Poemas de literatura Portuguesa

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Poemas de Literatura Portuguesa Poemas inseridos por Afonso Brรกs Poemas que todos irรฃo gostar

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Se uma gaivota viesse trazer-me o céu de Lisboa no desenho que fizesse, nesse céu onde o olhar é uma asa que não voa, esmorece e cai no mar. Que perfeito coração no meu peito bateria, meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia perfeito o meu coração. Se um português marinheiro, dos sete mares andarilho, fosse quem sabe o primeiro a contar-me o que inventasse, se um olhar de novo brilho no meu olhar se enlaçasse. Que perfeito coração no meu peito bateria, meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia perfeito o meu coração. Se ao dizer adeus à vida as aves todas do céu, me dessem na despedida o teu olhar derradeiro, esse olhar que era só teu, amor que foste o primeiro. Que perfeito coração morreria no meu peito morreria, meu amor na tua mão, nessa mão onde perfeito bateu o meu coração.

De Alexandre O´Neil


Yoo Ela diz que me adora quando a noite vai a meio Eu sinto-me melhor pessoa, menos fraco, feio Passa o dedo na raça com a mão bem suave Encosta o lábio no ouvido e diz-me: queres que a lave? Vamos para o chuveiro e ela flui com a água, Lava-me a cabeça, a alma e qualquer resto de mágoa Diz que o meu amor lhe dá um certo calor na barriga É aí que eu sei que quero ser para sempre aquele nigga Que lhe mete a rir, rir, quando eu lhe faço vir Da terra até à lua mano, é sempre a subir... E somos grandes, gigantes com dez metros de altura Falamos vinte línguas, dialectos da Ternura Tipo... [Refrão:] Uhhh, uhhh! Yeah, yeah! Faz, faz! baba (2x) Água morna em pele quente poro aberto não perfura a minha alma já tá nua e eu faço-lhe uma jura, jura Para sempre teu depois da noite volvida Um segundo ao teu lado já preenche uma vida O conceito de tempo não entra na sensação Aquilo que vivemos tá gravado no coração Segura na minha mão e continua a canção É a melhor que já ouvi reinventaste a paixão Ela diz que me adora quando o dia vai a meio O copo passa de meio vazio para meio cheio A palavra ganha vida e fala à minha frente Sigo calmo atrás dela deixo crescer a semente E Diz-me: [Refrão:] Uhhh, uhhh! Yeah, yeah! Faz, faz! baba (4x) Em cada beijo há uma frase, em cada frase há um verso Em cada verso há um lado do lado inverso


De uma história que assombra a memória Da leveza irrisória de uma conquista notória Faço V de vitória, porque hoje eu sou rei Ao lado da rainha com que sempre sempre sonhei Foi por isto que esperei, em cada noite que amei Ou pensei que amei porque é agora que eu sei A razão da palavra consagrada Que tanta gente dá à toa em troca de quase nada Ela não tá espantada, pelo contrário, relaxada Revê-se na expressão da expressão enamorar E diz-me: [Refrão:] Uhhh, uhhh! Yeah, yeah! Faz, faz! baba (8x)" Uhhh, uhhh! Yeah, yeah! Da Weasel


Ela é amiga da minha mulher Pois é, pois é Mas vive dando em cima de mim Enfim, enfim Ainda por cima é uma tremenda gata Pra piorar minha situação. Se fosse mulher feia tava tudo certo Mulher bonita mexe com meu coração Se fosse mulher feia tava tudo certo Mulher bonita mexe com meu coração Não pego, eu pego, não pego, eu pego, não pego não Não pego, eu pego, não pego, eu pego, não pego não Minha mulher me perguntou até Qual é, qual é? Eu respondi que não tô nem aí Menti, menti De vez em quando eu fico admirando É muita areia pro meu caminhão Se fosse mulher feia tava tudo certo Mulher bonita mexe com meu coração Se fosse mulher feia tava tudo certo Mulher bonita mexe com meu coração Não pego, eu pego, não pego, eu pego, não pego não Não pego, eu pego, não pego, eu pego, não pego não O meu cunhado já me avisou Que se eu der mole ele vai me entregar A minha sogra me orientou Isso não tá certo é melhor parar Falei, ela não quis ouvir Pedi, ela não respeitou Eu juro! A carne é fraca, mas nunca rolou Falei, ela não quis ouvir (Não quis ouvir) Pedi, ela não respeitou. Eu juro! A carne é fraca, mas nunca rolou Não pego, eu pego, não pego, eu pego, não pego não Não pego, eu pego, não pego, eu pego, não pego não Seu Jorge


De Rosa ao peito na roda Eu bailei com quem calhou Tantas voltas dei bailando Que a rosa se desfolhou Quem tem, quem tem Amor a seu jeito Colha a rosa branca Ponha a rosa ao peito Ó roseira, roseirinha Roseira do meu jardim Se de rosas gostas tanto Porque não gostas de mim? Versão adaptada por Mariza (original de Amália Rodrigues)


Para um amigo tenho sempre um relógio esquecido em qualquer fundo de algibeira. Mas esse relógio não marca o tempo inútil. São restos de tabaco e de ternura rápida. É um arco-íris de sombra, quente e trémulo. É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.

De António Ramos Rosa



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