AW Português - Novembro 2016

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Revista Internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia

Nove m b ro 2 01 6

10 Exercício reduz o risco do câncer de mama 24 Caminho a Cristo faz 125 anos 26 Discípulos com espadas

em Fé crescimento O plantio de igrejas sob nova perspectiva


Nove m b ro 2016

A R T I G O

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D E

C A P A

Fé em crescimento

Bill Knott

Entre plantar e colher, é um longo processo.

14 A obra de Deus em nós D E V O C I O N A L

Donald L. Bedney II

Nem sempre conseguimos ver, mas Deus sim. E os outros também.

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C R E N Ç A S

F U N D A M E N T A I S

O paradoxo da unidade e da variedade

8 Olhando para Jesus V I S Ã O

M U N D I A L

Ted N. C. Wilson

O santuário nos revela que Jesus é nosso Advogado e Amigo.

11 Anjo em uniforme da KGB H E R A N Ç A

A D V E N T I S T A

Richard Aguilera

Somos diferentes e iguais.

24 Caminho a Cristo faz 125 anos D E S C O B R I N D O D E P R O F E C I A

O

E S P Í R I T O

James R. Nix

Um pequeno livro que faz uma imensa diferença.

Pavel Liberanskiy

Ser cristão na União Soviética não era fácil.

SEÇÕES 3 N O T Í C I A S

DO

MUNDO

3 Notícias Breves 6 Notícia Principal

10 S A Ú D E N O M U N D O Exercício reduz o risco do câncer de mama RESPOSTAS 26

PERGUNTAS

A BÍBLICAS

Discípulos com espadas

www.adventistworld.org On-line: disponível em 12 idiomas Tradução: Sonete Magalhães Costa

Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. v. 12, nº- 11, Novembro de 2016.

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27 E S T U D O B Í B L I C O A verdade real sobre o retorno do nosso Senhor 28

TROCA

DE

IDEIAS


Não há vida sem crescimento

NOTÍCIAS DO MUNDO Chigemezi N. Wogu

Ganeses compartilham Jesus na Europa

N .

W O G U

Imigrantes africanos são parte do fenômeno recente chamado “missão inversa”.

C H I G E M E Z I

“Quando plantamos algo, é porque esperamos que cresça. Se não esperamos que cresça, chamamos isso de enterro.” Para todos nós, presentes na Conferência de Plantio de Igreja, as palavras solenes do orador foram um lembrete de que estabelecer uma nova congregação de crentes fiéis é a principal função e missão da igreja e tem sido assim desde o tempo dos apóstolos. Quando Jesus ordenou a Seus discípulos: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que Eu lhes ordenei” (Mt 28:19-20, NVI) – Seu intento era que uma representação local do Seu corpo seria o lugar em que aconteceria esse discipulado, onde batismos e inclusões seriam celebrados e onde homens e mulheres cresceriam diariamente à medida que “aprendessem de Cristo” (Ef 4:20). Alguns até descreveram as cartas do apóstolo Paulo às igrejas do mundo romano do primeiro século, como um tipo de “cartas sobre plantio de igreja”. Essas cartas contêm todas as instruções doutrinárias, conselhos práticos para situações específicas e as saudações pessoais que alguém esperaria de um homem que viu na formação de novas congregações a principal maneira de servir ao Salvador. O plantio de igreja – seja em casas de família, salões alugados, ao ar livre sob um telhado precário, ou até sob árvores – é parte essencial do plano de Cristo para o crescimento do Seu reino e de salvar ainda mais homens e mulheres. Essa não é uma atividade opcional para Sua igreja, uma tarefa reservada para os costumeiramente zelosos ou os descontentes com sua congregação atual. O plantio de igreja é a maneira pela qual milhões de pessoas estão buscando, finalmente, experimentar a incomparável alegria de fazer parte de um corpo de crentes fiel, que adora, que testemunha e que espera ansiosamente pelo breve retorno de Jesus. Ao ler o artigo especial de capa deste mês, peça ao Senhor o dom de ter ouvidos que permitam ouvir o convite do Mestre – e agir – apoiando fielmente as novas congregações.

Richard Opoku Atakora, da Itália, distribuindo convites para cursos bíblicos, em Stadkanaal, Holanda.

A

reunião campal com mil ganeses, em uma pequena cidade holandesa, indica que o adventismo está prosperando na Europa por meio de um fenômeno chamado “missão inversa”. A vigésima segunda reunião campal anual euro-ganês, realizada no fim de agosto, em Stadskanaal, é o resultado catalizador da missão inversa, ou seja, as pessoas que se tornaram adventistas por meio do trabalho dos missionários europeus estão levando o evangelho de volta a uma Europa cada vez mais secularizada, disseram os organizadores. Um exemplo disso foi os jovens da campal separarem uma tarde para compartilhar sua fé por meio de músicas e literatura religiosa, em Stadskanaal. “Os líderes queriam incentivar os jovens a evangelizar”, disse Stephen O. Bimpeh, pastor ganês em Amsterdam e coordenador evangelístico da campal. No ano passado vários visitantes compareceram à reunião campal ganês, após um dia de trabalho missionário. Entre eles estava um jovem que foi impressionado pela música adventista apresentada na rua, e decidiu comparecer ao programa à noite. Embora tenha sido realizada pouca pesquisa sobre a missão inversa no adventismo, os estudiosos estão observando de perto esse processo à medida que o fenômeno acontece entre os imigrantes adventistas na Europa e América do Norte. Os imigrantes ganeses trabalharam com os adventistas europeus para espalhar o evangelho durante a reunião campal e estão engajados no

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NOTÍCIAS DO MUNDO

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ra diferente de testemunhar em seu local de trabalho: sendo um bom exemplo. Seus colegas de trabalho muitas vezes perguntam sobre o seu modo de agir. Por exemplo, Atakora uma vez recusou o convite para um evento social, na sexta-feira à noite. Quando seus colegas de trabalho perguntaram o motivo, ele explicou que o sábado é seu tempo de adorar a Deus e descansar. Isso foi surpresa para eles. “Por que um jovem decide não sair com os amigos numa sexta-feira, e prefere ir à igreja?” pergun-

tou um dos seus colegas de trabalho. Eles quiseram saber mais. E Atakora teve a oportunidade de falar mais sobre o sábado. Talvez o desejo de Atakora, e de outros participantes da campal, de falar de Jesus na Europa, foi melhor resumido por Allard Huizinga, o adolescente de 17 anos, que ajudou seu pai a levar o sofá do sábado a Stadskanaal. “Eu gosto disso”, disse ele a respeito da missão de testemunhar. “Esta é a obra de Deus e é isto que temos de fazer.” n

Líder adventista holandês dá as

boas-vindas a assaltantes Mas somente no horário de funcionamento da igreja

D

ois homens suspeitos foram presos na sede da igreja na cidade holandesa de Huis Heide após o alarme do prédio ter disparado, disse Wim Altink, presidente da União Holandesa. Inicialmente, os suspeitos se esconderam no sótão, mas a polícia os encontrou por meio da imagem reproduzida pelo calor dos corpos dos ladrões, disse Altink. No entanto, quando tentaram fugir, caíram do telhado e ficaram presos entre duas paredes. Os bombeiros foram chamados para resgatá-los, enquanto o helicóptero da polícia sobrevoava a área para evitar outra tentativa de fuga. “Que as autoridades saibam que perdoamos os assaltantes e que oramos por eles”, disse Altink em declaração no site da igreja. De manhã, quando os funcionários chegaram para trabalhar, ficaram agradecidos por nada ter sido roubado, porém lamentaram os danos consideráveis causados no prédio histórico,

Nelske Verbaas

patrimônio nacional. Altink chegou ao local por volta das 5h do dia 19 de agosto de 2016, e foi necessário quebrar uma parede para libertar e prender os dois homens. O telhado também foi danificado pela tentativa de fuga. Não ficou claro imediatamente quanto tempo de prisão os suspeitos vão receber se forem julgados e condenados por roubo. Mas Altink disse que ficaria feliz em ver aqueles homens na Igreja Adventista um dia desses. “Eles serão bem-vindos aos nossos cultos em qualquer de nossas igrejas, se prometerem usar a porta da frente, quando estiver aberta”, acrescentou ele com um simpático sorriso. n T E D

evangelismo em toda Europa. Entre eles estão Bob e Allard Huizinga, pai e filho holandeses, que viajaram 140 quilômetros pela Holanda para levar o “Sofá do Sábado” para a campal de Stadskanaal. Os dois conheceram o projeto do sofá pelo YouTube, que foi iniciado com os jovens adventistas, em Londres, e decidiram imitar a iniciativa na Holanda. No caminho para a campal, Bob e Allard Huizinga arrastaram o sofá nas ruas de uma cidade para outra convidando os pedestres a parar e descansar um pouco. Quando alvejados com uma enxurrada de perguntas, os dois explicaram que o sofá oferece a oportunidade de descanso. Em seguida falam sobre o descanso que o sábado oferece. O sofá do sábado é um projeto simples que por alguma razão compele as pessoas a se abrirem, disse Huizinga. Ele e seu filho certa vez colocaram o sofá ao lado de uma rua congestionada pelo trânsito e observaram, impressionados, as pessoas esperando pacientemente na fila para se sentarem no sofá e falar dos seus problemas. “É impressionante, mas em cinco minutos eles contam a história da sua vida inteira”, disse Huizinga. A essa altura, Simpeh se sentiu impressionada a oferecer à garota uma versão resumida do Conflito dos Séculos, de autoria de Ellen G. White, cofundadora da Igreja Adventista. A garota aceitou o livro, deu para um parente em pé, próximo a ela, e retornou ao sofá para agradecer Simpeh pela gentileza. “Basicamente ela gostou do livro, e estou feliz por fazer a trabalho de Deus”, disse Simpeh. A jovem disse que retornaria a Roterdã com novo entusiasmo por ter compartilhado Jesus com suas amigas de origem holandesa, muçulmana e asiática, e com outros desconhecidos. Richard Opoku Atakora, que mora na Itália, distribuiu convites para cursos bíblicos por correspondência no centro de Stadskanaal, durante a campal. Mas disse que está envolvido em uma manei-

Os bombeiros fizeram um buraco na parede na sede da União Holandesa para libertar dois suspeitos.


A N D R E W S

U N I V E R S I T Y

Ray McAllister segura o Prêmio Dr. Jacob Bolotin por seu trabalho de codificação para o braile.

Danni Francis e Andrew McChesney

Primeiro adventista a receber o

“Prêmio Nobel

pelos Cegos”

Ray McAllister ajuda estudantes cegos a ler textos bíblicos antigos.

P

rimeiro adventista do sétimo dia a receber o “Prêmio Nobel pelos Cegos” por codificar em braile as línguas bíblicas antigas, permitindo que estudantes cegos estudem sozinhos, os textos originais. Ray McAllister, que é cego e professor associado de massagem terapêutica, na Universidade Andrews, e sua organização, a Semitic Scholars (Acadêmicos Semitas), foram premiados pela Federação Nacional de Cegos com o prestigiado Prêmio Dr. Jacob Bolotin. O prêmio, com o maior valor em dinheiro, vinte mil dólares americanos, reconhece indivíduos e

organizações que fizeram contribuições importantes para a integração de cegos na sociedade. “Oro para que este prêmio me exponha ao reconhecimento de que necessito para negociar com os acadêmicos de todo mundo, para ter acesso aos textos e materiais necessários”, disse McAllister. A Federação Nacional para Cegos elogiou a Semitic Scholars pela realização. “O prêmio de 20 mil dólares foi para a Semitic Scholars, um grupo formado por três acadêmicos cegos que criaram um código em baile para as linguagens bíblicas antigas, de modo

que estudantes cegos possam estudar os textos religiosos no seu contexto original, algo anteriormente impossível”, disse em declaração. A Scholars Semitic é formada por McAllister, Sara Blake LaRose, transcritora de braile, professora de hebraico e ex-aluna da Universidade Anderson, em Anderson, Indiana; e Matthew Yeater, presidente da divisão local da Federação Nacional de Cegos, em Michiana, Indiana (EUA). Esse prêmio, conhecido em muitos círculos como “Prêmio Nobel da Paz pelos Cegos”, recebe o nome de Jacob Bolotin, médico cego que trabalhou incessantemente na defesa dos cegos e que exerceu a medicina em Chicago, de 1912 até sua morte, ainda jovem, em 1924, aos 36 anos de idade. Embora seja o primeiro adventista a receber o prêmio, essa não é a primeira realização de McAllister. Em 2010, tornou-se a primeira pessoa cega a conseguir um título doutoral em Antigo Testamento, pelo Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia, no campus da Universidade Andrews. Atualmente, trabalha como professor associado na Escola de Ensino a Distância da universidade e Parcerias Internacionais, em Berrien Springs, Michigan (EUA). Para o projeto de braile, McAllister usou inicialmente um computador para converter sua própria versão de símbolos do grego e hebraico, para os caracteres do braile, e exibi-los em braile em um aparelho com algo similar a pinos magnéticos que aparecem no formato de palavras em braile. No entanto, ele percebeu que precisava de algo cuja aparência fosse mais semelhante a grego e hebraico em braile, não símbolos apenas. Assim, desenvolveu códigos para aqueles símbolos que ainda não existiam em braile.

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NOTÍCIAS DO MUNDO No hebraico, por exemplo, tem acentos que ajudam o leitor a perceber quando deve pausar na leitura, e pode ser usado para informar o leitor como entoar ou cantar o texto (salmodiar). Mas esses símbolos não estavam mapeados no braile em hebraico. “Como o canto é algo que o cego pode desfrutar, senti a necessidade de preparar a Bíblia em hebraico com todos esses símbolos”, disse McAllister. “Quando acabei de desenvolver os símbolos precisava que fossem revisados.” Em 2007, LaRose desenvolveu uma tabela em braile para o hebraico e grego bíblicos, com todas as suas marcações técnicas. Instruído por LaRose, McAllister completou um sistema que podia ser usado para preparar textos para pessoas cegas. Usando esse sistema e a função “busca e substituição” no Word da Microsoft, além da Bíblia Hebraica Aleppo, McAllister traduziu o texto para o braile. “Converti toda a Bíblia hebraica, com assentos e tudo para o braile e, sim, cantei em hebraico fluentemente baseado nela”, disse McAllister. “Ainda converti vários outros documentos hebraicos, inscrições semitas e muitos documentos gregos para o braile.” Em 2014, McAllister fez uma parceria com a Duxbury Systems, empresa que produz software para converter documentos em várias línguas para o braile. Por meio da Duxbury, McAllister começou a trabalhar com Yeater, que já trabalhava na empresa na criação de um sistema para a conversão de documentos na linguagem bíblica, já em vários idiomas, inclusive do inglês, para o braile. Olhando para o futuro, McAllister diz que espera converter muito mais textos para o braile. “Não tenho ideia de como Deus vai me guiar”, disse. “Só sei que Ele me guiou até aqui, e o que vem pela frente continuará sendo uma aventura.” n

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Galina Moskalenko em pé na varanda da Igreja Adventista, em Bugskoe, Ucrânia.

Mulher influencia

Andrew McChesney

10% da população de cidade da Ucrânia a se tornar adventista

A história de conversão de Galina Moskalinko reflete a história de sua cidade.

Q

uando o nome de Galina Moskalenko é mencionado para qualquer adventista no sul da Ucrânia, é bem provável que resulte em um grande sorriso seguido de profusas palavras de elogio. Diga seu nome para qualquer dos 1.400 residentes de Bugskoe, e a reação será semelhante. No início dos anos 1990, Moskalenko se tornou a primeira adventista dessa cidade tranquila, na Ucrânia, e sua influência resultou na conversão de 10% da população ao adventismo. Nenhum outro município na Ucrânia tem uma porcentagem tão alta de adventistas entre a população, dizem os líderes da igreja ucraniana. Moskalenko também é líder da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Bugskoe, cargo que não procurou. Ela é muito diferente do tempo em que trabalhava na usina de energia, quando usava saias curtas e temia a condenação eterna. Moskalenko, 54, dá o crédito a duas atividades que impulsionaram o crescimento da igreja: oração e envolvimento

total dos membros. “Nossa igreja não termina nas suas paredes”, diz Moskalenko. “Ela é a cidade toda.” A história do adventismo do sétimo dia em Bugskoe é a história da conversão da própria Moskalenko, um processo iniciado em 1989, quando uma colega de trabalho encomendou um batom para ela. Quando Moskalenko e seu esposo Vladimir chegaram a Bugskoe, já no declínio da União Soviética, não tinha nenhum tipo de igreja na cidade. Bugskoe está localizada cerca de 80 quilômetros de Mykolaiv, a cidade grande mais próxima, ao sul do Mar Negro, com uma população de meio milhão de habitantes. Um repórter da Adventist World teve que viajar cerca de duas horas e meia, por estradas esburacadas, para chegar à cidade. Moskalenko trabalhava duro, e, como parte do seu trabalho, viajava várias vezes ao mês para Nova Odessa, cerca de 30 km de distância. Ela também ganhava um dinheiro extra, vendendo cosméticos difíceis de ser encontrados, que conseguia com uma amiga.

F O T O S :

A N D R E W

M C C H E S N E Y

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A R


Galina Moskalenko diz: “Nossa igreja não acaba nas suas paredes. Nossa igreja é a cidade toda.”

A encomenda de um batom

Durante uma visita à Nova Odessa, sua colega, chamada Tanya, abordou Moskalinko, que na época tinha 28 anos, e disse que queria um batom de um tom bem claro. “Por que você quer desse tipo? É quase invisível. O seu marido não permite que você use batom?” disse Moskalenko sorrindo ao relatar o incidente. Tanya balançou a cabeça. “Então por quê?” insistiu Moskalenko. Tanya sorriu. “Você é crente?” Tanya concordou. Moskalenko perguntou que igreja Tanya frequentava, e se ela podia ir também. “Venha a Nova Odessa no sábado”, disse Tanya. Moskalenko concordou, mas perguntou: “Por que sábado?” “É uma longa história”, disse Tanya. “Mas venha sábado e eu conto a você.” No sábado seguinte, Tanya levou Moskalenko a um prédio pequeno e simples. Ela disse que nunca vai se esquecer do que aconteceu lá dentro. “Assim que entrei, vi um grupo de pessoas correndo na minha direção com os braços abertos”,

disse ela. “Eles me cumprimentaram como se estivessem ali, esperando por mim a vida toda. Abraçaram-me e me beijaram. Estavam tão felizes!” Encabulada, Moskalenko se assentou em um canto. Vestida em seu estilo preferido – saia curta, blusa decotada e batom vermelho vivo – ela se sentiu nua. Mas se esqueceu de si mesma e ouviu o pastor. Foi como se ele tivesse preparado o sermão só para ela, comentou. “O pastor disse: ‘Se você aceitar a Jesus receberá o perdão. Ele vai apagar seus pecados, e você não terá que enfrentar o juízo. Você será livre’”, lembra-se Moskalenko. Essas palavras impressionaram a moça. Ela cresceu ouvindo seus pais ortodoxos dizerem que ela tinha que ser boa pois seria julgada por todos os seus pecados, no tempo do fim. “Quando, aos 28 anos, você está preocupada com o juízo e de repente ouve que pode ficar livre, o sentimento é indescritível”, Moskalenko disse. No ônibus, ao retornar para casa, expressei minha alegria ao dizer a todos: “Nós podemos ser perdoados. Você só precisa acreditar e aceitar!” Ela foi batizada dois anos depois. Seu esposo seguiu seu exemplo dois anos mais tarde. Prosperando como adventista

No início dos anos 1990, a vida era difícil no sul da Ucrânia. Trabalho e alimentos eram escassos. A fazenda coletiva tinha falido após o colapso soviético, e a família Moskalenko morava na única fazenda naquela área. “Quando aceitamos a Deus, não sabíamos como viver”, disse Moskalenko. Nós pensamos: O que vamos fazer? Como podemos ajudar as pessoas a parar de roubar para que vivam honestamente?” O povo foi ensinado a roubar, diz Moskalenko. Quem trabalhava na fazenda roubava grãos. Os operários das fábricas roubavam carros. Se as pessoas

não roubassem, eram considerados maus funcionários. Os Moskalenkos decidiram doar seus grãos para os moradores da cidade: uma tonelada por família, e mais meia tonelada segundo às necessidades de cada família. “Dissemos a eles: ‘Estamos ajudando porque é difícil fazer face às despesas, mas vocês precisam aprender a viver honestamente este ano’”, disse Moskalenko. E as pessoas agiram exatamente assim. Os Moskalenkos os ensinaram a plantar suas hortas. A casa deles estava sempre aberta. Qualquer um que precisasse de roupa podia pegar alguma peça do armário. Sempre tinha comida pronta na cozinha. “Você imagina como é bom chegar em casa e encontrar um bilhete dizendo: ‘Muito obrigado. Nós comemos aqui.’” disse Moskalenko. “Quando as pessoas viram o que estávamos fazendo, seu coração foi transformado.” Em 1994, ela e o esposo começaram a trabalhar para ter a primeira igreja adventista em sua cidade. Quando o prédio ficou pronto, já não acomodava todos os que queriam participar do culto. Então, construíram uma igreja nova, que foi dedicada em julho. Moskalenko sempre foi a líder da igreja local. Quando questionam sobre qual o segredo do crescimento impressionante da igreja, ela enfatiza que é graças à oração e ao total envolvimento dos membros na comunidade. Muitos dos cem membros da igreja e suas trinta crianças se reúnem na igreja para orar às 6 e às 17 horas, todos os dias. Os membros da igreja também estão sempre na comunidade, ajudando nas plantações de batata ou nas hortas; limpando as ruas; visitando os veteranos de guerra, os que são inválidos, e os doentes. “Domingo passado tivemos o funeral de uma mulher que deixou esposo e filhos. Assumimos as despesas do funeral e da refeição servida ali, mesmo a família não morando aqui”, diz Moskalenko. “A cidade toda observa isso.” E é por isso, disse ela, que 10% da cidade é adventista. n

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V I S Ã O

M U N D I A L

para J esus Olhando nosso Amigo e Advogado Ted N. C. Wilson

N

o mês passado, abordamos uma doutrina importante e descobrimos que os ensinos da Palavra de Deus definem quem somos como povo (Ap 12:17). (Ver “Pronto para Responder”, na página www. adventistworld.org/2016/october.html). Neste mês, vamos analisar brevemente uma das doutrinas bíblicas que mais nos caracteriza: Cristo e o Santuário Celestial. Esse ensino tão maravilhoso e importante muitas vezes tem sido mal compreendido. Entretanto, sua compreensão é de importância vital. No livro, O Grande Conflito, lemos que “A intercessão de Cristo no santuário celestial, em favor do homem, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao Céu” (p. 489). Como adventistas do sétimo dia, sempre ensinamos que a vida de Cristo, de perfeita obediência à vontade de Deus e Sua morte na cruz proveu “o único meio de expiação do pecado humano, de modo que os que aceitam essa expiação pela fé possam ter vida eterna.”1 No santuário terrestre que Cristo deu ao Seu povo como modelo vivo do santuário celeste, Cristo é representado pelo cordeiro sacrificial, perfeito, imolado durante os sacrifícios da manhã e da tarde. O sangue desse cordeiro representava o sangue de Cristo em expiação por nossos pecados. Justificação e Santificação

No entanto, importante como possa ser, representa apenas parte da obra de Cristo por nós no santuário celestial. O serviço do santuário oferece

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a perfeita ilustração da justificação e da santificação. Jesus, representado pelo cordeiro sacrificial, vertendo Seu sangue para remover nossa culpa e Jesus, nosso Sumo Sacerdote, ministrando por nós no Santo dos Santos, santificando-nos por meio da remoção do nosso pecado. Você pode ler todo o texto da Crença Fundamental, nº 24, “O Ministério de Cristo no Santuário Celestial”, na página http://www.adventistas.org/pt/ institucional/crencas/ Em sua maioria, os aspectos do santuário terrestre e seus serviços estão relacionados com a justiça de Cristo e como o juízo devia ser realizado. A pia de purificação dos sacerdotes representava o poder purificador de Cristo. A mesa com os pães da proposição representava Jesus, o Pão da vida, para cada um de nós. O castiçal de sete lâmpadas feito em uma só peça de ouro representava Jesus, a Luz do mundo em nossa vida. O altar de ouro para o incenso mostrava a presença de Deus no fogo que Ele havia acendido e que ficava pouco antes da cortina que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo, representando as orações por perdão e petições a Deus. Suas pontas eram manchadas com o sangue das ofertas pelo pecado e o sangue era espargido diante do véu representando a transferência do pecado da pessoa para o santuário. A cortina entre os Lugares Santo e Santíssimo não tocava o teto para que o incenso passasse para o Lugar Santíssimo sobre o propiciatório da arca da aliança onde ocorria o serviço simbólico da expiação e intercessão, ligando o céu à Terra. A arca do concerto, construída de

madeira de acácia e coberta de ouro, continha as verdadeiras tábuas dos Dez Mandamentos, um pouco de maná, e o cajado de Arão, demonstrando o constante interesse de Deus em nossa vida e Seu cuidado em relação às nossas necessidades. O propiciatório era feito de uma peça sólida de ouro e protegido por dois anjos querubins de ouro com uma asa estendida para o alto enquanto a outra estava dobrada em reverência e humildade. Eles representavam a reverência com que o Céu respeita a lei de Deus e o interesse no plano da redenção – do qual o juízo é parte – nossa libertação por meio do sangue de Jesus, nossa humilde submissão e confissão a Ele, reconhecendo nossa necessidade de perdão e da libertação que Ele oferece no julgamento. “Assim na obra de Cristo pela nossa redenção simbolizada pelo ritual do santuário, ‘a misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram’ (Sl 85:10).”2 O lugar do pecado

Uma vez ao ano, o sumo sacerdote entrava no Lugar Santíssimo para que todo o santuário fosse purificado do pecado. Nesse Dia de Expiação anual, dois bodes eram levados à porta do tabernáculo. Um deles era sacrificado como oferta pelo pecado do povo, seu sangue era levado para o Lugar Santíssimo e aspergido no propiciatório, representando o sangue de Cristo, vertido por nós. Então, o sumo sacerdote colocava as mãos na cabeça do bode vivo – o bode emissário, representando Satanás – e confessava todos os pecados


acumulados de Israel, transferindo os pecados do santuário para o bode. O animal era então deixado no deserto para morrer, mostrando que Satanás finalmente receberá a penalidade do pecado e morrerá, colocando um fim em suas tentações. Após a ressurreição, Cristo ascendeu ao céu e iniciou seu ministério especial intercedendo por nós, como nosso Sumo Sacerdote. Hebreu 4:14-16 diz: “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os Céus, conservemos firme a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.” É Seu direito e privilégio nos repreI M A G E M :

J O N

M A C N A U G H T O N / I N T E L L E C T U A L

sentar, ser nosso Sumo Sacerdote, nosso Advogado. Hebreus 6:19 indica que Ele entrou “além do véu” no Lugar Santo, fazendo sua obra de mediação por dezoito séculos e então, segundo a profecia de Daniel 8:14 “[. . .] Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado”, Cristo entrou no Lugar Santíssimo para começar Seu trabalho final de julgamento e Seu ministério em nosso favor. O plano da salvação completo

Estamos vivendo na fase final da obra de Cristo purificando o santuário – o juízo. Ele é parte de todo o plano da salvação que teve seu início antes da fundação deste mundo, um plano baseado na obra de Cristo para nos salvar na Terra e no santuário celestial, demonstrando que o Universo inteiro sabe que Deus está trabalhando para nos salvar. E como esse é o plano de Deus, não temos que temer. R E S E R V E ,

I N C / L D S

M E D I A

A doutrina do santuário e do juízo são razões importantes para os adventistas do sétimo dia se envolverem na missão. Muito em breve Cristo irá voltar para, finalmente, dar a pena final àquele que merece – Satanás. O sangue de Jesus Cristo, nosso sacrifício sobre a cruz e o Seu ministério como nosso Sumo Sacerdote no santuário celeste, têm um propósito: é para que você e eu e todos os que nos submetemos a Ele, confessando nossos pecados e O aceitando como nosso Salvador, possamos fazer as pazes com Deus a fim de obter vida eterna. Não temos que temer o julgamento se conhecemos o Cordeiro, se conhecemos o Sumo Sacerdote e se conhecemos o Rei que está voltando. Ao nos colocarmos nas mãos salvadoras de Cristo, podemos reconhecer como Paulo: “Por isso, também pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7:25). Que mensagem o movimento adventista tem para levar ao mundo nesses últimos dias! Essa mensagem maravilhosa e teológica conduzirá nossa missão. A proclamação do primeiro anjo de Apocalipse 14: “é chegada a hora do juízo”, é uma boa notícia! Significa que em breve o pecado, a tristeza e a morte não mais existirão. Significa que quando entregarmos nossa vida totalmente a Jesus, estaremos salvos em Suas mãos. Que Criador! Que Redentor! Que Sumo Sacerdote! Que Advogado! Que Amigo! Que Rei! E Ele está retornando em breve! n 1 Das 28 Crenças Fundamentais, “Vida, Morte e Ressurreição de Cristo”, (Crença Fundamental, nº 9), http://www.adventistas. org/pt/institucional/crencas/ 2 Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 349.

Ted N.C. Wilson é

presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ele pode ser seguido no Facebook e Twitter @pastortedwilson.

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S A Ú D E

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M U N D O

Exercício reduz o

risco do câncer de mama Peter N. Landless e Allan R. Handysides Sou mulher, 35 anos de idade, e desfruto de boa saúde. Sou mãe, esposa e professora muito ocupada. Não faço muito exercício e tenho história familiar de câncer de mama. O exercício realmente reduz o risco desse tipo de câncer?

S

omos vítimas da tirania de uma agenda superlotada! A despeito de todos os dispositivos que possamos utilizar para economizar tempo com o trabalho, lutamos para encontrar tempo para cuidar do condicionamento do nosso corpo, e mais triste ainda, do bem-estar de nosso relacionamento com Cristo. Ambas as atividades requerem tempo e planejamento cuidadoso. A integridade de nosso corpo, mente e espírito depende principalmente das nossas escolhas. O exercício é uma forma de atividade física que é planejada, estruturada, repetitiva e realizada com o objetivo de melhorar a saúde e o condicionamento. Os exercícios regulares não são apenas uma atividade preventiva; também funcionam para manter a saúde em sua melhor forma, protegem e oferecem muitos benefícios. A Comissão Consultiva das Diretrizes de Atividades Físicas para Americanos (DAFA), composta por treze especialistas no campo da ciência do exercício e saúde pública, sumariza os benefícios dos exercícios na tabela abaixo:1 As descobertas dos estudos que levaram a essas recomendações são aplicáveis a todas as nações e etnias. Evidências convincentes continuam a emergir, provando que as pessoas que se mantêm fisicamente ativas por aproximadamente sete horas por semana, correm um risco 40 por cento menor de morrer prematuramente do que as que são ativas por menos de 30 minutos por semana. O risco de morte prematura é ainda substancialmente menor nas pessoas que praticam pelo menos duas

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horas e meia de atividade física aeróbica de intensidade moderada, por semana. O exercício regular tem demonstrado reduzir o risco do câncer de mama nas mulheres. Uma análise recente do Estudo de Doenças Global Burden 2013, não apenas confirmou o efeito protetor dos exercícios regulares para o câncer de mama, mas mostrou que há benefícios mesmo nos grupos de baixo nível de atividade (150 minutos de caminhada por semana). A proteção aumenta nos grupos com atividade moderada e alta. Um padrão similar de benefícios é verificado nos cânceres de cólon, diabetes, doenças coronarianas e derrame cerebral (AVC). Há mais de 150 anos, Ellen G. White disse: “Caminhar, sempre que possível, é o melhor exercício, porque ao caminhar, todos os músculos são postos em ação.”2 Separe tempo para o exercício – sua saúde está em risco! n 1 U.S. Department of Health and Human Services (2008), 2008 Physical Activity Guidelines for Americans, p. 9-12. Para a versão on-line, acesse www.health.gov/paguidelines. 2 Ellen G. White, The Health Reformer, 1º de julho de 1872.

Benefícios para a Saúde Associados à Atividade Física Regular CRIANÇAS E ADOLESCENTES Evidências fortes Melhora no condicionamento cardiorrespiratório e muscular Melhora da saúde óssea Melhora da saúde cardiovascular e dos bio-marcadores metabólicos Favorável à composição do corpo Evidência moderada Reduz os sintomas de depressão ADULTOS E ADULTOS MAIS IDOSOS Evidências fortes Reduz o risco de morte prematura Reduz o risco de doenças coronarianas Reduz o risco de derrame cerebral (AVC) Reduz o risco de hipertensão arterial Reduz o risco de perfil lipídico adverso Reduz o risco para diabetes tipo 2 Reduz o risco de síndrome metabólica Reduz o risco de câncer do cólon Reduz o risco do câncer de mama Previne o ganho de peso Perda de peso, particularmente quando combinado com consumo reduzido de calorias Melhora o condicionamento cardiorrespiratório e muscular Previne quedas Reduz a depressão Melhora a função cognitiva (em idosos) Evidências de moderada a forte Melhora a saúde funcional (em adultos com mais idade) Reduz a obesidade abdominal Evidências moderadas Reduz o risco de fratura de quadril

Peter N. Landless, médico cardiologista nuclear, é diretor do Ministério da Saúde da Associação Geral.

Allan R. Handysides, médico ginecolo-

gista aposentado, ex-diretor do Ministério da Saúde da Associação Geral.

Reduz o risco de câncer de pulmão Reduz o risco de câncer do endométrio Manutenção do peso após perda de peso Melhora a densidade óssea Melhora a qualidade do sono


H E R A N Ç A

A D V E N T I S T A

M Autor quando recruta no exército soviético

ANjo

Pavel Liberanskiy

EM DA

Deus faz muitas coisas impossíveis.

PARTE 1

eus quatro irmãos e eu crescemos em uma igreja ativa repleta de crianças e jovens. Desprezados pela comunidade em geral devido à nossa fé em Deus, participávamos de debates na escola sobre a existência de Deus e os princípios cristãos, sempre sem o benefício dos livros adventistas. Quando as crianças adventistas da Moldávia deixaram de frequentar a escola aos sábados, desencadeou uma manifestação violenta de indignação e perseguição. Todos os sábados nossa igreja era visitada por policiais, representantes das escolas e administradores comunistas. Eles interrompiam nosso culto, multavam nossos pais e os ameaçavam de aprisionamento. Na igreja, regularmente aprendíamos música, estudávamos a Bíblia e líamos os livros de Ellen White. Aprendemos a pregar sobre Cristo enquanto éramos ferozmente perseguidos por um regime ateísta. Muitas vezes, nós crianças, tínhamos que fugir pelas janelas dos fundos da igreja e escapar pelo jardim, quando a polícia fechava todas as portas na tentativa de multar nossos pais por nos levar à igreja. Outras crianças se uniam a organizações comunistas para jovens de acordo com a idade: Octobrist, para idade de 7 a 11 anos; Pioneers, para adolescentes; Komsomol, a Liga Comunista Nacional Jovem Leninista, para jovens mais velhos. Embora beijássemos as bandeiras Komsomol, jurando fidelidade ao partido, confiávamos em Deus, amávamos nossos pais e sonhávamos em algum dia nos tornar missionários e livres. Parte da igreja de Deus e do exército da Moldávia

Aos 17 anos, portanto um ano mais novo do que a lei permitia, caminhei 20 quilômetros até a igreja e fui batizado em uma sexta-feira à noite. A música se tornou minha maior ferramenta missionária. Continuar os estudos era quase impossível na Moldávia: as aulas aos

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H E R A N Ç A

A D V E N T I S T A

Durante os dois anos do serviço militar, o autor se esforçou ao máximo para ser fiel a Deus e a seus colegas soldados.

sábados eram obrigatórias; os ateístas trabalharam para nos convencer a negar nossa fé e transgredir o sábado; se nos recusávamos, éramos expulsos. Impossibilitado de estudar, aprendi sozinho uma série de habilidades úteis. Um livro escrito por um de nossos pastores, Mito e Realidade, ajudou muito em minhas discussões sobre a existência de Deus e a confiabilidade da Bíblia. No dia 12 de novembro de 1979, chegou minha vez de servir o Exército Soviético por dois anos. Minha igreja preparou uma festa de despedida e me aconselhou a permanecer fiel. Naquela manhã de outono, vi-me em meio a um grupo de recrutas barulhentos, ateus e bêbados. Enfrentei meu primeiro desafio quando a inspetora ordenou: “Dê-me dois rublos.” E estendeu um cartão da Komsomol para mim. “Não posso aceitar isso”, eu disse. “Eu não concordo com as ideias ateístas dessa organização.” Ela insistiu para eu pegar o cartão e seguir em frente. Havia uma fila enorme esperando atrás de mim. “Sou adventista, e não aceito o cartão Komsomol”, repeti. “Pegue o cartão e vá embora”, disse ela rudemente. “Toda essa bobagem de religião vai ser arrancada da sua mente jovem!” Outros que estavam na fila disseram a ela que eu era cristão e que não precisava do cartão. Mas ela insistia. Percebi que alguém já havia assinado meus

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documentos. Fiquei assustado com minha situação. Desde criança e até ao Ensino Médio, regularmente eu resistia ser identificado com o Partido Comunista. Mas agora o cartão estava no meu bolso! O que eu deveria fazer com ele? Minha primeira tarefa

Ocupamos vários ônibus em direção a Beltsy, norte da Moldávia. Lá passamos por inspeção e exame médico finais. Como membro da Kimsomol, fui colocado em uma tropa de mísseis e avisado de que em breve seria enviado para o local do serviço.

Na primeira noite que passei longe de casa e da minha igreja, orei muito, pedindo que a vontade de Deus fosse feita em meu futuro no exército. Fui para a minha cama de campanha nas barracas, imaginando o que faria com o meu cartão Komsomol. Foi quando me lembrei de Dmitriy Unak, um pastor adventista que morava na área e decidi pedir seu conselho, mas eu não fazia ideia de onde era sua casa. Dei um jeito e fugi das barracas, seguindo o anjo de Deus no meio da noite, e encontrei a casa do pastor. Acordei o pastor e sua esposa e comecei a explicar o propósito da minha visita.


Confiávamos em Deus, amávamos nossos pais e sonhávamos em algum dia nos tornar missionários e livres. Os dois estavam interessados e preocupados com meu cartão Komsomol. Nós oramos. Ele me deu um bom conselho e ficou com o cartão Komsomol e com o dos registros pessoais. O pastor prometeu que se encontraria com o representante das Relações Religiosas do governo para informar como os líderes Komsomol estavam tratando os adventistas. Em Gudauta, Abkhzia, meu primeiro posto de trabalho, o principal desafio foi a comida. Quase tudo era feito com porco ou banha de porco. Minha dieta era limitada a pão, chá, chucrute e, às vezes, mingau. Antes de iniciar o treinamento, fui chamado ao escritório do comandante para mostrar meus cartões Komsomol e o dos registros pessoais. “Eu não sou membro da Komsomol”, eu disse. Eles não podiam acreditar: nessa unidade militar secreta de mísseis só eram admitidos os membros da Komsomol. Calmamente, falei sobre minha fé, contestando o fato de as leis do meu país não permitirem que eu a praticasse. Eles ficaram furiosos. Declarei que seguiria a Bíblia e não trabalharia aos sábados, e não portaria armas. Em resposta – no período em que a União Soviética estava em guerra contra o Afeganistão – disseram que defender meu país era meu dever. O oficial principal me deu uma pilha de livros sobre os regulamentos do Exército Soviético e me informou quantos anos de cadeia eu pegaria para cada lei que eu violasse.

Respondi: “Não vou agir contra minha consciência, custe o que custar. O senhor pode me colocar contra essa parede e me fuzilar. Serei fiel ao Deus em quem confio.” Após um momento de silêncio, eles mandaram que eu me retirasse para que reconsiderassem. Disseram para eu me esquecer das minhas crenças durante meus dois anos de serviço. Saí e louvei a Deus por ter ficado ao meu lado. O Major

Nosso treinamento começou com minha alimentação fraca, corridas intensas, exercícios físicos, limpeza, treinamentos rigorosos para recrutas, seis a sete horas de sono, e os olhares dos oficiais e soldados sempre me observando. Rapidamente todos souberam sobre minha religião. Alguns, especialmente os muçulmanos, me aplaudiram pela minha determinação de ser fiel aos meus princípios religiosos. Ganhei todas as competições atléticas e fui o primeiro em todas as matérias de tecnologia. Quando me perguntavam onde havia aprendido todas aquelas habilidades, eu respondia: “Em lugar nenhum.” Todos passaram a me respeitar. Um dia fui chamado ao escritório do Major Serdyukov, chefe do Comitê de Segurança do Estado (KGB) da nossa tropa, que era muito educado e tinha boas maneiras. Conversamos sobre minha vida e crenças religiosas. Ele me mostrou alguns livretos sobre

o que alguns adventistas haviam feito. Uma noite eles saturaram as regiões ao redor do Mar Negro com livretos antissoviéticos que acabaram chegando à sua caixa do correio. Ele queria encontrar as pessoas responsáveis por aquilo. Deixei claro que aquela atitude era oposta à posição de minha igreja; que provavelmente poderia ser a Igreja Adventista da Reforma. Ele estava preocupado com a presença de um adventista naquela unidade militar secreta. Parecia preocupado com o que faria comigo. Sugeri que me transferisse para uma unidade militar vizinha, em Sochi, que estava se preparando para as Olimpíadas de 1980. Ele pediu que eu escrevesse ao Sr. Sinicin, comandante do Distrito Militar Baku. “Diga a ele tudo o que você achar necessário”, disse o major. Escrevi uma declaração. Mencionei meu pedido de transferência. Citei o Artigo 52 da lei soviética sobre liberdade de consciência, e pedi uma oportunidade para praticar minhas convicções religiosas enquanto estivesse no serviço militar. O major aceitou minha declaração e prometeu uma resposta em poucos dias. n (Continua)

Pavel Liberanskiy é diretor

dos Ministérios de Publicação, Mordomia e Patrimônio da Divisão Euroasiática.

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D E V O C I O N A L

A

obra de Deus em nós Não se desespere

Donald L. Bedney II

V

ocê já ficou frustrado com sua vida espiritual? Será que sua realidade na caminhada com Deus é como o ditado “um passo para frente, dois para trás” e o tem deixado para baixo e desanimado? Não se desespere por sentir que está indo ladeira abaixo. Há esperança!

A esperança nos escritos de Paulo

Em sua carta aos crentes de Filipos, Paulo fala sobre a promessa de ajuda divina que altera completamente nossa perspectiva sobre o nosso problema espiritual e o crescimento. A princípio, provavelmente Paulo não se lembrou de Filipos como um local de otimismo. Lá ele havia sido maltratado, torturado e preso ilegalmente. Mesmo assim, sua carta aos santos é inspirada por sua abundante confiança na obra de Deus ali: “Agradeço a meu Deus toda vez que me lembro de vocês. [...] Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.” (Fl 1:3-6, NVI). Dos muitos pontos que valem a pena ser lembrados nessa passagem, mencionarei quatro: Deus já começou Sua obra em nós

Após Adão e Eva terem pecado, imediatamente Deus lhes ofereceu esperança por meio da promessa que chamamos de protoevangelho, a primeira intimação do evangelho para nos libertar do poço no qual tínhamos caído: “Eu farei com que você e a mulher sejam inimigas uma da outra, e assim também serão inimigas a sua descendência e a descendência dela.” (Gn 3:15, NTLH). Como Deus prometeu aos nossos primeiros pais, Ele “poria” no coração da humanidade, uma inimizade entre

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ela e a serpente (o inimigo), o pecado. A consciência da inadequação de nossas ações e desespero sobre o rumo de nossa vida, são a obra de Deus em nós, e o cumprimento da promessa do Éden. Nossa reação contra certos comportamentos e modo de pensar, mesmo contra nossos próprios pensamentos e ações, são bênçãos, não maldição. Sabemos que há algo em nós que luta contra o poder do mal. Sem o poder do Espírito Santo de Deus, naturalmente não há conflito humano contra as obras das trevas. Ao contrário, o pecado naturalmente se torna parte de nós; amamos as trevas em vez da luz (ver Jo 3:19). Mas a obra do Espírito Santo muda isso. A obra de Deus em nós é uma obra interna

Quando o Senhor comissionou a Samuel para ungir um novo líder político do Seu povo, ele achava que sabia os critérios que deveria adotar na escolha. Ao ver o filho primogênito de Jessé, pensou ter em Eliabe um protótipo de Saul, alto e com boa aparência. Pensou

ser essa a confirmação de que o Senhor o havia enviado para o lugar certo. A princípio, Samuel temeu levar adiante a ordem de Deus: ungir um novo rei enquanto Saul, a quem ele mesmo havia ungido rei, ainda estava vivo e no comando, era um convite a receber a sentença de morte. “Se Saul souber disso ele me mata”, explicou Samuel a Deus (1Sm 16:2, NTLH). Mas agora, olhando para Eliabe, Samuel estava grato por ter ouvido a Deus, e grato por ter sido capacitado a superar o obstáculo de temer por sua vida, evitando que desobedecesse às instruções divinas. No entanto, incompreensivelmente, o Senhor estava dizendo que Eliabe não era o Seu homem: “Não se impressione com a aparência nem com a altura deste homem. Eu o rejeitei porque não julgo como as pessoas julgam. Elas olham para a aparência, mas eu vejo o coração” (v. 7, NVI). Deus Se interessa primariamente pela nossa situação espiritual interna. Portanto, Sua obra começa por dentro, revisando e transformando nosso coração e mente. Talvez Ezequiel seja quem melhor


A obra de Deus em progresso

E quando as peças do quebra-cabeça são muito semelhantes, somos tentados a desistir da montagem. resume essa promessa de mudança: “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agir segundo os Meus decretos e a obedecerem fielmente às Minhas leis” (Ez 36:26, 27, NVI).

Recentemente, li sobre a habilidade que o cérebro tem de gravar e armazenar padrões de comportamento. Aprendi que dois tipos de fibras, os axônios e dendritos, são extensões da membrana das células do cérebro. Os axônios transmitem, ou enviam, mensagens; os dendritos recebem as mensagens. John Eccles, pesquisador australiano, estudou esses componentes do cérebro e percebeu que essas extensões minúsculas nas fibras de envio pareciam com botões em miniatura, por isso as chamou de “boutons” (botões em francês). Esses botões secretam fluidos químicos que impelem o corpo à ação, fazendo com que as mensagens transmitidas pelas sinapses (o espaço entre duas células), desçam das células do cérebro para o resto do corpo. Os pesquisadores sabem que os pensamentos ou ações repetidas, formam botões na ponta das fibras nervosas, tornando mais fácil a repetição dos pensamentos e ações na próxima vez. Uma vez que o padrão dos hábitos é formado, nunca são apagados. O que isso significa para nós? É por essa razão que é tão fácil repetir os maus hábitos, e tão difícil eliminá-los! Em resposta aos nossos tropeços espirituais, Satanás diz: “Veja, você não mudou! Você ainda é a mesma pessoa incorrigível como era antes de se encontrar com Jesus.” Nosso comportamento sugere que Satanás está certo. Mas esse é o julgamento superficial feito por Satanás, como Samuel observando Eliabe, Abinadabe e Samá. Pois embora nossos pés queiram trilhar mais frequentemente do que gostaríamos as velhas e batidas rotas dos maus comportamentos, nossos novos caminhos estão sendo formados à medida que escolhemos andar em obediência. As obras de Deus em nós estão em progresso juntamente com os

caminhos da fé: “Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele” (Cl 2:6, NVI). Nós recebemos Cristo pela fé. E pela fé e por nossa confiança contínua nEle acima das evidências de nossas falhas, Ele poderá realizar Sua obra perfeita em nós (ver Tiago 1:4). Deus terminará Sua obra em nós

Como Paulo resume: “Deus, que começou esse bom trabalho na vida de vocês, vai continuá-lo até que ele esteja completo no Dia de Cristo Jesus”(Fl 1:6, NVI). Minha esposa e eu, ocasionalmente montamos quebra-cabeças. Alguns são fáceis, mas outros são difíceis de ser montados porque as peças são muito parecidas. E quando as peças do quebra-cabeça são muito semelhantes, somos tentados a desistir da montagem. Do mesmo modo, ao olharmos para nossa condição espiritual interior podemos ser tentados a desistir, e, como um boxeador vencido, a “jogar a toalha”. Mas Paulo nos adverte a nunca desistir. Não podemos deixar que nossas aparentes falhas nos enganem. Não importa quão má seja a aparência do ponto de vista comportamental, sabemos que Deus não desistiu de nós. Ele irá finalizar o que começou. Como Paulo, podemos olhar para o futuro com otimismo, não pelas nossas próprias virtudes, mas pela confiabilidade na obra de Deus em nós, pois Ele sempre termina o que começa. n

Donald L. Bedney II é o diretor de desenvolvimento da Universidade Andrews. Ele e sua esposa Elynda, moram em Berrien Springs, Michigan (EUA). Novembro 2016 | Adventist World

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A R T I G O D E C A PA

É

necessário muito tempo para reaproveitar a terra do mar, mas é isso que os holandeses fazem pacientemente, há séculos. Criar terra nova da vazante – pôlder – para as comunidades e para o cultivo requer planejamento cuidadoso, grande investimento em diques, equipamentos de bombeamento e longos calendários. Não é uma tarefa para os que esperam obter resultados impressionantes e instantâneos. O sucesso é medido ao longo de décadas e gerações, como deveria acontecer com tudo o que faz sucesso. Portanto, não deveríamos ficar surpresos com o fato de que um dos programas de plantio de igreja mais bem-sucedido do adventismo global é também o que funciona há mais tempo e está localizado justamente na União Holandesa, um território pequeno e vibrante da Igreja, na Divisão Transeuropeia.1 Com 58 igrejas e 16 grupos que acolhem 5.7362 membros da família da igreja, o número total dos membros da União Holandesa é do tamanho de uma mega igreja cristã de médio porte, nas Américas ou na África. No entanto, diferentemente das numerosas congregações, o adventismo na Holanda dispõe de uma grande diversidade de idiomas, culturas, estilos de culto e costumes que constantemente requerem ajustes e negociação. “E os que não deram valor a um começo tão humilde vão ficar alegres quando virem Zorobabel terminando a construção do Templo… [os] olhos do SENHOR Deus, que veem tudo o que se passa no mundo inteiro”, somos lembrados pelo profeta (Zc 4:10, NTLH). A escala na qual o Espírito de Deus trabalha nunca é a métrica do sucesso: é o aumento relativo que sempre ganha os elogios

do Mestre (Mt 25:14-20). A taxa de crescimento de 32% em 15 anos, desde que a União Holandesa iniciou seu programa singular de plantio de igrejas3, relembra o conselho de Zacarias aos adventistas de todos os lugares. Muito desse crescimento extraordinário em uma região amplamente conhecida como “pós-cristã” e secular, é devido à maneira incomum como avançou o plantio de igreja na Holanda. Esta que já foi a terra de vigoroso calvinismo, a Holanda hoje, de modo geral está secularizada, onde apenas 30% da população pertence oficialmente à igreja cristã, e somente um terço desses – 10% da população – frequenta uma igreja todas as semanas.4 Entretanto, 37 igrejas adventistas foram plantadas nessa nação de 17 milhões de pessoas nos últimos 15 anos – uma média de mais de duas por ano – e 31 delas continuam progredindo. “O holandês típico nunca procura uma igreja”, diz Rudy Dingjan, coordenador de crescimento de igreja para a União Holandesa, desde 1997. “Seus avós deixaram a igreja; seus pais ouviram falar sobre igreja; e ele nunca ouviu nada sobre igreja. Na típica igreja plantada para pessoas seculares os cultos só começam a ser realizados depois de muito tempo. Em primeiro lugar, começam a viver em comunidade e se sentem em casa quando estão juntos. Atividades

Plantando

Graça e

Paciência Bill Knott


Vibrant Praise: O concerto anual reúne muitos amigos e colegas da comunidade na igreja planta FOCO, em Arnhem, Holanda.

realizadas em conjunto fazem com que as pessoas se tornem cada vez mais próximas. Gradualmente eles começam a realizar um culto, às vezes um por mês.” (Veja o quadro “Mantendo o FOCO”). A longa permanência de Dingjan e sua filosofia bem articulada de plantio de igrejas é grande parte do sucesso dessa atividade na região. A princípio, cético de que o método de plantio de igrejas, realizado pela primeira vez na Austrália, pudesse funcionar em um ambiente tão diferente culturalmente como a Holanda, Dingjan e vários outros pastores se convenceram de que se os leigos liderassem – em vez de os pastores – o plantio de igreja atenderia melhor a forma de

pensar de uma sociedade que atravessa transições rápidas como ocorre com a cultura holandesa. “Enfatizamos o ponto de que o plantio de igrejas sempre deve ser direcionado para o seu bairro”, diz ele, “e que seja feito pelos moradores locais. Eles devem estar envolvidos com a sociedade, com as pessoas que moram ali. Provavelmente as pessoas ficam, porque moram ali.” O plantio de igrejas no território dessa pequena nação é tão diverso como é a população que está emergindo na cultura holandesa. Igrejas de idioma twi, plantadas por ganeses, crescem próximas às fundadas por descendentes de adventistas holandeses indonésios. Igrejas de idioma holandês

Mantendo o Bill Knott

A

aparência é de uma congregação adventista “comum”, se em “comum” incluirmos uma congregação que se reúne aos sábados à tarde, em um centro comunitário alugado. O culto parece familiar: louvor congregacional, acompanhado por um teclado, instrumentos e vocalistas; invocação; leitura bíblica; oração; música do coral; um sermão baseado na Palavra. Mas quando descobrimos que mais de 80 por cento des-

FOCO

sa congregação de 40 membros – e todos os membros do coral – não são membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia, rapidamente concluímos que a igreja planta FOCO, em Arnhem, Holanda, é qualquer coisa, menos “comum”. A igreja planta é vibrante, multirracial, multilíngue e cresceu a partir da dedicação de uma família holandesa molucana, os Fautngiljanan, cuja família imigrou da Indonésia, há duas gerações. Ton e sua esposa Sonja foram treinados

pelo pastor da área, a começar um grupo de amigos e vizinhos, em sua casa. Esse grupo se tornou a igreja planta FOCO, cuja faixa etária dos membros varia entre 18 e 68 anos de idade. Em setembro de 2013, o estudo bíblico realizado na casa dos Fautngiljanan, nas tardes do segundo e quarto sábados do mês, evoluiu para dois cultos ao mês (primeiro e terceiro sábado), no centro comunitário vizinho, no lado sul de Arnhem. Esse é um compromisso

da família toda: o pai José e o filho Ryano, 24, tocam percussão e ajudam nos momentos de louvor. A mãe Delyana ajuda Giordano, filho caçula, que é vocalista, violinista e pianista talentoso, a dirigir o louvor congregacional. Os irmãos participaram por muito tempo em grupos musicais por toda a Holanda. Quando Giordano começou a convidar seus amigos, alunos do conservatório musical onde estuda para apresentar música religiosa nos cultos do FOCO, surgiu uma grande abertura na comunidade de Arnhem. “Eu fiquei surpreso, pois muitos dos músicos das bandas de rock, quando convidados, ficavam ansiosos para me

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A R T I G O D E C A PA

e papiamento* são plantadas por caribenhos, e também estão contribuindo notavelmente com o rápido crescimento que está ocorrendo próximo às grandes cidades do país, incluindo Roterdã e Amsterdam. Imigrantes de toda a Europa e do Oriente Médio se reúnem com holandeses nativos, agora em pequenas unidades, no estilo familiar, criando uma tapeçaria multicultural em uma região em que muitos erroneamente acreditavam que o adventismo estivesse em declínio. “O adventismo na Holanda é uma das expressões mais diversas e vibrantes do movimento que já vi em todo o mundo”, diz o presidente da União Holandesa, Wim Altink, eleito em 2007. “Estamos aprendendo a conviver como irmãos e irmãs em Cristo, até mesmo nos lugares nos quais iniciamos com experiências religiosas e culturais peculiares. Deus está nos unindo como um povo que efetivamente está evangelizando essa notável nação.” O típico plantio de igreja começa com seis a dez pessoas, muitas vezes de uma congregação já existente, diz Dingjan, embora algumas tenham sido plantadas com 20 a 30 pessoas. Alguns dos grupos organizados e dirigidos por membros leigos visam a certa cidade ou bairro: outros tentam alcançar membros com um idioma, idade ou grupo cultural específico.

Família missionária: Ryano, Delyana, Joseph, e Giordano Fautngiljanan acompanhar”, diz Giordano com um largo sorriso. “Eles gostaram da atmosfera reverente e aconchegante do culto no FOCO. Repetidamente, eles aceitaram o convite para cantar canções em louvor a Deus. Queriam saber o significado das palavras que iriam cantar, e por algum tempo experimentavam o que significa viver

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uma vida com Deus. Quando aprendiam o texto que tinham de cantar, descobriam o que Deus pode significar na sua vida e quais são Suas obras e caráter.” Giordano tem um método para convidar: “Deliberadamente escolho as canções mais alegres sobre a felicidade da vida cristã quando encon-

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Rudy Dingjan é o coordenador do plantio de igrejas na Holanda.

Algumas plantas são altamente tradicionais, usando as estruturas delineadas no Manual da Igreja, enquanto que outros enfatizam abordagens mais contemporâneas, usando música e estilos de culto que apelam a públicos mais jovens. “Onde quer que a Igreja esteja plantando mais igrejas, é ali que ela está crescendo”, diz Dingjan, referindo-se aos resultados de quinze anos. “E onde não há plantio de igreja, não há crescimento. As congregações podem até manter seu número de membros, mas não cresce. Toda igreja pode crescer por vinte anos, mas se continuar crescendo depois disso sem plantar uma nova congregação, será uma exceção.” “É o mesmo que acontece conosco, seres humanos”, acrescenta com leve sorriso. “Crescemos por vinte anos, mas depois disso só crescemos para os lados, não para cima.” O papel dos pastores no plantio de igrejas na União Holandesa é diferente da maior parte das outras regiões do mundo. Enquanto muito do treinamento para plantio de igreja nas Américas e na África enfatizam a necessidade de pastores gregários e talentosos, que constroem novas congregações ao redor dos seus talentos, os pastores na Holanda funcionam quase exclusivamente como treinadores em vez de líderes de congregação. Com cerca de 75 congregações e grupos e

tramos o amor de Deus”, diz ele. “Esse é o meu método de compartilhar a minha fé com outras pessoas.” Outro destaque da igreja planta FOCO é o “Chá Saudável”, organizado no terceiro sábado de cada mês. Trata-se de uma refeição vegetariana gratuita para todos os membros da comunidade. Muitos desses membros que agora frequentam regularmente o grupo FOCO tiveram seu primeiro contato com a igreja planta através das refeições mensais, e descobriram uma comida gostosa

e uma comunidade de crentes vibrantes e calorosos. Os eventos especiais foram altamente atrativos para a comunidade de Arnhem, inclusive um concerto gospel anual do FOCO; um programa evangelístico para imigrantes que estão esperando para se tornarem cidadãos holandeses; um jantar especial para as crianças da área e um retiro de fim de semana que permite dedicar tempo para desenvolver amizade e falar da nossa fé entre o grupo principal de adventistas e seus muitos amigos da comunidade.


Gerson P. Santos

AOGente Cuida amor de Cristo é compartilhado

1A

União Holandesa foi reorganizada pela Comissão Executiva da Associação Geral de outubro de 2016, como “União de Igrejas da Holanda”. o Relatório Estatístico Anual da Associação Geral de 2016, disponível na página http:// documents.adventistarchives.org/Statistics/ASR/ASR2016.pdf 3 Veja comparação entre o Relatório Estatístico Anual da Associação Geral de 2001 e 2016 See comparisons between the 2001 and 2016 Annual Statistical Reports of the General. Conference. 4 “Geloven binnen en buiten verband,” Sociaal en Cultureel Planbureau, 28 de abril de 2014.

de forma tangível, em São Paulo, Brasil

O

P O M I N

projeto de plantio de igrejas A Gente Cuida, está localizado em um bairro residencial de classe alta, em São Paulo, Brasil. Durante minha visita, no Dia dos Pais, encontrei-me com um grupo de jovens adultos, com algumas crianças, distribuindo cartões, balões e uma iguaria especial para as pessoas que caminhavam e corriam no parque público. A Gente Cuida é o lema de um grupo de jovens adultos, cheios de energia, que desenvolvem projetos comunitários, há mais de dois anos. Crendo no princípio de que “unicamente o método de Cristo trará verdadeiro êxito [...]”*, eles têm interagido com o povo, tentando suprir suas necessidades de um modo diferente. Esse plantio de igrejas começou nas ruas, interagindo com a comunidade; às vezes até realizavam cultos em praça pública. Desde então, eles decidiram mudar o culto para o escritório de uma empresa de marketing, oferecendo mais oportunidade para o crescimento espiritual. O proprietário da empresa, que não era adventista, decidiu não cobrar aluguel. Geralmente, as igrejas oferecem os programas que seus membros apreciam em vez de pensar no tipo de programas que a comunidade gostaria de assistir. A Gente Cuida tomou um rumo diferente. Os jovens, envolvidos desde o início, levaram meses visitando a comunidade e ouvindo sobre suas necessidades. Dividiram-se em pequenos grupos para servir determinados quarteirões, tornando-se os “pastores” ali, oferecendo assistência espiritual e ouvindo com atenção a respeito das necessidades do povo. Percebendo que, na área, há muitas casas noturnas e bares, eles começaram a oferecer água para as pessoas que estavam consumindo bebida alcoólica, compartilhando dados científicos relevantes e ajudando a minimizar a desidratação provocada pelo álcool. Afinal, as pessoas costumam encontrar o Grande Médico quando estão sóbrias. Muitas vezes, nos sábados à noite, os membros do A Gente Cuida abordam as pessoas na rua, oferecendo garrafas com água.

D A N I E L A

apenas 24 pastores credenciados, a maioria dos pastores é responsável por duas ou três igrejas estabelecidas. Simplesmente não há um número suficiente de pessoas contratadas para assumir, semana após semana, as responsabilidades do calendário total de estudos bíblicos, cultos de oração no meio da semana, atividades sociais e eventos de saúde para a comunidade, comum em muitas das igrejas plantadas na Holanda. “Cada igreja plantada tem um pastor responsável, mas como treinador, não como pregador principal ou líder”, acrescenta Dingjan. “O pastor é a pessoa responsável pela identidade, teologia e é o chefe da equipe da igreja. Ele ou ela deve treinar as pessoas na compreensão correta da Bíblia e sobre a pregação efetiva, mas não tentando fazer tudo sozinho.” A maioria dos pastores só prega uma vez por mês nas igrejas plantadas na qual é o treinador, e só é indispensável para os batismos e celebração da Santa Ceia. Todas as outras atividades na igreja plantada – ensinar, organizar e a maior parte das pregações – são realizadas pelos membros do grupo principal que realiza as tarefas, prestam contas e planejam novos evangelismos. “Se você quer se envolver no plantio de igrejas na Holanda, é melhor estudar para ser capaz de pregar”, acrescenta Dingjan rindo. “Simplesmente não há pastores profissionais suficientes para fazer tudo, e mesmo que tivesse, não queremos que assumam esse papel.” “Não procuramos pastores especializados em plantio e crescimento de igreja”, conclui. “Esse não é o modelo do Novo Testamento. Se você for superorganizado, de ‘ponta a ponta’ você não cresce. Um dos grandes enganos de muitas igrejas adventistas plantadas em todo mundo, é que assumem que a igreja se resume ao culto de sábado.” “Isso simplesmente não funciona. A igreja é a comunidade de pessoas que também se reúne aos sábados. Quando ela trabalha bem, os membros da igreja se envolvem com seus vizinhos de rua, com os colegas na comunidade, e com todos aqueles que o Espírito está dirigindo por meio de todo tipo de evento, além do sábado de manhã. Estamos tentando construir uma comunidade religiosa que funcione durante toda a semana – uma comunidade que também tenha a oportunidade de cultuar e celebrar no sábado, com as pessoas que se tornaram amigas.” Paciência e fé para crer que “Aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.” (Fp 1:6, NVI). É essa a maneira pela qual Jesus está reavivando Sua igreja na Holanda – e em muitos outros lugares. n

2 Veja

*Papiamento ou Papiamentu é uma língua crioula e é a principal língua falada nas ilhas caribenhas de Aruba, Curaçao e Bonaire. Recentemente, ganhou o status de língua oficial nas três ilhas.

Um ator que passava pela Avenida Paulista conversa por mais de duas horas sobre questões existenciais e espirituais com um dos voluntários do projeto #Desabafe.

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* Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver (Casa Publicadora Brasileira), p. 143.

Gerson P. Santos, natural do Brasil, serve como secretário

T I A G O

M E N E Z E S

associado na Associação Geral, em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos.

Mãe e filha se divertem com atividades do A Gente Cuida para crianças, em uma tarde ensolarada na Praça Horácio Sabino.

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V L A D I M I R

Logo os moradores começaram a responder positivamente na página de mídia social do grupo, a esses atos de bondade. “Sempre tentamos conversar com as pessoas”, diz Marceli, uma das líderes do A Gente Cuida. “Ao compartilhar o amor de Deus temos encontrado muitas oportunidades de ajudar os outros.” Há outro projeto chamado “#Desabafe” (Abra o coração). Todas as sextas-feiras à noite, os membros do grupo A Gente Cuida levam bancos para a calçada de uma rua movimentada e uma placa com a seguinte pergunta: “Você está cansado ou deprimido? Fale e desabafe.” João estava passando e parou para conversar. Impressionado com a disposição de ajudar demonstrada pelo grupo, ele ficou. Anos antes, quando adolescente, ele perdeu seu pai e ficou muito desapontado com Deus e com a religião estabelecida. “Deus não existe”, pensava. “Se existisse, não deixaria que isso acontecesse.” Naquela noite, quando João chegou à sua casa, orou: “Deus, se o Senhor existe, foi a Sua voz que ouvi hoje através daqueles jovens na rua.” Ele frequenta um pequeno grupo do A Gente Cuida e está estudando a Bíblia. No entanto, A Gente Cuida não se concentra apenas nas necessidades locais. Durante o ano passado o grupo fez uma parceria com a ADRA e enviou 100 toneladas de água para ajudar um município em outro estado brasileiro, após um desastre. O grupo também fez parceria com uma universidade estadual, fazendo uma pesquisa sobre o papel da espiritualidade na recuperação da dependência de drogas. Nesse programa, seus membros conseguiram entrar em contato com mais de 250 adolescentes, dos quais quase 50 por cento permaneceram limpos após completar o programa. Eles têm apresentado programas de música local e dramatização em praças públicas e as pessoas têm reagido positivamente. Um vizinho que assistiu ao programa, entrou em contato com o A Gente Cuida pela mídia social, e está frequentando os cultos todas as semanas. Hoje, cerca de 35 jovens se reúnem todos os sábados para cultuar juntos e para cuidar de sua comunidade. Sua ausência seria sentida!

N O S O V

A R T I G O D E C A PA

Andrew McChesney

Igreja na Sibéria é construída com oração Boa notícia para a Sibéria

O

s membros da igreja local vão se lembrar por muito tempo do último dia do inverno, em que a primeira igreja adventista do sétimo dia abriu suas portas, na região russa da Sibéria. Em 2011, depois de orar por duas décadas, os irmãos encontraram um terreno a um preço acessível. Michael Ryan, então vice-presidente geral para a igreja adventista mundial, visitou o local e fez uma oração especial. Com fervorosa oração e invocando constantemente a oração de Jabes, para que Deus ampliasse seu território (ver 1Cr 4:10), os membros construíram o prédio. O pastor Vladimir Nosov participou do primeiro culto naquela noite de inverno. “Nós não tínhamos móveis, nem ao menos cadeiras, mas o prédio estava completo”, disse Nosov. “Os membros da igreja sentiram uma alegria extraordinária. Era como se houvesse raios de luz iluminando as paredes e enchendo o lugar de um brilho especial. As pessoas tocavam as paredes com as mãos, admiradas pelo modo como Deus respondeu a tantos anos de oração. Lágrimas brotavam de muitos olhos. As orações eram sinceras e ferventes.” O grupo começou a orar por uma igreja por volta dos anos 1990, quando o primeiro adventista chegou a Nyagan, cidade de 56 mil habitantes, localizada em uma região inóspita e fria, próxima ao Ártico. A tentativa de comprar um pequeno prédio ruiu havia alguns anos, esmagando toda a esperança daquele pequeno grupo.


Classe da Escola Sabatina na igreja Nyagan.

Gaspar Colón

O chaveiro que fabrica

chaves para o coração “Os membros da igreja ficaram juntos”, disse Vasiliy P. Stefaniev, presidente da Missão Siberiana Ocidental, cujo território engloba Nyagan. “O pastor os animou a crer que Deus já tinha preparado algo maior e que suas orações tinham sido respondidas.” Um lindo prédio com dois andares, lentamente começou a tomar forma. Ao mesmo tempo, a congregação começou a crescer. “Pessoas foram batizadas durante todos os anos de construção”, disse Alexey Novoselov, ex-presidente da Missão Siberiana Ocidental, hoje secretário-executivo da União-Missão Russa Oriental. “A igreja tinha entre cinco e sete membros; agora tem quase trinta.” Hoje a igreja é bem conhecida em sua comunidade, disseram os líderes da igreja. Seus membros são ativos na comunidade e os motoristas da cidade não precisam do endereço para chegar à igreja. No fim do ano, cinco alunos do Seminário Adventista Zaoksly, próximo a Moscou, irão ajudar no evangelismo da igreja. Também está sendo planejando o primeiro programa evangelístico, dirigido por Ryan, que agora é um assistente especial do presidente da Igreja Adventista, e por Michael Kaminskiy, presidente da Divisão Euro-Asiática. “A igreja Nyagan não é muito grande, as pessoas são amigas e unidas”, disse Kaminskiy. “Devo destacar especialmente a hospitalidade do pastor e sua família. Ele é muito atencioso. Essa é uma das razões porque as pessoas visitam a igreja.” Nosov disse que a igreja esperava ainda mais milagres. “Oramos continuamente e cremos que o Senhor abrirá outras portas”, disse ele em um de seus vários e-mails. “Queremos servi-Lo!”

Igreja Adventista do Sétimo Dia de Nyagan, na Sibéria.

Na Seung Il e sua esposa, Na (Choi) Eun Kyeona, convidam pequenos grupos para estudar a Bíblia com eles em uma sala no piso superior da sua loja.

N

a Seung Il é chaveiro e, com sua esposa Na (Choi) Eun Kyeong, abriu uma loja de fabricação e reparo de chaves e cadeados, na cidade de Gangneung, região centro-sul da Coreia. Pouco depois de comprarem o prédio onde instalaram a loja, sua esposa o abordou com uma ideia: “Vamos criar um centro de pequenos grupos no terceiro andar do nosso prédio?” Após levantarem fundos para reformar o prédio, o Centro Missionário de Pequeno Grupo foi inaugurado em março de 2016. A princípio, deram mais atenção ao trabalho com os pequenos grupos do que ao seu negócio, muitas vezes fechando a loja para cuidar do ministério que haviam iniciado. “Íamos primeiro ao centro missionário, deixando nossa loja em segundo plano. Mas Deus nos abençoou tremendamente. Quando retornávamos à loja, à tarde, todos os fregueses que haviam nos procurado pela manhã, retornavam. Três grupos se reúnem no terceiro andar do prédio do Sr. e da Sra. Na: um grupo de mães, outro de diáconos e um grupo de pessoas de meia-idade. O último recebeu o nome de Cenáculo, no desejo de experimentar a presença do Espírito Santo naquele lugar. Nesse grupo, muitos membros já experimentaram a direção de Deus. O Sr. Cho Nam El renovou sua fé após 25 anos e levou sua esposa a Jesus. “Devo fazer o meu melhor para ser um modelo de cristianismo para minha esposa.” O pequeno grupo fortalece o desabrochar de sua antiga fé. A Sra. Kim Jeong Soon começou a frequentar a igreja com o esposo. Quando foi diagnosticada com lúpus, o pequeno grupo serviu de grande apoio. “No pequeno grupo, animamos uns aos outros.” Poucos meses mais tarde, foi comprovado que o diagnóstico de lúpus havia sido um erro. A Sra. Choi Seon Rang sofreu um acidente de carro quando estava retornando para sua casa após uma reunião do pequeno grupo. Mesmo tendo quebrado seis costelas, ela agradece a Deus porque os amigos do pequeno grupo sempre estão presentes ajudando-a e a seu esposo. O Sr. e a Sra. Na aprenderam que podem se envolver ativamente no ministério dos pequenos grupos, por meio da sua loja. Essa é a chave que usam para abrir o coração dos seus vizinhos.

Gaspar Colón é o coordenador de integração missionária para a Adventist Review.

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C R E N Ç A S

F U N D A M E N T A I S

L

embro-me de que quando era criança, compareci à assembleia da Associação Geral, em Dallas, Texas (EUA). Pela primeira vez, fui exposto à maravilhosa variedade de pessoas de todo o mundo. Fiquei impressionado com as cores dos trajes típicos, os sons dos instrumentos até então desconhecidos para mim, além do fascínio exercido pelos diferentes idiomas. Percebi que a igreja no meu cantinho do mundo era peculiar em relação às igrejas em milhares de partes do mundo. Desde então, comecei a procurar oportunidades para viajar. Aos 12 anos, já tinha visitado meia dúzia de países e, ao me formar na faculdade, cerca de 30. Até hoje, tive o privilégio de conhecer 72 países! Aprendi a apreciar mais do que nunca a amplitude e a variedade do nosso planeta. Após conhecer centenas de igrejas adventistas ao redor do mundo, admiro ainda mais a diversidade que caracteriza o povo do advento.

O

NÚMERO 14

paradoxo da unidade e da variedade

Celebrar a peculiaridade da unidade global da nossa igreja Richard Aguilera

Enfrentando o paradoxo

Como igreja mundial, somos confrontados com o paradoxo de lidar com a variedade e com a unidade. A princípio, temos a tendência de pensar que é difícil. Mas quando olhamos as referências bíblicas clássicas sobre a variedade das diferentes partes do corpo trabalhando juntas com um objetivo comum, nossa tarefa começa a fazer mais sentido. O apóstolo Paulo escreveu: “Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo” (1Co 12:12).* Em outras palavras, o olho pode ser incrível, assim como o baço e também o pé. Todos trabalham para fazer com que o corpo funcione adequadamente, e nenhum deles pode fazer o trabalho do outro. A chave é compreender que cada parte tem uma tarefa, mas seu propósito é fazer apenas o corpo funcionar. E sabemos que o baço morre se for separado do corpo. Satanás versus nosso paradoxo

Satanás, nosso inimigo, não quer que descubramos como podemos ser diferentes, sendo apenas um. Se prestarmos atenção aos jornais em qualquer dia, vamos ver que seu

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objetivo é convencer as pessoas de que variedade e unidade não podem coexistir no planeta, e nem mesmo na igreja de Deus. A missão de Satanás é colocar uma barreira entre Deus e nós, e entre as partes do corpo da igreja, para nos dividir. Ele vai tentar amputar as partes do corpo usando uma série de estratégias. Ele usará políticos, religião, linguagem, raça e o que for necessário. Se você não tem certeza sobre o que estou dizendo, tente ver online algum fórum relacionado com a igreja nas postagens do Facebook. Você irá descobrir rapidamente a capacidade que alguns assuntos têm de dividir as pessoas. Recentemente vi uma postagem no Facebook sobre um indivíduo que deixou de ser amigo de uma série de pessoas devido a uma discussão religiosa. Aquela discussão ficou tão acalorada que alguém poderia pensar: será que os cristãos envolvidos compreendem realmente o verdadeiro significado da palavra cristianismo? Sem dúvida, cristianismo significa semelhança com Cristo. Esse é apenas um triste exemplo de um grupo de “pessoas da igreja” que terminou tragicamente dividido.


Afinando nosso foco

É evidente que, mesmo pessoas unidas pelo compromisso de crer e viver as verdades corretas, podem acabar divididas no processo de buscar o mesmo objetivo. Porém, a compreensão que deriva das nossas diferenças não precisa entrar em atrito com nosso compromisso comum com a verdade como ela é em Jesus. Toda essa energia investida para enfrentar os opositores, pode ser investida no desenvolvimento de maneiras de trabalharmos juntos. Ironicamente, muitos membros sinceros da igreja, rápidos em apontar e quase prontos a denunciar as ideias que diferem dos outros, pensam genuinamente que estão fazendo a coisa certa. O problema é que não percebem que a rapidez em seus olhos está diretamente relacionada à superficialidade das suas observações. Talvez se demorassem um pouco mais, observassem um pouco mais de perto, e pensassem um pouco melhor, descobririam no objeto de sua crítica, um irmão ou irmã que ama a Deus e a verdade, tão profundamente, como eles amam. Como aprendemos a avançar juntos? Devemos nos concentrar nos aspectos que nos unem. Devemos compreender que Deus ama cada uma das pessoas, inde-

Unidade no

Corpo de Cristo

A Igreja é um corpo com muitos membros, chamados de toda nação, tribo, língua e povo. Em Cristo somos uma nova criação; distinções de raça, cultura e nacionalidade, e diferenças entre altos e baixos, ricos e pobres, homens e mulheres, não devem ser motivo de dissensões entre nós. Todos somos iguais em Cristo, o qual por um só Espírito nos uniu numa comunhão com Ele e uns com os outros; devemos servir e ser servidos sem parcialidade ou restrição. Mediante a revelação de Jesus Cristo nas Escrituras, compartilhamos a mesma fé e esperança e estendemos um só testemunho para todos. Essa unidade encontra sua fonte na unidade do Deus triúno, que nos adotou como Seus filhos.(Sl 133:1; Mt 28:19, 20; Jo 17:20-23; At 17:26, 27; Rm 12:4, 5; 1Co 12:12-14; 2Co 5:16, 17; Gl 3:27-29; Ef 2:13-16; 4:3-6, 11-16; Cl 3:10-15.) – Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, nº- 14

pendentemente das diferenças reveladas exteriormente: pelo vestuário, penteado, música ou estilo de oração. Devemos compreender completamente que nosso santo chamado é para amar e servir aos outros e compartilhar as boas-novas de esperança e salvação. Amar o suficiente para ir além da superfície, pode exigir que avancemos além da Crença Fundamental Nº 14, até às conversas sobre evangelismo e ganho de almas. Deve permitir que Deus nos use para a expansão do Seu reino na terra. Pode nos ensinar a um dia em nossa igreja, abraçar as cabecinhas brancas e visitantes de nariz empinado. A flexibilidade divina permitirá que, em nosso empenho de irmos para o Céu, alegremo-nos com as diferenças aparentes, sons diferentes, enquanto nos encaminhamos para o Salvador e para o reino. Se pudermos fazer das verdades e do amor profundos, nosso principal objetivo, a unidade em meio à variedade se tornará um alvo muito mais atingível. E porque “Deus derramou o Seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo que Ele nos deu” (Rm 5:5, NTLH), a música de nossa harmonia transforma-se em um resultado inevitavelmente alegre. Nosso dever comum e singular

Ao final, para o bem da unidade, essa característica maravilhosa da Trindade eterna, e por amor a Jesus, que orou por essa unidade, devemos examinar nosso próprio coração: Estou caindo nas armadilhas de Satanás? Estou atento às suas estratégias? Tive alguma discussão calorosa com alguém sobre os “problemas” da igreja? A comissão da minha igreja discordou indignada com algum item da agenda? Terei feito alguma coisa destrutiva que se encaixa perfeitamente nos planos de Satanás para dividir as pessoas, mesmo tendo me convencido de que estava agindo corretamente para o bem da igreja? Devemos estar prontos, não apenas para as respostas honestas inspiradas pelo Espírito, mas para as mudanças provocadas pela inspiração do Espírito, que nos farão responder à oração de Jesus: “Pai, como Tu estás em Mim e eu em Ti. Que eles também estejam em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste” (Jo 17:21). n * Os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional, com exceção dos que vêm com outra indicação.

Richard Aguilera é o presidente da One Mustard Seed, Inc., um ministério infantil que exalta as maravilhas da criação de Deus. Novembro 2016 | Adventist World

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D E S C O B R I N D O

O

E S P Í R I T O

Volume original do livro Caminho a Cristo publicado em 1892 pela Companhia Fleming H. Revell.

D E

P R O F E C I A

Caminho a Cristo

125

faz

anos

James R. Nix

O clássico cristão que ainda inspira

C

aminho a Cristo, o livro de Ellen White mais publicado e traduzido, completa 125 anos, em 2017. Como esse pequeno e poderoso livro foi publicado? Como poderemos compartilhar ainda mais amplamente as bênçãos espirituais desse edificante livro no próximo ano? Originalmente publicado em 1892, Caminho a Cristo foi um dentre os vários livros cristocêntricos produzidos por Ellen White durante os anos 1890.1 Logo após a assembleia da Associação Geral de 1888, que imprimiu uma ênfase renovada no tema justificação pela fé, Ellen White e outros falaram sobre o assunto em igrejas e reuniões campais. Como resultado, vários pastores pediram a Ellen White que escrevesse um pequeno livro de cunho cristocêntrico que pudesse ser vendido por evangelistas e também nas livrarias.2 Ela havia escrito vários artigos sobre conversão e vida cristã que foram publicados em vários periódicos da Igreja. O pedido agora era para que aqueles materiais fossem incorporados em um livro para uma distribuição mais ampla. Marian Davis, secretária de longa data de Ellen White, foi encarregada da tarefa de localizar e montar em um manuscrito os vários escritos de White sobre a vida cristã. Marian procurou entre todos os artigos publicados pela autora na Review and Herald (hoje Adventist Review) e Signs of the Times,

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nos capítulos dos seus livros já publicados, cartas pessoais, e manuscritos não publicados, em busca do melhor material para o novo livro. Em algumas situações, Ellen White escreveu material novo para completar alguns capítulos, ou reescreveu partes já escritas, para se encaixar melhor ao livro. O trabalho de preparar o manuscrito foi realizado em 1890 e 1891. A origem do título, “Caminho a Cristo”, é desconhecida. No entanto, no verão de 1891, quando o manuscrito do livro circulou em uma convenção educacional, em Harbor Heights, Michigan (EUA), foi muito bem recebido. Foram estudadas maneiras de realizar uma distribuição mais ampla e eficaz do novo livro. Uma sugestão foi publicá-lo em uma editora não adventista. George B. Starr, que quando jovem e antes de se tornar adventista havia trabalhado para Dwight L. Moody, em Chicago, em 1875,3 sugeriu que entrassem em contato com o cunhado de Moody, Fleming H. Revell, para consultá-lo se tinha interesse em publicar o referido livro.4 Quando foi publicado pela primeira vez, em 1891 pela Fleming H. Revell Company, Caminho a Cristo continha doze capítulos, apenas. No ano seguinte, a International Tract Society, em Londres, quis publicar o livro no Reino Unido.5 Para assegurar os direitos autorais na Grã-Bretanha, Ellen White acrescentou

um novo capítulo introdutório: “O Cuidado de Deus”, que foi mantido em todas as edições publicadas pela denominação. Embora a Revell tenha publicado três edições do livro nas primeiras seis semanas após a primeira publicação, e um total de sete edições durante o primeiro ano, em 1896 Revell concordou em vender os direitos autorais para a Review and Herald Publishing Company. Anos mais tarde, a Review transferiu esses direitos para Ellen White.6 Não existe um registro acurado do número total de exemplares de Caminho a Cristo impresso nesses 125 anos. Milhares de livros foram publicados (estimados pelo copyright – direitos autorais), tanto pela denominação como por organizações particulares. Da mesma forma, é também desconhecido o número de idiomas para os quais foi traduzido. No entanto, O Patrimônio Literário Ellen G. White está ciente de que esse poderoso livro, transformador de vidas, já foi traduzido para mais de 165 idiomas. Citações favoritas

Embora ainda seja benéfico ler e reler Caminho a Cristo, e descobrir algo novo a cada leitura, outra razão para a sua popularidade constante é as muitas citações que encontramos nele. A seguir está apenas uma amostra que ilustra a natureza simples, mas prática do livro.


Ao longo dos anos, Caminho a Cristo foi publicado em dezenas de idiomas e formatos.

Leia o Caminho a Cristo e descubra muitas ideias similares de crescimento em Jesus: “A oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo. Não que seja necessário, a fim de tornar conhecido a Deus o que somos; mas sim para nos habilitar a recebê-Lo. A oração não faz Deus baixar a nós, mas eleva-nos a Ele”7 “Por que deveriam os filhos e filhas de Deus ser tão relutantes em orar, quando a oração é a chave nas mãos da fé para abrir o celeiro do Céu, onde se acham armazenados os ilimitados recursos da Onipotência?”8 “Consagrai-vos a Deus pela manhã; fazei disto vossa primeira tarefa.”9 “Quando Cristo habita o coração, transforma-se toda a natureza.”10 “O Senhor nunca exige que creiamos em alguma coisa sem nos dar suficientes provas sobre que fundamentemos nossa fé.”11 “Exponde continuamente ao Senhor vossas necessidades, alegrias, pesares, cuidados e temores. Não O podeis sobrecarregar; não O podeis fatigar.”12 2017 e além

Embora Caminho a Cristo exista há mais de um século, o que você e eu podemos fazer, no próximo ano, para divulgar ou reapresentar este livro

maravilhoso? A seguir algumas sugestões: Leia o livro. Ele contém 13 capítulos, apenas, portanto qualquer pessoa pode encontrar algum tempo durante o ano para sua leitura. Imagine o impacto que seria sentido nas igrejas se cada adventista, no mundo todo, lesse Caminho a Cristo, com oração, em 2017! Você pode ler, juntamente com a leitura da Bíblia ou de outros devocionais, durante o culto familiar. Pequenos grupos (tanto na igreja quanto nos lares) podem estudar o livro, pastores podem pregar sermões baseados nos temas encontrados nele (que tal um sermão por semana durante o trimestre?), professores podem usar o livro nos cultos das aulas, capelas, etc. Do mesmo modo, o livro ainda pode ser o tema dos cultos dos funcionários nos escritórios das Associações e instituições de saúde. Doe o livro para familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho, e outros. Caminho a Cristo está disponível para ser baixado gratuitamente, em vários idiomas, na página www.egwwritings. org. Também está disponível em áudio em alguns idiomas. O livro Caminho a Cristo tem sido uma grande bênção para milhões de pessoas que o leram. Como sumarizado por Tim Poirier em seu artigo escrito

no centenário desse livro: “Não sabemos quem sugeriu a Ellen White a ideia de escrever um livro simples sobre a vida cristã. Mas uma coisa é certa: a pessoa não tinha ideia de quantos milhões de pessoas teriam seu primeiro encontro com Cristo por meio desse livrinho.”13 É igualmente certo que ainda podemos ser abençoados, e continuar a ser uma bênção para os outros, ao ler e compartilhar o Caminho a Cristo, em 2017. n 1 Caminho a Cristo (1892), O Maior Discurso de Cristo (1896), O Desejado de Todas as Nações (1898), Parábolas de Jesus (1900). 2 W. C. White e D. E. Robinson, The Story of a Popular Book “Steps to Christ” (St. Helena, California, “Elmshaven” Office, August 1933 [mimeographed]), p. 1. 3 Enciclopédia do Adventista do Séitmo Dia (1996), v. 11, p. 702; Denis Fortin and Jerry Moon, eds., The Ellen G. White Encyclopedia, 2nd ed. (Hagerstown, Md.: Review and Herald Pub. Assn., 2013), p. 519, 520. 4 A Enciclopédia de Ellen G. White, p. 1198. 5 The Fleming H. Revell Company renunciou a todos os direitos para publicações internacionais. Veja Tim Poirier, “A Century of Steps,” Adventist Review, May 14, 1992, p. 14. 6 A Enciclopédia de Ellen G. White, p. 1198; White e Robinson; Poirier, p. 14, 15. 7 Ellen G. White, Caminho a Cristo (Casa Publicadora Brasileira), p. 93. 8 Ibid., p. 94, 95. 9 Ibid., p. 70. 10 Ibid., p. 73. 11 Ibid., p. 105. 12 Ibid., p. 100. 13 Poirier, p. 15.

James R. Nix é diretor do Patrimônio Literário de Ellen G. White. Novembro 2016 | Adventist World

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R E S P O S T A S

A

P E R G U N T A S

B Í B L I C A S

Discípulos com

Por que Jesus pediu aos Seus discípulos para comprar espadas (Lc 22:35-38)?

espadas

O que Jesus pediu aos discípulos soa um pouco estranho e tem sido interpretado de maneiras diferentes. Vou fazer um breve resumo da passagem, comentar vários pontos de vista e fazer uma leitura específica do texto. 1. Leitura do texto: Jesus está alertando Seus discípulos de que ao ir para cumprir sua missão, as coisas não seriam como eram antes. Quando Ele enviou os 70 (Lc 9:1-6), Jesus disse para não fazerem nenhuma preparação específica – “os enviei sem bolsa, saco de viagem ou sandálias” (Lc 22:35) – porque eles não enfrentariam oposições severas e não teriam falta de nada. Mas a situação agora é diferente. Desse momento em diante, os discípulos enfrentariam oposição e perseguição, de modo que precisavam estar prontos para isso. Agora deveriam levar “a bolsa e o saco de viagem”, se não tivessem “uma espada” deveriam comprar uma. Para demonstrar que a situação seria diferente, Jesus falou sobre o que iria passar. Ele seria tratado como transgressor (um fora da lei), mas isso aconteceria para que a profecia messiânica fosse cumprida (Is 53:12). Esse é um dos pontos no evangelho em que Jesus anuncia Sua morte e dá a ela um significado redentor baseado em Isaías 53. Para salvá-los, Ele sofreria o destino dos ímpios como substituto deles. Aparentemente os discípulos não entenderam esse ponto porque sua preocupação era com as espadas. Eles perguntaram se duas espadas seriam suficientes para protegê-los. A resposta de Jesus: “É o suficiente” (NVI); “Basta!” (ARA). 2. Interpretação literal: Nessa passagem, alguns encontram indícios de que, de alguma maneira, o Jesus histórico estava querendo Se identificar com os objetivos dos zelotes em sua oposição aos romanos. Consideram o pedido para levar espadas como um chamado para atacá-los. Essa interpretação é dificilmente defensável, e a maioria dos comentadores a rejeitam. Outros tomam o texto literalmente, argumentando que, após a morte de Jesus, os discípulos necessitariam de um melhor equipamento para sua missão. Teriam que prover o próprio sustento e carregar espadas porque seria perigoso viajar por todo o império romano e ocasionalmente teriam de se defender. O contexto sugere que Jesus os está alertando

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Adventist World | Novembro 2016

sobre a oposição que enfrentariam por causa do evangelho. A referência de Jesus à Sua própria experiência ilustra a maneira pela qual os discípulos deveriam enfrentar seus inimigos; não havia violência nEle. De fato, quando Jesus foi preso, Pedro usou a espada para defendê-Lo, mas Ele o repreendeu (Lc 22:49-51). Quando enfrentassem oposição, a espada literal não faria parte do equipamento dos discípulos. De uma maneira mais alegórica na história cristã, as duas espadas têm sido interpretadas como os poderes temporais e espirituais da igreja. Esse conceito não é baseado no texto, mas na história da igreja (a união da igreja com o estado). 2. Interpretação figurativa: Baseado no fato de que as palavras de Jesus são ilustradas por Sua própria experiência, é melhor interpretar figurativamente a linguagem do Seu discurso. Jesus está pedindo aos discípulos que se preparem, porque o tempo está chegando quando eles, como Jesus, enfrentarão terrível oposição. Eles precisam se preparar, o máximo possível, para enfrentar o inimigo. Isso é descrito usando a linguagem do soldado. O bom soldado garantia seu próprio sustento e defesa. Os discípulos necessitariam estar totalmente preparados para seu conflito espiritual. Iriam precisar até de “uma espada”, porque se envolveriam em uma batalha espiritual, mortal (ler Ef 6:10-20). Os discípulos interpretaram literalmente as palavras de Jesus: “Ele está dizendo que cada um de nós deve ter uma espada? Isso seria dispendioso. De quantas espadas precisaremos?” Havia duas: “Vê, Senhor, aqui estão duas espadas” (Lc 22:38). Jesus, um pouco frustrado, respondeu: “É o suficiente!” (i.e., basta desses disparates [cf. Dt 3:26; 1Rs 19:4]). A frase é explicada em Lucas 22:51: “Basta!”, rejeitando o uso das espadas físicas, literais. Jesus usa a linguagem literal Se referindo às realidades espirituais no conflito contra os poderes espirituais. Precisamos estar totalmente equipados; precisamos de uma “espada”. n

Ángel Manuel Rodríguez serviu como pastor, professor e teólogo. Agora está aposentado e mora no Texas (EUA).


E S T U D O

B Í B L I C O

A

verdade real

sobre o retorno do nosso Senhor Mark A. Finley

E

m um mundo desesperado por esperança, o retorno de nosso Senhor é a “abençoada esperança” de cada crente (Tt 2:12). Se a morte fosse uma longa noite sem manhã, e se a sepultura fosse um buraco negro e sem saída no solo, nossa existência humana seria um poço de desespero. Uma das verdades centrais da Bíblia é o retorno de Jesus a este mundo. A segunda vinda de Cristo é mencionada mais de 1.500 vezes na Bíblia. No Novo Testamento ela é mencionada, em média, uma vez a cada 25 versos. Na lição deste mês vamos estudar o que a Bíblia ensina sobre a segunda vinda de Jesus.

1 Que promessa fez Jesus aos Seus seguidores pouco antes de Sua morte e ressurreição? Encontre a resposta em João 14:1-3. Pouco antes de Sua morte, Jesus animou Seus discípulos com a promessa do Seu retorno. Ele garantiu que um dia voltaria. A segunda vinda de Jesus é tão certa como as promessas do nosso Senhor. Ele não nos engana. Ele realmente virá outra vez para nos levar para casa; para nos levar para o lugar em que o sofrimento, a dor e a morte não mais existirão. E a bênção maior: desfrutaremos de Sua companhia eternamente!

2 Que testemunho os profetas do Antigo Testamento deixaram em relação à segunda vinda de Jesus? Leia as passagens listadas abaixo e faça um resumo com suas palavras. n Salmo

50:3 25:9 n Daniel 2:44 No Antigo Testamento, para cada profecia sobre a primeira vinda de nosso Senhor, há oito sobre Sua segunda vinda. Tanto no Antigo como no Novo Testamento o retorno de Jesus é um tema predominante. n Isaías

3 Qual é o testemunho deixado pelo apóstolo Paulo em relação ao retorno de Jesus? O que acontecerá com os justos mortos quando Jesus retornar? E o que acontecerá aos justos que estiverem vivos? Compare 1 Tessalonicenses 4:13-17 com 1 Coríntios 15:51-57. I M A G E M :

L D S

M E D I A

4 A Bíblia descreve o que acontecerá com os ímpios perdidos quando Jesus retornar? Será que receberão uma segunda chance de salvação? Leia os textos a seguir: Apocalipse 22:11, 12; Hebreus 9:27, 28; 2 Tessalonicenses 1:7-11. Todos os dias Deus nos dá novas oportunidades de aceitar Seu amor e de responder à Sua graça. Suas misericórdias se renovam a cada manhã (Lm 3:22, 23). Se não atendermos ao Seu gracioso convite seremos consumidos pelo brilho de Sua glória quando Ele retornar nas nuvens dos céus.

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Como o Evangelho de Mateus descreve a segunda vinda de Jesus? Encontre a resposta em Mateus 16:27.

6 Tanto Apocalipse capítulo 1, como o capítulo 22, descrevem a segunda vinda de Jesus. Que verdades eternas aprendemos nessas duas passagens: Apocalipse 1:7 e Apocalipse 22:7, 12 e 20? 7 O que Jesus disse sobre estarmos preparados para o Seu retorno? Leia Mateus 24:42-44. O apelo sincero de Jesus a cada um de nós é para estarmos prontos para o Seu retorno. Você pode não entender o que significa estar pronto para o Seu retorno. Não é complicado. Estar pronto para o retorno de Cristo significa simplesmente aceitar a salvação oferecida gratuitamente por Ele, e em resposta à Sua graça maravilhosa, entregar a vida completamente a Ele. Isso pode ser feito inclinando a cabeça e fazendo uma simples oração de compromisso. Se você nunca fez isso antes, dedique um momento para entregar sua vida inteira a Ele, agora mesmo. E se você já entregou sua vida a Jesus, que tal reafirmar essa entrega a Ele em oração agora? n

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M I L A N V I D A K O V I C’ , A D R A S L O V E N I A

TROCA DE IDEIAS

...cada ser humano merece ter oportunidade, não apenas de sobreviver, mas de prosperar. – Maja Ahac, Eslovênia

Cartas Bênçãos de junho

No artigo muito bem escrito por Maja Ahac, na Eslovênia (junho de 2016), ela disse que “cada ser humano merece ter oportunidade, não apenas de sobreviver, mas de prosperar”. A autora e eu sonhamos com o dia em que iremos receber todas as pessoas na família de Deus, independentemente do país de onde vieram, sem desculpas esfarrapadas para não os aceitar. Procurar o perdido é responsabilidade de todos. Um modo de procurá-los “é socorrer o aflito, dividir o que temos, dar voz a quem não tem, capacitar o incapacitado, servir de bênção para a humanidade como Jesus”. Todas as páginas da edição de junho são bênçãos e um lembrete para todos nós, de modo especial para os que trabalham

OraçãoW

arduamente para resgatar o perdido. Nesses últimos dias, em que o diabo está rugindo como um leão, procurando quem possa devorar devemos permanecer em estado de alerta, orando sempre, trabalhando nossa salvação, até chegarmos aos portais de pérola, onde não haverá mais iniquidade, violação dos direitos humanos, assassinatos, dor e morte. Atualmente, há 7,4 bilhões de pessoas neste planeta. Vamos nos unir para salvar pessoas do lago de fogo enquanto aguardamos a iminente segunda vinda do nosso Senhor. Lawrence Elijah Tesoro Filipinas História

Em “Breve história” (maio de 2016) percebi a declaração de que os primeiros missionários adventistas na África foram Abraham C. Enns e Johannes

Ellers, em 1903. Creio que C. L. Boyd e D. A. Robinson, que viveram na África do Sul, em 1887, foram os primeiros missionários adventistas na África. Creio que a Missão Solusi, no Sul da Rodésia (hoje Zimbábue) estabelecida em 1894, foi a primeira sede de missão adventista na África. As famílias missionárias chegaram a Solusi no mesmo ano, ou pouco depois, inclusive o Dr. A. S. Carmichael (médico). Até 1888, quase todos tinham morrido de malária, deixando W. H. Anderson como único sobrevivente. Solusi era uma das várias sedes de missão na África, estabelecidas total ou parcialmente por Anderson, um homem totalmente dedicado às missões. Muitas vezes ele viajava pelo continente, a pé ou de carro de boi durante semanas a fim de estabelecer as missões. Herbert I. Harder Califórnia, Estados Unidos

GRATIDÃO

Desapareceu uma grande soma de dinheiro sob minha responsabilidade, no meu trabalho. Procuramos em todos os lugares, mas sem sucesso. Por favor, ore por mim. Florence, Camarões

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Adventist World | Novembro 2016

Aprecio muito ajudar crianças nos orfanatos e pessoas necessitadas. Ore para que eu consiga o apoio necessário de doadores. Daniel, Uganda

Sinto-me atraído para a missão de levar jovens a Jesus Cristo. Também estou namorando uma moça que necessita de incentivo espiritual. Por favor, ore por nós dois. Abade, Uganda

Por favor, ore para que meu esposo guarde o sábado. Ele é adventista, mas enfrenta essa luta. Natukunda, Uganda

Por favor, ore para que eu consiga um trabalho com computadores, para poder devolver a Deus meus dízimos e ofertas. Meshack, Quênia


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É necessário mais amizade

Meu agradecimento à equipe editorial da Adventist World pela edição amiga (maio de 2016). Achei o conteúdo informativo e muito bem diagramado, tendo em mente aqueles que não são adventistas. Tenho muitos amigos que estão abertos ao evangelho, e essa edição foi um veículo excelente para nos conectar com eles. Um dos meus amigos mora na Índia e enviei um exemplar para ele. Por favor, repita a edição amiga no futuro. Muito obrigado, e bênçãos a todos os editores e autores. Herbert Pfeifer Alemanha Inspirado

Muito obrigado pelo artigo de Angel Rodríguez, “A glória do Senhor” (janeiro de 2016). Não sou adventista, mas ao ler a revista, esse e outros artigos me inspiraram muito. Muito obrigado e que Deus os abençoe. Samuel Nwagbo Nigéria Como enviar cartas: letters@ adventist world.org. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo, 100 palavras. Inclua na carta o nome do artigo e a data da publicação. Coloque também seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. As cartas serão editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas serão publicadas.

DOCE

Nascem mais pessoas no dia 16 de setembro do que em qualquer outro dia do ano. Fonte: Harvard University/Better Homes and Gardens I M A G E M :

P I X E L S Q U I D

Bom PARA O Quanto mais saudáveis forem nossos hábitos, menor será nossa perda das habilidades cognitivas. Tente manter os seguintes ideais para um coração saudável: n não fumar n massa corporal saudável (menor que 25 por cento) n fisicamente ativo (pelo menos 150 minutos por semana) n colesterol total saudável (menor de 20 mg/dL) n pressão arterial saudável (120/80 mmHg) n níveis saudáveis de açúcar no sangue (menor que 100 mg/dL) nd ieta balanceada (rica em frutas, vegetais e grãos integrais; pobre em sódio e doces) Fonte: Reader’s Digest I M A G E M :

Minha mãe continua hospitalizada, após sofrer um derrame. Sua condição é estável, mas ainda não consegue falar. Estou orando para que Deus toque em sua língua. Obrigada por suas orações. Jasmine, Canadá Por favor, ore por nós, na Indonésia, especialmente pelos jovens adventistas, para que sempre possamos obedecer à

P I X E L S Q U I D

vontade de Deus, que sejamos humildes e amemos uns aos outros. Somos todos por Jesus Cristo. Meidi, Indonésia Jejue e ore para que Deus envie chuva para a África do Sul, pois estamos sofrendo a pior de todas as estiagens. Harriet, África do Sul

Por favor, ore por nosso trabalho. Muito obrigado por sua boa vontade Shiful, Bangladesh Oração & Gratidão: Envie seus pedidos de oração ou agradecimentos (gratidão por orações respondidas) para prayer@adventistworld.org. As participações devem ser curtas e concisas, de no máximo 50 palavras. Os textos poderão ser editados por questão de espaço e clareza. Nem todas as participações serão publicadas. Por favor, inclua seu nome e o nome do seu país. Os pedidos também podem ser enviados por fax para o número: 1-301-680-6638; ou por carta para Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600, EUA.

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G E R A L

TROCA DE IDEIAS

No dia 12 de novembro de 1904, sete pessoas foram batizadas por H. F. Ketring, em Lima, Peru. O batismo foi realizado em segredo, e as reuniões foram realizadas com portas fechadas. Enrique Balada, um colportor chileno e obreiro pioneiro, começou trabalhando entre os interessados de Lima, em 1902. Os que aceitaram sua mensagem começaram imediatamente a ser hostilizados pela família, amigos e membros da igreja estabelecida. Devido à perseguição, Balada não ficou por muito tempo em Lima. Quando partiu, obreiros leigos e os novos conversos pediram que fossem enviados missionários a fim de batizá-los e organizar uma Igreja Adventista do Sétimo Dia. Em resposta ao seu pedido, H. F. Ketring foi do Chile, visitar os crentes interessados, em Lima. Ele chegou em outubro de 1904 e fundou um grupo com cerca de 20 pessoas. Hoje, a União-Missão Peruana do Sul e Associação Central Peruana estão sediadas em Lima.

Em que

– M ark Webster, Wahroonga, New South Wales, Austrália

lugar

mund ?

perfeito

M C C H E S N E Y

do

Encaixe A N D R E W

A R Q U I VO S

O chamado para uma vida inteira de serviço pelos outros é mais elevado que o chamado para um momento de sacrifício.

anos

Todos temos nossa própria cruz para levar. Nossas obrigações individuais. Dia abençoado é aquele em que descobrimos a tarefa concebida por Deus para nós. O encaixe é perfeito. Coincide com nossas paixões e utiliza nossos dons e talentos.

RESPOSTA: A Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Hico, cidade de 1.400 habitantes, no estado do Texas, Estados Unidos, tem 15 membros. Está localizada em um edifício de madeira que foi construído para ser capela, que se transformou em loja de máquinas, em seguida, voltou a ser capela, e finalmente, no final dos anos 1980, passou a ser uma Igreja Adventista.

D A

A S S O C I A Ç Ã O

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Quer empurrar as nuvens e clarear o seu dia cinzento? Aceite a direção de Deus. –L awrence Diadem Tesoro , Genebra, Suíça


“Eis que cedo venho…”

Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

da natureza A camuflagem ajuda os animais a se “misturarem” em seu habitat, dificultando a observação dos predadores. Os pinguins são um bom exemplo. Seu peito é branco, diminuindo a possibilidade de serem vistos contra o céu pálido por predadores abaixo deles. Por terem as costas pretas, eles se misturam na profundeza do oceano quando vistos de cima. Fonte: A Natural History of the Senses

Editor Adventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático. Editor Administrativo e Editor-Chefe Bill Knott Editor Associado Gerente Internacional de Publicação Pyung Duk Chun Comissão Editorial Ted N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley-Hardy; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, assessor legal.  Comissão Coordenadora da Adventist World Jairyong Lee, chair; Yutaka Inada, German Lust, Pyung Duk Chun, Suk Hee Han, Dong Jin Lyu Editores em Silver Spring, Maryland, EUA André Brink, Lael Caesar, Gerald A. Klingbeil (editores assistentes), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Wilona Karimabadi, Andrew McChesney Editores em Seul, Coreia do Sul Pyung Duk Chun, Jae Man Park, Hyo Jun Kim Gerente de Operações Merle Poirier Colaboradores Mark A. Finley, John M. Fowler

422 M I L H Õ E S

Conselheiro E. Edward Zinke Administradora Financeira Kimberly Brown Assistente Administrativa Marvene Thorpe-Baptiste Comissão Administrativa Jairyong Lee, presidente; Bill Knott, secretário; Chun, Pyung Duk; Karnik Doukmetzian; Han, Suk Hee; Yutaka Inada; German Lust; Ray Wahlen; Ex-officio: Juan Prestol-Puesán; G. T. Ng; Ted N. C. Wilson

É o número de adultos diagnosticados com diabetes, no mundo, em 2014. Esse número é quase o quádruplo dos 108 milhões, em 1980. O aumento mais significativo ocorreu nos países de baixa e média renda, como China, Índia, Indonésia, Paquistão, Egito e México. A maioria dos casos (cerca de 95 por cento) estão associados ao aumento das taxas de obesidade.

Diretor de Arte e Diagramação Jeff Dever, Brett Meliti Consultores Ted N. C. Wilson, Juan Prestol-Puesán, G. T. Ng, Leonardo R. Asoy, Guillermo E. Biaggi, Mario Brito, Abner De Los Santos, Dan Jackson, Raafat A. Kamal, Michael F. Kaminskiy, Erton C. Köhler, Ezras Lakra, Jairyong Lee, Israel Leito, Thomas L. Lemon, Solomon Maphosa, Geoffrey G. Mbwana, Blasious M. Ruguri, Saw Samuel, Ella Simmons, Artur A. Stele, Glenn Townend, Elie Weick-Dido

Experimente os remédios naturais abaixo, para diminuir seu risco de contrair diabetes: astanhas – cerca de 30 g ao dia nc (um punhado na palma da mão) n i ogurte n morangos hocolate meio amargo nc (quanto mais escuro, melhor) n canela n maçã n espinafre e couve n trigo integral n água

Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638 E-mail: worldeditor@gc.adventist.org Website: www.adventistworld.org Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria, México e nos Estados Unidos.

V. 12, nº- 11

Fonte: The Rotarian/General Conference Health Ministries Department

Adventist World F O T O S :

P I X A B AY

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