E
A CV
EACV ESCOLA DE ARTES CÊNICAS E VISUAIS
UNICEUB I FATECS I ARQUITETURA E URBANISMO I TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO I ORIENTADORA: ANA CAROLINA NETTO GOMES DRUMOND ADRIELLE OLIVEIRA DE ARAÚJO DE LIMA BRASÍLIA 2018
agradecimentos Depois de 1 ano de trabalho e de algumas noites mal dormidas, o sentimento de dever cumprido e concretização é gratificante. Quero agradecer antes de tudo aos meus pais por todo apoio, suporte e investimento nesses anos, e principalmente pelo amor e por acreditarem em mim sempre. Sinto enorme gratidão por tudo. Agradeço imensamente a minha orientadora Carol, que me acompanhou nesse processo e me guiou pelo caminho certo, que foi minha segunda mãe e que me deu apoio em toda a criação. Por toda ajuda agradeço à minha amiga Marielle que estava sempre presente quando eu precisei e me ajudou desde o início. Desejo que se torne uma grande arquiteta e que eu possa retribuir todo o suporte. Por fim, agradeço ao meu namorado Gabriel por ser meu parceiro todas as horas e na hora de fazer projeto, de me acalmar nos momentos de desespero e até por me ajudar com problemas no notebook. Desejo a todos os meus amigos da arquitetura que serão futuros arquitetos muito sucesso na vida profissional.
prefácio Este caderno tem como intuito reunir informações sobre o Projeto de Diplomação do curso de Arquitetura e Urbanismo. O projeto desenvolvido é uma Escola de Artes Cênicas e Visuais que visa a integração de estudantes e da comunidade, proporcionando conhecimento mais direto das demais matérias e que instiga o público a utilizar e vivenciar o edifício com o que ele tem para proporcionar.
Neste caderno encontram-se as justificativas do processo de criação do projeto, incluindo informações arquitetônicas, urbanísticas e paisagísticas do mesmo. Junto a isso temos as análises prévias e por fim o resultado final do projeto em si.
01 introdução ............................................................07 histórico justificativa conceitos e intenções referência
02 local .......................................................................11 localização o terreno legislação análise de sítio
03 o projeto ...............................................................21 partido e evolução do projeto programa de necessidades desenhos técnicos perspectivas consequências de intervenção
04 detalhes ................................................................49 sistema estrutural estratégias de projeto paisagismo
05 considerações finais..............................................52 06 bibliografia ...........................................................53
SUMÁRIO
01 introdução
histórico
justificativa
Brasília atualmente é uma cidade com uma grande gama de instituições educacionais especializadas em formar todos os tipos de profissões; no caso das artes podemos observar que na UnB (Universidade de Brasília) contêm os cursos de Artes Visuais e Cênicas para formarem pessoas especializados em cada área. Porém quando se trata dessa formação vimos que grande parte profissionais trabalham inseridos no meio teórico e acadêmico das artes.
O intuito principal do EACV é de educar e incentivar alunos a progredirem no campo das Artes Visuais e Cênicas, para que possam se tornar artistas história ativos. A outra vertente do projeto é também a integração com a comunidade, que deve se sentir convidada a utilizar o edifício, ou como espectador, ou como futuros alunos.
Atualmente Brasília têm poucas opções de escolas para formação de artistas. As instituições que a cidade possui, são ora acadêmicas, ora para ensino fundamental e médio, inserido no contexto das escolas. A pouca importância dada ao meio artístico na cidade faz com que as pessoas procurem em outros estados e países a formação necessária para se tornarem grandes artistas. Para enriquecer a cultura e influenciar pessoas criativas a serem artistas, a capital do país precisa de uma evolução para atingir tal objetivo. O projeto EACV (Escola de Artes Cênicas e Visuais) têm como objetivo abordar a aprendizagem de uma forma diferente do que é oferecida em Brasília e de integrar, instigar e convidar o público à vivenciar o projeto.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX O projeto é distribuído e integrado em áreas educacionais, áreas de XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX desfrute do público em geral e área de convivência externa e interna. O conceito é instigar e convidar as pessoas que vivenciem o projeto de fora XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX para dentro, para conhecer e influenciar futuros artistas a estudarem na XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX escola. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX O público que estiver disposto a estudar e cursar as matérias oferecidas, a XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX escola oferece o espaço educacional com salas de aula teóricas e práticas, para que se tenha uma formação completa nas áreas. Caso o intuito seja só de passagem por conta de ser um polo educacional e de ligação com a quadra residencial da 606 norte e a Unb, o caminho é proposto por rampas que fazem com que o público possa visualizar o projeto mesmo que de fora. Se a pretensão é de permanência momentânea o projeto oferece o paisagismo com espaços de convivência na parte externa, e na parte interna, os cafés e livrarias são abertos a todo o público.
08 I introdução
conceitos e intenções permeabilidade e visibilidade O projeto propõe espaços de integração e permanência à comunidade em seu interior e principalmente para fazer passagem ao outro extremo e visualizar o projeto.
integração Existe integração do edifício, dando acesso aos dois cursos e integração pessoal no paisagismo externo e nos locais públicos no térreo.
público e privado Aberto ao público no pavimento térreo e exclusivo aos alunos no primeiro e segundo pavimento.
intuitos Integrar um projeto educacional artístico com a cultura e criar um espaço de passagem e convivência agradável, aconchegante, convidativo e consequentemente mais criativo. O projeto deve atender alunos e a comunidade, que inclusive, deve se sentir convidada a transitar pelo edifício, pois o projeto foi pensado de forma a permitir o fluxo entre a quadra residencial ao lado da L2, a UnB ao lado da L3 e as instituições de ensino ao redor, como a Casa Thomas Jefferson e o Centro Educacional Asa Norte (CEAN), tornando-se permeável. Para isso foi “marcado” no terreno um eixo de passagem que também funciona como eixo de composição do projeto, pois partindo desse todas as atividades se distribuem. atividades
606 norte L2
09 I introdução
A primeira camada, o térreo, é onde fica o espaço do edifício aberto para o público, como área de exposições, biblioteca, auditórios e cafés, no qual foi inserido para divulgar atividades da escola como exposições e espetáculos de teatro para todos. Na segunda camada fica o primeiro andar dos edifícios, o de artes visuais e o de artes cênicas, onde encontramos as salas de aula, o café e a área admirativa de cada um dos cursos, é onde o público é privado, sendo eles os alunos e funcionários da escola. Por fim na terceira camada é onde se situa o segundo andar do projeto, onde existem salas de aula e uma passarela, na que é usada tanto como uma grande sala de exposição da escola como serve também para os alunos transitarem internamente entre os dois edifícios. As camadas organizam as funções do edifício:
educacional
3ª camada
educacional 2ª camada
eixo de passagem atividades
A camada subterrânea, onde se localiza o subsolo, é de principal funcionalidade a garagem do projeto, sendo usada por alunos ou não alunos. O pavimento é também usado para abrigar espaços técnicos que atendem o edifício.
UnB L3
público em geral
1ª camada
estacionamento camada subterrânea
referências projetuais The Commons Department of Architecture Localizado em Bankok na Tailândia o projeto tem como intuito propor um espaço público integrando na paisagem patamares, rampas com plataformas, bancos, vegetações e pequenos espaços. O projeto abre grandes espaços vazios nos pavimentos superiores que são conectados por uma grande área pública ao ar livre, e o espaço fluido tanto horizontal como vertical possibilita a ventilação natural por todo edifício. Neste espaço público são integrados com canteiros com jardins em todos os níveis. Para atrair o público para os níveis superiores o pavimento térreo faz ligações com nível da rua ao segundo andar no qual fazem com que as pessoas passeiem pelo projeto de uma forma agradável. A forma que o projeto propõe uma abertura de fachadas completas promove uma ventilação completa do projeto e uma transparência visual do interior. O projeto é uma nova iniciativa de ter um espaço público e de usos específicos que pode ser aproveitado para qualquer público, qualquer hora do dia. Um espaço que instiga e convida as pessoas para vivencia-lo, no qual é o principal conceito da escola EACV (Escola de Artes Cênicas e Visuais).
10 I introdução
02 local
localização O terreno escolhido para o projeto é localizado no Setor de Grandes Áreas Norte 606 na Asa Norte. Tal local na Asa Norte foi escolhido pelo fato de se situar em um polo educacional e também por ser um local onde não se têm grandes espaços culturais e artísticos. Este terreno é composto por dois lotes atualmente desocupados, que juntos têm em média 43270m². O projeto EACV (Escola de Artes Cênicas e Visuais) ocupa 12440.16m² no terreno, levando em consideração os afastamentos e taxa de impermeabilidade do local, os outros 30829.84m² foram modificados por um paisagismo e urbanismo planejados, para uma melhor comunicação visual e acesso do público. O terreno atualmente é um polo educacional no qual é cercado por instituições educativas, sendo perfeito para a temática do projeto. No entorno podemos encontrar a ligação dos edifícios residenciais da Super Quadra da Asa Norte 405/406 com o Centro Educacional da Asa Norte, Casa Thomas Jefferson, Centro Educacional Sigma e a Universidade de Brasília, facilitando a integração do edifício com o entorno.
N
N
12 I local
o terreno O terreno estudado encontra-se desocupado atualmente e localizado em um polo educacional, no qual é rodeado por instituições educativas, como universidades e escolas. O mesmo têm 43270m², disposto por 2 lotes com 10 curvas de nível ao total.
Curvas de nível originais do terreno
Curvas de nível modificadas do terreno
Curvas de nível originais do terreno
Curvas de nível modificadas do terreno
O desafio de implantar esse projeto no terreno influenciou a ideia de trabalhar em camadas, criando taludes em sua extensão, assim proporcionando o uso de uma grande quantidade de vegetação no projeto. Os caminhos formados foram de suma importância para instigar o público a vivenciar o projeto no seu interior. Sendo o terreno com muitas curvas de nível foi possível elaborar dois acessos para o projeto, um no térreo fazendo ligação com quem vêm da UnB e outra no primeiro pavimento voltada para a quadra residencial da asa norte. Na criação de dois sentidos de rampas, uma maior e centralizada dá acesso do primeiro andar para o térreo e vise versa, o outro jogo de escadas de patamares fazem ligação entre o térreo e o primeiro andar e vise e versa, essa ideia dá a escolha ao público de explorar diferentes pontos de vista do projeto e a liberdade de ir e vir sem cansar, como um passeio.
N
13 I local
N
legislação O projeto segue as normas estabelecidas pela Planilha de Parâmetros Urbanísticos e de Preservação (AP 8, UP 3), que especificam a taxa de ocupação, uso e gabarito da SGAN 606. • Taxa de ocupação (TO): 40% Corpo: 40% Subsolo: 50% Cobertura: 40% da taxa de construção • Uso destinado a área: Escolas, Templos, Laboratórios e Clinicas.
• Afastamento e recuos (AF): 5m de todas as divisas •
Coeficiente de Aproveitamento (CA): 1,00
• Taxa de permeabilidade (TP): Taxa mínima de área verde arborizada 30% • Gabarito local (H): 12,50m excluindo caixa d’agua, casa de máquinas.
NBR 9050 As rampas que são grandes destaque na edificação, foram projetadas com inclinação mínima, proporcionando conforto ao usuário em todo seu percurso. • Inclinação mínima: 3%. • Patamares: 4m • Comprimento dos declives entre os patamares: 10m
14 I local
análise de sítio hierarquia viária
usos do solo
‘
N
L2
15 I local
N
L3
edifício
edifício
vias locais
comercial
vias secundárias
residencial
vias primárias – L2 e L3
religioso educacional
como chegar de carro
a pé
50m
‘
‘ N
N
edifício
edifício
vias de acesso do terreno
principais rotas para pedestres
estacionamentos
16 I local
como chegar de transporte público
de bicicleta
‘
‘ N
17 I local
N
edifício
edifício
rota ônibus – L2
principais rotas para bicicletas
paradas de ônibus – L2
bicicletário
condicionantes ambientais visual + vegetação
ruídos
N
N
edifício
edifício
melhores vistas
menores ruídos
vegetação
maiores ruídos
18 I local
condicionantes ambientais ventos
solar
c v c v N
ventos do Leste predominantes no inverno ventos do Noroeste predominantes no verĂŁo
19 I local
N
c v c v
Sol Nascente
Sol Poente
análise de sítio
Vias / Uso do solo
Visuais e Ruídos
Destacam-se vias primárias a L2 e L3 Norte que delimitam e dão acesso ao lote, elas também são as principais vias de fluxo local. Como secundárias, as vias do comercio local servem de passagem das quadras comercias e demais quadras do entorno para a L2 Norte, vias locais tem um fluxo especifico direcionado para as quadras residências e educacionais que são pouco movimentadas e mais direcionadas. O uso do solo é ditado pelo plano diretor do plano piloto, definindo a 400 como área residencial, a comercial local da quadra, edifícios institucionais e religioso.
Os visuais privilegiados do projeto são as vistas frontal e posterior do edifício que contam com uma vasta vegetação, as vistas laterais são mais fechadas e com edificações mais próximas ao lote deixando a visão mais limitada. Os ruídos se dão pelas vias de maior fluxo, durante o dia todo é intenso devido as escolas vizinhas do edifício, com horários mais específicos de ruídos amenos.
Como chegar
Condicionantes Os ventos predominantes no inverno chegam do leste, os secundários se impõe pelo noroeste no verão, e o sol que nasce no leste e se põe no oeste faz com que o projeto seja iluminado nas principais fachadas, mantendo assim um ambiente com iluminação natural e bem ventilado.
O acesso ao edifício é possível através do transporte privado, público, bicicleta e a pé. Nas proximidades do lote existem pontos de ônibus que proporciona o fácil acesso ao perímetro, estacionamentos no entorno do lote e no próprio terreno e ciclovias, que são grandes facilitadores de locomoção entre bicicletas e pedestres.
20 I local
03 o projeto
O projeto segue sempre uma estrutura racional e formas puras para total entendimento do público.
partido e evolução do projeto Após a análise do terreno através de estudos diagramáticos observou-se que o terreno era importante, e única passagem sem obstáculos da parada de ônibus da L2 para a UnB e do CEAN.
Devido a inclinação do terreno, o edifício funciona em camadas; a primeira onde é localizado o térreo e a área pública do projeto, a segunda e a terceira que são destinadas para a educação, sendo a parte privada dos edifícios, e por fim a camada subterrânea, ocupada pela garagem do edifício. A diferença de alturas foi vencida por um jogo de rampas coincidente ao eixo do projeto.
eixos de passagem
Observando isso, um dos importantes pontos para o projeto seria manter livre esta passagem, dando a ela valor e qualidade. Para isso o projeto deveria ser permeável e convidativo. Analisando o objetivo foi obtido através 203, /} da marcação de um eixo, que tanto funcionaria como eixo visual e de passagem quanto um eixo de comunicação, que seria ladeado por dois edifícios interligados por uma passagem coberta. Os dois edifícios são espelho um do outro, porém destinados para diferentes vertentes educacionais, sendo um para Artes Visuais e outro para Artes Cênicas. O edifício destinado ao curso de Artes Visuais é ocupado por 10 salas de aula teóricas e 15 salas para aulas práticas em seus pavimentos privados. No térreo, na área pública do projeto, podemos encontrar uma biblioteca, um auditório e um café. Seguindo a mesma linhagem estrutural o edifício destinado ao curso de Artes Cênicas é também ocupado por 10 salas de aula teóricas e 15 salas para aulas práticas em seus pavimentos privados. No térreo, na área pública do projeto, podemos encontrar uma área de exposição, um auditório e um café.
22 I o projeto
eixo de passagem
Artes Cênicas Artes Visuais eixo de passagem Subsolo eixo de passagem eixo de passagem
plano de necessidades
Subsolo
Área comum Garagem Escadas e elevadores Circulação Subtotal Serviço Brigadista Zelador Copa WC Depósito Pronto socorro Subtotal Área técnica Sala CEB Subestação Casas de bombas Acessos reservatórios Shafts Subtotal Total
m² 9455,67 164,68 152,68 9773,03 14,25 14,25 6,80 6,80 17,80 25,83 85,73 49,77 49,77 99,54 202,61 52,65 454,34 10313,10
Área técnica Serviço
Subsolo I -4.00
Área comum
23 I o projeto
plano de necessidades
Térreo
Térreo I 0.00
Áreas privadas Áreas públicas
24 I o projeto
Áreas públicas Cafés Livrarias Auditórios Biblioteca Área de exposições Escadas e elevadores Área de circulação Subtotal Áreas privadas Administração Condensadora Evaporadora Central de gás Subtotal Total
m² 496,58 59,72 1365,47 611,03 848,64 164,68 6584,75 3546,12
192,19 166,31 114,51 24,60 497,61 10628,48
plano de necessidades
1° Pavimento I 4.00
Educacional
Educacional Salas de aulas teóricas Salas de aulas práticas Subtotal Administração Coordenações Secretarias Salas de professores Subtotal Área comum Recepções 1º Cafés Copiadoras e papelarias Pavimento Banheiros Corredores Escadas e elevadores Varanda Subtotal Serviço Depósitos de limpeza Copas Circulação Subtotal Total
m² 902,88 1823,36 2725,72 84,48 83,60 85,36 253,44 163,12 178,20 84,48 225,68 420,40 164,68 1159,08 2395,64 48,16 48,16 34,96 131,28 5506,08
Área técnica Serviço Área comum
25 I o projeto
Cobertura I 12.00
2° Pavimento I 8.00
Cobertura Caixa d’água Educacional Área técnica Serviço Área comum
26 I o projeto
plano de necessidades
Educacional Salas de aulas teóricas Salas de aulas práticas Sala de exposição da escola Subtotal Administração Salas de TI Serviços Subtotal Área comum Recepções 2º Cafés Pavimento Copiadoras e papelarias Banheiros Corredores Escadas e elevadores Subtotal Serviço Depósitos de limpeza Copas Circulação Subtotal Total
m² 642,40 1823,36 998,30 3464,06
84,48 172,48 256,96 163,12 178,20 84,48 225,68 420,40 164,68 1236,56 48,16 48,16 34,96 131,28 5088,86
desenhos tĂŠcnicos
subsolo -4.00 27 I o projeto
desenhos tĂŠcnicos
tĂŠrreo 0.00 28 I o projeto
desenhos tĂŠcnicos
1Âş pavimento 4.00 29 I o projeto
desenhos tĂŠcnicos
2Âş pavimento 8.00 30 I o projeto
desenhos tĂŠcnicos
cobertura 12.00 31 I o projeto
desenhos técnicos
locação 32 I o projeto
desenhos tĂŠcnicos
paisagismo 33 I o projeto
desenhos tĂŠcnicos
corte aa 34 I o projeto
desenhos tĂŠcnicos
corte bb 35 I o projeto
desenhos tĂŠcnicos
corte cc 36 I o projeto
desenhos tĂŠcnicos
fachada leste 37 I o projeto
desenhos tĂŠcnicos
fachada oeste 38 I o projeto
desenhos tĂŠcnicos
fachada norte 39 I o projeto
desenhos tĂŠcnicos
fachada sul 40 I o projeto
perspectivas
41 I o projeto
42 I o projeto
43 I o projeto
44 I o projeto
45 I o projeto
46 I o projeto
47 I o projeto
consequências de intervenção
estratégias de projeto
Sobre os impactos locais causados pela edificação proposta, é relevante ressaltar que o lote é usado intensamente por pedestres que cruzam a via L2 sentido via L3 e UNB criando assim um traçado intencional. O mesmo traçado foi preservado no projeto para que os pedestres continuem usando o caminho, porém com acesso livre ao edifício, incitando-os a cultura diversa oferecida pela escola e confortáveis espaços de permanência.
O uso de formas simples, que fossem de fácil leitura e se relacionassem de forma harmônica com a arquitetura local, para isso optou-se por organizar o programa em 2 edifícios prismáticos que se desenvolveriam através do eixo compositivo e de passagem.
O projeto destaca-se também, por trazer um diferencial de uso para Setor de Grandes Áreas Norte, onde são comuns instituições privadas de ensino, templos e clinicas, e por ser parcialmente de livre acesso, o projeto remete o usuário e o passante um local de abrigo e liberdade, convidando diversos públicos ao uso do espaço, introduzindo assim a cultura a todos, com auditórios para eventos, salas de exposições, biblioteca, também serviços como cafés e livraria. O projeto por fim, traz ao público uma nova referência de escola não só de formação acadêmica, como também profissional, preparando o estudante direto para o mercado de trabalho. É um ambiente que artistas já atuantes podem praticar, estudar e expor seus trabalhos promovendo a escola.
Para que os dois edifícios fossem ligados entre si, ao intuito de buscar unidade de projeto, optou-se por uma cobertura plana, que faria a integração dos edifícios, e também serviria de cobertura para quem transitasse ou permanecesse no eixo de composição, que conta com áreas de passagem e permanência. O paisagismo cumpre um papel importante de criar espaços agradáveis e aconchegantes, em um edifício de formas puras e racionais. Como estratégia de projeto a criação das rampas em dois sentidos foram fundamentais para vencer a altura do projeto, fazer o acesso das duas extremidades do projeto, para uma circulação agradável, que integrasse diretamente com o projeto e que fosse acessível para portadores de necessidades especiais. A estratégia de mesclar materiais mais simples como madeira, concreto e vidro com a vegetação serviu para tornar o projeto mais convidativo e mais agradável de ser vivenciado. Na escolha de suspender parte da cobertura e a fixação de esquadrias em vidro em pontos estratégicos fez com que o projeto tivesse um melhor conforto ambiental, sendo sempre iluminado e ventilado.
48 I o projeto
04 detalhes
sistema estrutural O sistema estrutural do projeto é completamente de concreto armado, os pilares são todos de 1 metro de diâmetro e locados a cada 15 metros na horizontal e a cada 20 metros na vertical em média, fazendo com que possamos alcançar um grande vão para salas mais amplas e caminhos mais fluidos.
As lajes maciças de 0,5 metro fazem com que o edifício tenha uma visão de leveza e mais viável para o uso de instalações aparentes e criar uma arquitetura industrial aparentemente. A cobertura de 0,5 metro de espessura foi dividida em duas partes, uma ficou ligada diretamente em cima da edificação e a parte da área central, na qual protege a parte de circulação das rampas localizadas externamente do projeto, foi elevada 1,5 metro para que tivesse 1 metro de vazio entre a primeira parte da cobertura. O vazio entre as duas partes faz com que tenha a circulação de ar de uma extremidade para a outra, mantendo o interior do projeto sempre ventilado. Na cobertura da área central foram feitos rasgos, fechados por uma esquadria fixa de metal e vidro temperado, iluminando as laterais e o centro dessa área, na cobertura do edifício foram feitos rasgos em alguns pontos onde têm circulação para as salas de aula no segundo andar com a mesma esquadria.
50 I detalhes
o paisagismo O paisagismo foi projetado todo com ângulos de 90° e 45°, com caminhos, espaços verdes e um anfiteatro que atraísse ao máximo o público a conhecer o edifício e vivencia-lo. O paisagismo foi pensado como espaços de permanência e convivência para troca de experiências pessoais. Lugares de descanso, para estudo e para descontração. A vegetação escolhida para o paisagismo é típica de Brasília, facilitando assim o cuidado com as mesmas e fazendo com que durem por várias estações sem maiores problemas. O uso de espelhos d’água fez com que criassem lugares de permanência com imagens mais naturais mesclados a com a quantidade de vegetação em volta, e fornecendo um ambiente mais agradável de temperatura.
51 I detalhes
considerações finais O projeto tem intenção de trazer ao plano piloto um diferencial de instituição, ora privada e pública com acesso livre a todos. Sabemos que o trajeto do entorno é precário de segurança, portanto o projeto traz esse conforto a quem por ali passa, preservando a passagem já criada pelo pedestre, e dando prioridade aos mesmos. Por ser próximo a uma via de grande importância para o eixo de Brasília, o edifício mantém sua imposição para com os demais, provocando curiosidade e surpreendendo a todos que por ali passam, devido a sua volumetria e permeabilidade. Por fim, é esperado que o projeto atenda a necessidade local e do entorno, que traga ao público uma nova perspectiva de edificação inteligente e que ele atenda todos os quesitos de uma instituição de ensino com infraestrutura qualificada.
52 I detalhes
bibliografia 1. ABNT NBR 9050 : 2015 Acessibilidade e edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 2. https://departmentofarchitecture.co.th/portfolio/thecommons/ 3. https://www.archdaily.com.br/br/802931/the-commonsdepartment-of-architecture
53 I detalhes