Revista Internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia
Se te m b ro 2 01 5
Edição Especial
6O a
assembleia da associação geral
S e te m b ro 2015
6O a
Edição Especial da
assembleia da associação geral
N. C. Wilson é reeleito Presidente adventista de Davy 3 Ted 16 Descendente da AG por ampla maioria Crockett toma posição no Álamo Andrew McChesney
Kimberly Luste Maran
uma experiência de submissão 4 “Éa Deus”
1 8 Uma história por vez da AG aprovam o 20 Delegados recorde de 35 novas Uniões
Bill Knott, editor da Adventist World, entrevista Ted N. C. Wilson.
votam “não” sobre questão 9 Delegados da ordenação de mulheres Andrew McChesney e Marcos Paseggi
aprovam atualização nas 11 Delegados Crenças Fundamentais Andrew McChesney
Heather Quintana
Andrew McChesney
vice-presidentes da AG: 21 Etrêsleitosnovos e três veteranos
Sandra Blackmer, Michael Campbell e Andrew McChesney
recém-chegados entre os treze 24 Seis presidentes de Divisão Stephen Chavez, Wilona Karimabadi, and Marcos Paseggi
SEÇÕES CRENÇAS 14
26 R E S P O S T A S
Sábado à noite ou domingo de manhã?
FUNDAMENTAIS
No princípio, Deus
PERGUNTAS
A BÍBLICAS
www.adventistworld.org On-line: disponível em 10 idiomas Tradução: Sonete Magalhães Costa Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. v. 11, nº- 9, Setembro de 2015.
2
Adventist World | Setembro 2015
27 E S T U D O B Í B L I C O Mentes saudáveis, cristãos saudáveis 28
TROCA
DE
IDEIAS
Capa: SÁBADO NA ASSEMBLEIA: Estima-se que 60 mil pessoas compareceram ao Alamodome, em San Antonio, no último sábado da Assembleia da Associação Geral. F o t o :
J o s e f
K i s s i n g e r
K i s s i n g e r
Wilson aceita novo mandato de cinco anos com “humildade e responsabilidade”
J o s e f
Não somos mais um pequeno povo, Quando este movimento foi organizado como Igreja Adventista do Sétimo Dia, em 1863, éramos um pequeno grupo de crentes, muitas vezes marginalizado, que se agarrava tenazmente à verdade do sábado e à crença na segunda vinda de Jesus. Em um mundo religioso dominado por denominações cristãs que contavam seus membros aos milhões, os adventistas do sétimo dia muitas vezes se sentiam o mal compreendido remanescente fiel à Palavra de Deus, enquanto outros faziam concessões teológicas ou buscavam controle político. Lá no fundo sempre soubemos que nossas crenças nunca nos tornariam populares. Assumimos que seríamos sempre marginalizados. Mas a realidade incontestável que se tornou evidente pela enorme dimensão da reunião dos adventistas, realizada nos dias 2 a 11 de julho, em San Antonio, Texas, Estados Unidos, é que agora Deus mudou os termos de nosso envolvimento com nossa cultura e com outras religiões. Atualmente, mais de 18 milhões de adventistas se reúnem em milhares de congregações, amplamente dispersas em todo mundo, mais do que qualquer religião protestante. A Igreja Adventista oferece um sistema educacional realmente mundial e um dos maiores sistemas de saúde do planeta. Estima-se que o número de pessoas que atualmente se identificam como adventistas do sétimo dia, fazendo ou não parte de uma congregação, seja superior a 25 milhões. A audácia de nossa missão divinamente inspirada – de levar a boa notícia de Jesus ao mundo inteiro – agora parece plausível, por meio do testemunho diligente de milhões de membros e do avanço das novas tecnologias das mídias. Os adventistas estão se tornando conhecidos nos governos, na educação, na ciência, na tecnologia e nas artes. A nova apreciação cultural dos benefícios do estilo de vida saudável dos adventistas está chamando a atenção de milhares de pessoas que talvez não apreciem os fundamentos bíblicos de nossa mensagem. Não somos mais um pequeno povo. Esta é uma obra de Deus. Tenhamos agora a coragem e a graça de seguir Sua direção para o futuro que Ele está criando para Seu remanescente!
Ted N. C.Wilson
Reeleito presidente da AG por ampla maioria Andrew McChesney
C
om maioria esmagadora, delegados reelegeram Ted N. C. Wilson, presidente em exercício da Associação Geral, para mais um mandato de cinco anos, na sexta-feira, 3 de julho. Após 37 minutos de discussão sobre o assunto na assembleia da AG, em San Antonio, Texas, aproximadamente 85% dos cerca de 2.400 delegados votaram em favor de manter Wilson em seu cargo de líder da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Wilson e a esposa Nancy, entraram no palco sob muitos aplausos dos delegados e milhares de outros membros da igreja que aplaudiam em pé, no estádio Alamodome. “É com muito respeito e humildade que estamos aqui diante de vocês e diante de Deus”, disse Wilson. “E aceitamos essa responsabilidade.” Wilson reiterou seu compromisso com Deus e com a Igreja Adventista e resumidamente destacou três objetivos que buscará alcançar em seu segundo mandato: maior ênfase em Cristo e Sua justiça, na fidelidade, e incentivar cada membro da igreja a se envolver no evangelismo e no testemunho. “Deus deseja que Seu povo permaneça fiel, mas temos que continuar unidos”, disse ele. A eleição de Wilson sofreu um pequeno atraso após dois delegados proporem que sua candidatura retornasse à Comissão de Nomeações para discussão adicional. Vários outros
delegados sugeriram que a votação para presidente fosse secreta. Ambas as propostas não encontraram apoio. Os membros da Comissão de Nomeações se reuniram separadamente com os dois delegados para discutir suas dúvidas, que não foram divulgadas. Nas duas vezes os membros da Comissão de Nomeações voltaram para a assembleia da AG e declararam que mantinham a nomeação de Wilson. Vários delegados da Divisão Norte-Americana rejeitaram a votação geral e propuseram a votação secreta, mas essa proposta também não encontrou apoio. Para votar, na sexta-feira, os delegados levantaram cartões verdes florescentes. Problemas técnicos adiaram os planos de estrear o sistema de votação eletrônica nessa assembleia da Associação Geral. A reeleição de Wilson aparentemente recebeu forte apoio de muitas regiões. Os membros da Comissão de Nomeações, escolhidos na noite de quinta-feira, trabalharam já na mesma noite e na sexta-feira pela manhã para nomear um presidente. Wilson recebeu apoio massivo, segundo informações de pessoas presentes às reuniões a portas fechadas. Ao falar por 15 minutos na coletiva de imprensa imediatamente após sua reeleição, Wilson disse que buscaria a unidade da igreja enfatizando o aspecto espiritual da oração e pela maneira
Setembro 2015 | Adventist World
3
Oa 6 assembleia da
associação geral
pela qual Deus reúne as pessoas por meio da missão. Essa ênfase, disse ele, ajudará a atender a oração de Jesus em João 17: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em Mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que Tu Me enviaste” (v. 20, 21, ARA). A Adventist Review pediu ao presidente que identificasse suas prioridades e Wilson nomeou os três objetivos mencionados na plataforma da assembleia, mas disse que já prevê que colocará maior ênfase no terceiro alvo: cada membro de igreja se envolvendo no evangelismo e no testemunho. “Enfatizaremos o cerne de quem somos como adventistas do sétimo dia”, disse ele. Chad Stuart, pastor nos Estados Unidos, escrevendo no blog da Adventist Review pediu ao Pr. Wilson que descrevesse seu sentimento após a reeleição. Wilson respondeu que se sentia “pequeno diante do desafio”, acrescentando que o processo de eleição havia sido “interessante”. Nancy, a esposa, estava orando na câmara de oração da Associação Geral quando soube que o esposo havia sido nomeado para novo mandato. “Meu sentimento foi semelhante ao que experimentei cinco anos atrás. É um grande desafio”, disse ela em entrevista. Sua voz ficou embargada e lágrimas rolaram em seu rosto enquanto falava nos bastidores do Alamodome. “Estou grata por podermos depender do Senhor”, disse ela. “É pelo Seu poder. É pela Sua força. Esta é a Sua igreja.” Ted Wilson, tanto na coletiva de imprensa como na plataforma da assembleia, agradeceu aos membros da igreja por orarem por ele e disse acreditar que essas orações o sustentaram dia após dia. Ao falar sobre o que esperam da igreja durante o novo mandato de Wilson, os delegados expressaram desejo semelhante: ver Jesus retornando. “Quero ver o Senhor voltando nos próximos cinco anos”, disse Homer Trecartin, presidente da Comissão de
4
Adventist World | Setembro 2015
Nomeações e da União Norte-Africana Oriente Médio. “Precisamos nos concentrar na missão”, disse ele. “Há muitas regiões no mundo que ainda não foram alcançadas e que precisam ouvir o evangelho.” Richard Hart, vice-presidente da Comissão de Nomeações disse que sua principal esperança para a igreja é que ela “permaneça unida em todo o mundo, mesmo mantendo sua diversidade de sexo e raça.” “Minha oração em favor da igreja é pela unidade de propósito em vez de uniformidade de ação”, disse Cheryl Doss, vice-secretária da Comissão de Nomeação e diretora do Instituto Mundial de Missões da igreja. Priscilla Christo, delegada da Divisão Sul-Asiática, disse que gostaria de ver os jovens sendo mais reconhecidos e recebendo mais ajuda e apoio dos líderes da igreja. Joel Ubani, presidente da Associação Aba Oriental, na Nigéria, e delegado da Divisão Centro-Oeste Africana, disse que Wilson visitou muitos jovens e igrejas em sua região durante seu primeiro mandato e ajudou a obra progredir. “Cremos que, com Deus, a igreja experimentará um crescimento tremendo nos próximos cinco anos”, disse ele. Judith Fisher, delegada da Associação Geral, disse esperar que “como igreja nos tornemos mais intencionais.” “Encontrar com Deus onde Ele está, onde Ele quer que estejamos para podermos abreviar Sua vinda. Essa é a razão de estarmos aqui”, disse ela. Ronald Oliver, delegado da Divisão Norte-Americana, disse estar mantendo os olhos fixos no céu. “Minha esperança e sonho é que o evangelho seja espalhado com maior amplitude, e assim o Senhor venha”, disse ele. “Ao vermos o evangelho ser anunciado mais amplamente nos mais diversos lugares, e ao observarmos o que está acontecendo no mundo natural e político, somos levados a pensar com firme convicção que Ele está vindo em breve.” Reportagem com a contribuição de Kimberly Luste Maran.
PASTOR PRESIDENTE: Ted N. C. Wilson e Nancy, sua esposa, cumprimentam os delegados e convidados no último sábado da assembleia.
“É
exper O editor Bill Knott conversa com Ted N. C. Wilson, presidente reeleito, sobre as responsabilidades do seu cargo, sobre dormir mais, como lidar com as decepções e quais serão suas prioridades nos próximos cinco anos.
J o s e f
K i s s i n g e r
uma
iência de submissão a Deus” Knott: O senhor aceitou sua eleição para servir como presidente da Associação Geral por outros cinco anos. Conheço o senhor o suficiente para saber que um momento como este não é um evento profissional apenas: é também um momento profundamente espiritual. Qual é seu sentimento neste momento em que a igreja na qual o senhor cresceu o escolhe como líder por mais cinco anos? Wilson: É um convite extremamente
desafiador para o qual a pessoa se sente
despreparada. Ninguém pode assumir esse cargo exceto pela direção direta do Senhor. É uma experiência que causa um grande senso de humildade. Especialmente quando se olha para os olhos e rosto dos delegados e membros da igreja, percebe-se que a tarefa é muito maior do que sua própria habilidade. Em um momento como esse há três coisas que se pode fazer: Podemos nos considerar tão pequenos a ponto de nos sentirmos totalmente inadequados, imobilizados, mas o Senhor não quer
isso. Podemos ficar tão corajosos com o convite para liderar que nos tornamos autoconfiantes, mas o Senhor também não quer isso. Ele quer usar os talentos que nos deu, mas quer que dependamos totalmente dEle. Portanto, nesse caso, estou sentindo o peso da função, mas vou levá-la ao pé da cruz. O que mais posso fazer? Há muito tempo ganhei uma pequena placa que mantenho em meu escritório. Nela está uma frase do livro Profetas e Reis, página 9: “Quando o que leva um fardo opressivo deseja sabedoria mais do que riquezas, poder ou fama, não ficará desapontado. Tal pessoa aprenderá do grande Mestre não somente o que fazer, mas como fazer, de maneira a alcançar a divina aprovação.” Assumo a mesma postura de Salomão no início de sua administração. Somente o Senhor é capaz de carregar o peso desta função. Durante os últimos cinco anos pude ver a intervenção do Senhor em muitas ocasiões, na maneira pela qual orquestrou os fatos, muito além de tudo o que eu seria capaz de imaginar ou fazer por mim mesmo. Sua mão sobrenatural está nesta igreja, e o Senhor não irá abandoná-la. É isso que me anima. Todos nós, independentemente do lugar e função para onde somos chamados a servir – administrador, pastor ou membro leigo –, devemos nos humilhar diante do Senhor e implorar pela chuva serôdia, pelo Espírito Santo. Quando observo o itinerário que o senhor cumpriu – a incrível agenda de viagens praticada nos últimos cinco anos – fico imaginando onde encontrará a estamina para fazer o mesmo por mais um mandato.
Bem, imagino que eu não vá viajar tanto. Se depender de minha esposa, não iremos. A realidade e a razão impõem certos limites. Acredito ser vitalmente importante gastar mais tempo em reflexão espiritual para compreender como
Setembro 2015 | Adventist World
5
Muitos de nós estaremos orando para que o senhor consiga ter mais horas de sono nos próximos cinco anos. Acredite!
K i s s i n g e r J o s e f
o Senhor deseja que Sua igreja avance. A movimentação aqui e ali pode parecer progresso, mas com a tecnologia de hoje está muito mais fácil nos conectarmos eletronicamente do que era há dez ou quinze anos. A tecnologia avançou a um ponto que é possível estar em contato constante, em quase todos os lugares do mundo. Aprendi a fazer pleno uso de e-mail e mensagens de texto. Mas você tem razão: há um limite para o corpo.
MAIS CINCO ANOS: Ted N. C. Wilson, presidente da Associação Geral, assume liderança da Igreja.
Vou me unir a vocês nessa oração! Considerando a importância das decisões tomadas nesta assembleia da AG, como melhorar o texto das Crenças Fundamentais, e se deve ou não permitir às Divisões que ordenem mulheres ao ministério, provavelmente haverá pessoas ou grupos que ficarão desapontados com alguma decisão tomada aqui. O senhor foi eleito para dirigir a Igreja Adventista mundial. O que tem a dizer aos que podem se desapontar com alguma decisão votada em San Antonio?
Lembro-lhes o fato de que, a despeito das decisões tomadas pela Igreja nos mais variados assuntos, esta Igreja ainda é a pupila dos olhos de Deus. Qualquer decisão tomada, mesmo não sendo do seu agrado, não há outro lugar para ir. Esta é a igreja remanescente de Deus. Se você não crê nisso, é porque tem outro recurso em sua mente. Mas não encontro em lugar nenhum na Bíblia ou no Espírito de Profecia que do remanescente sairá outro remanescente. Por isso, apelo a qualquer pessoa que esteja desapontada, mesmo os que se sentem rejeitados, a considerar o fato de que há um quadro muito maior. A Igreja Adventista do Sétimo Dia irá até o fim, mas não como uma organização
6
Adventist World | Setembro 2015
humana, simplesmente. Trata-se de um movimento que tem uma mensagem bíblica. Essa compreensão nos ajuda a encontrar estabilidade para nossa vida e para a missão da igreja. Pode ser que alguém continue a discordar de alguma decisão por um longo período, mas o Espírito de Profecia nos adverte que, quando a assembleia da Associação Geral toma uma decisão, devemos nos humilhar diante dela e não persistir com nossas opiniões próprias. Reconheço que, algumas pessoas, talvez não considerem esta resposta como válida, mas se não cuidarmos, o desânimo ou a decepção pode se transformar em amargura. Devemos colocar o assunto diante do Senhor e dizer: “Senhor, ajuda-me a superar este problema, de modo que eu veja o quadro geral, porque quando Tu voltares, a missão e a salvação das pessoas se revelarão as mais importantes.” Em meu ministério, ao pregar periodicamente em campanhas evangelísticas, como recentemente foi feito em Zimbábue, sou lembrado de que o propósito de Deus para Sua igreja é sempre maior do que qualquer decisão individual. Meu ponto de vista sobre qualquer assunto, por mais convicção que eu tenha, deve finalmente ceder aos
altos propósitos que Deus tem para Seu povo do tempo do fim. Imagino que muitas vezes em comissões dirigidas pelo senhor, foram tomadas decisões bem diferentes das que o senhor tomaria.
Várias vezes. E aprendi quanto é importante olhar para o quadro completo, e lembrar que o Senhor é responsável pelo resultado. Nos últimos cinco anos, o senhor ficou conhecido por lançar uma série de iniciativas importantes: “Reavivamento e Reforma”, “O Projeto do O Grande Conflito”, “Ministério de Saúde Abrangente”, e “Missão para as Cidades”. Devemos esperar grandes iniciativas como essas para os próximos cinco anos, ou o senhor espera consolidar as que já foram lançadas?
Durante o último quinquênio, essas iniciativas nos deram um fundamento sólido e amplo – e o crédito não é meu porque todas foram extraídas das Escrituras e do Espírito de Profecia – essa continuará sendo a base. Mas há três áreas de concentração que espero caracterizem tudo o que pretendemos fazer nos próximos cinco anos.
assembleia da
D o m i n i k
Z e h
A primeira é a ênfase em Cristo e Sua justiça: esse é o cerne das três mensagens angélicas. Essa mensagem trará as pessoas de volta à adoração do Deus verdadeiro, a reconhecer a beleza da Sua justiça, da graça que nos cobre, e a experiência da santificação, que também é uma obra dEle. As iniciativas anteriormente lançadas objetivam a restauração do propósito das três mensagens angélicas – restaurar nas pessoas um relacionamento completo com o Senhor. Apresentaremos Cristo e Sua justiça em todo programa e processo que iniciar ou continuar. A segunda área de atenção é a fidelidade. Vivemos em uma cultura muito existencial que sugere que nenhuma lealdade pode ser permanente. Mas Deus nos chama a aumentar nossa fidelidade a Ele e à Sua Palavra. Falaremos sobre fidelidade nas relações pessoais, fidelidade às verdades bíblicas, fidelidade no estudo da Palavra. Vamos salientar a fidelidade na oração, no estudo do Espírito de Profecia, nos relacionamentos familiares e nas áreas em que, pessoalmente, tenho um dever especial,
Oa 6 associação
geral
igreja e os ministérios de apoio para o evangelismo internacional. Fale sobre o papel que os ministérios de apoio vão desempenhar na “mobilização de cada membro”.
como frequentar a escola sabatina. A fidelidade só é possível quando reconhecemos nossa dependência completa de Cristo e de Sua justiça. O terceiro ponto é realmente crucial: é o completo envolvimento dos membros da igreja – total capacitação dos membros leigos para o evangelismo e o testemunho, de maneira que não tenhamos apenas um grupo de profissionais assalariados que fazem o evangelismo, mas os membros da igreja, em todo mundo, reconhecendo que esse é nosso trabalho. Ellen White declara nos Testemunhos, volume 9, página 117: “A obra de Deus na Terra nunca poderá ser terminada a não ser que os homens e as mulheres que constituem a igreja participem do trabalho e unam seus esforços aos dos pastores e oficiais da igreja”. Essa será uma das maiores ênfases para o novo quinquênio – envolver todos. Nem todo mundo precisa pregar em séries evangelísticas – embora muitos tenham condições, até quem nunca imaginou ser capaz de pregar! Mas compreender o dom da salvação significa que cada um precisa encontrar a área em que possa cumprir sua parte do plano de Deus para evangelizar o mundo. Recentemente, em Zimbábue, vi quanta energia pode vir do envolvimento, quando 20 jovens da Associação Arkansas-Louisiana (E.U.A.) realizaram uma campanha evangelística “Share Him.” Isso mudou a vida deles! Se você compartilha sua fé – seja pregando, ensinando ou simplesmente falando com um vizinho – o Senhor também fará algo dramático por você. Foi por isso que Jesus, em Sua misericórdia nos pediu, como povo, que nos envolvêssemos no evangelismo – porque também necessitamos da nova vida e do reavivamento que isso traz.
Durante os últimos cinco anos tentamos ampliar a compreensão sobre o que realmente seja um ministério de apoio e essa é uma compreensão completamente endossada pelo Espírito de Profecia. Não estou falando sobre organizações que se alimentam da igreja, mas daquelas que doam – usando uma expressão de que algumas pessoas gostam – “agregam valor”. Os verdadeiros ministérios de apoio são exatamente o que dizem ser: apoio. E se não estão apoiando, então não fazem parte da missão atual da igreja, realmente. Os ministérios de apoio são formados por pessoas que não são remuneradas pela igreja. Elas encontram outras maneiras de se sustentar, mas estão intencionalmente concentradas na missão da igreja, falando com as pessoas sobre as três mensagens angélicas e a breve volta de Cristo. Portanto, os ministérios de apoio vão desempenhar um papel vital em tudo isso. Cada igreja, cada pastor, cada membro de igreja pode participar de algum ministério organizado para evangelizar, não como espectador, mas como participante totalmente envolvido. Não estou interessado em provocar culpa nas pessoas. Não quero nenhum membro participando por obrigação, pensando: “Ah, sou obrigado a distribuir essa literatura!” Simplesmente deixe que o Senhor o dirija para alguma atividade na qual você se adapte e seja produtivo para o reino de Deus. Pode ser algo criativo – diferente do que os outros se sentem chamados a fazer – mas se o Senhor está nessa atividade, você estará contribuindo para o reino dEle.
O senhor acabou de citar o Share Him (Compartilhe-O), uma organização que trabalha com os membros da
Em momentos como este, a pergunta que tipicamente um entrevistador faz ao líder eleito é: “Atualmente, quais
Setembro 2015 | Adventist World
7
Oa 6 assembleia da
associação geral
são os maiores problemas enfrentados pela Igreja Adventista?” Em sua opinião, qual é o maior problema?
Em minha opinião, há duas questões, atualmente. Uma é a enorme tentativa da sociedade – e creio que venha do inimigo – de neutralizar as Escrituras e até mesmo a informação das Escrituras. Mesmo no contexto adventista, muitos
mensagem profética, em missão profética. E se os membros não compreendem tudo isso – e você Bill, como historiador irá concordar – não compreenderão a história da direção miraculosa de Deus sobre esse movimento e como Ele continuará nos guiando através dos tempos tumultuados à nossa frente.
À medida que os membros mergulharem nas verdades bíblicas e nos conselhos inspirados de Ellen White experimentarão uma profundidade espiritual que talvez nunca tenham experimentado antes. podem saber sobre a Bíblia, mas realmente não conhecem bem a Bíblia. Por essa razão, para este novo quinquênio, lançamos as iniciativas “Creia nos Seus Profetas” e “Unidos em Oração” – como um incentivo para realmente conhecer a Palavra e o Espírito de Profecia e, em oração, receber força e humildade que levará à chuva serôdia do Espírito Santo. À medida que os membros mergulharem nas verdades bíblicas e nos conselhos inspirados de Ellen White experimentarão uma profundidade espiritual que talvez nunca tenham experimentado antes. O segundo maior problema já tem me preocupado há muito tempo. Muitos adventistas do sétimo dia podem não compreender o papel profético deste movimento na sociedade – que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma organização singular, um povo profético. Como já disse antes, somos um movimento profético, com uma
8
Adventist World | Setembro 2015
Quase toda semana, a equipe da Adventist Review e Adventist World recebe notícias sobre membros da igreja que estão sendo perseguidos por seguir a verdade da Bíblia. O que o senhor diz aos adventistas que, neste momento, estão enfrentando dificuldades e vivem onde não podem praticar sua fé abertamente nem falar das verdades que Deus mostrou a eles?
Em qualquer situação que possamos estar vivendo, Deus nos chama a demonstrar o fruto do Espírito. Aquelas características maravilhosas automaticamente farão de você uma testemunha, mesmo que não possa falar sobre a mensagem de Deus para os últimos dias, abertamente. O Senhor o ajudará a entender como melhor impactar a vida das pessoas – que vão perceber a diferença. Irão perguntar por que você é bondoso, gentil e paciente. O Senhor pode ajudar a cada um de nós a encontrar maneiras de revelar Sua verdade,
mesmo quando não podemos falar abertamente sobre ela. A igreja está avançando rapidamente nas áreas em que é grande o potencial de oposição por parte de outras religiões e alguns governos. Muitas vezes penso em nossos irmãos que têm de lutar para manter a fé e nela permanecer. Eu oro por eles.
Espero que todos saibam que muita gente – na verdade milhões de pessoas – se lembram deles em suas orações. Em todos os lugares que vou, tento lembrar os membros que pensam viver em um lugar muito escondido, distante de todos, a não se esquecerem de que fazem parte integral da família adventista mundial. Diariamente, sua vida é apresentada a Deus por meio da oração de pessoas fiéis e o Senhor as está ouvindo, agindo e protegendo. Onde quer que se encontre, se em um país que ama a liberdade ou em um dos mais restritos, essa conexão com o Céu o ajudará quando se sentir desanimado ou isolado. Você é parte de uma família universal, pois todos os anjos de Deus também estão aí, com você. Eu sei que em todo o mundo Deus está trabalhando no coração de muitos para o clamor final. Ao ver o que está acontecendo em muitos lugares do mundo, vejo que o fim está diante de nós. O Senhor está voltando! Deus está agindo de maneira incomum e a última chuva está prestes a cair. Que privilégio fazer parte do movimento de Seu advento neste período da história. Portanto, olhe para o Senhor o tempo todo. Enalteça Cristo, Sua Palavra, Sua justiça, Sua obra no santuário, Seu poder salvador em meio ao grande conflito, Suas três mensagens angélicas, Sua mensagem de saúde, Sua missão para o mundo nos últimos dias, e Sua breve volta. Tenha coragem, como proclamou tão maravilhosamente o tema da Assembleia da Associação Geral de 2015: “Levante-se! Resplandeça! Jesus está voltando!” n f o t o :
J o s e f
K i s s i n g e r
Andrew McChesney e Marcos Paseggi
não ordenação
”
de
J o s e f
K i s s i n g e r
“
Presidente da igreja apela aos membros para que se unam na missão da igreja
O
s delegados recusaram a proposta que permitiria a cada Divisão da Igreja Adventista do Sétimo Dia decidir ou não ordenar mulheres ao ministério evangélico em seu respectivo território. Com uma diferença de 1.381 contra 977 e cinco abstenções, os delegados concluíram com votação secreta um processo de cinco anos caracterizado por debate vigoroso e, às vezes, acrimonioso. Após o voto na assembleia da Conferência Geral de 2015, em San Antonio, Texas, Ted N. C. Wilson, presidente da Associação Geral, apelou aos membros para que se unam na missão da igreja. “Agora é o tempo de nos unirmos sob a bandeira ensanguentada de Jesus Cristo, pelo Seu poder, não o nosso”, disse Wilson após a contagem dos votos
no estádio Alamodome. “Como igreja de Cristo, agora é o tempo de nos unirmos na missão.” Ele agradeceu aos delegados pela “maneira pela qual se conduziram ao lidar com o assunto, com cautela e em oração”, durante as seis horas de debate. Foi usado o sistema de votação secreta que, segundo os líderes da AG, oferecia o processo de votação mais justo e seguro possível. “Temos tentado ser transparentes, honestos, atenciosos e assegurar a privacidade do voto da melhor maneira possível”, disse Nancy Lamoreaux, diretora de informática da AG e organizadora da logística para a votação da quarta-feira. As cédulas foram impressas em papel especial, cortadas no tamanho de meia folha de papel carta, e divididas na
metade. Uma metade continha a palavra “Sim”, impressa em cinco línguas, e na outra a palavra “Não”, também nos mesmos cinco idiomas: inglês, espanhol, francês, alemão e português. O sistema de votação secreta foi preparado muito antes da assembleia da AG como um plano alternativo caso o sistema de votação eletrônica não funcionasse, disse o vice-secretário Myron Iseminger, cujo setor supervisiona as votações nas assembleias da AG. Devido a problemas apresentados no sistema de “e-votação”, inaugurado nessa assembleia, no domingo os delegados votaram não usá-lo. “Já havia um plano alternativo desde o início, caso a votação eletrônica não funcionasse”, disse Iseminger. Wilson, deu abertura à assembleia pela manhã, apelando a todos os membros da igreja a acatar o resultado da votação, ressaltando tanto antes como após a votação, que a decisão tomada em sessão da Associação Geral é a mais alta autoridade da Igreja Adventista. A discussão durou o dia inteiro. Iniciou às 9h30 e ao meio-dia houve uma pausa de duas horas para almoço. A discussão foi interrompida para oração cerca de doze vezes. Os participantes oravam em silêncio, em duplas e em grupos. Nunca em assembleias anteriores, houve uma afluência tão grande às câmaras de oração organizadas pelos departamentos da Associação Ministerial e Ministério da Mulher da AG. Wilson e Michael L. Ryan, que está se aposentando do cargo de vicepresidente da Associação Geral e que presidiu as discussões daquele dia, revelaram estar satisfeitos com o “doce espírito” que permeou o processo. Para garantir que o decoro adequado à reunião fosse seguido, Ryan repreendeu os presentes várias vezes por aplaudirem durante as discussões. Os delegados haviam concordado em evitar os aplausos num esforço para manter as emoções sob controle. Ryan, repreendeu severamente um grupo de observadores presentes no
Setembro 2015 | Adventist World
9
10
Adventist World | Setembro 2015
D a m s t e e g t P i e t e r
Alamodome, ao aplaudir o resultado final da votação anunciado por ele. “Não há nada de triunfal aqui”, disse ele. “Não há vencedores nem derrotados.” Erton Köhler, presidente da Divisão Sul-Americana, compartilhou do sentimento de Ryan, declarando que aquela não era uma disputa política. “Minha expectativa para a igreja não é ter vencedores nem derrotados, mas que cada um aceite a decisão como sendo de Deus e possa assumir como sendo a sua”, disse ele à Adventist Review. “Que todos tenham a humildade de reconhecer que Deus pode manifestar Sua vontade de maneira diferente da nossa opinião pessoal.” Jerry Page, diretor da Associação Ministerial, também falou em humildade. “Se dedicarmos tempo em oração, humilde confissão e serviço pelos outros, podemos avançar em vez de recuar e andar em círculos devido aos conflitos”, disse ele. Lisa Beardsley-Hardy, diretora do departamento de educação, disse esperar que os delegados demonstrassem respeito recíproco. “Em nome dos irmãos e irmãs em todo o mundo, que enfrentam desafios no ministério e que são diferentes dos nossos, minha esperança e desejo é pela tolerância”, disse ela. “A tolerância é uma graça que só pode vir de Deus. Não de fazer reféns nem abandonar o corpo quando algo nos ofende.” Foram disponibilizadas 2.363 cédulas para a votação de uma proposta preparada pelos altos oficiais da Associação Geral, presidentes das Divisões e aprovada no Concílio Anual de 2014, em reunião de negócios dos líderes da igreja mundial. A seguir, eis o texto da proposta na íntegra: “Após estudar com oração o assunto da ordenação na Bíblia, nos escritos de Ellen G. White e nos relatórios das comissões de estudo, e após considerar cuidadosamente o que é melhor para a igreja no cumprimento de sua missão, é aceitável que as comissões diretivas das Divisões, conforme
Acima: PRÓS E CONTRAS: Os que queriam opinar sobre o assunto, faziam fila para expressar sua opinião. Esquerda: EM ORAÇÃO: Houve períodos de oração durante toda a tarde de discussões.
J o s e f
K i s s i n g e r
julgarem oportuno em seu território, fazer provisão para a ordenação de mulheres ao ministério evangélico? Sim ou Não.” Um total de 40 delegados – 20 a favor e 20 contra a proposta – usaram o microfone para expressar sua posição. A discussão foi interrompida 35 vezes por delegados que desejavam fazer “questões de ordem”, objeções sobre o modo pelo qual alguns aspectos do processo estavam sendo executados. No meio dos procedimentos da tarde, Ryan convidou Jan Paulsen, ex-presidente da Associação Geral, a fazer uma declaração. Paulsen incentivou os delegados a votarem “sim”, afirmando ser essa uma questão de confiança. Disse que os membros da igreja deviam confiar em seus companheiros de ministério das outras Divisões sabendo que eles tinham mais conhecimento das necessi-
dades de suas igrejas locais. Ryan também convidou Wilson a fazer sua declaração. Wilson não recomendou o voto pelo “sim” nem pelo “não”, dizendo apenas: “Meu ponto de vista é bem conhecido e creio que tem base bíblica.” No início dos procedimentos da quarta-feira, os delegados concordaram em terminar a discussão às 16h30 e iniciar o processo de votação. À medida que esse horário se aproximava, vários delegados instaram com Ryan para estender a discussão, mas ele considerou o pedido inapropriado. G.T. Ng, secretário executivo da AG, mencionou durante as discussões da quarta-feira que a Associação Geral esperava que todas as instituições da igreja agissem em conformidade. “Somos uma única igreja”, disse Ng. Sandra Blackmar e Michael Campbell contribuíram nessa reportagem.
assembleia da
Andrew McChesney
Delegados aprovam atualização nas
Crenças
Fundamentais Revisões modernizam e enxugam o texto sem alterar as crenças
O
s delegados à assembleia da Conferência Geral, em San Antonio, Texas (E.U.A.), aprovaram uma atualização marcante nas 28 Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia que, entre outras coisas, reforça o que a igreja ensina sobre a semana da criação como sendo recente e literal. A essência das Crenças Fundamentais não havia sido tocada desde que foi adotada, em 1980, exceto pela adição de uma crença, em 2005. Após discutirem o assunto por dois dias, a aprovação dos delegados marcou o fim de um processo de cinco anos de revisão e verificação. No início da discussão, Ted N. C. Wilson, presidente da Associação Geral (AG), garantiu aos delegados que nenhuma revisão alteraria qualquer uma das Crenças Fundamentais, mas que seria simplesmente uma atualização e enxugamento do texto. “Não estamos mudando nossas Crenças Fundamentais”, disse Wilson. “Estamos tentando melhorar o texto para torná-lo mais compreensível.” A comissão de revisão alterou 21 das 28 crenças, e Artur A. Stele, vice-
presidente geral da AG e presidente da comissão de revisão das Crenças Fundamentais, apresentou aos delegados as alterações propostas. Muitas dessas alterações eram mínimas, como a substituição da expressão “o qual” para “que” refletindo o uso moderno. Exemplos como “homem” e “ser humano” foram alterados para “pessoas” e “humanidade” para que o sexo seja inclusivo. Na crença número 23, a revisão que esclarece que o casamento é entre homem e mulher, foi aprovada massivamente pelos delegados. Estes discutiram e aprovaram a revisão de 24 das Crenças Fundamentais, votando uma a uma. Para que um item voltasse para a comissão de revisão eram necessários dois terços do total de votos. Porém as recomendações sobre quatro crenças – as Escrituras Sagradas (número 1), a Criação (número 6), o Grande Conflito (número 8) e o Ministério de Cristo no Santuário Celestial (número 24) – foram devolvidas à comissão de revisão para que fossem mais bem trabalhadas. Na terça-feira, a comissão de
Oa 6 associação
geral
revisão retornou aos delegados com emendas levando em consideração suas observações. A maior parte das discussões, tanto na segunda como na terça-feira, girou em torno da “criação” onde, no texto, havia sido acrescentada a palavra “recente” a fim de deixar claro que a Terra foi criada em “seis dias literais”, o que explicou melhor como nós cremos que foi o período de tempo da semana da criação. Entre os delegados que foram ao microfone recomendar alterações adicionais estava Jiří Moskala, diretor do seminário teológico da Universidade Andrews; Richard M. Davidson, professor de Interpretação do Antigo Testamento do mesmo seminário e Lawrence T. Geraty, presidente emérito da Universidade La Sierra. Wilson iniciou o segundo dia de discussões dizendo que uma palavra pode ser interpretada de várias maneiras, mas que a palavra “recente” foi escolhida porque “necessitamos deixar claro que esse processo não é antigo.” Wilson afirmou sua crença de que a Terra tem cerca de seis mil anos de idade. “Porém não estamos adotando essa linguagem aqui. Estamos usando a palavra ‘recente’”, disse ele, reconhecendo que os adventistas não são uniformes em sua compreensão da idade exata da Terra. Ángel Manuel Rodríguez, ex-diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica e membro da comissão de revisão, disse que os adventistas estimam que a idade da Terra gira em torno de 6.000 a 12.000 anos, mas são unânimes na crença de que “a criação aconteceu não muito tempo atrás.” Em sua opinião “recente” é uma descrição aceitável. “A igreja nunca datou o ato divino da criação”, disse ele. Mudando a inclusão da frase “seis dias literais”, na mesma Crença Fundamental, Rodríguez disse que ninguém estava sugerindo que a criação tenha
Setembro 2015 | Adventist World
11
acontecido em seis dias de 24 horas exatas, mas simplesmente que ela aconteceu em “dias literais”. “Gênesis 1 a 3 descreve literalmente o que aconteceu. É um relato histórico”, disse ele. A inclusão de “seis dias literais” foi apoiada imediatamente por Standish, delegado da Divisão do Sul do Pacífico, que declarou ser o texto revisado a própria definição do que são os “adventistas do sétimo dia”. “Se os primeiros seis dias não foram literais, por que guardamos o sétimo dia literal?” perguntou ele. Adrian Platts, entretanto, delegado da Divisão Sul-Africana Oceano Índico, disse que um dia literal não poderia ser contado pelo nascer e pôr do sol porque o sol só foi criado no quarto dia da semana da criação. Outro delegado, Marvin Wray, da Divisão Norte Americana, disse que a palavra “recente” era muito ambígua. “Quem somos nós para supor a idade da Terra?” questionou ele, citando Jó 38, onde Deus pergunta: “Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da Terra?” Outros delegados falaram com veemência em favor de adotarem as revisões da “criação”. Clifford Goldstein, editor da Lição da Escola Sabatina para adultos e delegado pela AG, disse que o novo texto era uma resposta apropriada às tentativas de trazer a teoria da evolução para a igreja. Kathryn Proffitt, outra delegada da AG, mencionou como seu filho deixou a igreja devido ao modo confuso como a origem da Terra foi ensinada em certa escola adventista. Os delegados apresentaram poucas observações nas revisões que tornam as Crenças Fundamentais inclusivas, tanto para homens como para mulheres. A comissão de revisão recomendou o uso de “autores inspirados” no lugar de “santos homens de Deus”. Vários delegados fizeram distinção entre “autor” e “escritor”, dizendo que Deus
12
Adventist World | Setembro 2015
é o Autor de toda a Bíblia e os seres humanos escritores. Outros delegados opinaram que a substituição de “homens” por “autores” pode estar ligada à cultura moderna, se disser apenas que os homens escreveram a Bíblia não há necessidade de uma linguagem que inclua o sexo.
Ed Zinke
Bill Knott, membro da comissão de revisão e editor da Adventist Review, assegurou aos delegados que, ao considerar o texto da crença número 1, com muita oração, a comissão procurou excluir as pressões das forças culturais e sociais. Um sinal de que os delegados aceitaram facilmente as revisões finais, foi que
O que
foi alterado nas
Crenças fundamentais adventistas
Veja alguns dos itens revisados e por quê.
A
Igreja Adventista do Sétimo Dia raramente revisa suas Crenças Fundamentais. Por que revisou agora? Há pelo menos sete razões para que uma denominação deva considerar uma revisão nas declarações de suas crenças. Pela necessidade de: A. Encontrar uma estrutura de frase e linguagem mais suave. B. Encontrar uma linguagem mais fácil de se traduzir para outros idiomas. C. Atualizar a terminologia em face às mudanças no sentido da linguagem. D. Esclarecer a linguagem, se esta não expressa claramente a posição da igreja. E. Abordar novos assuntos que necessitem de esclarecimento.
F. Acrescentar ênfase em declarações anteriores. G. Trocar ou acrescentar novas declarações que contribuam ou alterem o significado de declarações anteriores. Nas Crenças Fundamentais adotadas na terça-feira, 7 de julho, não houve mudanças que representem a categoria G. Embora não tenha havido grandes adições (categoria F), algumas pequenas foram acrescentadas. Por exemplo, na crença número 2, “A Trindade”, foi acrescentada a frase “Deus, que é amor”. A crença número 11, “O Crescimento em Cristo”, enfatiza a dimensão social do cristianismo bíblico. Afirmar o amor de Deus e enfatizar o bem-estar da comunidade sempre foi importante para a igreja.
assembleia da
Oa 6 associação
geral
concluíram as discussões 20 minutos antes do intervalo para almoço, embora tenha sido programada para durar a manhã inteira. Stele, presidente da comissão de revisão, ainda na terça-feira, anunciou o plano da Associação Geral de publicar um livro de fácil leitura contendo
as Crenças Fundamentais. Ele falou após vários delegados da Divisão Transeuropeia terem expressado a preocupação de que adventistas recém-batizados e os jovens da igreja tenham dificuldades em relação às crenças no formato atual. Stele sugeriu que as crenças fossem explanadas em
linguagem moderna com o objetivo de alcançar a nova geração. Stele reconheceu que, em seu texto atual, elas “podem não ser a melhor ferramenta evangelística”, mas acrescentou: “Nossa intenção é trabalhar em um livro cuja linguagem seja compreensível para os jovens.” n
Muitas mudanças ocorreram na categoria A e B. Por exemplo, na crença número 17, “Dons e Ministérios Espirituais”, ocorreu uma troca de palavras de “o qual” para “que”; a crença número 25, “A Segunda Vinda de Cristo”, a frase “a vinda de Cristo é iminente” foi alterada para “a vinda de Cristo está próxima”. Essa mudança tem a vantagem de usar a linguagem bíblica e facilitar a leitura e a tradução. Houve ainda várias alterações da categoria C, mudanças no significado da linguagem. A crença número 7, intitulada “A Natureza do Homem”, agora é “A Natureza da Humanidade”, representando na linguagem a inclusão de ambos os sexos. Na de número 23, “Matrimônio e Família”, o termo “parceiros” foi alterado para “um homem e uma mulher”. Socialmente, o uso da palavra “parceiros” em relação ao casamento mudou seu significado para indicar o compromisso do casamento tanto entre pessoas do mesmo sexo como de sexo diferente. O significado atual da palavra não era vigente nos anos 1980, quando a declaração foi revisada. Essa mudança editorial demonstra que a igreja permanecerá fiel ao conceito bíblico de casamento a despeito das mudanças na cultura contemporânea. Foram feitas mudanças significativas da categoria D. Na crença número
9, “A Vida, Morte e Ressurreição de Cristo”, foi acrescentado o termo “corpórea” depois de “ressurreição”. Agora está claro que a ressurreição de Jesus não foi uma influência contínua nem uma experiência espiritual, mas uma ressurreição real de Cristo como pessoa, incluindo Seu corpo. Embora as Escrituras enfatizem esse ponto, ele é rejeitado por muitos teólogos que não reconhecem a historicidade do relato bíblico. Assim, foi importante acrescentar a palavra “corpórea” – questão não resolvida, desde quando foi levantada há 35 anos. Crença número 18, “O Dom de Profecia”: Na opinião de alguns a declaração anterior deu a Ellen G. White, cofundadora da igreja, autoridade comparável à da Bíblia. Foram feitas alterações para remover essa ambiguidade potencial. A própria Sra. White enfatizou que sua autoridade está sujeita às Escrituras. A nova redação dessa declaração não diminui de forma alguma a compreensão da igreja sobre a autoridade da Bíblia ou da autoridade profética de Ellen G. White. Crença número 8, “O Grande Conflito”: Anteriormente, a declaração continha a frase “a natureza ‘mundial’ do dilúvio bíblico”. O intento da declaração sobre esse ensino bíblico era mostrar que o dilúvio cobriu o mundo
inteiro. Não foi previsto que “mundial” seria interpretado por aqueles que não aceitam a historicidade de Gênesis 1-11 como “mundo conhecido de então”, descrevendo um grande dilúvio regional. Assim, a assembleia da AG mudou a palavra para “global”. A crença número 6, “A Criação”, foi a razão primordial para a revisão das Declarações das Crenças Fundamentais na assembleia da AG. A declaração vigente foi reinterpretada por alguns para significar quase qualquer coisa que desejam pensar sobre as origens, inclusive a evolução teísta. Portanto, o Concílio Anual de 2004 produziu uma declaração que esclarecia que a vida nesta Terra aconteceu exatamente conforme descrito em Gênesis 1 e 2. Os que escolheram reinterpretar a Crença Fundamental número 6 sustentaram que a declaração do Concílio Anual de 2004 não era autorizada, pois não havia sido votada pela assembleia da AG. Assim, a declaração de 2004 foi confirmada na assembleia de 2010 com a solicitação de que a matéria fosse transformada em uma Declaração das Crenças Fundamentais. A declaração revisada votada na assembleia torna claro que Deus criou a vida realmente em seis dias e, com a adição do sábado, forma a semana como é conhecida hoje. n
Setembro 2015 | Adventist World
13
C renças
F undamentais
No princípio,
NÚmerO 6
Deus
Clinton Wahlen
Reconhecendo o milagre realizado por Deus em seis dias
E
u era totalmente convicto de que o Universo e todo tipo de vida havia surgido por meio de processos evolutivos abertos ao nosso estudo. Então aprendi que esses processos de macroevolução não são abertos para estudo, porque seriam necessários milhões de anos para confirmar os fatos por meio de observação científica. Eu também conhecia os “elos perdidos” (ou “formas transitórias”) necessários para demonstrar como os seres humanos descenderiam de primatas como o macaco. Depois descobri que, em todos os tipos de vida, havia inúmeros elos perdidos, não um apenas.
Encontrando a verdade
Fiquei muito chocado quando concluí que a evolução não era uma teoria científica, pois não pode ser comprovada, que era simplesmente uma metanarrativa usada pelos cientistas para formar hipóteses e teorias que podem ser cientificamente testadas e confirmadas ou validadas. Quando li pela primeira vez o relato bíblico sobre a criação – mesmo com
14
Adventist World | Setembro 2015
todo conhecimento científico – achei muito elegante e convincente. O Gênesis é singular. Nenhuma outra história antiga de criação tem credibilidade hoje. Entretanto, alguns adventistas – embora afirmem crer em “todas as 28 crenças fundamentais” – começaram a misturar a evolução nos primeiros “seis dias” e com ela predação, sofrimento, morte e uma “semana” da criação com duração de centenas de milhões dos nossos anos. Assim, esclarecer nossa declaração sobre a criação tornou-se uma prioridade. Editando a Crença Fundamental nº- 6
A Igreja Adventista do Sétimo Dia sempre acreditou no texto literal de Gênesis, com a criação ocorrendo em seis dias literais, não como a descrição da vida evoluindo ao longo de milhões de anos. As revisões feitas na assembleia da Associação Geral não mudaram a substância de nossas crenças; elas apenas reduzem o potencial para mal-entendidos ao esclarecer as três primeiras frases:
Foi acrescentada a palavra “histórica”. As Escrituras fornecem um “relato autêntico” da atividade criativa de Deus, mas também cremos que seja histórico. O primeiro capítulo de Gênesis descreve com precisão o que foi criado por Deus cada dia e a ordem na qual Ele criou. Esclarecimento de três ideias: Visto que a Bíblia indica que Deus criou outros “mundos” além do nosso (Hb 1:2; 11:3) e provavelmente antes do nosso (a palavra grega aiōnos refere-se a tempo sem limites), a frase começa indicando que Deus primeiro criou todo o Universo, antes dos seis dias da criação. Foram acrescentadas referências bíblicas para apoiar esse ponto de vista (Is 45:12, 18; At 17:24; Cl 1:16; Hb 1:2). A palavra “recente” foi incluída para afirmar que a criação do nosso mundo ocorreu há poucos milhares de anos, não há milhões de anos. Para apoiar essa adição e a afirmação da primeira frase de que esse é um relato histórico, na lista de referências bíblicas foi acrescentado Gênesis 5 e 11, que contém as cronogenealogias
que demonstram uma criação recente. Outra inclusão foi a interpretação divina do Gênesis descrita no mandamento do sábado (Êx 20:11), que limita a criação do mundo a seis dias, com seus três espaços habitáveis: “os céus”, “a terra” e “o mar” (água), “e tudo que neles há”. Também foi incluída à lista de referências, a base bíblica para esses três ambientes (Ap 10:6), a centralidade do sábado e da criação de seis dias para o povo de Deus no tempo do fim (Ap 14:7). Para remover qualquer ambiguidade e esclarecer que não cremos em um processo longo ou evolutivo da criação, foram acrescentadas algumas palavras: Deus não só completou Sua obra durante a semana da criação – como se Sua obra criativa neste planeta houvesse acontecido antes e durante um longo período de tempo – Ele também “executou”. A obra da criação de Deus foi realizada “durante seis dias literais”, o que exclui a possibilidade de os “seis dias” simbolizarem milhares ou milhões de anos. Esses seis dias “e o sábado constituem a mesma unidade de tempo à qual hoje chamamos de semana.” O sétimo dia foi parte integral da semana da criação, não separado por intervalos de muitos séculos. Entretanto, a primeira semana não foi “semelhante” à semana de hoje, mas “a mesma unidade de tempo. ”
Como nossa edição contribuiu
Alguns disseram que nossa primeira declaração sobre a criação estava boa, e para os que sustentam a interpretação literal de Gênesis, realmente estava. Porém, como aquela declaração foi votada em 1980, um número surpreendente de cristãos, inclusive alguns que afirmam ter excelente conhecimento das Escrituras, agora leem Gênesis de modo bem diferente, como que abrindo um espaço para o processo de evolução que requer muito tempo – milhões e até bilhões de anos. Essas revisões são para um tempo como este. Ela não deixa espaço para dúvidas sobre o que cremos, como adventistas do sétimo dia e nenhum espaço para equívocos ou falatórios. Essa nunca foi sua pretensão antes, e as revisões atuais esclarecem a questão. Quando eu ainda era ateu e comecei a ler a Bíblia, fui profundamente impressionado por três passagens sobre a criação. Isaías 40:26-28 parecia estar falando diretamente para mim: “Ergam os olhos e olhem para as alturas. Quem criou tudo isso? [...] Será que você não sabe? Nunca ouviu falar? O Senhor é o Deus eterno, o Criador de toda a Terra.”* Eu não sabia e nada tinha ouvido. Mas quando comecei a abrir meus olhos e pensar seriamente sobre o assunto, descobri a maravilha de um
mundo repleto de vida, muito melhor explicado no Gênesis. O texto de 2 Pedro 3:3, 4 descreve perfeitamente meu ateísmo. Eu era um desses escarnecedores do tempo do fim. Com base no uniformitarianismo, perguntei ao meu amigo cristão: “O que houve com a promessa da vinda de Jesus? […] tudo continua como desde o princípio da criação”. Fiquei chocado ao descobrir que a Bíblia já havia registrado meus pensamentos céticos! Apocalipse 14:6 e 7 prediz que a fé no relato da criação contido em Gênesis, e a adoração no sétimo dia, o sábado, seriam questionados no tempo do fim. O maravilhoso amor e a misericórdia do Deus Criador que, há milhares de anos, viu o mundo em que eu viveria hoje e a evidência de que eu necessitaria para crer nEle, ganharam meu coração. Não é impressionante? n * Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional. Usado com permissão.
Clinton Wahlen é diretor Estados Unidos.
associado do Instituto de Pesquisa Bíblica (BRI) em Silver Spring, Maryland,
Criação
Deus é o Criador de todas as coisas, e revelou nas Escrituras o relato autêntico e histórico de Sua atividade criadora. Ele criou o universo e em uma criação recente de seis dias “fez o Senhor os Céus, a Terra, o mar e tudo o que neles há”, e descansou no sétimo dia dessa primeira semana (Êx 20:11). Assim, Ele estabeleceu o sábado como perpétuo monumento comemorativo de Sua esmerada obra criadora de seis dias que, junto com o sábado, constituíram a mesma unidade de tempo que hoje chamamos de semana. O primeiro homem e a primeira mulher foram formados à imagem de Deus como obra prima da Criação. Foi-lhes dado domínio sobre o mundo e atribuiu-se-lhes a responsabilidade de cuidar dele. Quando o mundo foi concluído, ele era “muito bom”, proclamando a glória de Deus. Gn 1;2; Êx. 20:8-11; Sl 19:1-6; 33:6 e 9; 104; Hb 11:3 – Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, nº- 6. Setembro 2015 | Adventist World
15
Kimberly Luste Maran
Descendente adventista de
Davy Crockett toma posição no Álamo
E fala do seu amor por Deus no Álamo e na Assembleia da AG. 16
Adventist World | Setembro 2015
D
escendente direto do “Rei da Fronteira Selvagem” toma posição ao lado do Rei do Universo, no Álamo. Ryan McCoy, descendente do herói americano folclórico Davy Crokett, esteve presente à assembleia da Associação Geral para participar de uma encenação da história do Álamo, missão fronteiriça na qual seu ancestral famoso foi morto em 1836. Seu outro objetivo foi divulgar o ministério
adventista de mídia em estande no centro de convenção. McCoy, 41, terceira geração de adventistas do sétimo dia, leu uma porção da Declaração de Independência dos Estados Unidos, no Álamo, sábado 4 de julho, e foi ouvido por uma multidão, além da esposa Kelly e da filha de 7 anos de idade. “Participar deste evento não é apenas uma grande honra, mas um ponto importante na história. Sempre
assembleia da
Oa 6 associação
geral
Não há necessidade de muita gente para se fazer grande diferença neste mundo. que pudermos ler sobre nosso Criador, devemos aproveitar a oportunidade”, disse McCoy à Adventist Review. A Declaração de Independência inclui o enunciado: “Todos os homens foram criados iguais, e o Criador os dotou de certos direitos inalienáveis; entre eles estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade.” “Como descendente, é muito importante estar em um dos lugares que mais bem representam a independência, a liberdade e a luta contra a opressão e a tirania”, disse McCoy em entrevista no Álamo. McCoy diz compreender as dificuldades enfrentadas por seus antepassados. Aos vinte anos de idade, ele se afastou da Igreja Adventista. Entretanto, quando comemorava seu 30º- aniversário, sozinho numa floresta, no estado do Michigan, terminou de ler o livro O Desejado de Todas as Nações, de Ellen G. White, co-fundadora da Igreja Adventista. Ao fechar o livro, sentiu que o Senhor falou com ele. “Ryan, hoje é seu 30º- aniversário; Meu Filho iniciou Seu ministério com essa idade. O que você está fazendo por Mim?”, disse McCoy, e acrescentou: “Pelo resto do dia me senti incomodado.” Por aproximadamente um ano ele orou para que o Senhor o enviasse para a linha de frente do evangelismo. f o t o s :
J o s e f
K i s s i n g e r
Hoje McCoy é o orador e diretor do Sealing Time Ministries (Ministério do Tempo do Selamento), uma empresa adventista de produção de material de mídia que iniciou com a esposa em 2002. Seu parente famoso, David “Davy” Stern Crockett, era um presbiteriano cujas grandes façanhas durante a vida o tornaram conhecido. Crockett, que na cultura popular é comumente conhecido como “Rei da Fronteira Selvagem”, serviu como deputado estadual pelo Tennessee, na Câmara dos Deputados. Lutou na revolução no Texas que, na época, era um estado do México e foi morto aos 49 anos de idade por soldados mexicanos na batalha do Álamo. Os descendentes de Crockett conheceram a Igreja Adventista do Sétimo Dia há meio século, quando um membro da igreja convidou o avô de McCoy, Alonzo McCoy, Jr., para uma campanha evangelística naquela região. O avô, que era pastor nazareno, ficou preocupado com os membros de sua igreja e decidiu comparecer às reuniões adventistas, disse McCoy. Ele continuou frequentando as conferências e, quando elas terminaram, continuou estudando a Bíblia até 1961, quando foi batizado. O pai de McCoy’s, Patrick, se uniu à igreja aos 11 anos de idade, e recentemente se aposentou de seu trabalho na
Pacific Press Publishing Association, em Nampa, Idaho (E.U.A.). A convergência da leitura do Álamo e a assembleia da Associação Geral não foi acidental. McCoy se voluntariou para participar da reconstituição, após confirmar com os administradores do Álamo que ele era um descendente comprovado da família Crockett. Os administradores pediram que ele lesse a Declaração de Independência. Para as duas leituras do documento programadas no Álamo, McCoy e outros dois participantes se vestiram com trajes autênticos da época. McCoy disse ver paralelos entre os adventistas e as tropas de resistência no Álamo. “Não há necessidade de muita gente para se fazer grande diferença neste mundo”, disse ele. “Neste local havia uma linha traçada na areia. Os homens tomaram a decisão de que lado permaneceriam. Tiveram a oportunidade de desertar; porém todos, menos um, escolheram ficar e lutar não importando o preço. “Como adventista do sétimo dia e descendente de David Crockett, compreendo de maneira especial o que isso significa”, disse ele. “No tempo do fim precisamos definir de que lado vamos ficar – as linhas estão sendo traçadas.” n
Setembro 2015 | Adventist World
17
Oa 6 assembleia da
associação geral
Heather Quintana
Uma história por
vez
Todos os olhos estão voltados para o palco do Alamodome, onde se contam as grandes histórias da assembleia da Associação Geral. Mas essas não eram as únicas histórias ali. Havia outras 65 mil pessoas ao nosso redor. Cada uma delas tem uma história sobre as experiências da vida, suas lutas, vitórias, derrotas e ideias sobre Deus e Sua igreja. Dedique um momento para ler algumas histórias da diversidade fascinante que é nossa igreja no mundo.
Jae Man Park, Ph.D. Seul, Coreia do Sul
Como médico de saúde pública e editor chefe da Casa Publicadora Coreana, Park combina seus interesses em saúde e publicações em vários projetos, entre eles a revista coreana Lar e Saúde. Quando questionado sobre algum problema de saúde em seu país, ele explica: “A hipertensão arterial é um grande problema. O povo coreano come kimchi (vegetais fermentados) todos os dias, e muito alimento rico em sal. Provavelmente seja essa a causa do problema. Meu amigo ofereceu um curso que foi frequentado por muitos coreanos. Após o almoço, ele perguntou aos estudantes quantos haviam comido kimchi naquela refeição. Todos levantaram as mãos. Meu amigo ficou chocado e disse ser inacreditável. Mas todo coreano come kimchi em todas as refeições.”
Oriane Salmon Pa p e e t e , Ta i t i
Mary Sunder, Sushila Karunakaran, Ruby (White) Johnson Chennai, Índia
Essas amigas têm muito em comum, inclusive o mesmo fuso horário e o amor pelo ministério. (Mary ajuda a criar os programas infantis para o Hope Channel, televisão adventista, e o esposo de Ruby é o diretor da TV). Mary: “Chegamos da Índia hoje de manhã. Foram 24 horas de voo, e fizemos pelo menos três conexões para chegar aqui. Ainda não dormimos, mas estamos achando maravilhoso ver tantas pessoas de países diferentes. Parece o Céu.”
18
Adventist World | Setembro 2015
Na tradição taitiana, se uma mulher usa uma flor do lado direito da cabeça, ela é solteira; mas quando a flor é transferida para o lado esquerdo, lado do coração, indica que ela está noiva. Com certa confiança, Salmon mostrou que agora está usando a flor no lado esquerdo. Ela veio à assembleia com a mãe, que é anciã de uma das principais igrejas da polinésia francesa. “Em minha opinião, os membros mais idosos da nossa igreja deveriam dar mais atenção aos jovens. Há um conflito de gerações e não nos entendemos. Eles não aceitam nossas ideias”, argumentou ela.
f o t o s :
J o s e f
K i s s i n g e r
Vania Kasper A m a r i l lo, T e x a s , E . U. A .
Vania e sua família moraram em vários lugares ao longo dos anos, inclusive no Alaska. Com seus longos dias no verão e longas noites no inverno, o Alaska a ensinou a viver norteada pelo relógio, e não pelo sol. Todos os lugares em que moraram ensinaram a eles algo novo. “Sou natural de Portugal, mas agora o Texas é o meu lar, pois meu esposo é pastor aqui. Eu sempre soube que seria esposa de pastor. Simplesmente já sabia. E eu gosto; mas a parte mais difícil de ser esposa de pastor são as mudanças.”
Zlata Grinchenko, 9 Volodymyr Grinchenko Nikita Grinchenko, 10 H ag e r s to w n , M a ry l a n d, E . U . A .
Volodymyr Grinchenko, natural da Ucrânia, é pastor em Maryland, Estados Unidos. Ele e a esposa estão gostando de assistir à assembleia da Associação Geral e, pelo brilho dos olhos dos filhos, eles também estão tendo momentos muito especiais. Volodymyr: “As crianças gostam de brincar de caça ao tesouro no centro de exposição. Ficam fascinados com todos os ministérios, o que eles fazem e como os apresentam. Eles passam horas caminhando por lá, sem reclamar. É incrível observá-los. Eles vão a todos os estandes.” Zlata: “Vamos levar algumas coisas para nossos sobrinhos, na Ucrânia. Queremos enviar alguns presentes, pois eles não puderam vir.” Nikita: “Temos a sensação de que o centro de exposição é uma miniatura do Céu, devido a todas as pessoas presentes vindas de tantos lugares do mundo!”
Gelder Gamboa Orangewalk, Belize
Se você quiser saber por que Gamboa está tão entusiasmado, é só perguntar. Ele irá puxar mapas, histórias e estatísticas. Por exemplo, segundo Gamboa, os jovens da igreja em Belize estão em chamas. “Temos um total de 40 mil membros na igreja em Belize, cuja população é de 350 mil habitantes. Somos a segunda maior denominação no país, atrás apenas da Igreja Católica. Eu era católico, mas o Senhor me levou para um lar de adventistas do sétimo dia, e eles começaram a falar comigo sobre sua crença. Deus seja louvado, pois aceitei a mensagem. Isso foi há vinte e cinco anos.”
Charlie Whitehorse M o n u m e n t Va l l e y, UT, E . U . A .
Charlie é o assistente do presidente do Ministério para os Nativos Americanos, tanto para a Associação do Arizona como para a de Nevada-Utah. Ele luta para preservar as tradições navajo em sua casa, como por exemplo, falando o idioma com seus filhos e usando trajes típicos nas reuniões campais. “Os índios americanos permitem que você permaneça em seu território por mais tempo se trabalhamos com eles; conhecer o povo é muito importante para eles. Não se deve ficar lá por apenas um ano ou menos. Quanto mais tempo passamos com eles, mais vão nos conhecer e desenvolver confiança. Se fazemos uma reunião evangelística rápida, eles aceitam Cristo, mas logo voltam para suas crenças anteriores. Temos que nos manter ao seu lado para apoiá-los.”
Setembro 2015 | Adventist World
19
Oa 6 assembleia da
associação geral
Andrew McChesney
Delegados da AG aprovam o recorde de
35 novas Uniões
A expansão visa atender com mais eficiência o rápido crescimento da Igreja.
P
ara agilizar o trabalho da Igreja em uma época de crescimento rápido, os delegados abriram a assembleia da Associação Geral na quinta-feira, 2 de julho, aprovando oficialmente a adição do número sem precedentes de 35 Uniões à Igreja Adventista mundial. Ao votarem levantando os cartões verdes luminosos, no estádio Alamodome, San Antonio, Texas, os delegados aprovaram com facilidade as unidades administrativas, cuja maioria localiza-se na África, América Central e América do Sul. Foi necessário um voto para confirmar oficialmente as Uniões organizadas depois da última assembleia da AG, em 2010, ou cuja organização está programada para futuro próximo. “O alto número de Uniões é sem precedentes na história da Igreja Adventista do Sétimo Dia”, disse G. T. Ng, secretário executivo da AG. “Esse é um reflexo do crescimento vertiginoso da Igreja em todo o mundo.” A maioria das novas Uniões surgiu como resultado do rápido crescimento da Igreja. O atual número de membros da Igreja Adventista mundial é de 18,5 milhões, comparado aos 16,3 milhões reportados na assembleia da AG de 2010. Surgiu a necessidade de dividir as Uniões já existentes para que o atendimento ao número crescente de membros seja mais eficiente, estabelecendo no lugar de uma, duas novas institui-
20
Adventist World | Setembro 2015
ções, disseram os líderes da Igreja. Zâmbia, cujo número de membros ultrapassou o primeiro milhão em abril de 2015, é um exemplo disso, e a União Associação de Zâmbia será dividida em duas Uniões durante as reuniões de 20 a 23 de setembro. Outras regiões passaram de União Missão para União Associação, indicando sua maturidade financeira e de liderança. As 35 Uniões superam o recorde anterior de 22 Uniões acrescentadas em 2010 e das 22 Uniões adicionadas em 2005. Em 2000 só foram acrescentadas 9 Uniões. As novas Uniões foram apresentadas para os delegados no primeiro dos dez dias de assembleia, de 2 a 11 de julho. Os presidentes de cada nova União foram apresentados pelos secretários das respectivas Divisões, no palco do Alamodome. A maioria das 22 novas Uniões está nas três Divisões da África, informou aos delegados Rosa Banks, secretária associada da AG e conexão para as três Divisões africanas. Entre as novas Uniões está a União Missão do Oriente Médio e Norte Africana, formada em 2012 com a intenção de fortalecer a evangelização daquela região do mundo. “Unindo o antigo Campo Transmediterrâneo e a ex-União Oriente Médio em uma nova União diretamente ligada à Associação Geral, possibilitou aumentar os esforços de evangelizar a população dessa parte da janela 10/40”, disse Harald Wollan, secretário associado da AG que serve como conexão
para a União Missão do Oriente Médio e Norte Africana. “Sob a liderança capaz da administração atual têm acontecido coisas maravilhosas nessa região tão desafiadora do mundo.” Homer Trecartin, presidente da União Missão do Oriente Médio e Norte Africana, disse ter sido um desafio unir as peças de várias Divisões em uma União, mas que o resultado compensou o esforço. “A União é formada principalmente por países muçulmanos, que formam um grupo, e permite que nos concentremos nessa parte do mundo”, disse ele. A Divisão Transeuropeia também tem uma nova União na Finlândia. Os mesários da União Finlandesa decidiram reorganizar o trabalho da Igreja no país por uma questão de eficiência, transformando a União Associação em uma União de Associação de Igrejas, disse Wollan. “Ao eliminarmos instituições administrativas, possibilitamos o funcionamento com menos cargos administrativos, disponibilizando mais pastores para o campo”, disse ele. Wollan disse que a criação de novas Uniões é importante para cada membro da Igreja porque ajuda a melhor cumprir sua missão de preparar pessoas para a segunda vinda de Jesus. “A Igreja foi organizada para a missão. Quanto mais ágil e eficiente for a liderança da Igreja, melhor será o cuidado com os membros e mais eficiente o evangelismo,” disse ele. “Todos compartilhamos a responsabilidade de testemunhar sobre a breve volta do Salvador.” n f o t o :
P i e t e r
D a m s t e e g t
PRONTOS PARA SERVIR: A equipe de vice-presidentes é apresentada aos delegados logo após ser nomeada.
Eleitos vice-presidentes da AG: três novos e três veteranos Sandra Blackmer, Michael Campbell, e Andrew McChesney
Um time menor com grandes planos para a missão
f o t o :
k e n n
D i x o n
U
m grupo reduzido de seis líderes foi eleito para a vice-presidência geral da Associação Geral e incumbido de ajudar a implementar três áreas que enfatizam a missão priorizadas pela Igreja Adventista do Sétimo Dia nos próximos cinco anos. Os novos líderes são Guillermo E. Biaggi, Thomas L. Lemon e Abner De Los Santos; os três líderes reeleitos são Geoffrey G. Mbwana, Ella S. Simmons e Artur A. Stele. “A ênfase na missão será muito forte”, disse Ted N. C. Wilson, presidente da AG ao garantir aos delegados que a equipe reduzida será capaz de ajudar a conduzir o trabalho da Igreja. A redução do número de nove para seis vicepresidentes é uma mudança significativa, que não havia desde a década de 1990. Meses antes da assembleia da Associação Geral quatro vicepresidentes anunciaram sua aposentadoria. Com a eleição, dois vice-presidentes também deixam a função, Delbert W. Baker e Pardon K. Mwansa.
Alguns delegados ficaram surpresos com a informação sobre da redução da equipe, apresentada na assembleia do domingo, 5 de julho. Wilson disse que havia explicado à Comissão de Nomeações que a Associação Geral poderia operar com menos vice-presidentes porque sua carga de trabalho havia diminuído ao longo dos últimos cinco anos. Ele citou como exemplo a transferência de duas instituições da AG, a Pacific Press Publishing Association e a Universidade Oakwood para a Divisão Norte-Americana e o fechamento do parque gráfico da Review and Herald Publishing Association, no ano passado. Vários delegados ainda questionaram a decisão no domingo e na segunda-feira, com o argumento de que era estranho reduzir a equipe de líderes, quando a Igreja Adventista está vivendo um crescimento sem precedentes. O voto para as nomeações foi adiado até segunda-feira, para que os delegados interessados pudessem falar com a Comissão de Nomeações.
Setembro 2015 | Adventist World
21
Conheça a equipe Simmons, a primeira mulher a servir como vice-presidente da Igreja Adventista e eleita pela primeira vez em 2005, disse que mudanças na estrutura organizacional fazem parte do crescimento. “Só precisamos da sabedoria de Deus para saber que as mudanças sempre devem trazer glória para o Seu nome”, disse em entrevista. Os quatro vice-presidentes gerais que anunciaram a aposentadoria são Lowell C. Cooper, Armado Miranda, Michael L. Ryan e Benjamin D. Schoun. A nova equipe de líderes será desafiada a buscar três alvos da Igreja Adventista: enfatizar Cristo e Sua justiça, a fidelidade e o envolvimento de todo membro da igreja no evangelismo e no testemunho. Após sua reeleição, no dia 3 de julho, Wilson identificou os três objetivos como sua prioridade máxima, e os novos vice-presidentes gerais expressaram o desejo de alcançá-los. “Todas as Missões terminam sendo locais”, disse Lemon, ex-presidente da União CentralAmericana da Divisão Norte-Americana. Lemon disse que gostaria de ver a Igreja Adventista chegar ao ponto em que os membros estejam tão engajados em suas comunidades locais que, se a igreja deixasse de existir ali seria uma grande perda para a comunidade. “Creio que nossa atenção ficou tão centrada em nós mesmos que, em vários lugares do mundo, se nossa igreja queimasse até o chão, não faria a menor diferença”, disse ele à Adventist Review. “Isso é tremendo!” Disse ainda que os adventistas devem ser mais do que as mãos e os pés de Jesus. “Temos que ser as botas que realizam as coisas em nossas comunidades”, disse ele. Biaggi, natural da Argentina e que nos últimos 15 anos trabalhou na Rússia, como presidente da Divisão Euro-Asiática de 2010 a 2015 e, antes disso, como tesoureiro da divisão, disse que almeja ver cada membro da igreja ganhar pelo menos uma pessoa para Cristo por ano. De Los Santos, natural do México e ex-vicepresidente da Divisão Interamericana, destacou a importância da humildade no serviço ao semelhante. “Penso que precisamos compreender a necessidade de nos humilharmos diante de Deus e de estarmos disponíveis para servir as pessoas”, disse ele. n
22
Adventist World | Setembro 2015
Ella Simmons detém a honra de ter sido a primeira mulher a servir como vice-presidente da Igreja Adventista mundial. Simmons foi eleita na assembleia da AG em 2005, realizada em Saint Louis, Missouri. Educadora veterana, Simmons serviu como diretora de departamentos de educação (Universidade Estadual do Kentucky), diretora associada (Universidade de Louisville) e professora (Universidade Oakwood, Universidade La Sierra). Adquiriu experiência administrativa servindo como vice-diretora acadêmica da Universidade Oakwood, reitora e vice-presidente da Universidade La Sierra.
Abner De Los Santos serviu como vice-presidente na área de manutenção dos membros da Divisão Interamericana, desde 2010. Natural do México, De Los Santos é pastor ordenado. Iniciou seu trabalho em 1986, como pastor de igreja, no sudeste do México. Serviu como secretário de associação e, por dez anos, como presidente. De Los Santos também trabalhou dez anos como secretário e mais tarde presidente da União Mexicana do Norte, de 2001 a 2010. Ordenado em 1991, De Los Santos, 52, recebeu um título de mestrado em ministério pastoral pela Universidade Andrews e, em 2012, completou o doutorado em ministério pelo Seminário Teológico Interamericano.
assembleia da
Oa 6 associação
geral
Thomas L. Lemon iniciou seu ministério como pastor em Maryland e mais tarde trabalhou no Texas. Em 1996, aceitou o chamado para servir como presidente da Associação das Montanhas Rochosas. De 2002-2006, foi diretor ministerial no Oregon e presidente da Associação de Minesota (2006-2009) e então aceitou o cargo de presidente da União Associação Mid-America. Lemon serviu como membro da comissão administrativa de várias instituições de ensino superior e de saúde. Como presidente da União Mid-America, Lemon priorizou áreas cuja ênfase estava no evangelismo, educação e saúde.
Guillermo E. Biaggi serviu como presidente da Divisão Euro-Asiática desde 2010, sendo que de 2000-2010 foi o tesoureiro da mesma Divisão. Biaggi serviu a igreja por mais de 40 anos, como administrador e diretor financeiro de várias organizações no mundo. Na Divisão Euro-Asiática, sob sua liderança, houve grande expansão no evangelismo que impactou os centros urbanos de dezenas de cidades em todo o território. Além disso, o número de escolas adventistas aumentou de 5 para 26 e foi criado o Seminário Teológico da Ucrânia.
Geoffrey G. Mbwana foi eleito vice-presidente
Artur A. Stele foi eleito vice-presidente geral da Igreja Adventista mundial na assembleia da AG em Atlanta, Georgia. Nasceu em 30 de janeiro de 1961, em Kaskelen, Cazaquistão. Em 1979, se graduou em Farmácia pelo Almaty Medical College, no Cazaquistão. Em 1986, Stele recebeu o diploma de bacharel em Teologia pela Universidade Adventista Friedensau, Alemanha. No mesmo ano, Stele se casou com Galina, primeira mulher a receber um título doutoral em Ministério pela Universidade Andrews.
geral da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia em 2010. Nasceu em 20 de outubro de 1955, na Tanzânia. Enquanto cursava o ensino médio e a faculdade, trabalhou como colportor-evangelista na Índia e na Suécia. Mbwana se graduou em 1982 no Spicer Memorial College, como bacharel em Religião e Psicologia. Em 1984, concluiu um mestrado em educação pela Universidade Andrews e em 1986 completou outro mestrado em psicologia educacional pela Universidade Poona. É casado com Nakku Mbwana e tem duas filhas: Orupa e Upendo.
f o t o s :
D av i d
B .
s h e r w i n
Setembro 2015 | Adventist World
23
LIDERANÇA INTERNACIONAL: Novos presidentes de Divisão posam para a primeira foto do grupo. Fila da Frente (da esquerda para a direita): Mário Brito, Israel Leito, Erton C. Köhler, Michael F. Kaminskiy, Paul S. Ratsara. Fila de Trás (da esquerda para a direita): Ezras Lakra, Daniel Jackson, Raafat A. Kamal, Homer Trecartin, Blasious M. Ruguri, Glenn Townend, Jairyong Lee, Leonardo R. Asoy, Elie Weick-Dido
Stephen Chavez, Wilona Karimabadi, e Marcos Paseggi
Seis recém-chegados entre os
de presidentes Divisão 13 Breve apresentação dos líderes das maiores regiões da Igreja no mundo.
N
o dia 6 de julho, os delegados da assembleia da Associação Geral (AG) elegeram seis novos presidentes para as 13 Divisões da Igreja Adventista do Sétimo Dia mundial e mantiveram sete que já ocupavam o cargo. Ted N. C. Wilson, presidente da AG disse aos líderes na sede mundial da Igreja Adventista, em Silver Spring, Maryland (EUA), que trabalharia em estreita colaboração com os presidentes das Divisões, para o cumprimento da missão da Igreja a fim de preparar pessoas para a segunda vinda de Jesus. “Cada presidente de Divisão é [também] um vice-presidente da Associação
24
Adventist World | Setembro 2015
Geral”, Wilson lembrou aos delegados durante a discussão após a eleição dos presidentes de Divisão, na segunda-feira. Os seis novos presidentes de Divisão são: Leonardo R. Asoy (Divisão do Pacífico Sul-Asiático), Mário Brito (Divisão Intereuropeia), Michael Kaminskiy (Divisão Euro-Asiática), Ezras Lakra (Divisão Sul-Asiática), Glenn Townend (Divisão do Sul do Pacífico) e Elie WeickDido (Divisão Centro-Oeste Africana). Esses novos líderes substituem ex-presidentes que se aposentaram, os que não foram reeleitos ou, no caso de Guilhermo E. Biaggi, da Divisão Euroasiática, foi eleito vice-presidente geral.
A seguir estão os nomes dos presidentes das Divisões em ordem alfabética: Blasious M. Ruguri foi eleito presidente da Divisão Centro-Leste Africana (ECD) na assembleia da AG de 2010. Começou seu trabalho como pastor distrital e mais tarde se tornou secretário da Divisão. Estudou liderança global na Universidade Andrews. Dan Jackson, 66, foi reeleito para o segundo mandato como presidente da Divisão Norte-Americana (DNA). Jackson, natural do Canadá, serviu como pastor, professor e administrador no Canadá e na Divisão Sul-Asiática. Elie Weick-Dido chega à presidência f o t o s :
D av i d
B .
S h e r w i n
assembleia da
da Divisão Centro-Oeste Africana (WAD) após servir como diretor de Escola Sabatina e Ministério Pessoal para a Divisão. Weick-Dido é doutor em Ministérios e Ph.D. pela Universidade Andrews, e serviu como pastor de uma igreja haitiana na América do Norte. Erton C. Köhler, 47, foi reeleito presidente da Divisão Sul-Americana (SAD), cargo que ocupa desde 2007. Natural do Brasil, quando eleito, Köhler foi o mais jovem presidente de Divisão, após ter servido como diretor do Ministério Jovem de Associação, União e Divisão. Ele se graduou em Teologia pela Universidade Adventista São Paulo. Ezras Lakra recentemente serviu como presidente da União do Norte da Índia, com sede em Nova Déli. Ele e a esposa têm dois filhos e um neto. Glenn Townend é o novo presidente da Divisão do Sul do Pacífico (SPD). Anteriormente serviu como presidente da União Missão Trans-Pacífico e como presidente da Associação Oeste Australiana. Trabalhou como pastor,
plantador de igrejas e administrador em Associação. Israel Leito, 70, foi reeleito presidente da Divisão Interamericana (IAD). Leito, presidente da IAD desde 1994, viu o número de membros naquela Divisão aumentar de 1 milhão para 3,7 milhões. Natural da ilha caribenha de Curaçao, Leito quebra o recorde de tempo como presidente de Divisão, cargo que tem mantido por mais de 21 anos. Jairyong Lee retorna como presidente da Divisão do Pacífico Norte-Asiático onde é presidente desde 2005. Iniciou sua carreira pastoral no sul da Coreia e serviu como professor de Teologia e diretor do Movimento Missionário 1000. Lee foi eleito presidente da Divisão após servir como secretário da Associação Ministerial, diretor de Mordomia e coordenador de Missão Global. Leonardo R. Asoy, presidente recémeleito para a Divisão do Pacífico SulAsiático. Recentemente, serviu como presidente da União Sul das Filipinas, com sede em Cagayan de Oro City. Asoy
Oa 6 associação
geral
serviu como pastor distrital e diretor do departamento de Escola Sabatina da Divisão. Ele e a esposa têm dois filhos adultos. Michael F. Kaminskiy chega à liderança da Divisão Euro-Asiática (ESD) após ter sido secretário e vicepresidente da Divisão. O novo presidente da Divisão Intereuropeia é Mário Brito, ex-ministerial e secretário da Divisão Intereuropeia, com sede em Berne, Suíça. Paul S. Ratsara é o presidente da Divisão Sul-Africana Oceano Índico desde 2005. Antes, serviu como secretário da Divisão. O Dr. Ratsara perdeu a esposa, Denise, em 2013, após lutar contra um câncer. Em novembro de 2014 ele se casou com Joanne e sua família mista é composta por nove filhos. Raafat A. Kamal, 51, desde 2014 é presidente da Divisão Transeuropeia (TED). Natural do Líbano, Kamal iniciou seu trabalho denominacional como educador. Serviu na Inglaterra, Noruega, Paquistão e Irã. n
A Comissão de Nomeações decide pela
continuidade e mudança
Stephen Chavez
Ng retorna como secretário e Prestol-Puesán é nomeado tesoureiro
O
s delegados à Associação Geral reelegeram unanimemente G. T. Ng para secretário executivo da Associação Geral (AG) e o subtesoureiro da AG Juan Prestol-Puesán para tesoureiro da Associação Geral. Ng, que já serviu à denominação como pastor, professor de seminário e administrador da AG, foi eleito secretário da Associação Geral há cinco anos, na assembleia da AG em Atlanta. Desde então, Ng tem enfatizado a importância de manter um registro acurado dos membros da igreja em
todo o mundo. Associado ao registro acurado dos membros, Ng fez da retenção dos membros um dos principais objetivos na igreja mundial. Prestol-Puesán talvez tenha feito o menor discurso de aceitação de toda história da Associação Geral, após ter sido eleito como tesoureiro da AG, substituindo Robert E. Lemon, que se aposenta: “Em nome de minha esposa e em meu nome, vamos fazer o nosso melhor, com a ajuda de Deus”, disse ele. Nascido na República Dominicana, Prestol-Puesán serviu como
tesoureiro em vários níveis administrativos da igreja, entre eles na União Associação do Atlântico (DNA), na Divisão Euro-Asiática e na Divisão Norte-Americana.
R E S P O S T A S
A
P E R G U N T A S
B Í B L I C A S
Sábado à noite ou domingo da manhã? Atos 20:7 indica que os cristãos primitivos se reuniam para adorar a Deus no primeiro dia da semana?
Esta passagem tem sido usada pelos guardadores do domingo como argumento de que no primeiro século o sábado do sétimo dia foi substituído pelo primeiro dia da semana. Argumentam também que, segundo esse versículo, a igreja celebrou a santa ceia no domingo. Em Atos 20 enfrentamos três problemas: (1) o dia da reunião; (2) o propósito da reunião, e (3) a referência ao primeiro dia da semana. 1. Dia da reunião: A reunião foi realizada “no primeiro dia da semana”. A menção das lâmpadas no cenáculo (verso 8) e a referência à meia-noite (verso 7) indicam que essa era uma reunião de domingo à noite. Identificar o momento específico ao qual Lucas estava se referindo é um pouco mais difícil. Se ele usou o calendário judeu, segundo o qual os dias eram contados de pôr-do-sol a pôr-do-sol, domingo à noite seria o que chamamos de sábado à noite (a noite após o sábado). Se usou o calendário romano, segundo o qual os dias eram contados de amanhecer a amanhecer, domingo à noite seria nosso domingo à noite, e o dia seguinte seria segunda-feira. Os que defendem o domingo argumentam que Lucas usou o calendário romano. O problema é que o primeiro dia da semana nesse calendário foi sábado e não domingo. Eles são forçados a argumentar que Lucas combinou o tempo romano (madrugada a madrugada) com o calendário judeu, em que o primeiro dia foi domingo. Isso é altamente improvável. A melhor hipótese é que Lucas tenha usando o calendário judeu (veja Lc 23:53-56) e que, nesse caso, a reunião aconteceu durante o que chamamos de sábado à noite (primeiro dia da semana após o pôr-do-sol). Como veremos, isso é importante. 2. Propósito da reunião: Esse não era um dia regular de culto. Primeiro, o texto diz que Paulo se encontrou com eles porque “pretendia partir no dia seguinte”(At 20:7, NVI). A caminho de Jerusalém, Paulo e seus companheiros haviam decidido passar alguns dias em Troas e então estavam prontos para partir. Era uma reunião de despedida. Segundo, falando abertamente, a reunião não era um culto de adoração – não há referências a oração e cânticos – mas um longo seminário durante o qual Paulo interagia com
26
Adventist World | Setembro 2015
o auditório. Dois verbos descrevem o que Paulo estava fazendo: “falado” (versos 7 e 9 dialegomai) e “falando” (verso 11; homileo). O verbo dialegomai (“argumentar”, “instruir”) expressa a ideia de arrazoar e envolver outros no diálogo. Paulo fez isso na sinagoga (e.g. At 17:2; 18:4; 19:8) e no mercado (At 17:17). Homileo (“falar,” “conversar”) indica diálogo e interação (e.g., Lc 24:14, 15; At 24:26). Nos tempos apostólicos, isso significava “pregar”. Ambos os verbos indicam que Paulo estava participando de um diálogo com os crentes, instruindo e respondendo às perguntas que lhe faziam. Terceiro, a frase “partir o pão” não se refere necessariamente à santa ceia. A frase era comum entre os judeus para indicar uma refeição (e.g., Lc 9:16; 22:19; At 2:42 [cf. verso 47]; 27:35). No segundo século, a frase se tornou uma expressão técnica para a santa ceia, mas essa reunião, em particular, foi um jantar de despedida, à meia-noite, antes da partida de Paulo. 3. Primeiro dia da semana: A referência a esse dia específico é quase casual, usada para datar o evento. Lucas gostava de datar os eventos (e.g., At 20:6, 15, 16; 21:1, 4, 15). Mais importante é a implicação de que o dia anterior era sábado, durante o qual Paulo não viajou. Portanto, ele esperou até o domingo para viajar. Podemos resumir a sequência de eventos como segue: Durante o sábado Paulo esteve adorando com os crentes; à noite, após o pôr-do-sol (no primeiro dia da semana), ele se encontrou com os fiéis para instruí-los e responder suas perguntas. A morte e ressurreição do jovem prolongou a reunião. Paulo retornou ao cenáculo e continuou ensinando. Cedo na manhã seguinte, eles tiveram uma refeição e finalmente partiram. Talvez o maior interesse de Lucas tenha sido o de descrever o impacto que o milagre realizado por Paulo causou sobre a igreja. Ao fazer isso, Lucas colocou o fato em seu contexto histórico: aconteceu em Troas antes de Paulo partir, no primeiro dia da semana. Obviamente ele não estava promovendo a observância do domingo. n
Angel Manuel Rodríguez, jubilado, serviu a igreja como pastor, professor e teólogo.
E studo
B íblico J o s e
G i r a n t e
Mark A. Finley
Mentes saudáveis, cristãos saudáveis
M
uitas vezes, nossos pensamentos regem nosso comportamento. Regularmente, agimos de acordo com o que pensamos. Nossas ações e atitudes são profundamente afetadas pela nossa maneira de pensar. Pensamentos positivos e cristãos nos induzem a ações positivas e cristãs. Mentes saudáveis produzem cristãos saudáveis. Mentes doentes resultam em cristãos doentes. Na lição deste mês estudaremos como desenvolver pensamentos saudáveis como a força motivadora para ações como as de Cristo.
1 Que exortação o apóstolo Paulo deu aos filipenses? Leia Filipenses 2:5. 2 De acordo com Filipenses 2:6-8, o que é a “mente de Cristo”? A “mente de Cristo” é o espírito altruísta de amor abnegado. A mente de Cristo é revelada em Seu nascimento humilde, Seu ministério de compaixão e Sua morte expiatória na cruz pelos nossos pecados. As palavras de Jesus no evangelho de Mateus a descrevem muito bem: “como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mt 20:28). O desejo de Lúcifer era dominar. O desejo de Cristo era servir. Lúcifer queria a mais alta posição para satisfazer seu ego. Cristo escolheu a posição mais baixa para nos redimir. A mente de Cristo é a mente do serviço abnegado pelos outros.
3 Como podemos desenvolver o espírito abnegado de Cristo? Como nossos pensamentos podem ser transformados para refletir a mente de Cristo? Compare 2 Coríntios 3:18 com Colossenses 3:1-3. Quando contemplarmos Cristo em Sua Palavra, nossos pensamentos refletirão Sua mente. Gradual e imperceptivelmente nos transformaremos à semelhança daquilo que permitimos nossa mente contemplar. Ellen White escreveu: “É lei do espírito adaptar-se gradualmente aos assuntos de que é ensinado a ocupar-se” (Patriarcas e Profetas, p. 440).
4 Por que é tão vitalmente importante guardar nossos pensamentos? Leia Provérbios 4:23. Para os hebreus antigos, o coração era o centro das afeições e pensamentos. Salomão nos aconselha a guardar bem nosso coração, nossa mente, pois é aí que as questões de nossa vida são determinadas.
5 Que instruções práticas Paulo deu à igreja de Filipos para proteger nossa mente das bombásticas influências seculares e mundanas? Leia Filipenses 4:7-8 e faça uma lista de coisas específicas que o apóstolo nos aconselha a pensar para obtermos como resultado um padrão saudável de pensamento. 6 Em sua carta aos crentes em Roma, Paulo discutiu duas possibilidades para a mente do cristão. Quais são essas duas alternativas totalmente diferentes? Leia Romanos 12:2 para encontrar a resposta. Todos os dias ou estamos conformados com este mundo ou transformados pela graça de Cristo. O Espírito Santo deseja renovar nossa mente pelo poder do evangelho para que o amor de Jesus seja refletido em nossa vida diária.
7 Como podemos lidar com padrões de pensamento que parecem nos envolver em pensamentos impróprios? Compare Tiago 4:7 e 8 com 2 Coríntios 10:4 e 5. Quando submetemos nossos pensamentos diariamente a Deus, o Espírito Santo trabalha dentro de nós para criar novos padrões de pensamentos. À medida que os antigos pensamentos, negativos e egoístas tentam entrar em nossa mente, nós os resistimos pelo poder de Cristo, “levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo” (2Co 10:5). Às vezes, pensar os pensamentos do Céu é uma grande batalha. Mas pela graça de Deus e por meio do Seu poder, podemos revelar Seu caráter amoroso e nos tornar cristãos saudáveis neste mundo doente devido ao pecado. n
Setembro 2015 | Adventist World
27
TROCA DE IDEIAS
Deus está à procura de missionários que levarão o evangelho eterno a toda nação, tribo, língua e povo. – Conrad Vine, Berrien Springs, Michigan, Estados Unidos
Cartas
Nosso encontro com Deus
O testemunho de Gideon e Pam Petersen (veja “Nosso Encontro com Deus”, julho de 2015) é uma demonstração poderosa do eterno amor de Deus pelos não alcançados e da Sua obra misteriosa no coração dos missionários. A Adventist Frontier Missions (AFM) já transferiu para a Associação da Namíbia a supervisão das novas congregações Himba. Entretanto, atualmente mais de sete mil grupos de pessoas permanecem não alcançadas! Deus está à procura de missionários que levarão o evangelho eterno a toda nação, tribo, língua e povo. Quem estiver interessado em servir, acesse http://afmonline.org/ get-involved/be-a-missionary/ para descobrir como pode servir pela AFM e alcançar os não alcançados para Deus. C onrad Vine, presidente da AFM B errien Springs, Michigan, Estados Unidos
Oraçãow
Lugar de culto para todos
Gostei muito do artigo de Don McFarlane, “Lugar de culto para todos”(maio de 2015), mas uma questão que McFarlane tocou apenas de leve foi o grande decréscimo no número dos membros ingleses brancos: de mais de 12 mil para os 3 mil de hoje (cuja maioria é de idosos). Quando há uma queda de 80% na população do mundo animal, são realizadas pesquisas para descobrir as causas e feito todo o possível para reverter o quadro. Não deveria se fazer o mesmo na Grã Bretanha? Gosto da diversidade, mas estou triste com o decréscimo. Gerard Fordham Gosport, Hampshire, Inglaterra
Como inglês nativo e adventista há 50 anos, quero o melhor para a nossa mensagem. Entretanto, compartilho do sentimento de Don McFarlane. Nosso problema, observado por um inglês católico há 100 anos, é nossa “maneira tímida e reservada”, como descrito por ele. Ellen White também reconheceu que a Inglaterra seria um assunto diferente. Outra coisa que não nos ajudou foi nossa relutância de nos identificar. Nem toda região é como West Yorkshire, cidade de Brandford onde, em 1970, decidi sair do esconderijo e me apresentar como “da Igreja Adventista do Sétimo Dia da cidade”. Não me lembro de ninguém ter batido a porta na minha cara – o povo de Yorkshire não gosta de rodeios! O meu sotaque do norte também ajudou. Relacionado também ao nosso jargão adventista está o fato de que nossos irmãos e irmãs afro-caribenhos usam um hinário diferente. Nós usamos o Novo Hinário Adventista de 1952, enquanto eles usam a versão de 1941. Essa diferença nunca foi tão marcante como quando aqui em Milton Keynes,
GRATIDÃO
Nossa família enfrenta problemas: meu pai bebe muito e nos abandonou. Por favor, una-se a mim em oração por ele para que ele conheça a Cristo. Cassie, Quênia
28
Adventist World | Setembro 2015
Por favor, ore para que Deus cure meu esposo. Dailyn, Filipinas Gostaria de me casar. Que Deus dirija a minha escolha. Tresor, Togo
Por favor, ore por meu irmão que está internado em um hospital há mais de dois meses com vários problemas de saúde. Ore pela cura e por ajuda financeira. Merlidel, Filipinas
De o hino “Safely Through Another Week” foi escolhido; como usamos o hinário de 1952 e segui melodia escrita no hinário. Logo me disseram que eu estava tocando o hino errado! Barry Gowland F ishermead, Milton Keynes, Reino Unido
onde
é esse
traje?
Mensageira de Deus
Como estudante de História, gostei muito de ler o artigo de Reuel U. Almocera, “A mensageira de Deus: liderança de influência”(maio de 2015). Sem dúvida, ele contém informações valiosas para todos os adventistas que se interessam em conhecer a história de nossa igreja. Por meio das visões e advertências enviadas a Ellen G. White, Deus dirigiu Seu remanescente de 1869 a 1881. A influência da mensageira, White, foi e ainda é tão poderosa que Deus continua a nos falar por meio de seus escritos. Muito obrigado por esse artigo, e pela série! Yoshiro R. Gálvez Tuxtla Gutiérrez, Chiapas, México
Os participantes da assembleia da Associação Geral se vestiram com lindos trajes típicos das várias regiões do mundo. Você é capaz de dizer que países representam as pessoas nas fotos?
Como enviar cartas: letters@ adventist world.org. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo, 100 palavras. Inclua na carta o nome do artigo e a data da publicação. Coloque também seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. As cartas serão editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas serão publicadas.
RESPOSTA: No sentido horário, de cima para baixo: Colômbia, África do Sul, México e Coreia do Sul. f o t o s :
Por favor, ore pelo sucesso do evangelismo em minha região e para que Deus dê esperança às famílias que perderam parentes nos assassinatos de Beni (junho de 2015). M oses, República Democrática do Congo
Por favor, ore pela igreja, por minha família e pelos meus planos de ser pastor. Promise, Zimbábue Por favor, ore por minha União, Missão e meu ministério. Tender, Myanmar
J o s e f
K i s s i n g e r
Oração & Gratidão: Envie seus pedidos de oração ou agradecimentos (gratidão por orações respondidas) para prayer@adventistworld.org. As participações devem ser curtas e concisas, de no máximo 50 palavras. Os textos poderão ser editados por questão de espaço e clareza. Nem todas as participações serão publicadas. Por favor, inclua seu nome e o nome do seu país. Os pedidos também podem ser enviados por fax para o número: 1-301-680-6638; ou por carta para Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600, EUA.
Setembro 2015 | Adventist World
29
Mark Kislingbury, oficial de registro da assembleia, mantém o recorde de digitador palavras por minuto! mais rápido: Ele tomou nota de todos os minutos das reuniões de negócios da assembleia.
,77
Z
e
h
360
k
16
É oficial
D
por cento
o
Total de membros da Igreja
dos membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia vivem em grandes áreas urbanas com ou mais de habitantes.
1 8 6 3
um milhão
Fonte: Arquivos e Estatísticas da AG
3.500
A dventista do Sétimo Dia
18.479.257
2 0 1 5
Fonte: G. T. Ng, Relatório do secretário, 2015
Consumo Diário Para alimentar os participantes da assembleia da AG por um dia foram necessários:
8.600
BISCOITOS
544 kg.
Divisão Sul-Africana Oceano Índico
DE ARROZ
3.000 MAÇãs
4.000
BANANAS
1 552
Número de pastores: . Número de igrejas:
9.992
Fonte: Relatório da Divisão Sul-Africana Oceano Índico, 2015
30
Adventist World | Setembro 2015
f o t o s : RG B s t o c k , a r r o z : T h i n k s t o c k P h o t o s / i s t o c k / K a r i n T o r s a
m
i n
i
2 014
Ofertas missionárias
“Eis que cedo venho…”
Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.
arrecadadas no mundo inteiro
Editor Adventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático. Editor Administrativo e Editor-Chefe Bill Knott
88,9
Editor Associado Claude Richli Gerente Internacional de Publicação Pyung Duk Chun Comissão Editorial Ted N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley-Hardy; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, assessor legal.
MILHÕES de dólares
Comissão Coordenadora da Adventist World Jairyong Lee, presidente; Akeri Suzuki, Kenneth Osborn, Guimo Sung, Pyung Duk Chun, Suk Hee Han Editores em Silver Spring, Maryland, EUA Lael Caesar, Gerald A. Klingbeil (editores assistentes), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Wilona Karimabadi, Kimberly Luste Maran, Andrew McChesney
Fonte: Robert Lemon, Relatório do tesoureiro, 2015
Editores em Seul, Coreia do Sul Pyung Duk Chun, Jae Man Park, Hyo Jun Kim Editor On-line Carlos Medley Gerente de Operações Merle Poirier Colaboradores Mark A. Finley, John M. Fowler
T h i n k s t o c k / H e m e r a
A l e x a n d r u
D o b r e a
Conselheiro E. Edward Zinke
A
Igreja Mundo no
Na assembleia da Associação Geral de 2015 houve mais de países representados.
190
Administrador Financeiro Kimberly Brown Assistente Administrativo Marvene Thorpe-Baptiste Comissão Administrativa Jairyong Lee, presidente; Bill Knott, secretário; P. D. Chun, Karnik Doukmetzian, Suk Hee Han, Kenneth Osborn, Juan Prestol, Claude Richli, Akeri Suzuki, Ex-officio: Robert Lemon, G. T. Ng, Ted N. C. Wilson Diretor de Arte e Diagramação Jeff Dever, Brett Meliti Consultores Ted N. C. Wilson, Robert E. Lemon, G. T. Ng, Guillermo E. Biaggi, Lowell C. Cooper, Daniel R. Jackson, Raafat Kamal, Geoffrey Mbwana, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Blasious M. Ruguri, Benjamin D. Schoun, Ella S. Simmons, Alberto C. Gulfan, Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, John Rathinaraj, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Bruno Vertallier, Gilbert Wari Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638 E-mail: worldeditor@gc.adventist.org Website: www.adventistworld.org Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria, México e nos Estados Unidos.
V. 11, nº- 9
Setembro 2015 | Adventist World
31
Quer melhorar seu Inglês? Assine a versão internacional da Adventist Review! THE NEW ADVENTIST REVIEW It’ll travel with you!
Para melhorar seu Inglês, você precisa ler em Inglês regularmente. Uma vez por mês, Adventist Review, a revista da Igreja Mundial, chega até você com 68 páginas de informação do mundo inteiro, em Inglês. A revista tem artigos de autores internacionais que servem para fortalecer sua fé e que fazem você se sentir parte da família mundial Adventista. A revista também contém 8 páginas extras grátis que são criadas especificamente para suas crianças (de 8-12 anos), para que elas também possam aprender Inglês com você!
A revista foi totalmente remodelada em um formato bonito, compacto e resistente. Ela cabe facilmente em sua bolsa ou mochila. A revista contém quatro seções: • Notícias e comentários para saber o que está acontecendo! • Conecte-se com a igreja – somos uma grande família! • Descubra o plano de Deus para sua vida – o céu é o limite! • Envolva-se na Sua missão – é por isso que estamos aqui!
Assine agora por
US$32,95 (regularmente US$39,95).
Acesse online no site www.adventistworld.org ou via Skype: AR Orders.