Jornal Aduff Maio 2018

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Associação dos Docentes da UFF Jornal da ADUFF

Seção Sindical do Andes-SN Filiado à CSP/Conlutas

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Guardar a memória de 40 anos da Aduff Lançamento do projeto Memória Aduff no dia 7 de junho terá homenagem aos docentes que integraram as direções e conselhos da entidade

Uma homenagem aos que ajudaram a construir essa história Lançamento do projeto Memória Aduff e do livro “Atitudes de Rebeldia”, sobre a UFF e a ditadura

7 de junho, às 17h no Clube Português (rua Lara Vilella 176) Haverá apresentação do show-manifesto Primavera de Mulheres, música e confraternização Associação dos Docentes da UFF

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Evento aberto a docentes sindicalizados com acompanhante; confirmar presença pelo email aduff@aduff.org.br

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Aduff investe em energia solar e quer fomentar debate na UFF Páginas 6 e 7

Em Assembleia Descentralizada e Encontro, docentes debatem universidade e situação do país Assembleia descentralizada e 2° Encontro de Docentes debateram a UFF, a universidade pública e a situação conjuntural do país, pouco antes do agravamento da crise a partir da paralisação dos caminhoneiros. Propostas vão nortear atuação sindical da categoria e demandas serão levadas à Reitoria recém-eleita Páginas 4, 5, 9 e Editorial na página 2

Aula-ato reúne comunidade universitária contra o ‘Golpe de 2016’

Atividade realizada pela Aduff em parceria com a Ciência Política teve a participação dos professores Luís Miguel (UnB), Carlos Zacarias (UFBA) e de docentes da disciplina na UFF. Página 8 Plantão jurídico descentralizado da Aduff vai a todos os campi

Chapa 1 (ANDES Autônomo e de Luta) vence eleição para a direção do Andes-SN

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Aduff publica em livro pesquisa sobre a UFF e a ditadura

Eleição na Aduff ocorre nos dias 5, 6 e 7 de junho

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Editorial

Aduff: 40 anos de luta para lembrar e reviver! Nesses tempos de crises, lembrar dos 40 anos da Aduff é reforçar uma trajetória de resistência dos professores da Universidade Federal Fluminense

No

próximo dia 7 de junho, realizaremos uma justa homenagem aos que construíram esse movimento docente que, ao longo das últimas quatro décadas, soube se manter coerente e combativo em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Todas e todos docentes estão convidados para o ato de lançamento oficial do projeto ‘Memória Aduff ’ - 40 anos. No evento, será lançado também em Niterói o livro “Atitudes de Rebeldia”, que retrata a repressão e a censura dentro da UFF assim como a resistência dos docentes à ditadura militar no Brasil. O livro, produzido pelo Grupo de Trabalho de História do Movimento Docente da Aduff, chega em momento importante, no qual novamente as liberdades democráticas e direitos sociais estão seriamente ameaçados pelo governo golpista de Michel Temer. Esta edição informa também aos sindicalizados sobre a implantação de duas importantes iniciativas da Aduff. A efetivação dos plantões jurídicos fora de sede tornou-se realidade com o novo contrato de agendamento permanente do atendimento nos campus da Universidade Federal

Uma homenagem aos que ajudaram a construir essa história

Fluminense nas oito cidades do interior do Estado do Rio de Janeiro. Enfrentar a realidade da multicampia é promover a igualdade de tratamento para os docentes de fora da sede. Outra novidade foi a instalação de 56 placas fotovoltaicas para que a Aduff se transformasse no primeiro sindicato do Rio de Janeiro a produzir energia solar em sua sede. A iniciativa, que teve grande repercussão, atende a uma preocupação cada vez maior do sindicato com a sustentabilidade e demais questões socioambientais que afetam toda a sociedade. Enquanto este jornal está sendo impresso, o Brasil vive a efervescência do movimento de caminhoneiros a paralisar o país. A crise dos preços dos combustíveis e do setor de transporte é mais uma consequência da política de privatizações e de desmonte do setor público do governo golpista e da entrega da Petrobrás ao livre mercado. Esperamos que essas mobilizações que se iniciaram se somem aos demais trabalhadores para barrar a agenda de ataques do Temer e seus aliados. Esses 40 anos de história da Aduff nos dá motivação para seguir lutando! Vamos juntos!

Lançamento do projeto Memória Aduff e do livro “Atitudes de Rebeldia”, sobre a UFF e a ditadura

7 de junho, às 17h no Clube Português (rua Lara Vilella 176) Haverá apresentação do show-manifesto Primavera de Mulheres, música e confraternização Associação dos Docentes da UFF

Evento aberto a docentes sindicalizados com acompanhante; confirmar presença pelo email aduff@aduff.org.br

Seção Sindical do Andes-SN Filiado à CSP/Conlutas

Enquanto esse jornal está sendo

impresso, o Brasil vive a efervescência do movimento de caminhoneiros a paralisar o país: a crise dos preços dos combustíveis e do setor de transporte é mais uma consequência da política de privatizações e de desmonte do setor público do governo golpista

Presidente: Gustavo França Gomes • 1º Vice-Presidente: Gelta Terezinha Ramos Xavier • 2º Vice-Presidente: Juarez Torres Duayer • Secretária-Geral: Kate Lane Costa de Paiva • 1º Secretário: Douglas Ribeiro Barbosa • 1º Tesoureiro: Carlos Augusto Aguilar Junior • 2º Tesoureiro: Edson Teixeira da Silva Junior • Diretoria de Comunicação (Tit): Kenia Aparecida Miranda • Diretoria de Comunicação (Supl): Marcio José Melo Malta (licenciado) • Diretoria Política Sindical (Tit): Adriana Machado Penna • Diretoria Política Sindical (Supl): Bianca Novaes de Mello• Diretoria Cultural (Tit): Renata Torres Schittino • Diretoria Cultural (Supl): Ceila Maria Ferreira Batista • Diretoria Acadêmica (Tit.): Antoniana Dias Defilippo Bigogmo • Diretoria Acadêmica (Supl): Elza Dely Veloso Macedo

Maio/2018 Biênio 2016/2018 Gestão: Democracia e Luta: Em Defesa dos Direitos Sociais, do Serviço Público e da Democracia Interna

Editor Hélcio L. Filho Jornalistas Aline Pereira Lara Abib

Revisão: Renake das Neves Projeto gráfico e diagramação Gilson Castro

Imprensa imprensa.aduff@gmail.com Secretaria aduff@aduff.org.br

Sítio eletrônico www.aduff.org.br Facebook facebook.com/aduff.ssind

Rua Professor Lara Vilela, 110 - São Domingos - Niterói - RJ - CEP 24.210-590 Telefone: (21) 3617.8200

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Chapa 1 vence a eleição para diretoria do Andes-SN biênio 2018/2020 Luiz Fernando Nabuco

Com participação democrática da categoria, Andes-SN sai fortalecido das eleições, afirma presidente da Comissão Eleitoral Central

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Chapa 1 - ANDES Autônomo e de Luta venceu as eleições para a direção do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior para o biênio 2018-2020. A diretoria eleita tomará posse durante o 63º Conselho do Andes (63° Conad), que ocorrerá de 28 de junho a 1° de julho de 2018 em Fortaleza (CE). A eleição transcorreu nos dias 9 e 10 de maio por voto direto e secreto, nas sewcretarias regionais e em 99 seções sindicais do Sindicato Nacional em todo o país. O resultado foi divulgado pela Comissão Eleitoral no dia 16 de maio. Ao todo, 16.887 professores e professoras votaram em todo o país número que corresponde a 24% dos 69.152 sindicalizados aptos a votar. Destes, 8.732 (51,71%) votaram na chapa 1; 7.215 (42,73%) na chapa 2; 481 (2,85%) em branco; e 459 foram votos nulos (2,72%). Considerando-se apenas os votos assinalados para as duas chapas concorrentes, a Chapa 1 - ANDES Autônomo e de Luta obteve 54,7% dos votos, contra 45,2% recebidos pela Chapa 2 - Renova ANDES. Na avaliação do professor

Eleições para o Andes-SN: duas chapas concorrentes e expressiva participação das seções sindicais

Alexandre Galvão Carvalho, presidente da Comissão Eleitoral Central (CEC), a participação de duas chapas e o envolvimento dos docentes no pleito eleitoral mostram que o Andes-SN é um es-

paço democrático e o representante legítimo da categoria docente. “Depois de muitos anos, tivemos duas chapas concorrendo às eleições do Andes-SN e uma grande participação das seções sin-

dicais. O Sindicato Nacional sai fortalecido depois desse processo eleitoral para as lutas vindouras, na medida em que a eleição envolveu toda a categoria, que se envolveu no processo, com a campanha,

apresentou o seu projeto. O maior saldo da eleição é que o Andes-SN sai fortalecido e municiado para enfrentar essa conjuntura de profundos ataques”, disse.

Veja como foi a eleição para a direção do Andes-SN na UFF e na Regional Rio As eleições para o Andes-Sindicato Nacional tiveram a participação de 660 docentes na Universidade Federal Fluminense. A Chapa 1 - ANDES Autônomo e de Luta obteve a maioria dos votos: 435 contra 205 para a Chapa 2 - Renova ANDES. Vinte docentes votaram em branco ou anularam o voto. Em termos de percentuais, quase 66% dos professores e das professoras votaram

na Chapa 1; enquanto 31% assinalaram Chapa 2. Os votos brancos e nulos representaram 3%. A Chapa 1 conquistou a maioria dos votos na Regional Rio de Janeiro do Andes-SN, uma das 12 regionais que compõem a estrutura do Sindicato Nacional. Foram 2.071 os docentes que compareceram às urnas em nove seções sindicais. Em todas, a Chapa 1 recebeu a

maioria dos votos. No cômputo total, a Chapa 1 - ANDES Autônomo e de Luta obteve 1.278 votos (61,71%), contra 724 (34,96%) dados à Chapa 2 - Renova ANDES. Houve 26 (1,26%) votos brancos e 43 (2,08%) nulos. Considerando-se apenas os votos nas chapas, a Chapa 1 teve a preferência de 63,8% dos docentes na Regional Rio, enquanto a Chapa 2 ficou com 36,1%.

Eleições na Aduff ocorrem de 5 a 7 de junho para definir próxima diretoria e CR

As

chapas ADUFF Autônoma, Democrática e de Luta (Chapa 1) e Renova ADUFF (Chapa 2) concorrem à diretoria do Aduff-SSind para o biênio 2018/2020. A votação será realizada nos dias 5, 6 e 7 de junho, nos campi da UFF, em locais designados pela Comissão Eleitoral. No mesmo processo, serão eleitos os integrantes do Conselho de Representantes da Aduff-SSind.

De acordo com o regimento eleitoral aprovado em assembleia da categoria, podem votar na eleição os docentes pertencentes ao quadro de sindicalizados da Aduff-SSind até o dia 21 de março de 2018, respeitando o prazo estabelecido pelo artigo 53 do regimento da Aduff-SSind. Publicação específica organizada pela Comissão Eleitoral será divulgada em breve, infor-

mando mais sobre as eleições e abrindo espaço para ambas as chapas realizarem campanha. Também serão enviados aos docentes cadastrados no boletim eletrônico da Aduff dois boletins especiais com espaços para apresentação das propostas das duas chapas. Notícias sobre a eleição da Aduff podem ser acessadas na página da entidade na internet (www.aduff.org.br).


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2° Encontro de Docentes da UFF

Encontro de Docentes se consolida como espaço para pensar a universidade e sociedade e compartilhar experiências Luiz Fernando Nabuco

Docentes da UFF de diversas unidades e cidades se reuniram por três dias em um hotel na estrada TeresópolisFriburgo no evento que entra para o calendário de atividades anuais da Aduff

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oram três dias em que professores da UFF deram uma pausa na rotina e na correria do dia a dia para pensar a universidade pública e a sociedade brasileira atual. O 2° Encontro de Docentes da UFF, promovido pela Aduff-SSind, de 27 a 29 de abril, em um hotel-fazenda à margem da estrada que liga Teresópolis a Nova Friburgo, reuniu 65 professores e professoras de mais de 20 unidades da universidade. Na plenária final, os docentes apresentaram a síntese dos debates realizados em dez grupos de trabalho que abordaram Comunicação e Artes; Carreira; Ciência e Tecnologia; História do Movimento Docente; Política Agrária, Urbana e Ambiental; Classe, Etnicorraciais, Gênero e Diversidade Sexual; Política Educacional; Política e Formação Sindical; Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria; e Verbas. O resultado de todo esse debate e reflexão dará origem a um relatório, com propostas que devem ajudar na atuação da Aduff e na organização sindical da categoria.

Avaliações Para a professora do Colégio Universitário Geraldo Reis (Coluni-UFF) e diretora da Aduff-SSind, Kate Paiva, o 2° Encontro foi proveitoso para debater as pautas locais num espaço mais tranquilo. "Poder debater e acumular sobre as pautas internas com tranquilidade, num encontro de três dias, falando sobre as questões internas da universidade e do movimen-

O professor Carlos Walter fala durante o debate da manhã de sábado, ao lado dos professores Gustavo Gomes, Fernando Penna e Adriana Penna

to docente, mas articulando com a conjuntura nacional e com essa possibilidade de estar com nossos familiares foi fundamental. Na conjuntura que a gente está de tantos ataques, poder contar com esse lugar, fortalece a gente não só em termos de análise política, mas também de afeto, de estar entre nossos pares e nossos ímpares, pensando nossos acordos e diferenças para construir o enfrentamento com unidade". Mãe de Jorge e Chico, Kate ressalta que "a política é um lugar muito difícil para a mulher que tem filho". "A gente está historicamente sobrecarregada com essa tarefa de cuidar das crianças, poder vir para cá e saber que nossos filhos estão perto, bem cuidados e a gente poder estar se dedicando às atividades do sindicato com essa tranquilidade. Isso é muito bacana", reitera. O 2° Encontro de Docentes da UFF contou com espaço de recreação infantil no período da manhã, tarde e noite.

Multicampia Para a professora do Departamento de Geografia da UFF-Campos, Elis Miranda, espaços como o 2° Encontro de Docentes não são só importantes como necessários, e os debates feito no evento precisam repercutir nos institutos, departamentos e semanas acadêmicas. "A gente vem acompanhando uma série de ataques à universidade pública e à autonomia universitária, especialmente nos institutos e campi da UFF no interior. Temos visto acontecer intervenções de outras instituições, do Ministério Público Federal, da Polícia Federaldas igrejas e de movimentos religiosos que estão tentando ocupar esses espaços. Diante disso, é urgente o debate que fizemos no encontro de qual é o papel da universidade e o que ela representa na sociedade que a gente vive, na formação profissional, na formação de novos sujeitos e na formação de cidadãos críticos. Existe um movimento que busca desle-

gitimar aquilo que nós fazemos dentro da universidade, nossa autonomia para realizar eventos, apresentar os resultados da nossas pesquisas. É preciso preservar esse espaço como um espaço público de pensamento crítico e resguardar a autonomia universitária", pontua.

‘Evento se consolida’ Presidente da Aduff e professor da Escola de Serviço Social, Gustavo Gomes avalia que o segundo encontro de docentes consolida o evento, que deverá entrar para o calendário anual permanente de atividades da seção sindical e como um marco da organização docente na multicampia. “É um espaço em que conseguimos sair da correria do dia a dia, podemos parar para pensar com tranquilidade, rever pessoas e conhecer novas pessoas, de outros campi, de outras áreas, e dialogar em torno de nossas experiências”, disse. O professor Carlos Walter, da Geografia da UFF, que participou de uma mesa como pa-

lestrante ao lado do professor Fernando Penna, da Faculdade de Educação, disse considerar a iniciativa da Aduff “extremamente original e ousada". "Quero destacar essa oportunidade de professores de departamentos diferentes se reunirem num momento em que poderiam estar descansando. E a qualidade do debate teórico, o que mostra que o sindicato acaba sendo também um espaço extremamente rico de produção de conhecimento. Aqueles professores que não estiveram presentes com certeza perderam uma grande oportunidade não só de trocar opiniões, e até mesmo fazer amizades, como também de participar de um debate de altíssima qualidade, num momento dos mais difíceis que tanto a universidade como o Brasil estão passando e, porque não dizer, que o mundo está passando", concluiu. A cobertura do 2° Encontro de Docentes da UFF continua na próxima edição e pode ser acessada em www.aduff.org.br


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Projeto ‘Memória Aduff’ foi apresentado no 2° Encontro de Docentes da UFF Lançamento do projeto, que busca resgatar e preservar a história da Aduff nos 40 anos da entidade, será realizado no dia 7 de junho Lara Abib Da Redação da Aduff

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página na internet que irá abrigar o projeto “Memória Aduff ”, que marcará os 40 anos da Associação dos Docentes da UFF, foi apresentada aos participantes do 2° Encontro de Docentes da UFF. A ideia é que o sítio funcione como um acervo permanente de documentos, imagens, vídeos e textos que resgatam a memória da seção sindical, que em outubro deste ano completa 40 anos. "Neste momento em que vivemos uma situação tão adversa no país, resgatar a história de luta do sindicato e a importância da atuação coletiva na defesa dos direitos sociais e na defesa da educação pública, gratuita, laica e de qualidade é essencial. Estar

na direção da Aduff-SSind no ano em que completamos 40 anos é uma honra. O sindicato é um espaço de aprendizagem se a gente tiver disposição para o diálogo com os colegas. Aprendi muito neste período e sou tributário de gerações que nos antecederam e que também acreditaram e construíram este espaço", ressaltou Gustavo.

História A Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense (Aduff ) foi fundada no dia 10 de outubro de 1978. Após 14 anos de ditadura militar, o país clamava por democratização. Simultaneamente, em todo o território nacional, nasciam, em universidades federais, estaduais e particulares, outras associa-

Exibição de trecho do depoimento da professora Renata Vereza, ex-presidente da Aduff, para o projeto 'Memória', que marca os 40 anos da entidade

ções de docentes, igualmente movidas pela luta em favor da democracia, contra a privatização do ensino superior e pela defesa das condições de trabalho. Um ano depois, a necessidade de articular as lutas sociais em nível nacional culminou no I Enad (Encontro Nacional de Associações de Docentes), ao qual sucederiam outros, até a realização, em fevereiro de 1981, em Campinas (SP), do I Congresso Nacional de Docentes Universitários. Trezen-

tos delegados, entre eles os da Aduff, representando mais de 70 ADs, participaram do congresso histórico em que foi fundada a Andes – Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior. Com a promulgação da Constituição de 1988, os servidores públicos federais conquistaram o direito de sindicalização. A Andes – até então associação – pôde, finalmente, transformar-se em Sindicato Nacional, o que aconteceu durante o II Congresso Extraordinário,

realizado no Rio de Janeiro, em novembro daquele ano. Em 1991, a Aduff, como outras Associações de Docentes, transformou-se em seção sindical do Andes-SN, assumindo também suas prerrogativas sindicais.

Lançamento Ainda em fase de conclusão, o projeto entrará no ar em breve e terá evento de lançamento em Niterói, no dia 7 de junho, a partir das 17 horas, no Clube Português, ao lado da sede da seção sindical.

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Setores conservadores tentam ‘demonizar’ senso crítico na educação, diz Fernando Penna Professor da Faculdade de Educação da UFF foi um dos palestrantes na mesa sobre a universidade e a sociedade Aline Pereira Da Redação da Aduff

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ensar a inserção e o impacto das ideias extremamente conservadoras na Educação foi o objetivo de Fernando Penna na mesa "A Universidade Pública e a Sociedade Brasileira no Século 21", durante sua exposição, ao lado do professor Carlos Walter, no '2º Encontro de Docentes da UFF'. Professor da Faculdade de Educação da UFF – membro do coletivo 'Professores Contra o Escola Sem Partido' e do 'Movimento Educação Democrática', Penna apresentou exemplos recentes que envolvem práticas intimidatórias aos professores em instituições de todo o Brasil, tanto no Ensino Superior quanto na rede Básica e Fundamental. Uma delas contra Marlene de Fáveri - historiadora, docente e pesquisadora na Universidade do Estado de Santa Cata-

rina (UDESC), que tem sido acusada de 'Cristofobia' por uma ex-orientada, filiada ao PSC e militante do ‘Escola Sem Partido’. De acordo com Penna, há três conceitos sendo propositalmente divulgados por grupos conservadores para espalhar o medo a partir do que chamou de "uso político do pânico moral", que gera postura persecutória aos docentes, a disseminação do discurso de ódio e até mesmo de agressões físicas, verbais e a criminalização dos professores. Esses neologismos seriam: ideologia de gênero; escola sem partido e 'marxismo cultural'. "Temos que ser muito cautelosos ao ouvirmos esses três termos. O primeiro deles, talvez o mais perigoso e que vai ser pauta de campanhas eleitorais este ano, é o de ideologia de gênero”, disse o docente.

O professor Fernando Penna fala durante o encontro, observado pelos professores Gustavo Gomes, Carlos Walter e Adriana Penna

Segundo o palestrante, setores conservadores usam esse termo, 'ideologia de gênero', para desqualificar o debate nas escolas e nas universidades e dizer que, nesses espaços, docentes estão erotizando os jovens, buscando transformá-los em homossexuais. "Apesar de isso ser um absurdo, parcela significativa da sociedade acredita", afirmou.

Demonização Penna afirma que no Brasil atual tenta-se reduzir o conceito de política aos Três

Poderes, como se as pessoas, em suas práticas cotidianas, estivessem desconectadas da dimensão política de suas escolhas. Para esses grupos conversadores, os professores estariam proibidos de expressar qualquer perspectiva crítica. Famílias têm sido estimuladas a processar os professores por danos morais. "Isso começou na Educação Básica e está chegando nas universidades”, disse o palestrante. Ele explicou que grupos que usam o referencial de

pesquisa marxista têm sido atacados nas instituições, justamente porque tem sido difundida a ideia de que qualquer perspectiva de crítica capitalista é tratada como doutrinação. "São discursos fortemente políticos, que pretendem pautar a forma como organizamos nossa vida em comum, mas que se apresentam contraditoriamente como antipolítico. Além disso, são antidemocráticos porque demonizam os seus opositores", disse.


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Aduff investe em energia solar e propõe debate sobre fonte alternativa para UFF Cerca de 80% da energia consumida na sede sindical será assegurada com geração solar; presidente da Aduff defende fontes alternativas para universidade Aline Pereira Da Redação da Aduff

“Em

alto potencial na produção desse modelo de energia, mas é subaproveitado. Além disso, na Universidade Federal Fluminense há pesquisadores que reúnem a expertise necessária para propor possibilidades mais eficientes e com menos impacto ambiental para geração de energia, podendo contribuir com esse debate.

Iniciativa é acertada, afirma pesquisadora da UFF Uma delas é a professora Louise Lomardo, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFF, cujo mestrado e doutorado – realizados na Coppe/UFRJ – versaram sobre planejamento energético. “Minimizar consumo de

meio de um projeto de extensão, acompanhar a coleta de energia solar da Aduff, para ver se está dentro das expectativas; e ainda verificar o potencial de geração dessa forma de energia no campus do Gragoatá. Para ela, deve estar no horizonte da universidade a possibilidade de aproveitar todo esse potencial de energia, futuramente, em benefício da instituição, sobretudo por ser uma forma limpa e de rápido retorno para quem investe.

Gustavo Gomes: Aduff ativa em pautas de interesse da sociedade Luiz Fernando Nabuco

Louise Lomardo: menos consumo com mesmo conforto

energia, mas garantir conforto – lumínico, térmico, acústico – é uma preocupação”, disse a docente, que coordena o Laboratório de Conservação de Energia e Conforto Ambiental da UFF. A professora lamentou o fato de a indústria no Brasil não investir na produção das placas fotovoltaicas como deveria, mercado dominado pela China, atualmente. No entanto, aponta que a viabilidade desse investimento é factível, pois está em franco desenvolvimento, o que acaba barateando os custos. Além disso, o Brasil tem recursos ambientais disponíveis – como alta luminosidade e baixa nebulosidade –, o que poderia ser melhor explorado, de acordo com a professora. “Nesse momento em que a energia está mais cara e a sociedade precisa distribuir o ônus dessa geração, a iniciativa tomada pela Aduff é acertada – social, ambiental e financeiramente”, afirmou. “É extremamente motivante que as barreiras à propagação dessa tecnologia sejam vencidas”, disse Louise. Ela pretende, por

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Energia solar: Aduff instala 56 placas fotovoltaicas; economia pode chegar a 80% no consumo de eletricidade Luiz Fernando Nabuco

tempo de crise política, econômica, social e ambiental, o sindicato precisa incorporar outras pautas e não apenas as de interesses corporativos da categoria; tem que se colocar de forma ativa na sociedade civil, defendendo também um modelo de sociedade”, disse Gustavo Gomes à reportagem da seção sindical que preside. Ele comentava a recente instalação de 56 placas fotovoltaicas, com geração de aproximadamente 1400 quilowatts (kW) de energia solar, e a possibilidade de economia de mais de 80% do consumo em eletricidade na sede da Aduff, em São Domingos. Em 25 anos, estima-se que a Associação dos Docentes da UFF economize cerca de R$ 1,3 milhão em energia elétrica. De acordo com Gustavo Gomes, a iniciativa tem entre seus objetivos fomentar o debate sobre fontes renováveis de energia em toda a universidade. Menciona as altas tarifas cobradas pela empresa Enel, concessionária que controla a prestação do serviço em Niterói. Lembra ainda que, em dezembro passado e no contexto da política de contingenciamento financeiro do governo federal, a UFF passou por ‘apagão’ em decorrência de dívida referente ao fornecimento de energia – o que afetou as atividades administrativas e acadêmicas. Para ele, esse tipo de situação poderia ser evitada no futuro, se houvesse investimento em fontes alternativas de energia. Para Gustavo, o país tem

'Apagão' na UFF: prejuízos nas atividades administrativas e acadêmicas


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Luiz Fernando Nabuco

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Previsão é de investimento amortizado em 4 anos e de 25 anos de captação eficiente de energia

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e acordo com o diretor da empresa responsável pela instalação dessa tecnologia na Aduff, o potencial de geração da energia elétrica no Brasil é maior do que oferecem os países europeus. “Os benefícios desse tipo de energia são inúmeros, como a redução da emissão de gás carbônico na atmosfera; e o fim do desperdício de energia”, disse Marcio Carisi, engenheiro de automação. Ele conta que o investimento já estará compensado e trará retorno financeiro em torno de quatro anos e que as placas têm garantia de 25 anos e baixa manutenção. Segundo o profissional, o funcionamento é assim: as placas, feitas de silício, captam a energia em forma de luz (radiação do sol) e a transformam em eletricidade, que passa por um equipamento chamado inversor. Esse aparelho garante que a energia que sai das placas esteja na mesma frequência que a energia que vem da concessionária, para que ambos os sistemas estejam conectados entre si. “Toda a energia armazenada nessas placas vai ser consumida; se houver excedente vai para a distribuidora, a companhia elétrica, e vai gerar créditos”, disse. “No mês em que essa energia for excedente, paga-se a tarifa mínima da conta de luz; quando for maior, usa-se o que computava como crédito”, explicou, contando que já participou de projetos em que se conseguiu suprir cerca de 95% da energia elétrica consumida.

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Aula-ato destaca resistência das universidades ao ‘golpe de 2016’ ‘O golpe não foi, o golpe está sendo’, disse presidente da Aduff na atividade promovida em parceria com a Ciência Política com a participação dos professores Luís Miguel (UnB), Carlos Zacarias (UFBA) e docentes das disciplinas sobre o tema na UFF Luiz Fernando Nabuco

Aline Pereira e Hélcio Lourenço Filho Da Redação da Aduff

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O professor Carlos Zacarias (UFBA) fala durante a aula-ato, ao lado dos professores Luís Felipe Miguel (UnB) e Gustavo Gomes, presidente da Aduff

Goytacazes e Volta Redonda. Parte desses professores esteve na plateia da aula-ato do dia 24, ao lado de outros professores, técnicos-administrativos, pessoas de outras áreas e muitos secundaristas do colégio de aplicação da UFF (Coluni), e puderam participar das discussões ao final da exposição de Luís Miguel e Carlos Zacarias.

Luís Miguel: “Ambiente da luta política ameaçado” Luís Miguel afirmou que Temer tem as universidades públicas como alvos de seus ataques. “A UnB está ameaçada de fechar no segundo semestre deste ano, porque não tem condições de se manter devido aos cortes orçamentários [decorrentes] da Emenda Constitucional 95”, disse, sobre a reforma que congelou os orçamentos primários da União por 20 anos. De acordo com o docente, a classe dominante brasileira deixou claro que não está disposta a fazer o jogo de conciliações e promove a implantação de um projeto anunciado antes da própria derrubada da presidente Dilma: a ampliação da exploração do trabalho, a desnacionalização da sociedade brasileira, a internacionalização da economia e a redução do papel do Estado e dos direitos sociais.

“[Está em andamento] um projeto que (...) se dependesse das regras democráticas não seria viabilizado pelas urnas; no Brasil, as classes dominantes parecem menos dispostas a pagar o preço da paz social e menos acomodadas ao arranjo democrático, que funcionava como um termômetro para medir os ânimos da população e para manter a ordem capitalista funcionando sem maiores tensões”, considerou.

Carlos Zacarias: “Saímos da zona de conforto” “Não estou dizendo que vamos mudar o mundo e derrotar o golpe a partir da universidade, mas foi importante sairmos dessa zona de conforto”, disse Carlos Zacarias, ao afirmar que as instituições têm a função de disseminar análises críticas sobre a realidade pelos quatro cantos, além dos próprios muros. “Se a direita não tivesse nos atacado, não teríamos a visibilidade que conquistamos hoje para falar de um assunto de extrema relevância em um auditório lotado”, disse o docente da UFBA. De acordo com Carlos Zacarias, a principal diferença entre o governo da Dilma e do Temer diz respeito à velocidade com a qual algumas políticas retrógradas foram adotadas para acalmar o mercado. “É a substituição de um

Luiz Fernando Nabuco

eagir aos ataques à autonomia universitária e à liberdade de cátedra foi um dos objetivos da aula-ato “O Golpe de 2016 e o Futuro da Democracia”, organizada pela Aduff e pela Ciência Política da UFF em Niterói. As exposições iniciais ficaram por conta dos professores Luís Felipe Miguel e Carlos Zacarias – da Universidade de Brasília e da Universidade Federal da Bahia, respectivamente, que analisaram a conjuntura política que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Luís Felipe foi o idealizador da disciplina na UnB e, desde o anúncio do programa didático, foi ameaçado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, que contestou a legalidade do curso. Zacarias foi, recentemente, intimado a depor por oferecer disciplina similar na UFBA. Para Gustavo Gomes, presidente da Aduff, "o golpe não foi, o golpe está sendo”. Disse isso após criticar a celeridade com a qual o governo de Michel Temer (MDB) tem retirado direitos trabalhistas, previdenciários, e ainda asfixiado os serviços públicos essenciais – levando a Saúde e a Educação à míngua. “Discutir o golpe não é fazer uma avaliação sobre o governo Dilma e os anos do PT, é discutir a Constituição de 1988, que está sendo jogada no lixo, rasgada, por esse governo ilícito que não foi eleito por ninguém”, afirmou Gustavo, ao criticar o governo. Ele lembrou ainda que ao tentar intervir na autonomia universitária, o governo fomentou, inadvertidamente, a criação de um movimento entre acadêmicos de todo o país, que hoje somam mais de 40 instituições discutindo a realidade política controversa de 2016. Alguns acontecem em diversos campi da UFF, como em Niterói, Angra dos Reis, Campos dos

projeto que se revelava claudicante e que necessitava de permanentes repactuações, e que tinha que tomar partido negociando com a CUT e o MST”, considerou. “Não por um acaso, Lula dizia que ‘nunca antes na história deste país’ a burguesia ganhou tanto dinheiro; é uma classe permanentemente hostil ao que cheire ao povo”, afirmou. No entanto, o palestrante fez questão de afirmar que, apesar de ter inúmeras críticas aos anos de governo petista, considera a ascensão de Temer à presidência um golpe. Também defendeu a liberdade do ex-presidente Lula e o direito dele concorrer às eleições em outubro deste ano, em nome da ordem democrática já tão frágil. Para o historiador, o fascismo está avançando rapidamente em setores mais amplos da sociedade e a face extrema da violência polí-

tica tem se colocado cada vez mais próxima dos movimentos sociais e políticos, não somente pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, mas também pelo extermínio de lideranças rurais e sindicais por todo o Brasil – ‘incentivadas e potencializadas de forma brutal’. Disse ser preciso voltar às manifestações de junho de 2013 – consideradas de grande proporção, aglutinando diferentes setores da classe trabalhadora – para compreender a raiz do golpe gestado pela burguesia posteriormente. “Fizemos o que não devíamos ter feito nunca; desocupamos as ruas e permitimos que a direita expulsasse quem tivesse bandeira vermelha. Temos que ser radicais e antissistêmicos; a classe dominante precisa ser derrotada nas ruas e em todos os lugares”, considerou.


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Assembleia descentralizada reúne docentes de todos os campi da UFF Assembleia reafirmou a necessidade de participar da construção da frente em defesa das liberdades democráticas e debateu propostas para a pauta interna de reivindicações, que será levada à Reitoria recém-eleita

O

Imagens da participação dos docentes nas várias etapas da assembleia descentralizada na UFF, no final de abril, que ocorreu em Niterói, Volta Redonda, Pádua, Friburgo, Rio das Ostras/Macaé, Campos e Angra dos Reis

s docentes da UFF se posicionaram favoravelmente à criação de uma ampla frente em defesa das liberdades democráticas e dos direitos sociais, em diálogo com movimentos sociais, sindicais e partidos políticos que repudiem o avanço de práticas ultraconservadoras, reacionárias e criminosas no país. A decisão foi tomada na assembleia descentralizada que ocorreu de 24 a 26 de abril nos campi da universidade em sete etapas: Niterói, Pádua, Friburgo, Volta Redonda, Campos, Rio das Ostras/Macaé e Angra dos Reis. A assembleia também debateu os problemas e demandas internas da Universidade Federal Fluminense, para atualizar a pauta interna de reivindicações. As decisões serão agregadas à carta-compromisso que já havia sido entregue nas visitas à sede da Aduff de todos os candidatos à Reitoria da UFF ainda no processo eleitoral. O documento com a pauta atualizada deverá ser levado ao reitor eleito, professor Antonio Claudio. A progressão na carreira docente - e a medida que o Ministério do Planejamento está tomando que coloca em risco o recebimento de valores atrasados - foi outro ponto debatido. Em cinco meses, é a terceira assembleia descentralizada realizada na UFF, uma novidade que atende à multicampia que, a julgar pela avaliação dos participantes, chegou para ficar.

Participaram desta cobertura fotográfica Luiz Fernando Nabuco, Zulmair Rocha e Samuel Tosta


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Notas da Aduff

Niterói contra estupros e lesbofobia

Apoio à comunidade da UFF em RO

Após mais um caso de estupro na cidade, as mulheres de Niterói organizaram ato em frente ao Terminal de Ônibus, no dia 3 de maio, pelo fim da violência contra a mulher e

A diretoria da Aduff-SSind divulgou nota em apoio e solidariedade aos docentes e discentes do campus da UFF de Rio das Ostras em razão de sua atuação no projeto de extensão Terra, Saúde e Direitos: Extensão Popular a Mo-

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da lgbtfobia. A manifestação também prestou solidariedade à vítima de 22 anos que não se calou – apesar de tamanha violência – e denunciou o caso.

vimentos Sociais", que atua junto a movimentos de trabalhadores rurais sem terra. A atuação acadêmica foi alvo de ataques xenófobos, misóginos e de ódio nas redes sociais (a íntegra da nota está em www. aduff.org.br).

Greve da Educação A diretoria da Aduff manifestou apoio e solidariedade à greve da rede municipal de Educação de Niterói, iniciada no dia 15 de maio. Os servidores vêm enfrentando a negativa do pre-

Solidariedade ao acampamento ‘Marisa Letícia’

O caso No dia 26 de abril, a jovem estava num bar, na Cantareira, quando foi abordada por dois homens. Ela disse não às investidas, afirmou ser lésbica, e saiu de perto dos dois. Quando caminhava em direção ao ponto de ônibus, no Centro, por volta das 22h, um dos homens

reapareceu na altura da Praça JK, a forçou a caminhar até as margens da baía e a estuprou. Em depoimento à polícia, a vítima ainda relatou que no momento do estupro o agressor teria dito: “Agora você vai aprender a gostar de homem”.

Dados De acordo com dados da ONU (2012), pelo menos uma a cada cinco mulheres no mundo sofre tentativas de estupro durante sua vida. Só no ano passado, o Brasil registrou em média 135

estupros por dia, segundo levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, ocorre, pelo menos, um estupro por dia (ISP 2017).

‘Loucura não se prende’ de maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial. O lema do ato deste ano foi “Intervenção não é segurança, manicômio não é tratamento: antimanicomiais na luta contra o genocídio negro!”. Luiz Fernando Nabuco

“Ser normal é eu ser do meu jeito. Loucura é você não me aceitar”. A frase, estampada num cartaz carregada por um manifestante, ilustra o que defendeu quem foi às ruas do Rio no dia 18

feito Rodrigo Neves, que já teve seu gabinete ocupado (foto), em negociar e denunciaram violenta repressão da Guarda Municipal durante manifestação no Teatro Popular.

Os professores presentes no 2º Encontro de Docentes da UFF aprovaram nota em solidariedade aos militantes que estão acampados, em vigília, em Curitiba, onde está preso o ex-presidente Lula. O documento repudia o atentado, no qual tiros foram disparados contra o acampamento Marisa Letí-

cia. O ataque aconteceu na noite de 27 de abril. “Trata-se de manifestar-nos também em defesa das liberdades coletivas e da ainda frágil democracia que conquistamos no Brasil para não permitirmos retrocessos”, afirma a nota, cuja íntegra está na página da Aduff na internet (www.aduff.org.br).

Contra a intolerância “Discursos de ódio e de intolerância, com marcas fascistas, misóginas e racistas, devem ser combatidos e denunciados. E seus difusores, sejam eles quem forem, merecem nosso irrestrito repúdio”. É o que afirma nota aprovada pelos participantes do 2º Encontro de Docentes da UFF, referindo-se aos

Direita enganosa Em outubro de 2016, o movimento de direita MBL postou mensagem que bajulava Temer e reproduzia manchete sobre possível queda nos preços dos combustíveis, junto à frase "O que um impeachment não faz pelo país". Um ano e sete meses depois, o resultado da política do governo paralisa o país.

acontecimentos do dia 27 de abril, no ICHF, no campus do Gragoatá, em Niterói, no dia da palestra "Feminismo e o design de Deus para a Mulher", com Sara Winter, conhecida por tentar desqualificar os movimentos sociais e feministas (a íntegra da nota está em www. aduff.org.br).


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Relatório final do projeto da Aduff “Memórias da Ditadura na UFF” vira livro “Atitudes de Rebeldia” é fundamental para discutir o que foi a ditadura para a sociedade e a universidade, afirma coordenador do projeto do GT de História do Movimento Docente Lara Abib Da Redação da Aduff

Em

2018, ano em que a Aduff-SSind comemora 40 anos de existência e que o Ato Institucional- AI 5 completa 50 anos, o Grupo de Trabalho local de História do Movimento Docente (GTHMD) da Aduff-SSind lança livro sobre a ditadura na UFF e a resistência dos professores na universidade. “Atitudes de Rebeldia: as formas da universidade tecnocrática, o aparato vigilante/ repressivo e as resistências dos professores da UFF durante a ditadura", com 303 páginas e edição inicial de mil exemplares, deverá ter uma série de lançamentos em maio e em junho deste ano. Formado em outubro de 2013 como parte integrante do Grupo de Trabalho da Aduff, o projeto “Memórias da Ditadura na UFF” teve início na gestão ‘Mobilização Docente e Trabalho de Base (biênio 2012-2014)’ e prolongou-se pelas duas gestões seguintes da seção sindical. O objetivo inicial era investigar quais os impactos da ditadura na Universidade Federal Fluminense (UFF) e qual o seu alcance. O livro é fruto do relatório final do projeto e da pesquisa feita por Rafael Vieira, que atualmente é professor da UFF-Angra, com a coordenação de Wanderson Melo, professor da UFF de

Rio das Ostras que coordena o GTHMD local e que integrou, de 2012 a 2014, a diretoria da Aduff. “Na publicação, discutimos os impactos da ditadura na UFF; a reforma universitária e a universidade, compreendendo-a enquanto uma forma de transição da universidade tradicional para a universidade tecnocrática. Analisamos o aparato vigilante/ repressivo no período ditatorial e trazemos as diversas formas de resistências protagonizadas por estudantes, técnicos-administrativos e professores em relação à ditadura. Além disso, contamos o processo de formação da Aduff, nossa associação docente à época, hoje seção sindical do Andes-Sindicato Nacional”, ressalta Wanderson.

Niterói terá lançamento no dia 7 de junho, na apresentação do projeto “Memória Aduff” O lançamento em Niterói acontecerá no dia 7 de junho, durante atividade referente aos 40 Anos da Associação dos Docentes da UFF, que marcará a apresentação do projeto “Memórias da Aduff”. O evento está previsto para começar às 17 horas e também contará com homenagem a todos os professores e professoras que, ao longo dessas quatro décadas, participaram da direção ou do Conselho de Representantes da entidade. Para participar, é necessário confirmar presença na secretaria da Aduff, o que pode ser feito por email (aduff@ aduff.org.br), pelo AduffZap (21 972762018) ou por telefone (21-2622-2649). O primeiro lançamento do livro foi realizado na UFF de Rio das Ostras, no dia 22 de maio (terça-feira), às 16h30, durante a 7ª Semana de Serviço Social.

Memória O projeto também se alinha às resoluções congressuais do Andes-SN de construir atividades voltadas a investigar as repressões sobre professores durante a ditadura, as formas de resistência existentes, além de analisar os impactos disso nas universidades e na política educacional para o ensino superior hoje. Em 2013, o 32° Congresso do Andes-SN, realizado no Rio de Janeiro, aprovou a criação de uma Comissão da Verdade do Sindicato Nacional - pautada pela independência em relação às ações oficiais do Estado e dos

governos -, a fim de investigar fatos ocorridos contra docentes universitários durante a ditadura empresarial-militar, entre 1964 e 1985. “Embora o presente projeto tenha procurado dialogar criticamente com alguns documentos produzidos pelas Comissões da Verdade e tenhamos procurado partilhar informações sobre a busca por arquivos e relatos do período, procuramos conservar nossa autonomia na construção das análises, compondo, assim,

uma investigação, em certos pontos, com diferenças estruturais da leitura oficial”, lê-se na introdução do livro. Para Wanderson Melo, a publicação é uma contribuição da Aduff para a discussão séria do que foi a ditadura para a sociedade brasileira e para a universidade. “No contexto em que há projetos na Câmara Federal de cobrança de mensalidade nas universidades públicas, como o do deputado petista Andres Sanches, do PT-SP; num período

de intervenção militar na segurança pública do estado do Rio de Janeiro; no momento em que se promove, nas redes sociais, uma divulgação enganosa e sem base documental do que foi a ditadura brasileira, uma publicação como 'Atitude de Rebeldia'é fundamental com vistas a discutir seriamente o que foi a ditadura para a sociedade brasileira e para a universidade; em particular, para a UFF”, finaliza o docente.

Cúpula do governo acompanhava repressão na UFF, afirma pesquisador Professor também comenta documentos da CIA que mostram que Geisel autorizou execuções na ditadura Hélcio Lourenço Filho Da Redação da Aduff

A

publicação em livro do resultado da pesquisa do Grupo de Trabalho da Aduff História do Movimento Docente sobre a ditadura e a universidade coincide com a revelação de que o governo dos Estados Unidos tornara público documentos da CIA, o serviço de espionagem norte-americano, que afirmam que a cúpula do regime co-

mandado pelos generais no Brasil não só tinha conhecimento das execuções de oponentes, como autorizava e determinava diretamente certos casos. “Esses documentos são impactantes, em certa medida, por revelar a participação direta do presidente da República e de membros do alto escalão do Exército na execução direta de pessoas”, observa o professor Rafael Vieira, que participou da pesquisa na

UFF. Ele ressalta que, embora esses documentos da CIA corroborem com essa constatação, o envolvimento da cúpula dos governos da ditadura, advinda do golpe de 1964, já estava evidenciada por depoimentos e pesquisas históricas. O professor assinala que muitos documentos no Brasil estão inacessíveis ou foram destruídos pelos próprios militares, sobretudo, a partir de 1979. “Na nossa pesqui-

sa na assessoria de segurança de informações na UFF, por exemplo, só tivemos acesso aos documentos confidenciais e reservados; os secretos e ultrassecretos, que teriam as informações mais sensíveis, não só relativas a execuções, mas a acordos com empresas e governos estrangeiros, simplesmente não existem”, diz De todo modo, os documentos aos quais a pesquisa teve acesso já demonstram que o então ministro da Edu-

cação, coronel Jarbas Passarinho, tinha conhecimento do que se passava internamente na UFF – como quando o Diretório Central dos Estudantes foi fechado, em 1973, e o presidente da entidade e outros alunos foram presos. “Naquele momento de intensificação do círculo repressivo dentro da UFF, você vê, pelos documentos, o conhecimento por parte do ministério e do próprio Jarbas Passarinho”, diz Rafael.


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Assessoria jurídica da Aduff com professoras no plantão em Volta Redonda

Plantão na UFF em Nova Friburgo

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Plantões acontecerão mensalmente, em todos os campi da UFF fora da sede; agenda será sempre divulgada pelos canais de comunicação da Aduff-SSind

Plantão Jurídico da Aduff na UFF em Angra dos Reis

Lara Abib Da Redação da Aduff

Plantões Jurídicos da Aduff em Maio UFF Rio das Ostras

P

roposta discutida nas últimas assembleias descentralizadas da categoria, a realização mensal de plantões jurídicos em todos os campi da Universidade Federal Fluminense foi formalizada através de um contrato entre a diretoria da Aduff-SSind e a assessoria jurídica da seção sindical. Até então, os plantões regulares aconteciam apenas em Niterói, semanalmente, na sede da Aduff, de 9h às 13h, às sextas-feiras. No final de abril e no início de maio, foram realizados atendimentos em Santo Antonio de Pádua, Angra dos Reis, Rio das Ostras, Volta Redonda e Nova Friburgo. “A realização de plantões jurídicos fora de Niterói é uma proposta antiga do movimento docente da UFF, uma forma de construir diálogos entre nós, e de levar o sindicato até onde o professor está. Conseguir implementar e oficializar a realização desses plantões com regularidade, nas oito unidades acadêmicas da UFF fora da sede, é um passo importante para avançarmos nos debates sobre os desafios da nossa organização, da categoria e do próprio sindicato, diante da multicampia. Estamos bastante animados”, afirma o tesoureiro da Aduff-SSind, Carlos Augusto Aguilar Junior.

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Aduff institui plantões jurídicos mensais na UFF fora da sede

dia 23 de maio - quarta, 14h às 16h

Volta Redonda 23 de maio - quarta, 16h às 18h

Pádua 29 de maio - terça, 13h às 15h

Plantão Jurídico na UFF em Rio das Ostras

Os advogados Carlos Boechat, Júlio Canello e Gabriela Fenske irão se revezar nos atendimentos. A agenda completa será sempre divulgada com antecedência pelos canais de comunicação da Aduff. “Há muito tempo a gente falava entre os colegas da necessidade de os plantões acontecerem aqui. Eu moro e trabalho em Rio das Ostras e era bem complicado ter que ir a Niterói para dar conta de tirar as dúvidas e consultar a assessoria jurídica do sindicato”, conta a professora Alessandra Daflon, do departamento de Psicologia da UFF-Rio das Ostras, que participou do plantão jurídico descentralizado realizado em Rio das Ostras. “Fui muito bem recebida pela advogada Gabriela, que me orientou e me auxiliou em minhas demandas. É uma política importante que precisa ser fortalecida e mantida”, destaca.

Friburgo 30 de maio - quarta, das 12h às 14h

Na sede da Aduff, em Niterói, os plantões ocorrem toda sexta-feira, das 9h às 13h

Datas dos plantões terão comunicado específico no serviço Aduffzap O serviço de notícias e comunicados da Aduff-SSind por meio da rede social Whatsapp envia aos docentes nele cadastrados mensagens específicas, informando a data, a hora e, se possível, a sala em que ocorrerá o plantão jurídico nos campi fora da sede. A informação também é disponibilizada nas demais plataformas de comunicação da seção sindical, mas o Aduffzap é o único que envia mensagens específicas, pouco antes dos plantões, aos servidores do campus em que a assessoria jurídica estará naquele dia. Para receber notícias e comunicados pelo Aduffzap, basta adicionar o telefone (21) 97276-2018 e enviar pelo Wathsapp mensagem para esse número com a palavra SIM, indicando que deseja se inscrever no serviço – que é gratuíto, direciona mensagens individuais e não inclui o número em grupos de discussão.


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