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INSTITUCIONAL
LÍDERES DO FUTURO NOVO MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM VAI CONTEMPLAR DEZ COMPETÊNCIAS DE LIDERANÇA E VISÃO RENOVADA PARA O TRABALHO COM A JUVENTUDE
CARLOS CAMPITELLI
Aformação de líderes é uma das marcas do Ministério Jovem adventista. Contudo, nos últimos anos, o perfil da juventude tem mudado aceleradamente e, por essa e outras razões, tornou-se imperativo ter um novo manual do nosso departamento. Além de oferecer um norte claro para as atividades do ministério, a intenção é despertar a criatividade e incentivar a inovação entre os líderes locais.
Estará incluso no manual o Programa de Desenvolvimento de Líderes (PDL JA), que prevê o desenvolvimento de dez competências de liderança. O material estará disponível também no site liderja.com, um espaço virtual que complementará o manual com videoaulas e outros recursos para quem se interessa pelo tema. Para facilitar, todo esse conteúdo também poderá ser acessado por meio do app liderJA e das mídias sociais do ministério.
Tenho em mente uma visão para o Ministério Jovem aqui na América do Sul. Por causa das mudanças culturais e tecnológicas de hoje, pais, educadores e líderes de igreja estão ainda mais apreensivos em relação à espiritualidade e ao futuro dos jovens. Enquanto muitos falam que a geração atual está perdida, outros acreditam no grande potencial que os jovens têm. Como igreja, estamos atentos às transformações e exigências do nosso tempo e, por isso, a transmissão de valores para as novas gerações é uma das quatro ênfases neste quinquênio.
ESTA GERAÇÃO TEM MUITO POTENCIAL PARA SE ENGAJAR EM GRANDES MOVIMENTOS EM FAVOR DO SEMELHANTE
Costumo ser questionado sobre como podemos lidar com os principais desafios da juventude. Vejo nossos jovens como um grande exército do bem. Eles são curiosos, conectados, proativos, inconformados com as injustiças e avessos à hipocrisia. Tudo isso faz com que essa geração tenha um grande potencial para se engajar em grandes movimentos em favor do semelhante. Por essa razão, devemos continuar a incentivar os jovens a se envolverem no serviço, mas essa mobilização tem que ser impulsionada por hábitos devocionais transformadores. Creio que o ser sempre precede o fazer. Acredito que, se os jovens nutrirem uma forte comunhão diária com Deus e relacionamentos saudáveis, o engajamento na missão será algo natural.
São grandes os desafios de ministrar aos jovens. Um dos principais é mudar a cultura de consumo de programas religiosos para o engajamento em projetos missionários de curta e longa duração. Essas experiências de serviço costumam mudar a mentalidade dos voluntários, fazendo com que se tornem mais parecidos com Cristo. Nesse processo, os eventos também têm seu lugar, não como um fim em si mesmos, mas como celebração do que Deus está fazendo e inspiração para que outros experimentem o que Ele fará.
O Ministério Jovem, assim como toda a igreja, tem como objetivo ser e fazer discípulos. Para tanto, precisamos de líderes que estejam dispostos a mentorear os jovens um a um ou em pequenos grupos. O discipulado das novas gerações não pode ser considerado uma tarefa meramente institucional, por atacado, decreto ou documento. Ele é artesanal e pessoal. Seu sucesso tem que ver com a decisão de amar os jovens mais do que nossos próprios interesses. ]
CARLOS CAMPITELLI é pastor e líder do Ministério Jovem, da Música e dos Universitários da sede sul-americana da Igreja Adventista