Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia
Ju n h o 2 01 1
Capacitando Mulheres para o
Mınıstérıo 11
Encontrando a Paz Verdadeira
12
Vislumbres de Meu Pai
14
Bem Aventurada!
Junho 2011 A
IGREJA
AÇÃO
EM
Editorial............................. 3 Notícias do Mundo
3 Notícias & Imagens
Visão Mundial
8 Mulheres no Coração da Igreja
A
SAÚDE
NO
MUNDO
Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless
D A N
W E B E R
Depressão em Mulheres............................ 7
A R T I G O
D E
C A P A
Capacitando Mulheres para o Ministério........................................................ 16 A editora Sandra Blackmer discute com Heather-Dawn Small e Raquel Arrais a missão e os métodos do ministério da mulher. ESPÍRITO
DE
PROFECIA
Encontrando a Paz Verdadeira
Por Ellen G. White ....................................................................... 11 Jesus prometeu tranquilidade, mesmo em meio ao caos. CRENÇAS
PERGUNTAS
BÍBLICAS
O Espírito Santo no Apocalipse ................ 26 Por Ángel Manuel Rodríguez
ESTUDO
BÍBLICO
Os Dons do Espírito no Tempo do Fim ......... 27 Por Mark A. Finley
FUNDAMENTAIS
Vislumbres de Meu Pai
INTERCÂMBIO
Quando Jesus quis nos dizer como é Deus, Ele disse: “Pai nosso”.
29 Cartas 30 Lugar de Oração 31 Intercâmbio de Ideias
Por Susana Chaskelis Schulz ....................................................... 12
DEVOCIONAL
Bem Aventurada! Por Chantal J. Klingbeil.......................... 14 A fórmula de Deus contra o medo
A R T I G O
MUNDIAL
O Lugar das Pessoas ............................ 32
E S P E C I A L
O Grande Conflito Por Gina Wahlen ................................. 23 Como três vidas foram tocadas pelo mesmo livro.
Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 7, nº 6, Junho de 2011.
2
Adventist World | Junho 2011
Tradução: Sonete Magalhães Costa www.portuguese.adventistworld.org
A Igreja em Ação EDITORIAL Eu a Chamo de Bem Aventurada
P
ara uma mulher que não media mais do que um metro e meio de altura, sua presença é bem forte em minha memória. Unindo as mãos para alegremente enfatizar algo e com um sorriso travesso vincando seu rosto marcado pelo tempo, para mim, Mabel Vreeland é a definição do que significa o ministério da mulher. Sem se preocupar com reconhecimento e títulos, ela simplesmente fez o trabalho de Jesus com tenacidade e fervor que hoje, muitos anos após sua morte, ainda me impressionam. Quase todo mês fico sabendo de alguém que abraçou o adventismo graças àquela brava mulher com forte sotaque yankee. Pouco depois de sua formatura num colégio adventista em 1920, Mabel tornou-se obreira bíblica da Associação da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Nova Iorque, e serviu aquele único território por mais de quatro décadas. Durante os anos da Grande Depressão na América, quando os salários eram ínfimos, especialmente para mulheres solteiras, ela trabalhou em todas as grandes campanhas evangelísticas e cidades da região, geralmente dando estudos bíblicos para muitas pessoas interessadas, quando o evangelista estava na fase final do evangelismo. Duas dessas pessoas foram minha avó e minha mãe, a quem Mabel guiou para o Adventismo no meio dos anos 1940.
Oito anos mais tarde, quando o sobrinho ruivo de Mabel – meu pai – conheceu e se casou com uma jovem em quem Mabel havia plantado a Palavra, o círculo de fé estava completo. Seu forte aperto de mão, sua risada frequente e suas histórias de testemunhos fazem parte de minhas mais antigas memórias e parte da minha compreensão de ministério. Ministério era o que Mabel fazia – visitando pessoas, abrindo as Escrituras com elas, falando sobre a fé, animando-as a fazer boas decisões. E quando os líderes da associação não conseguiram encontrar pastores que quisessem trabalhar na isolada região montanhosa do norte do estado de Nova Iorque, por dez anos, Mabel pastoreou três igrejas, dirigindo reuniões de jovens, preparando homens e mulheres para o batismo e pregando todos os sábados. Não tenho dúvida de que um dia, muito em breve, ela usará a coroa da vida, lotada com centenas de estrelas. Mas ao lado e ao redor dela, naquele mar que parece de vidro, estará uma grande multidão – milhares de mulheres adventistas que, dia a dia, construíram o reino de Jesus, abrindo a Palavra, ajudando ao enfermo, ensinando o iletrado, chamando pecadores ao arrependimento e encontrando salvação em Jesus. Para elas, Ele certamente dirá um dia: “Muito bem, servo bom e fiel.” Agora é o tempo certo de Sua igreja expressar gratidão e oferecer encorajamento. – Bill Knott
NOTÍCIAS DO MUNDO
o culto na manhã do sábado, dia 9 de abril, no início do concílio da primavera, quando a liderança da igreja se reúne. “A perfeita justiça de Cristo é nossa única esperança ao rapidamente nos aproximarmos do final da história deste mundo,” disse Wilson para uma congregação de aproximadamente 2.100 pessoas, e também transmitido ao vivo pela televisão mundial e pela Internet.
D E A D V E N T I S TA
■ Coroando uma manhã de cânticos de alegria, meditação nas Escrituras e orações fervorosas, o Pr. Ted N. C. Wilson, presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, fez um apelo na igreja da Universidade Adventista do Sétimo Dia Oakwood, em Huntsville, Alabama, para todos buscarem a “perfeita justiça de Cristo.” A mensagem foi proferida durante
O L I V E R / R E D E
Por Mark A. Kellner, de Huntsville, Alabama, E.U.A.
A N S E L
Busquem a Justiça de Cristo
N O T Í C I A
Pastor T. Wilson dá Abertura ao Concílio da Primavera com Apelo para que Todos
APELANDO: Na igreja da Oakwood University, em Huntsville, Alabama, EUA, o Pr. Ted N. C. Wilson, presidente da Associação Geral, apela aos membros para que busquem a justiça de Cristo.
Junho 2011 | Adventist World
3
A Igreja em Ação NOTÍCIAS DO MUNDO
A N S E L
O L I V E R /
R A N
Ella Smith Simmons, vicepresidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, fala aos delegados do Concílio da Primavera no McKee Auditorium da Oakwood University, em Huntsville, Alabama, Estados Unidos.
“Os adventistas do sétimo dia foram chamados para proclamar a verdade como ela é em Jesus. Ele, e somente Ele, é nossa salvação”, acrescentou Wilson. “Cristo nos convida a aceitar Sua justiça e a sermos capacitados pelo Espírito Santo para cumprir a última e grande tarefa de proclamar Jesus, Sua justiça e Seu breve retorno. Essa é a mensagem que foi confiada à Igreja Adventista do Sétimo Dia como povo remanescente dos últimos dias”, disse ele. E continuou: “Neste momento crítico da história da Terra, quando o mundo desaba ao nosso redor, vamos nos humilhar diante do Senhor, cientes de que nossa única esperança está em Cristo e Sua justiça.” Wilson citou Ellen G. White, cofun-
4
Adventist World | Junho 2011
dadora do movimento Adventista do Sétimo Dia e fundamental influência sobre o que é hoje a Universidade Oakwood, que escreveu: “Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação”(Mensagens Escolhidas, Vol. 1, p. 121). Referindo-se ao tema atual da igreja, Wilson disse: “Esse chamado ao reavivamento e reforma não é algo legalista, não é um tipo de religião ‘ande direitinho nos trilhos.’ Seu objetivo é Cristo, e somente Ele.” E acrescentou: “A voz dos adventistas do sétimo dia deve primordialmente proclamar que só há salvação por meio de Cristo, e Cristo somente! As duas grandes provisões da salvação – salvação e justificação – não podem ser separadas, pois constituem a plenitude da perfeita justiça de Cristo.” A “família mundial” também foi o alvo da mensagem de Wilson, ao descrever o processo da salvação para os ouvintes como algo que “só pode ser produzido por Deus.” Somente após a conversão, acrescenta Wilson, “bêbados tornam-se sóbrios, pessoas de moral duvidosa tornam-se moralmente corretas, maldosos tornam-se pacificadores, mentirosos tornam-se honestos, mentes depravadas tornam-se puras, evolucionistas tornam-se criacionistas, egoístas tornam-se generosos e benfeitores, não conversos em pessoas convertidas. Tudo graças ao poder de Deus.” Outra vez, citando Ellen White, desta vez do livro Caminho a Cristo, Wilson lê: “Consagrai-vos a Deus pela manhã; fazei disto vossa primeira tarefa. [...] Cada manhã consagrai-vos a Deus para esse dia. Submetei-Lhe todos os vossos planos, para que se executem ou deixem de se executar, conforme o indique a Sua providência. Assim, dia a dia podereis entregar às mãos de Deus a vossa vida, e assim ela se moldará mais e mais segundo a vida de Cristo” (Caminho a Cristo, p. 70). O líder da igreja advertiu
os ouvintes contra qualquer sentimento de superioridade espiritual, além da graça de Deus: “Que ninguém na Igreja Adventista do Sétimo Dia pense ser melhor do que o outro. Que ninguém acuse alguém por não ser santo ou perfeito. Ao pé da cruz, somos todos pecadores e necessitados de um Salvador que nos garanta a salvação por meio de Sua justiça perfeita, pela justificação e santificação. Devemos tudo a Jesus e a nosso relacionamento com Ele”, acrescenta Wilson. “O caráter de Cristo é perfeitamente reproduzido em nossa vida quando aprendemos a depender unicamente de Cristo. E não fazemos isso por nós mesmos.” Ao perguntar como os adventistas compreendem o plano da salvação, Wilson ofereceu duas possibilidades: “Uma graça barata não é suficiente. Ela ignora o poder do Espírito Santo de transformar uma vida, dia após dia, tornando-a mais e mais semelhante a Cristo,” disse ele. “O legalismo também não é suficiente. Ele bloqueia o único caminho para a salvação – a total dependência de Jesus Cristo, nosso único caminho para a salvação. Uma abordagem intelectual e altamente crítica, também não é suficiente. Ela destrói o verdadeiro milagre da conversão e elimina o poder que a salvação de Deus tem de mudar vidas.” A resposta, declara Wilson, “é que somente a justiça perfeita de Cristo justifica e santifica, ela o salvará, transformará e o conservará como verdadeiro discípulo de Cristo. Isso é algo que Jesus faz por você e em você.”
A Resposabilidade Adminstrativa é Enfatizada no Concílio da Primavera ■ Os líderes da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia enfatizaram a necessidade constante de transparência e responsabilidade nos relatórios financeiros durante as reuniões do domingo, dia 10 de abril de 2011.
O L I V E R / A N N A N S E L
“Como administradores, precisamos estar unidos e dar o exemplo. Devemos trabalhar como equipe, unidos o tempo todo”, disse o Pr. Ted N. C. Wilson, presidente da Associação Geral, em resposta ao relatório apresentado pelo tesoureiro da igreja mundial, Robert E. Lemon e pelo diretor do departamento de auditoria (GCAS) da A. G., Paul H. Douglas. O documento de doze páginas sobre transparência, produzido pela força-tarefa de Lemon, Douglas, Tom Evans (tesoureiro da Divisão Norte Americana) e Robyn W. Kajiura, diretor associado do GCAS, salienta a preocupação manifestada pelo presidente da mesa administrativa, Jack L. Krosgstad, membro leigo que detém a cadeira de contabilidade na Universidade Creighton, em Omaha. A preocupação resultou do relatório apresentado pela GSAS “que inclui a frequência de certos achados recorrentes da auditoria cuja natureza não foi solucionada”, declara o documento. O documento “Transparência e Responsabilidade nos Relatórios Financeiros”, sugere a necessidade de melhora na cultura de liderança da igreja em todos os níveis da organização, que controle melhor os resultados dessa melhor cultura, que “a comunicação está no cerne da administração efetiva”, e resultaria em maior confiança da liderança leiga da igreja. “Esse não é um problema de auditoria, é um problema de caráter”, disse Juan Prestol, subtesoureiro da Associação Geral, ao discutirem o assunto. “A auditoria já vem muito tarde”, explica ele à Adventist Review, após suas observações, uma vez que a auditoria descobre problemas já ocorridos. O que realmente é necessário é que haja mudanças na liderança adventista da DNA” Wilson disse que os membros da mesa não devem ter medo de questionar os itens apresentados a eles: “Durante as mesas administrativas, faça perguntas. Não assuma que outra pessoa o fará”, disse
RELATÓRIO FINANCEIRO: Robert E. Lemon, tesoureiro da Associação Geral, apresentando o relatório da tesouraria para o Comitê Executivo da Associação Geral, disse que em 2010 o dízimo chegou a dois bilhões de dólares.
ele. Dan Jackson, presidente da Divisão Norte Americana, acrescentou: “Não precisamos ter amigos na sala de reuniões [...] se tenho um lugar na mesa administrativa e respondo a assuntos daquela mesa porque sou amigo, não faz sentido eu pertencer a essa mesa. Você precisa me desafiar e deve fazê-lo com um sorriso.” Ella Smith Simmons, vice-presidente da igreja mundial, enfatizou uma necessidade ainda maior: “Gostaria de desafiar-nos a um total compromisso com a administração holística. É claro que estamos nos concentrando nas operações financeiras. Como podemos, porém, trabalhar com integridade e ética se não valorizamos o comportamento ético em todas as áreas de nosso trabalho, de nosso comportamento, de nossos relacionamentos e da qualidade de nosso desempenho? Deve ser holístico”, disse ela. Em declarações anteriores, Lemon disse que houve melhora nas finanças da igreja em 2010. “Em 2010, o dízimo global superou os dois bilhões de dólares”, disse Lemon. “A despeito da recessão e lenta recuperação da economia nos Estados Unidos, a economia da maioria dos países do mundo continua forte. Isso também refletiu nos dízimos
e ofertas. O dízimo mundial elevou-se em 8,2 por cento, totalizando 2.002 bilhões de dólares. O dízimo na Divisão Norte Americana subiu 1,1 por cento a mais que em 2009, num total de 887 milhões de dólares em 2010, quando comparado aos 877 milhões de dólares em 2009. O dízimo das outras divisões, excluindo a norte americana, teve um acréscimo de 14,6 por cento e totalizou 1.114 bilhões de dólares comparado aos 972 milhões do ano anterior. Parte da elevação deve-se ao valor do câmbio para o dólar americano, mas boa parte é resultado da elevação de moedas locais.” Auditores independentes para a Associação Geral, assim como os vários planos de fundos de pensão relacionados à Associação Geral e Divisão Norte Americana, fizeram comentários positivos a todas as contas, uma vez que os princípios de contabilidade geralmente aceitos, foram cumpridos pela mesa. Juan Prestol, subtesoureiro, acrescentou que o balanço da Associação Geral dos três primeiros meses de 2011, “está 2,6 milhões para o bem”, o que, disse ele, significa que, até agora, a organização está indo muito bem”. – Mark A. Kellner, de Huntsville, Alabama, E.U.A.
Junho 2011 | Adventist World
5
A Igreja em Ação NOTÍCIAS DO MUNDO Adventistas da América do Sul Alcançam Milhões de Pessoas com a
Campanha Amigos da Esperança Evento de um dia incluiu o envio de 1,2 milhões de e-mails com livro em anexo
Por Felipe Lemos, Divisão Sul Americana S OA R E S / A S N
E D G A R D O
M U G U E R Z A / A S N
M O I S É S
Esquerda: E-MAILS DE ESPERANÇA: Alunos adventistas do sétimo dia no Peru, enviaram mais de um milhão de e-mails para seus amigos, com o livro Ainda Existe Esperança em anexo. Só dessa escola, mais de 45 mil cópias do livro foram distribuídos eletronicamente. Direita: “BEM-VINDOS À BOLÍVIA” – Jovens dão as calorosas boas-vindas em uma igreja adventista do sétimo dia na Bolívia.
A
Igreja Adventista do Sétimo Dia na Divisão Sul Americana não estipula alvos pequenos. Este ano, como em anos anteriores, o evangelismo anual tocou a vida de milhões de pessoas no sábado, dia 16 de abril, no território que abrange a Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Ilhas Malvinas, Paraguai, Peru e Uruguai. Do norte ao sul do Brasil, o projeto dos Amigos da Esperança fez a diferença. Na Igreja Adventista Central de Ji-Paraná, Rondônia, um pastor evangélico foi um dos convidados a participar do café da manhã, às oito horas, no dia dos Amigos da Esperança. No distrito de Alta Conceição, na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, mais de 50 lares abriram as portas para receber seus convidados no sábado, e acima de duzentos amigos
6
Adventist World | Junho 2011
compareceram à igreja adventista. Cerca de 50 pessoas pediram estudos bíblicos. No distrito de Urbis I, na cidade de Eunápolis, Bahia, foi servido um delicioso café da manhã para as pessoas que visitaram a Igreja Adventista Central. Em São Paulo, houve várias atividades como parte do projeto Amigos da Esperança. A Igreja Adventista Central de Guarulhos recebeu mais de sessenta visitas. A Igreja Central de Apiaí, na região oeste de São Paulo, recebeu a visita de 40 vizinhos. Vinte visitantes participaram do culto na igreja de Pinheiros. No distrito de CEA Prudente, mais de 300 amigos compareceram ao culto e almoçaram nos lares dos membros da igreja. José Maria, diretor de comunicação da Igreja Central, convidou o ex-prefeito de Conchal, Valdeci Lourenço, para
assistir a um programa especial realizado no centro cultural da cidade. Sementes de Esperança
Durante a semana anterior ao evento, seis escolas da Associação Paulista Leste se envolveram na preparação para o dia dos Amigos da Esperança. Alunos de todas as séries distribuíram pequenos pacotes e um cartão simbolizando sua esperança para o planeta. Essa simples atividade causou um importante impacto ecológico. Nos pacotes havia sementes de girassol, dando a cada pessoa a oportunidade de melhorar a qualidade do ar e de ter uma linda flor em sua casa. A iniciativa e a criatividade de muitos membros fez a diferença nesse dia missionário. Na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Horizonte Azul, localizada no distrito de Santa Júlia, São Paulo, 32 amigos e vizinhos da igreja compareceram ao culto no sábado dos Amigos da Esperança. Eles utilizaram uma van para transportar os visitantes até a igreja. Na igreja adventista de Vila Sanchez, no Vale do Ribeira, os líderes realizaram um esforço de empreendedorismo durante a semana anterior ao dia 16 de abril. No sábado, receberam 106 visitas que junto com eles, adoraram ao Senhor. Os presentes somaram mais do dobro dos 45 membros regulares. Mais de 800 professores e cerca de sete mil alunos transformaram-se em mensageiros da esperança usando a Internet: foram feitos 1.267.852 contatos com o livro Ainda Existe Esperança, enviado em anexo por e-mail. “Foi emocionante quando começamos a receber os relatórios e sentir a satisfação de alcançar os nossos alvos”, diz Edgardo Muguerza Florian, diretor de educação, comunicação e liberdade religiosa da União do Sul do Peru. “Quando me ligaram e disseram que não podiam mais enviar e-mails, pois, já haviam excedido o limite permitido, fiquei muito emocionado e agradecido a Deus.” ■ – com reportagem adicional da ASN Peru
S A Ú D E
N O
M U N D O
Depressão em
Mulheres
Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless Minha amiga tem um marido maravilhoso e dois filhos lindos, mas ela está me preocupando. Ela está muito deprimida. Eu tento incentivá-la a orar mais e a se animar, mas ela parece resistente aos meus esforços. Qual é a sugestão?
F
requentemente a depressão é incapacitante. Há milhões de pessoas que vivem na sombra de uma tristeza profunda, um desespero sombrio, e muitas vezes um sentimento de inadequação e inutilidade. Embora haja vários graus de depressão – e todos nós já experimentamos um setimento depressivo de pequena intensidade – há a incidência de um transtorno depressivo importante que afeta 21,3 por cento das mulheres. É quase o dobro da incidência em homens (12,7 por cento) e, certamente, deve ser levado em conta. Crianças de até dez anos também podem sofrer com depressão, embora não haja diferenças aparentes entre os sexos até a idade reprodutiva. As mulheres tornam-se menos propensas à depressão após a menopausa. Vários fatores influenciam, mas a mulher é mais susceptível à depressão por estresse do que o homem. Elas também são cerca de quatro vezes mais susceptíveis à depressão afetiva sazonal do que os homens. As flutuações hormonais durante os anos reprodutivos podem influenciar os neurotransmissores do cérebro, aumentando a vulnerabilidade à depressão. Em várias sociedades, as mulheres não desfrutam do mesmo status que
os homens, e essa discriminação também tem sua parte na depressão. As exigências de gerar os filhos ou de regular o tamanho da família colocadas sobre as mulheres, significam que, frequentemente, elas carregam grande fardo de responsabilidades associado à pressão da função reprodutiva. A infertilidade e abortos podem ser vistos como falha no cumprimento de seu papel. Os contraceptivos orais podem provocar depressão em mulheres susceptíveis. Os fatores hormonais também podem ser responsáveis pela depressão cíclica ou da fase pós-parto. Sejam quais forem os fatores causadores ou associados, uma mulher com depressão merece e requer muita atenção e compaixão. Pessoas com estados depressivos mais leves, geralmente, reagem positivamente a programas de exercícios; a modificação da dieta também pode ajudar em alguns casos. Nos casos associados a transtornos depressivos, a administração apropriada do estresse pode ajudar, assim como uma comunhão espiritual com Jesus. O transtorno depressivo mais profundo deve ser reconhecido como uma doença física tanto quanto o diabetes ou hepatite. Conselhos imprudentes como “anime-se!” ou “aguenta firme” são o reflexo da falta de conhecimento de quem aconselha e podem induzir a mais dor e a depressão mais profunda. Os promotores da “saúde”, frequentemente desconhecem os mecanismos patofisiológicos e tendem a usar nossa
mensagem de saúde como remédio para todos os males. A ajuda profissional é necessária nos casos de doença depressiva em graus mais avançados. É desaconselhado que os bem intencionados, porém mal informados “reformadores da saúde” tentem interferir na vida de pessoas com tal distúrbio. Nós, os que já perdemos amigos e familiares com essa doença, por cometerem suicídio, compreendemos bem o tormento pelo qual tais pessoas passaram. Até nossos julgamentos religiosos e pronunciamentos sobre o que acontecerá na eternidade com quem cometeu suicídio é uma violação do mandamento de Jesus: “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mt 7:1). Se quisermos agir como Jesus, é importante conservar um espírito compreensivo e apoiador; indicar o auxílio de profissionais capacitados e evitar comentários de condenação. Sugerimos que você ofereça esse tipo de apoio à sua amiga. ■
Allan R. Handysides, M.B., Ch.B., FRCPC, FRCSC, FACOG, é diretor do Departamento de Saúde da Associação Geral. Peter N. Landless, M.B., B.Ch., M.Med., F.C.P.(SA), F.A.C.C., é diretor executive da ICPA e doretor associado do Departamento de Saúde da Associação Geral. Junho 2011 | Adventist World
7
A Igreja em Ação VISÃO MUNDIAL
G I N A
N W A H L E
Mulheres no Coração da Igre a Chantal Klingbeil conversou com Nancy Wilson, esposa do pastor Ted N. C. Wilson, sobre a importância da mulher na igreja e na família. Em quase todos os lugares, as mulheres são numericamente a maioria em nossa igreja. Em sua opinião, quão importante é a mulher para a igreja?
Penso que elas são tremendamente vitais para a igreja e, em muitos lugares, são o coração dela. Elas têm um jeito especial que atrai as pessoas; recebem bem a todos e vão até onde as pessoas estão. Até quando lemos as Escrituras, às vezes lemos de um modo diferente, ou temos uma percepção diferente do que os homens têm de certas passagens. Somos iguais em todos os sentidos, mas somos diferentes e nossa mente funciona de modo distinto. Por isso, em minha opinião, nós temos ideias que, às vezes, os homens não têm.
8
Adventist World | Junho 2011
Você quer dizer que é boa essa diferença?
Ah, sim! O fato de sermos criados à imagem de Deus, homem e mulher, é para que, com nossas diferenças, complementemos um ao outro. Nós nos encaixamos para ser mais completos, como lemos em 1 Coríntios 12 que a reunião de todas as partes do corpo é que o torna completo. Nós precisamos um do outro, pois do modo como nossos pensamentos são processados, nos complementamos um ao outro, e até em nível emocional podemos ser diferentes e complementar um ao outro. Nos últimos cem anos, o papel da mulher tem mudado dramaticamente em quase todas as sociedades. Até mesmo as sociedades mais tradicionais estão sentindo essa mudança no papel da mulher. Embora a maioria de nós sinta que, no passado, esse papel era restritivo, a ausência de papeis é confusa para uma mulher que tenta encontrar seu lugar na
vida, porque você pode ser qualquer coisa. Por outro lado, entretanto, facilmente você pode não ser nada.
Deus deu diferentes dons a cada uma de nós. A competição não deveria estar presente em nenhuma relação saudável. Deus quer que desabrochemos e brilhemos do modo como fomos criados por Ele. Ele nos deu papeis diferentes, funções diferentes, e isso não prejudica ou reflete nos papeis e funções das outras pessoas. Essa é uma coisa muito pessoal. Nossa tendência, às vezes, é comparar-nos com outras pessoas e sentirmo-nos humilhadas por não termos uma carreira profissional. Talvez estejamos em casa, com nossos filhos. Precisamos compreender que se essa é nossa tarefa no momento, então é aí que Deus quer que estejamos. Não há nada mais importante do que ser mãe. A mãe é uma artista, é uma escultora, ela educa para a eternidade. Nada pode ser mais importante do que isso. Na verdade, essa é a função mais importante e mais poderosa do mundo porque preparamos pessoas para a eternidade. A mídia e a sociedade de hoje pressionam muito a mulher sobre o que e quem se espera que ela seja. Como mulheres cristãs, sabemos que devemos ter uma visão diferente das coisas. Qual o valor que a Bíblia dá à mulher?
Há na Bíblia alguém que tenha sido mais honrada do que Maria? Ela era muito jovem. Não tinha frequentado o seminário ou a escola dos rabinos. Ela não era ninguém na sociedade, no entanto a ela foi concedido o maior privilégio
já dado a um ser humano na terra. Ela recebeu esse privilégio porque andava com Deus e reconhecia Sua voz. Lembro-me também de Ana, Abigail e Isabel. Deus as escolheu para causar um profundo impacto na história porque ouviram a voz de Deus e seguiram Sua ordem. Elas foram peças fundamentais no plano de Deus para a sociedade e a cultura em que viveram. Nossa influência também pode ser profunda em nossa família, comunidade e igreja, mas somente se tivermos um relacionamento pessoal com o Senhor. Como mulher, como posso encontrar o meu papel na vida e na igreja? Como descobrir qual é a vontade de Deus, qual meu lugar e como começo a desenvolver o meu potencial?
Deus tem diferentes interesses em cada um de nós e, em minha opinião, Ele quer que encontremos nossa paixão e a persigamos. Tantas vezes já pedi a Deus para que abrisse e fechasse portas para que a Sua vontade ficasse clara. E Ele atende! Às vezes, precisamos procurar as necessidades de nossa igreja e da comunidade. Algumas pessoas sabem, por intuição, quais são seus dons. Outras não, e precisam tentar várias coisas. Você deve ver quais são as necessidades e onde melhor você se encaixa. Então, não é o caso de ficar esperando até que Deus me dê algo realmente importante para fazer?
Lembro-me de ficar frustrada, às vezes, quando as meninas eram pequenas, por ver todas as coisas que, como mãe e dona
Da Perspectiva da Filha Emilie DeVasher, uma das filhas do Pastor Ted Wilson, hoje também esposa de pastor, relembra como seu pai incentivava seu envolvimento na igreja.
Meu pai sempre me incentivou a envolver-me nas atividades da igreja. Na verdade, papai e eu estudamos a Bíblia juntos para me preparar para o batismo. Lembro-me de ter gostado muito daquele período de estudo e de achar bem divertido e interessante. Foi muito bom pertencer a uma igreja e compreender porque eu era Adventista do Sétimo Dia. Possivelmente, tão importante quanto o incentivo de meu pai, tenha sido a atitude muito positiva em relação à nossa família e à família da igreja que ele sempre teve. Ele ainda é muito constante em elogiar minha mãe para nós e dizer quão importante ela é para ele. Isso me ajudou a desenvolver uma
visão muito positiva sobre meu papel na família e meu envolvimento na minha igreja, como esposa de pastor. Meu pai sempre incentivou minhas irmãs e eu a encontrar nosso lugar, ou nosso papel, tanto em casa como na igreja. Quando crianças, papai nos incentivava a participar dos cultos na igreja, nem que fosse com algo bem simples como ler um verso da Bíblia ou fazer uma oração. Ele nos acompanhava e nos ajudava quando ficávamos nervosas. Eu era a mais tímida de nós três e ele foi muito paciente e me ajudou muito. Ele nunca forçou e sempre estava pronto para me dar uma ajuda prática. Lembro-me dele me ajudando a praticar a leitura
de um texto bíblico que eu deveria ler na igreja ou me ensinando como pronunciar os nomes difíceis quando eu tinha que apresentar a carta missionária. Ele era sempre muito gentil, bondoso e incentivador. Isso me animava a buscar oportunidades de me envolver na igreja. Cantamos muito nas igrejas como família. Especialmente quando éramos missionários e vínhamos da África de férias para nosso país. Minhas duas irmãs e eu cantávamos juntas e meus pais cantavam ou tocavam algo. Mamãe e papai são os amigos para quem regularmente telefonamos para pedir conselho. Somos uma família muito unida e meus pais sempre nos apoiaram.
Junho 2011 | Adventist World
9
A Igreja em Ação VISÃO MUNDIAL de casa, eu não podia fazer. Quando, porém, aceitei as limitações e reconheci que eram temporárias, fiquei em paz. Cada etapa faz com que cresçamos em diferentes ministérios, novos desafios e sejamos testadas de diferentes maneiras em cada estágio de nossa vida. Descobri que não crescemos a menos que sejamos testadas. Podemos pensar: Se pelo menos eu pudesse voltar a estudar, ou a ter tal experiência, ou encontrar um marido, ou fazer isso, ou aquilo, eu seria feliz; mas nossa felicidade não tem nada a ver com as circunstâncias. Deus quer que encontremos felicidade em cada dia, esperando nEle e cumprindo a Sua vontade. Conte-nos um pouco sobre você. Penso que seu papel como esposa do presidente da AG é algo que você não conhecia e que não há um manual detalhando a função.
Como eu gostaria que houvesse! É mais ou menos parecido como quando Ted e eu nos casamos. A minha luta era descobrir o que eu deveria ser e fazer como esposa de pastor. Então concluí que eu deveria amar aquelas pessoas e Deus me mostraria o que Ele queria que eu fizesse. Acabei fazendo tudo com o Ted: visitando, dando estudos bíblicos, cursos de culinária, cultos de pôr-do-sol, etc. E amei fazer isso! Eu amava aquele povo. Quanto à minha função agora, ainda amo conhecer as pessoas e aprender sobre as diferentes culturas. Podemos diferir culturalmente, mas somos basicamente iguais. Para mim, é muito emocionante conhecer essas pessoas maravilhosas ao redor do globo! Penso que a melhor maneira de expressar isso é comparando o mundo como a igreja da qual o Ted é o pastor e eu, a esposa do pastor. Você vai ter que amar muita gente!
Eu sei! Eu sei! E estou aprendendo. A questão do valor e da importância da mulher dever ser importante para vocês como casal, uma vez que vocês têm três filhas e cinco netos. Qual é o seu desejo para suas filhas e seus netos?
Temos um santo orgulho de nossas filhas e do modo como estão exercendo a maternidade com seus filhos. Em minha opinião, a mulher tem um valor tremendo. Vejo nossos genros incentivando nossas filhas a serem tudo o que podem ser e a crescer e se desenvolver como mães e esposas, e ao mesmo tempo, manterem sua personalidade singular. É interessante observar em nossos netos, mesmo pequenos, o desenvolvimento da personalidade de cada um, seus interesses, seus dons, e ver como são diferentes uns dos outros, assim como todos nós o somos. Deus é tão criativo! Ele nos fez tão singularmente diferentes e quer que cresçamos, desabrochemos e nos tornemos as esposas, mães, irmãs e amigas que Ele planejou que fôssemos. ■
10
Adventist World | Junho 2011
Duas
POR TED N. C. WILSON
ulheres M que influenciaram
profundamente minha
vida
Minha mãe era uma pessoa extremamente leal, cuidadosa e incentivadora. Ela me mostrou o que é amar a Jesus como amigo e como Salvador pessoal e incutiu em mim e em outros uma fé simples nos ensinamentos da Palavra de Deus e o que significa ser Adventista do Sétimo Dia. Ela fez isso com seu jeito tranquilo de ser. Necessariamente, ela não era uma pessoa pública, exceto pelo fato de ser professora do segundo ano e de amar inculcar as maravilhosas verdades espirituais nos seus aluninhos. Isso ela fazia muito bem. Era muito bondosa, empática e amorosa. No meu caso, foi ela quem deu consistência e estabilidade necessária ao nosso lar, pois meu pai viajava muito. Minha mãe era aquela pessoa calada, mas que deu o rumo na vida da família e de muitas outras pessoas também. Suas qualidades, como bondade, paciência, ternura e confiança, não tinham preço. Hoje, aos 91 anos, ela ainda mantém seu doce sorriso. Outra pessoa que exerceu uma forte influência em minha vida foi a diretora da minha escola no curso fundamental. Seu nome era Miriam Tymeson. Era uma pessoa absolutamente excepcional. Estava sempre no controle de todas as situações. Era uma daquelas raras pessoas que você consegue temer e amar ao mesmo tempo. Tinha uma compreensão profunda sobre a educação cristã e sabia como incutir nas crianças os princípios bíblicos enquanto cumpria um forte programa acadêmico. Era vibrante, eficiente e muito produtiva. A Sra. Tymeson incutiu em mim valores espirituais e a compreensão de que educação é tudo. Era alguém de quem eu sempre gostava de estar por perto. Ela incorporou e reforçou a importância de ser eficiente e capaz naquilo que lhe chegasse às mãos para fazer. A Sra. Tymeson era alguém que fazia a gente ter orgulho de ser cristão, adventista do sétimo dia.
E S P Í R I T O
Paz
Encontrando a
Verdadeıra
Por Ellen G. White
A relação entre a vontade, a verdade e a alma
A
doutrina do Espírito Santo é proeminente nos ensinos de Cristo. Que vasto tema para contemplação e encorajamento! Que tesouros de verdades Ele acrescentou ao conhecimento de Seus discípulos em Suas instruções a respeito do Espírito Santo, o Consolador! Ele abordou esse assunto para consolar Seus discípulos na grande provação que brevemente enfrentariam e para que fossem consolados em seu grande desapontamento. Ele disse: “Isto vos tenho dito, estando ainda convosco; mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.”
ele considerado pelas igrejas! Embora a divina influência seja essencial na obra de aperfeiçocamento do caráter do cristão, o nome e a presença do Espírito Santo são quase ignorados. Alguns não têm paz, nem tranquilidade; estão em constante estado de irritabilidade e permitem que o impulso e a paixão lhes governe o coração. Não sabem o que significa experimentar a paz e o descanso em Cristo. São como um navio sem âncora, agitados e levados pelo vento. Porém, aqueles cuja mente é controlada pelo Espírito Santo, seguem em humildade e mansidão, pois trabalham nas fileiras de Cristo e serão mantidos em perfeita paz; enquanto que os que não são controlados pelo Espírito Santo são como o mar agitado. Conhecendo a Vontade de Deus
A Influência Divina é Essencial
O Redentor do mundo procurou trazer para o coração dos discípulos tristes o mais forte consolo. Mas, a partir de um amplo campo de assuntos, Ele escolheu o tema do Espírito Santo para inspirar e confortar-lhes o coração. E, embora Cristo valorizasse tanto o tema do Espírito Santo, quão pouco é
Esse artigo foi publicado pela primeira vez na Signs of the Times, de 14 de agosto de 1893, sob o título de “Santificação Através da Verdade”. Os Adventistas do Sétimo Dia crêem que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom profético bíblico por mais de 70 anos de ministério público.
O Senhor nos deu um guia divino pelo qual podemos conhecer Sua vontade. Os que são egoístas e autossuficientes, não sentem necessidade de estudar a Bíblia e ficam muito transtornados se outros não compartilham das suas ideias defeituosas e visão distorcida. Mas, o que é guiado pelo Espírito Santo lança sua âncora para além do véu onde Jesus entrou por nós. Ele pesquisa as Escrituras com avidez sincera e busca pela luz e conhecimento que o guiará em meio às perplexidades e perigos que permeiam cada passo de seu caminho. Os que vivem inquietos, reclamando, murmurando, leem a Bíblia com o objetivo de vindicar seu próprio curso de ação e ignoram ou pervertem os conselhos de Deus.
D E
P R O F E C I A
Encontrando Paz
Aquele que desfruta da paz entregou sua vontade à vontade de Deus e deseja seguir Sua direção divina; enquanto que o agitado está constantemente lutando para se manter e tentando mostrar que está certo e que é mantido pelo que considera sabedoria. No entanto, ele é controlado pelo capricho e pelas paixões mutantes de uma alma que não está em Cristo. Para o coração sincero e contrito, verdade é verdade; e se lhe for permitido, santificará sua alma e transformará seu caráter de acordo com a imagem divina. Para o outro, verdade é uma teoria, não levada para a vida prática. Aqueles que percebem qual é a característica da obra que devem realizar para representarem a Cristo, andam gentil e tremulamente diante de Deus, olhando para Jesus, que é o Autor de Consumador de sua fé. Eles não se atrevem a confiar em si mesmos, não se atrevem a inflamar-se com seu próprio fogo e a caminhar sobre o brilho de sua própria luz, pois o Senhor disse que todos esses cairão entristecidos. O Senhor confiou ao Seu povo o tesouro da verdade sagrada e, de modo algum, será desculpável se apresentarem a verdade em seu próprio espírito não santificado, ou usarem a verdade como flagelo para afligir a outros. ■
Perguntas
para reflexão
1. O que podemos fazer para conhecer a vontade de Deus?
2. O que faz a diferença entre a pessoa que tem paz e a pessoa ansiosa?
3. Qual a relação entre a paz e a ansiedade de uma pessoa?
4. O que santificará a alma e transformará o caráter?
Junho 2011 | Adventist World
11
C R E N Ç A S
F U N D A M E N T A I S
Vıslumbres deMeu Por Susana Chaskelis Schulz
E
u estava descendo as escadas da minha casa, carregando no colo meu netinho de dez meses de idade, quando, de repente, ele olhou pra mim sorrindo, apontando para cima, para o quarto onde sua mãe estava, e me “disse”: “Você sabe o que estou querendo, não sabe?” A expressão tácita de Jan não era de angústia ou de medo; ele nem estava me pedindo para voltar. Parecia que estava apenas tentando se comunicar, como que dizendo: eu sei que a mamãe está lá em cima, e estou contente, porque ela é tudo para mim! Sua mensagem sem palavras me fez pensar. Embora ele não pudesse vê-la ou ouví-la, o pequeno Jan tinha certeza de que sua mãe estava lá em cima. Sua linguagem corporal me disse que ele sabia que sua mãe era quem cuidava dele, o alimentava, protegia e provia. Às vezes ela o fez chorar um pouco, especialmente quando trocava suas fraldas ou quando o vestia. Ele sabia, no entanto, que aqueles momentos disconfortáveis não eram nada considerando todo o conforto que a presença dela lhe proporcionava. Apenas um bebezinho, é verdade, mas já tinha aprendido que sem ela, estaria perdido. Essa experiência fez-me refletir em minha vida como filha, mas também despertou reflexões sobre nossa atitude em relação à presença invisível de Deus, o Pai. Quão maravilhoso é saber que, mesmo não podendo vê-Lo, ouvi-Lo ou tocá-Lo, temos um Pai “lá em cima”, de quem podemos depender totalmente e viver por Ele.
Susana Chaskelis Schulz foi a primeira
diretora do Ministério da Mulher na Divisão Sul Americana. Atualmente, atua como editora e coordenadora das edições internacionais da revista Diálogo, no Departamento de Educação da Associação Geral.
12
Adventist World | Junho 2011
NÚMERO 3
Paı
Pálido Reflexo
Vamos parar um momento e pensemos em nosso pai terreno. Alguns, talvez, nunca o conheceram; outros conheceram, mas em vez de encontrar um ser amoroso, responsável e digno de confiança, descobriram alguém egoísta, indiferente e isolado. Alguns de nós desfrutamos da compania de um pai “quase que perfeito”, que dedicou seu amor e proteção enquanto nos preparava para os desafios da vida. Mesmo assim, ele muitas vezes cometeu erros; interpretou mal os nossos motivos, tristezas e desejos; nem sempre foi capaz de nos indicar o caminho certo ou não estava presente quando mais precisávamos dele. A Bíblia me ajuda a compreender como é o meu Pai celestial; posso, ainda, conhecê-Lo melhor ao comparar Deus, o Pai, com meu pai terreno. Ambos os métodos me ajudam a reconhecer várias das Suas características especiais. Como é Ele?
Deus, o Pai, nunca muda; Ele não está presente hoje para desaparecer amanhã. Ele é eterno, não limitado pelas barreiras do tempo (Jr 10:10; Sl 45:6). E Ele quer que sejamos herdeiros do Seu reino eterno. Todos nós podemos ter acesso ao mesmo Pai. Ele é imparcial; Ele não negligencia alguns e cuida de outros. Ele quer o melhor para nós, porque Ele é misericordioso e cheio de amor (Ex 34:6 NVI). Embora não mereçamos, Ele nos convida a vivermos com Ele para sempre. Meu pai terrestre sempre tentou suprir minhas necessidades, embora, às vezes, não tivesse energia e força para segurar, guiar ou carregar-me em seus braços. Mas, meu Pai celestial é infinitamente maior (Sl 89:9); Ele nunca dorme. Ainda me lembro do dia em que meu pai me castigou após me encontrar subindo em um armário cheio de livros. Naquela ocasião, eu achei que ele não era um bom pai; afinal, eu estava apenas tentando pegar um livro para ler. Meu Pai
Ele nos ouve todas as vezes que Lhe falamos de nossa tristeza por desapontá-Lo. celestial é capaz de ver além de minhas ações, Ele pode ver meu coração. Embora sempre nos discipline, Seus julgamentos nunca estão errados; Ele é “paciente, cheio de amor e de fidelidade” (Ex 34:6). Acima de tudo, Ele nos ouve todas as vezes que Lhe falamos de nossa tristeza por desapontá-Lo. Ele acredita em nós e nos perdoa (verso 7). E todas as vezes que perdoa, leva-nos para mais perto de Seus braços de amor. Eu sempre gostei de ganhar presentes de meu pai. Cheio de sincera afeição (sempre muito apreciada), ele geralmente me presenteava com livros. Não sendo ele muito habilidoso em trabalhos manuais, não me lembro de ter ganhado algo feito por ele. Deus, o Pai, é o Criador (Gn 1:1, Ap 4:11) e Sustentador do universo. Ele fez nosso maravilhoso mundo, perfeito e cheio de vida. Agora está preparando um lar celestial, um lugar especial onde desfrutaremos de maravilhas inimagináveis. Finalmente, nosso Pai é também um Deus amoroso. Mais do que uma característica, isso é parte de Sua natureza, porque Deus é amor (1Jo 4:8). Semelhante à nossa incapacidade de compreender a eternidade, simplesmente não conseguimos descrever o Seu amor sem limites. É um amor tão perfeito que vai além de nossa compreenção – tão puro e calmo como um lago traquilo, porém forte e incontrolável como uma onda no oceano. Deus mostrou Seu amor ao dar Seu Filho (Jo 3:16). Ele não emprestou Jesus ou O enviou como um visitante; esse não foi um mero ato de polidez. Quando deu Seu Filho, Deus realmente deu parte de Si mesmo. Ele deu Jesus incondicionalmente, como um presente, para que por meio da vida do Filho pudéssemos ver o Pai, e por meio da morte do Filho, pudessemos viver com o Pai. Oh, sim, Deus, o Pai é muito mais do que eterno, compassivo, misericordioso, amoroso, poderoso, sofredor, justo,
Doeus aı P
perdoador, e o Criador. Como filha, entretanto, nem sempre o compreendo, uma vez que minha mente finita não é capaz de apreender o infinito, ou de compreender imediatamente cada um dos Seus atos. Muitas vezes foram necessários vários anos para eu compreender algumas coisas. No entanto, para mim é suficiente saber que Ele está lá em cima; sem Ele estou perdida. Eu sei que Ele me ama e quer me guiar e cuidar de mim. Sei, também, que Ele quer me levantar quando eu cair; Ele sempre me oferece Sua mão quando Lhe conto as minhas fraquezas e dúvidas. Desejo Me Encontrar com Ele
Meu netinho estava muito feliz, mas sentia tanto a falta da sua mãe que, mais tarde, no mesmo dia, ainda sorrindo, mas com grande esforço – subiu as escadas, pela primeira vez, até chegar onde ela estava. De fato, Deus é invisível e está fisicamente longe de nós, mas esse não é um obstáculo para chegarmos a Ele. Para nós não é difícil “subir as escadas” até Ele (ver Jo 14:9). Quando olhamos para o Filho, de fato vemos o Pai; quando ouvimos o Filho, ouvimos o Pai; quando nos achegamos ao Filho, vamos para perto do Pai; quando falamos com o Filho, falamos com o Pai. Esperamos pelo Filho, para que Ele nos leve para casa, para morarmos para sempre com o Pai. Meu pai terreno já descansa. Não posso mais ouvir sua voz, e frequentemente me lembro de sua melodiosa voz de barítono cantando solos para o Pai celestial a quem amava profundamente. Eu sei, no entanto, que um dia ele levantará seus braços e seus olhos, e, sorrindo, verá seu Pai face a face. Assim, junto aos milhares de redimidos, participaremos de um enorme coro, cantando louvores ao nosso Pai, “Ao Rei eterno, o Deus único, imortal e invisível, sejam honra e glória para todo o sempre. Amém” (1Tm 1:17). ■
Deus, o Eterno Pai, é o Criador, o Originador, o Mantenedor e o Soberano de toda a criação. Ele é justo e santo, compassivo e clemente, tardio em irar-Se e grande em constante amor e fidelidade. As qualidades e os poderes manifestos no Filho e no Espírito Santo também constituem revelações do Pai. (Gn 1:1; Ap 4:11; 1Co 15:28; Jo 3:16; 1Jo 4:8; 1Tm 1:17; Ex 34:6, 7; Jo 14:9) – Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, Nº 3
Junho 2011 | Adventist World
13
D E V O C I O N A L
Por Chantal J. Klingbeil
Bem
Aventurada! Indo além do medo.
O
que é necessário para fazer você feliz? Provavelmente você consiga se lembrar de várias coisas. Alguns de nós pensamos que um casamento melhor, mais saúde ou até um novo par de sapatos poderia fazer toda a diferença. A experiência ensinou a muitos de nós que felicidade baseada em circunstâncias ou coisas, tem vida curta. Façamos, então, a pergunta de um ângulo diferente. O que lhe causa medo? Alguns têm medo de cobras, outros de aranhas. Todos temos medo de sombras estranhas projetadas em nossa janela, à noite. Há também o medo de contrair câncer, de ficar sozinho, ou simplesmente de ficar velho – e a lista não acaba. Diferente da felicidade, sabemos que o medo pode voltar dia após dia, ano após ano.
Chantal J. Klingbeil é mãe, autora,
palestrante e mora em Silver Spring, Maryland, E.U.A. É casada com Gerald Klingbeil e gosta de ficar com suas três filhas.
14
Adventist World | Junho 2011
Deus Vence o Medo
O medo parece estar tecido em nossos genes humanos, e, de certo modo, todos temos que lutar contra ele. Embora Deus ame o medroso, Ele não pode coexistir com o medo, pois “o amor lança fora o medo” (1Jo 4:18). Deus lida com o medo de um modo estranho. Ele não oferece outras circunstâncias ou novas possibilidades. Ele simplesmente nos diz para não termos medo. Quase toda a comunicação do divino conosco, humanos medrosos, começa com o flash brilhante das asas de um anjo e a tão usada frase: “Não temas”. Lembra-se da história do chamado de Josué? Em face de uma tarefa grande demais para ser realizada, Deus diz a Josué: “Não temas” (Js 1:9). Quando Salomão enfrentou o desafio de substituir o grande rei Davi, também foi dito a ele: “Não temas” (1Cr 22:13). Jeremias é confrontado com um desafio ainda mais assustador: ele deve ser o porta-voz de Deus nos poucos anos que precederam a destruição de Jerusalém. Apesar da certeza da adversidade, Deus lhe diz: “Não temas” (Jr 1:8). Embora a simples ordem para não temermos possa parecer boa no papel, é muito mais difícil de por em prática enquanto se aguarda na sala de espera de uma UTI. As palavras podem soar vazias, sem compaixão e até impossíveis.
No entanto, estamos nos esquecendo de quem está dizendo para não temermos. O medo não é desconhecido para Deus. Jesus lutou contra o medo no Jardim do Getsemâni. O cenário e o barulho da noite em que Ele suou sangue, não eram imaginários. Cristo experimentou toda a extensão da dor, separação e o abismo da segunda morte. Ele enfrentou e triunfou não apenas sobre o poder da morte, mas, também, sobre o poder do medo. A História de Duas Mulheres
Duas mulheres se encontram: uma já idosa e estéril, a outra jovem e virgem. A mulher idosa durante toda sua vida enfrentou olhares degradantes, cochichos acusadores e o medo corrosivo de não ser aceita por Deus. Agora, ambas as mulheres estão grávidas pela intervenção miraculosa de Deus. Os longos anos de infertilidade ensinaram Isabel a lutar contra o medo e a encontrar felicidade em meio a circunstâncias não favoráveis. Isabel oferece a Maria o antídoto do medo. Maria vai precisar dele. Ela também não terá uma vida de contos de fada. Definitivamente não encontrará sua felicidade nas circunstâncias da vida. Ela terá que contar a inacreditável história de sua gravidez à sua família. Seu noivo pode decidir abandoná-la e a lei de morte por apedrejamento para as adúlteras, sempre a preocupa. Trinta e três anos mais tarde uma espada parte seu coração enquanto contempla Filho, pregado na cruz, lutando para respirar. Isabel diz: “Bem-aventurada”, em outras palavras, “feliz é ela”. Isabel está dizendo a Maria que felicidade não está relacionada a circunstâncias ideais. Felicidade significará enfrentar seus temores e então escolher obedecer ao mandamento de Deus que ordena não temer. Significa aceitar Deus e Sua palavra, reclamando Suas promessas. Isabel diz que há paz em crer que esse é o desejo de Deus para você. Ela sabe que aceitar a Palavra de Deus significa acreditar que Ele o ama e que Se importa com você e com o que é seu. Esse tipo de fé sabe que Deus tem algo melhor quando as circunstâncias estão longe do que você gostaria que fossem. Será que Maria compreende o que é medo, felicidade e todas as voltas que acontecerão em sua vida de serviço a Deus? Não, ela não compreende. Maria será atraída e ficará perplexa com a vida perfeita de seu Filho. Ela também terá que aprender que “o trono de Davi Seu pai” (verso 32) não é terreno. Ela terá de aprender que os pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos, nem os Seus caminhos os nossos (Is 55:8). Ela ainda não sabe que o plano de salvação de Deus envolve tempo e eternidade, a terra e o universo. Maria não vê o quadro completo, mas sabe o suficiente para confiar. Ela escolhe avançar pela fé. Como Ana, que resolveu
Quase toda a comunicação do divino conosco, humanos medrosos, começa com o flash brilhante das asas de um anjo e a tão usada frase: “Não temas”. cantar cânticos inspirados ao enfrentar seus temores e ao deixar seu grande tesouro, o pequeno Samuel, nas mãos de Deus, Maria começa a cantar. Seu cântico vibra de alegria. Maria confia, pois sabe que Deus é o seu Salvador. Isso é suficiente para que seu espírito se alegre mesmo não compreendendo completamente o plano de salvação de Deus ou sua parte nesse plano. Após seu encontro com o anjo, Maria sabe, sem sombra de dúvidas, que Deus olhou para ela. (Lc 1:48). Entre os milhares de habitantes da terra, ela nunca seria um rosto anônimo. As circunstâncias podem ser desafiadoras, mas Maria pode olhar para o Deus que se lembra de cumprir Suas promessas (verso 54). Ela estava livre para sonhar grande, “pois nada é impossível para Deus”(verso 37, NVI). Maria teve o privilégio singular de ver a Promessa de Deus crescer diante de seus olhos. Ela teve o privilégio de ter nos braços Aquele que abraçaria a humanidade. Ela conhecia Jesus e nunca duvidou de Seu amor, mesmo naquela triste e terrível sexta-feira. Não é de se admirar que ela é chamada abençoada. O que é necessário para fazer você e eu felizes? Deus já olhou para nós. Podemos também olhar além de nossas circunstâncias e de nossos temores. Podemos decidir cantar, não por causa, mas a despeito do que está ao nosso redor. Bem aventurados, sim, “felizes os que não viram e creram” (Jo 20:29 NVI). ■
Junho 2011 | Adventist World
15
A R T I G O D E C A PA
Uma visão atual do ministério da mulher
Capacitando
Mınıs
Mulheres para o Por Sandra Blackmer
Da violência doméstica ao HIV e AIDS, do analfabetismo à extrema pobreza, HeatherDawn Small, diretora do Departamento do Ministério da Mulher da Associação Geral e sua diretora associada, Raquel Arrais, já viram de tudo. Trabalham para amenizar o fardo das mulheres em todo mundo, estimular seu crescimento espiritual, capacitá-las para o evangelismo, e também para difundir a esperança em um futuro melhor, tanto aqui como na eternidade. Como fazem isso? Sandra Blackmer, editora assistente da Adventist World, conversou com Heather e Raquel na sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos, para descobrir seus métodos e motivação. – Os Editores. SANDRA BLACKMER: Fale um pouco sobre sua experiência e como veio a trabalhar no Departamento do Ministério da Mulher da Associação Geral. HEATHER-DAWN SMALL: Sou esposa de
pastor. Vim de Trinidad e Tobago (América Central). Começando em 1996, fui, por cinco anos, diretora do ministério da mulher e da criança em nível de união em meu país. Em 2001, Ardis Stenbakken, que na época era a diretora do Departamento de Ministério da Mulher da AG, estava procurando uma associada, e a Comissão Executiva da AG votou meu nome para ocupar a função. Fui eleita diretora em 2005, quando Ardis se aposentou. RAQUEL ARRAIS: Cresci numa família pastoral e passei grande parte da minha
16
Adventist World | Junho 2011
vida mudando de uma cidade para outra. Casei-me com um pastor e, por cerca de 20 anos, trabalhei diretamente com educação. Era diretora de uma escola quando Deus me chamou para trabalhar no ministério da mulher. Servi como diretora associada desse departamento por cinco anos na Divisão Sul Americana e, em seguida, como diretora associada do ministério da criança por mais dois anos. Sou diretora associada do Departamento do Ministério da Mulher da AG desde 2005. Sou apaixonada por este ministério. Meu coração está aqui! Que mudanças aconteceram no ministério da mulher desde que vocês começaram nessa área?
Heather: Quando eu comecei a trabalhar na União Caribenha, o departamento do ministério da mulher era totalmente novo. Fui a primeira diretora. Passei anos me reunindo com pastores, anciãos e membros da igreja, explicando várias vezes qual era o papel do departamento. Temiam que o objetivo do ministério da mulher fosse transformar-se em um movimento de liberação feminina e não um ministério. Por fim, não foram todas as explicações que demos, mas o que fizemos que finalmente ajudou as pessoas a entender e a nos apoiar. O fato de nos ver evangelizando, ajudando as mulheres como pessoas, e envolvendo-as em outros tipos de ministério, mudou a opinião da igreja. Hoje, temos muito mais mulheres em cargos de liderança; o que é vital, pois a igreja mundial é composta por 70 por cento de mulheres. Quando o departamento foi criado oficialmente? Heather: O Ministério da Mulher foi
criado em 1990, sob a liderança de Rose Otis. Mas, só na assembleia da F O T O :
C O R T E S I A
D A
H O P E
F O R
H U M A N I T Y
AG de 1995 a Comissão Executiva votou como um departamento. Descreva a missão desse departamento. Heather: Temos três palavras
sobre as quais condensamos toda nossa declaração de missão: nutrir, capacitar e evangelizar. Primeiro, procuramos nutrir a mulher, o que envolve o aspecto espiritual, físico, psicológico e emocional. Há tantas mulheres feridas na igreja de modo que não podemos dizer para essas mulheres: “Vá evangelizar o mundo”, se elas estão
térıo enfrentando tremendos desafios pessoais. Em seguida, capacitamos. Neste mundo de desenvolvimento, muitas mulheres não chegaram a cursar o ensino médio. Por isso, produzimos recursos e materiais de treinamento para ajudar a capacitar as mulheres pelo aprendizado. E, finalmente, há o evangelismo. Essas três palavras resumem tudo o que fazemos. Raquel: Se ajudarmos as mulheres a crescer em sua comunhão pessoal com Cristo em um nível mais profundo, elas vão se envolver mais na missão da igreja. Quando as mulheres estão realmente nutridas, elas crescem e evangelizam. Um dos métodos mais efetivos de nutrir e capacitar mulheres é a educação. Se você educa uma mulher, educa uma família, uma comunidade. É por isso que, em 1991, o departamento do ministério da mulher criou um programa de bolsa de estudos. Este ano, 2011, é o vigésimo aniversário desse programa. Produzimos e publicamos, anualmente, a meditação matinal da mulher, para conseguir recursos que ajudam mulheres a estudar nas 13 divisões da igreja, e pela generosidade de tantas pessoas,
conseguimos recursos para mais de 1750 bolsas de estudos, em 150 países – mas gostaríamos de fazer muito mais. Em todo o mundo, inúmeras mulheres têm pouca ou nenhuma oportunidade de ir à escola, têm poucas oportunidades de trabalho e geralmente recebem salários baixos. Só a educação pode livrá-las da pobreza, violência e falta de saúde.
Heather: Quando você entra em contato com essas mulheres, você sente sua dor, ela anda com você. Deus deu às mulheres um coração que se abre, se parte e sente. Raquel: Mesmo com uma vida de dor e sofrimento, muitas mulheres têm esperança no futuro. Elas usam sua dor para abençoar.
Qual o maior desafio que vocês enfrentam agora? Raquel: É difícil dizer. Há a violência
Pode relatar uma experiência que exemplifica isso? Heather: No ano passado, fomos para
contra as mulheres, problemas de saúde, analfabetismo, falta de liderança, necessidade de aconselhamento, trabalho pesado e tantos outros problemas. O fundamental, porém, é ajudar as mulheres a desenvolver um relacionamento pessoal com Jesus, prepará-las para Seu breve retorno e seguir Seu chamado de serviço pelos outros. Heather: Penso que é ajudar a acordar nossas irmãs. Há muita letargia entre nós, uma ideia de que “igreja” é só um dia por semana. Lidamos com mulheres que trabalham demais, estão sobrecarregadas e super estressadas. E além disso tudo, chegamos pra elas e dizemos: “Você precisa parar e passar um tempo com Deus.” Isso é um desafio, mas temos que fazer de Deus nossa prioridade. Raquel: Quando viajamos, onde quer que perguntamos às mulheres: “Qual é seu maior desejo na vida?” Cem por cento responde: “Quero mais tempo – mais tempo com Deus; mais tempo para crescer em minha comunhão com Ele.” Esse é um problema em todos os lugares do mundo, quer tenham toda a tecnologia ou não.
uma aldeia, na Índia, onde o povo é muito pobre. Uma mulher adventista os visita, uma vez por semana, para alimentá-los. Já estávamos chorando mesmo antes de sairmos do carro. As pessoas reconheceram o carro e quando viram que ele se aproximava, imediatamente fizeram uma fila. Havia muitas crianças nuas e semi-nuas, deitados na beira da estrada, com as mães ao lado, segurando bebezinhos. Era de partir o coração! Então, pensei: “Se eu estou me sentindo assim imagina como Deus se sente quando vê Seus filhos sofrendo?!” Esse nunca foi o Seu plano.
Seu trabalho deve ser opressivo, às vezes, não é? Raquel: Sim, é. Às vezes chego em casa
e choro. Quando tenho que representar todas as mulheres, sinto-me tão pequena e fraca. Mas, uma coisa boa sobre o ministério da mulher, é que somos unidas. O sofrimento nos une. Nós vamos aonde elas vivem, ouvimo-las, choramos e nos alegramos com elas. Então, você começa a compreender o que essas mulheres estão vivendo.
Descreva alguns dos projetos desenvolvidos pelo ministério da mulher. Heather: Estamos ensinando as mulhe-
res a fazer sabão e a vendê-lo de porta em porta; ensinamos fazer manteiga de amendoim e vender; como usar a máquina de costura; e outras habilidades. A vida dessas mulheres nunca vai mudar a menos que sua situação financeira mude, a menos que lhes sejam ensinadas habilidades que as ajude a alimentar sua família. E, no processo de ensinar essas habilidades, mostramos a elas o amor de Deus e quanto Ele se importa com elas de um modo tangível. Um dos programas mais importantes é o “Lares Seguros para Mulheres”, que oferece refúgio a vítimas da violência
Sandra Blackmer é
editora assistente da Adventist World
Junho 2011 | Adventist World
17
doméstica. Uma mulher me contou que seu marido a agredia fisicamente por muitos anos. A equipe do Lar Seguro a ajudou não apenas com aconselhamento, mas, também, a começar uma nova vida sozinha. E eu penso: Senhor, o que aconteceria se não tivéssemos esse Lar Seguro no qual o Senhor habita? Hoje, aquela mulher é uma cristã adventista do sétimo dia, batizada. Vocês devem ver muito sofrimento. Heather: Sim. Quando eu comecei esse
trabalho, meu objetivo era o treinamento. Assim, em 2002, participei de um grande congresso de mulheres na África
ter um bom lar? Então, pensei: a Rede! Dei o bebê de volta para ela e disse: “Espera aqui.” Encontrei as líderes do ministério da mulher e disse-lhes: “Preciso de uma assistente social, preciso de algum tipo de pessoal de enfermagem e preciso de mulheres bondosas.” Em vinte minutos levamos um grupo de mulheres até aquela mulher. Naquele exato momento, ela pôde falar com uma assitente social, com outra mulher que iria a sua casa, todos os dias, para cuidar dela e do bebê. Elas acharam até um casal que estava interessado em adotar a criança – tudo no mesmo dia! Isso só pode acontecer num evento do ministério da
Da esquerda para a direita: Heather-Dawn Small e Raquel
comunidade, e como isso tem ajudado a aproximação delas conosco, e por nosso intermédio, a se aproximarem de Deus – é maravilhoso! Então, sim, queremos máquinas de lavar roupa! Queremos mais máquinas de lavar roupa! O que as leitoras, que não estão oficialmente envolvidas no ministério da mulher, podem fazer para ajudar? Raquel: Devem descobrir quais são seus
dons espirituais, as coisas que amam fazer e peçam a Deus que lhes mostre como usar esses dons para ajudar a outros. Heather: Elas não precisam ter o dom de pregar ou ensinar. Eu visitei uma igreja onde as mulheres fazem cestas de presente para mães cujos bebês morreram ao nascer. Elas reuniam roupinhas bonitas para vestir o bebê para o enterro. Que ministério! E nesse ministério estão envolvidos muitos dons. Uma mulher embala e decora; essa é sua parte. Outra ama fazer crochê ou tricô. E há aquela irmã que gosta de fazer cartões. Todos esses dons combinados em um ministério. Deus usará tudo o que gostarmos de fazer para alcançar outros. Se os leitores pudessem guardar apenas uma coisa deste artigo, o que deveria ser? Heather: A necessidade de ligar seu
do Sul. Lá eu encontrei uma jovem segurando um bebê, que me disse que era portadora do HIV e AIDS. Ela foi contaminada pelo marido, que já havia falecido, e seu médico disse que ela também morreria a qualquer hora. Agora, ela tinha seu bebezinho que, louvado seja o Senhor, nasceu sem HIV e AIDS. Ela me disse: “Vou morrer logo. Você não quer levar meu bebê?” Eu estava segurando aquela preciosa criancinha e pensei: Sim, eu quero esse bebê! Eu quero esse bebê! Mas, não! Eu não posso levar esse bebê. O que eu vou fazer? Lembro-me de ter ficado ali, sentindo-me absolutamente impotente, e pensei: Que vou dizer para essa mulher que está morrendo e quer ter certeza de que seu bebê vai
18
Adventist World | Junho 2011
mulher onde podemos falar umas com as outras, onde suprimos as necessidades e onde as pessoas se unem. Vocês também patrocinam projetos como o da máquina de lavar (veja quadro, p. 19). O que vocês diriam para os que podem se envolver com tão “pequeno” esforço? Heather: Se você tem uma necessidade,
você tem um ministério. O que é visto como uma necessidade em uma parte do mundo, pode ser visto de maneira diferente em outro. Alguns podem dizer: “Como pode alguém colocar uma máquina de lavar roupa dentro de uma igreja?” Mas quando você percebe o impacto que isso tem causado nas mulheres daquela
coração ao coração dos outros. Foi isso que Jesus fez. Se as pessoas não sentirem que nós realmente nos importamos com eles, então perdemos o barco. Raquel: Jesus nos valorizou e incentivou. Ele disse que temos valor. Ellen White diz no livro Evangelismo, página 469: “Quando se tem a fazer uma grande e decisiva obra, Deus escolhe homens e mulheres para realizá-la, e ela sofrerá o dano caso os talentos de ambas as partes não se aliarem.” Essa é a missão do ministério da mulher. Nós valorizamos as mulheres e damos a elas um lugar para expandir seus dons espirituais. É nosso dever seguir o exemplo de Jesus e juntas terminarmos a obra. Para saber mais sobre o Departamento do Ministério da Mulher da AG, visite http://adventistwomensministries.org. ■
Ministério da Prisão Moldávia e Panamá
A
s mulheres das Divisões EuroAsiática e Interamericana levam a sério a ordem de Jesus para visitar os aprisionados (veja Mt 25:36). Ao suprirem as necessidades materiais dos prisioneiros, também falam de um Salvador que os ama incondicionalmente. Moldávia Dez penitenciárias pontuam o território de uma pequena república do Leste Europeu, a Moldávia, localizada entre a Romênia e a Ucrânia. “Quase todos os presos foram abandonados por seus parentes e amigos, alguns até mesmo pela mãe”, disse Raisa A. Ostrovskaya, diretora do ministério da mulher da Divisão Euro-Asiática. As mulheres envolvidas no ministério da prisão daquela região, visitam os internos semanalmente. Elas levam alimentos, roupa quente, papéis, canetas e outros ítens úteis. “Elas também dão a eles esperança, amor e palavras de ânimo”, explica Ostrovskaya.
C O R T E S I A
Ostrovskaya descreve a líder de um ministério da prisão local, como “uma mulher amável que vende abajours no mercado como meio de sobrevivência. No seu coração não há espaço para reter coisas para si mesma”, diz Ostrovskaya. “Tudo que recebe, ela reparte.” Outra mulher, com 80 anos de idade, tricota meias para os prisioneiros; o total agora já chega a mais de 300 pares. A história de muitos dos prisioneiros é de partir o coração, diz Ostrovskaya, mas, às vezes, os esforços dos voluntários do ministério da prisão levam pessoas a Deus. “Essas mulheres oferecem apoio físico e espiritual para muitos cuja vida, em geral, é uma luta pela sobrevivência”, acrescenta Ostrovskaya. “Por meio desse trabalho, dez preciosas pessoas já se batizaram.” Cerca de onze mil Adventistas frequentam as 153 igrejas das Associações do Norte e do Sul da Moldávia.
D A
D I V I S Ã O
E U R O - A S I Á T I C A
Moldávia: Mulheres adventistas preparam alimentos para levar às prisioneiras da penitenciária local. Panamá Dona Rosa Tamburrelli, que se envolveu no ministério da prisão, há 18 anos, logo após seu batismo na Igreja Adventista do Sétimo Dia, recebeu, recentemente, o reconhecimento por sua importante contribuição com esse ministério. “Todos os anos, Dona Rosa dirige uma campanha evangelística dentro dos muros do centro de reabilitação”, diz Cecilia de Iglesias, diretora do ministério da mulher da Divisão Interamericana. “Cerca de 450 pessoas já entregaram a vida a Deus durante essas campanhas. Todas as semanas, ela supre as prisioneiras com artigos de higiene pessoal, remédios e outros itens.” Cerca de 94.000 membros frequentam 246 igrejas adventistas das Associações Este e Oeste do Panamá e da Missão Central do Panamá. ■
Projeto das máquinas de Lavar Roupas Azerbaijão I
r ao encontro das necessidades simples e práticas de famílias pobres na zona rural no Azerbaijão, tem se mostrado uma oportunidade de compartilhar a mensagem do evangelho naquele país. Fazendo fronteira com o Mar Cáspio, entre o Irã e a Rússia, o Azerbaijão tem se beneficiado pelo crescimento econômico decorrente da exportação de petróleo, mas a riqueza adicional não tem benefiado a todos. Em muitas áreas rurais, até o conforto básico como o aquecimento central e acesso ao abastecimento de água não existem. “Mulheres idosas abandonadas e pessoas deficientes são vistas em todos os lugares”, diz Raisa A. Ostrovskaya, diretora do ministério da mulher na Divisão Euro-Asiática. “Essa pobreza mutilante foi a razão principal da criação do projeto da máquina de lavar roupa.”
Foram levantados recursos e doados específicamente para esse projeto, que cobriram os custos de uma máquina de lavar, instalada na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Baku. As mulheres de famílias com baixa renda daquela comunidade vêm para a igreja, com horário marcado, para lavar suas roupas. Enquanto esperam pelo ciclo de lavagem, aprendem das mulheres, membros da igreja, sobre Deus e a Bíblia. O projeto teve tanto sucesso que as líderes do ministério da mulher de países vizinhos como a Moldávia, Geórgia e Ucrânia lançaram campanhas de levantamento de recursos para realizar um projeto semelhante em sua região. Mais de setecentos Adventistas do Sétimo Dia se reunem em cinco igrejas no Azerbaijão, cuja população é de cerca de nove milhões de pessoas. ■
Junho 2011 | Adventist World
19
Alfabetização Bulgária e Papua-Nova Guiné P
oucas habilidades alteram mais dramaticamente a vida de uma pessoa – especialmente de uma mulher – que ler e escrever. Quando uma mulher é alfabatizada, seu status, a autoestima e suas habilidades de gerar recursos, aumentam consideralmente. No mundo inteiro o ministério da mulher promove a alfabetização e por meio dessa atividade espalham a mensagem do evangelho. A seguir dois exemplos: Bulgária Além de ler e escrever, as mulheres de Chirpan e Rizino ensinam outras mulheres – grande número delas são ciganas – um estilo de vida saudável, planejamento familiar e como lidar com a violência
doméstica. Também ajudam as crianças de lares de baixa renda a fazer a lição de casa. Denise Hochstrasser, diretora do ministério da mulher da Divisão EuroAfricana, declara que o “analfabetismo está fortemente ligado ao baixo nível social, pobreza e saúde deficitária. O analfabetismo prende a mulher em um ciclo de pobreza com poucas opções de melhorar economicamente.” Ela acrescenta que se a mulher aprender a ler, será capaz de ler a Bíblia. “Essas mulheres vivem em um país que limita suas chances de desenvolver essas habilidades”, diz Hochstrasser. “Elas também são objetos de discriminações múltiplas. Ao ministrarmos um curso de alfabetização baseado na Bíblia, temos
C O R T E S I A
D A
D I V I S Ã O
D O
S U L
D O
PA C Í F I C O
CORAÇÃO CORAJOSO: Mais de 400 pessoas se uniram à Igreja Adventista do Sétimo Dia como resultado da escola de alfabetização de Mardlyn Francis (esquerda). Posando com ela está Jeanette Egu, diretora do Departamento do Ministério da Mulher da Associação Central de Papua.
ede de R Capacitação e de Saúde da Divisão Norte Americana
N
os Estados Unidos a equipe dos três centros de restauração da Rede de Capacitação e de Saúde da Mulher (WHE) está pronta para “abraçá-la com amor e proteção”, oferecem ajuda profissional e todo apoio de que precisar, diz Mable C. Dunbar, presidente dessa organização sem fins lucrativos. Dunbar, como profissional de aconselhamento, terapeuta de comportamento cognitivo e conselheira na área de violência doméstica, fundou a Rede WHE em 2008. Ela é apoiada pelas Uniões Upper Columbia e Norte do Pacífico. A missão da Rede WHE (com sede em Spokane, Washington), segundo sua página na Internet, é “proporcionar a cura e a capacitação de indivíduos, famílias, lares, igrejas, escolas e
20
Adventist World | Junho 2011
Mulher
outras organizações, por meio de educação fundamentada na fé, aconselhamento, centros de tratamento, recursos educacionais e outras atividades de apoio na área da violência doméstica, abuso sexual e outros tipos de abuso.” A Rede também ajuda outras organizações religiosas a criar praxes e procedimentos que ajudam a “prevenir a violência contra a criança, proteger as vítimas e responsabilizar os culpados por seus atos.” “Quando trabalhava como diretora executiva de um abrigo do estado, vi que muitos dos meus clientes eram cristãos”, explica Dunbar. “A maioria permanecia em relacionamentos violentos pois pensavam ser sua obrigação como cristãos. O Senhor me convenceu a desenvolver um ministério de restauração para apoiar as vítimas da violência doméstica e outros tipos de
a oportunidade de encontrar as pessoas da comunidade, de ler a Palavra de Deus com elas e compartilhar o evangelho.” Cerca de 7.500 adventistas residem na Bulgária. Eles frequentam 122 igrejas espalhadas pelo país.
F O T O :
C O R T E S I A
D A
W H E
Papua-Nova Guiné Mardlyn Francis, assitente local da liderança do ministério da mulher nas montanhas de Papua-Nova Guiné, resolveu ajudar três mulheres de sua aldeia a.aprender a ler. Ela usou o único livro que tinha, sua Bíblia. Após a primeira lição ela pediu para as três mulheres trazerem uma amiga na
próxima aula; e elas trouxeram. Então, Francis desafiou as seis mulheres a trazerem mais seis. Na aula seguinte, compareceram doze mulheres. “Mardlyn, porém, não parou aí”, disse Erna Johnson, diretora do ministério da mulher da Divisão do Sul do Pacífico. “Seu objetivo era mudar o ambiente onde vivia.” Em seguida Mardlyn pediu às mulheres que convidassem o esposo para as aulas. O grupo cresceu para 24 alunos. Uma professora da escola fundamental ofereceu uma sala de aulas para Francis usar nesse ministério bem sucedido. Nem todos, entretanto, estavam felizes com o trabalho que Francis estava fazendo. Surgiram falsos boatos e ela foi ameaçada por algumas pessoas. No entanto, com a ajuda e o apoio do seu pastor e da diretora do minstério da mulher da Associação
TRABALHANDO JUNTAS: Mable Dunbar (direita), diretora da Rede WHE, fala com Ron Ulmer, pastor batista, e sua esposa, Rhonda, que estão doando o uso de sua casa para para o funcionamento do Centro de Restauração da Patty.
Papua Central, Jeanette Egu, ela continuou a ensinar. Os alunos agora chegam às centenas. Um dia Francis e seus alunos foram expulsos da escola, assim, montaram uma barraca de lona em um terreno baldio. Logo a barraca foi destruida por um vento forte. Mas, embora a maior parte de seus alunos estivesse desempregada, vendiam vegetais de suas hortas para comprar o material para as aulas. Por três vezes Francis e seus alunos tiveram que aumentar sua barraca para acomodar a todos. Hoje, mais de 400 membros se uniram à Igreja Adventista do Sétimo Dia por meio da escola de alfabetização de Francis. Aproximadamente 250 mil membros frequentam as 875 Igrejas Adventistas do Sétimo Dia na União de Papua-Nova Guiné. ■
violência, abordando tais problemas sob a perspectiva cristã.” A Rede WHE realiza sua missão em três centros de restauração: o da Patty, o da Frieda e o da Ellen, que oferecem aconselhamento baseados na Bíblia, bem como apoio espiritual e prático para mulheres e crianças. Dunbar ainda diz que “a educação é um dos principais fatores na prevenção da violência e para a recuperação a longo prazo.” Além dos centros de restauração, Dunbar e sua equipe alcançam seus objetivos por meio de palestras, seminários, cursos para pais, aconselhamento com profissionais cristãos, apoio para homens abusivos e DVDs institucionais. “Os centros de restauração dirigidos pela WHE oferece esperança e restauração mais que necessárias às mulheres e crianças abusadas”, diz Carla Baker, diretora do ministério da mulher para a Divisão Norte Americana. “Necessitamos de centros similares a esses em todas as uniões dessa divisão, uma vez que a violência doméstica entre os adventistas é tão grande quanto na população em geral. Mable e seu esposo Colin, têm meu aplauso pela dedicação e importância que dão a esse ministéiro.” Para mais informação sobre a Rede WHE, visite www.whenetwork.com. ■
Junho 2011 | Adventist World
21
Cuidando do
Mais Vulnerável Divisão África do Sul- Oceano Índico
B
otswana continua a ser um dos países com o maior índice de pessoas contaminadas com o HIV e AIDS. Em 2009, estimou-se que 300 mil adultos – um quarto da população com 15 anos de idade e acima – viviam com o HIV. A expectativa de vida caiu de 65 anos em 1990-1995 para menos de 40 anos em 2000 – 2005.* Como resultado, mais e mais crianças hoje são órfãs. Foi para atender à crescente necessidade de abrigos para cuidar dessas tão preciosas crianças que o ministério da
mulher de Botswana – com o apoio do governo local e dos adventistas da Austrália e Canadá – fundou seis orfanatos nesse país do sul da África, que faz fronteira com o Zimbábue e África do Sul. O maior orfanato, que abriga cerca de 20 crianças em idade pré-escolar e 70 com mais idade, é em Thamaga. “Nosso objetivo é ajudar a diminuir o abuso contra crianças órfãs”, diz Susan Williams, diretora do ministério da mulher na União Missão de Botswana.
“O orfanato oferece segurança para as crianças, e é onde elas recebem o amor e o cuidado que merecem.” Além de suprir as necessidades básicas, os orfanatos em Botswana lutam para reduzir o estresse, o abuso infantil e a delinquência juvenil. Eles ainda suprem as necessidades de orientação física, emocional e educacional com aconselhamento, encaminhamento para assistência médica e ensinando habilidades como fazer pão, tricô, costurar, fabricação de velas e plantação de horta orgânica. “Nossa visão é saturar Botswana com a mensagem de que vale a pena viver”, diz Willams, “e que tudo deve ser feito para influenciar e cuidar dos órfãos, dos jovens e dos que estão vulneráveis.” Cerca de 30 mil adventistas frequentam as 89 igrejas da União do Botswana. ■
Da esquerda para a direita: AS CRIANÇAS MAIS VULNERÁVEIS: Os órfãos de Botswana recebem amor e o cuidado de que necessitam em um dos seis orfanatos adventistas do país. SUPRINDO AS NECESSIDADES: Distribuição de roupas aos órfãos do Orfanato “Place of Peace” (Lugar de Paz), em Gumare. Ao lado: ORFANATOS: Orfanato
“Place of Joy” (Lugar de Alegria), em Maun.
C O R T E S I A
22
D A
D I V I S Ã O
Á F R I C A
D O
S U L
–
Adventist World | Junho 2011
O C E A N O
Í N D I C O
A RT I G O E S P E C I A L
O
Grande Tocando Vidas
Por Gina Wahlen
:
pelo Mundo C O R T E S I A
D E
W E N DY
L U H A B E
Nota do Editor: Neste artigo, vamos conhecer três mulheres de diferentes partes do mundo. A despeito de suas diferenças, uma linha comum une as três histórias – cada uma delas foi tocada por um poderoso livro: O Grande Conflito, de Ellen G. White. Leia o artigo e veja como você pode ser parte desse legado.
Procurando a Verdade:
Wendy Luhabe – África do Sul
“Sou uma pessoa revolucionária, do tipo silencioso”, disse Wehdy Luhabe, de Johannesburgo, África do Sul, ao repórter. Como uma das mulheres de negócio mais proeminentes da África do Sul e empreendedora social, Luhabe já realizou muitas coisas. O livro “O Grande Conflito”, porém, mudou sua vida para sempre. O currículo de Wendy Luhabe é cheio de cargos poderosos e vários prêmios internacionais – ela faz parte do conselho administrativo de sete grandes corporações e é membro do conselho da Johannesburg Securities Exchange. É cofundadora do Women Investment Portfolio Holdings e está entre as 50 principais empresárias do mundo. Em 2006, foi nomeada chanceler da Universidade de Johanesburgo, a primeira mulher a ocupar esse cargo. Ocupa posições de influência em toda a Europa e já recebeu um prêmio de prestígio do Fórum de Economia Mundial, na Suíça, e homenagens no Japão. É autora do livro Defining Moments (Momentos Decisivos), cuja renda é utilizada na educação de mulheres negras desamparadas. Um Presente que Transforma Vidas
Nada parecia diminuir o rítmo de Luhabe, superempreendedora, até que ela fraturou o tornozelo no início de 2010. Enquanto permaneceu em casa recuperando-se, uma amiga lhe deu um conjunto de DVDs do evangelista sul africano, Mark Woodman, que a introduziu ao assunto do grande conflito. Após contar ao filho Lumko e à nora Zanele sobre as coisas incríveis que estava aprendendo, Zanele deu a ela o livro O Grande Conflito, de Ellen G. White. Wendy leu o livro avidamente e ficou tão impressionada que foi à loja de
Agradecida: Wendy Luhabe, empresária em nível internacional e ativista social, agradece por ter recebido O Grande Conflito. livros adventistas e comprou toda a coleção de livros de Ellen White. Além disso, Wendy entrou em contato com Paul Ratsara, presidente da Divisão África do Sul e do Oceano Índico. Ratsara ofereceu-se para estudar a Bíblia com ela e, seis meses mais tarde, no dia 23 de outubro de 2010, teve o privilégio de batizar Wendy Luhabe na Igreja Adventista do Sétimo Dia. “Sendo anglicana toda a minha vida, e há dez anos procurando por uma igreja que defende a verdade, sinto-me abençoada por ter sido levada à Igreja Adventista do Sétimo
Gina Wahlen é editora assistente
interina das revistas Adventist World e Adventist Review.
Junho 2011 | Adventist World
23
A RT I G O E S P E C I A L
Dia”, disse Wendy. “Os livros de Ellen G. White foram muito importantes. Quando li O Grande Conflito, compreendi, pela primeira vez, o significado do que aconteceu no Jardim do Éden, da crucifixão de Cristo, da decepção de minha antiga religião, o fato de que o mundo é caracterizado tanto pelo bem como pelo mal e, finalmente, do conflito entre o pecado e a justiça.” “Já doei esse livro para várias pessoas lerem – inclusive para um bispo da minha antiga igreja. O Grande Conflito foi fundamental na minha decisão para o batismo em outubro de 2010.”
enquanto conversava com ele no tribunal distrital dos Estados Unidos em Washington, D.C. O supervisor, que não era adventista do sétimo dia, estava lendo O Grande Conflito, de E. G. White. Reconhecendo o nome da autora, ela pediu o livro emprestado quando o supervisor terminasse a leitura. Quando Karen recebeu o livro, ela não conseguia parar de ler. Todas as dúvidas que por anos a tinham atormentado – As coisas vão ser sempre assim? Deus é realmente o Criador? Será que Jesus vai voltar mesmo? – estavam sendo respondidas enquanto “devorava” o livro O Grande Conflito. “O Deus servero e vingativo de quem eu tinha medo, não era o mesmo Deus sobre quem eu li no O Grande Conflito”, disse Karen. “Descobri, pela primeira vez, o que Deus sofreu por nossa causa – que Ele realmente nos ama [...]”. Sua voz fica embargada pelas lágrimas que escorrem pelo seu rosto. “Deus me guiou o tempo todo e, agora, olhando para trás, sou grata por poder verbalizar isso.” Karen logo foi batizada na Igreja Adventista do Sétimo Dia e hoje trabalha como chefe de segurança da sede mundial da Igreja Adventista, em Silver Spring, Maryland, E.U.A.
Procurando um Deus de Amor:
Karen Banner – Estados Unidos
Karen Banner almejava encontrar um Deus de amor – alguém diferente da pessoa que lhe ensinaram ser Deus: severa, crítica e vingativa. Por ter sido criada em um lar muito católico, Karen frequentou escolas católicas até o ensino médio. Embora tivesse recebido uma educação religiosa, Keren ansiava por algo mais. “Algo dentro de mim tinha dúvidas”, lembra-se ela. “Eu tinha dúvidas sobre Deus, sobre a fé, e essas questões não estavam sendo respondidas.” Após sua formatura, Karen continuou sua busca – procurou pelas respostas em muitos lugares, inclusive na igreja batista, mas não encontrou. Mesmo tendo conhecido um rapaz adventista do sétimo dia, mais tarde se casado com ele, e o acompanhando à igreja, ela “ainda tinha muitas perguntas que, por alguma razão, não eram respondidas.”
Arriscando-se:
Leah Polischuk – Ucrânia
Esse era um ritual na casa de Leah Polischuk : cobrir todas as janelas, fechar as portas, entrar num pequeno guardaroupas de madeira e datilografar sob um cobertor para abafar o barulho da antiga máquina de escrever mecânica. Todos os dias Leah arriscava sua vida para que outros fiéis da União Soviética pudessem ler o material religioso contrabandeado, inclusive O Grande Conflito. “Nunca consideramos essa atividade como um risco”, disse Leah , mais tarde. “A necessidade era grande; fazíamos isso, pois sabíamos que precisava ser feito.” Leah fazia parte de uma grande rede secreta adventista, que produzia os livros ilegais chamados samizdat (autopublicados) durante o período comunista. Mais de trinta mulheres eram datilógrafas dessa rede secreta que incluía muitas outras mulheres e homens que serviam como tradutores, encadernadores de livros e distribuidores. Além de produzir cópias datilografadas (às vezes, escritas à mão) do O Grande Conflito e outros livros de Ellen White, a rede também traduzia as lições da Escola Sabatina e vários outros materiais religiosos importantes. Pelo fato de todas as máquinas de escrever na ex-URSS serem registradas e monitoradas pela polícia secreta da KGB, a rede adventista adquiria equipamentos velhos e quebrados, consertava e os usava para produzir os preciosos livros.
Encontrando Respostas
G I N A
W A H L E N
Um dia Karen, delegada especial da Polícia dos Estados Unidos, percebeu um livro na escrivaninha do seu supervisor
RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS: Quando leu O Grande Conflito, Karen Banner encontrou respostas para suas muitas perguntas.
24
Adventist World | Junho 2011
Alimento Espiritual Vital
“O Grande Conflito era mais importante para nós do que pão”, disse Nikolai Zhukaluk, coordenador dos livros samizdat na Ucrânia, “porque era nosso pão espiritual.” Tanto Leah Polischuk como o Pastor Zhukaluk pagaram na prisão o preço por alimentar as pessoas com esse pão espiritual.
De cima para baixo: LIVRO SAMIZDAT: Um dos muitos livros de Ellen White datilografados secretamente durante o regime soviético da ex-URSS. TRABALHO SECRETO: Teclado de uma máquina de datilografia russa, usada para produzir centenas de cópias ilegais de O Grande Conflito e outros livros de Ellen White. a história humana e o futuro do nosso planeta. Com essa compreensão, Ellen White apelou aos adventistas do sétimo dia que divugassem amplamente esse livro, pois “em O Grande Conflito, a última mensagem de advertência ao mundo é dada mais distintamente que em qualquer de meus outros livros”. (O Colportor Evangelista, p. 127) É Ainda Pertinente Hoje?
Enquanto cumpria pena em sua cela minúscula, Leah, com 25 anos de idade, consolava a si mesma confiando em Deus e em Suas promessas. “Naquela época (durante o comunismo) nos acostumamos a decorar muitos textos bíblicos”, disse Leah, “e ainda me lembro de muitas das promessas que decorei.” Não intimidada pelo tempo que passou na prisão, Leah, quando libertada, voltou ao seu trabalho arriscado, produzindo O Grande Conflito e outros preciosos livros para os que buscavam a verdade. Por meio dela e de outros que também se arriscaram, milhares de livros foram distribuídos pela antiga União Soviética.
É Hora de Arriscar:
Todos os Membros da Igreja
Hoje, os adventistas do sétimo dia em todo o mundo são convidados a assumir o risco e partilhar esse livro importante e oportuno com seus amigos, vizinhos, colegas de trabalho e até mesmo com estranhos. “Não se intimide e não tenha receio do que as pessoas podem pensar e dizer se os presentearmos com um exemplar do O Grande Conflito”, diz Ted N. C. Wilson, presidente da Associação Geral (AG). “Vá e confie em Deus. Espere, pois Ele fará com que o destinatário leia esse material que contém a verdade, e seja transformado.” Muitas pessoas estão buscando o sentido para a sequência rápida de acontecimentos ao seu redor, e O Grande Conflito oferece respostas concretas às questões mais prementes sobre
Resumo d o Projeto
Esse conselho é ainda pertinente hoje? Baseado em experiências como a de Wendy Luhabe, na África do Sul, Karen Banner, nos Estados Unidos e Leah Polischuk, na Ucrânia, os líderes da igreja acreditam que a resposta é um incontestável: Sim. Para incentivar os membros das igrejas de todas as treze divisões do mundo a distribuir esse livro em seus países e comunidades, o Comitê Executivo (A.G.) votou uma iniciativa chamada “Projeto O Grande Conflito”, que visa uma distribuição em massa do livro de Ellen White durante os anos de 2012 e 2013. Além disso, os membros da igreja estão sendo convidados a preparar-se para essa distribuição, por meio da leitura do livro durante o ano de 2011. “O Grande Conflito tem as respostas para as perguntas do mundo nesses últimos dias”, diz Delber W. Baker, vice-presidente da AG e diretor do projeto. “Eu incentivo os membros a ler ou reler o livro durante este ano, e então, unir-se à família mundial da igreja comprando vários exemplares e tornando-os disponíveis para familiares, amigos e desconhecidos.” Os livros O Grande Conflito estão sendo preparados para venda com preços especiais para incentivar a compra de vários exemplares. Estarão disponíveis as versões: clássica, condensada, com linguagem moderna e a versão para jovens.* “Queremos distribuir o maior número de exemplares possível”, diz o Pastor Ted Wilson, “mas esse projeto cumprirá os alvos do Espírito Santo, não os nossos. Vamos deixar que o Espírito Santo nos dirija e sigamos pela fé.” ■ *Versões disponíveis em inglês. No Brasil, teremos as versões: A Grande Esperança (Uma seleção de 11 capítulos de ‘O Grande Conflito - condensado’) e O Grande Conflito – condensado (em linguagem atualizada).
O Grande Conflito
■ 2011 – Cada membro de igreja lê ou relê O Grande Conflito.
■ 2012-2013 – Cada membro da igreja, congregação, departamentos e outras instituições da igreja, distribuem o maior número possível de livros. ■ Visite
www.thegreathope.org
para mais informação.
Junho 2011 | Adventist World
25
P E R G U N TA S B Í B L I C A S
P E R G U N T A : Ouvi
algumas dúvidas sobre a pessoa do Espírito Santo no livro do Apocalipse. O Espírito é um membro da Trindade no Apocalipse?
Há uma fórmula triádica na qual as três pessoas da Trindade são mencionadas: “João, às sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e paz a vós outros, da parte dAquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono e da parte de Espírito desempenha um papel importante no livro Jesus Cristo” (1:4, 5). Graça e paz são dons de Deus que se do Apocalipse. De fato, o livro começa e termina originam nos membros da Trindade. O livro termina com referências ao Espírito (Ap 1:4; 22:17).* Para referindo-se às três pessoas: Jesus (22:16), o Espírito (22:17) alguns, porém, o fato de o Espírito não ser descrito como e Deus (22:18). Encontramos, várias vezes também, a estando no trono como o Pai e o Filho, significa que Ele não menção dos três na visão do trono: os sete Espíritos de Deus é uma pessoa, muito menos (4:5); Deus (4:9) e Jesus um membro da Trindade. sob os símbolos do Leão e o Vamos examinar as evidências: Cordeiro (5:5, 6). 1. O Papel do Espírito no 3. O Trono e o Espírito: O Apocalipse: O Espírito é chaApocalipse não descreve o mado de “espírito de vida” Espírito assentado no trono (11:11, ARA; algumas versões de Deus. Há quatro razões dizem “o sopro de vida”), ou importantes para isso. seja, Ele é vida e dá vida. Na Primeiro: a ênfase colocada Bíblia, a vida é identificada sobre Cristo assentado no com Deus e Jesus. O imtrono com Deus é baseada portante papel do Espírito no fato de que Ele venceu é comunicar mensagens de as forças do mal. Jesus – Deus e Jesus por meio do Deus em carne humana – dom de profecia (1:10; 4:2; subiu ao céu e recebeu a 17:3; 19:10; 21:10). Jesus e o honra de Se assentar no Espírito falam à igreja. Cada trono como co-regente com mensagem enviada às igrejas Deus (5:12, 13). Segundo: Por contém a frase “Quem tem o Espírito, de fato, está Ángel Manuel Rodríguez ouvidos, ouça o que o Espírito associado ao trono. Ele diz às igrejas” (2:7, 11, 17, 29; permanece diante dele 3:6, 13, 22). Essas são mensa(4:5), e quando o Cordeiro gens de exortação e, frequentemente, contém promessas levanta-Se diante do trono é descrito que Ele possui os sete ou revelações sobre o plano de Deus para as igrejas, bem Espíritos de Deus, que significa plenitude do Espírito (5:6). como as intenções de Satanás. Terceiro: embora o Espírito permaneça diante do trono, Ele Jesus prometeu aos Seus discípulos que Ele estaria com não participa na adoração a Deus e ao Cordeiro. Apenas eles na pessoa do Espírito (Jo 14:15-18). No Apocalipse os quatro seres viventes e os 24 anciãos se prostram diante vemos Jesus falando à Sua igreja por meio do Espírito, a voz dEles e Os adoram (4:9, 10). Quarto: no Apocalipse a função e a presença de Cristo dentro da igreja. Ele abençoa a igreja do Espírito no plano da salvação não é sentar-Se no trono, (14:13), concede graça e paz aos que creem (1:4), e está mas estar presente no mundo e com a igreja. Ele é “os sete diretamente envolvido na missão da igreja (22:17). A igreja Espíritos de Deus enviados por toda a terra”(5:6). Ele se existe pelo poder e presença do Espírito. tornou o Servo de Deus, permanecendo diante dEle para 2. A Trindade e o Espírito: O Apocalipse indica que o Espírito obedecer-Lhe (1:4). ■ é uma das pessoas da Trindade. A Trindade não entregou a *Exceto quando indicado, todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional igreja para uma força impessoal! Espíritos demoníacos O imitam, e também são seres pessoais que enganam os reis da terra (16:13, 14). É verdade que ocasionalmente encontramos passagens nas quais somente o Pai e o Filho são mencionados Ángel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral. (ver 5:13; 7:10). Mas o silêncio não é prova de nada.
O
O
Espírito
Santo no
Apocalipse
26
Adventist World | Junho 2011
E S T U D O
Os
B Í B L I C O
Dons
Espırıto
do
Por Mark A. Finley
no tempo do fim
O dom mais importante dado por Cristo à Sua igreja é o Espírito Santo. Nenhum dom é mais importante para os seguidores de Cristo hoje. Jesus declarou claramente: “Mas Eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que Eu vá. Se Eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; Mas se Eu for, Eu O enviarei” (Jo 16:7).* Jesus prometeu que, na Sua ausência, o Espírito Santo revelaria Seu amor, graça e verdade a todo crente. O Espírito Santo também concederia força para vencer as tentações do inimigo e os dons do Espírito para cumprir Sua missão. Nesta lição, estudaremos os dons do Espírito Santo.
1.
Que preocupação foi expressa pelo apóstolo Paulo à igreja de Corinto em relação aos dons espirituais? “Irmãos, quanto aos dons espirituais, não quero que vocês sejam ignorantes” (1Co 12:1). Paulo não queria que os crentes de Corinto fossem
quanto aos dons do Espírito.
Paulo encontrou vários problemas na igreja de Corinto. Havia divisão, contendas e conflitos entre os membros; a imoralidade havia entrado na igreja; alguns membros protestaram outros nos tribunais públicos. A Santa Ceia estava deturpada; alguns dos membros mais abastados da igreja traziam grandes quantidades de comida para festejar na Ceia do Senhor, enquanto que os membros pobres ficavam com fome. O mau uso e incompreensão sobre os dons espirituais dados por Deus transformaram-nos em uma fonte de orgulho espiritual e arrogância religiosa.
2.
Os dons do Espírito Santo são manifestados de dois modos específicos, quais são eles?
“Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos” (1Co 12:4-6). A diversidade de dons leva a diferenças de
e
.
Todos os dons dados por Deus podem ser desenvolvidos em ministérios e atividades de serviço e bênção para os outros. Os dons de Deus não são exclusivamente para nós; são dados para ministrar a outros.
3.
Qual é o principal propósito de todos os dons espirituais?
“E Ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado” (Ef 4:11, 12). Os dons de Deus são dados para
os santos, e
o corpo de Cristo.
Junho 2011 | Adventist World
27
A dupla finalidade de cada um dos dons que o Espírito dá ao Seu povo é equipá-los para uma vida de testemunho e de serviço, e para edificá-los na fé.
4.
Por quanto tempo os dons do Espírito permanecerão na igreja de Cristo?
“Até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo” (Ef 4:13). “De modo que não lhes falta nenhum dom espiritual, enquanto vocês esperam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado. Ele os manterá firmes até o fim, de modo que vocês serão irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 1:7, 8). Os dons do Espírito permanecerão na igreja até o dia que nosso Senhor
5.
.
Onde podemos encontrar os dons do Espírito?
“De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade” (1Co 12:18). “Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. Assim na igreja Deus estabeleceu…” (versos 27 e 28). Deus colocou os dons do Espítio na
.
Esse é um princípio muito importante: Os dons do Espírito Santo são encontrados na igreja de Deus. Se você deseja encontrar os genuínos dons do Espírito em sua manifestação plena, os encontrará entre o povo de Deus do tempo do fim, o povo que guarda os Seus mandamentos.
6.
Para quem são dados os dons do Espírito Santo? São eles para um grupo seleto, apenas? Quem determina a quem são dados esses dons? “Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e Ele as distribui individualmente, a cada um, como quer” (1Co 12:11). Os dons do Espírito Santo são distribuidos a como o
quer.
Entregamos nossa vida a Cristo e somos transformados pela Sua graça. O Espírito Santo distribui os dons espirituais a cada crente, para fortalecer nossa fé e para abençoar a igreja e a comunidade. O Espírito Santo é quem determina quem recebe que tipo de dom. A Bíblia nos ensina a buscar “com dedicação os dons espirituais” (1Co 14:1). Desejamos os dons espirituais porque desejamos crescer em Cristo e testemunhar para outros. Confiamos que o Espírito Santo revelará os dons que foram concebidos por Deus, especialmente para nós. Quando nossa paixão é revelar o fruto do Espírito em nossa vida, Deus nos concede os dons do Espírito em abundância. Quando Deus tem um grupo de pessoas que revelam Sua compaixão, bondade, compreensão, paciência e amor ao mundo por meio do poder do Espírito Santo, Ele derramará, em abundância, o poder do Seu Santo Espírito. Os dons do Espírito serão manifestados na igreja de Cristo em sua plenitude, e o mundo inteiro será alcançado pelo evangelho de Jesus Cristo. Você gostaria de inclinar sua cabeça, agora mesmo, e pedir ao Senhor para que abra seu coração para receber os dons do Espírito que Ele tem especialmente para você? Você dirá a Jesus que usará esses dons para abençoar a outros e, pela fé, apreenderá a realidade dos dons do Espírito Santo? *Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional.
28
Adventist World | Junho 2011
Intercâmbio Mundial C A R TA S
Ouvindo o que Diz o Espírito
No artigo “Sola Scriptura e Ellen G. White” (março de 2011) os exemplos citados por Tim Poirier são dignos de louvor. No entanto, quando o assunto aborda a questão do cânon, a “regra” de “fé e prática”, deve ser sola scriptura. Ele falhou não abordando essa área. Se uma doutrina é ensinada por Ellen White e seu apoio bíblico tem de ser remendado por vários textos, então o sábio dirá: “Para mim, sola scriputura”. E, se for verificado que uma posição teológica defendida por Ellen White é o resultado de exegese pobre, o sábio vai permitir que a Bíblia interprete a si mesma, apesar das razões sentimentais para fazer o contrário. No interesse da credibilidade e autenticidade confessional, além de incentivado, é isso que deve ser feito. Certamente o papel de Ellen White é pastoral, não canônico. Angus McPhee Rathmines, New South Wales, Austrália Ajuda-me a Compreender
Ao ler a reportagem “Pr. Ted Wilson Fala em Encontro de Pastores Adventistas Nórdicos”, por Miroslav Pujic e Thomas Müller (março de 2011), fiquei perplexo com a inclusão da seguinte sentença: “Gunnar Peddersen, palestrante aposentado pelo Newbold College, ajudou os participantes a compreender melhor uma distorção em nossa compreensão teológica” (itálico acrescentado).
Isso sugere que, como igreja, mantemos posicionamentos teológicos distorcidos? Ou reflete algo que estava evidente para os participantes, mas deixa o leitor aberto a interpretações erradas com suspeitas ou suposições? Parece-me que essa afirmação precisa de defesa ou esclarecimentos. David R. Syme Willow Vale, New South Wales, Austrália Obrigado por sua consulta, pois nos dá a oportunidade de esclarecer o assunto: Em seu comentário, Gunnar Peddersen abordou algumas atitudes extremas que podem surgir como resultado da atual ênfase da igreja no reavivamento e reforma. Isso deveria ter ficado claro no artigo original. Nossas desculpas. – Os Editores. Do Natal Passado
Fui abençoada com o artigo “Os Cristãos e o Natal”, por Ángel Manuel Rodríguez (dezembro de 2010). Não poderia ser mais claro. A última declaração do autor disse tudo para mim: “O Natal é uma excelente oportunidade para lembrar a raça humana de que o Menino que nasceu em Belém em breve voltará a este mundo.” Obrigada por publicá-lo. Maranata! Evie Kinman Sutherlin, Oregon, Estados Unidos
Leitores do Mundo Todo
Amo ler a Adventist World, por ser uma revista atual. Ela trás muitas histórias, notícias dos campos missionários, exposições bíblicas e um pouco de informação sobre saúde. Deus tem trabalhado para terminar Sua obra de maneira misteriosa. Sei que tenho a responsabilidade de cooperar com Deus e de compartilhar minha fé com outros que não conhecem o verdadeiro Deus. Essa revista revitaliza minhas necessidades espirituais. Sou grato porque ela trás mais conhecimento sobre a Bíblia e me motiva a aprender mais e mais. Que Deus abençoe ricamente as pessoas que preparam o caminho do Senhor. Mr. Van Ceu Missão Central de Myanmar, Taungngu, Myanmar A Adventist World é, por certo, uma revista de primeira linha e muito apreciada por nossa igreja. Por favor, continuem o bom trabalho. Que Deus abençoe a todos. Bosilka Lipkovich Victoria, Austrália
Terminando a Noite
Adventist World de junho de 2010 – o fenomenal impacto de um pedaço de papel! Agradeço a Deus por essa revista. Ela estimula minha fé e me lembra de Isaías 8:20. Agradeço, também, a Ángel Manuel Rodríguez pela pesquisa bíblica e pela explicação sobre a palavra “manhã” no artigo “Meditação de Manhã”. Andrew Kuuliza Ramandizi Bukavu, República Democrática do Congo
Junho 2011 | Adventist World
29
Intercâmbio Mundial C A R TA S Moro na Rússia. Gosto muito de ler revistas e tive muita sorte de encontrar sua maravilhosa revista, a Adventist World. Ela trás bons e interessantes artigos. Desejo-lhes todo sucesso e um público leitor ainda mais apreciativo. Igor Shtyhan Belgorodskaya Oblast, Rússia Saudações em nome de nosso Senhor e Amigo, Jesus Cristo. Muito obrigado pela maravilhosa e edificante revista. Hetani Ngobeni África do Sul Amo ler a Adventist World. Nela, aprendo grandes verdades sobre a Bíblia. Muito obrigado pelo grande apoio que vocês têm dado ao povo da África. Kennedy Mogire Quênia
Muito obrigado por realizar tão grande trabalho. Nyakamatura Matatiya Uganda Corrigindo uma Declaração
No artigo Herança Adventista, “Margaret Rowan: A Vida Bizarra e um Falso Profeta” (abril de 2011) foi declarado erroneamente que Arthur L. White, filho de W. C. White foi responsável por deixar visitantes desacompanhados no local onde eram guardados os escritos originais de Ellen White, dando a oportunidade de ser colocado um documento falso entre os manuscritos. Arthur White, entretanto, declara em um documento guardado nos arquivos do Patrimônio White, que uma secretária levou os visitantes “do escritório até a biblioteca e abriu o código da porta. Ela disse que os visitantes estavam muito ansiosos para ver algo do próprio
punho da Sra. White. Quando abriu a porta e tentou acender a luz, percebeu que não havia energia … ela, então, deixou os visitantes no escritório com a porta do arquivo aberta enquanto foi buscar uma lanterna”(extraído de “Worship Talks on Margaret Rowen”, por Arthur L. White). Pedimos desculpas pelo erro. – Os Editores.
Cartas para o Editor – Envie para: letters@adventistworld.org As cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com 250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo, data da publicação e número da página em seu comentário. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas. As cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com 250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo, data da publicação e número da página em seu comentário. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas.
LUGAR DE ORAÇÃO Estou dando um passo de fé, pois vou entregar minha vida a Jesus e me batizar. Por favor, lembre-se de mim. Várias vezes meus pais, que não são adventistas, dizem que estou levando divisão para nossa família. Sinto, porém, que esse é o tempo de entregar-me a Ele, que me amou primeiro. Abraham, Quênia
Seminário Adventista da União Myanmar (MUAS), para conseguir água potável e limpa suficiente para o campus. Conally, Myanmar
dirija a pessoa certa para a nossa igreja. Precisamos do apoio de suas orações para que a vontade de Deus seja feita. Ken, Estados Unidos
Por favor, ore pela vida espiritual dos alunos da Universidade de Nairobi (UONSDA) para que se torne cada vez mais forte. Julius, Quênia
Muito obrigado por orar pelo trabalho de nossa missão. Desde que vocês começaram a orar as coisas estão melhorando. James, Guiana
Fiquei surdo há dois anos e meio. Não sei a causa e não tenho dinheiro para fazer tratamento em hospital. Sinto que meu problema está se agravando. Por favor, ore por mim. Gerard, Serra Leoa
Estou ficando cansado e muito necessitado de um reavivamento em minha alma. Preciso da religião que eu tinha antigamente. Por favor, ore por mim. Audrey, via e-mail
Por favor, lembre-se de orar pela extensão do dormitório feminino do
Em alguns meses, teremos um novo pastor. Ore conosco para que Deus
30
Adventist World | Junho 2011
Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo, 75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material: envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, Maryland 20904-6600 EUA.
INTERCÂMBIO DE IDEIAS
“Eis que cedo venho…”
Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança. Editor Adventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.
Igreja de Um Dia Q
uando um grupo de amigos decidiu abandonar a igreja, George e outros 29 membros decidiram “permanecer firmes” e começaram uma nova congregação Adventista do Sétimo Dia no Bairro Um, em Moçambique. Os cultos eram realizados sob uma árvore na casa de Clara e oravam para que um dia eles tivessem uma igreja. “Você não pode confiar nos adventistas”, caçoavam seus antigos amigos. “Eles vão se esquecer de você!” Um dia, George foi convidado pela Maranatha Volunteers International, para traduzir para voluntários vindos da Nova Zelândia e que iriam construir uma igreja em Inhamissa, próximo dali. Ele concordou e rapidamente se tornou “o melhor amigo” dos voluntários Kiwi. Um dia, George perguntou se eles poderiam financiar uma Igreja de Um dia no Bairro Um. Os líderes da associação e da Maranatha concordaram, mas descobriram que aquela congregação não havia conseguido um terreno para a igreja. Foi quando Clara disse: “Estamos nos reunindo no jardim da minha casa; vamos construir a igreja lá!” Quando o grupo de voluntarios chegou para construir, eles levantaram a igreja numa área vazia entre o quarto de Clara e sua cozinha. Bairro Um é uma comunidade ativa com ruas estreitas, grandes casas de família e um “zilhão de crianças”; todos ajudaram a medir o aço, carregar tijolos e a cantar as canções da Escola Cristã de Férias. No dia em que a igreja foi dedicada, George disse: “Esta igreja é a resposta às nossas orações; é a confirmação de que a Igreja Adventista do Sétimo dia não só se lembra como se importa conosco!” Lembra-se dos velhos amigos que caçoaram de George e os outros crentes do Bairro Um? Vários deles estiveram na dedicação. Eles cantaram. Oraram. Choraram. Muitos disseram: “Estaremos de volta no próximo sábado!” A Igreja de Um Dia é um programa de colaboração entre a Igreja Adventista do Sétimo Dia, Adventist-laymen’s Services e Industries (ASI)[Federação de Empresários Adventistas] e Maranatha Volunteers International. A iniciativa da Igreja de Um Dia foi inicialmente criada e desenvolvida por Garwin McNeilus, empresário de Minessota e membro da ASI. Estas histórias chegam até você, todos os meses, por meio de Dick Duerksen, o “Contador de Histórias” da Maranatha.
Editor Administrativo Bill Knott Editor Associado Claude Richli Gerente Internacional de Publicação Chun, Pyung Duk Comissão Editorial Ted N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, acessor legal. Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Kenneth Osborn; Guimo Sung; Chun, Pyung Duk Editor-Chefe Bill Knott Editores em Silver Spring, Maryland, EUA Lael Caesar, Gerald A. Klingbeil (associate editors), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Wilona Karimabadi, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran, Gina Wahlen Editores em Seul, Coreia do Sul Chun, Jung Kwon; Park, Jan Mae Editor On-line Carlos Medley Coordenadora Técnica Merle Poirier Colaborador Mark A. Finley Conselheiro E. Edward Zinke Assistente Executiva de Redação Rachel J. Child Assistentes Administrativos Marvene Thorpe-Baptiste Alfredo Garcia-Marenko Atendimento ao Leitor Merle Poirier Diretor de Arte e Diagramação Jeff Dever, Fatima Ameen Consultores Ted N. C. Wilson, Robert E. Lemon, G. T. Ng, Guillermo E. Biaggi, Lowell C. Cooper, Daniel R. Jackson, Geoffrey Mbwana, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Blasious M. Ruguri, Benjamin D. Schoun, Ella S. Simmons, Alberto C. Gulfan Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, John Rathinaraj, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil A. Wiklander. Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 209046600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638
E-mail: worldeditor@gc.adventist.org Website: www.adventistworld.org Adventist World é uma revista mensal editada
simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos
Estados Unidos. Vol. 7, No. 6
Junho 2011 | Adventist World
31
O Lugar das
PESS Q U E
L U G A R
É
AS
E S T E ?
VIDA ADVENTISTA Sábado, 26 de março de 2011, será para sempre um dia memorável para nós. Meu avô, Wilson Geerdharry, com 90 anos de idade, foi batizado. Ele foi sargento do exército durante a II Guerra Mundial, e ninguém concordava que o Senhor poupou sua vida durante aquele período de crise para que ele pudesse conhecer Jesus e entregar sua vida a Ele. Só quero encorajar meus irmãos e irmãs. Não se desespere se alguém muito querido para você pareça indiferente em relação ao seu Deus. “Ele fez tudo apropriado ao seu tempo” (Ec 3:11 NVI). Louvado seja o nosso Rei! – Sylvana Ramhit-Heritony, Maurícius M I C K E Y
FRASE
DO
N I C K L E S S
MÊS
“A história de nossa jornada neste mundo termina com nosso último
passo antes de ingressar na eternidade. O fato de termos caminhado ou não com Jesus Cristo é que fará a diferença.” – Marcio César Cordeiro Calado, membro da igreja Adventista do Sétimo Dia em Pesqueira, Pernambuco, Brasil.
– Informação extraída do 147º Relatório Estatístico Anual – 2009, compilado pelo departamento de Arquivos e Estatísticas da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
F I E R R O
Ministério da Mulher da Associação Geral ofereceu um total de 135 bolsas de estudos em 2009.
L E O N A R D O
VOCÊ SABIA? ■ Em 2009, as mulheres adventistas do sétimo dia de todo o mundo dirigiram 66.200 séries de conferências; 127.545 pessoas foram batizadas como resultado direto do ministério da mulher. ■ O Fundo para Bolsas de Estudos do Departamento do
RESP O S TA : Em Atlanta, Geórgia, Estados Unidos, essa pequena “delegada” na assembleia da Associação Geral de 2010, desfruta de um passeio pelo Geórgia Dome durante um dos eventos (e carregando uma linda bolsa), possivelmente analisando qual será seu papel na igreja do futuro. Para ler mais sobre o envolvimento das mulheres adventistas no ministério, vá até as páginas 16 a 22 na Adventist World deste mês.