Associação dos Docentes da UFF Jornal da ADUFF
Diretoria eleita inicia gestão e ressalta importância do CR Página 2
Seção Sindical do Andes-SN Filiado à CSP/Conlutas
Campanha ‘Eu Apoio os 23’
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Primeiro ato defende liberdades democráticas e repudia intervenção militar Página 10
Fotos: Luiz Fernando Nabuco
Contra os cortes, o desafio de revogar a EC 95
Professores da UFF e de outras instituições no ato na sede da Petrobras na rua Henrique Valadares, no Centro do Rio
Contra os cortes orçamentários e em defesa da universidade e da pesquisa públicas, a Aduff promoveu o evento Ciência na Praça, em julho, em Niterói, com exposição dos trabalhos de docentes da UFF
Docentes reunidos no Conad e entidades nacionais do funcionalismo apontam a campanha pela revogação da Emenda Constitucional 95 como prioridade e luta inadiável para deter o desmonte das universidades e dos serviços públicos em geral Páginas 3 e 6 e Editorial na página 2
Movimento pela legalização do aborto ganha força no Brasil Página 5
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Editorial
Docentes da UFF podem se cadastrar no serviço, enviando mensagem para o número (21) 97276-2018. Por meio de listas de transmissão, o docente receberá boletim semanal com informações de interesse da categoria, o que inclui comunicados de atividades e sobre ações jurídicas.
O que os tempos exigem de nós!
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nova diretoria da ADUFF-SSind, empossada na se- da covarde execução política de Marielle e Anderson, 23 gunda quinzena de junho, assume em um momento ativistas que participaram de protestos no Rio de Janeiro gravíssimo da história do país e da universidade pública. entre 2013 e 2014 foram condenados a penas elevadíssiNas matérias desta edição podemos vislumbrar parte sig- mas por crimes como o de formação de quadrilha. Empenificativa dos desafios que terão que ser enfrentados pelo nhamos nossa solidariedade e o apoio à reversão da senmovimento docente, mas também quais devem ser as nos- tença, somando-nos à palavra de ordem “Não é só pelos sas lutas no próximo período. 23, é por todas e todos que lutam”. Em 2016, realizamos uma enorme caravana a Brasília, Em relação às professoras e aos professores, uma das somando-nos aos esforços para impedir a aprovação da en- formas mais utilizadas de perseguição tem sido o ideário tão PEC 241/55, a PEC do Fim do Mundo, hoje Emenda que sustenta o projeto Escola Sem Partido e seus equivaConstitucional nº 95/2016 (EC 95/2016). O congelamento lentes locais. Nesse sentido, é importante destacar que a orçamentário previsto nos investimentos Frente Escola Sem Mordaça, da qual o em saúde, educação, ciência e tecnologia ANDES-SN e a ADUFF-SSind partipor 20 anos obviamente inviabilizaria a cipam desde o início, conseguiu impedir execução pelo Estado brasileiro dos servia continuidade da tramitação do Projeços públicos essenciais, em especial os de to de Lei n. 7180/14 (o famigerado EsSaúde e Educação. Neste cenário de barcola Sem Partido). Contudo, é possível revogação bárie e de “Fim do Mundo”, a universidade que a proposta ainda seja votada este ano da EC 95 é pública, gratuita, laica, de qualidade e soe por isso é preciso manter e avançar a cialmente referenciada e a ciência e a pesmobilização. uma pauta quisa públicas correm sérios riscos. Ainda No momento em que este editorial no fechamento desta edição – a primeira era escrito, o Senado argentino rejeitava prioritária da atual gestão da ADUFF –, atos ganhaa legalização do aborto naquele país. No ram as ruas do Rio contra a possibilidade Brasil, anuário sobre crimes violentos do de cortes nos programas da CAPES em 2019. O alerta par- Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela que o país tiu do presidente da autarquia, ao anunciar em carta aberta se tornou ainda mais violento para as mulheres em 2017, que a medida poderia ser mais uma das consequências da com aumento nos índices de violência doméstica, estupros política de cortes do governo Temer. e homicídios, na comparação com 2016. Como indicou o 63° Conad do ANDES-SN, a revoComo afirmamos no começo deste editorial, os tempos gação da EC 95 é uma pauta prioritária. Temos que de- são duríssimos e exigirão muito de todas e todos nós! Denunciar seus efeitos em todos os espaços possíveis. Essa vemos nos alimentar do novo ascenso da luta pela legalifoi a linha da participação da ADUFF-SSind no Domin- zação do aborto desencadeada na América Latina a partir go com Ciência na Quinta (8 de julho) e do material que da inédita vitória na Câmara dos Deputados argentina; da produzimos para dialogar com a população de Niterói no paralisação, mesmo que temporária, do Escola Sem ParCiência na Praça (12 de julho). tido; da retirada da proibição de novos concursos e proviPara além dos cortes, nossos desafios passam pela luta mentos de cargos da Lei de Diretrizes Orçamentárias para por democracia e pela garantia das liberdades civis. Após 2019, entre outras pequenas, porém suadas e batalhadas o golpe de 2016, a criminalização de movimentos sociais conquistas, para seguirmos na luta por um projeto classista e militantes de esquerda se intensificou. Passados 4 meses de universidade e sociedade. E com certeza seguiremos!
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Aduff lança aplicativo gratuito próprio, desenvolvido especialmente para a seção sindical dos docentes da UFF. O serviço está prestes a entrar em funcionamento e terá acompanhamento da carreira docente, notícias, comunicados, agenda e calendários acadêmicos e chat para falar com a seção sindical.
BOLETIM ONLINE Escreva para cadastro@aduff.org.br e peça a inclusão do seu endereço eletrônico em nossa mala direta. Receba o Boletim da Aduff por email, com notícias e outras informações relevantes.
PLANTÃO JURÍDICO SEDE Plantão Jurídico na sede - O Plantão Jurídico na sede da Aduff, em Niterói, acontece todas as sextas-feiras, quando os professores de Niterói e dos campi nos demais municípios podem buscar assessoria ou solicitar o ingresso de ações. O atendimento ocorre no período de 9h às 13h, por ordem de chegada.
PLANTÃO JURÍDICO ITINERANTE O plantão jurídico itinerante acontece uma vez por mês, em todas as cidades em que a UFF possui campi. A data das visitas da equipe jurídica do sindicato são divulgadas com antecedência pelos meios de comunicação da Aduff-SSind.
Presidente: Marina Cavalcanti Tedesco • 1º Vice-Presidente: Waldyr Lins de Castro • 2º Vice-Presidente: Carlos Augusto Aguilar Junior • Secretária-Geral: Adriana Machado Penna • 1º Secretário: Isabella Vitória Castilho Pimentel Pedroso • 1º Tesoureiro: Bianca Novaes de Mello • 2º Tesoureiro: Edson Benigno da Motta Barros • Diretoria de Comunicação (Tit): Reginaldo Scheuermann Costa • Diretoria de Comunicação (Supl): Wilma Lucia Rodrigues Pessôa • Diretoria Política Sindical (Tit): Elizabeth Carla Vasconcelos Barbosa • Diretoria Política Sindical (Supl): Claudio Fernandes da Costa • Diretoria Cultural (Tit): Jairo Paes Selles • Diretoria Cultural (Supl): Ana Claudia Cruz da Silva • Diretoria Acadêmica (Tit.): Douglas Guimarães Leite • Diretoria Acadêmica (Supl): Jacira Maria Machado de Oliveira
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Contra os cortes no setor, professores da UFF levam pesquisa à população Fotos: Luiz Fernando Nabuco
EC 95 inviabilizará Educação Pública, dizem docentes
Estudantes e docentes exibem produção acadêmica na Praça Aline Pereira Da Redação da Aduff
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Aduff-SSind levou para as ruas o debate contra os cortes no orçamento de Educação, Ciência e Tecnologia e pela revogação da Emenda Constitucional 95/2016 – que fixou teto nos gastos da União, restringindo por 20 anos investimentos em políti-
cas sociais. A atividade, chamada de “Ciência na Praça”, contou com cerca de 20 experimentos interativos – envolvendo docentes e estudantes de graduação e de pós-graduação de diferentes cursos. Aconteceu, no Centro de Niterói, no dia 12 de julho, com panfletagem em frente à Estação das Barcas (Praça Araribóia). “Os cortes no orçamento para a
Educação não começaram agora, mas foram aprofundados em 2016”, disse a professora Marina Tedesco, presidente da Aduff. Caso a EC 95 não seja revogada, avalia, as atividades nas universidades serão muito comprometidas. A professora Eblin Farage, da Escola de Serviço Social, também defendeu a revogação da EC 95 e pa-
rabenizou a Aduff por levar as dificuldades enfrentadas por aqueles que vivem o cotidiano da Educação, da Ciência e Tecnologia para a população. “Sofremos com os sucessivos cortes no orçamento desde 2015 e eles vêm se agravando nos últimos anos. Isso tem sério impacto em diversas instituições do país, inclusive na UFF”, disse Eblin, que é a atual secretária-geral do Andes-SN. Para Lucianne Fragel, docente do Instituto de Biologia e coordenadora do projeto 'Ciências Sob Tendas', a iniciativa da Aduff é importante para aproximar a população da produção de conhecimento que se dá nas Universidades. "Fico muito feliz de ver a integração entre vários institutos e pessoas, principalmente no momento em que temos o desmonte de Ciência e Tecnologia no país. Estamos sobrevivendo nos laboratórios", disse. Docente do curso de Medicina Veterinária, Sávio Bruno também saudou o “Ciência na Praça”. Segundo ele, é importante mostrar à população o quanto a universidade é capaz de produzir. “É impossível nos parar, mesmo que haja cortes, vamos continuar na luta”, afirmou. Acompanhando a exposição, a monitora Daphnne Chelles participou desse tipo de atividade pela primeira vez. Avaliou o evento positivamente e defendeu mais recursos para a área. “Na universidade, temos grande potencial para fazer coisas incríveis, mas para isso precisamos ter verbas”, disse a estudante do 8º período em Medicina Veterinária.
Docentes da UFF também foram à ‘Quinta’, no ato contra os cortes e pelos 70 SBPC Atividade similar à promovida pela Aduff, uma feira de ciências realizada em frente ao Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, foi convocada pela Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência. No segundo domingo de julho, cientistas denunciaram a falta de investimentos no setor – data em que se comemora o dia da ciência, do pesquisador e os 70 anos da SBPC. A Aduff esteve presente. O professor Arley Costa, da UFF em Volta Redonda, lembrou que há mais de 40 anos a seção sindical dos docentes da UFF defende a universidade pública a partir do tripé ensino, pesquisa e extensão. Ele afirmou que a política do neoliberalismo tem estrangulado a produção de ciência e tecnologia no país, impedindo que o dinheiro seja aplicado em serviços pú-
blicos considerados estratégicos para o desenvolvimento do Brasil. O professor Jairo Salles, da Faculdade de Educação da UFF e diretor da Aduff, que também esteve no evento, ressaltou a necessidade de impulsionar essa mobilização no momento em que o Congresso Nacional discute a previsão orçamentária da União para 2019. “Sem Ciência e Tecnologia, vamos retroceder e não podemos permitir isso. A Aduff está aqui num ato de resistência, junto a outros grupos, para marcar presença dentro desse contexto. O orçamento de 2019 está para ser votado; se não fizermos pressão, eles vão avançando e vão deixar o povo desprovido de benefícios futuros. Matar ciência, educação e cultura é matar o futuro", disse. A professora Priscilla Oliveira Silva
Estande da Aduff atraiu visitantes durante feira de ciências Bomfim, do Instituto de Biologia da UFF, que coordena o Laboratório de Neurobiologia da Matriz Extracelular da UFF, destacou o papel da divulgação científica para o pesquisador, no diálogo com a população. "A participação de todas as
instituições produtoras de conhecimento científico em eventos deste porte é de grande relevância, de modo a evidenciar o papel fundamental das mesmas para a sociedade”, ressaltou, durante a atividade. (AP)
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'Frente Escola Sem Mordaça' rearticula mobilização contra retrocesso Alex Ferreira - Agência Brasil
Movimento conseguiu impedir aprovação de projeto ‘Escola Sem Partido’ na Câmara, mas ameaça permanece e proposta ainda pode ser votada este ano
Mobilização durante sessão em julho da Comissão Especial da Câmara que analisa o PL 7180/14 Aline Pereira Da Redação da Aduff
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ntegrantes da “Frente Nacional Escola Sem Mordaça” conseguiram uma vitória: após mobilização, detiveram o avanço na tramitação no Legislativo do Projeto de Lei nº 7180/14. Conhecido como ‘Escola Sem Partido’, esse PL intimida, censura e criminaliza docentes de todo o país, que têm a autonomia profissional aviltada. Fernando Penna, professor da Faculdade de Educação na UFF e coordenador do movimento “Por Uma Educação Democrática”, disse que a atuação do grupo foi fundamental para impedir que o documento fosse aprovado na Comissão e seguisse para o Senado. Penna foi um dos primeiros a alertar para a gravidade das ideias conservadoras difundidas pelo grupo homônimo e mentor do PL ‘Escola Sem Partido’.
O docente da UFF esteve na sede do Andes-SN, na semana em que o projeto estava em pauta para ser votado na comissão que o analisa na Câmara dos Deputados, para uma atividade de rearticulação da “Frente Escola Sem Mordaça”, com a possibilidade de realização de um seminário nacional sobre o tema em breve. O objetivo é barrar medidas que impeçam a educação democrática, comprometida com uma sociedade justa e igualitária, bem como fazer frente à onda conservadora que avança pelo país propagando diferentes tipos de intolerância.
Ameaça à professora Débora Diniz Um viés desse extremismo está na ameaça de morte à professora Débora Diniz, da Universidade de Brasília – que se posiciona favoravelmente ao aborto e integra
o ‘Advisory Committee do Global Doctors for Choice’ (rede internacional em defesa dos direitos reprodutivos e do acesso a cuidados abrangentes de saúde). A docente deixou a capital federal e recebe proteção policial, desde que foi agredida por um grupo de pessoas na saída de um evento. Para o historiador Demian Melo, o avanço do movimento "Escola Sem Partido" e a perseguição à professora Débora Diniz são duas faces da mesma moeda. Estão diretamente relacionados à onda conservadora que emergiu a partir da recente crise política e econômica não só no Brasil, mas no mundo. “Traz consigo fenômenos mórbidos, como as variantes de neofascismo militante”, disse o docente, da UFF em Angra dos Reis. Segundo Demian, é evidente a escalada neofascista que, como no fascismo
histórico, só tem condições de prosperar pela cobertura dada pelas instituições estatais. Para ele, é sintomático que a ameaça envolva uma professora da UnB – mesma instituição de Luiz Felipe Miguel, do curso de Ciência Política, que teve a disciplina "O Golpe de 2016 e o Futuro da Democracia” contestada pelo Ministro da Educação, Mendonça Filho. Desde o anúncio do programa didático, o ministro acionou a Advocacia-Geral da União, o Tribunal de Contas da União, a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal, interferindo, assim, na autonomia universitária e no direito à liberdade de cátedra do professor da UnB. A atitude do Ministro levou à reação de diferentes setores da academia, em todo o país, que também decidiram ofertar a discussão sobre o proces-
so que levou ao impeachment de Dilma Rousseff e à ascensão de Michel Temer à presidência. Entre eles, muitos docentes da UFF, assim como Demian Melo, que junto com colegas do campus de Angra dos Reis ministrou aulas sobre o golpe de 2016. No início de agosto, parlamentares tentaram aprovar o "Escola sem Partido", em sessão convocada na véspera e sem a oposição. "Devemos nos manter alertas, porque nova sessão poderá ser convocada a qualquer momento. Precisamos acompanhar a movimentação da comissão especial [que analisa o PL 7180/14], junto aos deputados da oposição que participam da 'Frente Escola sem Mordaça', para que possamos nos organizar, mobilizando a categoria e entidades para estarem em Brasília no dia da votação”, disse Raquel Dias, diretora do Andes-SN.
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Inspiradas pelas argentinas, brasileiras querem construir campanha nacional pela legalização do aborto no país Helena Assanti
“Nem presa, nem morta”: atos, assembleias e plenárias estão sendo realizadas nos Estados Lara Abib Da Redação da Aduff
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ruas são nossas e continuaremos nelas porque é a única forma de arrancarmos nossos direitos. A América Latina já é toda feminista”, afirmou Magdalena Fernandez, da Rede de Profissionais da Saúde pelo Direito de Decidir da Argentina, em ato realizado no dia 8 de agosto, no Rio. Depois de ter sido aprovado na Câmara dos Deputados, em junho, o Senado argentino rejeitou por 38 votos a 31 o projeto de lei que legalizava o aborto até a 14° semana de gestação, no país. A decisão de manter o aborto como crime não impede que as mulheres interrompam uma gravidez indesejada, nem diminui o número de mortes em razão de práticas perigosas e clandestinas de abortamento. Inspirada pelas “hermanas”, as brasileiras também se articulam para construir uma campanha permanente pelo aborto legal no país. O argu-
Detalhe da manifestação pelo aborto legal, em 8 de agosto, no Rio
mento é que o tema deve ser tratado como uma questão de saúde pública e não como crime, para evitar centenas de mortes em razão de práticas perigosas de abortamentos, em especial de mulheres pobres e negras, que não têm acesso a clínicas particulares. No Rio, quatro assembleias já foram convocadas pela página “Nossa Hora de Legalizar o Aborto-RJ”. “Tem tempo que a gente está tentando emplacar esse debate e a luta das argentinas foi uma oportunidade. A ideia agora é construir uma agenda de atos, pensar formação e estudar os projetos de
legalização que existem no mundo para manter e crescer o debate da legalização do aborto no Brasil. Com um calendário organizado, também é mais fácil para o Andes se aproximar e colaborar com o movimento”, destaca a 2ª tesoureira da regional Rio do Andes-SN e professora da Unirio, Camila Moraes. No início de agosto, audiência pública realizada pelo STF debateu a ADPF 442- Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, que trata da descriminalização do aborto no Brasil. Movida pelo PSOL
e pela Anis-Instituto de Bioética, a ação argumenta que os artigos do Código Penal brasileiro que criminalizam o aborto no país são inconstitucionais e que a proibição da prática viola uma série de preceitos fundamentais, como o da dignidade da pessoa humana, da liberdade, da proibição de tortura, tratamento desumano ou degradante, da saúde, entre outros, além de inviabilizar o planejamento familiar das mulheres e negá-las de seus direitos sexuais e reprodutivos, decorrentes dos direitos à liberdade e igualdade.
Professor da UFF critica ‘PL do Veneno’ e defende proposta que reduz uso de agrotóxicos Luiz Fernando Nabuco
Projeto de Lei 6299/2002, mais conhecido como ‘PL do veneno’ quer flexibilizar o uso de agrotóxico no Brasil Lara Abib Da Redação da Aduff
O
pacote de autoria do senador Blairo Maggi (PP), ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo Temer, flexibiliza o uso de substâncias cancerígenas, muda a nomenclatura de agrotóxico para ‘pesticida’ e retira do Ibama e da Anvisa o controle sobre a liberação das substâncias, centralizando as atribuições apenas no Ministério da Agricultura. Apresentado pelo relator Luiz Nishimori (PR) em 24 de abril deste ano, o Projeto de Lei 6299/2002 passou pela Comissão Especial da Câmara no dia 25 de julho, aprovado por 18 votos favoráveis e nove contrários. Nishimori, como Maggi, é membro da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) e empresário no ramo de comercialização de agrotóxicos. “Enquanto instituições como Inca,
Feira agroecológica do assentamento Osvaldo de Oliveira, na UFF Rio da Ostras
SBPC, Fiocruz, Anvisa, entre tantas outras, nos evidenciam a urgência da efetivação das práticas de regulação, fiscalização, controle e monitoramento do uso de agrotóxicos, observamos os setores alinhados ao agronegócio deteriorando as frágeis bases legais para nossa segurança alimentar”, critica Leonardo Gama Campos, professor do curso de Licenciatura Interdisciplinar em Educação do Campo da UFF e membro da Associação Brasileira de Agroecologia.
Para o docente, o projeto aprofunda um quadro de degradação ambiental, econômica e social do campo brasileiro, de seus povos e comunidades tradicionais e aumenta sobremaneira os riscos para a saúde de consumidores e de trabalhadores rurais em todo o território nacional. “Há uma década o Brasil é campeão mundial no uso de agrotóxicos. Soma-se a isto nossa hegemonia na produção de diversas commodities agrícolas e uma estrutura de vigilância, fiscali-
zação e de apoio aos setores de saúde relacionados aos efeitos da utilização dos agrotóxicos praticamente nula, de acordo com o dossiê da Associação Brasileira de Saúde Coletiva”, ressalta. Leonardo, que coordena o Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Território, Ambiente e Agroecologia (Nutagro), no Instituto Noroeste Fluminense – Infes/UFF, destaca a importância da ampliação do acesso à informação e ao debate sobre os efeitos dos usos desses produtos químicos em nossos alimentos. “Iniciativas como o Projeto de Lei 6670/2016, que institui a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNaRA), precisam ser evidenciadas e estimuladas. Este PL, ao contrário do ‘PL do Veneno’, pauta a redução progressiva da utilização de agrotóxicos, bem como o desenvolvimento de alternativas biológicas e naturais, trilhando o caminho da agroecologia e promovendo assim os aspectos ligados à saúde e a sustentabilidade ambiental na produção de alimentos saudáveis”, defende.
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Docentes pautam no 63° Conad luta contra EC 95 como prioridade Campanha pela revogação da Emenda Constitucional 95, que congela e, na prática, reduz orçamentos dos serviços públicos e áreas sociais, é apontada como indissociável das demais lutas em defesa de direitos e da educação pública Hélcio Lourenço Filho, enviado a Fortaleza Da Redação da Aduff
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Emenda Constitucional 95 é mencionada 38 vezes ao longo do relatório final recém-divulgado pelo Andes-SN, o Sindicato Nacional dos Docentes, que traz as resoluções e os debates travados no 63° Conad, o conselho anual da entidade. Provavelmente foi um dos pontos mais tratados do documento, o que reforça o peso que as professoras e professores os que participaram do fórum responsável por atualizar o plano de lutas do congresso nacional da categoria deram à luta pela revogação da emenda constitucional que congela os orçamentos primários da União até 2036. "A EC 95/2016 já apresenta resultados devastadores. Os cortes de bolsa de pesquisa e de doutorado no país e no exterior, do financiamento de projetos de pesquisa e das verbas de manutenção e compra de equipamentos são resultados dessa emenda, cujo objetivo principal é a financeirização da economia, o que possibilita mais e maiores lucros aos rentistas", diz trecho das resoluções finais do 63° Conad, ocorrido de 28 de junho a 1º de julho de 2018, em Fortaleza (CE), com o tema “Por um projeto classista e democrático de educação pública: em defesa da gratuidade, autonomia e liberdade acadêmica”. Sob a organização da seção sindical Sinduece, reuniu 70 delegados de 70 seções sindicais, 210 observadores e 32 diretores do Andes-SN
LDO e a EC 95 A recente votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2019 confirmou as previsões mais pessimistas para o setor público com a aplicação da EC 95. O texto que foi a voto previa a vedação para quaisquer reajustes ou reestruturação de planos de cargos de servidores públicos federais e trazia uma proibição geral para novos concursos e provimentos de cargos. A mobilização dos sindicatos e federações conseguiu reverter
Professoras e professores da UFF, integrando a delegação da Aduff, participaram do 63° Conad, em Fortaleza (CE)
esse item, mas o conteúdo da LDO segue apontando para o esvaziamento dos serviços públicos. As resoluções do 63° Conad indicam como prioridade a construção de um movimento que envolva todos os 11 milhões de servidores públicos do país nas três esferas de governo e uma forte aliança com os trabalhadores dos setores privados e movimentos sociais pela revogação da EC 95, da reforma trabalhista e em oposição às ameaças que ainda pairam sobre os direitos previdenciários. Observam ainda que tais projetos vêm sendo aplicados acompanhados de políticas cada vez mais restritivas às liberdades democráticas. As deliberações levam em conta ainda que esse quadro pode se acirrar ainda mais após o processo eleitoral. "Com certeza os ataques vão ser maiores após as eleições e precisamos estar preparados para isso", disse, à reportagem, a professora Elizandra Garcia da Silva, que integrou a delegação da Aduff no Conad como observadora.
"A nossa prioridade e desafio agora, num período difícil que [antecede] as eleições, é superar a fragmentação e conseguir a unidade necessária contra a Emenda Constitucional 95. Tudo indica que o que está acontecendo nas universidades estaduais irá também acontecer nas federais com a EC 95. Precisamos enfrentar isso", disse Bianca Novaes, diretora da Aduff-SSind e delegada da seção sindical no 63° Conad.
A diretoria eleita do ANDES-SN para o biênio 2018-2010 tomou posse no Conad, tendo o docente como Antônio Gonçalves presidente; a professora Eblin Farage, da UFF, é secretária-geral na gestão
Associada à EC 95, portaria sobre remanejamentos preocupa Nos debates travados ao longo do 63º Conad sobre os impactos da Emenda Constitucional 95 nos serviços públicos, não foram poucos os alertas para o risco que ela representa para o futuro das próprias carreiras dos servidores públicos federais. Nesse aspecto, a portaria 193/2018, do Ministério do Planejamento, preocupa ainda mais. A medida permite a realocação de servidores ou empregados da administração pública federal de forma 'irrecusável', por tempo indeterminado e não dependente da anuência prévia do órgão ou entidade ao qual o servidor está vinculado. Não está claro até que ponto a adminis-
tração federal pretende colocá-la em prática. Mas o tema foi objeto de mensagens enviadas pelo Planejamento aos servidores por meio do Sigep (Sistema Integrado de Gestão de Pessoas), nas quais a novidade é apresentada como uma 'desburocratização' do processo de remanejamento. A Assessoria Jurídica Nacional (AJN) do Andes-SN divulgou nota na qual afirma que a portaria é ilegal, por extrapolar "os limites de seu poder normativo, vez que impôs condições e critérios que, além de avançarem sobre garantias legais e constitucionais dos servidores públicos", não encontram amparo na legislação.
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Descentralizar para unir mais a categoria Pela primeira vez, assembleia descentralizada docente na UFF teve todas as etapas realizadas em um mesmo dia Luiz Fernando Nabuco
Aline Pereira Da Redação da Aduff
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Clever Felix
Momentos da Assembleia Descentralizada na UFF em Campos dos Goytacazes e em Niterói
des nas assembleias ocorridas em Niterói – seja custeando o transporte ou alugando van para trazê-los – a exemplo do que aconteceu na greve de 2015. “Em alguns campi o tempo de deslocamento é muito grande e ir e voltar no mesmo dia é muito sacrificante para o professor”, observa a presidente da Aduff.
Zulmair Rocha
esponder às demandas apresentadas pelo coletivo docente e garantir maior participação nas decisões sindicais são objetivos da direção da Aduff ao propor a realização de assembleias descentralizadas na UFF. Desde novembro de 2017, cinco convocações para assembleias descentralizadas já foram realizadas pela seção sindical. A nova diretoria, recém-empossada para estar à frente do sindicato até 2020, destaca a importância dessa modalidade de discussão, promete aperfeiçoá-la e estuda a possibilidade de mantê-la acontecendo simultaneamente em diversos campi – a exemplo da primeira convocada pela recente gestão, no dia 26 de junho. De forma inédita na história do sindicato, a assembleia descentralizada aconteceu no mesmo dia para os professores dos diversos campi da UFF, com todas as etapas sendo realizadas à tarde.
Na assembleia descentralizada, os docentes podem participar até mesmo de todas as reuniões, debatendo e defendendo suas posições. O voto, entretanto, deve ocorrer apenas uma única vez. Os resultados em cada etapa são somados para depois de concluídas todas as etapas chegar-se à deliberação da categoria.
Conad Foi mais um espaço em que sindicalizados ou não filiados à Aduff puderam refletir sobre o cotidiano de trabalho na Universidade Federal Fluminense, diante da política de contingenciamento de verbas do governo, que promove a asfixia dos serviços públicos, e das ameaças às liberdades democráticas dentro e fora da universidade. “Precisávamos discutir a posição dos delegados da Aduff no Conad, que estava próximo. Acabávamos de tomar posse da direção da seção sindical e consideramos que a única forma de a base participar de forma mais ampla possível era fazer assembleias simultâneas. As decisões tomadas foram bem representativas”, disse Nina Tedesco, presidente da Aduff e professora do curso de Cinema, no Iacs/ Niterói. A assembleia definiu as posições que seriam defendidas pela Aduff no 63° Conad, o Conselho do Sindicto Nacional (Andes-SN).
Assembleia descentralizada em Rio das Ostras
De acordo com ela, a assembleia descentralizada é muito importante e tem sido adotada, apesar de ser realizada de diferentes formas, por muitas universidades que vivem a multicampia – um desafio para a organização sindical dos professores em diversas instituições do país.
Multicampia Na UFF, a situação não é diferente, sobretudo porque a Universidade Federal Fluminense não se limita a Niterói – cidade-sede, com cursos distribuídos em unidades na Praia Vermelha, no Centro, no Gragoatá, em Santa Rosa e em Icaraí – este último, endereço da administração central. A UFF se faz presente também em Santo Antônio de Pádua, Nova Friburgo, Volta Redonda, Rio das Ostras, Macaé, Angra dos
Reis, Campos dos Goytacazes e Petrópolis. “A Assembleia Descentralizada dá oportunidade de maior participação para o docente nas decisões do sindicato. Avaliamos que é um acerto e que precisamos aprimorá-la cada vez mais”, afirmou a presidente da seção sindical. Nina Tedesco lembra que a ideia de realizar essa modalidade de assembleia decorre da sugestão dos professores durante atividades viabilizadas para pensar a organização e o cotidiano na universidade – a exemplo do Encontro de Docentes Fora da Sede (ocorridos em 2015) e do Encontro de Docentes da UFF (realizados em 2017 e 2018). Enfatiza, ainda, que a Aduff, dentro das possibilidades, garantia condições de facilitar e estimular a participação dos professores de outras unida-
Assembleias descentralizadas já realizadas 2018 26 de junho Pela primeira vez é convocada para um único dia, em diferentes horários, nos campi de Niterói, Pádua, Volta Redonda, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Campos e Friburgo.
4 a 7 de junho Convocada para deliberar sobre processo eleitoral da Aduff – havia risco de não funcionamento da UFF em função da greve dos caminhoneiros no período da eleição – e para avaliar a conjuntura.
25 e 26 de abril Ataques às liberdades democráticas e ações em defesa dos direitos sociais; MP 805 e ameças à carreira foram pontos de pauta em discussão.
2017 30 a 1° de dezembro Em debate: 5/12 como dia de paralisações e protestos contra a Reforma da Previdência, conforme indicação das centrais sindicais.
6 a 9 de novembro Primeira assembleia descentralizada da história da Aduff. Teve como pauta principal decidir sobre paralisação no dia 10 de novembro, em oposição às contrarreformas do governo Temer.
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NOTAS DA ADUFF
Luiz Fernando Nabuco
Energia solar Luiz Fernando Nabuco
Dada a largada nas celebrações dos 40 anos da Aduff
Detalhe da exibição de documentário sobre os 40 anos da Aduff no evento
A Aduff completa 40 anos em outubro de 2018. As comemorações, que vão acontecer ao longo do ano, começaram no dia 7 junho, com uma festa no Clube Português. Docentes que integraram a direção da entidade ou o Conselho de Representantes foram homenageados com placas comemorativas personalizadas. O evento lançou o
livro "Atitudes de Rebeldia", publicação da Aduff sobre a universidade e o período da ditadura empresarial-militar, foi apresentado o site de memórias que está sendo construído e exibido o documentário ‘Aduff, 40 Anos'. Foi só o início das celebrações de uma data histórica para a Associação dos Docentes da UFF, seção sindical do Andes-SN.
O sistema de captação de energia solar instalado na Aduff já funciona plenamente e responde pela maior parte do consumo da entidade. A iniciativa foi exposta pelo professor Gustavo Gomes, ex-presidente da Aduff e integrante do Conselho de Representantes, no debate “Energia Solar: da teoria para a prática”, que lotou o auditório do Chalé da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFF, na Praia Vermelha,
no dia 19 de junho. Organizado pelo Laboratório de Conservação de Energia e Eficiência Energética, em parceria com a Aduff, teve a participação do engenheiro mecânico Mauro Lerer, do engenheiro eletricista Claudio Magnanini; da professora Louise Lomardo, coordenadora do laboratório, e dos vereadores Paulo Eduardo Gomes, de Niterói, e Professor Pierre, de Nova Friburgo, ambos do Psol.
A palavra ‘data-base’ escrita a velas em frente ao STF
O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Pùblicos Federais (Fonasefe), do qual o Andes-SN participa, quer envolver os servidores das três esferas na luta contra os cortes orçamentários nos serviços públicos e as ameaças sobre os direitos previdenciários. Os atos realizados nos dias 19 e 20 de junho, pela revogação da Emenda Constitucional 95 e pelo direito à data-base, foram organizado com essa perspectiva. A Aduff participou. Nova manifestação unificada está sendo organizada para 12 de setembro.
Valcir Araujo
Valcir Araujo
Unificar as lutas
Docentes no ato em Brasília
Servidores enfrentam Crivella I
Unimontes
Estaduais em MG
Servidores municipais do Rio de Janeiro estão em ‘estado de greve’. Após aprovar no Legislativo, em junho, a taxação em 11% dos aposentados que ganham acima de R$ 5.645,80 (teto do INSS), agora o prefeito Marcelo Crivella fala em não conceder reajustes este ano. "É de uma crueldade ímpar; você recolhe uma vida inteira e quando se aposenta para gozar o fruto do seu trabalho, depois de tantos anos, ainda continua pagando", lamentou Rosana de Paula, professora de Geografia do
Os docentes da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) conquistaram na justiça, em primeira instância, o direito de terem seus títulos acadêmicos reconhecidos no que diz respeito à carreira e à remuneração. Esse direito lhes era negado pela reitoria da instituição desde o concurso público realizado em 2015, quando a administração da Unimontes decidiu remunerar os docentes pela titulação mínima exigida para a vaga, e não pela titulação correta.
Servidores (técnicos e professores) da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) conquistaram no início de julho a implantação do auxílio remuneratório – fruto da greve de 2016, na qual as três categorias das universidades estaduais mineiras paralisaram suas atividades por 106 dias. A luta continua: pela incorporação do auxílio ao salário e aprovação do regime de Dedicação Exclusiva.
ensino fundamental, sobre o prefeito eleito prometendo ‘cuidar das pessoas’. Em pouco mais de um ano e meio à frente da administração, o Crivella é reprovado por 58% da população, de acordo com pesquisa recentemente divulgada pelo instituto DataFolha.“A crise virou a desculpa perfeita para projetos, antes engavetados por serem considerados indecentes, retornarem com força total”, lamenta a professora de Língua Portuguesa Adriana Arouck.
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Aduff divulga balancetes de março e abril de 2018 A diretoria da Aduff-SSind divulga, nesta edição, os balancetes referentes aos meses de março e abril de 2018, como parte da política de transparência na gestão da entidade. O balancete vem sendo divulgado mensalmente também na página da Seção Sindical na internet (www.aduff.org.br).
Receita Operacional Receita Financeira
Saldo bancário anterioru
7,57
1.531,70
Despesas bancárias Honorários Assessoria Jurídica Honorários contador Custas processuais Outros Prestadores de Serviços por PF Despesas com veículo Seguro veículo Material de escritório Telefone, água, luz, internet Imprensa (divulgação, assinaturas, diagramação, jornais, gráficas etc) Correios Material de consumo copa/cozinha Desp.com material permanente (imóvel,computadores,ar, telefonia etc) AG descentralizada Reuniões e eventos promovidos pela ADUFF Apoio - Projetos 100 Anos da Revolução Russa Participação da ADUFF em reuniões da ANDES, SPF (diárias, passagens, etc.) Recepção novos Professores Outras Despesas ANDES-SN Fundo Único ANDES-SN
Devoluções
Saldo caixinha anterior
Devoluções
Despesas tributárias ( IRF, PIS etc )
341.596,03
339.934,43
1.681,14
Despesas com pessoal
Receita Operacional Transferido da conta Obra - Energia Solar
Saldo bancário anterior
RECEITAS Ordenados 13º Salário INSS FGTS Vale-transporte Férias Assistência Médica Contribuição sindical
341.596,03
339.934,43
Resgate de Investimentos
Saldo caixinha mês anterior
Contribuição de Associados Receita Financeira
Balancete de março de 2018 Contribuição de Associados
Balancete de abril de 2018
62,06 343.216,90 49.632,80 0,00 25.901,66 8.931,76 5.692,50 25.841,58 7.276,17
RECEITAS Ordenados 13º Salário INSS FGTS Vale-transporte Férias Assistência Médica Contribuição sindical Despesas com pessoal Despesas tributárias ( IRF, PIS etc ) Despesas bancárias
123.276,47
Honorários advogado
10.753,55
Honorários contador
771,70 25.000,00 973,08 0,00 5.857,64 528,00 0,00 879,90 5.368,20 33.424,16 1.552,25 464,85 7.250,64 0,00 583,16 1.060,00 15.501,60 2.400,00 112.368,73 67.986,89 5.438,95
CSP-CONLUTAS
13.325,43
Doações à Entidades e Movimentos Sociais
19.979,44
Outros Prestadores de Serviços por PF Despesas com veículo
Imprensa (divulgação, assinaturas, diagramação, jornais, gráficas etc) Correios
Saldo aplicado Saldo em Conta Corrente conta FGTS /Obra Valor aplicado
608.296,76 0,00 292.306,36
7.107,44 833,70 12.500,00 973,08 2.934,60 400,00
42.385,53 0,00
Material de consumo copa/cozinha
1.249,04
Desp.com material permanente (imóvel,computadores,ar, telefonia etc)
8.034,87
AG descentralizada / Sindicato itinerante Reuniões e eventos promovidos pela ADUFF Apoio - Projetos 100 Anos da Revolução Russa Participação da ADUFF em reuniões da ANDES, SPF (diárias, passagens, etc.) Recepção novos Professores Lançamento Livro - 40 anos ADUFF
Energia Solar II Encontro de Docentes Friburgo Outras Despesas ANDES Fundo Único ANDES SN
587,72 2.974,81 750,00 12.235,72 495,00 10.980,00
83.888,59 400,00 201.069,55 68.319,21 5.465,54
Doações à Entidades e Movimentos Sociais
24.627,00
CONLUTAS
13.390,56
Repasse a Entidades
111.802,31 417.309,39
Saldo de caixinha
0,00
104.437,53
6.022,62
Disponibilidades
Saldo em Conta Corrente conta Greve
427.891,85 55.690,92 0,00 29.000,73 6.875,22 3.911,63 0,00 8.959,03 0,00
Telefone, água, luz, internet
342.375,91
1.007.141,01
0,00
2.915,10
TOTAL GERAL DAS DESPESAS
Saldo aplicado
1.561,10
Material de escritório
TOTAL GERAL DAS DESPESAS
840,99
840,99
3.401,73
107.790,71
Saldo em Conta Corrente de movimento
83.888,59
Seguro veículo
Repasse a Entidades Disponibilidades
5,14
Saldo em Conta Corrente de movimento Saldo aplicado Saldo em Conta Corrente conta Greve Saldo aplicado Saldo em Conta Corrente conta FGTS /Obra Valor aplicado
600,00 10.582,46 1.015.224,42 0,00 608.296,76 0,00 209.141,93
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Jornal da ADUFF
Juiz que condenou 23 ativistas trata como crime protesto contra Cabral
Hélcio Lourenço Filho Da Redação da Aduff
N
a sentença em que condenou 23 ativistas que participaram dos protestos ocorridos no Rio de Janeiro de junho de 2013 ao final de 2014, o juiz Flávio Itabaiana, 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, demonstra preocupação com a liberdade de ir e vir do ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho, hoje encarcerado após condenações por corrupção que já somam mais de 100 anos de prisão. “É inacreditável o então governador deste Estado e sua família terem ficado com o direito de ir e vir restringido”, diz a página 110 da condenação, referindo-se ao popular movimento"Ocupa Cabral". Essa ‘contradição’foi denunciada pelos próprios condenados,durante entrevista coletiva concedida à mídia alternativa, e por representantes de entidades da sociedade civil que declararam apoio aos 23 ativistas, durante ato realizado no salão Nobre do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ifcs/UFRJ). “A condenação é justificada em um texto extremamente político, que trata como inaceitável que o então governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que se encontra neste momento preso, tenha ficado com seu direito de ir e vir restringido pelo movimento 'Ocupa Cabral' do qual alguns dos ativistas participaram. Chama a atenção que Sérgio Cabral agora esteja condenado pelas práticas corruptas que este mesmo movimento denunciava e que, tendo sido então comprovadas,este movimento deveria ser premiado por sua clarividência e não condenado. Certo é que por estas razões, Sérgio Cabral tem agora seu direito de ir e vir totalmente bloqueado pelo próprio Estado. Como então as manifestações que alertavam sobre isso podem ser criminosas?”, questionou Camila Jourdan, uma das condenadas, professora de Filosofia da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). O advogado João Tancredo, do Institutodos Defensores dos Direitos Humanos, disse que a sentença não se deu com base em provas e que tem objetivos nitidamente políticos.“Essa sentença é parte de uma tentativa dos poderes Judiciário, Executivo e Legislativo de
criminalizar os movimentos sociais”, afirmou. Os 23 manifestantes foram indiciados após participação nos protestos de 2013, contra o aumento das passagens e a máfia dos transportes, e em 2014, que questionaram a realização da Copa do Mundo de futebol no Brasil e denunciaram os casos de corrupção e outras irregularidades cometidas no país nas obras para o evento.
Fotos: Luiz Fernando Nabuco
Aduff-SSind apoia movimento pela absolvição dos manifestantes: ‘Não é só pelos 23, é por todas e todos que lutam’
Campanha Para defender os manifestantes condenados, foi criado o movimento “Eu Apoio os 23”, cujo mote é “Não é só pelos 23, é por todas e todos que lutam”. "Não somos apenas nós que estamos sofrendo esses ataques, mas uma série de lutadores no Brasil", disse a professora de Sociologia Rebeca Souza, da rede estadual de educação e uma das incluídas no processo. A docente relatou que, na véspera da
Ato em apoio aos 23 ativistas, realizado no salão Nobre do IFCS
decisão, soube pela organização Justiça Global que nunca se assassinou tantos defensores dos direitos humanos no meio urbano e rural do país. A condenação dos 23 ativistas de 2013
e 2014, raciocinou, é parte desse processo de perseguição aos que lutam por uma sociedade com mais justiça social. A Aduff apoia a luta pela absolvição dos ativistas.
‘A intervenção assassinou meu filho’, diz mãe de estudante morto durante operação na Maré
Mãe de Marcus Vinicius exibe ao plenário o uniforme do filho sujo de sangue. Na manhã do dia 20 de junho de 2018, o estudante Marcus Vinicius, de 14 anos, saiu apressado para a escola, estava atrasado. Pediu a benção da mãe, Bruna Silva, e caminhou em direção à casa de um amigo. Ao chegar lá, perceberam que não daria mais para alcançar a aula a tempo. Resolveram voltar. Pouco antes de regressar à casa, na Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, Marcus Vinícius foi atingido por um tiro de fuzil disparado por um policial civil, que participava de operação policial sob a intervenção das Forças Armadas. O jovem é mais uma vítima da vio-
lência policial e, para além disso, tornou-se a expressão mais forte do que representa a intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro. "O meu filho se foi, mas me deixou um legado: não deixa mais o Estado derramar sangue inocente nas comunidades, mãe", disse Bruna, a mãe do menino, durante o ato público pela absolvição dos 23 ativistas condenados pela Justiça e contra a criminalização das lutas no Rio. Após mais de cinco meses de intervenção militar, não há resultados positivos nem na redução das estatísticas de crimes, nem na percepção de violência. As chacinas aumentaram.
As investigações sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes, ocorridos em meio à intervenção, seguem sem solução. Ao falar na Comissão de Direitos HUmanos da Câmara dos Deputados, Bruna criticou a intervenção militar. "Essa intervenção não é boa, essa intervenção que assassinou o meu filho, o estado entrou lá e acabou com a vida do meu filho. Essa é a intervenção que colocou essa mancha aqui, a mancha de sangue do meu filho", disse, expondo a camiseta de escola com manchas de sangue de Marcus Vinicius. (HLF)
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‘Nossos Mortos Têm Voz!’
Mães são protagonistas na luta por direito à vida nas favelas Exibido durante audiência por direitos humanos na Baixada, documentário mostra a coragem, a dor e a resistência de mães que lutam por justiça Fotos: Luiz Fernando Nabuco
Lara Abib Da Redação da Aduff
“Os
nossos mortos têm voz! Os nossos filhos têm mães! Enquanto nós vivermos, os nossos filhos têm voz!”. O grito das mães de filhos mortos pelo Estado ecoa por todo o Rio de Janeiro e intensifica-se à medida que se intensificam também os assassinatos de jovens nas favelas e periferias por policiais e outros agentes do Estado. Mais recentemente, o grito também virou documentário. “Nossos mortos têm voz – o filme” traz depoimentos de mães de vítimas da violência de Estado na Baixada Fluminense e conta as histórias que atravessam essas perdas. Realizado a partir de parceria entre a Quiprocó Filmes, o Centro de Direitos Humanos da Diocese de Nova Iguaçu e o Fórum Grita Baixada, o documentário denuncia a violação de direitos humanos que acontece há décadas na Baixada Fluminense e mostra a coragem, a dor, a trajetória e a resistência de mães que lutam por justiça e pela mudança de uma realidade em que o extermínio de jovens pobres e negros ainda é uma política de Estado. Uma das histórias do filme quem conta é Luciene Silva, mãe de Rafael Silva e uma das fundadoras da ‘Rede de Mães e Familiares Vítimas da Violência de Estado na Baixada Fluminense’. A rede foi criada a partir da Chacina da Baixada "para pensar amparo e suporte entre nós, porque é muito difícil viver essa realidade sozinha”. No dia 31 de março de 2005, 29 pessoas foram executadas por policiais à paisana nos municípios de Nova Iguaçu e Queimados. Eles percorreram as ruas dos dois municípios de carro e atiraram em quem encontraram pelo caminho. De acordo com o Ministério Público, os PMs faziam parte de um grupo de extermínio que atuava na região.
Luciene Silva, mãe de Rafael Silva, assassinado pela polícia na Chacina da Baixada (abaixo)
“Depois que meu filho foi morto na Chacina da Baixada foi que eu comecei a me dar conta do que acontecia aqui. Antes, eu achava que estava tudo bem porque a violência ainda não tinha chegado à minha casa. Quando chega, é uma coisa muito terrível. Não existe coisa mais terrível na vida de uma mãe do que ter um filho assassinado”, disse Luciene em audiência pública realizada no dia 25 de junho, em Nova Iguaçu, para debater as violações de direitos humanos na Baixada. Organizada pela Comissão de Direitos Humanos da Alerj, a reunião começou com a exibição de “Nossos Mortos Têm Voz”.
Impunidade Desde a década de 1950, grupos de extermínio e esquadrões da morte atuam nos municípios da Baixada. Nos anos 2000, as milícias, formadas por policiais e agentes do Estado, começaram a ganhar
espaço, ampliando seu domínio pelo território e o controle de economias locais por meio da extorsão e homicídios. De acordo com dados fornecidos pelo documentário, 20.645 pessoas foram assinadas na Baixada Fluminense entre 2006 e 2016. “Nesses espaços que a gente vê como é difícil fazer o debate de segurança pública com o Estado. Eles sempre dizem que foi auto de resistência, que teve troca de tiros, ou que vão investigar, mas se omitem. Isso é uma realidade na Baixada há muito tempo. Os policiais da Chacina da Baixada eram conhecidíssimos e já tinham matado muita gente. Porque ficaram impunes por tantos anos criaram coragem para fazer o que fizeram em 31 de março de 2005”, critica Luciene. Para a Rede de Mães, o filme é uma ferramenta importante para a denúncia da violência, mas também é um anúncio de possibili-
dades, na medida que promove encontros e debates e a partir disso formam-se novas redes que começam a gestar propostas de políticas possíveis para intervir nessa realidade.
Ferramenta de denúncia Presente na audiência pública realizada em Nova Iguaçu, a educadora popular e militante dos direitos humanos Sonia Pereira Martins contou a experiência de ter participado de um projeto do Fórum Grita Baixada que exibiu e debateu o filme ‘Nossos Mortos Têm Voz’ nas turmas de Educação de Jovens e Adultos (Eja) do município de Queimados. “Foram mais de dez turmas, com um número muito expressivo de estudantes e com uma participação muito expressiva também. Todos eles ficaram impactados e trouxeram histórias de pessoas assassinadas na família e nas redes de amigos”, ressalta. Para Soninha, como é
conhecida nos espaços de militância, o filme é uma ferramenta importante de denúncia de uma estrutura montada pelo Estado para que essa juventude seja exterminada. “Nem eu tinha tanta clareza de que o Estado é o grande mentor desse processo. Eu ainda tinha a ilusão de que o grupo de extermínio é o grupo de extermínio, e o Estado é o Estado. Esse processo me levou a entender que o Estado é o grande executor do extermínio. Não existe poder paralelo, existe Estado único nesse processo de criar esses mecanismos de extermínio. E isso nos provocou a revistar o passado, no sentindo de compreender que esse país foi forjado na violência. O extermínio já começa em 1500, quando os que chegam aqui chegam com a mentalidade de que matar é a proposta para fazer crescer, para trazer o progresso, para fazer prevalecer a “raça melhor”, finaliza.
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Diretoria inicia gestão com o desafio de enfrentar ataques a direitos e a liberdades democráticas Nova diretoria da Aduff e maior Conselho de Representantes da história da seção sindical foram eleitos para o biênio 2018-2020 Lara Abib Da Redação da Aduff
O
auditório da sede da Aduff, em Niterói, ficou pequeno para receber docentes e convidados que compareceram à cerimônia de posse da gestão “ADUFF Autônoma, Democrática e de Luta”, biênio 2018-2020. Entidades sindicais e da sociedade civil como Sintuff, Aspi-UFF, Andes-RJ, Sepe, MTST, DCE Fernando Santa Cruz e o grupo Tortura Nunca Mais estiveram presentes e foram convidados para breves saudações. Após a posse da gestão eleita e do Conselho de Representantes, a cerimônia foi encerrada com o primeiro discurso da nova presidente da Aduff, Marina Tedesco. Nina, como é conhecida na UFF e entre familiares e amigos, agradeceu a presença de todos “num momento tão importante da vida do sindicato, quando uma nova diretoria toma posse” e destacou o fato de a gestão assumir a diretoria da Aduff-SSind no ano em que ela completa 40 anos. “É uma honra porque a gente sabe que além dos 15 nomes eleitos e que obviamente são muito importantes, foi eleita uma trajetória de luta e um projeto de sindicato, de universidade e de sociedade, entre os dois projetos distintos que estavam em disputa”. A docente também saudou os integrantes eleitos do Conselho de Representantes da Aduff, empossados por ela na mesma cerimônia.“Como diretoria, vamos trabalhar muito, mas temos certeza que não vamos trabalhar sozinhos. Nossa base sempre tão aguerrida vai assumir junto conosco, no maior Conselho de Representantes da história de nossa seção sindical. Isso nos tranquiliza diante de uma tarefa tão difícil que é assumir um sindicato nessa atual conjuntura”, ressaltou. Em seminário para planejamento da gestão, realizado nos dias 7 e 8 de julho, a diretoria eleita da Aduff definiu que irá convocar processo eleitoral complementar para o CR. A previsão é que ele aconteça já no início do segundo semestre letivo, dirigido às unidades que não conseguiram indicar representação no processo eleitoral de maio.
‘Momento de lutas imprescindíveis’ Nina destacou ainda o dia em que a posse foi realizada e caracterizou a data como emblemática das dificuldades que a gestão e o movimento docente vão enfrentar nos próximos dois anos.
Cerimônia aconteceu em Niterói, na sede da seção sindical
“Iniciamos a gestão na data em que se completam três meses da execução de Anderson e Marielle, três meses de uma execução que não tentou se disfarçar de nada porque foi um recado, três meses de completa impunidade. É importante marcar também que os ataques aos nossos direitos, à universidade e às liberdades democráticas não começaram em 2016, mas certamente atingiram outro patamar a partir do golpe. Essa é a conjuntura que a gente vai enfrentar, uma conjuntura difícil, dura complexa, mas que não pode nos desanimar, pelo contrário. A gente está vendo nesse momento como nossas lutas são fundamentais e imprescindíveis”, disse a docente do Departamento de Cinema da UFF e do Instituto de Artes e Comunicação Social (IACS). No final do discurso, a nova presidente da Aduff ainda saudou a luta das mulheres argentinas, que naquele mesmo dia aprovavam na Câmara dos Deputados o projeto de lei para legalizar o aborto no país, resultado de um processo de grandes mobilizações nas ruas. Embora no dia 8 de agosto o Senado argentino tenha rejeitado por 38 a 31 o aborto legal, a "maré verde" reascendeu o debate sobre o tema em toda a América Latina e mostrou a importância da pauta na luta pela vida das mulheres. “A gente tem que se alimentar de todas essas lutas que estão acontecendo todos os dias. De fato os ataques são muitos e é fácil olhar só para esse lado, mas há também muita luta acontecen-
do o tempo todo, no Brasil, na América Latina e em todo o mundo. Continuaremos na luta, escrevendo essa hitória que já tem 40 anos e certamente terá muitos anos mais, comprometidos com
os princípios históricos da Aduff, de um sindicato classista, de luta, autônomo e independente em relação a reitorias, partidos e governo, sem jamais se furtar ao diálogo”, finalizou.
Diretoria da Aduff-SSind Biênio 2018-2020 Gestão "ADUFF Autônoma, Democrática e de Luta" Presidente:
Marina Cavalcanti Tedesco (IACS) 1º Vice-Presidente:
Waldyr Lins de Castro (Aposentado – Ed. Física) 2º Vice-Presidente:
Carlos Augusto Aguilar Junior (COLUNI) Secretário-Geral:
Adriana Machado Penna (Ciências Humanas de Pádua) 1º Secretario:
Isabella Vitória Castilho Pimentel Pedroso (COLUNI) 1º Tesoureiro:
Bianca Novaes de Mello (Psicologia – Volta Redonda) 2º Tesoureiro:
Edson Benigno da Motta Barros – (Geociências) Diretoria de Comunicação:
Titular – Reginaldo Scheuermann Costa (Fac. Educação) Suplente – Wilma Lucia Rodrigues Pessôa (Sociologia) Diretoria Política Sindical:
Titular – Elizabeth Carla Vasconcelos Barbosa (Interdisciplinar de Rio das Ostras) Suplente - Claudio Fernandes da Costa (Educação Angra dos Reis) Diretoria Cultural:
Titular – Jairo Paes Selles (Fac. Educação) Suplente – Ana Claudia Cruz da Silva (Antropologia) Diretoria Acadêmica:
Titular – Douglas Guimarães Leite (Fac. Direito) Suplente – Jacira Maria Machado de Oliveira (Aposentada – COLUNI)