Artigo Jornal do Agrupamento de Escolas Sophia de Mello Breyner – V.N. de Gaia
Docentes Pedagogicamente Especiais
Vivemos dias conturbados, no que respeita à educação no seu todo, mas também a educação especial e apoio educativo vão enfrentando escassez de recursos humanos e respeito por um grupo de docentes fundamental no processo educativo. Cremos que a escola inclusiva e um dos seus princípios subjacentes, a pedagogia diferenciada estão a ser abordados de forma massificada, traduzindo-se numa inversão do conceito. Assim, o professor ou usando um termo mais abrangente, o educador, torna-se um mero fantoche executor de tarefas predefinidas e usadas noutros cenários, noutros ambientes. A educação especial e apoio educativo tem sido auxiliar na construção e imaginação de novas metodologias e estratégias de combate a essa massificação, permanecendo na luta, embora com cada vez menos combatentes, em prol da diferenciação e inclusão. O departamento de Educação Especial e Apoio Educativo é um serviço previsto no artigo __º do Regulamento Interno do Agrupamento de Escolas Sophia de Mello Breyner – VNG. Os objectivos centrais do departamento são, despistar
e
avaliar
pedagogicamente
situações
problemáticas
das
crianças/alunos; colaborar na identificação de soluções e recursos necessários à criação de melhores condições de desenvolvimento/aprendizagem; articular com os docentes do regular na aplicação de técnicas de pedagogia diferenciada, flexibilização curricular e na aplicação de metodologias activas e cooperativas, bem como com a família; melhorar a interacção entre as diferentes estruturas de orientação educativa. Deste modo, aos docentes deste departamento compete a implementação de condições que promovam a inclusão e sucesso escolar das crianças/alunos, devendo conjugar as suas actividades com as restantes estruturas de orientação educativa. Os docentes de educação especial apoiam crianças com necessidades educativas especiais de carácter prolongado (que manifestam graves dificuldades no processo de aprendizagem e/ou limitações de grau acentuado ao
nível
do
seu
funcionamento
num
ou
mais
domínios
do
seu
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desenvolvimento), enquanto que os docentes de apoio educativo apoiam crianças que manifestam dificuldades de aprendizagem de carácter temporário. Na sociedade actual, prevalece o conceito de Escola Inclusiva que se entende como “ (…) uma escola melhor para todos os alunos. É nestas escolas que se formará uma geração mais solidária e mais tolerante e é nestas escolas que aqueles que têm problemas, dificuldades ou deficiências aprenderão a conviver no mundo heterogéneo que é o seu.” (Costa, 1996, p.161). Os docentes deste departamento acreditam e defendem, tal como consagrado na Declaração de Salamanca, 1994 que “ As crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas se devem adequar através de uma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro destas necessidades; As escolas regulares seguindo esta orientação inclusiva, constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias criando comunidades abertas e solidárias, constituindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos.” Assim, o processo de desenvolvimento das crianças de jardim-de-infância e o ensino/aprendizagem das crianças do primeiro ciclo do ensino básico, deve ser fundamentalmente orientado pelos princípios da igualdade de oportunidades educativas e sociais a que todos os alunos, sem excepção, têm direito. Como refere Lindgvist, 1994: "Todas as crianças e jovens do mundo, com as suas forças e fraquezas individuais, com as suas expectativas e esperanças, têm direito à Educação. Não são os nossos sistemas educativos que têm direito a certos tipos de alunos. "
Os docentes do Departamento de Educação Especial e Apoio Educativo