EGIemMovimento 19ª Edição | Dezembro 2014
Jornadas Lean 25 Anos EGI Integr@-te 2014 Taça UA Entrevista Dr. João Matias
Presidente AICP e Ex-Dirigente ANJE
Business Booster The Competition
Revista AEGIA | Dezembro 2014
Editorial Caros leitores, Como é habitual a Associação de Engenharia e Gestão Industrial de Aveiro (AEGIA) mobiliza-se, para realizar a revista “EGI em Movimento”. Ao longo do semestre foram desenvolvidas várias atividades de extrema importância e valor. Entendemos por isso como necessária a publicação de uma revista que documente todas as atividades levadas a cabo desde a sua última publicação. Para além da revista ser um espelho do trabalho que a AEGIA desenvolve pelos seus sócios, queremos também escutar a voz destes, incentivando assim a participação de todos na criação da mesma. Para além do que foi organizado, poderão também encontrar uma mensagem do Presidente, o relato do Integr@te e da semana de integração pela perspetiva de um novo aluno de EGI mas também entrevistas de entidades de referência no país. Queremos que a informação chegue de forma dinâmica a todos os sócios, de uma forma clara e precisa. Tentamos manter a revista num registo de continuidade de anos anteriores, conferindo-lhe no entanto uma autenticidade que apele à inovação e ao progresso da mesma. Em suma resta-nos agradecer a todos os que, de alguma forma, contribuíram para a elaboração desta revista. Esperamos que todos apreciem o nosso trabalho e, se a isso estiverem dispostos, desafiamos todos os leitores a manifestarem o seu feedback, pois só com a cooperação de todos podemos avançar. Redação: Comunicação e Divulgação AEGIA Nuno Correia Joana Fernandes Edição: Comunicação e Divulgação AEGIA Nuno Correia Joana Fernandes Edição gráfica: Comunicação e Divulgação AEGIA Nuno Correia Joana Fernandes Impressão: Kopystation 100 exemplares
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Apoios:
Joana Fernandes Vogal Comunicação e Divulgação
Nuno Correia Vice Presidente Comunicação e Divulgação
Revista AEGIA | Dezembro 2014
Índice Mensagem do Presidente___________________________4 Jornadas Lean ___________________________________5 25 anos EGI_____________________________________6 Integr@-te 2014__________________________________7 Entrevista Doutor João Matias______________________ 8 Bussiness Booster the Competition__________________10 Taça UA_______________________________________11 Atividades 1º Semestre____________________________12 Patrocínios_____________________________________13
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Revista AEGIA | Dezembro 2014
Mensagem do Presidente João Gama Presidente da Associação de Engenharia e Gestão Industrial
Caro Colegas, É com enorme apreço que escrevo para revista “EGI em Movimento”, uma revista madura, que já conta a sua 19ª edição, mas que se deixa renovar a cada ano, encarnando o espírito de renovação que a própria AEGIA sempre teve. Antes de mais quero felicitar o pelouro da Divulgação e Comunicação da AEGIA e os nossos patrocinadores, porque sem eles este espaço não seria possível, mas também aproveitar esta oportunidade para exaltar todo o trabalho desenvolvido pela Direcção da AEGIA. Enquanto dirigente associativo, acredito que o foco de uma Direcção deve ser sempre o trabalho em prol dos seus associados e que esta máxima tem sido seguida pela presente Direcção, como podemos comprovar com as inúmeras actividade que concretizamos este semestre. Desde a recepção aos novos alunos, com a realização do I Jantar de Curso, passando pela presença da barraquinha no Integr@-te’13 e pelo Rally Casas 2.0, tentámos desde logo facilitar a adaptação dos nossos “aluviões” a este curso, a esta academia e a esta cidade. No âmbito pedagógico, continuámos a alargar a nossa base de apontamentos online, de modo a facultar os melhores suportes de estudo. Realizámos mais um Tour Empresas, com a visita à EFACEC e à Amorim, dois titãs da indústria nacional.
Com o Gabinete LEAN, conseguimos, por fim, o que muitos antes de nós prometeram: a Biblioteca LEAN. Deste modo, os nossos colegas têm agora acesso a livros e obras de referência. Realizámos também um Workshop em parceira com o Engº Eduardo Costa, colaborador responsável pela área Lean na Saint-Gobain e Weber, líderes mundiais no design, produção e distribuição de materiais para a construção civil, onde os estudantes tiveram a oportunidade de ver e aplicar as ferramentas Lean, que são por vezes abordadas de forma excessivamente teórica. Proporcionámos também uma sessão de esclarecimentos sobre os programas de ERASMUS e Estágios Profissionais, onde todos tiveram oportunidade de ouvir os testemunhos dos colegas Tiago Silva e Mafalda Lima, com intervenções dos professores Rui Borges e Luís Ferreira, responsáveis pelos programas no curso de EGI. A nível Desportivo conseguimos a uniformização da imagem de todos os atletas, fomentando uma maior proximidade entre a Associação e os mesmos, promovemos treinos regulares em todas as modalidades numa tentativa de manter o resultado do ano anterior: o primeiro lugar da Taça UA. E a nível interno também melhorámos! Melhorámos nas pessoas, melhorámos nos dirigentes, temos uma equipa unida e motivada, uma equipa que promove boas relações com a Comissão de Faina e a Board do LG Aveiro. Uma equipa que fez história. Fez história com a revisão e aprovação dos novos Estatutos desta associação, Estatutos estes que contemplam agora o LG Aveiro como parte integrante da AEGIA e lhe reconhecem a legalidade e a legitimidade que todos os ESTIEMers merecem.
Por tudo isto, por todo o sucesso e crescimento que a AEGIA alcançou nos últimos meses, atrevo-me a dizer que foi correcta a aposta de Pensar Diferente, a aposta de uns jovens ambiciosos que não se conformam, querendo sempre mais e melhor, e que certamente irão fazer esquecer este semestre com tudo o que têm preparado para o próximo.
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I Jornadas Lean A “I Jornadas Lean” surge da parceria entre a Associação de Engenharia e Gestão Industrial de Aveiro – AEGIA, e a Comunidade Lean Thinking Services – CLT Services, com o propósito de fazer chegar não só aos sócios da AEGIA, bem como a todos os estudantes da Universidade de Aveiro – UA, a filosofia Lean Thinking. Desde o primeiro dia em que o projecto se iniciou a CLT Services mostrou-se sempre interessada em partilhar o seu conhecimento com os estudantes universitários. Depois de vários meses de preparação, a 9 de Maio de 2014 realizou-se a ”IJL” com cerca de 120 participantes recebidos por mais de 10 estudantes membros da organização do evento. A “IJL” contou ainda com a presença da Europneumaq, empresa que proporciona aos seus clientes acessórios industriais com o objectivo de facilitar os seus processos, bem como o apoio da Bi-silque, empresa que exporta mais 98% dos seus produtos de comunicação visual, e que deu destaque ao evento nos seus meios de comunicação. Como prova de que a UA está constantemente a acompanhar o associativismo praticado no seu Campus, a Livraria da UA marcou presença com a mostra e venda das 3 obras literárias do CEO da CLT Services: Professor Doutor João Paulo Pinto.
A equipa organizadora da “IJL” divulgou este evento junto dos estudantes de outras universidades tais como UPorto, UCoimbra e UMinho, bem como de estudantes de Gestão, Economia e Engenharia Mecânica da UA. O gabinete Lean da AEGIA e a equipa organizadora conseguiu desta maneira apresentar aos demais qual o seu propósito dentro de uma Associação de estudantes independente da UA: aproximar os estudantes da filosofia Lean Thinking! Sendo 1º evento deste tipo houve muitos problemas… oportunidades, digo (Já os Sensei do Lean o diziam), mas no final do evento o feedback recebido foi positivo, é um projeto que tem enorme potencial e um grande grupo de interessados.
Tiago Pimentel
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25 anos EGI
“Uma comemoração que se exigia” Vinte e cinco anos de existência do curso de Engenharia e Gestão Industrial marcou um período de intensa interligação entre os nossos alunos, os nossos antigos alunos, empresas que os tem empregados e ainda docentes e ex-docentes do DEGEI que colaboraram, colaboram e colaborarão com o DEGEI e a AEGIA na divulgação e promoção do nosso curso.
Festejar os vinte e cinco anos foi um dia muito especial em que tivemos na nossa casa antigos alunos, professores e investigadores responsáveis pelos principais cursos de Engenharia e Gestão Industrial lecionados no nosso país, empresas empregadoras e uma visão do Eng.º João Paulo Oliveira da Bosch e um amigo da nossa Universidade, sobre os desafios que se colocam a um jovem que faça esta formação académica. No Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial da Universidade de Aveiro temos procurado implementar uma orientação para este curso de Engenharia e Gestão Industrial em que o paradigma do desenvolvimento sustentável seja o modelo de base a seguir, com especial ênfase na responsabilidade social do engenheiro de gestão industrial com os seus stakeholders, empresas ou colaboradores dessas empresas, além das organizações académicas e universitárias que nos apoiam e com os nossos docentes e funcionários. Procuramos proporcionar aos nossos alunos, o seu desenvolvimento integrado, académico, profissional e social, promovendo um conjunto de iniciativas que mantenham o departamento e os seus colaboradores activos e responsáveis perante a sociedade. Cabe ao Departamento e em particular, no curso de Engenharia e Gestão Industrial, promover uma cultura de empreendedorismo, junto dos alunos, estimulando-os a criar empresas de base tecnológica, na aplicação e disseminação do seu conhecimento sobre tecnologias nas empresas com o objectivo de aumentar a competitividade e garantir a empregabilidade dos seus colaboradores. A minha proposta é a de desafiar a “malta de EGI”, em parceria com todos os outros cursos da nossa Universidade, para continuar a comemoração dos seus vinte e cinco, promovendo o seu curso, o seu Departamento, o DEGEI, mas também a Universidade de Aveiro.
Joaquim Borges Gouveia Professor Catedrático Aposentado do DEGEI da U. de Aveiro
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Integr@-te’ 2014 Fiquei surpreendido por me terem escolhido a mim para escrever sobre a minha integração neste meu primeiro ano em Aveiro. Obviamente é um motivo de orgulho e fiquei contente quando o Presidente da AEGIA, João Gama, me deu esta responsabilidade. Para ser sincero não escolhi a Universidade de Aveiro como primeira opção pois sou de Matosinhos e por questões financeiras era mais vantajoso ficar na FEUP. No entanto tinha consciência que a minha média dificilmente me daria hipóteses de entrada na FEUP e a outra alternativa seria o ESEIG em Vila do Conde. No entanto falei com várias pessoas, que me aconselharam a optar pela Universidade de Aveiro pois além de ter um ensino de excelência, também tem um índice de empregabilidade bastante elevado no curso de EGI. Após um período de avaliação decidi escolher a Universidade de Aveiro como segunda opção. Conclusão: MELHOR DECISÃO DA MINHA VIDA!
“MELHOR DECISÃO DA MINHA VIDA” Quando cheguei ao dia das matrículas não conhecia absolutamente ninguém e tive a sorte de apanhar um rapaz de EGI no meu grupo, Diogo Gonçalves, com quem agora partilho casa e com mais um amigo dele de infância, João Vaz. Sorte a nossa que, quando só faltavam dois dias para o primeiro dia do Integr@ te’14, já estávamos instalados na nossa nova casa em Aveiro. Posso dizer que foram os melhores dias que eu passei até agora nesta cidade! Se antes do Integr@te já me sentia mais à vontade pois já conhecia algumas pessoas do curso, após o Integr@te fiquei a conhecer pessoas de quase todas as matrículas! O ambiente foi simplesmente incrível e como seria de esperar, a Barraca de EGI foi o meu ponto de abastecimento. Brindes, danças, entrevistas para o Canal Superior, enfim noites de chorar a rir e para recordar uns tempos...
No entanto considero que a noite que realmente me fez ver a união e força do nosso curso foi, sem dúvida, o primeiro jantar de curso na Churrascaria Madalena. Nesse jantar aprendi quase todas as músicas do curso e foi absolutamente incrível o ambiente que se vivia por essa altura com o pessoal sempre a cantar e a matar a sede de vez em quando para não deixar a garganta seca! Jantar terminado, seguimos em direcção à Praça do Peixe para o conhecido Ómega Bar e rapidamente EGI tomou conta da pista de dança. Mais uns brindes, mais uns bailaricos e quando dou por ela já estou na fila de entrada para o BE! Ter uma própria discoteca apenas para estudantes é a melhor vantagem que eu vejo na nossa Universidade. Nunca mais as minhas quintas-feiras foram as mesmas! Mudando de assunto, outro aspecto que queria salientar é que estou a adorar a praxe em Aveiro. Pode parecer um bocadinho estranho eu dizer isto, depois de tanta polémica que se gerou em torno das praxes mas um facto é que, para mim, ser praxado é uma sensação incrível e não vejo nenhum mal nisso, até porque só é praxado quem quer! Concluindo, as minhas expectativas em relação à minha adaptação à vida académica fora de casa e numa cidade nova com pessoas novas foram completamente ultrapassadas. Notei que aqui em Aveiro as pessoas parecem ser mais acolhedoras e mostram-se preocupadas connosco e com a nossa adaptação. Espero poder fazer todo o meu percurso universitário aqui, pois neste momento sinto-me em casa e tenho a perfeita noção que estou no melhor curso de Portugal e na melhor Universidade de Portugal. Gonçalo Machado Estudante 1º ano
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Entrevista Dr. João Matias
Presidente da Associação de Industriais do Concelho de Pombal Ex-Dirigente Associação Nacionoal Jovens Empreendedores
Sara Silva(SS): Qual foi o seu percurso profissional até chegar às funções de elevada responsabilidade que hoje ocupa? Doutor João Matias(JM):Após a conclusão do curso de Gestão de Empresas, iniciei a vida profissional realizando um estágio na empresa “La Redoute Portugal”, no departamento de Marketing, área que acho fascinante. Após esse percurso de oito meses, regressei ao ISLA de Leiria, local onde realizei o curso, para desempenhar funções de gestão de programas comunitários. Em simultâneo fui criando empresas na área da formação, consultoria económica, Contabilidade, Design e Marketing. Tendo o gosto pelo desenvolvimento da actividade associativa, desempenhei cargos em entidades de serviço à comunidade como o Rotary, a entidades desportivas (Vice-presidente para a área financeira do Sporting Clube de Pombal) e entidades associativas ligadas à vida económica, como sendo a ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários e a AICP – Associação de Industriais do Concelho de Pombal (onde neste momento sou o presidente da direcção). SS: Como perspectiva a indústria em Portugal e na Europa nos próximos anos? JM: Necessariamente a Europa e Portugal em particular têm de olhar para a área industrial, como algo de estratégico e fundamental para o seu desenvolvimento económico. Embora nos últimos anos tenhamos assistido a valorização de estratégias que apostam na prestação dos serviços e ofertas turísticas, como produtos de elevado valor acrescentado, na realidade viemos a aperceber-nos, que temos de ter grande influência na oferta de produtos mais básicos (com origem na agricultura e na indústria). A emergência de novas estratégias que permitem criar valor acrescentado aos produtos de origem agrícola e de origem industrial é fundamental para que consigamos ter influência nos mercados globais. Naturalmente que uma acção concertada dentro da Europa (onde, necessariamente, Portugal tem de estar incluído) permite que sejamos players mundiais na oferta de produtos agrícolas e industriais. Para que tenhamos a noção da importância desta opção, basta observar o caso da Alemanha em que a sua enorme vocação industrial,principalmente nas indústrias de base, como sejam a Química e a Metalomecânica, permite que seja fornecedor mundial nestas industrias, favorecendo, inclusivé, o reforço da sua posição de liderança em sectores que dependem deste tipo de industrias, como a Indústria Automóvel, tintas, etc. Parece-me que a Europa terá que continuar com uma política que favoreça o desenvolvimento de actividades em áreas globais, como a Agricultura e a Indústria, reforçando a capacidade destes sectores em criarem valor acrescentado através da inovação, em simultâneo terá que reforçar a exploração económica de forma mais racional, apoiando a utilização de energias limpas e sustentáveis e em processos de logística mais racionais, bem como apostando num trabalho qualificado bem remunerado e no respeito pelo trabalhadores (aposta na implementação de processos de qualidade e aposta na implementação de politicas globais de segurança e higiene do trabalho).
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SS: Qual a sua opinião acerca do nosso curso, Engenharia e Gestão Industrial, e o futuro deste curso no mercado? JM: Julgo que é um curso que tem muitas potencialidades pois permite preparar gestores que têm uma noção precisa dos problemas e desafios que se colocam à Área industrial. Na realidade, muitas das vezes, os gestores que têm de tomar decisões acabam por não conseguir destrinçar com rigor o problema em causa não conseguindo encontrar soluções adequadas para a complexidade da questão. Também, muitas das vezes, os Engenheiros como não têm uma formação que permita conhecer com pormenor o funcionamento dos mercados, as soluções encontradas são redutoras sob o ponto de vista económico. Deste ponto de vista acaba por ser um curso que permite que os seus técnicos adquiram competências que lhes permita ter uma visão mais global e estruturada dos problemas e potencialidades das empresas industriais, favorecendo algo que de hoje em dia é fundamental, que é a capacidade de trabalhar em equipas pluridisciplinares, gerindo-as de forma a conseguir resultados efectivos face aos problemas que se propuseram resolver. Naturalmente que é um curso que exige conhecimentos técnicos muitos distintos de duas áreas muito abrangentes e complexas, exigindo aos profissionais uma constante actualização e um trabalho intenso para que possam colocar em prática todas as potencialidades adquiridas com a sua realização.
Entrevista Dr. João Matias
Presidente da Associação de Industriais do Concelho de Pombal Ex-Dirigente Associação Nacionoal Jovens Empreendedores SS: Se tivesse que escolher uma pessoa para o cargo de gestão escolheria uma pessoa com curso base de gestão ou de Engenharia e Gestão Industrial? Porquê? JM: Sim, naturalmente depende para que área e sector de actividade para a qual pretendia a pessoa, mas se fosse responsável por uma unidade industrial ou da área agrícola de certeza que consideraria este profissional como uma mais valia. Por tudo o que já referi, são pessoas que pela sua formação técnica têm capacidade para conhecer com profundidade os ganhos que se podem adquirir em toda a cadeia de valor do produto que é, sem dúvida, algo muito importante para a eficiência das organizações e para facilitar a eficácia junto dos mercados. SS: Quais são as maiores lacunas de um licenciado na área de competências complementares, não ensinadas no curso? JM: Não me parece que existam lacunas muito fortes, pois o curso permite uma formação transversal muito boa nas áreas da gestão e da engenharia. Claro que sendo um curso que toca duas áreas de banda larga, será muito difícil fazer uma formação especifica preparando os futuros profissionais em determinada área de especialização. Desta forma, o que se espera destes profissionais é que tenham capacidade de chegando à sua actividade profissional percepcionem as áreas em que têm de realizar formação especifica para que consigam desempenhar a sua actividade profissional com maior competência. Em suma, acho que os alunos saem do curso com uma boa preparação de base, claro que terão de ir obtendo conhecimentos específicos à medida das exigências profissionais que vão encontrando ao longo da sua carreira. SS: Tendo conhecimento que têm experiência nas áreas, na su aopinião qual o estado da inovação e do empreendedorismo em Portugal? JM: Julgo que hoje existe uma percepção maior que é algo fundamental para a nossa economia. As empresas têm a noção que se não inovarem nos seus produtos e na sua actividade ao fim de algum tempo acabam por ter dificuldades na abordagem dos mercados. Todos nós conhecemos o ciclo de vida dos produtos e naturalmente que se as empresas não olharem para a sua actividade e forem lançando novos produtos e serviços, o seu ciclo de vida coincide com o ciclo de vida dos seus produtos e a morte é uma inevitabilidade. Hoje as empresas têm cada vez mais uma actividade mais estruturada, e a política de inovação faz parte dos seus planos estratégicos, sendo que as dificuldades de financiamento continuam a ser um entrave muito forte a um investimento significativo nesta área. O aparecimento de centros de investigação e desenvolvimento bem estruturados com um plano de actividades que tivesse uma relação directa com as empresa da região onde esses centros de investigação se inserem seria fundamental para que existisse uma efectiva aplicação prática da investigação realizada. Pois como sabemos são os centros de investigação as entidades que maior apoio têm de fundos nacionais e europeus, e será fundamental para o futuro da nossa economia a materialização desse investimentos na produção de bens e serviços de valor acrescentado. Ao nível do empreendedorismo, havendo um conjunto de mecanismos no país, como incubado-
ras, o apoio a start-ups, o desenvolvimento de Business Angels, etc. na realidade o que me parece que teria um efeito estrutural e teria de ser implementado em conjunto com estes instrumentos seria uma política de ensino e formação desde dedo. Essa política pela formação de docentes que tivessem a capacidade de desenvolver planos e estratégias que estimulassem essas politicas desde o primeiro ciclo, acompanhando todo o processo educativo e formativo (inclusive nos adultos). Falta uma verdadeira política de implementação de um processo de empreendedorismo consistente e continuado no país.
Sara Silva Vice Presidente Política Educativa
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Business Booster The Competition
O Business Booster Competition foi um evento realizado pela ESTIEM pela primeira vez no ano de 2014. Trata-se de uma competição de ideias de negócio em que os interessados têm oportunidade (no caso de conseguirem chegar à final) de desenvolver e apresentar a sua ideia de negócio em frente a um júri com nomes com elevada influência. Juntamente com três amigos (David Mendes, Pedro Rebelo e Tiago Pimentel) decidimos concorrer com uma ideia em que já estávamos a trabalhar há algum tempo. A ideia com que concorremos gira à volta do coaching universitário. Sentimos que existe uma lacuna enorme no acompanhamento dos estudantes universitários durante o percurso académico. O nosso objectivo era colmatar o gap entre a universidade e o mundo do mercado. Propúnhamos em acompanhar o estudante até à entrada no mundo de mercado, desenvolvendo-o em todas as competências exigidas pelo exterior: desde o desenvolvimento pessoal (soft skills), aconselhar que formações obter para ser melhor que a concorrência e ser o candidato ideal para uma determinada empresa. Resumidamente, gestores de carreiras. Decidimos então enviar a proposta através de um breve resumo de 300 palavras e um vídeo de um minuto. Restou esperar pelo resultado do processo de selecção. O certo é que, passado uns meses, recebi um telefonema do Tiago, meu colega de equipa, em absoluta euforia. Tínhamos conseguido assegurar o nosso lugar na final que aconteceria em Poznan, Polónia! Conseguimos entrar no Top 5 das melhores ideias que foram a concurso.
Nuno Correia
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Malas prontas e seguimos viagem para a Polónia sonhando sempre ganhar a competição. Já na Polónia, encontramos os restantes participantes vindos de vários países, entre os quais: Finlândia, Bélgica, Turquia e Vietname. Durante o período que lá estivemos, de dia trabalhávamos com o nosso mentor na preparação da nossa ideia de negócio e posterior apresentação, e de noite a tão aguardada noite da Polónia com a espectacularidade característica da ESTIEM (“Work hard, play hard!”). Depois de ouvir as ideias dos outros grupos à volta de uma mesa em ambiente relaxado, começámos a pensar que tínhamos hipótese de ficar em 1º lugar… Dia final e o nervosismo instalava-se – era dia de apresentação ao júri. O júri era constituído por representantes de incubadora de empresas, ministério da educação e empresas privadas. Conseguimos arrecadar um honroso 2º lugar, o que foi bastante motivador e gratificante, pois estávamos a competir a nível europeu. Apesar de alguns percalços (como ter que ficar a dormir uma noite no aeroporto de Londres na viagem de regresso), foi uma experiência bastante enriquecedora e aconselho a toda a gente que tenha ideias de negócio que concorra a esta competição pois nunca se sabe o que pode acontecer!
Taça UA A Taça UA é a maior competição interna da Universidade de Aveiro onde todos os cursos desta academia competem nas diversas modalidades coletivas e individuais: futsal masculino e feminino, basquetebol masculino e feminino, corfebol misto, voleibol masculino e feminino, andebol misto, badminton, squash, ténis de mesa, andebol e xadrez, obtendo pontos consoante o lugar que obtiveram no pódio. No ano de 2013/2014, no qual competiram 1870 alunos de 29 cursos, o vencedor da taça UA foi Engenharia e Gestão Industrial, onde obtivemos um total de 180 pontos, com o futsal feminino a conquistar pontuação máxima de 40 pontos, seguido do basquetebol com 36 pontos, com a mesma pontuação o voleibol e andebol obtiveram 32 pontos, o futsal masculino adquiriu 24 pontos, o squash a conseguir alcançar 10 pontos e por fim o badminton feminino com 6 pontos. O espirito competitivo aliado à união do curso tornam o ambiente desta competição único! A Taça UA é uma forma saudável de competição e de relacionamento entre os atletas e/ou os estudantes. Junta o teu talento, trabalho e dedicação e vem representar este curso, junta-te a nós!
Carolina Luís
Miguel Valente
A equipa A de Futsal Masculino tem sempre a ambição de ganhar a Taça UA. O ano passado ficamos pelos Play-off ’s, e por isso mesmo, por querermos sempre mais e melhor, mudamos os nossos hábitos. Treinamos todas as semanas com esse intuito, para representar melhor o curso, o nosso curso, e é ao curso que apelamos pois o apoio de todos e o curso unido nas bancadas é mais importante que qualquer ponto. Este ano estamos num bom caminho e pretendemos chegar à final.
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s e d a d i v i t c A e r t s e 1ยบ Sem
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Patrocínios
Agradecemos a todas a estas entidades pelo patrocínio oferecido para a publicação desta revista.
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“You don’t have to be great to start. But you have to start to be great.”