Artigo do Jornal “O Corvo” – EB1 de Curvadelo
Uma relação que procura coerência… Mediante as dificuldades quotidianas de se educar os filhos, vê-se a necessidade de agir com maior rigor, utilizando um planeamento a ser compreendido e discutido entre todos aqueles que convivem com as crianças. É importante criar um método que ajude no processo educacional dos filhos. Não obstante, agir organizadamente traz mais harmonia para dentro dos lares, além de gerar uma boa sensação de se cumprir a vital missão: educar o ser humano para uma vida mais plena. Torna-se necessária a lembrança de que a educação infantil deve acontecer em casa, e que à escola compete a formação académica, acrescida de alguns valores. Portanto, é um casamento de forças educacionais e não um jogo de empurra-empurra, no qual a criança deixa de ser educada e acaba por quebrar o processo educativo e sentir um transtorno. A educação leva tempo, não ocorre da noite para o dia. Ela é um processo contínuo, que necessita de diálogo permanente entre os diferentes educadores, entenda-se os pais e professores, para que se estabeleçam regras e medidas que auxiliem um crescimento íntegro e saudável da criança, ao invés de crescimentos sem estruturas devido aos conflitos educativos e falta de consensos. As crianças não são máquinas programáveis, são gente, que necessita de desenvolvimento e maturidade para crescer e aprender para usufruir de uma vida melhor. Os últimos tempos têm dado amostras de resultados desastrosos de uma educação com baixos limites na sua estrutura, além da bola-de-neve dos maus relacionamentos que são desenvolvidos, parte como consequência deste equívoco. Contudo, a natureza é especial, e as possibilidades favoráveis são ilimitadas. Para aqueles que despertam com a nova esperança nos seus corações, encontrarão força para fazer a diferença, com atitudes e métodos particulares, próprios de cada família. Aos professores a mesma esperança de fazer essa mesma diferença, com certezas de uma comunicação mais eficaz e visando o bom crescimento dos seus alunos, cognitivo e pessoal. Destacam-se alguns pontos-chave no processo da educação, que determinam o grau de êxito em cada caso. Assim, destacamos o sacrifício, acordo, objectivos, conhecimento, paciência, firmeza e perseverança.
Artigo do Jornal “O Corvo” – EB1 de Curvadelo
A tarefa de educar requer sacrifícios como o da paciência, perseverança e firmeza. Compreender o resultado do sacrifício ajuda a tornar o custo mais leve. As pessoas evitam os sacrifícios, cujo termo significa: privação de coisa apreciada, mas as crianças seguem modelos e o facilitismo ou ausência de sacrifício não é um bom modelo. Todos os educadores precisam de se conhecer e estar de acordo, e agir em parceria. Assim, a força estará concentrada na união e na aprovação sobre a forma de se educar, em comum acordo. A criança percebe o conjunto coerente. Assim, de acordo com uma parceria coerente entre a família e a escola, estabelecem-se determinados objectivos, que visam educar a criança e, consequentemente, trazem mais harmonia para o lar e para a sala de aula. A criança testará e contestará os pais e professores, utilizando-se da famosa birra como instrumento para conseguir determinada finalidade. Será com algumas frustrações e ouvindo alguns “nãos” que as crianças entendem limites e valorizam a vida e o que dela conquistam. Sem a paciência desistimos dos nossos projectos, com ela, alimentamo-nos diariamente, dando forças para a firmeza. Manter a prática firme da educação e criar o seu hábito levam à consistência e à segurança da criança. Afinal é o tempo que gera o hábito. O hábito gera economia. No dia-a-dia é que se constrói a educação, portanto, a sua manutenção persistente é fundamental. A constância permite um resultado bem melhor. Vale lembrar a questão humana presente na vida familiar, o quanto se está envolvido com os filhos e as influências causadas nos pais em virtude dos seus comportamentos. Ou seja, toleram-se ou não certos comportamentos infantis de acordo com algumas experiências passadas pelos pais, tais como o choro, as dificuldades,... Mas torna-se fundamental para todo o processo educativo a interacção família – escola, pois é a partir da mesma, que nasce uma educação saudável. Sabemos que todo o processo educativo e de convivência não é fácil, contudo acreditamos e queremos fazer acreditar que vale a pena!
Marco Alexandre C Bento Março de 2008