas que atuam como mirantes. A relação dos portugueses com o mar é assim relembrada, possibilitando que o pedestre desfrute do edifício para apreciar a vista da paisagem. Há também a intenção de leveza com prédios erguendo-se do chão permitindo visuais e com uma rampa curva tangente ao eixo da Rua Mato Grosso. O terreno do antigo Clube Português da Bahia traz em si uma carga histórica, não apenas para a Colônia Portuguesa na Bahia, mas também para a comunidade do bairro da Pituba e para a paisagem urbana. Assim, faz-se uma releitura dos elementos da arquitetura do antigo Clube Português e seu Estilo Internacional. Desse modo, há uma forte relação com o passado, mas busca-se uma repercussão no futuro.
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1.Diagrama Eixos 2.Diagrama Tangente 3e 4. Maquete de estudo.
conceito/partido Os pilotis, forte elemento na arquitetura modernista, surgem relidos no edifício do Centro da Tradição Portuguesa com influência desconstrutivista e pós-moderna. Assim, faz-se a história ressurgir visualmente, como que um “Fantasma”, inspirado na proposta de Peter Eisenman para o Wexner Center for the Arts. Ainda hoje, é visível, por imagens de satélite, a marcação das piscinas do Clube Português, portanto, há ainda ali um resquício de memória, reforçando a ideia “fantasmagórica”. Dessa maneira, surgem também como elemento fragmentado, espelhos d'água como um eco das piscinas do antigo clube.
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1 e 2.Maquete de estudo evidenciando prédios erguidos e “pilotis”. 3.Imagem de satélite com marcas das piscinas 4.Croqui de estudo com espelhos d’água fragmentados.
referências WEXNER CENTER FOR THE ARTS Peter Eisenman.1983-1989. Ohio, EUA. Uma grade metálica que remete a estruturas de andaimes marca caminhos sugeridos pelo arquiteto ao pedestre. Ao fim desses caminhos, o transeunte depara-se com um edifício que remonta, de maneira desconstrutivista, às antigas torres militares existentes anteriormente no terreno, criando um contraste entre o antigo e o novo. Para tal, Peter Eisenman buscou uma espécie de arqueologia, tomando o passado e a memória como referência, mas não tentando imitá-los. Apesar de várias críticas quanto à sua funcionalidade, o projeto tem grande representatividade como arquitetura desconstrutivista e sua oposição ao racionalismo modernista. Desta maneira, esse projeto torna-se referência para o Centro da Tradição Portuguesa pela forma como o arquiteto lida com o passado e o traz à tona de uma maneira reinterpretada para os dias contemporâneos.
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Imagem Principal: Detalhe grade metálica. 1 e 2.. Vista externa. 3. Vista externa com ênfase na grade metálica.
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ÁGORA DO DESTERRRO Paula Macedo, Miguel Dolny, Romulo Fontenelle, Vinícius Libardoni, Yve Albuquerque. 2011. Florianópolis, SC O terreno escolhido para o Concurso de Estudantes -9ª Bienal Internacional de Arquitetura 2011 era um vazio urbano e as principais intenções do grupo de arquitetos, vencedores do 2° prêmio, foi o de possibilitar a reintegração da área à malha da cidade e de permitir a identificação das pessoas com o local. Para isso, foi proposto um prédio erguido do chão, possibilitando o uso do espaço livre para o exercício da cidadania. A metodologia de projeto, marcando eixos na quadrícula urbana, foi utilizada como referência para o projeto do Centro da Tradição Portuguesa, onde a partir desses eixos, determina-se a ocupação dos blocos no terreno.
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Imagem Principal :Perspectiva geral com entorno. 1. Perspectiva externa. 2. Perspectiva do térreo livre. 3 e 4.Diagrama determinando eixos da quadrícula.
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MUSEU DA HISTÓRIA POLONESA O-S Architects. 2009. Varsóvia, Polônia. A combinação de volumes de dimensões moderadas que se conectam foi a principal influência desse projeto. Dessa forma, foram assimilados para a metodologia de projeto, blocos que se espalham pelo terreno, resultando num conjunto que se torna parte da paisagem.
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TRANSPARÊNCIA Com mesmo intuito de preservar a vista para o mar, a transparência é buscada como referência no Centro da Tradição Portuguesa para permitir que as visuais sejam aproveitadas dentro dos edifícios, possibilitando a interação com exterior. Dessa forma, alguns projetos serviram como base como o Restaurante Oiticica (Rizoma Arquitetura, 2010), onde há grandes vãos iluminados naturalmente através de um pano de vidro. Assim, o edifício fica totalmente integrado à paisagem. Outros exemplos de como a transparência e a porosidade promovem a relação com paisagem ficam por conta do Hospital del Mar (Manuel Brullet e Albert de Pineda, 1987) em Barcelona e o Centro Cultural Saint-Germain-Lès-Arpajon. (O-S Architects,2011)
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Imagem principal:Centro Cultural Saint-Germain-Lès-Arpajon 1. Perspectiva geral. Museu da História Polonesa 2. Perspectiva externa. Museu da História Polonesa 3.Restaurante Oiticica. 4.Centro Cultural Saint-Germain-Lès-Arpajon 5.Hospital del Mar.
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CENTRO ESPORTIVO CAMPBELL Steven Holl. 2008. Nova Iorque, EUA
Projeto para o anexo do Complexo Atlético de Baker na Universidade de Columbia, o Centro Esportivo Campbell de Steven Holl traz em si grande relação com a arquitetura do antigo Clube Português e seu estilo internacional. Além disso, o prédio que se ergue , exibindo pilotis, ecoa a arquitetura do Clube numa versão contemporânea. Assim, a ideia de fantasma é reforçada.
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MARINA E CAIS DA CIDADE Steven Holl. 2002 Beirute, Líbano A proposta de um novo cais para a cidade de Beirute traz como referência o prédio que se ergue do chão e oferece uma praça em sua cobertura. Apesar de se levantar do chão, como que numa nova topografia, o prédio não deixa o térreo livre. A forma do prédio remete à rampa curva que dava o principal acesso ao prédio do Clube Português da Bahia.
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Imagem Principal: Centro Esportivo Campbaell e Marina e Cais da Cidade 1. Perspectiva geral.Centro Esportivo Campbell 2. Térreo livre e pilotis.Centro Esportivo Campbell 3.Maquete Física. Marina e Cais da Cidade. 4.Perspectiva Geral.Marina e Cais da Cidade.
CIDADE DO OCEANO E DO SURF Steven Holl. 2005-2011 Biarritz, França Além da transparência, esse projeto premiado de Steven Holl é referência por ser um prédio erguido, com uma praça elevada por uma topografia artificial. O projeto atende a um programa com restaurante, zona de exibição, escritórios, auditório e café e se adequa perfeitamente ao terreno .A proposta de seu masterplan permite o uso do espaço externo aos edifícios pela população. A forma de uma onda côncava perpendicular ao mar cria a praça em sua cobertura que propicia o encontro das pessoas e a apreciação da vista.
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Imagem principal: Vista noturna. 1. Vista externa. 2. Onda Côncava 3. Espaço livre no térreo. 4.Vista Geral.
EWHA UNIVERSITY'S CAMPUS CENTER Dominique Perrault, 2008 Seul, Coreia A proposta de uma falsa topografia revela a flexibilidade do prédio que se relaciona de forma orgânica com seu entorno. Uma escada monumental direciona o fluxo do transeunte e se transforma em um ponto nodal no caminho. Seu jardim na cobertura proporciona a discussão de ideias, a apreciação do ambiente e o convívio. Dessa forma, o Centro da Tradição Portuguesa busca alcançar a mesma qualidade espacial e importância para a paisagem urbana, oferecidas por esse projeto.
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3 Imagem principal: Vista noturna. 1. Vista externa. 2. Maquete Física 3. Vista Geral.
SHARP CENTER FOR DESIGN William Alsop, 2004 Toronto, Canadá Esse projeto é uma forte referência para o Centro da Tradição Portuguesa por ser um prédio elevado do chão, “espetado” em pilotis não ortogonais, remontando à ideia da releitura dos pilotis existentes no Antigo Clube. O edifício erguido, pairando sobre o terreno permite o exercício cívico no espaço do térreo.
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Outros projetos serviram, também ,de referência pelos pilotis não ortogonais, que explicitam a intenção de conceito de fantasma e pelo modo como toca o chão. Como exemplo tem-se o Centre for Promotion of Science (Wolfgang Tschapeller)e o Stretch Metal Housing (BIG).
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Imagem principal: Vista externa.Sharp Centre for Design. 1 e 2 . Vista notuna.Sharp Centre for Design. 3. Vista da rua.Sharp Centre for Design. 4.Centre for Promotion of Science. 5.Stretch Metal Housing
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programa RESTAURANTE consulado
EDU diretoria cultural adegaenologia
midiateca
salão polivalente
faiança dança CAFÉ sala doçaria festas gastronomia
ADM
consulado chancelaria presidência
restaurante adega café administrativo enologia doçaria
Para a definição do programa, foram pensadas as necessidades que a colônia portuguesa enfrenta hoje em dia com a ausência de um espaço próprio para a realização dos seus eventos e celebrações, bem como a ausência de um lugar onde se possa transmitir as práticas tradicionais para as gerações seguintes. Assim, foi pensado locais onde se aprendesse a fazer degustar os doces conventuais, a apreciar um bom vinho e suas qualidades, ou mesmo a modelar e pintar a faiança. Além disso, foi imaginado um local onde a comunidade portuguesa e também a soteropolitana pudessem desfrutar de uma boa leitura ou de um ponto de encontro. Num primeiro momento, os itens do programa foram dispostos entre os eixos, onde se tinha a intenção de localizá-los de uma maneira espalhada pelo terreno. Isso facilitou a definição dos espaços.
o projeto O Centro da Tradição Portuguesa, com seu intuito de propagar e reafirmar os costumes portugueses busca oferecer espaços para que eles sejam praticados. Assim, há a proposta de um restaurante onde, além de degustar de uma genuína culinária portuguesa, pode-se desfrutar de uma vasta seleção de vinhos na adega e ainda ter aulas de enologia. O bloco do restaurante é único com 2 pavimentos e seu acesso principal dá-se por uma rampa reta que chega a um hall de distribuição. Para acessar o pavimento térreo, tem-se uma escada dentro do edifício, ou um elevador externo com acesso à varanda. No primeiro pavimento encontrase a cozinha, salão e a varanda, enquanto no pavimento superior, tem-se a adega, as salas de enologia e a administração do restaurante. Por essa rampa reta e hall de distribuição, acessa-se também o bloco administrativo no mesmo nível do segundo pavimento do restaurante. Nesse bloco, há a parte de consulado e diretoria do Centro. Há também duas salas polivalentes para possíveis conferências entre delegações internacionais. Acima do hall principal, tem-se o café, bloco mais elevado e com acesso por escada e elevador. No café, há a possibilidade do contato com a doçaria portuguesa não apenas consumindo, mas também aprendendo a fazer os doces. Para isso é proposta uma sala de doçaria com o apoio da cozinha. Na cobertura do restaurante, tem-se um terraço de apoio ao café, onde pode ser apreciada a vista para o mar. Nesse terraço o uso de espelhos-d 'água dispensam o uso de guarda-corpo. Por fim, o edifício curvo abriga as funções educacionais, com sala multiuso, sala de faiança, midiateca e salão de eventos. Seu acesso dá-se por uma rampa externa ao edifício, chegando a um lobby principal. Nesse lobby, ficaram expostas informações sobre a imigração portuguesa, como um memorial. A partir dele chega-se aos outros ambientes do prédio, menos à parte das salas de faiança e multiuso, que tem acesso independente. O piso desse edifício é todo rampado, sendo o acesso aos diferentes níveis dado por rampas normatizadas e quando na existência apenas de escadas, usa-se plataformas elevatórias para portadores de necessidades especiais.
DIAGRAMA FLUXOS
especificações
Esquema estrutural evidenciando pilares em vermelho, viga em amarelo e laje em azul
A estrutura de todos os edifícios é feita a partir de pilares metálicos de perfil tubular circular e vigas em perfil “I”. As lajes são em steel deck com espessura total de 13 cm. Os pilares inclinados dos pavilhão curvo e do bloco administrativo, foram estudados para que o seu topo fosse coincidente às vigas secundárias para apoio da steel deck. O sistema de pano de vidro escolhido é o silicone glazing system. A cobertura dos blocos é feita por telha metálica termoacústica trapeizodal com pintura elestroestática branca
O Brise na fachada do pavilhão educacional foi desenvolvido a partir dos azulejos portugueses e do brise existente no Clube Português em formato circular, conforme o diagrama abaixo.
Painéis de Brise.
restaurante 8
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3 4 NÍVEL:3.00 1-ESPERA 2-BAR 3-SALÃO 4-WC 5-NUTRICIONISTA 6-VESTIÁRIO 7-ROUPARIA 8-RECEPÇÃO(Pré-seleção) 9-ESTOQUE SECO 10-PORCIONAMENTO 11-CÂMARAS REFRIGERADAS 12-PRÉ-PREPARO 13-GAMBUZA 14-COCÇÃO 15-HIGIENIZAÇÃO 16-REFEITÓRIO 17-VARANDA 18.CAIXA
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5 8
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2 Acesso Bloco ADM
4
1 NÍVEL:7.09 1-HALL PRINCIPAL 2-HALL SOCIAL 3-WC 4- GERENTE 5-COMPRAS/FINANCEIRO 6-ADEGA 7-DEGUSTAÇÃO 8-ENOLOGIA HALL PRINCIPAL:188.49m² HALL SOCIAL:47.60m² WC:13.32m² GERENTE:13.58m² COMPRAS/FINANCEIRO:28.38m² ADEGA:58.72m² DEGUSTAÇÃO:41.81m² SALA ENOLOGIA:39.21m² TOTAL:374.60m²
ESPERA:46.65m² BAR:43.17m² SALÃO:243.66m² WC:22.91m² NUTRICIONISTA:8.55m² VESTIÁRIO:13.91m² ROUPARIA:5.80m² RECEPÇÃO(Pré-seleção):8.73m² ESTOQUE SECO:20.27m² PORCIONAMENTO:9.89m² CÂMARAS REFRIGERADAS:31.40m² PRÉ-PREPARO:15.53m² GAMBUZA: 7.58m² COCÇÃO:31.87m² HIGIENIZAÇÃO:36.89m² REFEITÓRIO:9.10m² VARANDA:115.17m² CAIXA:8.26m² TOTAL:679.34m²
Perspectiva Interna Restaurante
administrativo 9
10 5
11 5
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13 5
8
15 14
7
5
6 5
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Acesso Restaurante
3 2 1
16 4 3
16
1-HALL PRINCIPAL 2-LOBBY 3-ESPERA 4-ATENDIMENTO 5-WC 6-SECRETARIA 7-REUNIÃO 8-VICE-PRESIDENTE 9-PRESIDENTE 10-VICE-CÔNSUL 11-CÔNSUL 12-CHANCELARIA 13-CHANCELER 14-ARQUIVO 15-COPA 16-SALA POLIVALENTE LOBBY:26.59m2 ESPERA:42.06m² ATENDIMENTO:23.04m² WC:27.44m² SECRETARIA:13.72m² REUNIÃO:13.58m² VICE-PRESIDENTE:18.20m² PRESIDENTE:24.91m² VICE-CÔNSUL:16.67m² CÔNSUL:16.65m² CHANCELARIA:16.62m² CHANCELER:21.41m² ARQUIVO:25.93m² COPA:10.29m² SALA POLIVALENTE:87.57m²
café 3
3
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5 1 4
2
1-CAIXA 2-SALÃO 3-WC 4-ATENDIMENTO 5-COZINHA/ APOIO 6-SALA DOÇARIA CAIXA: 4.54m² SALÃO:27.28m² WC:7.19m² ATENDIMENTO:18.88m² COZINHA/ APOIO:18.00m² SALA DOÇARIA:29.97m² CIRCULAÇÃO:28.71m² TOTAL:134.57m²
Perspectiva Interna CafĂŠ.
educacional 7 6 5 4 1
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3 3 9
9
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12 11 10
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3 1-LOBBY 2-RECEPÇÃO 3-WC 4-ACERVO MIDIATECA 5-CONSULTA 6-ESPERA 7-FAIANÇA 8-SALÃO MULTIUSO 9-SALÃO EVENTOS 10-BAR 11-COPA 12-DEPÓSITO 13-VARANDA
LOBBY:88.55m² RECEPÇÃO:40.70m² WC: 8.34m² ACERVO MIDIATECA:42,40m² CONSULTA:84.15m² ESPERA: 34.88m² FAIANÇA:47.04m² SALÃO MULTIUSO:66.77m² SALÃO EVENTOS:241.30m² BAR: 8.90m² COPA:9.70m² DEPÓSITO:4.72m² VARANDA:60.30m²
vistas
FACHADA SU-SUDESTE
vistas
FACHADA LES-NORDESTE
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fonte/bibliografia VENTURI, Robert; SCOTT BROWN, Denise; IZENOUR, Steven. Aprendendo com Las Vegas. São Paulo: Cosac & Naify. 2003 FERRAZ, Ignez. Arquitetura Portuguesa: uma Escola. Disponível em: http://www.ignezferraz.com.br/mainportfolio4.asp?pagina=Artigos&cod_item=981. Acessado em 22 de fevereiro de 2012, às 20h15min. SILVA, Maria Beatriz Nizza da. Documentos para a História da Imigração Portuguesa no Brasil: 18501938. Rio de Janeiro: Editora Nórdica. 1992 MONTEIRO, Tania Penido. Portugueses na Bahia na segunda metade do século XIX: Emigração e comércio. Porto: Secretaria de Estado da Emigração. Centro de Estudo. 1985. BOTTON, Alain de. Arquitetura da Felicidade. Rio de Janeiro: Editora Rocco. 2006. ABNT-NBR 06492:1994 – Representação de projetos de arquitetura. ABNT-NBR 9050:2001 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. CAMPOS, Márcio Correia. Dois concursos, dois buracos, duas cidades. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/02. 018/2070. Acessado em 12 de março de 2012 às 15h18min HELM, Joanna. Concurso de Estudantes | 9ª Bienal 2011 – Ágora Desterro / Paula F. Macedo,Miguel A. Dolny,Romullo B. Fontenelle,Vinicius S. Libardoni,Yve do Prado Albuquerque. Disponível em: http://www.archdaily.com.br/27010. Acessado em 16 de março de 2012 às 15h00min. FURUTO, Alison. Cultural Center of Saint-Germain-lès-Arpagon/O-S Architects. Disponível em: http://www.archdaily.com/128949. Acessado em 11 de março de 2012 às 10h58min. http://www.greatbuildings.com/buildings/Wexner_Center. Acessado em 09 de março de 2012 às 11h00minh.
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Os doces Imagem principal: Variedades de doces regionais. Fonte: http://docesconventuais.wordpress.com/category/receitas-de-doces-conventuais. 1.Pastéis de Belém. Fonte: http://www.pasteisdebelem.pt. 2.Papos de Anjo. Fonte: http://receitasdedoces.blogspot.com.br/2011/04/papo-deanjo.html. 3.Pastéis de Tentúgal. Fonte: http://tastedmemories.blogspot.com.br/2011/03/pasteis-detentugal.html. A faiança Imagem principal: Caixa em faiança portuguesa. Fonte: http://lojinhadocampo.blogspot.com.br/ 1.Faianças coloridas e azuis. Fonte: http://www.santanna.com.pt/. 2.Prato em faiança portuguesa. Fonte: http://www.doutrotempo.com/categorias/galeria/1. 3.Pinhas em faiança portuguesa. Fonte: http://lista.mercadolivre.com.br/par-de-pinhasfaianca-portuguesa. 4. Pedra fundamental da Escola D.Luiz de Fainça Portuguesa. Fonte: http://www.hportugues.com.br/imprensa/sugestao_pauta/PloneArticle.2003-09-26.2056. O fado. Imagem principal: Guitarras portuguesas. Fonte: http://www.dn.pt/cartaz/musica/interior.aspx?content_id=1656470. 1. Painel do Fado por José Malhoa. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro: Jose_malhoa_fado.jpg. 2.Amália Rodrigues, a Rainha do Fado. Fonte: http://estudov.blogspot.com.br/2010/11/amalia-rodrigues-queen-of-fado-amalia.html 3.Mariza, um novo sucesso. Fonte: http://www.todayszaman.com/newsDetail_getNewsById.action;jsessionid=1246B4DD9F98 37319E945A5DD93007ED?newsId=233976. O vinho Imagem principal: Taça de vinho. Fonte: http://restauranteemsp.com.br/blog/com-quetaca-eu-bebo-meu-vinho. 1. Região Demarcada do Douro. Fonte: http://ambientesgeograficos.blogspot.com.br/2009/10/douro-distinguido-pelanational.html 2. Vinho do Porto. Fonte: http://200.194.222.32/produto/35/232874/vinho+do+porto+ferreira+tawny+750+ml 3. Moscatel de Setúbal. Fonte: http://deliciaperguntapatricia.blogspot.com.br/2012/05/moscatel-de-setubal-quinta-dabacalhoa.html 4. Vinho Verde. Fonte: http://www.santar.com.br/bebidas/detalhes/314.