ESPECIAL
Aduff entrega carta com propostas a todos os candidatos à Reitoria
Associação dos Docentes da UFF
Seção Sindical do Andes-SN Filiado à CSP/Conlutas
Abril/2018 www.aduff.org.br
A Aduff recebeu a visita das três chapas que disputam a eleição para a Reitoria
O que os candidatos a reitor propõem para o futuro da UFF? A Aduff-SSind apresentou propostas para a universidade aos candidatos à Reitoria
Os candidatos a reitor da UFF Antonio Claudio, Roberto Salles e Sérgio Mendonça – que respondem a perguntas nas páginas 4 a 10
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ESPECIAL Abril/2018
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Luiz Fernando Nabuco
Editorial
Por uma UFF democrática, pública, gratuita e de qualidade
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os próximos dias, alunos,técnicos-administrativos e docentes da Universidade Federal Fluminense escolherão o reitor que conduzirá a gestão da universidade nestes tempos de crise política, financeira e institucional. A Associação de Docentes da Universidade Federal Fluminense não poderia então ficar alheia ao processo de discussão sobre o futuro da nossa universidade. Preservando a autonomia que a entidade deve assegurar diante de qualquer governo ou reitoria, a Aduff apresentou a todas as chapas uma carta de compromisso, publicada na íntegra neste jornal e, anteriormente, nas plataformas de comunicação digitais da entidade, com uma síntese das diretrizes programáticas, propostas e sugestões a serem adotadas na próxima gestão. Sem pretender esgotar as demandas a serem apresentadas pela categoria, o objetivo da
Associação dos Docentes da UFF
Seção Sindical do Andes-SN Filiado à CSP/Conlutas
ESPECIAL Abril/2018 Biênio 2016/2018 Gestão: Democracia e Luta: Em Defesa dos Direitos Sociais, do Serviço Público e da Democracia Interna
Projeção promovida pela Aduff em abril de 2015: defesa da história da UFF e de seu patrimônio público, hoje ameaçado pela política de 'ajuste fiscal' e pelos interesses do mercado imobiliário
carta-compromisso foi fomentar o debate sobre o futuro da UFF a partir do acúmulo obtido pelo sindicato nas suas assembleias, mobilizações e greves. O compromisso do reitor com a criação de canais permanentes de negociação com as entidades representativas é fundamental, assim como garantir a democracia interna na UFF, em especial com o devido funcionamento do Conselho Universitário (CUV), instância máxima de deliberação, e a consulta permanente à comunidade através de audiências públicas sobre os temas mais controvertidos. Não há saídas para crise sem democracia. Nenhuma solução para os graves problemas da universidade se dará sem ampla participação da comunidade acadêmica. Nessa conjuntura de golpes, Emenda Constitucional 95, restrições orçamentárias e ataques à autonomia universitária, violentas pressões recaem sobre os gestores para que privatizem o
Sem abrir mão da autonomia e independência sindical, o Sindicato abriu um canal de diálogo e negociação com a Reitoria sobre a nossa pauta, seja qual for o reitor escolhido pela comunidade acadêmica: todos os candidatos a reitor visitaram a Aduff para debater as propostas para a universidade patrimônio público, flexibilizem o princípio da gratuidade do ensino, busquem financiamentos privados, redirecionem as atividades de pesquisa, ensino e extensão para os interesses do mercado e reprimam qualquer crítica a esse projeto.
Nesse sentido, reiterar o compromisso com a educação pública, gratuita, laica e de qualidade, por si só, corresponde a um ato republicano e democrático de resistência. A Aduff espera, por conseguinte, ter ajudado a ampliar o debate e a unidade de todos e todas em torno da defesa das liberdades democráticas, da democracia interna na UFF e da educação pública. De todo modo, qualquer que seja o reitor escolhido pela comunidade acadêmica, o sindicato abriu um canal de diálogo e negociação com a Reitoria sobre a nossa pauta, uma vez que os candidatos a reitor Sergio Mendonça, Roberto Salles e Antonio Claudio fizeram questão de visitar pessoalmente a Aduff para apresentar as suas propostas. A democracia e toda a comunidade acadêmica da UFF ganharam com isso.
Boa escolha a todos e todas!
Presidente: Gustavo França Gomes • 1º Vice-Presidente: Gelta Terezinha Ramos Xavier • 2º Vice-Presidente: Juarez Torres Duayer • Secretária-Geral: Kate Lane Costa de Paiva • 1º Secretário: Douglas Ribeiro Barbosa • 1º Tesoureiro: Carlos Augusto Aguilar Junior • 2º Tesoureiro: Edson Teixeira da Silva Junior • Diretoria de Comunicação (Tit): Kenia Aparecida Miranda • Diretoria de Comunicação (Supl): Marcio José Melo Malta (licenciado) • Diretoria Política Sindical (Tit): Adriana Machado Penna • Diretoria Política Sindical (Supl): Bianca Novaes de Mello• Diretoria Cultural (Tit): Renata Torres Schittino • Diretoria Cultural (Supl): Ceila Maria Ferreira Batista • Diretoria Acadêmica (Tit.): Antoniana Dias Defilippo Bigogmo • Diretoria Acadêmica (Supl): Elza Dely Veloso Macedo Editor Hélcio L. Filho Jornalistas Aline Pereira Lara Abib
Revisão: Renake das Neves Projeto gráfico e diagramação Gilson Castro
Imprensa imprensa.aduff@gmail.com Secretaria aduff@aduff.org.br
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ESPECIAL Abril/2018 Fotos: Luiz Fernando Nabuco
Jornal da ADUFF
Os professores Elza Dely, Gustavo Gomes e Juarez Duayer, da diretoria da Aduff, recebem a visita dos professores Antonio Claudio e Fábio Passos (Chapa 1)
Aduff recebe candidatos à Reitoria e entrega carta com propostas para UFF A Seção Sindical abriu sua sede para a visita das três chapas que concorrem à administração central da UFF e entregou carta com síntese do acúmulo dos debates e lutas da organização sindical dos docentes
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A direção da Aduff entrega ao professor Roberto Salles (Chapa 2) a carta com propostas para a UFF
Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense abriu as suas portas para a visita das três chapas que disputam a eleição para a Reitoria. Todos os candidatos receberam das mãos dos dirigentes da Seção Sindical do Andes-SN na UFF uma carta-compromisso com diretrizes e propostas para a universidade – na qual a entidade, que representa os docentes da UFF, propõe o diálogo e a abertura de debate em torno da gestão da instituição. Os professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio, da Chapa 3 - UFF Inovadora, foram os primeiros a visitar a Aduff-SSind, no dia 12 de março. Os professores Roberto Salles e Wainer, da Chapa 2 - Nossa UFF, estiveram na sede da entidade no dia 11 de abril. Dois dias depois, a diretoria da Aduff recebeu os professores Antonio Claudio e Fabio Passos, da Chapa 1 - Juntos Pela UFF.
Propostas para universidade
Os professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio (Chapa 3) recebem a carta com propostas das mãos do presidente da Aduff
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A carta entregue aos candidatos contém uma síntese do acúmulo dos debates, resoluções e posicionamentos políticos dos professores no movimento sindical docente (a íntegra pode ser lida na página 11). O documento aborda questões como multicampia, democracia interna na UFF, infraestrutura e precariedade dos campi, relação público x privado, entre outros pontos. Defende, por exemplo, o respeito ao Conselho Universitário, contesta os processos de privatização e aborda alguns pontos específicos, como o problema das obras inacabadas da expansão e a injustificável não
equiparação do Coluni às unidades da UFF. Ao entregar a carta e abrir a sede da Seção Sindical para a visita dos candidatos, a direção da Aduff busca ao mesmo tempo reivindicar as propostas e posições da categoria docente ao longo de suas lutas e sinalizar para a necessidade do envolvimento de toda a comunidade acadêmica na defesa da universidade e das liberdades democráticas, alvos de tantos ataques e ameaças nos dias atuais. Nos três encontros, o presidente da Aduff-SSind, professor Gustavo Gomes, enfatizou a questão da democracia interna, defendeu o diálogo permanente entre Reitoria e a representação sindical, e destacou a necessidade de que a administração central "valorize as instâncias da universidade e o CUV como espaços deliberativos". Também mencionou que a convocação de audiências públicas deveria se tornar uma prática cotidiana – e que de fato sejam públicas, democráticas e expressem a pluralidade dos pontos de vista presentes na comunidade universitária e na sociedade. "Os reitores não têm que assumir para si, antes de debater com a comunidade, questões que são polêmicas", sustentou, assinalando casos como a disputa pelo Morro do Gragoatá e a cessão do Hospital Universitário Antonio Pedro à Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).
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11 perguntas para as chapas que disputam a Reitoria da UFF A
Redação do Jornal da Aduff enviou para as três chapas que disputam a eleição para a Reitoria da UFF 11 perguntas relacionadas à universidade e à conjuntura atual. Para a versão impressa, foi estipulado um limite para cada resposta, cuja íntegra está na versão digital (www.aduff.org.br).
Luiz Fernando Nabuco
O objetivo da Aduff-SSind é estimular o debate e a transparência nas propostas de cada chapa, para que a comunidade universitária possa analisar agora o que cada uma defende e, inclusive, num futuro breve, cobrar o cumprimento de suas posições. Em dois casos, as respostas remetiam a dada a outra pergunta. Optou-se por repetir as respostas para facilitar a leitura e a comparação entre o que cada candidatura propõe sobre o ponto em questão.
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A expansão da UFF colocou ainda em mais evidência a questão da multicampia, diante de uma universidade que está hoje em nove cidades. No entanto, a percepção que se tem é que a UFF pouco se descentralizou administrativamente e que os campi fora da sede sofrem graves problemas estruturais. Qual a proposta da chapa em relação a isso?
Fotos cedidas pelo Sintuff
Assembleia em Campos, em novembro de 2017, etapa da primeira assembleia descentralizada da história da organização sindical docente na UFF: defesa da multicampia
Fotos cedidas pelo Sintuff
Chapa 1 - Juntos Pela UFF professores Antonio Claudio e Fabio Passos
Fotos cedidas pelo Sintuff
Chapa 2 – Nossa UFF professores Roberto Salles e Wainer
Chapa 3 – UFF Inovadora professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio
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autar a política de consolidação e ampliação dos Campi de Expansão na autonomia, descentralização, sustentabilidade e excelência, com foco na equalização das condições de ensino, pesquisa e extensão. Estudar, com a participação dos membros das comunidades dos Campi de Expansão, a viabilidade da implantação de unidades gestoras plenas para garantir maior agilidade nos processos orçamentários e financeiros, promovendo o contínuo aprimoramento dos mecanismos de autonomia cooperativa
entre unidades de cidades próximas onde existam campi da UFF. Difundir, a partir do reforço da estrutura de TI, formatos não presenciais de reunião. Equacionar o número de docentes e técnico-administrativos, considerando as demandas específicas de cada campus.
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consolidação do projeto de expansão tem como tarefas imediatas a conclusão das obras paradas e a plena integração dos campi, dotando-os das condições de assistência estudantil equivalentes às vigentes em Niterói, como alimentação, transporte, estadia e bolsas sociais. Ofereceremos aos seus professores, além do acesso aos editais e recursos comuns, programas especiais para estimular pesquisa, publicação, intercâmbio, experimentação pedagógica e vida cultural, porque
é preciso fazer desses campi polos efetivos de vida universitária. Ao mesmo tempo que assumiremos nossas responsabilidades com esses campi, iniciaremos processo gradual e diferenciado de autonomia de gestão e finanças em consonância com suas comunidades respectivas.
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a comunidade acadêmica serão no turno da tarde, para que os campi do interior possam sempre participar. d) O reitor e pró-reitores terão firma reconhecida em cartórios de todas as cidades onde a UFF possui campus.
UFF ainda está muito longe de assumir sua multicampia de forma plena. A Chapa 3 começou já inovando na escolha do vice-reitor. Pela primeira vez na história da UFF, teremos um vice-reitor do interior. Além disso, adotaremos medidas bem concretas: a) Construiremos restaurantes em todas as cidades do estado onde exista um campus da UFF. b) Serão alugados imóveis para uso provisório como moradias estudantis. c) As reuniões dos conselhos superiores e das pró-reitorias com
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Manifestação em frente à Reitoria, em dezembro passado: mobilização contra os cortes e os ataques à universidade
2 Chapa 1 - Juntos Pela UFF professores Antonio Claudio e Fabio Passos
Chapa 2 - Nossa UFF professores Roberto Salles e Wainer
Chapa 3 - UFF Inovadora professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio
Com relação às obras paradas e à precariedade em decorrência da expansão sem a infraestrutura necessária, qual o posicionamento da chapa?
omo em todas as universidades públicas do país, a redução drástica de recursos impactou no cronograma de reformas e na finalização de obras. Vamos sempre priorizar o bem-estar da comunidade acadêmica, fazendo a manutenção dos espaços já existentes, melhorias nos locais que mais necessitam e buscar recursos para finalizar as obras em andamento. Evidentemente, trabalharemos com
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os recursos orçamentários disponíveis, mas iremos além, buscando recursos extraorçamentários junto às diferentes instituições financiadoras, usando, para tanto, o conhecimento e o prestígio que possuímos como gestores, professores e pesquisadores.
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icamos angustiados vendo unidades que participaram do Reuni e ainda não têm os prédios que projetaram. Por isso, antes mesmo do início deste processo eleitoral, tomamos a iniciativa de abrir contatos no Congresso e no MEC para expor a situação difícil dessas unidades. Encontramos excelente receptividade, e isso nos mostrou que se mantivermos pressão persistente junto ao governo
teremos condições de retomar as obras muito em breve e entregarmos, até 2020, os novos prédios às comunidades acadêmicas do IACS, da Farmácia, Campos de Goitacazes, Química e Medicina.
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e segundo escalão dos ministérios, usando argumentos técnicos em favor de obras e equipamentos necessários na UFF. e) Preparação de projetos para acessarmos, no final do ano, recursos a pagar do MEC, a exemplo do que fizemos na Proaes quando compramos ônibus urbanos com restos a pagar do MEC.
eremos várias iniciativas: a) Criaremos uma coordenação de monitoramento de editais em todo o Brasil, que possam ser acessados por pesquisadores e extensionistas da UFF. b) Apresentaremos a cada município do estado os projetos de pesquisa e extensão da UFF, propondo parcerias que tragam recursos novos para a UFF. c) Busca ativa de emendas parlamentares em favor de projetos da UFF. d) Gestão junto ao MEC
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Como a chapa pretende agir, caso assuma a Reitoria, na relação com as entidades sindicais e estudantis representativas da comunidade universitária?
Chapa 1 - Juntos Pela UFF
Chapa 2 - Nossa UFF
Chapa 3 - UFF Inovadora
professores Antonio Claudio e Fabio Passos
professores Roberto Salles e Wainer
professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio
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ulgamos importante, sobretudo, que as relações entre a administração e as entidades representativas possam se dar de forma institucionalizada, e, para isso, iremos propor uma Mesa de Negociação Permanente com cada uma das entidades, de modo a tratar com seriedade, maturidade e assertividade as questões que dizem respeito a cada uma das categorias.
história da UFF é impensável sem as entidades sindicais e estudantis, principalmente em momentos muito difíceis e desafiadores, ocasiões em que o posicionamento dessas entidades foi decisivo para preservar nossa coesão e autonomia. Por isso, ao mesmo tempo que respeitarei integralmente a independência das entidades, manterei disposição constante de diálogo, seja visando a melhoria das condições de vida das respectivas categorias, seja para acolher propostas de interesse da UFF como um todo.
entidades estudantis e sindicais na UFF serão vistas como parceiras na construção de nossa Universidade e em seu caráter público, gratuito e de qualidade.
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A democracia interna é um valor fundamental em uma universidade. No entanto, nos últimos anos, muitas sessões do Conselho Universitário não têm acontecido por falta de quórum. Da mesma forma, assuntos importantes referentes à comunidade universitária não são levados ao CUV – alguns deles sob a alegação de que se tratam de prerrogativas da Reitoria. Qual a avaliação da chapa com relação a isso e como, se eleita, pretende agir com relação à democracia interna e aos fóruns democráticos da universidade?
O professor Gustavo Gomes, presidente da Aduff, fala durante reunião do Conselho Universitário da UFF, pela democracia interna e o respeito aos fóruns coletivos e à comunidade acadêmica
professores Antonio Claudio e Fabio Passos
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autar o modelo de gestão da Universidade na implementação de mecanismos organizacionais que confiram à sua estrutura e ao seu funcionamento máxima eficiência, compartilhando responsabilidades de forma transparente e democrática para que as decisões colegiadas e administrativas sejam orientadas pelo PDI e baseadas em indicadores de interesse institucional. Garantir a autonomia da UFF, respeitar a diversidade e a pluralidade, e assegurar o tratamento democrático das
questões acadêmicas e administrativas. Pautar a gestão segundo os princípios constitucionais da administração pública de Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Respeitar e valorizar o papel das instâncias colegiadas como um instrumento essencial de fortalecimento institucional e de decisão coletiva.
Chapa 2 - Nossa UFF professores Roberto Salles e Wainer
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amos compartilhar com os Conselhos todas as decisões estratégicas da UFF, pois só assim criamos uma cultura de participação democrática e só assim o reitor é fortalecido para cumprir as decisões da comunidade e representá-la em todas as instâncias com autenticidade, inclusive mesmo quando eventualmente discordar do que foi deliberado. Atenção especialíssima será dada ao PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional, que não tem sido tratado
com a merecida dignidade. O PDI será o eixo de condução de nossa gestão, seja em relação à definição de prioridades, seja quanto à alocação dos recursos, seja quanto à representatividade dos diversos setores e áreas para decisões fundamentadas e autônomas.
Chapa 3 - UFF Inovadora
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Queremos conselhos fortes e autônomos, que enriqueçam o debate com ideias inovadoras.
Chapa 1 - Juntos Pela UFF
professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio
atual gestão da UFF desprezou a democracia e tem agido com prepotência, tentando controlar os conselhos superiores e suas câmaras. Nossa gestão, ao contrário, não se intrometerá, nem em eleições de unidade, nem em eleições para os conselhos superiores e suas câmaras.
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Como pretende agir, caso eleito, com relação à democracia no Coluni e a equiparação do colégio à unidade da UFF?
Chapa 1 - Juntos Pela UFF
Chapa 2 - Nossa UFF
Chapa 3 - UFF Inovadora
professores Antonio Claudio e Fabio Passos
professores Roberto Salles e Wainer
professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio
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princípio, não vemos problema nessa equiparação, mas consideramos que o status do Coluni deve ser discutido institucionalmente, com a participação de todos os interessados e de forma transparente. Qualquer mudança organizacional requer uma avaliação apropriada e criteriosa, que leve em conta os desejos e interesses da comunidade, mas também que respeite as regras e garanta a tramitação por todas as instâncias pertinentes, conforme definido nas normas aprovadas pelos nossos Conselhos Superiores. Esta é, na nossa opinião, a maneira de exercitarmos uma tomada de decisão efetivamente democrática e participativa. Temos a certeza de que, desse modo, alcançaremos este objetivo de forma responsável e consistente.
omo pretendemos ver a UFF participando diretamente das discussões, estudos, experiências e mudanças na educação no país, é indispensável que o Colégio Universitário Geraldo Reis tenha assento pleno e permanente no Conselho Universitário e que seu diretor, como se dá em todas as Unidades, seja escolhido pela própria comunidade. Assim, uma das primeiras providências será promover a consulta à comunidade do Coluni para a escolha do futuro diretor e reativar a proposta de conferir ao Colégio a condição de Unidade da UFF.
erá implantada a eleição direta para a direção do Coluni, e o colégio terá a mesma autonomia das outras unidades acadêmicas. Defenderemos a participação nos conselhos superiores nos mesmos parâmetros das outras unidades.
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Ato em 2015 contra o abandono e a privatização do Hospital Universitário Antonio Pedro, que, no ano seguinte, seria entregue à Ebserh
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Chapa 2 - Nossa UFF professores Roberto Salles e Wainer
Chapa 3 - UFF Inovadora professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio
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O Hospital Universitário Antônio Pedro foi cedido para a Ebserh há cerca de dois anos, em meio a uma sessão controversa e questionada do Conselho Universitário. As entidades sindicais denunciaram o processo como antidemocrático e privatista. Qual a avaliação da chapa com relação a isso? Quais as propostas com relação ao Huap?
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autar a política para o Huap considerando a responsabilidade da Ebserh na recuperação física, tecnológica e na reestruturação do quadro de recursos humanos, além do estímulo da intersetorialidade e integração nas áreas de ensino, pesquisa e extensão nas unidades de serviço, com foco no atendimento humanizado, público, gratuito, de qualidade e integrado aos princípios do SUS. Incentivar o aumento da capacidade instalada de leitos no Huap. Estimular a ampliação da capacidade dos serviços assistenciais de apoio diagnóstico e tratamento,
com foco no cuidado, segurança e no atendimento humanizado. Apoiar o modelo de gestão participativa e compartilhada para o Huap, garantindo a autonomia universitária na relação com a Ebserh. Ratificar posição irredutível do atendimento no Huap ser 100% gratuito via SUS.
vínculo da UFF com a Ebserh foi estabelecido por meio do contrato assinado em 6 de abril de 2016 pela atual administração e complementado por aditivos cujo teor precisamos conhecer e divulgar para todos. Além de discordâncias sobre esse modelo de gestão, muitos reclamam que a Ebserh não cumpriu diversas obrigações contratuais, como o provimento de pessoal técnico, aquisição de equipamentos e melhorias de infraestrutura. Ora, de acordo com esse mesmo contrato, qualquer proposta da UFF sobre o vínculo com a Ebserh deve ser comunicada com antecedência de um ano. Desse modo, submeteremos imediatamente à comunidade todos os documentos pertinentes e abriremos discussão sistemática no Huap, nas áreas acadêmicas de
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Saúde e nos Conselhos Superiores, com a participação das representações de servidores, docentes e alunos, para que a UFF identifique e defina claramente seus interesses e propostas, e, por fim, delibere sobre suas relações com a Ebserh, inclusive, se for o caso, sobre alterações ou rescisão do contrato. Nosso compromisso, além de transparência das informações e documentos, é promover o debate sobre esta questão de modo aberto e amplo, acatando e cumprindo o que for deliberado pelo Conselho Universitário.
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Criaremos um edital específico para projetos de pesquisa da área da saúde no Huap e organizaremos plenárias temáticas ligadas à assistência, ao ensino, à pesquisa e à extensão, para fortalecer a característica acadêmica do Huap.
adesão à Ebserh foi efetivada às pressas, sem uma ampla discussão, e com violência e repressão policial. Além disso, a empresa está longe de cumprir o prometido. Abriremos um amplo debate na UFF sobre o assunto e proporemos ao CUV a rescisão do contrato. Em nosso programa, apresentamos soluções viáveis para a expansão de espaço físico do Huap para poder criar uma unidade de atendimento de cuidados intermediários ou outros espaços de importância para a integração.
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Ato na av. Rio Branco, em 2016, contra a PEC que congela o orçamento dos serviços públicos por 20 anos, hoje Emenda Constitucional 95
Chapa 1 - Juntos Pela UFF professores Antonio Claudio e Fabio Passos
Chapa 2 - Nossa UFF professores Roberto Salles e Wainer
Chapa 3 - UFF Inovadora professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio
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A redução de recursos para o ensino superior público vem se aprofundando pelo menos desde os últimos cinco anos. A aprovação da Emenda Constitucional 95, que congela o orçamento por duas décadas, aponta para um cenário preocupante e, na avaliação de muitos, insustentável. Qual a proposta da chapa para enfrentar essa situação?
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osso posicionamento, pessoal e institucional, foi bastante explícito e absolutamente claro contra a famigerada PEC do Teto de Gastos, que acabou por se transformar em dispositivo constitucional. Na época em que estava em discussão, calculamos que, se tivesse sido implementada nos últimos dez anos, a UFF teria deixado de receber 800 milhões de reais. Participamos de ato público, juntamente com Aduff e Sintuff, contra a PEC, o que suscitou reações contrárias do governo.
Entendemos que devemos nos articular com as demais universidades federais por intermédio da Andifes, que é um instrumento importante de ação coletiva dos dirigentes universitários, para acumular forças e construir um poder de resistir, pressionar e negociar com as autoridades do governo federal, em particular do MEC e do Ministério do Planejamento.
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cada vez mais evidente que o desenvolvimento do Brasil depende diretamente da educação básica, da formação técnica e profissional, bem como da geração e transferência de conhecimento. Estou certo que o atual cenário de restrições extremas de recursos terá de ser superado muito em breve, mas a experiência nos ensinou a termos
clareza de nossos projetos e demandas e percorrer todas as instâncias, com garra, diálogo e pressão para obter os recursos que darão nova vida à nossa Universidade.
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e equipamentos necessários na UFF. e) Preparação de projetos para acessarmos, no final do ano, recursos a pagar do MEC, a exemplo do que fizemos na Proaes quando compramos ônibus urbanos com restos a pagar do MEC.
eremos várias iniciativas: a) Criaremos uma coordenação de monitoramento de editais em todo o Brasil, que possam ser acessados por pesquisadores e extensionistas da UFF. b) Apresentaremos a cada município do estado os projetos de pesquisa e extensão da UFF, propondo parcerias que tragam recursos novos para a UFF. c) Busca ativa de emendas parlamentares em favor de projetos da UFF. d) Gestão junto ao MEC e segundo escalão dos ministérios, usando argumentos técnicos em favor de obras
(Reproduzimos aqui a resposta dada à segunda pergunta, que a Chapa 3 considera contemplar as duas questões levantadas)
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Assim como em outras áreas da sociedade, setores conservadores vêm atuando na educação e tentam coibir a liberdade de cátedra e até a autonomia universitária. Recentemente, o próprio ministro da Educação tentou judicializar iniciativa docente que oferecia disciplina sobre o que se passou no país em 2016 com o impeachment e a chegada à Presidência do atual governo. Qual a avaliação da chapa com relação a isso?
Chapa 1 - Juntos Pela UFF
Chapa 2 - Nossa UFF
Chapa 3 - UFF Inovadora
professores Antonio Claudio e Fabio Passos
professores Roberto Salles e Wainer
professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio
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geração e transmissão da ciência, da cultura e da tecnologia pressupõem ambiente de plena liberdade, de controvérsia e de experimentação responsável. É o que principalmente define a ideia de Universidade, e é um de nossos ensinamentos principais às novas gerações. Desse modo, repudiaremos qualquer indício de intolerância ou tentativa de amordaçamento, independente de sua procedência.
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o exercício da gestão e na condição de candidatos da Chapa 1, temos nos posicionado clara e firmemente contra atos que atentam contra as liberdades e contra as medidas que representam retrocesso e supressão de conquistas sociais, tanto no âmbito da universidade, quanto no da sociedade em geral. Exemplo disso foram as notas que divulgamos, de crítica ao equivocado relatório do Banco Mundial sobre as universidades públicas, e de repúdio à agressão praticada pela polícia de São Paulo ao eminente Prof. Elisaldo Carlini e ao brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Consideramos que o momento que vive o país é extremamente grave e requer coragem, firmeza e união de todos na luta em defesa de uma sociedade democrática, justa, solidária e igualitária, assim como de uma universidade pública, gratuita, de excelente qualidade, inclusiva e socialmente referenciada.
epudiamos qualquer tentativa de violar a autonomia universitária e a liberdade acadêmica. E resistiremos a qualquer tentativa de cercear a livre manifestação acadêmica.
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Audiência pública sobre o Morro do Gragoatá promovida, no ano passado, pela Aduff em conjunto com outras entidades
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Chapa 2 - Nossa UFF professores Roberto Salles e Wainer
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odas as ações da gestão no que se refere a bens imóveis têm sido norteadas pela defesa do erário e garantia da preservação do patrimônio público. Em função de despacho do Juízo da 4ª Vara Federal de Niterói, ouvida a AGU, a gestão firmou acordo, na expectativa de proteger a UFF de despender recursos financeiros decorrentes de uma possível decisão judicial desfavorável e, ao mesmo tempo, garantir para a UFF a propriedade de parte do terreno do Morro do Gragoatá. Entretanto, verificou-se que tal acordo se apresentava inexequível, tendo em vista decisões adotadas no passado, que até então não haviam sido consideradas pelo
Juízo. A gestão vem buscando apoio no MEC, no Ministério do Planejamento e na SPU, com o objetivo de garantir a defesa do patrimônio da UFF. Prosseguiremos na luta pela defesa deste patrimônio público, atuando, por todos os meios legais ao nosso alcance, para obter uma solução que seja favorável à Universidade.
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símbolo de um projeto abrangente de tratamento ambiental e de experimentação de sustentabilidade, cuja elaboração e implementação desde já convido a todos, especialistas, militantes de causas ambientais ou interessados. A UFF será exemplo e referência na temática que se tornou uma das marcas deste início de século.
meu mandato anterior, resisti a pressões de empresas que há muitos anos vem tentando se apropriar do Morro do Gragoatá. Diante das investidas mais recentes e da omissão da administração atual, juntamo-nos com todos aqueles que deflagraram uma luta de opinião e no Judiciário para preservar o terreno e, sobretudo, aquilo que a UFF nele investiu de obras, conhecimento e projetos ambientais. Acredito que essa luta se mostrou profícua, mas não devemos esmorecer. O Morro do Gragoatá será o
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Chapa 3 - UFF Inovadora professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio
O caso envolvendo o Morro do Gragoatá e o próprio campus do Gragoatá está na Justiça, sendo que um acordo chegou a ser firmado pela Reitoria em relação a isso. Qual a proposta da chapa para enfrentar essa situação?
epudiamos a entrega do Morro do Gragoatá e propomos uma força-tarefa envolvendo UFF, Sintuff, Aduff e DCE para defender o patrimônio da UFF e os projetos de pesquisa e extensão que ocorrem no Morro do Gragoatá.
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Docentes da UFF durante passeata no Rio, em defesa da universidade pública e gratuita, rejeitam os cortes no orçamento da Educação, da Pesquisa e da Ciência e Tecnologia
Chapa 1 - Juntos Pela UFF professores Antonio Claudio e Fabio Passos
Chapa 2 - Nossa UFF professores Roberto Salles e Wainer
Chapa 3 - UFF Inovadora professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio
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Como pretende tratar a questão das progressões e promoções de docentes, que têm atrasado muito, algum encaminhamento quanto a isso?
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sta realidade resulta num esvaziamento da CPPD. É reduzido o efetivo de docentes disponível para análise dos processos que chegam à CPPD. O resultado é uma alta carga de processos por docente, o que implica lentidão e atraso na tomada de decisões. Propomos: 1) Um regimento para a CPPD que promova a valorização de seus membros; 2) Recomposição do quadro de docentes da CPPD,
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mediante a eleição de novos membros; 3) O Sistema Eletrônico de Informações deve dar prioridade à informatização dos processos de pessoal docente, para dar agilidade a sua tramitação e análise.
inadmissível que os professores enfrentem tantas dificuldades e delongas na tramitação de seus processos de progressão e promoção. Assim, do mesmo modo que em minha gestão anterior conseguimos avançar muito na organização e profissionalização das centenas de concursos públicos, é hora de simplificar, informatizar e agilizar o andamento da dimensão formal da carreira docente, inclusive antecipando alguns dos procedimentos e evitando a superposição de informações e comprovações que poderiam já estar disponíveis nos sistemas. Algo equivalente precisa também ser feito para facilitar a
vida dos pesquisadores e dos grupos de pesquisa, que, frequentemente, têm seu tempo de laboratório, de campo ou de aula diminuídos para atender, com meios precarios, às exigências de relatórios e prestações de contas das agências. Isso tudo será prontamente enfrentado e, com certeza, todos os professores perceberão a diferença ainda em nosso primeiro ano de mandato. Podem estar certos disso.
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mesma. c) A Progepe dotará a CPPD com a infraestrutura e os recursos humanos necessários para a agilidade do seu trabalho.
erão tomadas as seguintes medidas: a) Convocação de eleição imediata da CPPD. b) Na reunião de instalação da CPPD, será escolhido o presidente da
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Qual deve ser a atuação da Reitoria em relação ao governo federal? E como pretende atuar na Andifes?
Chapa 1 - Juntos Pela UFF
Chapa 2 - Nossa UFF
Chapa 3 - UFF Inovadora
professores Antonio Claudio e Fabio Passos
professores Roberto Salles e Wainer
professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio
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criação das primeiras instituições de ensino superior foram parte intrínseca e decisiva da própria implantação do estado e da sociedade organizada no Brasil. Cientes da relevância e dignidade de uma Universidade Federal e da UFF em particular, nossa atuação será de diálogo em torno dos projetos de educação, cultura e ciência aqui gerados, com firmeza e inequívoca cobrança do que nos for devido e indispensável para cumprirmos nossos compromissos com a sociedade. Neste sentido, estaremos irmanados com os demais reitores, vendo na Andifes tanto o espaço que contribua para aperfeiçoar as Ifes e propagar seu valor, como para garantir relações corretas e maduras com a administração pública.
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ntendemos que devemos nos articular com as demais universidades federais, por intermédio da Andifes, que é um instrumento importante de ação coletiva dos dirigentes universitários, para acumular forças e construir um poder de resistir, pressionar e negociar com as autoridades do governo federal, em particular do MEC e do Ministério do Planejamento.
(Reproduzimos aqui trecho da resposta dada à sétima pergunta, que a Chapa 1 considera contemplar as duas questões levantadas)
relação deve ser institucional e autônoma, independentemente do governo eleito. Na relação com a Andifes, trabalharemos na direção da busca de formulação de políticas comuns às Ifes e da luta pela preservação de conquistas e a ampliação de recursos para a educação.
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Aduff entrega carta com propostas para universidade a candidatos A Aduff, reafirmando seus princípios democráticos e de
1. Democracia • Compromisso com a valorização do Conselho Universitário (CUV) como espaço colegiado máximo de deliberação da comunidade acadêmica. • Elaboração participativa do orçamento e do PDI a partir das unidades acadêmicas. • Realização de audiências públicas em todos os temas polêmicos como o da gestão do Huap pela Ebserh e a cessão do Morro do Gragoatá. • Equiparação do Coluni à unidade acadêmica com eleições para direção e plena representação nos conselhos superiores. • Conclusão e efetivação do processo da estatuinte. • Diálogo respeitoso e permanente com a Aduff, mantendo sempre abertos os canais de negociação e ouvindo as críticas e pautas da categoria docente.
2. Universidade pública, laica gratuita, de qualidade e socialmente referenciada • Lutar por recursos públicos orçamentários suficientes para garantir as atividades essenciais de ensino, pesquisa e extensão. • Implementar a decisão do plebiscito da Estatuinte no sentido da substituição dos cursos
autonomia em relação aos governos e reitorias, vem, por meio desta carta, fomentar o debate sobre a condução da Universidade Federal Fluminense no próximo quadriênio. Para isso, elencamos algumas sínteses programáticas resultantes do acúmulo do movimento docente nos últimos anos. Sem prejuízo de adendos e futuras negociações, julgamos conveniente apresentar as seguintes diretrizes que entregaremos a todas as chapas concorrentes nas eleições para Reitoria: pagos por cursos integralmente gratuitos.
para manutenção das unidades.
• Garantir com recursos próprios os mestrados profissionalizantes e cursos lato sensu gratuitos com ampliação da pós-graduação para todas as unidades.
• Reposição das vagas de docentes aposentados e falecidos, para além das vagas do Reuni (desde a década de 1990) por concurso público e contratação pelo RJU.
• Reverter todos os processos de privatização da Universidade.
• Distribuição adequada das vagas de concurso público.
• Criar política de desburocratização dos relatórios docentes.
• Combater a cessão do patrimônio público e de pessoal para entidades de direito privado, como a Ebserh, a FEC e as Organizações Sociais.
• Garantia de pleno funcionamento do sistema de iluminação dos campi, a fim de se aumentar a segurança de estudantes, técnico-administrativos, funcionários terceirizados e professores.
• Combater a facilitação do assédio da Funpresp junto aos docentes.
3. Estrutura e condições de trabalho • Término dos prédios e obras inconclusas como o Novo Iacs, Instituto de Química, Biologia, Faculdade de Medicina e os campi de Angra dos Reis, Rio das Ostras e Campos dos Goytacazes entre outros. • Substituição dos contêineres por prédios definitivos. • Garantia de espaços adequados para manutenção e implementação de laboratórios, bibliotecas e salas dos professores. • Substituição das terceirizações. • Ampliação das verbas
4. Carreira • Acabar com os atrasos na publicação das promoções, e progressões, assim como do pagamento dos seus efeitos retroativ os. • Promover e fomentar a qualificação do quadro docente, garantindo afastamento integral com vencimentos aos docentes e às docentes estudantes de cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) e pós-doc. • Vetar contratação de professores como bolsistas FEC.
• Ampliar divulgação e debate sobre as resoluções que regulamentam a carreira internamente a carreira na UFF. • Combater o assédio moral em todas as instâncias da universidade.
5. Transparência • Publicação, ao menos trimestral, das contas da universidade e auditoria dos contratos da FEC para divulgação da realidade orçamentária da instituição. • Divulgação e submissão ao CUV dos contratos com bancos, permissionárias e prestadoras de serviço. • Divulgação e construção coletiva com a categoria docente dos critérios de alocação de recursos e vagas docentes e de pessoal técnico-administrativo para as unidades.
6. Sustentabilidade • Promover política de eficiência energética e aproveitamento
da energia renovável, como a solar, como forma de sustentabilidade e de solução da dívida e da crise com a Enel. • Promover política de reaproveitamento de águas pluviais para abastecimento de banheiros, manutenção dos espaços paisagísticos (jardins) e limpeza interna e externa dos prédios da UFF. • Promover política adequada de coleta de resíduos sólidos. • Promover a integração dos campi e a locomoção de docentes, técnicos e alunos por meio de bicicletas, ônibus e carros comunitários elétricos ou de hidrogênio.
7. Direitos sociais, serviços públicos e Ciência e Tecnologia: • Defesa intransigente, junto à sociedade e aos poderes da República, da UFF e da relevância dos serviços públicos, da universidade e da Ciência e Tecnologia. • Luta pela autonomia da universidade e liberdade de cátedra na UFF. • Atuação ativa na Andifes contra a política de cortes do governo federal e em defesa do ensino público e 100% gratuito. Niterói/RJ, 21 de março de 2018 Gustavo França Gomes (Presidente) Gestão: “Democracia e Luta”, biênio 2016-2018
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Um encontro para pensar a universidade e o país
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2º Encontro dos Docentes da UFF acontece no final de abril, é aberto a todos os professores da universidade e será um momento para reflexão e organização da luta docente r g.b
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docentes da Universidade Federal Fluminense vão ter, no final de abril, um bom momento para debater a situação da UFF, da educação pública e da conjuntura política atual. De 27 a 29 deste mês, acontece o 2º Encontro dos Docentes da UFF, organizado pela Aduff-SSind. Será um espaço de reflexão para pensar a universidade e a organização das lutas da categoria. A primeira edição desta atividade ocorreu em maio do ano passado, no mesmo local, um hotel situa-
do à margem da estrada que liga Teresópolis a Friburgo, na Região Serrana do Rio. O Encontro terá duas mesas temáticas. A primeira delas será na noite de sexta-feira (27), intitulada "Conjuntura e Agenda de Lutas". Contará com a presença dos docentes Gustavo Gomes, presidente da Aduff-SSind; Eblin Farage, presidente do Andes-SN; e representantes do Sintuff e do Diretório Central dos Estudantes da UFF. Na manhã de sábado (28), os participantes vão debater "A Universidade Pública e a Sociedade Brasileira no Século XXI",
com a exposição de Roberto Leher, reitor da UFRJ e docente da Faculdade de Educação; Fernando Penna, professor da Faculdade de Educação da UFF e integrante do Movimento Educação Democrática; e Carlos Walter, professor do Departamento de Geografia da UFF. Ao longo do dia 28, acontecerão as reuniões dos Grupos de Trabalho da Aduff-SSind, a saber: Comunicação e Arte; Carreira; Ciência e Tecnologia; História do Movimento Docente; Política Agrária, Urbana e Ambiental; Classe, Etnicorraciais, Gênero e Diversidade Sexual; Política Educacional; Política e Formação Sindical; Segu-
ridade e Assuntos de Aposentadoria; Verbas. Em meio à programação do '2º Encontro de Docentes da UFF', também estão previstos o lançamento do Projeto de Memória '40 anos da Aduff'; uma festa de confraternização e a plenária de encerramento.
Inscrições As inscrições devem ser feitas até o dia 16 de abril de 2018 diretamente pela página da Aduff na internet (www.aduff.org.br). Será assegurada creche para mães, pais e responsáveis que necessitarem levar crianças de até 12 anos. Aqueles que precisarem, devem assinalar isso na ficha de inscrição, para que a comissão organizadora faça uma estimativa prévia das necessidades. É possível levar acompanhantes, mas as despesas com a hospedagem destes não serão custeadas pela Aduff.